CRIME DE LESÃO CORPORAL ART. 129 CP. EX.2: Art º - Crime bipróprio

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1 CRIME DE LESÃO CORPORAL ART. 129 CP BEM JURÍDICO TUTELADO (Objeto jurídico/ bem abstrato): Na maior parte dos casos o bem tutelado é a integridade física da pessoa e a saúde dela como um todo, mas há situações que apresentam mais bens sob tutela. EX.: Lesão corporal com aborto ou antecipação de parto Nestas hipóteses a tutela é ampliada para resguardar a vida do feto. O objeto do crime será complexo. AÇÃO PENAL CABÍVEL: - Art. 129, caput e 6º, ambos do CP» São crimes julgados em JECRIM através de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. ASPECTOS GERAIS DO CRIME DE LESÃO CORPORAL - Art º, 2º e 3 º, ambos do CP» São crimes julgados em VARA CRIMINAL através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. - Art do CP» De acordo com a Lei nº /2006 (Lei Maria da Penha) este crime se praticado contra a mulher no contexto de violência de gênero doméstica ou familiar será julgado no Juizado de Violência doméstica e familiar contra a mulher, através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, a partir do advento da referida lei que vedou a aplicação da lei nº 9099/95, de acordo com atual posicionamento do STF. Normalmente o crime de lesão corporal é um CRIME COMUM, isto é, qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou passivo, MAS TAMBÉM HÁ EXCEÇÕES A ISTO: EX.1: Lesão corporal seguida de aceleração de parto Sujeito passivo é a gestante EX.2: Art º - Crime bipróprio EX. 3: Art. 129, 12 Sujeito passivo tem que ser integrante de órgão de segurança pública ou familiares destes. OBS: pode ter qualquer sujeito ativo. No entanto, se o agente for autoridade pública, responderá também por abuso de autoridade (Lei 4.898/65, 3 ). Em regra, todos os tipos de lesão corporal SÃO CRIMES DOLOSOS, MAS EXISTEM EXCEÇÕES: - Art º» Lesão corporal culposa (omissão por descuido, imprudência por descuido ou imperícia por descuido) - Art º» Lesão corporal preterdolosa (O dolo é lesionar, mas por descuido o agente acaba matando a vítima) CUIDADO 1! A Lesão corporal dolosa pode apresentar dolo direto e também dolo eventual. CUIDADO 2! A lesão corporal dolosa tem várias espécies diferenciadas de acordo com a gravidade de cada uma. São elas: lesão corporal leve, grave e gravíssima. Já a lesão

2 corporal culposa só possui um tipo penal (Art º) não importando aqui a gravidade da conduta, EXCETO na aplicação da pena. CONSUMAÇÃO DO CRIME DE LESÃO CORPORAL: Acontece quando o agente efetivamente causa alteração danosa e nociva à saúde e ao corpo da vítima. TENTATIVA NO CRIME DE LESÃO CORPORAL: Acontece quando alguma razão externa impede que a lesão se produza, apesar do início da ação do agente para tal fim. A tentativa ocorre nas modalidades de lesão corporal dolosa. É incompatível tentativa na lesão corporal culposa e na lesão corporal seguida de morte, pois é incombinável a produção de um resultado naturalístico involuntário (aquele que envolve a culpa) com o dolo. CASO ESPECIAL: Lesão Corporal Levíssima ou Vias de Fato: Lesão corporal levíssima é aquela que não deixa vestígios no corpo. Não aparece no exame de corpo delito. A melhor forma de prová-la é através de prova testemunhal. EX.: Empurrão, tapa na cara, puxão de cabelo, etc. A lesão corporal levíssima NÃO É CRIME! Trata-se de Contravenção Penal (Art. 21 da Lei de Contravenções Penais). Art. 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem Pena -Detenção de 3 meses a 1 ano BEM JURÍDICO TUTELADO (Objeto jurídico/ bem abstrato):é a integridade física da pessoa e a saúde dela como um todo. BEM MATERIAL TUTELADO: É a pessoa humana, com o corpo em perfeita saúde ou pessoa enferma, que suporta a conduta criminosa. É crime julgado em JECRIM através de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. CRIME DE LESÃO CORPORAL LEVE OU SIMPLES Art. 129 Caput CP É um CRIME COMUM, ou seja, qualquer um pode ser sujeito ativo ou passivo. 2

3 É um CRIME DE DANO: para existir a consumação, é preciso haver efetiva lesão ao bem jurídico tutelado na norma penal. Neste caso é a lesão à incolumidade física em sentido amplo: integridade física e saúde da pessoa humana. É crime DOLOSO (é um tipo de Lesão Corporal dolosa), podendo ser dolo direto ou dolo eventual. OBS: Como determinar que a lesão corporal dolosa é leve? Resposta: A vítima tem que ser levada a exame de corpo de delito; é este exame que determinará o tipo de delito. A determinação da lesão leve se dará por exclusão (Exclui-se os parágrafos 1, 2º, 3º e 9º do Art. 129). ATENÇÃO!!!» É Crime LESÃO CORPORAL LEVE (Art. 129 Caput CP)» Deixa indícios materiais que podem ser detectados no exame de corpo de delito. LESÃO CORPORAL LEVÍSSIMA (Art. 21 Lei de Contravenções)» É Contravenção»Não deixa em geral indícios materiais; geralmente comprovada por prova Tipos de Ofensas tuteladas no Crime de Lesão Corporal Ofensa a integridade física: O que é: é a modificação anatômica prejudicial ao corpo. Ex: fratura, fissura, escoriação, queimadura, luxação, equimose (marcas roxas na pele) e hematoma (é equimose + inchaço). As Erimetas (vermelhidão decorrente de um tapa, por exemplo) não ingressam no conceito do delito. Ofensa à saúde: O que é: são perturbações fisiológicas ou mentais. Perturbação Fisiológica: desarranjo do funcionamento de algum órgão, como vômitos, paralisia momentânea. Perturbação Mental: mudança prejudicial da atividade cerebral, como convulsão, depressão, desmaios. 3

