MANUAL DE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

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1 MANUAL DE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Estado: Vigente Aprovado: julho de 2015 Data: 26/10/2015 Versão 1: ESPAÇO DESTINADO A ATUALIZAÇÃO DAS ALTERAÇÕES: Página 1 de 10

2 ESTRUTURA DO MANUAL Objetivo do Manual: Formalizar, as políticas de responsabilidade socioambientais que serão adotadas pela CECM dos Empregados das Empresas RANDON COOPERANDO em seu processo operacional e de concessão de crédito. Público Alvo: Dirigentes, Conselho de Administração e todo colaborador da Cooperativa que esteja ligado à área gerencial. Estrutura Básica: Conjunto de normas, representadas pelos capítulos que este documento abrange. SUMÁRIO CONTEÚDO PÁGINA 1 Apresentação e conceituação 3 2 Princípios de sustentabilidade 3 3 Diretrizes Socioambientais 5 4 Gestão Socioambiental Relatórios Socioambientais Relatório de Sustentabilidade Monitoramento das operações de crédito dos associados Estrutura Responsabilidade do Conselho de Administração / Diretoria Executiva Responsabilidade do Diretor Responsável pelo Gerenciamento do Risco 8 Socioambiental Responsabilidades da Área de Controles Internos Política 8 5 Lista de operações restritivas 8 6 Revisão e aprovação do Manual 9 7 Elaboração e aprovação do relatório do risco Socioambiental 10 Página 2 de 10

3 1 Apresentação e conceituação 1.1 O Manual da Política de Responsabilidade Socioambiental é um componente das diversas modalidades de políticas a que estão expostas as concessões do crédito. O gerenciamento desses riscos irá considerar a os sistemas, rotinas e procedimentos que envolvam o risco socioambiental presente nas atividades e nas operações da COOPERANDO; além de permitir o registro de dados referentes às perdas efetivas em função de danos socioambientais; a avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos de novas modalidades de produtos e serviços; e os procedimentos para adequação do gerenciamento do risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado. 1.2 O presente manual estabelece as políticas operacionais e oferece subsídios e informações necessárias à verificação da correta aplicação da Lei de que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente e a Resolução de Nº 4327/2014 do C.M.N. que estabeleceu diretrizes para o estabelecimento e a implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA); 1.3 A COOPERANDO é instituição financeira do tipo cooperativa de crédito que tem como estratégia trabalhar com juros baixos e com recursos oriundos basicamente do Patrimônio Líquido Ajustado. Trabalhando basicamente com pessoas físicas, faz com que a Cooperativa possua um risco de socioambiental extremamente reduzido, para não dizer NULO. 2. Princípios de Sustentabilidade Os princípios de sustentabilidade, aplicáveis às instituições financeiras, em consonância com a Resolução 4327/2014, visam promover o desenvolvimento sustentável em parceria com as partes interessadas, através de linhas específicas de financiamentos, de projetos que promovam relação ética e transparente assim como a preservação do meio ambiente para as gerações futuras, o respeito à diversidade e a promoção da redução das desigualdades sociais. Propondo garantir adequado entendimento do conteúdo desta Política, destacam-se abaixo os principais critérios utilizados como princípios fundamentais: Direitos Humanos: Busca inserir os conceitos de direitos humanos internacionais de forma ampla, considerando os direitos políticos, sociais e econômicos (nestes incluídos os direitos trabalhistas) e ampliando-se por toda cadeia de valor; Direitos das relações de trabalho: Visam apresentar aspectos dignos para garantir o trabalho decente em todo o mundo para homens e mulheres, levando em consideração a não discriminação, a remuneração justa, a Página 3 de 10

4 segurança, as condições de salubridade, a erradicação do trabalho infantil, forçado e obrigatório, entre outros; Proteção das relações de consumo Princípios e orientações dirigidas à proteção dos direitos dos consumidores. Auxiliam as organizações a defender os direitos dos consumidores, incentivar padrões responsáveis de consumo, o desenvolvimento de grupos independentes de consumidores e a adoção de condutas éticas a fim de evitar abusos; Meio Ambiente A proteção ambiental é um dever de todos para melhorar a qualidade de vida do planeta. O conceito deve privilegiar de forma presente ações que não sejam agressivas ao meio ambiente, e principalmente, a adoção de práticas de eliminação de desperdícios, a eficiência energética, o uso de materiais reciclados, dentre outras, buscando sensibilizar a população mundial para os problemas ambientais mais significativos, visando encontrar as respostas que levem à solução de tais problemas; Busca incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. Ética e transparência O conceito destina-se à adoção de valores e princípios éticos, estimulando o diálogo com as partes interessadas. Posiciona-se de forma transparente perante a sociedade, se resguardando ao respeito e ao cumprimento do direito internacional, leis e políticas nacionais; São considerados parâmetros essenciais, ao referido critério, as práticas de combate à corrupção, inclusive extorsão e suborno, a fraude e a importância da divulgação de informações transparentes nos relatórios anuais, possibilitando disseminar ações éticas no âmbito organizacional; Diálogo engajamento com as partes interessadas Contribui para a melhora da qualidade de vida da sociedade, priorizando o fortalecimento dos interesses legítimos das partes inter-relacionadas às atividades da Cooperativa na sociedade. Tem o papel de estimular ações de interesse público, contribuindo consequentemente à redução das desigualdades sociais e dos impactos negativos ao meio ambiente. O engajamento pode abranger a comunidade, a cadeia de fornecedores, os clientes, os associados entre outros públicos; Página 4 de 10

