CARACTERIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

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1 1 CARACTERIZAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA Caroline Sartori dos Santos 1, Débora Stevens 2 & Cátia Viviane Gonçalves 3 Resumo: O gerenciamento de resíduos sólidos é constituído por um conjunto de ações que visam a diminuição dos impactos ambientais ligados à produção e à destinação do lixo. Este é um dos principais problemas vivenciados pelas empresas no que diz respeito à área de meio ambiente. Diante disto, este trabalho tem como principal objetivo caracterizar e quantificar a geração dos resíduos sólidos em diversos setores de uma indústria produtora de proteína isolada e texturizada de soja e condimentos para frigorífico. A caracterização foi realizada através de visita aos setores e entrevistas com os funcionários. Através deste levantamento, foi verificado que papel e plástico são os resíduos com maior volume de geração, devido principalmente à grande quantidade e variedade de matéria-prima utilizada na produção. Pensando nas práticas ambientais e visando retorno financeiro, esses resíduos são destinados à reciclagem, que é o método mais comumente usado para seu destino final. Palavras-chave: meio ambiente, práticas ambientais, reciclagem. 1. INTRODUÇÃO A atividade industrial contribui fortemente para o aumento da geração dos resíduos sólidos que podem apresentar características que provocam riscos ao meio ambiente e à saúde humana, necessitando, portanto, de adequadas formas de disposição final (Souza et al.,2009). Diante da necessidade de poupar matéria-prima, conservar energia e preservar o meio ambiente, verifica-se uma alteração na visão das indústrias com relação aos seus resíduos, que deixam de ser vistos como algo sem valor econômico e sem utilidade, apenas passíveis de serem dispostos no meio ambiente, para serem vistos como matériaprima reutilizável para o próprio processamento industrial (Gerber, 1999). A minimização dos resíduos sólidos consiste numa estratégia importante no 1 Acadêmica do Curso Técnico em Química do Centro Universitário UNIVATES, cakasartori@hotmail.com 2 Técnica em Tratamento de Efluentes, Química Industrial e Mestranda em Biotecnologia pelo Centro Universitário UNIVATES. 3 Bióloga, Mestre em Ecologia, Professora do Centro Universitário Univates.

2 2 processo de gerenciamento de resíduos, pois se baseia na adoção de técnicas que possibilitam a redução do volume e/ou toxicidade dos resíduos. Essas técnicas são tidas como economicamente vantajosas, já que oferecem uma possibilidade de redução dos custos de destinação, além de gerar receitas através da comercialização dos produtos decorrentes do tratamento e/ou separação dos resíduos (Souza et al.,2009). A segregação e destinação final inadequadas dos resíduos acabam acarretando a degradação do solo, assim como a sua contaminação, podendo chegar a atingir lençóis freáticos através da lixiviação, diminuindo os recursos naturais disponíveis. Sendo assim, é importante observar o tipo de resíduo gerado pela indústria e qual seu poder impactante ao meio ambiente (Moura, 2002). A classificação dos resíduos está relacionada com a identificação do processo ou atividade que os originou, de suas características e de seus constituintes. O manuseio, acondicionamento, armazenagem, coleta, transporte e destinação final dos resíduos também devem ser adequados conforme a sua classificação. A partir disso são definidos os controles necessários em todas as fases envolvidas no processo (Rocca, 1993). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2004) fixou um conjunto de normas que caracterizam os resíduos de acordo com a sua periculosidade, a fim de padronizar a sua classificação. São elas: NBR Resíduos Sólidos Classificação; NBR Lixiviação de Resíduos Procedimento; NBR Solubilização de Resíduos Procedimento; e, NBR Amostragem de Resíduos Procedimento. A Norma Técnica ABNT/NBR 10004/04 define resíduos sólidos como resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e