4 1ª QUALIFICADOR A DO CRIME DE LESÃO CORPORAL CRIME DE LESÃO CORPORAL GRAVE Art º CP Art º Lesão corporal de natureza grave Se resulta: I- Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias; II- Perigo de vida; III- Debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV Aceleração de parto Pena - Reclusão de 1 a 5 anos Ao praticar a lesão dolosa o agente causa resultados muito reprováveis. O 1º do Art. 129 é uma qualificadora do Caput. Os crimes de lesão corporal grave são julgados através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA em VARA CRIMINAL. É crime DOLOSO. 1º - Lesão corporal de natureza grave Se resulta: I- Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias Pena - Reclusão de 1 a 5 anos 1ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVE Art. 129, 1º INC. I CP OCUPAÇÃO HABITUAL: É qualquer ocupação de habitualidade da vítima. EX.: Ir à faculdade, cuidar da casa, etc. CUIDADO! Não pode ser uma interrupção do trabalho da vítima de caráter duradouro, pois aí será crime de lesão corporal gravíssima (Art º Inc. I) A vítima tem que passar por exame duas vezes: primeiro quando sofre a lesão e segundo quando cessa o prazo de 30 dias após a lesão. 1º - Lesão corporal de natureza grave Se resulta: II- Perigo de vida Pena - Reclusão de 1 a 5 anos 2ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVE Art. 129, 1º INC. II CP É um crime NECESSARIAMENTE PRETERDOLOSO. O dolo é lesionar, mas por descuido, lesão causada pelo agente e causa perigo de vida à vítima. CUIDADO 1! Para haver a lesão grave com perigo de vida a vítima não pode morrer! Se isto acontece o crime será de lesão corporal seguida de morte (Art º CP) 4

5 CUIDADO 2! O dolo do agente tem que ser o de lesionar. Se o dolo for de deixar a vítima em perigo de vida não será crime de lesão corporal e sim tentativa de homicídio. 1º - Lesão corporal de natureza grave Se resulta: III- Debilidade permanente de membro, sentido ou função Pena - Reclusão de 1 a 5 anos 3ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVE Art. 129, 1º INC. III CP CUIDADO! Permanente não quer dizer para sempre! Esta expressão aqui tem o sentido de duradouro. Da mesma forma, Debilidade não é perda do membro, sentido ou função (respiratória, reprodutiva, etc.). É diminuição da capacidade. O CRIME PODE SER DOLOSO (Sujeito lesiona a vítima com o intuito de causar a debilidade) OU PRETERDOLOSO (O dolo é lesionar, mas culposamente agente acaba causando a debilidade com sua conduta) Juiz terá que verificar a permanência da debilidade ao longo do processo judicial. 1º - Lesão corporal de natureza grave Se resulta: IV- Aceleração do parto Pena - Reclusão de 1 a 5 anos BEM JURÍDICO TUTELADO (Objeto jurídico/ bem abstrato):é a integridade física da pessoa e a saúde dela como um todo. Tutela também a vida do feto. Há sujeito passivo especial que é a gestante. 4ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVE Art. 129, 1º INC. IV CP Para configurar lesão grave por antecipação de parto o sujeito ativo tem que saber da gravidez da vítima; se sujeito ativo não tiver ciência desta situação, não haverá a configuração do crime. É um crime NECESSARIAMENTE PRETERDOLOSO. O dolo é lesionar (fato que pode ser provado principalmente pela verificação dos locais das lesões - braço, rosto, etc.), mas, por descuido, a conduta do agente causa aceleração do parto. CUIDADO! Ainda que ambos sejam crimes preterdolosos, tenham sujeito passivo especial (gestante), e necessitem que o sujeito ativo saiba da gravidez da vítima, o crime de lesão corporal grave por antecipação de parto não se confunde com o delito de lesão corporal gravíssima que resulta em aborto. Vítima não pode sofrer as duas lesões cumulativamente. Ou ela sofre lesão grave com antecipação de parto ou lesão gravíssima com aborto. 2ª QUALIFICADOR A DO CRIME DE LESÃO CORPORAL CRIME DE LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA Art º CP Art º Se resulta: I- Incapacidade permanente para o trabalho; II- Enfermidade incurável; III- Perda ou inutilização de membro, sentido ou função; IV Deformidade permanente; V- Aborto. Pena - Reclusão de 2 a 8 anos 5

6 Os crimes de lesão corporal gravíssima são julgados através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA em VARA CRIMINAL. 2º Se resulta: I- Incapacidade permanente para o trabalho Pena - Reclusão de 2 a 8 anos 1ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVÍSSIMA Art. 129, 2º INC. I CP Lesão causa DOLOSAMENTE OU PRETERDOLOSAMENTE incapacidade permanente para o trabalho (pode ser trabalho informal!) Como já dito, permanente significa duradouro. A lei não diz o prazo específico de afastamento do trabalho, porém jurisprudência tende a entender que precisa exceder 30 dias. CUIDADO! Se a lesão corporal causar incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, o crime não será o de lesão corporal gravíssima e sim de lesão grave. 2º Se resulta: II- Enfermidade incurável Pena - Reclusão de 2 a 8 anos ENFERMIDADE INCURÁVEL: É uma variação nociva da saúde por um processo patológico, psíquico ou físico, que à época do crime não pode ser capazmente ou efetivamente combatido pela medicina. Tem que ter provação em exame pericial. Também se considera enfermidade incurável aquela em que a pessoa tem que passar por procedimentos cirúrgicos complexos com tratamentos experimentais ou penosos. CUIDADO! Se a lesão resulta em contaminação por HIV, o crime é Homicídio para alguns e pode ser considerada lesão em estudo para outros, já que o HIV em razão dos medicamentos deixou de ser necessariamente fatal. 2ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVÍSSIMA Art. 129, 2º INC. II CP ATENÇÃO! - Se a vítima se cura da enfermidade antes da sentença transitada em julgado ou - Se a cura da enfermidade é descoberta e está acessível à vítima antes da sentença transitada em julgado. Vítima não é obrigada a se submeter a tratamento, mas se houver cura HAVERÁ DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME. Se existir tratamento ou cirurgia simples à época do delito para solucionar o problema e a vítima se recusa a adotá-lo infundadamente. NÃO HAVERÁ APLICAÇÃO DA QUALIFICADORA, no entanto, haverá a configuração da lesão corporal do Art. 129 do CP. 6

