Tópicos a serem abordados
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- Ana Clara Barateiro Martini
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2 Objetivos Apresentar e discutir os conceitos básicos da avaliação qualitativa dos riscos à saúde relacionados à exposição a agentes químicos nos locais de trabalho. Apresentar histórico e análise crítica da caracterização da insalubridade por avaliação qualitativa. Esclarecer dúvidas mais freqüentes sobre o assunto. Sensibilizar os profissionais para necessidade de mudança da legislação e aperfeiçoamento profissional.
3 Tópicos a serem abordados Conceitos básicos sobre avaliação de risco Avaliação de riscos à saúde visão geral Avaliação qualitativa da exposição a agentes químicos Insalubridade histórico e caracterização qualitativa Análise crítica da legislação atual Dúvidas.
4 Conceitos básicos sobre Avaliação de Risco RISCO: POSSIBILIDADE de uma perda ou dano (relação causal, que implica em necessidade) PROBABILIDADE de que tal perda ou dano ocorra (incerteza da ocorrência, distribuição no tempo) e a GRAVIDADE do resultado adverso.
5 Conceitos básicos sobre Avaliação de Risco RISCO = CENÁRIO, PROBABILIDADE, GRAVIDADE DANO
6 É o processo global de estimar a magnitude do risco para um indivíduo, grupo, sociedade e meio-ambiente e decidir se o risco é ou não tolerável ou aceitável.
7 Conceitos básicos sobre Avaliação de Risco Chances de um evento ocorrer em termos matemáticos: Possível 0 (zero) Impossível = 0 (zero) Provável > 0 e < 1 (=100%) Extremamente improvável 0 Certo = 1 (100%)
8 AVALIAÇÃO DO RISCO Aceitabilidade do risco baseada em matriz de risco:!! $%# #! "#!!!!"#!!
9 Formas de avaliação do risco Quantitativa: definir uma taxa (número provável de ocorrências em um ano para uma determinada população). Ex. morte no trânsito: ~ 1 x 10-4 Qualitativa: definir a chance em termos de categorias de probabilidade (baixa, média, alta ou improvável, pouco provável e provável, etc.)
10 Etapas básicas: Reconhecimento do risco (ou identificação) Avaliação das exposições e do risco Julgamento da aceitabilidade do risco Proposição ações (opções de controle ou monitorização)
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12 REPRESENTAÇÃO OU PERCEPÇÃO DO RISCO Avaliação do risco feita por leigos (não técnica) baseada na interpretação e aceitação pessoal, ou sócio-política, de uma determinada situação de risco. A representação do risco pode resultar numa estimativa atenuada ou amplificada em relação à estimativa feita por um especialista da área.
13 Abordagem avaliação gradual: Medir ou tomar ações corretivas diretamente? Investigação inicial O conhecimento é suficiente para agir? SIM NÃO Investigação exploratória Intervenção O conhecimento é suficiente para agir? SIM NÃO Investigação aprofundada Verificação da eficácia
14 FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DE RISCO Investigação inicial: Listas de verificação Investigação exploratória (qualitativa ou semiquantitativa): caracterização das situações de risco, estimativa qualitativa da exposição e do risco, medições exploratórias Investigação aprofundada: avaliação das exposições (amostragem individual,estimativa de dose, tratamento estatístico)
15 Reconhecimento dos riscos É adequado quando permite: Estimar o risco (qualitativa e quantitativamente) Desenvolver opões de controle Definir ações de monitorização da exposição e vigilância da saúde dos trabalhadores.