3 3 economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. De acordo com Norma da ABNT NBR (2004), os resíduos são classificados em: a) Resíduos Classe I Perigosos: são os resíduos ou mistura de resíduos que, devido às suas características de inflamabilidade, corrosividade, reativade, toxicidade e patogenicidade podem representar risco à saúde pública e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma errônea. O Manual do Educando do Curso de Sustentabilidade Ambiental do SESI (2013) cita como exemplos: material contaminado com metal pesado, material contaminado com óleo, resíduos de tinta, lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias. b) Resíduos Classe II Não Perigosos - Resíduos Classe II A não inertes: são os resíduos que apresentam propriedades como solubilidade em água, biodegradabilidade ou combustibilidade. O Manual do Educando do Curso de Sustentabilidade Ambiental do SESI (2013) cita como exemplos: papel, plástico, borracha, pneus, madeira, material têxtil. - Resíduos Classe II B inertes: resíduos que, quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez e sabor. O Manual do Educando do Curso de Sustentabilidade Ambiental do SESI (2013) cita como exemplos: material de construção, tijolo, vidros, areia. O aumento da pressão pela conservação do meio ambiente, a maior rigidez da legislação ambiental e a preocupação cada vez maior dos consumidores com a qualidade ambiental dos produtos têm conduzido as empresas a rever suas estratégias de produção industrial e voltarem suas atenções para os potenciais impactos de suas atividades, produtos e serviços (Brandli et al., 2009). A adoção de uma estratégia ecológica, através de uma reeducação por parte das empresas, traz inúmeras vantagens, dentre elas: redução de consumo de matéria-prima, redução de custos com multas e outras penalidades por parte dos órgãos ambientais,

4 4 captação de novos clientes, melhoria da imagem organizacional perante a sociedade, aumento da produtividade, redução de acidentes de trabalho e riscos ambientais (Santos et al., 2012). Diante disso, este artigo apresenta um estudo referente a caracterização e ao gerenciamento dos resíduos sólidos de uma indústria alimentícia produtora de proteína isolada e texturizada de soja e condimentos para frigorífico, localizada na cidade de Arroio do Meio RS, buscando melhorias na sua segregação e destinação final, seguindo as legislações vigentes e não prejudicando o meio ambiente. 1.1 Apresentação da Empresa Para fins de descrição da empresa apresentada no estudo, seguem os fluxogramas de processo dos produtos fabricados. É de grande importância conhecer um pouco mais sobre estas etapas, pois a maior parte dos resíduos sólidos gerados são oriundos destes setores Proteína Isolada de Soja O farelo de soja, que é a matéria-prima utilizada na fabricação de proteína isolada de soja, vem da unidade da empresa situada no estado de Goiás e, para ser usada, deve estar com a etiqueta de liberação do Controle de Qualidade. O primeiro processo é um ataque básico, onde são utilizados quatro tanques com adição de uma substância álcali para precipitação da fibra. O tempo de retenção é de acordo com a entrada da matéria-prima. Depois é feita a extração e separação das fibras insolúveis do produto através de centrifugação em alta rotação. A fibra retirada é seca e usada como matéria-prima para outros produtos. Após, a proteína resultante desse processo sofre um ataque ácido, ocasionando a sua precipitação. Na próxima etapa, a proteína isolada de soja é extraída e separada através de centrifugação em alta rotação. É nesta etapa que é gerado o maior volume de efluente da empresa, porém uma parte deste resíduo é reutilizado no início do processo. Depois de extraída a proteína isolada, é adicionada água e ajustado o ph conforme formulação do produto. A próxima etapa, que é a pasteurização, tem por finalidade o controle microbiológico do produto final através de tratamento térmico de aquecimento indireto. Após o produto passa por um processo de

5 5 secagem, onde é retirado todo o excesso de umidade do produto através do controle da temperatura. Depois de pronto, o produto final é peneirado, ensacado, pesado e enviado para o estoque, onde ficará armazenado até o momento de enviá-lo para o cliente. No fluxograma 1, pode-se visualizar o processo de fabricação da Proteína Isolada de Soja. Fluxograma 1 Processo de fabricação de Proteína Isolada de Soja

6 Proteína Texturizada de Soja (PTS) A matéria-prima, que é o mesmo farelo de soja da proteína isolada, passa por um processo de peneiramento e segue até o alimentador das linhas. No condicionar, recebe uma injeção de água e vapor e é transportada para o processo de extrusão. Nesta etapa, o produto sofre transformações físicas e químicas, sendo adicionado corante, se necessário. Após, no secador, é retirada toda a umidade através do controle de temperatura e depois o produto é resfriado. Se a proteína for granulada, vai para a peneira vibratória que seleciona a granulometria do produto, retirando eventuais impurezas. Após essa fase o produto está pronto para ser empacotado. Se a proteína for em pó, vai para o moinho, passa pela peneira e é encaminhada para a sala de empacotamento. Depois de ensacado, o produto fica na expedição aguardando a liberação para o cliente. No fluxograma 2, é apresentado o processo de fabricação do PTS. Fluxograma 2 Processo de fabricação de Proteína Texturizada de Soja (PTS)

