RESISTÉNCIA DE BOVINOS AO CARRAPATO BOOPHILUSMICRQPLUS.
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- Gonçalo Prada Palha
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1 RESISTÉNCIA DE BOVINOS AO CARRAPATO BOOPHILUSMICRQPLUS. 1. INFESTAÇÃO ARTIFICIAL GILSON PEREIRA DE OLIVEIRA 2 e MAURÍCIO MELLO DE ALENCAR 3 RESUMO - A resistência da raça Canchim ao carrapato Boophilus microplus (Canestrini) foi avaliada em comparação à raça Nelore, através de infestação artificial. utilizaram-se 60 animais (30 machos e 30 fêmeas), sendo a metade de cada raça, com idade média de 154 meses. Cada animal recebeu duas infestações de larvaras de carrapato, com intervalo de quatorze dias, sendo a primeira feita em Dezoito dias após cada infestação foram feitas três contagens, em dias alternados, do número de fêmeas ingurgitadas do lado esquerdo do animal. Os dados foram analisados em termos de percentagem de retorno (PR), ou seja, percentagem de carrapatos contados em relação ao total infestado, após transformação para (PR)'I. Os resultados indicaram diferenças significativas (P < 0,01) entre sexos, sendo as fêmeas (PR - 0,2740%) mais resitentes que os machos (PR 0,6439%). Os animais da raça Nelore (PR 0,09 89%) foram mais resistentes (P <0,01) que os animais Canchim (PR = 1,2544%). Contudo, a raça Canchim pode ser considerada como sendo de boa resistência, uma vez que a percentagem média de retomo foi baixa, e 93,3% dos animais apresentaram percentagem de mortalidade dos carrapatos acima de 95%. Para a raça Canchim, a resistência ao carrapato foi maior nos animais de pelagem clara. Termos para indexação: canchim, nelore, sexo. RESISTANCE OF CATTLE TO THE TICK BQOPI-1ILUS MICROPLUS. LARTIFICIALINFESTATION ABSTRACT - The resistanco of the Canchim caule to the cattle tick Boophi/us microplus (Canestrini), as compared to the Nelore cattle, was evaluated through artificial infestation. Sixty animais (30 males and 30 females), haif of each breed, were artificially infested on two occasions, fourteen days apart, with 20,000 Iarvae, to assess tick resistance. Eighteen days after each infestation, three counts of the number of femaie engorged ticks at one side of the animais were performed at aiternate days. The data were anaiyzed as the percentage return (PR percentage of ticks counted in relation to the total number infested), transformed into (PR)/.. The results indicated a highiy significant (1' <0.01) sex effect. with the females (PR = %) showing higher resistance than males (PR = %). The Nelore animais (PR %) were more resistant (P.< 0-01) than the Canchim ones (PR %). However, the Canchirn breed can be considered as having good resistance, as shown by the 10w percentage return and a high percentage (93,3%) of the animais showing tick mortaiityrate above 95%. It was also shown, for the Canchim caule only, that the light-coiored animais were more resistarit. Index termu: canchim, nelore. sex. INTRODUÇÃO O carrapato Boophilus micropius tem prejudicado o desempenho de bovinos, principalmente de raças européias em regiões de clima quente. Além do cara(er espoliativo causado por esse ixodídeo, como a sugação de sangue (Kitaoka 1961), os danos econômicos à produção de couro (Oliveira 1983), o comprometimento sanitário através das babesioses e anaplasmoss (Callow 1968,Johnston 1 Aceito para publicação em 5 de novembro de Méd.-Vet., M.c., EMBRAPA/Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de São Carlos (UEPAE de São Carlos), Caixa Postal 339, CLI' São Carlos, SI'. Eng.-Âgr., Ph.D., EMBRAPA/UEPAE de São Carlos, 1968), e ainda os gastos na aquisição de acaricidas (Sutherst et al 1979), constituem problemas para o sistema criatório. A utilização de acaricidas controla, em parte, o problema sanitário, contudo, sua eficácia tende a diminuir à medida que o carrapato torna-se resistente a esses produtos (Bennett 1963). Com base nas observações feitas por Johnston et al. (1918) e posteriormente confirmadas experimentalmente por Villares (1941), iniciaram-se as avaliações de resistência ao carrapato, tanto entre como dentro de raças. Hewetson (1972) relata que o mecanismo pelo qual os animais adquirem resistência ao carrapato é, até certo ponto, herdado. Hewetson (1968), Wharton et al. (1970) e Seifert (1971), obtiveram estimativas de herdabiidade pa-
