UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ASPECTOS RELEVANTES DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Por: Karla Druck Axelrod Orientador Profº: Francis Rajzman. Rio de Janeiro 2011

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ASPECTOS RELEVANTES DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito e Processo Penal Por: Karla Druck Axelrod

3 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me capacitar para os estudos e trabalho, a minha mãe, Regina Druck Axelrod, por me apoiar em todas as minhas aventuras na seara profissional, a minha comadre Sandra Maria Teixeira da Paixão, pelos anos de dedicação e amizade, a todos meus estimados amigos pelo amor fraternal e a generosidade dos colegas de pós, Flávio Ferreira Rodrigues e Priscilla Santana do Amaral, que estão sempre dispostos a me ajudar com material e dividindo seus conhecimentos.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico este estudo primeiramente a Deus, que me deu tudo o que tenho e sou, meu Pai Celestial, que me ama incondicionalmente, a quem devo a vida; a minha querida mãe, Regina Druck Axelrod, minha maior amiga, mestra, incentivadora e orientadora nos caminhos misteriosos da vida, sem a qual não teria realizado mais este grande sonho profissional e ao maior amor da minha vida, razão do meu viver, minha filha amada, linda e carinhosa, Bettina Druck Axelrod Braga Fragata.

5 5 RESUMO O presente estudo visa analisar os crimes sexuais sob a nova ótica da Lei nº /2009, que alterou, substancialmente, o Titulo VI do Código Penal, intitulando- o Dos crimes contra a dignidade sexual ; conceituar os inéditos tipos penais incriminadores; refletir sobre os aspectos positivos e negativos da lei; discutir sobre a natureza jurídica da Lei nº /2009, se novatio legis in mellius ou in pejus, através da análise de todos os seus tipos penais; expor os dispositivos que alteraram o ECA pela Lei /2009, constituindo quase todas as renovações em torno da preocupação com a pedofilia e a prática de sexo com pessoas vulneráveis e por fim fazer um quadro comparativo entre o antes e o depois da nova lei. A Lei nº 12015/2009 é em parte novatio legis in pejus e em parte novatio legis in mellius, pois embora crie inéditos tipos penais incriminadores, qualificadoras, causas de aumento de pena, e aumente quantitativamente e qualitativamente as penas previstas abstratamente para o cometimento dos delitos sexuais, inclusive cominando pena de multa cumulativamente com a pena privativa de liberdade; é lei mais benéfica ao fundir dois crimes em um único delito, cujo tipo é misto alternativo, pois o que antes era concurso de crimes, agora torna- se crime único, já que a prática de conjunção carnal e outro ato libidinoso qualquer, contra a mesma vítima num mesmo contexto fático, passa a ser crime único de estupro do novo art. 213; do Código Penal pátrio.

6 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada neste trabalho de conclusão de curso de pósgraduação é a dogmática-descritiva, feita através de pesquisa bibliográfica, com o escopo de apresentar de forma didática, crítica e profunda o estudo em questão, tendo como base inicial as seguintes obras literárias: Greco, Rogério (2011 e 2010); Nucci, Souza Guilherme (2010); Casaroti, Luciano (2010); Prado, Régis Luis (2010); Barros Dirceu Francisco (2010); Capez, Fernando (2011) e vários artigos de profissionais da área jurídica, publicados em sites jurídicos de renome, quais sejam Jus Navegandi e Luis Flávio Gomes. Serviram de base para este trabalho a minuciosa análise do Código Penal Brasileiro de 2005, 2006 e 2010; Estatuto da Criança e do Adolescente de 2008 e 2010, Lei nº 8072/90 e Constituição da Republica Federativa do Brasil de De suma importância foram partes de obras literárias valiosas na seara do Direito Penal obtidas na biblioteca da EMERJ, órgão do Tribunal de Justiça.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Dos Crimes Contra a Liberdade Sexual 12 CAPÍTULO II - Dos Crimes Contra Vulnerável 20 CAPÍTULO III Do Lenocínio e do Tráfico de Pessoa para Fim de Prostituição ou Outra Forma de exploração Sexual CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ANEXOS ÍNDICE FOLHA DE AVALIAÇÃO