16 Reconhecimento de riscos ETAPAS PROPOSTAS Caracterização geral da empresa e obtenção de dados preliminares Definição das unidades de análise (blocos de análise) Caracterização e Inventário dos riscos por unidade de análise
17 Etapas do reconhecimento de riscos Caracterização geral da empresa e obtenção de dados preliminares atividades desenvolvidas na empresa - principais e auxiliares; plantas da empresa fluxogramas do processo Dados disponíveis na literatura sobre os riscos
18 Etapas do reconhecimento de riscos Caracterização geral da empresa e obtenção de dados preliminares lista de matérias primas e auxiliares, produtos intermediários e finais. Se possível onde são usados e a taxa de consumo IMPORTANTE: Preparar Inventário de produtos Químicos Fichas de Segurança de Produtos Químicos (quando disponíveis) Pesquisa na literatura (e Internet) para obter informações de SST sobre os produtos
19 Uso de produtos químicos Laboratório Quantidades usadas Indústria Variedade de produtos Nº. Procedimentos
20 Etapas do reconhecimento de riscos Caracterização geral da empresa e obtenção de dados preliminares máquinas e equipamentos existentes ; estatísticas de acidentes e doenças ocupacionais registrados registros dos agentes de fiscalização. listagem dos funcionários por função e setor de atividade
21 Etapas do reconhecimento de riscos Resultados da Caracterização geral da empresa e obtenção de dados preliminares Informações sobre os processos de trabalho e instalações ; Informações sobre a força de trabalho Sumário dos dados gerais já disponíveis ;
22 & Caracterização básica de cada unidade de análise o o o o Caracterização do processo e ambiente de trabalho Caracterização dos agentes ou fatores de riscos Caracterização da força de trabalho Sumário dos dados de avaliações anteriores
23 Elementos básicos Reconhecimento de riscos Contatos / exposições (normais e acidentais) Danos potenciais Fontes / causas Medidas de controle existentes População exposta.
24 FONTES E VIAS DE EXPOSIÇÃO Processo Superfícies Trabalho Ar Pele/Mucosa Olhos Inalação Ingestão Absorção cutânea
25 Reconhecimento do risco O reconhecimento de riscos não pode se limitar à mera identificação de situações de risco. Deve-se incluir algum tipo de julgamento que estime a importância do risco (estimativa qualitativa preliminar). Importante: excluir do processo os riscos triviais e atuar sobre situações de riscos onde a necessidade do controle é evidente.
26 RECONHECIMENTO DO RISCO Principais problemas no processo de reconhecimento de riscos: Descrições genéricas Omissão de riscos importantes Inclusão de riscos inexistentes ou triviais Riscos não identificados ou mal identificados não podem ser avaliados nem controlados.
27 Contatos / Exposições: descrições Descrições Exposição a atmosfera deficiente de oxigênio Inalação de - gás, vapor, poeira, névoa, fumos, fumaças - de...(nome do agente) Contato com a pele, mucosas e olhos Ingestão (acidental ou deglutição)
28 Contatos / Exposições: descrições Inalação de - gás, vapor, poeira, névoa, fumos, fumaças - de...(nome do agente) Inalação de gás cloro (Cl 2 ) Inalação de vapor de tolueno Inalação de poeira de granito contendo silica livre cristalina(~20 a 40%) Inalação de fumos de zinco (óxido de zinco) Inalação de névoas de ácido crômico (cromo VI)
29 Contatos / Exposições: descrições Contato com pele / mucosas / olhos Contato acidental de ácido sulfúrico (50%) com a pele Contato repetido da pele (mãos/braços) com gasolina Contato com a pele / absorção cutânea com acrilamida. Contato acidental dos olhos(respingos, projeções) de solução de NaOH 10% Contato dos olhos com névoas alcalinas e cianídricas
30 Contatos / Exposições: descrições EVITAR DESCRIÇÕES GENÉRICAS! Agentes Químicos Contato repetido com produtos químicos Inalação de poeiras (que tipo de poeira???) Contato da pele com ácido sulfúrico (mas que concentração??) Fumos metálicos (apenas óxido de ferro ou contém outros metais??) Vapores de solventes (quais? )
31 Caracterização da exposição Tipos de exposição Aguda (curta duração, geralmente a altas concentrações) Longa duração ou repetida Exposição única
32 Natureza dos danos Danos Potenciais Asfixia Ação local e ação sistêmica Efeito agudo e crônico Incômodo ou desconforto
33 Danos Potenciais Asfixia Deficiência de Oxigênio Ex. Nitrogênio, Argônio Ação química Ex. Monóxido de carbono, Cianeto de hidrogênio (HCN ou gás cianídrico)
34 Danos Potenciais Efeitos locais (não câncer) nos olhos, pele, mucosas, vias respiratórias Corrosão (há destruição de tecidos) Ex. Ácidos e bases fortes concentrados (ex. H 2 SO 4, NaOH) Irritação (reações inflamatórias) Ex. Ácidos e bases fortes diluídos (<10%), ácidos e bases médios ou fracos (ex. aminas) Exposições únicas ou repetidas (Dermatites por contato)
35 Danos Potenciais Sensibilização respiratória ou da pele Mutação em células germinativas Câncer Efeito tóxico para o sistema reprodutivo
36 Danos Potenciais Efeito tóxico sistêmico orientado para um órgão ou sistema específico seguido de: Exposição repetida Exposição única (singular)
37 Danos Potenciais Tempo para manifestar o dano Agudo Sub-crônico Crônico
38 Fontes / Causas Fontes de emissão típicas: Processo, vazamentos, poeiras sedimentadas, recipientes abertos, aquecimento ou secagem, etc. Atividades de trabalho: atividades manuais ou tarefas específicas (polir, transferir, etc.), permanência ou circulação em áreas contaminadas, etc. Falhas nas medidas de controle: controle de qualidade da matéria prima deficiente, falhas nos sistemas de ventilação, EPIs,etc.