2 434 G.P. DE OLIVEIRA e M.M. DE ALENCAR ra resistência ao carrapato que variaram de 0,28 a 0,82, indicando a possibilidade de obtenção de progresso genético pela seleção. Trabalhos experimentais mostram que, em geral, a quantidade de carrapatos encontrados em animais de raças zebuínas e mestiças (zebu-europeu), é significativamente menor que o número encontrado em animais de raças européias (Riek 1962, Francis & Little 1964, Jolinston & Haydock 1969, Seifert 1971, O'Kelly & Spiers 1976, Utech & Wharton 1982). A raça Canchim (518 Charol s-318 Zebu), formada com o objetivo de unir, em um tipo de gado para corte, a precocidade do gado Charolês à capacidade de viver nos trópicos do Zebu; ainda é pouco conhecida quanto à sua rustiddade Portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a resistência da raça Canchim ao carrapato B. microplus, em comparação à raça Nelore. Dezoito dias após cada infestação, iniciou-se uma série de três contagens, em dias alternados, do número de fêmeas ingurgitadas (4,5 a 8,0 mm de comprimento) do lado esquerdo do animal. Os dados, resultantes das infestações artificiais, foram analisados em termos de percentagem de retorno ou de recuperação, ou seja, percentagem de carrapatos contados em relação ao total infestado, representada por Pij -40Õ Cij/20000, onde 400 é o fator usado para percentagem (100), razão de sexo do carrapato (1:1 machos e fêmeas) e um lado do animal, e Cij - 53 Cjk, ondej é o número da K-1 infestação e k o número de contagens no animal i. Para a análise estatística dos dados, Pij foi transformado para Yi -E 2 (Pij)'h, segundo Utech etal. (1978b). Os resulta- ia' dos foram também expressos em percentagem de mortalidade, subtraindo-os de 100. A análise de variáncia de Yi incluiu os efeitos de raça, sexo e interação raça x sexo,, e foi realizada através do procedimento Anova (SAS Institute 1982). MATERIAL E MËTODOS o trabaho foi desenvolvido na Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual (UEPAE de São Carlos) EMBRAPA, situada na cidade de São Carlos, SP, a 22901' Lat. S. e 47053' Long. W.G. e altitude aproximada de 850 metros, O clima da região, segundo Kõppen (1948) é do tipo Cwb (versão temperado e chuvoso, e inverno seco), sendo que o período da seca geralmente se estende de abril a setembro e o das águas de outubro a março. Para a avaliação da resistência da raça Canchim ao carrapato B. microplus, em comparação à raça Nelore, foram utilizados 60 animais (30 machos e 30 fêmeas), sendo a metade de cada raça, nascidos na UEPAE de São Carlos durante o período de setembro de 1983 a fevereiro de Estes animais permaneceram em pasto de capim colonião (Panicum maximum) até os sete meses de idade, época da desmama, quando então foram transferidos para pastos de grama batatais (Paspaluin notatum). Por ocasião do início do experimento,os animais, que possuiam idade média de 15,5 meses, encontravam-se em pastos de capim andropogon (4ndpopogon gayanus) e de andropogon consorciado com calopogônio (Calopogonium mucunoides). Supôs-se, que naquela idade, os animais já tivessem sido expostos a uma carga de carrapatos suficientemente grande para adquirirem resistência. - Cada animal recebeu duas infestações de larvas de carrapato, provenientes de um grama de ovos incubados a 270C, com intervalo de quatorze dias uma da outra, sendo que a primeira foi feita em Antes da primeira infestação, os animais foram banhados por imersão, utilizando-se formamidina (Amitraz 12,5%) e mantidos em pasto por um período de quinze dias, para isentarem- -se do fator residual do carrapaticida. RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise de variância da percentagem de retorno é apresentada na Tabela 1. Verifica-se que não houve interação entre raça e sexo para a característica estudada. Por outro