7 Condimentos Após serem liberados pelo Controle de Qualidade, todos os ingredientes e matérias-primas são encaminhados para a Sala de Pesagem, onde o operador pesa cada insumo conforme a sequência e quantidade descritas no pedido. Na Sala das Misturas, os ingredientes passam por uma peneira para reter e dissolver partículas maiores e depois pelo misturador para garantir uma mistura homogênea. Depois de pronto, os produtos são empacotados e acondicionados na expedição para aguardar a liberação para o cliente. No fluxograma 3, está representado o processo de fabricação dos Condimentos. Fluxograma 3 Processo de fabricação de Condimentos

8 8 2. METODOLOGIA O levantamento foi realizado através de visita aos setores e entrevistas com os funcionários, citando-se: Administrativo, Banheiros e Vestiários, Caldeira, Condimentos / Gelmax, Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), Etiquetas, Expedição, Guarita, Laboratório de Controle de Qualidade (CQ), Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Manutenção / Elétrica, Estoque Matéria Prima, Proteína Isolada de Soja (Isolada), Proteína Texturizada de Soja (PTS), Recebimento / Almoxarifado, Recursos Humanos (RH), Refeitório, Salsicharia e Segurança do Trabalho (SESMT). Foi realizada a identificação dos resíduos gerados em cada um dos setores listados, através da observação direta do conteúdo das lixeiras. Nesse momento, os funcionários foram questionados (entrevista não estruturada) quais outros tipos de resíduos eram gerados naquele local. A quantificação dos resíduos, bem como a especificação da sua destinação final, foram obtidos em momento posterior à visita, diretamente no setor de meio ambiente da empresa (análise documental). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Através de visitas e entrevistas não estruturadas com os funcionários, foram caracterizados os resíduos gerados na empresa por setor. Os dados listados na tabela 1 são de suma importância para a adoção de técnicas que visem possibilitar a redução do volume e/ou toxicidade dos resíduos. Para que sejam verificadas as possíveis formas de minimização dos resíduos, se faz necessário um entendimento claro e completo de todo o procedimento de geração dos mesmos e recomenda-se que haja o envolvimento de todas as pessoas que possuem o conhecimento das diversas etapas do processo industrial. Tabela 1: Caracterização dos resíduos gerados em cada setor. SETORES RESÍDUOS GERADOS Material eletrônico

9 9 Administrativo Banheiros e Vestiários Caldeira Condimentos / Gelmax Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Etiquetas Expedição Guarita Laboratório de Controle de Qualidade (CQ) Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Manutenção / Elétrica Restos de alimentos Cinza de caldeira Metal Sacos de ráfia Resíduo orgânico de processo (condimentos) Papel toalha Vidros Resíduo orgânico de processo Papel toalha / higiênico Resíduo orgânico de processo Vidros Resíduo orgânico de processo Restos de alimentos Lâmpadas queimadas Latas de tinta vazias Material contaminado com óleo Material eletrônico

10 10 Estoque Matéria-prima Proteína Isolada de Soja (Isolada) Proteína Texturizada de Soja (PTS) Recebimento / Almoxarifado Recursos Humanos (RH) Refeitório Salsicharia Segurança do Trabalho (SESMT) Metal Papel toalha Vidros Resíduo orgânico de processo Resíduo orgânico de processo (proteína) Resíduo orgânico de processo (proteína) Restos de alimentos Restos de alimentos Vidro Papel toalha Resíduo orgânico de processo Restos de alimentos O resíduo gerado no setor Administrativo, que surpreende, são os equipamentos de proteção individual usados (toucas e luvas descartáveis) provenientes de funcionários que entram no setor produtivo a fim de recolher os arquivos enviados por malote interno. Dos 19 setores listados na tabela 1, em 18 deles há geração do resíduo papel / papelão. Nos setores da área administrativa, esse resíduo tem características de papel de escritório, como documentos e arquivos descartados. Já na área produtiva, o papel /