8 8 INTRODUÇÃO Em razão da mudança de foco dos direitos sexuais e sua proteção, que hoje busca por uma tutela na dignidade sexual do ser humano, é promulgada a Lei nº , de 7 de agosto de 2009, que alterou, substancialmente, o Título VI do Código Penal pátrio, a começar pela substituição da nomenclatura do título supracitado de Dos Crimes Contra os Costumes para Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual, transmitindo a noção de respeitabilidade em matéria sexual do ser humano, garantindo- lhe a liberdade de escolha e opção no que tange a questão sexual; espécie do princípio da dignidade da pessoa humana. A Lei nº /2009 nasce do projeto de lei nº 253/2004, cuja origem está na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), através do Requerimento 02/2003, cujo escopo era investigar as situações de violência e redes de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Dentre as inovações trazidas pela lei dos crimes contra a dignidade sexual destacam- se a alteração do Título VI da Parte Especial do Decreto- lei nº 2848, de 7 de dezembro de Código Penal para Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual ; modificação do art. 1º da Lei nº 8.072/90, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5º da CRFB 88, para definir o estupro simples e de vulnerável como espécies de crimes hediondos; inclusão de dispositivo legal à Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; revogação expressa da Lei nº 2.252, de 1º de julho de 1954, que trata de corrupção de menores e a fusão dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor em um único tipo penal, denominado de estupro, segundo se compreende da leitura do art. 213; CPB, de modo que a revogação do art. 214 do CP não é hipótese de abolitio criminis, já que a conduta continua encontrando adequação típica em nosso ordenamento jurídico. Idem para o caso do art. 216 do CP, como bem salientou Andre Estefam (2009, p.29). não se trata, de abolitio criminis (isto é, de supressão da incriminação), porquanto os comportamentos definidos anteriormente nessas normais penais foram incorporados ao conceito de outros delitos.

9 9 Outra figura inédita é a criação do delito de estupro de vulnerável (art A; CP), com definição jurídica de vulnerável e fim da discussão entre doutrina e jurisprudência sobre a natureza da presunção de violência, considerada relativa para a doutrina quando a vítima é menor de 14 anos de idade, e absoluta para os tribunais superiores como o STJ. O novo diploma legal cuida do Título VI do Código Penal, intitulado Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual, dividido em 7 capítulos, quais sejam: CAPÍTULO I- DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL: estupro (art. 213; CP); violação sexual mediante fraude (art. 215; CP) e assedio sexual (art A; CP); CAPÍTULO II- DOS CRIMES CONTRA VULNERÁVEL: estupro de vulnerável (art A; CP); corrupção de menores (art. 218; CP); satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente (art A; CP); favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável (art B; CP); CAPÍTULO III- Revogado integralmente pela Lei nº , de 28 de março de 2005; CAPÍTULO IV- DISPOSICOES GERAIS: ação penal (art. 225; CP); e aumento de pena (art. 226; CP); CAPÍTULO V- DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL: mediação para servir a lascívia de outrem (art. 227; CP); favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual (art. 228; CP); casa de prostituição (art. 229; CP); rufianismo (art. 230; CP); trafico internacional de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231; CP); trafico interno de pessoa para fim de exploração sexual (art A; CP); CAPÍTULO VI- DO ULTRAGE AO PUDOR PÚBLICO: ato obsceno (art. 233; CP); e escrito ou objeto obsceno (art. 234; CP);

10 10 CAPÍTULO VII- DISPOSIÇÕES GERAIS: aumento de pena (art A; CP); segredo de justiça (art B; CP). Segue abaixo a estrutura do Título VI da parte especial do CPB, antes e após a reforma promovida pela Lei nº /2009. ANTES DA REFOMA DA LEI Nº /2009

11 11 APÓS A REFORMA DA LEI Nº /2009 Concordamos com o mestre Guilherme de Souza Nucci ao criticar o legislador penal por manter os crimes de casa de prostituição e ato obsceno, afastando o principio da intervenção mínima e do Direito Penal como ultima ratio.

12 12 CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL ESTUPRO: ART. 213 DO CP: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena: reclusão, de 6 (seis) a 10 (anos) anos. 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vitima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (quatorze anos): Pena- reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 2º Se da conduta resulta morte: Pena- reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 1.1 Nova dinâmica do estupro A Lei n nº /2009 unificou no art. 213; CP as figuras do estupro e atentado violento ao pudor, sob a nomenclatura única de estupro, para abranger a prática da conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça antigo estupro, assim como a prática de qualquer outro ato libidinoso diverso da conjunção carnal, antigo atentado violento ao pudor, tornando o crime de