5 3. Diretrizes Socioambientais As diretrizes relacionadas ao desenvolvimento sustentável, com ênfase no tema socioambiental e relacionamento com as partes interessadas devem firmar um pacto de comprometimento com todos os profissionais envolvidos. Na Cooperando são elas: Garantir a conformidade e o cumprimento da legislação aplicável, do direito internacional, das leis e políticas nacionais relacionados às questões socioambientais; Desenvolver, implantar e manter diretrizes próprias de sustentabilidade na estratégia de negócios, crédito e compras que estimulem o comprometimento da cadeia de valor com a sustentabilidade; Promover a aplicação da legislação socioambiental vigente às atividades desenvolvidas pela Instituição; Definir restrições comerciais a empresas que estejam envolvidas com a prática de crimes ambientais ou com trabalho análogo ao escravo ou infantil em sua cadeia. Avaliar as oportunidades socioambientais a fim de criar linhas especiais de produtos e serviços para associados interessados em promover negócios que visam o desenvolvimento sustentável; Apoiar mecanismos de mercado e políticas que promovam o respeito ao meio ambiente e a manutenção da biodiversidade; Gerir e mitigar os impactos ambientais negativos diretos decorrentes das operações da Cooperativa; Respeitar a diversidade e garantir a igualdade de oportunidades, contribuindo para assegurar efetivamente uma remuneração que garanta um nível de vida digna para todos os profissionais; Assegurar uma gestão responsável sobre os impactos socioambientais causados pelas atividades diretas e indiretas, incluindo a seleção de fornecedores e prestadores de serviços que evidenciem boas práticas socioambientais; Garantir condições de trabalho adequadas e o bem-estar dos colaboradores, por meio de padrões de saúde e de segurança ocupacional; Adotar políticas internas e desenvolver programas de ação, incluindo práticas de consumo consciente de recursos naturais e materiais incentivando os conceitos dos 5Rs: repensar hábitos, recusar supérfluos, reduzir consumo, reutilizar materiais e reciclar; Sensibilizar e conscientizar os profissionais para as questões da responsabilidade socioambiental, estimulando os processos de desenvolvimento e inovação voltados à ética, à cidadania, às mudanças climáticas, à preservação da biodiversidade e dos recursos naturais; Página 5 de 10

6 Estimular a adoção de valores e princípios éticos, abstendo-se de práticas abusivas, combatendo a corrupção e a fraude de todas as formas ou atividades dessa natureza; Contribuir para o engajamento estruturado das partes interessadas através do diálogo ético e transparente, por intermédio de ações que harmonizem positivamente os interesses públicos de todos com o meio no qual estão inseridos; Promover a construção de soluções coletivas e inovadoras, privilegiando formatos que favoreçam a transparência, a partir de diferentes pontos de vista; Identificar as aspirações, necessidades e demandas dos públicos de interesse, sempre com a perspectiva da construção de um relacionamento a longo prazo; Incentivar projetos que busquem melhoria da qualidade de vida da comunidade, o uso sustentável do meio ambiente, bem como ações de reintegração social através da cultura, educação e esporte. Promover o relacionamento ético e transparente entre cooperativa e suas Partes Interessadas, para que assim seja possível construir relações pautadas na confiança e na qualidade visando uma parceria de longo prazo; Estabelecer padrões que visem à conduta empresarial responsável, buscando a harmonia entre os objetivos do negócio e as práticas que promovam o crescimento sustentável; Divulgar as partes interessadas, de forma clara e equilibrada, a cultura empresarial, boas práticas, ações, metas e fragilidades através do Relatório de Sustentabilidade; Mobilizar as partes interessadas para o compromisso com o desenvolvimento sustentável, buscando pontos de cooperação para as questões socioambientais; Utilizar ferramentas de gestão do engajamento que permitam o monitoramento e avaliações periódicas de resultados, contando com a participação de todos os envolvidos no processo. Divulgar publicamente as informações do desempenho econômico, social e ambiental da cooperativa e sobre seus princípios e regulamentações. 4. Gestão Socioambiental A Gestão Socioambiental na Cooperando abrange diversas atividades, tais como: Disponibilizar aos associados linhas de crédito que não sejam direcionadas as atividades que agridam o meio ambiente e nem sejam nocivos a sociedade; Promover ações Socioambientais (divulgação, patrocínios e etc.); Página 6 de 10