11 11 papelão gerados são oriundos das embalagens de matérias-primas usadas no processo. No momento do recolhimento do lixo, esses dois resíduos vão para o mesmo destino, que é a reciclagem, porém, suas características e origens são diferentes. Após a realização do diagnóstico, onde caracterizamos os resíduos gerados na empresa, foi possível fazer uma quantificação do período de 2013, o percentual que cada tipo de resíduo representa, juntamente com a sua classificação e destinação final. Na tabela 2 pode-se visualizar a quantificação dos resíduos: Tabela 2: Quantificação, percentual, classificação e destinação de cada resíduo gerado na empresa. Resíduos Quantidade gerada em 2013 Percentual dos resíduos Classificação Destinação Cinza de caldeira 65 m³ 5,26 % Classe II A Fabricação adubo 4 m³ 0,32 % Classe I Lâmpadas Queimadas Aterro Industrial Terceirizado 4,5 m³ 0,36 % Classe I Reciclagem externa Latas de tinta vazias 7 m³ 0,57 % Classe I Material contaminado com óleo 4 m³ 0,32 % Classe I Aterro Industrial Terceirizado Aterro Industrial Terceirizado Material eletrônico 2,5 m³ 0,20 % Classe I Reciclagem externa 50 m³ 4,05 % Classe II A Aterro Industrial Terceirizado Metal 4 m³ 0,32 % Classe II A Reciclagem externa 490 m³ 39,65 % Classe II A Reciclagem externa Papel toalha / papel higiênico 53 m³ 4,29 % Classe I Aterro Sanitário Municipal 320 m³ 25,9 % Classe II A Reciclagem externa Resíduo orgânico de processo (condimentos) 33 m³ 2,67 % Classe II A Aterro Industrial Terceirizado

12 12 Resíduo orgânico de processo (proteína) 186 m³ 15,05 % Classe II A Alimentação Animal Restos de alimentos 7,6 m³ 0,62 % Classe II A Alimentação animal Sacos de ráfia 4 m³ 0,32 % Classe II A Reciclagem externa Vidros 1,2 m³ 0,10 % Classe II B Aterro Industrial Terceirizado TOTAL 1235,8 m³ 100 % - - Com base na análise documental disponibilizada pela empresa para o ano de 2013, observa-se que foram gerados 1.235,8 m³ de resíduos sólidos, sendo que 39,65% são papel / papelão e 25,9% plástico. Esse alto percentual de papel / papelão e plástico se dá pelo fato do setor produtivo ter uma grande quantidade e variedade de matériaprima, sendo que cada uma das matérias-primas são embaladas separadamente, por isso muitas embalagens de papel e plástico são descartados diariamente. Além disso, o plástico que envolve os paletes de produto acabado, por muitas vezes, é retirado e descartado pelo setor da expedição, pois precisam reorganizá-los de acordo com o pedido do cliente, gerando um resíduo que poderia ser eliminado se o processo de empacotamento no final da produção fosse modificado. Os resíduos orgânicos que resultam do processo produtivo de proteína são enviados para alimentação animal e garantem 15,05% do total de geração de resíduos na empresa, diferente de Pukasiewiez et al., (2004) que incorpora os resíduos de proteína em solo agrícola como adubo. Já os resíduos orgânicos do processo de condimentos ocupam apenas 2,67% do total e são destinados a um aterro industrial terceirizado classe II, pois, além da concentração de temperos ser muito forte, grande parte do resíduo é proveniente de varrição. Os restos de alimentos (também resíduos orgânicos) oriundos do refeitório e de alguns setores são enviados para alimentação animal. A quantidade não é muito alta, ocupando apenas 0,62% do total de resíduos gerados e isso se dá devido ao trabalho que a nutricionista tem em evitar o desperdício de comida. A cinza da caldeira que tem 5,26% do total de resíduos é enviada para uma empresa de fabricação de adubo, mas também poderia ser enviada para incorporação em