13 13 estupro crime comum, adequando- o à evolução social e eliminando a atipicidade quando o homem era vítima do constrangimento da mulher para a prática da conjunção carnal. Assim, verifica- se que a figura do atentado violento ao pudor não foi descriminalizada, mas sim unida com outra figura típica, sob outro nomem iuris, sendo hipótese de continuidade normativo- típica e não abolitio criminis,descabendo o concurso material entre os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, o que significa que neste aspecto a Lei nº /2009 é novatio legis in mellius. 1.2 Sujeitos do estupro O sujeito ativo pode agora com o novo diploma legal ser qualquer pessoa, sendo crime comum, assim como o sujeito passivo pode ser do sexo masculino ou feminino. Logo, é possível a prática do estupro entre 2 homens, entre duas mulheres, ou estupro de homem praticado por mulher, este último objeto de discussão entre grandes doutrinadores brasileiros até a edição da Lei nº /2009, com vigência a partir do dia 10 de agosto de 2009, data da sua publicação. Inclusive, cabe estupro cuja vítima é o marido, de garoto de programa e de prostituta. 1.3 Tipo objetivo O verbo núcleo do tipo de estupro é constranger, isto é, obrigar, coagir, forçar ou subjulgar a vítima ao ato sexual, sendo um constrangimento ilegal especial, onde há finalidade específica do sexo vaginal ou prática de qualquer outro ato libidinoso. Diante do tipo objetivo constranger, se deduz que, se existe consentimento válido da vítima, não há crime, sendo o dissenso pressuposto do crime. Por outro lado, não é exigido da vítima uma resistência sobrenatural, sob risco de morte.

14 14 O tipo penal exige que o agente atue mediante emprego de violência física, vis corporalis ou vis absoluta, ou seja, fazendo uso da força bruta para que a vítima dominada tenha a conjunção carnal ou seja submetida a qualquer outro ato libidinoso. Configuram- na a agressão a socos e pontapés, o ato de bater, amarrar ou derrubar a vítima no chão, etc. Com a Lei nº /2009 extingue- se a figura do estupro com presunção de violência e consagra- se absoluto o estupro cometido com violência real. Os menores de 14 anos de idade, deficientes mentais e pessoas que não possam oferecer resistência são hoje sujeitos passivos do tipo de estupro de vulnerável, elencado no art A do Código Penal Brasileiro. A grave ameaça ou vis compulsiva é a violência moral, com intimidação seria, de mal injusto ou não, segundo Rogério Greco, e grave; a ser causado diretamente no estuprado ou indiretamente em terceiros, pessoas ou coisas que lhe são próximos, produzindo- lhe efeitos psicológicos gerando temor no agente do delito sexual. Exemplo: agredir fisicamente o filho de 3 anos da vítima para que ela ceda ao ato sexual. É prescindível o contato físico entre o estuprador e a vítima, podendo, por exemplo, o autor do estupro forçar a estuprada a se masturbar em sua frente, sem toca- la em nenhum momento. O pressuposto do crime é o envolvimento corpóreo da vítima no ato de libidinagem. O Brasil achou por bem adotar o sistema restrito no que diz respeito à intromissão do pênis na cavidade vagina, sendo espécie de ato libidinoso. Quanto a expressão outro ato libidinoso se entende todo e qualquer ato libidinoso, exceto a conjunção carnal, isto é, sexo anal, sexo oral, introdução do dedo ou qualquer objeto no ânus ou vagina da vítima, passar a mão ou língua nos seios ou nádegas da vítima, beijo lascivo dado com eroticidade, esfregar o órgão sexual no corpo dela, etc. O constrangimento empregado pelo agente pode ser dirigido a duas finalidades diversas. Na 1ª o agente obriga a vítima a praticar o ato de libidinagem sozinha, com ele, com terceira pessoa ou com animais, tendo um posicionamento ativo na relação (ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso diverso) ou passivo na relação sexual, quando a obriga a permitir que nela se

15 15 pratique o ato (receber sexo oral, permitir que o agente introduza o dedo em seu ânus ou vagina). ASSÉDIO SEXUAL- ART A DO CP: Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo- se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena- detenção, de um a dois anos. Parágrafo único. VETADO. 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. 1.1 Introdução ao crime de assédio sexual O crime de assédio sexual visa coibir a conduta do superior hierárquico que se aproveitando de sua ascendência hierárquica na relação de trabalho constrange alguém a prestar- lhe favores sexuais. Tipificado no CP através da Lei nº /2001, tem como núcleo do tipo o verbo constranger, utilizado aqui no sentido de incomodar, importunar e embaraçar, porém este delito sexual sempre foi alvo de controvérsias por não ser empregado como verbo transitivo direto, de modo que não sabemos qual é o tipo de constrangimento que a vítima deverá sofrer no crime de assédio sexual.