lado, o sexo do animal influenciou significativamente (P <0,01) o número de carrapatos contados. As fêmeas, em média, foram mais resistentes do que os machos (Tabela 2). As médias dos quadrados mínimos da variável Y foram de 0,8958 e 0,7235 para machos e fêmeas, respectivamente. Transformando-se a variável Y para a sua escala original (Y 4 ), ou seja, para percentagem de retorno ou de recuperação, obtem-se, na mesma ordem, 0,6439% e 0,2740%. Verifica-se, portanto, uma mortalidade média de 99,3561% dos carrapatos infestados nos machos e de 99,7260% dos infestados nas fêmeas. Estes resaltados estão de acordo com os obtidos por Seifert (1971), que verificou maior número de carrapatos em bovinos machos, quando a infestação era natural. Utech et ai. (1978a), trabalhando com animais da raça Australian lllawarra Shorthorn, verificaram que as fêmeas eram mais resistentes que os machos, em infestação artificial. Sutherst et al. (1983) obtiveram maior carga de carrapatos em machos castrados que em fêmeas, em bovinos de corte de raças européias e cruzados zebu x europeu, em infestação artificial Sgundo Seifert
3 RESISTÊNCIA DE BOVINOS AO CARRAPATO BOOPUIL US MICROPLUS 435 (1971), a diferença de resistência entre os sexos deve estar ligada a influências dos hormônios sexuais. TABELA 1. Análise de variáncia da variável Y, Fonte de variação Graus de liberdade Quadrado médio Sexo 1 0,4455" Raça Sexo x Raça 1 0,0326 Res(duo 56 0,0519 R 2 (%) "P<0.01 A raça do animal também influenciou significativamente (P < 0,01) a percentagem de retorno (Tabela 1). Verifica-se (Tabela 2), que a resistência dos animais Nelore foi muito maior que a dos animais Canchim. As médias dos quadrados mínimos da - percentagem de retorno transformada (Y) foram de 1,0583 e 0,5609 para os animais Canchim e Nelore, respectivamente Transformando-se a variável Y para a sua escala normal (Y 4 ), obtem-se, na mesma ordem, 1,2544% e 0,0989% de retorno ou recuperação. Verifica-se, portanto, mortalidade média de 98,7456% dos carrapatos infestados nós animais Canchim e de 99,9011% dos infestados nos animais Nelore. Os resultados obtidos no presente estudo estão de acordo comos publicados na literatura científica, que também acharam efeitos de raça e grupo genético na quantidade de carrapatos. Seifert (1971) verificou que animais cruzados zebu x x europeu são mais resistentes que animais de taças européias. Doube & Wharton Q980), estudando os efeitos da raça sobre a resistência ao carrapato, mostraram que os zebuínos eram os mais resistentes enquanto os europeus, os menos resistentes, estando os cruzados em posição intermediária. Utech et ai. (1978b) verificaram maior nível de resistência para fêmeas zebuínas e cruzadas, quando comparadas com fêmeas de raças européias. Em dois rebanhos Brahman o nível médio de resistência foi de 98,8% e 99,3%, enquanto que em rebanhos Santa Gertrudis, Braford, Brahman x Australian Illawarra Shorthorn, Hereford, Shorthorn e 3/4 Charolês, os níveis médios foram de 97,1% e 96,1%, 96,3% e 93,8%, 98,6% e 98,4%, 89,3% e 81,7%, 85,4% e 85,1%, e 80,7%, respectivamente (!Jtech et ai. 1978b). Já Wharton et ai. (s.n.t.) obtiveram um nível médio de resistência igual a 98% para animais B. indicus x B. taurus e igual a 87% para animais B. taurus. Lemos et ai. (1985), no Brasil, avaliando a resistência ao carrapato em novilhas de seis "graus de sangue" HVB x Guzerá, verificaram redução no nível de resistência à medida que aumentava o "grau de sangue" I-IVB de 1/4 para 31/32. TABELA 2. Médias dos quadrados mínimos da variável Y, de acordo com o sexo e a raça dos animais. Raça Sex o Machos Fêmeas M + E Canchim 1,1212 0,9955 1,0583 Nelore 0,6704 0,4514 0,5609 C + N 0,8958 0,7235 É interessante notar que, no presente estudo, a diferença entre raças é maior nas fêmeas que nos machos, concordando com os resultados de Seifert (1971). Apesar dos animais Canchim serem menos resistentes ao carrapato que os animais Nelore, a taxa média de retorno nos primeiros (1,2544%) indica também elevada resistência. Classificando-se os animais