39 Medidas de controle existentes Controle de qualidade de matéria prima Controles na fonte Sistemas de ventilação exaustora e diluidora Práticas de trabalho Controles administrativos Formação / informação Equipamentos de proteção individual,
40 Medidas de controle existentes Quando existir medidas de controle é importante verificar se elas são adequadas usadas como foram planejadas mantidas adequadamente inspecionadas periodicamente
41 População Exposta Trabalhadores diretamente envolvidos no processo ou execução das tarefas que constituem a fonte de exposição. Trabalhadores executando tarefas nas circunvizinhanças Pessoas que circulam pela área
42 ' ( 0 1 Definir Grupos de Exposição Similar (GES) Definir os perfis de exposição para cada GES Estimativa do risco Gradação da exposição e da probabilidade o Gradação do efeito à saúde (gravidade do dano) Priorizar e julgar a aceitabilidade dos riscos
43 ESTIMATIVA E AVALIAÇÃO DO RISCO Princípio: Matriz de risco *"+,- RISCO / &.+
44 Estimativa qualitativa da exposição A partir de observações visuais e sensoriais Banding approach Modelagem (semi-quantitativa) analogia com processos semelhantes (com dados disponíveis) dados disponíveis na literatura (ex. Burgess, Enciclopédia da OIT)
45 Estimativa Qualitativa: categorias de exposição Exposição a níveis baixos Exposição moderada Exposição elevada Exposição excessiva Contatos infreqüentes com o agente. Contato freqüente com o agente a baixas concentrações ou infreqüentes a altas concentrações Contato freqüente com o agente a altas concentrações Contato freqüente com o agente a concentrações elevadíssimas
46 Estimativa do potencial de dano (Gravidade) Leve Moderado Sério Severo! Efeitos reversíveis levemente prejudiciais. Efeitos reversíveis prejudiciais e preocupantes. Efeitos irreversiveis prejudiciais e limitantes da capacidade laboral. Efeitos irreversíveis incapacitantes ou fatais
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48 $&2( 3 Controle dos riscos Implementar novas medidas Melhorar medidas existentes Manter medidas existentes Obs. Responsabilidades das áreas ou do setor de Engenharia.
49 $&2( 3 Monitorização Exposições (monitorizações individuais) Fontes ou áreas Monitorização biológica (Indicadores de exposição)
50 $&2( 3 Vigilância da saúde dos trabalhadores expostos Inspeções programadas Comunicação e treinamento
51 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Conceito introduzido em 1932 pelo Ministério do Trabalho Quadros de indústrias insalubres é apresentado nho artigo 1o. Do Decreto-lei 2.162, de primeiro de maio de Consolidado no Cap. V da CLT - Decreto-lei 5452, de 1 o. de maio de Regulamentado nas décadas 1950 e 1960 por Comissão designada do MT através de portarias. Portaria 112 de 08/dezembro/1955 Portaria 262 de 06/agosto/1962
52 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Portaria MT 262 de 06/08/1962 Art. 1. São consideradas indústrias insalubres, enquanto não se verificar haverem delas sido inteiramente eliminadas as causas da insalubridade, aquelas que, - por sua própria natureza, condições ou métodos de trabalho exponham os trabalhadores a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos, possam produzir doenças ou intoxicações e constem dos quadros anexos.
53 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Portaria MT 262 de 06/08/1962 Art A caracterização da insalubridade e os meios de proteção do operário serão determinados pela repartição competente em higiene e segurança do trabalho. 2. A qualificação de insalubre aplica-se somente às seções e locais atingidos pelos trabalhos e operações relacionados nos quadros anexos e devidamente caracterizados de aordo com o 1 do presente artigo.