16 16 Trata- se de crime de ação livre (gestos, palavras, escrito, etc.), porém não é qualquer elogio ou gracejos esporádicos que configuram o delito em questão, exigindo- se mais que uma simples recusa da funcionária a um convite do chefe para saírem para jantar. O delito estaria configurado se diante de sucessivas recusas da funcionária, seu chefe começasse a importuná- la com reiteradas investidas. Assim sendo, há crime de assédio sexual na conduta do professor universitário que oferece massagem a uma aluna, passalhe as mãos nas pernas, cabelos, nádegas ou seios da secretária, de proporlhe sexo para que seja promovida ou receba aumento de salário ou mesmo para que mantenha- se no emprego. Importante ressaltar que é imprescindível que o agente se valha do seu cargo para alcançar a vantagem ou favorecimento sexual. 1.2 Sujeitos do assédio sexual Trata- se de crime próprio, pois que se exige qualificação especial do sujeito ativo, qual seja que o agente seja superior hierárquico ou se valha de sua ascendência inerente ao exercício de emprego (relação laboral privada), cargo ou função (relação laboral pública). No caso de hierarquia há um superior e um subalterno, enquanto que na hipótese de ascendência o agente goza de prestígio, influência em relação à vítima (exs.: desembargador em relação a juiz; professor de faculdade em relação a aluno). O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa e pode ser praticado contra pessoa do mesmo sexo ou de sexo oposto. Cabe frisar que são atípicos os assédios provocados pelo subalterno em face do seu superior e provenientes de relações domésticas, de coabitação e de hospitalidade ou ainda provenientes de abuso de dever inerente a ofício ou ministério. O sujeito passivo pode ser qualquer pessoa desde que seja subordinado ao agente ou que esteja sob sua influência, ou seja, o funcionário ou empregado que mantém um vínculo de inferioridade na relação trabalhista ou profissional.

17 Consumação O crime de assédio sexual é formal, não exigindo- se a realização do resultado naturalístico, isto é, o cometimento dos favores sexuais; consumando- se no momento em que o agente constrange a vítima, visando a obtenção dos favores ou vantagens sexuais. 1.4 Tentativa É cabível a tentativa, quando o meio utilizado para prática do delito é o escrito. Exemplo: um bilhete ou carta endereçada à vítima que se extravia. 1.5 Elemento subjetivo O elemento subjetivo do tipo é o dolo específico, visando um fim especial, isto é, obter vantagem ou favorecimento sexual, ou seja, conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso. 1.6 Causas de aumento de pena Segundo o 2º do art. 216-A; CP, introduzido pela Lei nº /2009, a pena é aumentada em até 1/3 se a vítima do assédio sexual é menor de 18 anos e o agente sabia disso, sob pena de alegação de erro de tipo. A idade da vítima será comprovada mediante documento de identificação, conforme determinação do art. 155; CPP, com alteração dada pela Lei nº /2008, já que trata- se de dado de natureza objetiva, exigindo o dispositivo legal que quanto ao estado das pessoas sejam observadas as restrições estabelecidas na lei civil.

18 18 Pretendeu aqui o legislador conferir maior proteção ao adolescente com idade entre 16 e 17 anos, considerando- se a relação de trabalho regular, prevista pelo art. 7º, XXXIII, da CRFB 88 e o aprendiz, com idade superior a 14 anos. Embora a lei seja omissa quanto ao mínimo da causa de aumento de pena a ser aplicada pelo juiz, para que este encontre a pena justa, deverá aplicar um mínimo de 1/6 e máximo de 1/3, quando da realização da dosimetria da pena. Aplicam- se ainda ao delito sexual em estudo as causas especiais de aumento de pena elencadas no art. 226; CP, salvo a hipótese do art. 226, II, do Código Penal pátrio que prevê aumento de ½ da pena se o agente for empregador da vítima, na medida em que constituiria bis in idem. 1.7 Ação Penal A ação penal é pública condicionada à representação do ofendido, exceto se a vítima for menor de 18 anos, caso em que será pública incondicionada, segundo orientação do art. 225; CPB. 1.8 Segredo de justiça Os processo que apuram crimes contra a dignidade sexual tramitarão em segredo de justiça, em obediência ao disposto no art B do Código Penal Brasileiro.