7 3ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVÍSSIMA Art. 129, 2º INC. III CP 2º Se resulta: III- Perda ou inutilização de membro, sentido ou função Pena - Reclusão de 2 a 8 anos Pode ser CRIME DOLOSO OU PRETERDOLOSO Vítima perde o membro, sentido ou função. ATENÇÃO!!! PERDA OU INUTILIZAÇÃO de membro, sentido ou função Crime de lesão corporal gravíssima (Art º Inc. III CP) DEBILIDADE PERMAMENTE de membro, sentido ou função Crime de lesão corporal grave (Art º Inc. III CP) 2º Se resulta: IV- Deformidade permanente - Pena: Reclusão de 2 a 8 anos DEFORMIDADE PERMANENTE: É dano estético relevante, repugnante socialmente. 4ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVÍSSIMA Art. 129, 2º INC. IV CP Pode ser CRIME DOLOSO OU PRETERDOLOSO Quando há lesão corporal que resulta deformidade permanente geralmente há mais de uma qualificadora do delito de lesão corporal: A qualificadora de lesão gravíssima por deformidade e a qualificadora de lesão grave por debilidade de membro, sentido ou função. Como não é possível aplicar duas qualificadoras lesão grave não pode existir concomitantemente com uma lesão gravíssima aplica-se a qualificadora da lesão gravíssima por deformidade em razão de sua gravidade.. 2º Se resulta: V- Aborto - Pena: Reclusão de 2 a 8 anos Há sujeito passivo especial que é a gestante. 5ª HIPOTESE DE LESÃO GRAVÍSSIMA Art. 129, 2º INC. V CP Para configurar lesão gravíssima por aborto o sujeito ativo tem que saber da gravidez da vítima; se sujeito ativo não tiver ciência desta situação, não haverá a configuração do crime. É um crime NECESSARIAMENTE PRETERDOLOSO. O dolo é lesionar (fato que pode ser provado principalmente pela verificação dos locais das lesões - braço, rosto, etc.), mas por descuido, a conduta do agente causa o aborto. CASO) João bate no braço e no rosto de gestante e depois, dolosamente a atira de uma escada causando o aborto ( Dolo do criminoso é lesionar e também provocar o aborto). Solução: João responderá pelo crime de Aborto sem consentimento da gestante (Art. 125 CP) em concurso com o crime de lesão corporal(dependendo da conduta o concurso será material ou formal) O tipo de lesão dependerá do resultado; só não poderá ser lesão qualificada por antecipação de parto (lesão grave) ou por aborto (lesão gravíssima), pois ele agiu com dolo e não preterdolosamente. 7

8 3ª QUALIFICADOR A DO CRIME DE LESÃO CORPORAL CRIME DE LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE Art º CP Art º - Lesão corporal seguida de morte Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo Pena - Reclusão de 4 a 12 anos. O crime de lesão corporal seguido de morte é julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA em VARA CRIMINAL. É um crime NECESSARIAMENTE PRETERDOLOSO. O dolo é lesionar, mas por descuido, lesão causada pelo agente causa a morte da vítima; se o dolo for de matar, o crime será Homicídio. A forma privilegiada do crime de lesão corporal é CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA OU MINORANTE. LESÃO CORPORAL PRIVILEGIADA Art º CP 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob domínio de violenta emoção logo em seguida de injusta provocação da vítima o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3. O 4 do Art. 129 traz 3 motivos para que a lesão corporal seja privilegiada (pena será diminuída) 1) Lesionar movido por RELEVANTE VALOR SOCIAL. 2) Lesionar movido por RELEVANTE VALOR MORAL. 3) Lesionar SOB DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃOLOGO APÓSINJUSTA PROVOCAÇÃO DA VITMIMA. 1) Lesionar movido por RELEVANTE VALOR SOCIAL O que move o sujeito a lesionar é o interesse ético, social, reflexo de uma sociedade. Motivação é pelo Coletivo. EX.: Pedro lesiona um traidor da pátria ou um ditador sanguinário. 2) Lesionar movido por RELEVANTE VALOR MORAL O que move o sujeito a lesionar é o interesse ético individual (amor, compaixão, piedade, etc.). 3)Lesionar SOB DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO LOGO APÓS INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VITMIMA A minorante só acontece se o crime ocorrer logo após a provocação. Se o crime ocorrer no impulso. Se o crime não foi assim, não haverá minorante, mas poderá haver atenuante. Possuem minorante Podem ter forma privilegiada Lesões corporais dolosas e preterdolosas (Art. 129 Caput, 1º, 2º e 3º) 8

9 Art º - O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de Detenção pela de multa: I- Se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior (lesão corporal privilegiada) II- Se as lesões são recíprocas. SUBSTITUIÇÃO DE PENA EM CRIME DE LESÃO CORPORAL Art º CP A substituição da pena SÓ CABE NOS CASOS DE LESÃO LEVE (Art. 129 Caput) quando houver: 1) Lesão corporal privilegiada (lesionar por relevante motivo social ou moral ou lesionar sob domínio de violenta emoção logo após agressão da vítima) ou 2) Lesões recíprocas, ou seja, quando pessoa for, ao mesmo tempo, sujeito ativo e sujeito passivo do delito. Juiz pode ou não substituir a pena. Para substituí-la ele analisa o Art. 59 do Cod. Penal. Se este artigo for favorável ao réu, haverá a aplicação do 4º do Art. 129 e também do 5º. Se o artigo for desfavorável, a tendência do juiz é não aplicar nem a diminuição da pena por lesão privilegiada nem a substituição da pena. Art º - Se a lesão é culposa Pena - Detenção de 2 meses a 1 ano Agente causou a lesão por imprudência, negligência ou imperícia NÃO IMPORTA A GRAVIDADE DA LESÃO! É crime julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA à representação do ofendido em JECRIM. LESÃO CORPORAL CULPOSA, PERDÃO JUDICIAL E CAUSAS DE AUMENTO DE PENA. Art º, 7º, e 8º do CP Art Causas Majorantes da pena nas lesões corporais culposas e dolosas. Art º - Aumenta-se a pena de 1/3 se ocorrer qualquer das hipóteses dos 4º e 6º do art. 121 deste Código. Art Perdão Judicial para crime de lesão corporal culposa Acontece quando mãe lesiona culposamente o próprio filho ou quando o agente culposamente lesa gravemente alguém e também se fere com gravidade. Art. 303 CTB Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor Penas - Detenção de 6 meses a 2 anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 9