54 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Portaria MT 262 de 06/08/1962 Art. 2. A eliminação da insalubridade será obtida, segundo o caso, pela aplicação de medida de proteção coletiva ou recursos de proteção individual. 1 As medidas de proteção coletivas são, entre outras:. 2 Os recursos de proteção individual.
55 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Portaria MT 262 de 06/08/ As medidas de proteção coletivas são, entre outras : a) Substituição do processo, método ou produto nocivo; b) Isolamento da fase ou processo capaz de causar doença ou intoxicação; c) Limitação do tempo de exposição; d) Diluição do produto nocivo por meio de ventilação artificial; e) Remoção do produto nocivo por ventilação local exaustora; f) Umedecimento de poeiras molháveis; g) Modificação do método de operação; h) vacinação
56 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Portaria MT 262 de 06/08/1962 Quadro de atividades e operações insalubres incluía Arsênico Chumbo Cromo (somente compostos com Cr VI) Fósforo Hidrocarbonetos Mercúrio Sílica Sulfeto de carbono Outros: Berílio, ácido cianídrico, cádmio, manganês, fumos metálicos, poeiras de asbetos, ácidos minerais fortes, etc
57 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS - histórico Nesse período: já existiam alguns Limites de Exposição Ocupacional propostos pela ACGIH ou outras agências; não eram utilizados no Brasil. A única forma de caracterizar condições insalubres (ou o desaparecimento das causas de insalubridade) era por avaliação qualitativa baseada nas observaçoes: das condições de exposição. da existência de medidas de controle adequadas e mantidas. através de inspeção no local de trabalho.
58 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Portaria MT 491 de 16/09/1965 Introduz no seu Artigo 1o. 2 Na caracterização da insalubridade será levada também em consideração a verificação quantitativa do agente insalubre, quando for o caso, obedecendo a normas fixadas e revistas anualmente pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
59 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Portaria MT 491 de 16/09/1965 Introduz no seu Artigo 1o. a seguinte modificação em relação à portaria anterior: 3 Enquanto os órgãos competentes em segurança e higiene do trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência Social não estiverem devidamente aparelhados, em material e pessoal técnico, para a verificação dos limites de tolerância dos agentes nocivos nos ambientes de trabalho, admitir-se-á o critério qualitativo apenas.
60 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Decreto-lei 229 de 28/02/1967 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: 1 A caracterização qualitativa ou quantitativa, quando for o caso, da insalubridade e os meios de proteção dos empregados, sendo levado em conta o tempo de exposição aos efeitos insalubres, será determinada pela repartição competente em matéria de segurança e higiene do trabalho.
61 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Decreto-lei 229 de 28/02/1967 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: 5 Para fins de instrução de processo judicial, a caracterização e classificação de insalubridade serão feitas, exclusivamente, por médico-perito, preferentemente especializado em saúde pública ou higiene industrial, designado pela autoridade judiciária, observadas as normas fixadas no presente artigo..
62 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Decreto-lei 229 de 28/02/1967 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: 5 Para fins de instrução de processo judicial, a caracterização e classificação de insalubridade serão feitas, exclusivamente, por médico-perito, preferentemente especializado em saúde pública ou higiene industrial, designado pela autoridade judiciária, observadas as normas fixadas no presente artigo..
63 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: Art São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
64 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: Art O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição a esses agentes.
65 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: Art A eliminação ou neutralização da insalubridade ocorrerá: I com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II- com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador que diminuam a intensidade do agente agresssivo a limites de tolerância.
66 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: Art O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
67 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Lei 6.514, de 22/12/1977 altera o Cap. V da CLT. No artigo 209: Art A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a carago de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
68 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Portaria 3214 de 08/06/1978 regulamenta o Cap. V da CLT São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos n s 1,2,3,5,11 e Nas atividades mencionadas nos anexos n s 6,13 e Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constante dos anexos números 7, 8, 9 e 10.
69 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13. AGENTES QUÍMICOS 1. Relação das atividades e operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluam-se desta relação as atividades ou operações com os agentes químicos constantes dos Anexos 11 e 12.
70 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 PROBLEMAS: 1. O MTE não regulamentou em toda a extensão os aspectos previstos no Cap. V. Ex. Medidas de controle, como eliminar a insalubridade para uma série de operações. 2. Contradições internas da própria Portaria O atendimento da NR 09 implica em não ter ambiente insalubre.