19 19 CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA VUNERÁVEL ESTUPRO DE VULNERÁVEL- ART. 217-A DO CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de quatorze anos. Pena- reclusão, de oito a quinze anos. 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 1.1 Introdução ao crime de estupro de vulnerável Diante da divergência existente entre doutrina e jurisprudência sobre a natureza da presunção de violência, pois os tribunais superiores sustentavam que a presunção era relativa e a doutrina majoritária, destacando- se o mestre Rogério Greco, sustentava que a presunção era absoluta, já que nada mais

20 20 objetivo do que a idade; a nova lei sexual traz solução a este conflito ao excluir a figura da presunção de violência e criar a situação de vulnerabilidade. A vulnerabilidade é tratada com maior rigor pela lei penal visando proteger certas pessoas, quais sejam, crianças e adolescentes com idade até 14 anos, pessoa que, por enfermidade ou deficiência mental, não possui discernimento para a prática do ato sexual, e aquela que não pode, por qualquer motivo, oferecer resistência. Assim, independente do consentimento da vítima na realização do ato libidinoso, há o crime de estupro de vulnerável, posto que o consentimento destas pessoas é inválido, e não se analisa se a vítima possui ou não experiência sexual vasta. Embora o tipo penal não exija o emprego de violência ou de grave ameaça para a prática do crime sexual, caso o sujeito ativo utilize qualquer destes meios para a realização do ato libidinoso ainda assim responderá por crime de estupro de vulnerável. Para o legislador as pessoas incapazes podem relacionar- se sexualmente sem qualquer coação física, porém teria ocorrido uma coação psicológica, diante do estado natural de impossibilidade de compreensão da seriedade do ato realizado. Por fim, elevou- se a pena para reclusão, de oito a quinze anos, recebendo pena autônoma e superior ao estupro comum. 1.2 Objetividade jurídica Os bens juridicamente protegidos são a dignidade sexual, liberdade sexual e o pleno desenvolvimento sexual das pessoas vulneráveis, ou seja, aquelas que em decorrência de alguma condição pessoal não possuem a capacidade de resistir a um ataque contra a dignidade sexual. 1.3 Tipo objetivo

21 21 O legislador estabeleceu objetivamente como crime o ato de manter relacionamento sexual com uma pessoa vulnerável, segundo o tipo penal, ainda que com o seu consentimento, visto que este é inválido. Somente o erro de tipo é capaz de afastar o crime em estudo, quando o agente provar que, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, acreditava que a pessoa, que voluntariamente teve relações sexuais com ele, contava com menos de 14 anos, por exemplo, ainda mais se ela mentiu dizendo que possuía mais de 18 anos, e tinha corpo bem desenvolvido para sua idade. As condutas tipificadas são ter conjunção carnal ou praticar qualquer outro ato libidinoso com vulnerável. Seu consentimento é indiferente para caracterização do delito. 1.4 Objeto material O objeto material deste delito ora tratado, ou seja, a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente, é o vulnerável. 1.5 Sujeitos do delito Hoje em dia, com a figura ampliada do crime de estupro, qualquer pessoa pode ser sujeito ativo deste delito, tratando- se de crime comum. Na realidade somente o homem pode ser sujeito ativo do delito de estupro de vulnerável quando a conduta for dirigida a conjunção carnal e quando o comportamento for dirigido a praticar outro ato libidinoso, qualquer pessoa pode figurar nesta condição. Quanto ao sujeito passivo pode sê- lo homem ou mulher, desde que vulnerável. São considerados vulneráveis : a) Os menores de 14 anos: quando o crime é realizado no dia do 14º aniversário da vítima, esta não é mais considerada vulnerável. Ousamos discordar do grande doutrinador Guilherme de Souza Nucci, ao defender em sua obra

22 22 Crimes Contra a Dignidade Sexual, que somente o menor de 12 anos merece ser considerado absolutamente vulnerável no cenário sexual. b) As pessoas portadoras de enfermidade ou doença mental, que não tenham o necessário discernimento para a prática do ato: exige- se a realização de pericia medica para a constatação de que o problema mental retirava por completo da vítima o discernimento para o ato sexual. Caso a falta de discernimento para a prática do ato sexual seja relativa aplica- se o disposto no art. 215; CP e não o art A; CP. Admite- se que o agente tenha agido com dolo eventual quanto ao estado mental da vítima. c) Pessoa que, por qualquer outra causa, não possa oferecer resistência: exigese que o criminoso se valha do estado de incapacidade de defesa da vítima, sendo indiferente que este seja prévio, como doença, idade avançada, estado de coma, desmaio, etc; provocado pelo agente (ministração de sonífero ou droga na bebida da vítima, uso de anestésico, etc) ou causado por ela própria (embriagues completa voluntária numa festa) e que era nula a capacidade de resistir ao ato sexual. 1.6 Consumação libidinoso. A consumação ocorre com a prática da conjunção carnal ou de outro ato 1.7 Tentativa É cabível a tentativa, pois trata- se de crime plurissubsistente, de modo que o iter criminis admite fracionamento. 1.5 Elemento subjetivo