10 SE a LESÃO CORPORAL CULPOSA FOI FRUTO DE CONDUTA DE AGENTE NA DIREÇÃO DE VEÍCULO EM VIA PÚBLICA esta lesão será punida pelo Art. 303 do Cód. Brasileiro de Trânsito e não pelo Art º do Cód. Penal. CASO ESPECIAL 1 : Lesão corporal culposa - fruto de conduta de agente na direção de veículo automotor em via pública (Art. 303 CTB) Neste aspecto o legislador trabalhou com o Princípio da Especialidade e criou o CTB onde estabeleceu a lesão culposa na direção de veiculo em via pública. A pena do CTB é mais severa que a do CP e envolve também a pena restritiva de direitos (suspensão da habilitação ou proibição de obter); crime também será julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO em JECRIM. CASO ESPECIAL 2 : Lesão corporal culposa no trânsito (Art º CTB modificado pela Lei nº /2008) Art º CTB Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos artigos 74, 76 e 88 da lei de Juizados Especiais Criminais (composição de danos e transação penal) exceto se o agente estiver: I- Sob a influência de álcool ou qualquer substância psicoativa que determine dependência; II- Participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de pericia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; III- Transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via, em 50 km por hora. Em 2008 foi editada a Lei Seca (Lei nº /2008) que através de seu Art. 88, modificou o 1º do Art. 291 do CTB. Esta modificação estabelece que certos casos de lesão corporais culposas causadas por agentes na direção de veículo automotor não farão jus aos benefícios estabelecidos pela lei nº 9099/95. Além disso, a AÇÃO PENAL SERÁ PÚBLICA INCONDICIONADA. Apesar do julgamento pelo JECRIM, se o agente que causou a lesão corporal culposa no trânsito estiver: 1) Sob a influência de álcool ou drogas 2) Participando de racha ou 3) Acima da velocidade permitida para a via em 50 Km/h Ele não fará jus à composição de danos e nem à transação penal (Não terá os benefícios do JECRIM) 10

11 Em regra não é cabível perdão judicial à lesão corporal culposa punida pelo CTB. CASO ESPECIAL 3 : Perdão judicial em caso Lesão corporal culposa no trânsito JURISPRUDÊNCIA: A maior parte da jurisprudência admite analogia in bonam partem com a lesão corporal culposa do Cód. Penal, pois se assim não fosse o Princípio da Proporcionalidade seria afetado. Segundo esta posição aplica-se o 8º do Art. 129 CP - Perdão Judicial - aos artigos referentes à lesão corporal culposa punida pelo Código de Trânsito Brasileiro. Processo Relacionado: TJ-SC - Apelação Criminal ACR SC (TJ-SC) OBS: Existem posições minoritárias que não admitem esta analogia, já que o CTB estabelece que em casos de omissão da lei, aplica-se a Parte Geral do CP, e no caso o perdão judicial está na Parte Especial deste Código. CRIME DE LESÃO CORPORAL COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Art º - Se a lesão foi praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade Pena - Detenção de 3 meses a 3 anos. A natureza desta LESÃO CORPORAL é LEVE. É crime julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Art º CP É crime julgado em VARA CRIMINAL Antes do advento da Lei nº /2006 (Lei Maria da Penha) este crime tinha pena máxima de dois anos, e, portanto, era julgado em JECRIM tendo direito à composição penal e à transação penal, medidas que de certa forma banalizavam a gravidade do crime. O Art. 1º da nova Lei aumentou a pena máxima para 3 anos e criou Vara Criminal Especializada para julgar crime de violência doméstica quando a vítima for mulher Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Síntese! Hoje o crime de Violência Doméstica é julgado em Vara Criminal; se a vítima for mulher, há uma VARA CRIMINAL ESPECIALIZADA trata-se do Juizado da Violência Doméstica Familiar contra a mulher. É CRIME BI-PRÓPRIO Tem que envolver as pessoas descritas no 9º do Art. 129 tanto no pólo passivo quanto no pólo ativo do delito. Alguns casos de violência doméstica:» Relação de convivência (incluindo namoro)» Relação de coabitação (EX: Dividir apartamento com amigo)» Pessoa que bate em empregada doméstica ou empregada doméstica que bate em alguém na casa onde trabalha;» Hóspede que bate em seu anfitrião;» Anfitrião que bate em seu hóspede;» Marido que lesiona a mulher» Irmão que lesiona irmã. 11

12 CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA COM LESÃO CORPORAL GRAVE, GRAVISSIMA OU SEGUIDA DE MORTE Art CP Art Nos casos previstos nos 1º a 3º deste artigo (Lesão corporal, grave e gravíssima e seguida de morte), se as circunstâncias são as indicadas no 9º (Violência doméstica), aumenta-se a pena em 1/3. Se a lesão corporal causada pela violência doméstica for: 1) De natureza grave ( Art ) 2) De natureza gravíssima ( Art ) ou 3) Seguida de morte ( Art ) O tipo imputado ao agente será o que se coaduna com o tipo de lesão causada. Como há violência doméstica aplica-se também a majorante do 10. Síntese! Se a lesão corporal provocada pela violência doméstica for de natureza grave, gravíssima ou der causa à morte da vítima, o agente responderá pelo crime de lesão corporal respectiva com a majorante do 10 (a pena do crime de lesão corporal será aumentada de 1/3). CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA DEFICIENTE Art CP Art Na hipótese do 9º deste artigo, a pena será aumentada de 1/3 se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. Esta majorante será aplicada quando a vítima da violência doméstica for deficiente física ou mental e a violência der causa apenas à LESÂO LEVE. Síntese! Se a lesão corporal provocada pela violência doméstica for de natureza leve, e a vítima for deficiente, o agente responderá pelo crime de art.129, caput, do CP, majorado pelo 11 (a pena do crime de violência doméstica será aumentado de 1/3) ATENÇÃO 1!!! 1) Quando há violência doméstica, 2) Que dá causa à: - Lesão corporal grave, - Lesão corporal gravíssima ou - Lesão corporal seguida de morte 3) Contra vítima saudável 1) Quando há violência doméstica, 2) Que dá causa à: - Lesão corporal leve 3) Contra vítima deficiente 1) Quando há violência doméstica, 2) Que dá causa à: - Lesão corporal grave, - Lesão corporal gravíssima ou - Lesão corporal seguida de morte 3) Contra vítima deficiente Agente responderá pelo crime de lesão corporal condizente com a sua conduta (Art º, 2º ou 3º) com pena aumentada pela majorante do 10 (lesões graves em função de violência doméstica) Agente responderá pelo crime de Violência Doméstica (Art º) com pena aumentada pela majorante do 11 (Ligada à violência doméstica contra deficiente) Agente responderá pelo crime de lesão corporal condizente com a sua conduta (Art º, 2º ou 3º). Não haverá a majorante do 11 (apesar da deficiência da vítima) porque ela só é aplicada em caso de lesão leve. DOUTRINA MAJORITÁRIA entende que cabe a majorante do 10º, não podendo 12 incidir duas majorantes.