71 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 PROBLEMAS: Principais equívocos: A mera presença do agente no ambiente é suficiente para caracterizar a insalubridade. A utilização de EPI neutraliza a insalubridade. A insalubridade não pode ser evitada. A caracterização é definitiva. Forçação de barra para enquadrar determinadas atividades como insalubres.
72 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. CARVÃO Está implícito que se trata de carvão mineral, e não vegetal. CHUMBO Todas as atividades relacionadas envolve a exposição a poeiras ou fumos de chumbo e seus compostos inorgânicos. Há limite de tolerância estabelecido para chumbo no Anexo 11 ( 0,1 mg/m3)
73 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. CROMO Todas as atividades relacionadas envolve a exposição a particulados contendo cromo VI.. Há limite de tolerância estabelecido no Anexo 11 para névoa de ácido crômico Cr VI ( 0,04 mg/m3). HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO No Anexo 11 há limites de exposição pára vários hidrocarbonetos: tolueno, xileno, etilbenzeno, n-pentano.
74 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO Destilação do alcatrão da hulha e do petróleo a exposição crítica é ao Benzeno (mas não se discute pois nessas atividades fica caracterizada a periculosidade e há norma específica para o benzeno). Pintura a pistola usando hidrocarbonetos aromáticos / ou limpeza de peças : o teor de benzeno está limitado, tolueno e xileno (os mais comuns) tem limites de tolerância estabelecidos pelo Anexo 11.
75 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO Manipulação de alcatrão, breu betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins. exceto a parafina, todos os outros podem conter HAP Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (Carcinogênicos Cat. 2), cuja principal via de absorção é a pele. Mas e os óleos minerais refinados que não contém HAPs?
76 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. MERCÚRIO Qualitativo somente para compostos orgânicos. Vapor de mércúrio há LT. SILICATOS A norma se limita a operações em minas ou túneis, operações com talco e fabricação de material refratário. A maioria das poeiras também contém sílica cristalina, que possui LT.
77 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS Não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por qualquer via, para as seguintes substâncias Nenhuma exposição ou contato signfica hermetizar o processo ou operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nehum contato com o carcinogênico. Problema: E as emissões fugitivas??? Teor do produto? Conc. Corte 0,1% (GHS)
78 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. OPERAÇÕES DIVERSAS Operações com as seguintes substâncias Refere-se a substância pura? E quando estiver apenas como contaminante a baixas concentrações? Conc. Corte 0,1% (GHS) Operações de galvanoplastia: Nem todas formam contaminantes atmosféricos, algumas são de baixo risco, para cromagem (maior risco) há LT para névoas de acido crômico.
79 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS NR 15 Anexo 13 Alguns problemas. OPERAÇÕES DIVERSAS Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos O que é manuseio? Trata-se da substância pura? E se for diluída? Critério para cáustico (corrosivo): PH > 11,5 (GHS)
80 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS OUTROS PROBLEMAS. Critérios para caracterizar o direito ao benefício da aposentadoria especial. NR 15 e Anexo VI (do INSS) são diferentes. Ex. O adicional de insalubridade não era pago em função do recebimento do adicional de periculosidade. Hoje, com a aposentadoria especial, a situação é diferente.
81 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Passos mínimos para caracterização de uma situação insalubre: 1. Presença do agente na matéria prima em concentração superior aos limites de corte (GHS) ou na forma que permite entrar em contato com o trabalhador. 2. Contato ou exposição do trabalhador com o agente (em intensidade, duração e frequência capaz de causar um efeito nocivo). Buscar apoio na literatura científica e observações feitas durante a inspeção.
82 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS Passos mínimos para caracterização de uma situação insalubre: 3. Identificar as fontes de exposição 4. Inexistência de medidas de controle adequadas ao tipo de exposição ou contato, ou as medidas são insuficientes ou mantidas de forma irregular.
83 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS A ocorrência de doenças relacionadas à exposição ao agente, por si só, é suficiente para caracterizar a insalubridade.
84 INSALUBRIDADE POR EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS OUTROS PROBLEMAS???? DÚVIDAS???? POR QUE NÃO SE MUDA A LEI??? A QUEM NÃO INTERESSA ESSA MUDANÇA???
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