23 23 O elemento subjetivo do tipo é o dolo específico, consistente na busca da satisfação da lascívia. Não se admite punição para quem age com culpa. 1.6 Formas qualificadas O art A, 3º e 4º do CP pátrio, respectivamente, trata do crime qualificado pelo resultado, dispondo que se do crime resultar (culposamente) lesão corporal de natureza grave, a pena será de 10 a 20 anos de reclusão e, se ocorrer a morte, será de 12 a 30 anos de reclusão. São figuras exclusivamente preterdolosas, onde o agente atua necessariamente com dolo na prática do crime de estupro de vulnerável e com culpa no resultado agravador, seja ele lesão corporal de natureza grave, referindo- se as lesões corporais elencadas no art. 129, 1º e 2º; CP ou a morte. Se houve por parte do agente dolo genérico ou eventual no resultado mais grave, será responsabilizado criminalmente pelos delitos de estupro de vulnerável em sua modalidade simples e lesão corporal ou homicídio doloso em concurso material, na forma do art. 69; CP pátrio 1.9 Causas de aumento de pena Incidem no crime de estupro de vulnerável as causa de aumento de pena dos art. 226, I e II, e 234- A, III e IV, do Código Penal. Assim, a pena é aumentada em ¼ se o delito for cometido com concurso de duas ou mais pessoas (art. 226, I; CP); em ½ se o agente for ascendente, descendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vitima ou caso tenha autoridade sobre ela por qualquer título (art. 226, II), ou, ainda, se resultar gravidez (art A, III; CP); e, de 1/6 ate a ½, se o agente transmitir à vítima doença sexualmente transmissível de que sabia ou deveria saber estar acometido (art A, IV; CP).

24 Natureza hedionda Mais um acerto da Lei nº /2009 foi determinar que o crime de estupro de vulnerável é crime hediondo, previsto no art. 1º, VI da Lei nº 8.072/1990, seja na sua forma simples ou qualificada, pondo fim a outra controvérsia acerca do estupro simples ser ou não crime hediondo Ação Penal A ação penal é sempre pública incondicionada quando envolver pessoa vulnerável, segundo orientação do art. 225, parágrafo único do CPB Segredo de justiça Os processo que apuram crimes contra a dignidade sexual tramitarão em segredo de justiça, em obediência ao disposto no art B do Código Penal Brasileiro Classificação doutrinária O crime é de mão- própria, quando a conduta do agente for dirigida à conjunção carnal e comum quando o comportamento for dirigido à prática de outros atos libidinosos; doloso; comissivo (os verbos do tipo indicam ação, porém podem ser praticados por omissão imprópria, caso o sujeito seja agente garantidor, de acordo com o art. 13, 2º; CP), material (demanda resultado naturalístico, consistente no efetivo tolhimento à liberdade sexual); de dano ( a consumação demanda lesão ao bem tutelado); instantâneo ( o resultado se dá de maneira definida no tempo); de forma vinculada (quando disser respeito à conjunção carnal) e de forma livre (quando estivermos diante de um comportamento dirigido a prática de outros atos libidinosos); monossubjetivo ou unissubjetivo (pode ser praticado por apenas uma pessoa);plurissubsistente

25 25 (o iter criminis é fracionado); não transeunte ou transeunte (dependendo da forma como é praticado, o crime poderá deixar vestígios, a exemplo do coito vagínico e sexo anal; caso contrario, será difícil a sua constatação por meio de pericia, oportunidade em que deverá ser considerado um delito transeunte). MEDIAÇÃO PARA SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM COM PESSOA MENOR DE QUATORZE ANOS: ART.218 DO CP Induzir alguém menor de quatorze anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena- reclusão, de dois a cinco anos. 1.1 Introdução ao crime de mediação para satisfazer a lascívia de outrem com pessoa menor de quatorze anos O crime ora em estudo é espécie de lenocínio, onde o agente presta assistência à libidinagem de outrem, tendo ou não intuito de lucro. O proxeneta de oficio ou rufião abrange as cinco figuras típicas constantes dos arts. 218, 218- B, 227, 228 e 229, todos do CP, que prevêem, respectivamente, os crimes de corrupção de menores, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável, mediação para servir a lascívia de outrem, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual e casa de prostituição. Com a reforma penal de 2009, o tipo penal passou a prever o delito de corrupção de menores quando o agente induz alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem. Segundo Guilher de Souza Nucci trata- se de modalidade de exceção pluralística à teoria monista, impedindo a punição de partícipe de estupro de vulnerável, pela pena prevista para o art A; CP, quando se der na modalidade de induzimento. Determina o mestre que o

