Resíduos Sólidos: A Classificação Nacional e a Problemática dos Resíduos de Ampla e Difusa Geração
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- Kléber César Campelo
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1 Resíduos Sólidos: A Classificação Nacional e a Problemática dos Resíduos de Ampla e Difusa Geração 01/33
2 Apresentação do Instrutor: Eduardo Fleck *Engenheiro Químico UFRGS, 1990; **Mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental IPH/UFRGS, 2003; ***Chefe da Equipe de Resíduos Especiais/DDF/Departamento Municipal de Limpeza Urbana/Prefeitura de Porto Alegre. 02/33
3 Até 1987 Que resíduos podem ser destinados para aterros sanitários? Que resíduos precisam de tratamento especializado? Que resíduos colocam em risco os coletores, o transporte e os aterros sanitários? 03/33
4 Classificação técnica dos resíduos sólidos: NBR ABNT/1987: Classe I - Resíduos Perigosos Classe II - Resíduos Não-Inertes Classe III - Resíduos Inertes *NBR 10005, 10006, associadas **ratificadas pela legislação federal, estadual e municipal 04/33
5 Evolução de Conceitos Evolução da Legislação Evolução Tecnológica NBR s /1987 comissão técnica, apreciação dos interessados NBR s / /33
6 ABNT NBR 10004/2004: RESÍDUOS SÓLIDOS: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d água, ou exijam para isso soluções técnicas economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 06/33
7 ABNT NBR 10004/2004: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO À PERICULOSIDADE Classe I - Resíduos Perigosos; Classe II - Resíduos Não perigosos: Classe II A - resíduos não perigosos não inertes; Classe II B - resíduos não perigosos inertes. 07/33
8 ABNT NBR 10004/2004: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS QUANTO À PERICULOSIDADE Classe II: Resíduos Não Perigosos: São aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas não apresentam risco à saúde pública, tampouco risco ao meio ambiente, ainda que possam ser poluentes. 08/33
9 ABNT NBR 10004/2004: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÌDUOS SÒLIDOS QUANTO À PERICULOSIDADE Classe II-B: Resíduos Não Perigosos Inertes: São aqueles que, amostrados de forma representativa e submetidos a contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente (conforme ensaio padronizado na NBR 10006/2004), não solubilizam constituintes em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se cor, turbidez, dureza e sabor. 09/33
10 ABNT NBR 10004/2004: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÌDUOS SÒLIDOS QUANTO À PERICULOSIDADE Classe II-A: Resíduos Não Perigosos Não Inertes: São aqueles que não enquadram-se nas classes I e II- B, portanto não são perigosos tampouco inertes, podendo apresentar características como biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. 10/33
11 ABNT NBR 10004/2004: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÌDUOS SÒLIDOS QUANTO À PERICULOSIDADE Classe I: Resíduos Perigosos: são aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas podem apresentar risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices, e/ou risco ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. 11/33
12 Resíduos da Classe I: Tratamento e destinação muito qualificados, em função de severos riscos à saúde pública e ao meio ambiente; Resíduos da Classe II A: Não são perigosos, mas são poluentes e podem ocasionar danos à fauna, à flora e aos recursos naturais. Exigem qualificação de tratamento e destinação; Resíduos da Classe II B: Não sendo perigosos, tampouco poluentes, necessitam gerenciamento apropriado apenas em função de aspectos diferentes da questão da periculosidade e poluição. 12/33
13 Características que conferem periculosidade aos resíduos sólidos conforme ABNT 10004/2004: 1) inflamabilidade; 2) corrosividade; 3) reatividade; 4) toxicidade; 5) patogenicidade; 6) radioatividade CNEN 13/33