13 ATENÇÃO 2!!! CASO 1 ) João agrediu Maria, sua própria mãe, sem causar lesões graves. Solução:João será punido pelo crime de Violência Doméstica, pois a lesão foi leve e a vítima foi ascendente (Art º ) CASO 2 ) João agrediu Maria, sua própria mãe que é cega, sem causar lesões graves. Solução:João será punido pelo crime de Violência Doméstica (Art º )majorado pelo 11, já que lesão foi leve e praticada contra vítima ascendente e deficiente (Art º com pena aumentada pelo 11 ) CASO 3) João agrediu Maria, sua própria mãe e em conseqüência ela perdeu sua audição. Solução:João será punido pelo crime de lesão corporal gravíssima (Art º Inc. III CP) majorado pelo 10 (Art º Inc. III com pena aumentada pelo 10 - o mesmo aconteceria se lesão fosse grave ou seguida da morte da mãe) CASO 4) João agrediu Maria, sua própria mãe que é cega - e em conseqüência da violência, ela perdeu a audição. Solução:João será punido pelo crime de lesão corporal gravíssima (Art º Inc. III CP). Apesar de a vítima ser deficiente não haverá a majorante do 11, pois esta só é cabível em casos de lesão leve e a agressão gerou lesão gravíssima. Grande parte da doutrina entende que caberia a majorante do 10 mesmo que haja a deficiência da mãe de João, este aumento seria dado em virtude da gravidade da lesão fruto da violência doméstica. (Punição pela doutrina: Art º Inc. III com pena aumentada pelo 10 - o mesmo aconteceria se lesão fosse grave ou seguida da morte da mãe) CRIME CONTRA AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA OU CONTRA PARENTES DESTES Art CP Art. 129, 12 do CP: Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. É crime julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. É crime julgado em VARA CRIMINAL COMUM. É um CRIME COMUM:» Sujeito Ativo: pode ser qualquer pessoa, qualquer um pode atentar contra os agentes descritos na norma.» Sujeito Passivo: já o sujeito passivo não pode ser qualquer um, necessariamente tem que ser os agentes citados na norma penal autoridades ou agentes de segurança pública NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OU EM DECORRÊNCIA DELA, ou cônjuges, companheiros ou parentes consangüíneos até o terceiro grau, EM RAZÃO DESSA CONDIÇÃO. 13

14 Trata-se de CAUSA DE AUMENTO DE PENA, incluído pela Lei /2015, para ser utilizada pelo magistrado na terceira fase do cálculo da pena. A pena será aumentada de um a dois terços. Esse aumento só caberá para lesão corporal dolosa, em qualquer uma de suas modalidades leve, grave, gravíssima e seguida de morte. Como este tipo incriminador está vinculado a motivação do agente, ou seja, possui dolo de lesionar agente de segurança pública ou cônjuge, companheiro, parentes, o Art. 129, 12 não tem aplicação para lesão corporal culposa. ATENÇÃO: quem são os agentes que o 12 do Art. 129 abrange? Quem são os agentes do Art. 142 e 144 da CF; do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública? Para evitar repetições, as mesmas definições passadas no Art. 121, 2 VII do CP são aplicáveis aqui. Todas as observações feitas são usadas para este caso. IMPORTANTE - Lesão Corporal e Lei de Crimes Hediondos: Com a Lei /2015, houve outra alteração em relação a lesão corporal praticados contra autoridades ou agentes de segurança pública ou contra parentes. As lesões corporais de natureza gravíssima (Art. 129, 2 ) e lesão corporal seguida de morte (Art. 129, 3 ), quando praticados contra agentes de segurança públicas (todos aqueles que a norma engloba), no exercício da sua função ou em decorrência dela, ou contra cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até o terceiro grau, em razão desta função, SERÃO ROTULADOS COMO CRIMES HEDIONDOS. Art. 1, Inciso I A, Lei 8.072/90. OBS: caso ocorra lesão corporal gravíssima ou seguida de morte contra qualquer outra pessoa a qual não especificada no 12 deste artigo, não será crime hediondo. Havendo lesão corporal de natureza grave (Art. 129, 1 do CP) contra os sujeitos expressados nesta norma penal não caracteriza crime hediondo. 14

15 CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL ART. 146 CP Art. 146 Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça. Ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda -Pena Detenção de 3 meses a 1 ano ou multa.» Dentro do crime de constrangimento ilegal há subsidiariamente o crime de ameaça. BEM JURÍDICO TUTELADO (Objeto jurídico/ bem abstrato):é a autodeterminação da vontade (capacidade da pessoa determinar o que deseja fazer ou não fazer). É crime julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA em JECRIM. É um CRIME COMUM, ou seja, qualquer um pode ser sujeito ativo ou passivo. ASPECTOS GERAIS DO CRIME DO ART. 146 Em regra é CRIME COMISSIVO (fruto de uma ação), mas pode ser praticado na forma omissiva imprópria (CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO) se envolver garantidor que não cumpriu seu dever quando deveria. CUIDADO! O CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL É UM CRIME SUBSIDIÁRIO, isto é, há vários crimes no CP que apresentam a mesma conduta deste delito. Por causa desta característica, o agente só será punido pelo crime de constrangimento ilegal se a conduta em questão não deu causa a delito mais grave. Em síntese, a ameaça, violência ou redução da capacidade obriga a vítima a fazer ou não fazer alguma coisa. Quando isto acontece, ou há o crime de constrangimento ilegal ou outro crime mais especializado (Princípio da Especialidade). EX.: O crime de estupro apresenta a mesma conduta do crime de constrangimento ilegal, mas o agente que está constrangendo a vítima no crime de estupro tem uma conduta muito mais grave. Em razão disso o crime de constrangimento será afastado. ELEMENTO SUBJETIVO: O CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL É DOLOSO. NÃO EXISTE FORMA CULPOSA. Desta forma, o elemento subjetivo do crime é o DOLO (consciência e vontade). - A conduta dolosa é agir para constranger a vítima (obrigar, compelir, forçar) a fazer ou não fazer alguma coisa. A pessoa constrange mediante violência, grave ameaça ou redução da resistência. 15