de acordo com a mortalidade de carrapatos, obtém-se os números da Tabela 3. Vê-se, Jortanto, que 100% d05 animais Nelore, machos e fêmeas, apresentaram taxa de mortalidade maior que 98%, enquanto que 76,6% d05 animais Canchim (66,6% dos machos e 86,6% das fêmeas) estão incluídos nesta dasse. Apenas 6,6% dos animais Canchim, todos machos, foram classificados entre 90% e 95% de mortalidade de carrapatos. Considerando-se, segundo Wharton et al (s.n.t.) e Utech etah (1978a), que mais de 95% de mortalidade indica alta resistência, apenas 6,6% dos animais Canchim seriam de baixa resistência. Utech et al. (1978b) consideram as seguintes classes de resistência: 98,0% - alta, 95,1%-98,0% - moderada; 90,0%- -95,0% - baixa; e 90,0% - muito baixa. Neste caso, 76,6% dos animais Canchim estariam induídos
4 436 G.P. DE OLIVEIRA e M.M. DE ALENCAR na classe de alta resistência e 16,6% na dasse de média resistência. Estes dados são importantes, porque em um programa de seleção para resistência, apenas 6,6% dos animais Canchim seriam descartadas e, provavelmente, a grande maioria seria de machos. Contudo, é importante salientar que estas classes de resistência foram determinadas para algumas regiões da Austrália, não havendo estudos desse tipo no Brasil. da, para bovinos infestados com B. microplus. Aqueles animais que receberam plasma proveniente de animais de alta resistência, apresentaram menor número de carrapatos em relação aos demais. Stear et al. (1984), trabalhando com animais cruzados Braliman x Shorthorn, verificaram que dois antígenos linfocíticos estavam associados com a resistência ao carrapato, e um terceiro com a susceptibilidade. Assim sendo, as diferenças de resistência TABELA L Número e percentagem de animais por classe de mortalidade de carrapatos, de acordo com a raça e o sexo. Classe de mortal idade >98,0% 95,1 %-98,0% 90,0%-95,0% Raça Sexo N9 % % Canchim Machos Fêmeas 13 86,6 M+F 23 76,6 Nelore Machos ,0 Fêmeas ,0 M+F ,0 20,0 2 13, O 0,0 16,6 2 6,6 0,0 O 0,0 0,0 O 0,0 0,0 O 0,0 Segundo Willadsen (1980), diferentes tipos de gado alcançam diferentes níveis de resistência ao carrapato, e este nível é influenciado pela reação imunológica. Esta reação por parte do hospedeiro vai da simples rejeição de parasito, a um efeito mais complexo como a interferência na alimentação, redução no peso da fêmea engorgitada, inibição da postura, queda na viabilidade dos ovos, e morte do parasito no hospedeiro. Existem evidências da participação de anticorpos na imunidade. Brossard (1976) observou que a concentração de gamaglobulina no plasma de bovinos aumentou com a infestação de carrapatos. Usando a técnica da imunofluorescência, verificou a presença de anticorpos específicos para a glàndula salivar da fêmea adulta do carrapato. Os anticorpos específicos apareciam após as infestações, alcançando níveis elevados e dedinando com a diminuição do número de carrapatos. Willadsen et ai. (1978), medindo esses anticorpos, verificaram que os mesmos eram específicos e ausentes em animais não infestados. Roberts & Kerr (1976) transferiram plasma de bovinos conhecido como de alta e de baixa resistên- ao carrapato encontrados no presente estudo para as raças Canchim e Nelore, devem estar relacionadas às diferentes reações do sistema imunológico destas raças. O peso do animal no início do experimento, colocado no modelo estatístico em uma análise preliminar, não mostrou efeito significativo sobre a percentagem de retorno. Utech etal. (1978a) também não encontraram efeito significativo dos pesos de bezerros ao nascimento e à desmama sobre as contagens de carrapato. Em outra análise complementar, feita somente para os animais Canchim, onde cor da pelagem foi considerada no modelo estatístico juntamente com o fator sexo, verificou-se que os animais mais daros eram mais resistentes (1' <0,85). Neste caso as médias dos quadrados mínimos ± erros padrão da taxa de retorno transformada (Y), foram de 0,9585 ± 0,0580,1,0679 ±0,0659 e 1,2300 ± 0,0784 para os animais brancos, baios e amarelos e vermelhos, respectivamente.