13 13 solo agrícola. Essa decisão fica a cargo da empresa geradora, devido à avaliação financeira. Alguns materiais não recicláveis gerados em todos os setores da empresa e os vidros são enviados para um aterro industrial terceirizado classe II, pois, não tem destino específico ou não é viável financeiramente enviar para a reciclagem. Os dois juntos têm 4,15% da geração total de resíduos. Os epi's usados, latas de tinta e materiais contaminados com óleo ocupam 0,32% do total de geração. É um número pequeno, porém o cuidado que deve-se ter com esses resíduos é muito grande, pois são considerados Classe I Perigosos. Todos eles são enviados para um aterro industrial terceirizado Classe I. Outros materiais como lâmpadas queimadas, material eletrônico, metais e sacos de ráfia são enviados para reciclagem. Cada resíduo tem uma empresa específica que faz o recolhimento e o transforma em novos produtos. O cuidado maior é com as lâmpadas queimadas que são consideradas tóxicas, por isso o acondicionamento é feito em caixas fechadas e livres de contato humano. Ocupam 1,2% do total de resíduos. Os resíduos sólidos fora do processo industrial, que são papel toalha e papel higiênico, são enviados para o aterro sanitário municipal e ocupam 4,29% do total de resíduos gerados. Seguindo a linha de pensamento de Saidelles et al., (2012), o mapeamento dos resíduos sólidos gerados em uma indústria é o processo inicial para a introdução de um sistema de gestão ambiental. O próximo passo seria o reaproveitamento ou minimização desses resíduos possibilitando a redução dos impactos ambientais e dos custos da empresa. 4. CONCLUSÃO A diminuição dos resíduos é motivo de preocupação mundial, já que seria muito mais eficaz diminuir a quantidade de lixo a ter que reciclá-lo. Países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e Alemanha estão bem a frente de países em desenvolvimento, no que se refere a políticas de redução, reaproveitamento, reciclagem e destino de materiais em desuso. Nesses países existem leis especificadas em cada tipo de estabelecimento para o fim adequado dos resíduos.

14 14 Nas nações em processo de desenvolvimento econômico não existe consciência dos cidadãos de que o destino do lixo é responsabilidade também do indivíduo e não somente dos órgãos públicos. Assim, concluímos com este trabalho que a destinação dos resíduos sólidos gerados na empresa apresentada tem sido adequada, já que se tem o controle e monitoramento dessa geração. Sua armazenagem e destinação final também tem sido eficaz, realizadas de acordo com a legislação vigente. Porém, poderia optar pela melhoria contínua buscando reduzir os resíduos gerados, através de adaptações no processo e na consciência dos colaboradores. 5. REFERÊNCIAS ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004/04 - Resíduos Sólidos Classificação. São Paulo, ABNT, ALBUQUERQUE, J.L. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social: Conceitos, Ferramentas e Aplicações. São Paulo: Atlas, 2010, 336 p. BRANDLI, N. E.; PANDOLFO, A.; GUIMARÃES, J.; GONZÁLEZ, S. A. M.; REINEHR, R. A Identificação dos Resíduos em uma Indústria de Alimentos e sua Política Ambiental GERBER, Wagner. Impacto Ambiental: Resíduos Sólidos e Reciclagem. Pelotas: UCPEL, MANZINI, E. &VEZZOLI, C. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis: Os Requisitos Ambientais dos Produtos Industriais. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, p. MOURA, L. A. A. Qualidade e Gestão Ambiental. 3. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, PUKASIEWICZ, M. R. S.; OLIVEIRA, L. I.; PILATTI, A. L. Estudo de Caso: Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais em uma Indústria Processadora de

15 15 Soja. São Paulo, SAIDELLES, F. A.; SENNA, T. A.; KIRCHNER, R.; BITENCOURT, G. Gestão de Resíduos Sólidos na Indústria de Beneficiamento de Arroz SANTOS, S. M. R.; VASCONCELOS, A. M.; BEZERRA, S. A. S., SANTOS, S. C. S. O Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes na Indústria: Aspectos Ambientais, Econômicos, Sociais e Estratégicos SOUZA, S. S. P.; ALMEIDA, P. L. P.; SANTOS, M. F. S. Gestão Ambiental: Um Estudo sobre o Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de uma Indústria de Embalagens Flexíveis em Campina Grande PB Resíduos Sólidos, Efluentes Líquidos e Emissões Atmosféricas: Manual do Educando / Serviço Social da Indústria (SESI). Porto Alegre RS, ROCCA, A. C. C. Resíduos Sólidos Industriais. CETESB. São Paulo SP, 1993.

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