16 CONDUTA DO CRIME:É constranger alguém a fazer ou deixar de fazer algo mediante: 1) VIOLÊNCIA 2) GRAVE AMEAÇA promessa de mau grave contra a vítima EX: Pessoa aponta revolver para alguém e diz que vai matá-la se ela não fizer ou fizer algo. 3) QUALQUER OUTRO MEIO QUE REDUZA A CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA DA VÍTIMA EX.: Uso de substâncias intoxicantes como álcool, drogas, etc. ELEMENTOS OBJETIVOS CRIME DO ART. 146» CONSTRANGER VÍTIMA A NÃO FAZER ALGO: EX.: Condomínio não tem vaga marcada; o síndico ameaça quebrar os vidros do carro de outro condômino para que ele não estacione na vaga que ele mais gosta.» CONSTRANGER VÍTIMA A FAZER ALGO: EX.: Maria e José se conhecem em um baile; Na saída do local José acompanha Maria e lhe oferece carona e ela não aceita. José passa a segui-la e em um determinado momento aborda Maria com um revolver para que ela entre no carro e dê um passeio com ele. Maria obedece. José nada faz durante o percurso, deixando a moça em casa em casa pouco depois.» No art. 146 o sujeito ativo não tem pretensão legítima; o que ele exige da vítima é ilegítimo, ele não tem direito de exigir. Para haver o crime de constrangimento ilegal é preciso haver pedido ilegítimo. Há casos em que o agente tem pretensão legítima, o faz tendo pleno direito de obrigar o outro a fazer ou não fazer alguma coisa; nesta hipótese não há crime de constrangimento ilegal, pois o pedido é legítimo. EX.: João contrata pintor para reformar sua casa, paga adiantado, mas o homem não aparece. Um dia João o encontra em um boteco e o ameaça com barra de ferro para que os serviços de pintura já pagos sejam imediatamente efetuados. A pretensão de José é legítima; por isso o crime aqui não será de constrangimento ilegal e sim exercício arbitrário das próprias razões. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA NO CRIME DO ART. 146 CONSUMAÇÃO DO CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL: Se dá quando a vítima se comporta da forma que o sujeito ativo exigiu. EX.: Síndico ameaça gravemente condômino para que este não estacione em determinada vaga O crime do Art. 146 estará consumado quando o condômino efetivamente desiste de estacionar na tal vaga devido às ameaças. TENTATIVA NO CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL: Acontece quando a vítima não se comporta como o sujeito ativo quer, apesar de ter sofrido a violência, ameaça ou redução da resistência. 16

17 Art º As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, para a execução do crime se reúnem mais de 3 pessoas ou há emprego de armas A pena do crime de constrangimento ilegal será aumentada quando o delito é cometido: 1 )Por mais de 3 pessoas (há concurso de pessoas envolvendo no mínimo 4 pessoas) CASO 1) Se o crime em concurso é cometido por 4 pessoas sendo que 2 são imputáveis e 2 são inimputáveis. Solução: A majorante é mantida. CASO 2) Se o crime em concurso é cometido por 4 pessoas e apenas 1 delas é imputável. Solução: A majorante é mantida. 2) Com emprego de armas.» Na doutrina existem 2 tipos de armas e o uso de ambas majoram o crime: MAJORANTES DO CRIME DO ART. 146 Art º CP I) ARMA PRÓPRIA: É a arma que é industrializada para efetuar lesão. EX.: Explosivos, granadas, fuzis, revólver, etc. II) ARMA IMPRÓPRIA: É o objeto que não foi industrializado para efetuar lesão mas tem potencial lesivo. EX.: Tesoura, faca, taco de baseball, etc. OBS: Uso de arma de brinquedo majora o crime? Há divergência doutrinária! CASO 1) Agente constrange vítima mediante violência ameaçando dar-lhe uma coronhada com a arma de brinquedo que é pesada e pode ferir. (Arma de brinquedo é usada como arma imprópria). Em outra ocasião, agente usa arma de brinquedo com projétil para a mesma conduta (Arma de brinquedo é usada como arma própria). Solução: Em ambos os casos haverá a majorante pelo uso de arma. CASO 2) Agente não usa a arma de brinquedo para efetuar violência. Agente apenas porta a arma (que também apresenta projétil). Sua única conduta é mostrar o objeto à vítima para constrangê-la usando ameaça. Solução: Nesta situação não pode haver a majorante pelo uso de arma, pois está só é aplicável quando a conduta tem um maior potencial lesivo e o caso exposto não apresenta tal potencial já que é mero caso de ameaça com arma de brinquedo. CASO 3)Se o agente efetua conduta de constrangimento mediante mão dentro da blusa fingindo porta arma Solução: Alguns autores entendem que neste caso há majorante por porte de arma. Já a JURISPRUDÊNCIA entende que não há majorante quando alguém atua desta forma para obrigar a vítima a fazer ou não fazer algo. CONCLUSÃO: A JURISPRUDÊNCIA TEM SE POSICIONADO MAJORITARIAMENTE PELA NÃO APLICABILIDADE DA MAJORANTE EM CASO DE ARMA DE BRINQUEDO. 17

18 Art º Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência CONCURSO DE CRIMES NO CRIME NO ART. 146 Art º CP Toda vez que o sujeito usa violência física para constranger alguém a fazer ou não fazer alguma coisa, haverá concurso material de crimes entre o delito de constrangimento e o crime resultante da violência empregada.» Aqui a conduta do crime de constrangimento não é subsidiária; se a violência física usada em sua conduta dá causa a outro crime que atinja a integridade física ou vida, o delito do Art. 146 não será afastado; agente responderá por ele em concurso material com o delito originado pelo proceder violento. EX.: João constrange Paulo com violência e esta gera em Paulo uma incapacidade permanente para o trabalho (lesão gravíssima). Como há concurso material entre os crimes de constrangimento e de lesão corporal, João será punido através da soma das penas dos 2 crimes. Art º Não se compreendem na disposição deste artigo: NORMA PERMISSIVA CASOS EM QUE O CONSTRANGIMENTO ILEGAL É PERMITIDO Art º CP I- A intervenção médica ou cirúrgica sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; II A coação exercida para impedir suicídio. O 3º do Art. 146 apresentam as duas hipóteses em que as condutas do crime de constrangimento ilegal são permitidas. Os autores mais modernos dizem que a NATUREZA JURÍDICA DESTAS SITUAÇÕES É A EXCLUDENTE DE TIPICIDADE; eles militam que elas não constituem crime de constrangimento; não apresentam fato atípico. Os autores mais antigos dizem que nas duas situações há fato atípico, isto é, há o crime de constrangimento, no entanto elas não serão punidas, pois foram praticadas em prol de Estado de Necessidade de Terceiro. NATUREZA JURÍDICA DAS CONDUTAS É A EXCLUDENTE DE ILICITUDE. ATENÇÃO!!! CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL (Art. 146 CP)» O uso da ameaça visa obrigar a vítima a fazer ou não fazer alguma coisa. (Quando isso acontece ou o crime é de Constrangimento ou será outro que tem a mesma conduta, mas apresenta maior gravidade). CRIME DE AMEAÇA (147 CP)» Agente não ameaça a vítima para que esta faça ou deixe de fazer algo. A ameaça neste delito é usada apenas para tirar a paz da vítima, amedrontá-la. 18