5 RESISTÊNCIA DE BOVINOS AO CARRAPATO BOC)PHIL US MICROPLUS 437 CONCLUSÕES 1. As fêmeas dos bovinos são mais resistentes ao carrapato B. microplus que os machos. 2. A raça Nelore é mais resistente ao carrapato B. microplus que a raça Canchim. Contudo, pela percentagem média dc retorno encontrada, a raça Canchim pode ser considerada como sendo de muito boa resistência. 3. Existem evidências de que animais Canchim de pelagem clara são mais resistentes ao B. microplus. 4. É necessmo determinar experimentalmente para as diversas regiões do país, as faixas de percentagem de retorno, isto é, o grau de resistência, facilitando o processo de seleção e descarte de animais. AGRADECIMENTOS Aos Drs. R.W. Hewetson e K.B.W. Utecli, pela orientação experimental, e ao laboratorista Antonio Paulo Braz, pela colaboração nas contagens dos carrapatos. REFERtNCIAS BENNETT, G.F. Resistência dos carrapatos aos ixodicidas. Sei. Zoot., 2(16):1-12, BROSSARD, M. Reiations immunoiogiques entre bovins et tiques, plus particuliêrcment entre bovins et Boophifus micropius. Acta Trop., 33:15-36,1976. CALLOW, L.L. The infection of Boophilus microplus with Babesia bigemina. Parasitoiogy, 58:663-70, DOUBE, B.M. & WIIARTON, R.H. The effeet oflocality, breed and previous tick experience on seasonal changes in the resistance of cattle to Boophilus microplus (Ixodoidea: ixodidae). Experientia, 36:1178-9, FRANCIS, J. & LIflLE, D.A. Resistance of Droughtmaster cattie to tick infestation and babesiosis. Aust. Vet. 3.,40(7): IEWETSON, R.W. fle inheritance of resistance by cattle to cattle tick. Aust. Vet. 3., 48(5): , HEWETSON, R.W. Resistance of cattle to cattle tick, Boophilus microplus. Ii. The inheritance of resistancc to experimental infestations. Àust. J. Agric. Res., 19(3): , JOHNSTON, L.A.Y. The incidence of clinical babesiosis in cattle in Queensland. Aust. Vet. J., 44(6):265-7, JOHNSTON, L.A.Y. & HAYDOCK, K.P. fie effect of cate tick (Boophilus microplus) on production of Brahman-cross Britishbreed cattie in Northern Australia. Aust. Vet. 1., 45 (4):175-9, JOHNSTON, T.H.; BANCROFT,?J.; FELLOW, EI!.; FELLOW, W.H. A tick-resistant condition in cattle. Proc. R. Soc. Queensi., 30(11): , KITAOKA, S. Physiological and ecological studies on some ticks. V. Nitrogen and iron excretion and amount of blood meal ingested during the blood- -sucking process in the tick. Na. Inst. Anisn. Health. Q.,1:96-105, ICOEPPEN, N. Climatologia. Trad. de Pedro R. Mandriche Perez. Buenos Aires, Panamericana, '178p. LEMOS, A.M.; TEODORO, R.L.; OLIVEIRA, G.P.; MA- DALENA, F.E. Comparativa performance of six Holstein-Frjesian x Guzera in Brasil. 3. Burdens of Boophi!us microplus under field conditions. Anim. Prod.,41:187-91, O'ICELLY, J.C.& SPIERS, W.G. Resistance to Boophllus microplus (Canestrini) in genetically different types of calves in early Iife. J. Parasitoi., 62(2): OLIVEIRA, G.P. Fatores que afetam economicamente a produção de couros de bovinos. Arq. Biol. Teenol., 26(3):353-8, RIEK, R.F. Studies on the reactions of animais to infestation with ticic, VI. Resistance of cattle to infestation with the tick Boophilus microplus (Can;). Aust. J. Agric. Re&, 13:532-50, ROBERTS, J.A. & KERR, J.D. Boophilus microplus: passive transfer of resistance in cattle. 3. Parasitol., 62 (:485-7, SAS INSTITUTE, Cary, LUA. SAS user's guide; statistics. Raleigh, S&lp. SEIFERT, G.W. Variations between and within breeds of cattle in resistancc to fleld infestations of the cattle tick (Boophilus microplus). Aust. J. Agric. Res., 22 (1):159-68, STEAR, MI.; NEWMAN, MI.; NICHOLAS, FW.; BROWN, S.0 ; IIOLROYD, R.G. Tick resistance and the major histocompatibility system. Aust. J. Exp. Bioi. Med, Sei., 62(1):47-52, SUTUERST, R.W.; KERR, J.D.; MAYWALD, G.F.; STEGEMAN, D.A. The effect of season and nutrition on the resistance of cattle to the tick Boophilus microplus. Aust. J. Agric. Res., 34:329-39, SUTHERST, R.W.; NORTON, G.A.; BARLOW, N.D.; CONWAY, G.R.; BIRLEY, M.; COMINS, H.N. Mi analysis of management strategics for cattle tick Boophilus microplus) control in Austraha. J. AppI. Ecol., 16:359-82, UTECH, K.B.W.; SEIFERT, G.W.; WHARTON, R.H. Breeding Australian Illawaxra Shorthorn cattle for resistance to Boophilus microplus. I. Factors affecting resistance. Aust. J. Agric. Res., 29:411-22, 1978a. Pesq. agropeo. bras., Brasilia, 22(4): ,abr
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