26 26 legislador praticou erro grave ao conceder pena menor ao partícipe indutor (participação moral), através de criação de delito autônomo (art. 218;CP) e para o partícipe que instigou ou auxiliou materialmente um menor de 14 anos a praticar ato sexual com outra pessoa responder pelo crime de estupro de vulnerável na condição de partícipe. De acordo com o novo art. 218; CP, a mãe da menor de 14 anos, vítima de abuso sexual de seu companheiro, que se omite diante deste crime, responde pelo crime de estupro de vulnerável, na condição de agente garantidora, porém se esta mesma mãe induzir sua filha menor de 14 anos a satisfazer a lascívia (prazer sexual) de seu companheiro irá responder pelo delito autônomo do art. 218; CP. Para Nucci há a possibilidade de aplicação de analogia in bonam partem ao partícipe em geral de estupro de vulnerável a figura privilegiada do art. 218; CP, uma vez que inexiste qualquer sentido em punir o indutor (dar a idéia) com pena de 2 anos e o instigador (fomentar idéia pré- existente) com pena de 8 anos. Ousamos discordar do profº Nucci, e defender tese seguida por Rogério Greco e Victor Eduardo Gonçalves, que determina que o tipo penal ao dispor sobre satisfação de lascívia se limita a atos com conotação sexual sem realização da prática de qualquer ato libidinoso incluindo a conjunção carnal. Exemplos: fazer sexo por telefone, dançar para ele, fazer um striptease, etc. Diante da criação de uma figura privilegiada e inadequada para a participação moral em relacionamento sexual de menor de 14 anos, prejudicando a aplicação da figura do estupro de vulnerável, acreditamos que se a situação de ambos for equiparada (indutor e instigador), o que seria medida lógica e natural, a reforma com o fim de proteger o vulnerável, no campo sexual, terá aberto um flanco significativo de impunidade. 1.3 Objetividade jurídica São bens juridicamente protegidos pelo Direito Penal a dignidade sexual do menor de 14 anos e seu desenvolvimento físico e psíquico.

27 Tipo objetivo Induzir significa convencer, persuadir o menor, com ou sem a promessa de alguma vantagem, para que satisfaça os desejos sexuais de outra pessoa determinada. 1.5 Objeto material O objeto material é a pessoa contra a qual recai a conduta praticada pelo agente, aquela menor de 14 anos, que foi induzida a satisfazer a lascívia de outrem. 1.6 Sujeitos do delito Trata- se de crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, já que o tipo penal não exige nenhuma condição ou qualidade especial para o autor do delito. São sujeitos passivos deste delito as crianças ou adolescentes menores de 14 anos de idade. 1.7 Consumação O crime é material, consumando- se quando o menor realiza ato para satisfazer a lascívia de outrem. 1.8 Tentativa Como é um crime plurissubsistente, onde há o fracionamento do iter criminis, é perfeitamente cabível a figura da tentativa.

28 Elemento subjetivo culposa. O dolo é o elemento subjetivo do tipo, não se admitindo a figura 1.10 Causas de aumento de pena Tendo em vista a limitação contida no tipo penal a atos com conotação sexual sem a realização da prática de qualquer ato libidinoso incluindo a conjunção carnal, torna- se difícil a ocorrência de qualquer causa de aumento de pena elencada no art A; CP, que se aplica aos crimes previstos no Título VI do Código Penal Ação penal A ação penal para este crime é publica incondicionada Segredo de justiça Os processo que apuram crimes contra a dignidade sexual tramitarão em segredo de justiça, em obediência ao disposto no art B do Código Penal Brasileiro Classificação doutrinária O crime é comum; doloso; comissivo (os verbos do tipo indicam ação, porém podem ser praticados por omissão imprópria, caso o sujeito seja agente garantidor, de acordo com o art. 13, 2º; CP), material (demanda resultado naturalístico, consistente no efetivo tolhimento à liberdade sexual); instantâneo ( o resultado se dá de maneira definida no tempo); de forma livre; monossubjetivo ou unissubjetivo (pode ser praticado por apenas uma

29 29 pessoa);plurissubsistente (o iter criminis é fracionado); transeunte (não há necessidade de prova pericial, em regra, pois trata-se de infração penal que não deixa vestígios).