7 Investir no desenvolvimento e capacitação dos profissionais por meio de treinamentos e certificações; Investir em projetos sociais, culturais e esportivos em prol dos associados, utilizando para tal fim os recursos disponíveis do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social FATES); Observar o cumprimento da legislação que rege o assunto Relatórios Socioambientais O relatório socioambiental é elaborado semestralmente pela área de Controles Internos com as informações relevantes sobre os associados analisados, treinamentos e programas internos socioambientais desenvolvidos Relatório de Sustentabilidade O relatório de sustentabilidade estará disponível no Portal da Cooperando Monitoramento das operações de crédito aos associados Anualmente o relatório de sustentabilidade é renovado e o responsável pelos controles internos preencherá novamente o formulário Estrutura O controle do risco socioambiental será realizado constantemente, com emissão de relatórios semestrais para discussão e inclui as seguintes áreas: Conselho de Administração Diretoria Executiva Diretor Resp. pelo Gerenciamento do Risco Socioambiental Controles internos Página 7 de 10

8 Responsabilidades do Conselho de Administração / Diretoria Executiva Responsável pela elaboração e revisão das políticas e do manual de gerenciamento do risco socioambiental e pela tomada de decisões para a boa condução do gerenciamento Responsabilidades do Diretor Responsável pelo Gerenciamento do Risco Socioambiental Responsável pelo acompanhamento/supervisão da execução do gerenciamento e pela elaboração do relatório do gerenciamento em conjunto com o Facilitador Responsabilidades da área de controles internos Responsável pela execução do gerenciamento do risco socioambiental, pela elaboração do relatório do gerenciamento em conjunto com o diretor responsável pelo risco Política O Conselho de Administração deverá manter política de concessão de crédito que contemple linhas específicas sem ferir as diretrizes emanadas da Resolução 4327/2014, dando ênfase, quando da liberação do crédito, a: Consulta a lista do Serasa (Conformidade Ambiental); Visita aos associados, se necessário e; Análise dos associados, com vistas socioambientais. 5. Lista de Operações Restritivas A Cooperando, quando disponibilizar aos associados linhas de crédito, as mesmas não poderão contemplar: Produtos, substâncias e atividades que são consideradas ilegais perante as leis locais e convenções, regulamentação ou acordos internacionais; Armas e munições; Bebidas alcoólicas (exceto vinho e cerveja) ou bebidas alcoólicas contrárias às normas religiosas locais ou culturais; Indústria do tabaco e similares; Cassinos, jogos de azar e negócios similares; Comercialização de espécies da flora e fauna selvagens ou produtos correlatos regulados pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES); Fabricação, armazenamento e tratamento de materiais radioativos, incluindo resíduo radioativo; Página 8 de 10

9 Produção ou comércio de Fibras de amianto; Operações comerciais de corte de madeira ou compra de equipamento para corte de madeira para utilização nas principais florestas tropicais úmidas; Projetos florestais ou operações de gerenciamento não sustentável e/ou em áreas de reserva ambiental, exceto, casos autorizados legalmente ou com certificados ambientais e similares; Fabricação ou comercialização de produtos farmacêuticos proibidos ou em processo de descontinuidade da produção; Fabricação ou comercialização de pesticidas/ herbicidas banidos ou descontinuados ou proibidos internacionalmente; Fabricação ou comercialização de substâncias prejudiciais à camada de ozônio em processo de descontinuidade da produção; Pesca de rede de contenção no ambiente marinho usando redes de até 2,5 quilômetros de comprimento; Armazenamento, tratamento ou venda/comercialização internacional de resíduos ou produtos de resíduos, exceto casos de resíduos não perigosos destinados à reciclagem; Fabricação ou comercialização de Poluentes Orgânicos Persistentes (POP s); Não cumprimento de princípios e direitos fundamentais dos trabalhadores, tais como trabalhos análogos ao escravo, trabalho infantil ou similares; Ocupação irregular de áreas preservadas; Atividades que envolvam significante degradação de parques nacionais e áreas protegidas; Produção e distribuição de mídia antidemocrática e/ou neonazista ou de natureza política; Qualquer negócio relacionado à pornografia, mídia de conteúdo adulto e/ou prostituição; Fabricação de equipamentos e eletrodomésticos contendo clorofluorcarbonos (CFCs), halogênios e outras substâncias reguladas pelo Protocolo de Montreal. 6 Revisão e Aprovação do Manual Este manual deve ser revisado no mínimo anualmente pelo Conselho de Administração, sendo a revisão aprovada pelo referido Conselho e registrada em ata de reunião. Página 9 de 10

10 7 Elaboração e Aprovação do Relatório do Risco Socioambiental O relatório de Gerenciamento do Risco Socioambiental será elaborado semestralmente pela área de controles internos em conjunto com o Diretor Responsável pelo Gerenciamento do Risco Socioambiental e apresentado ao Conselho de Administração até 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano. Nilson Antônio Dalmoro Diretor Presidente Luciano Trentin Diretor Administrativo Página 10 de 10