14 NBR 10005/ Lixiviação de Resíduos: Lixiviação: Processo importante em aterros sanitários de resíduos sólidos. Trata-se de incorporação de sólidos dissolvidos, suspensos e coloidais pela passagem (percolação) de águas de chuvas pela massa de resíduos, inicialmente em condições ácidas. LIXIVIADO: *Poluição dos recursos naturais; *Agregação de compostos tóxicos refratários à água. 14/33
15 Agitador rotatório de frasco 15/33
16 Análise do Extrato Lixiviado: Alguma das concentrações supera o seu limite do Anexo F da NBR 10004/2004? Sim: Classe I Não: Classe II Extrator ZHE 16/33
17 NBR 10006/ Obtenção do Extrato Solubilizado: O ensaio pretende responder a pergunta: se o resíduo for abandonado sem maiores cuidados, poluirá as águas, ou seja, agregará a uma água potável constituintes seus em concentrações superiores aos limites para potabilidade? 17/33
18 NBR 10006/ Obtenção do Extrato Solubilizado: 250 g de amostra em base seca com partículas cominuídas a < 9,5 mm ml água destilada, desionizada se amostra seca ou completar a 1 L se amostra não seca 5 minutos de agitação a baixa velocidade Cobrir o frasco com filme de PVC, repouso por 7 dias a 25ºC O filtrado é o extrato solubilizado. Anotar ph e analisar Filtração com membrana de 0,45 µm 18/33
19 NBR 10006/ Obtenção do Extrato Solubilizado: Extrato solubilizado obtido e analisado em função dos parâmetros expressos no Anexo G da NBR 10004/20004: Supera algum dos limites do Anexo G? >Sim: Resíduo Classe II A - Não perigoso não inerte; >Não: Resíduo Classe II B - Não perigoso inerte. 19/33
20 Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde: Resolução ANVISA 306/2004 Resolução CONAMA 358/2005 Grupo A: Risco Biológico; Grupo B: Risco Químico; Grupo C: Risco Radiativo; Grupo D: Sem risco associado Grupo E: Perfurocortantes Resíduos Perigosos 20/33
21 Resíduos Especiais de Ampla e Difusa Geração: *pilhas e baterias; *lâmpadas de descarga; *medicamentos vencidos; *óleos de fritura exauridos; *resíduos eletrônicos 21/33
22 Pilhas e baterias: Resolução CONAMA 401/2008 Decreto Estadual /2008 Lei Municipal 9.851/2005 Resolução COMAM 06/ /33
23 Pilhas e baterias: *Devolução ao local de comercialização (fiscalização SMAM); *Projeto do Banco Real 23/33
24 Lâmpadas de Descarga: *Resíduo perigosos: NBR 10004/2004; *Presença de Mercúrio. 24/33
25 Lâmpadas de Descarga: Decreto Estadual /2008 Lei Municipal 9.851/2005 Resolução COMAM 06/2006 *Devolução ao local de comercialização (fiscalização SMAM) 25/33
26 Medicamentos Vencidos: *Disposição em aterros sanitários não recomendada; *ausência de regramento legal efetivo; *projetos de marketing ambiental: farmácias 26/33
27 Medicamentos Vencidos: Lei /1994, Art. 8º - Parágrafo único: Os medicamentos com data de validade vencida deverão retornar ao fabricante conforme exigências do órgão estadual de meio ambiente. Cumprimento???? 27/33
28 Medicamentos Vencidos: *Destinação adequada mais comum: Aterro para Resíduos Industriais Perigosos *Metodologias especiais poderiam ser utilizadas: hidrólise, fotólise, oxidação, degradação bioquímica 28/33
29 Óleos de Fritura: *Ocasionam entupimento de tubulações, danos á rede pluvial e aos sistemas de tratamento; *Dificultam trocas de gases entre os cursos hídricos e a atmosfera; *Em ambiente anaeróbio: geração de metano (efeito estufa) 29/33
30 Projeto DMLU Cerca de 140 postos de recebimento no território do município 30/33
31 Resíduos Eletrônicos * Geração crescente ao longo do tempo; * Muitos componentes reaproveitáveis e/ou recicláveis; *Reciclagem/reaproveitamento precisa ser qualificado: componentes perigosos; * Porto Alegre possui uma empresa licenciada para reciclagem de resíduos eletrônicos. 31/33
32 Não há legislação específica para várias tipologias de resíduos! Logística Reversa Política Nacional de Resíduos Sólidos 32/33
33 Grato pela atenção! Eng. Químico Eduardo Fleck DMLU/PMPA /33
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