30 30 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 >> Leis nº /2009, 8.072/1990 Anexo 2 >> Internet

31 31 ANEXO 1 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº , DE 7 DE AGOSTO DE Mensagem de veto Altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, e o art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5 o da Constituição Federal e revoga a Lei n o 2.252, de 1 o de julho de 1954, que trata de corrupção de menores. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 o Esta Lei altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, e o art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5 o da Constituição Federal. Art. 2 o O Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações: TÍTULO VI DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL Estupro Art Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

32 32 1 o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 2 o Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (NR) Violação sexual mediante fraude Art Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (NR) Assédio sexual Art. 216-A (NR) 2 o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.

33 33 CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Art Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. Parágrafo único. (VETADO). (NR) Ação penal Art Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (NR) CAPÍTULO V DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL... Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual Art Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

34 34 1 o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.... (NR) Art Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:... (NR) Rufianismo Art o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 2 o Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência. (NR)

35 35 Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual Art Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojála. 2 o A pena é aumentada da metade se: I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. 3 o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (NR) Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual

36 36 Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 1 o Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojála. 2 o A pena é aumentada da metade se: I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. 3 o Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (NR) Art. 3 o O Decreto-Lei n o 2.848, de 1940, Código Penal, passa a vigorar acrescido dos seguintes arts. 217-A, 218-A, 218-B, 234-A, 234-B e 234-C: Estupro de vulnerável

37 37 Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 1 o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 2 o (VETADO) 3 o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 4 o Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável

38 38 Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 1 o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 2 o Incorre nas mesmas penas: I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. 3 o Na hipótese do inciso II do 2 o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS Aumento de pena Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: I (VETADO); II (VETADO);

39 39 III - de metade, se do crime resultar gravidez; e IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça. Art. 234-C. (VETADO). Art. 4 o O art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990, Lei de Crimes Hediondos, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 1 o V - estupro (art. 213, caput e 1 o e 2 o ); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e 1 o, 2 o, 3 o e 4 o ); (NR) Art. 5 o artigo: A Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte

40 40 Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. 2 o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de Art. 6 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7 o Revogam-se os arts. 214, 216, 223, 224 e 232 do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, e a Lei n o 2.252, de 1 o de julho de Brasília, 7 de agosto de 2009; 188 o da Independência e 121 o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro Este texto não substitui o publicado no DOU de

41 41 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Mensagem de veto LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º São considerados hediondos os crimes de latrocínio (art. 157, 3º, in fine), extorsão qualificada pela morte, (art. 158, 2º), extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput e seus 1º, 2º e 3º), estupro (art. 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único), atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único), epidemia com resultado morte (art. 267, 1º), envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal, qualificado pela morte (art. 270, combinado com o art. 285), todos do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), e de genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956), tentados ou consumados. Art. 1 o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de ) I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, 2 o, I, II, III, IV e V); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) II - latrocínio (art. 157, 3 o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, 2 o ); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e l o, 2 o e 3 o ); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) V - estupro (art. 213, caput e 1 o e 2 o ); (Redação dada pela Lei nº , de 2009) VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e 1 o, 2 o, 3 o e 4 o ); (Redação dada pela Lei nº , de 2009)

42 42 VII - epidemia com resultado morte (art. 267, 1 o ). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de ) VII-A (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de ) VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e 1 o, 1 o -A e 1 o -B, com a redação dada pela Lei n o 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de ) Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1 o, 2 o e 3 o da Lei n o 2.889, de 1 o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de ) Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: I - anistia, graça e indulto; II - fiança e liberdade provisória. 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado. 2º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. 3º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. II - fiança. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) 1 o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) 2 o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) 3 o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada pela Lei nº , de 2007) 4 o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n o 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº , de 2007) Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública. Art. 4º (Vetado). Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso: "Art

43 43 V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza." Art. 6º Os arts. 157, 3º; 159, caput e seus 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.... Art Pena - reclusão, de oito a quinze anos. 1º... Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 2º... Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 3º... Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.... Art Pena - reclusão, de seis a dez anos. Art Pena - reclusão, de seis a dez anos.... Art Pena - reclusão, de oito a doze anos. Parágrafo único.... Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.... Art Pena - reclusão, de dez a quinze anos.... Art Pena - reclusão, de dez a quinze anos.

44 44..." Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo: "Art º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços." Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo. Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços. Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, 3º, 158, 2º, 159, caput e seus 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação: "Art Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14." Art. 11. (Vetado). Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 25 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República. FERNANDO COLLOR Bernardo Cabral Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de ANEXO 2 INTERNET R ASSINE BATE- PAPO SAC Voip Grátis Shopping ÍNDICE PRIN

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