19 CRIME DE AMEAÇA ART. 147 CP Art. 147 Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave - Pena Detenção de 1 a 6 meses ou multa. BEM JURÍDICO TUTELADO (Objeto jurídico/ bem abstrato): É a liberdade psíquica da vítima que é o sentimento de tranqüilidade pessoal. O propósito no crime em questão é amedrontar o ofendido. É crime julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO (Art. 147 U) em JECRIM. É um CRIME COMUM, ou seja, qualquer um pode ser sujeito ativo ou passivo. ASPECTOS GERAIS DO CRIME DE AMEAÇA CUIDADO! Para haver o crime de ameaça a paz pessoal da vitima tem que ter sido lesada; mas para que isso aconteça, ela tem que tomar conhecimento da ameaça. Mais que isso - é preciso que pessoa entenda a ameaça. Sujeito passivo tem que ter capacidade de entendimento. Baseada neste contexto, DOUTRINA AFIRMA QUE DOENTES MENTAIS E CRIANÇAS em tenra idade NÃO PODEM SER VÍTIMAS DO DELITO já que não têm esta condição. Em regra é CRIME COMISSIVO (fruto de uma ação), mas pode ser praticado na forma omissiva imprópria (CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO) se envolver garantidor que não cumpriu seu dever quando deveria. CUIDADO! O CRIME DE AMEAÇA É UM CRIME SUBSIDIÁRIO, isto é, há vários crimes no CP que apresentam a mesma conduta deste delito. Por causa desta característica, o agente só será punido pelo crime ameaça se a conduta em questão não deu causa a delito mais grave. CONDUTA DO CRIME (Elem. Objetivos): É ameaçar alguém por palavra, escrito gesto, ou qualquer meio simbólico de algum mal injusto e grave.» Só há ameaça se sujeito ativo promete um mal injusto e grave à vítima. CUIDADO! Não haverá crime do Art. 147 se pessoa ameaça denunciar crime cometido por alguém. Neste caso a promessa feita não é injusta. O FATO SERÁ ATÍPICO» Vítima tem que tomar conhecimento da ameaça e entendê-la.» Ameaça pode ser feita por palavras, escritos, gestos ou outros meios. O importante é que estes causem mal injusto e grave.» O conteúdo ameaçador tem que ser claro e grave. 19

20 ELEMENTOS SUBJETIVOS DO CRIME DE AMEAÇA ELEMENTOS SUBJETIVOS: O crime do Art. 147 é um CRIME DOLOSO, mas além do dolo que é a vontade de ameaçar, ESTE TIPO PENAL APRESENTA TAMBÉM O DOLO ESPECÍFICO (elemento subjetivo especial). Sujeito ativo tem que ter o propósito de tirar a paz da vítima. Amedrontá-la. Se pessoa não tiver esta intenção específica não haverá o crime de ameaça.» Desta forma, o crime possui: 1) O elemento subjetivo - DOLO (consciência e vontade de ameaçar ) e 2) O elemento subjetivo especial DOLO ESPECÍFICO (fim especial de tirar paz do sujeito passivo) CONSUMAÇÃO DO CRIME DE AMEAÇA: Se dá no momento em que a vítima toma conhecimento do mal prometido. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA DO CRIME DE AMEAÇA TENTATIVA NO CRIME DE AMEAÇA:» É CABÍVEL quando ameaça ocorre através de meio escrito ou simbólico, já que nestas hipóteses pode haver extravio. EX.: Carta ameaçadora era para menor de 18 anos, mas é o pai que a recebe e toma ciência de seu conteúdo acionando a justiça como representante do filho que desconhece a situação.» NÃO CABE quando ameaça ocorre através de palavras ou gestos. ATENÇÃO!!! CRIME DE AMEAÇA (147 CP)» Agente não ameaça a vítima para que esta faça ou deixe de fazer algo. A ameaça neste delito é usada apenas para tirar a paz da vítima, amedrontá-la. CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL (Art. 146 CP)» O uso da ameaça visa obrigar a vítima a fazer ou não fazer alguma coisa. (Quando isso acontece ou o crime é de Constrangimento ou será outro que tem a mesma conduta, mas apresenta maior gravidade). 20

21 CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO ART. 148 CP Art. 148 Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado-pena Reclusão de 1 a 3 anos BEM JURÍDICO TUTELADO (Objeto jurídico/ bem abstrato): É a liberdade de ir e vir; a liberdade de locomoção. É crime julgado através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA em VARA CRIMINAL. ASPECTOS GERAIS DO CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO É um CRIME COMUM, ou seja, qualquer um pode ser sujeito ativo ou passivo. CUIDADO! Se o sujeito ativo do crime (quem está privando a liberdade) é um funcionário público no exercício de sua função, o crime não será de sequestro e cárcere privado. Alguns doutrinadores defendem que a situação envolve violência arbitrária (Art. 322 CP), mas existe a corrente que milita em favor de abuso de autoridade. É questão divergente. Em regra é CRIME COMISSIVO (fruto de uma ação), mas pode ser praticado na forma omissiva imprópria (CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO) se envolver garantidor que não cumpriu seu dever quando deveria. CUIDADO! O CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO É UM CRIME SUBSIDIÁRIO, isto é, há vários crimes no CP que apresentam a mesma conduta deste delito. Por causa desta característica, o agente só será punido pelo crime de sequestro e cárcere privado se a conduta em questão não deu causa a delito mais grave. EX.: O crime de extorsão mediante sequestro (Art. 159 CP) tem a mesma conduta do crime de sequestro e cárcere privado, no entanto, no Art. 159 há uma finalidade especial que é a obtenção de vantagem econômica. Assim, diante de uma situação de extorsão mediante sequestro, o crime do Art.148 é afastado em função de sua forma mais especializada expressa no Art ELEMENTO SUBJETIVO: O crime do Art. 148 é crime DOLOSO, portanto, o elemento subjetivo do delito é o DOLO consciência e vontade de sequestrar ou enclausurar alguém. Não há dolo específico, ou seja, não há finalidade especial nesta ação do agente, desta maneira, não há crime de sequestro e cárcere privado se agente exerce a conduta com alguma finalidade (EX.: para escravizar a vítima ou com finalidade de extorsão). 21

22 CONDUTA DO CRIME: É privar alguém de seu direito de ir e vir através do seqüestro ou do cárcere privado. Ainda que as condutas de seqüestro e de cárcere sejam diferentes elas serão punidas no mesmo crime.» CÁRCERE PRIVADO: Pressupõe enclausuramento em recinto fechado; EX.: Vítima fica presa em um poço, banheiro, porão cubículo, cativeiro, cela, etc.» SEQUESTRO: A liberdade da vítima é restringida, todavia não há enclausuramento, ela até se locomove bem, mas não há como fugir do local. EX.: Vítima fica presa em Ilha, fazenda, etc. OBS: O cárcere privado é mais reprovável que o sequestro porque ele traz maior possibilidade de dano para a vítima. O juiz deve calcular uma pena maior se a privação de liberdade se deu por cárcere. Para que se configure o impedimento a liberdade é preciso provar que a vítima: 1) Corre perigo para exercer seu direito de locomoção. (Vítima correria perigo para fugir). ELEMENTOS OBJETIVOS DO CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO EX.: Pessoa está trancada em uma casa vigiada por vários cães ferozes, uma fuga significaria ser seriamente ferida. 2) Tem que empreender um grande esforço para fugir. EX.: Pessoa foi enclausurada em casebre no pico de uma colina; para fugir ela terá que passar por grande esforço físico. CONSENTIMENTO DO OFENDIDO NO CRIME DE CÁRCERE PRIVADO: Há bens jurídicos que são indisponíveis, o que não é o caso da liberdade de locomoção que é bem disponível por quem a detém. Se a pessoa deu consentimento para ter sua liberdade cerceada e este é válido, a conduta de cárcere não será punida, ou pela ausência de tipicidade ou pela ausência de ilicitude. EX.: Participantes do programa Big Brother.» O consentimento da vítima será inválido quando ela é incapaz pela idade ou por alienação mental. Também se considera como tal aquele dado quando a vítima está momentaneamente sem sua capacidade de entendimento - embriagada, intoxicada, etc. CASO) Pessoa é capaz e dá consentimento para ser privada de sua liberdade em um local onde além de ter este bem jurídico disponível lesado, também tem bens indisponíveis feridos, como por exemplo, a vida. Solução: Nesta hipótese, o consentimento será inválido. 22

23 OBS: Filho de castigo no quarto não é privação de liberdade; é exercício regular do direto de correção (Poder de família). CUIDADO! O exercício tem que ser regular. Não pode haver excesso. Seqüestro e cárcere privado SÃO CRIMES PERMANENTES, ou seja, a data do crime é o dia em que cessa a conduta dia em que a vítima consegue retomar sua liberdade. Todos os prazos serão contados a partir do dia do fim da conduta. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA DO CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO CONSUMAÇÃO DO CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO: Se dá quando sujeito ativo priva a vítima de sua liberdade. OBS: Por serem crimes permanentes, as condutas destes delitos se prolongam no tempo e consequentemente a consumação também sofrerá prolongamento. EX.: João tinha acabado de completar 17 anos quando sequestrou Maria. Conduta só cessa quando João alcança 18 anos. João será imputável e responderá pelo crime consumado ainda que o tenha iniciado o ato antes dos 18 anos. TENTATIVA NO CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO: A tentativa é cabível já que o agente pode estar em atos executórios do crime e algo alheio a sua vontade impede que ele dê continuidade à ação. Art º A pena é de Reclusão de 2 a 5 anos: I- Se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 anos; II- Se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; III- Se a privação de liberdade durar mais de 15 dias IV- Se o crime é praticado contra menor de 18 anos; V- Se o crime é praticado com fins libidinosos O crime do Art. 148 será qualificado pelo 1º:» QUANDO O DELITO: 1ª QUALIFICADOR A DO CRIME SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO Art º CP 1) For praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital (crime de sequestro e cárcere mediante internação). EX.: Pessoa estava internada, recebeu alta, mas agente do crime não há deixou sair do hospital, geralmente há o emprego de fraude na conduta. 2) For praticado para fins libidinosos» Traz DOLO ESPECÍFICO. Para haver esta qualificadora, é preciso que o autor do crime tenha agido com a finalidade de satisfazer desejos sexuais (fim libidinoso). Agente não pode tocar na vítima! Se houver qualquer outra conduta que envolva contato físico, dará causa à concurso material de crimes com o delito sexual cometido.» QUANDO A VÍTIMA: 1) É ascendente (pai/mãe), descendente (filhos, adotivos ou biológicos) ou cônjuge/ companheiro (a) do agente. 2) Tem mais de 60 anos ( 60 anos e 1 dia) 3) Tem menos de 18 anos (não tem resistência) 4) Fica sem liberdade por mais de 15 dias. 23

24 ATENÇÃO!!! CASO) João aborda pessoa, a coloca dentro de um carro contra a vontade desta e a leva a local ermo a fim de realizar estupro. Solução: Não há crime de sequestro. O agente comete crime de estupro. A momentânea privação de liberdade que ocorre para que o estupro aconteça é a violência empregada no referido delito. Art º Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral Pena Reclusão de 2 a 8 anos. trata-se de qualificação pelo resultado do crime de sequestro e cárcere. O crime do Art. 148 será qualificado pelo 2º:» Quando o crime resulta em grave sofrimento físico ou moral para a vítima devido aos maus-tratos sofridos ou devido à natureza do local onde ficou encarcerada. 2ª QUALIFICADOR A DO CRIME SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO Art º CP CASO) Sujeito ativo empregou maus-tratos em sua conduta de sequestro e cárcere privado e isso acarretou lesão corporal gravíssima na vítima. Solução: Haverá concurso material de crimes entre o crime de sequestro e cárcere privado qualificado ( Art º CP) e o crime de lesão corporal grave ( Art º CP). Agente responderá mediante somatório das penas dos dois delitos. O crime do Art. 148 pode ser qualificado pelas situações do 1º e do 2º conjuntamente. Neste caso, a qualificadora do 2º prevalecerá sobre a outra uma vez que configura situações mais gravosas. As condutas que caracterizam a qualificadora afastada serão usadas como agravantes ou como situações judiciais desfavoráveis. 24

25 BIBLIOGRAFIA BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral vol. II, 16ª ed. São Paulo: Saraiva, CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral vol. II, 16ª ed. São Paulo: Saraiva, ESTEFAM, André. Direito Penal: parte geral vol. II, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral vol. II, 13ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado: parte geral vol. II, 6ª ed. rev., atual. e ampliada. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado: Parte Especial vol. II. 9 Edição. Revista e Atualizada. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,

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