5 Resultados e discussão

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "5 Resultados e discussão"

Transcrição

1 5 Resultados e discussão 5.1 Medições de potencial Zeta e de condutividade das emulsões As medições de potencial Zeta e de condutividade das emulsões, para os experimentos em que foram realizadas, podem ser vistas de modo resumido na Tabela 1 do Apêndice A. As curvas que ilustram a variação do potencial Zeta com o tempo, para os experimentos em que foram realizadas medições do referido parâmetro, podem ser vistas nas Figuras 5.1 a 5.5. Variação do potencial Zeta com o tempo - experimentos 2.1 a 2.3 0,00-10,00-20,00 Potencial Zeta (mv) -30,00-40,00-50,00-60,00-70,00-80,00-90,00 Exp. 2.1 Exp. 2.2 Exp. 2.3 tem po (m in) Figura 5.1 Variação do potencial Zeta com o tempo Experimentos 2.1 a 2.3. Os valores de potencial Zeta apresentados na Figura 5.1 indicam que para os experimentos 2.1 (corrente elétrica igual a 0,5 A; ph inicial igual a 9,4) e 2.2 (corrente elétrica igual a 1,0 A; ph inicial igual a 9,4) não houve alteração significativa do parâmetro em questão durante os 90 (noventa) minutos de duração do tratamento. Posteriormente será indicado que o tempo de duração de tais experimentos não foi suficiente para atingir os respectivos estágios reativos, com a manutenção das emulsões nos estágios de inércia, os quais são

2 115 caracterizados pelo fato das emulsões permanecerem estabilizadas, ou seja, pelos valores de potencial Zeta permanecerem praticamente constantes e abaixo de -50,0 mv. Por outro lado, os valores de potencial Zeta para o experimento 2.3 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 9,5) indicam que houve desestabilização da emulsão para um tempo de tratamento entre 50 e 60 minutos, refletindo-se por uma variação acentuada do valor absoluto do potencial (de -73,4 mv para -23,9 mv). As medições de ph para o referido experimento indicam que o valor instantâneo desse parâmetro estava em torno de 10,0 no momento da desestabilização da emulsão. Variação do potencial Zeta com o tempo - Experimentos 3.1 a 3.4 0,00-10,00-20,00 Potencial Zeta (mv) -30,00-40,00-50,00-60,00-70,00-80,00-90,00 Exp. 3.1 Exp. 3.2 Exp. 3.3 Exp. 3.4 tem po (m in) Figura 5.2 Variação do potencial Zeta com o tempo Experimentos 3.1 a 3.4. Os valores de potencial Zeta apresentados na Figura 5.2 indicam que para os experimentos 3.1 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 9,5), 3.2 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 8,8), 3.3 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 8,7) e 3.4 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 9,5) houve desestabilização das emulsões para tempos de tratamento entre 40 e 60 minutos, refletindo-se por variações acentuadas dos valores dos potenciais (de aproximadamente -75,0 mv para aproximadamente -35,0 mv). As medições de ph para os referidos experimentos indicam que os valores instantâneos desse parâmetro encontravam-se entre 9,7 e 10,0 no momento da desestabilização das emulsões. Posteriormente será indicado que o tempo de duração de tais

3 116 experimentos foi suficiente para atingir os respectivos estágios reativos, os quais são caracterizados pelo fato das emulsões serem desestabilizadas, ou seja, pelos valores de potencial Zeta permanecerem abaixo de -50,0 mv. Variação do potencial Zeta com o tempo - Experimentos 4.1 a 4.7 0,00-10,00-20,00 Potencial Zeta (mv) -30,00-40,00-50,00-60,00-70,00-80,00-90,00 Exp. 4.1 Exp. 4.2 Exp. 4.3 Exp. 4.6 Exp. 4.7 tem po (m in) Figura 5.3 Variação do potencial Zeta com o tempo Experimentos 4.1 a 4.7. Os valores de potencial Zeta apresentados na Figura 5.3 indicam que para o experimento 4.1 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 4,1) ocorreu desestabilização da emulsão de modo praticamente imediato, o que já é previsto pela literatura, tendo em vista o valor de ph inicial estar próximo a 4,0. Para os experimentos 4.2 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 7,2) e 4.3 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 8,1), houve desestabilização das emulsões para tempos de tratamento entre 20 e 30 minutos, também refletindo-se por variações acentuadas dos valores de potencial Zeta. Será indicado posteriormente que os experimentos 4.2 e 4.3 atingiram seus respectivos estágios reativos exatamente nos tempos mencionados acima. Por outro lado, para o experimento 4.6 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 10,8) a desestabilização parece ter iniciado em um tempo de tratamento entre 60 e 70 minutos (quando a remoção % de matéria orgânica atingiu valores próximos a 20 %, conforme será apresentado posteriormente, embora o valor de potencial Zeta tenha sido pouco alterado), ocasião em que o valor instantâneo de ph situava-se entre 10,9 e 10,5. Finalmente para o experimento 4.7 (corrente elétrica igual a 2,0

4 117 A; ph inicial igual a 12,2), pode-se dizer que não houve desestabilização da emulsão durante o tempo de tratamento, uma vez que os valores de potencial Zeta permaneceram da ordem de -73,0 mv. Variação do potencial Zeta com o tempo - Experimentos 5.1 a ,00-10,00-20,00 Potencial Zeta (mv) -30,00-40,00-50,00-60,00-70,00-80,00-90,00 Exp. 5.1 Exp. 5.2 Exp. 5.3 tem po (m in) Figura 5.4 Variação do potencial Zeta com o tempo Experimentos 5.1 a 5.3. Os valores de potencial Zeta apresentados na Figura 5.4 indicam que para os experimentos 5.1 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 8,8) e 5.2 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 8,8) houve desestabilização das emulsões para tempos de tratamento entre 40 e 50 minutos, refletindo-se por variações elevadas dos valores absolutos dos potenciais (de aproximadamente -75,0 mv para aproximadamente -42,0 mv). As medições de ph para os referidos experimentos indicam que os valores instantâneos desse parâmetro encontravamse entre 9,8 e 9,9 no momento da desestabilização das emulsões. Posteriormente será indicado que os referidos experimentos atingiram seus respectivos estágios reativos exatamente nos tempos mencionados acima. Já para o experimento 5.3 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 8,6), será apresentado posteriormente que a desestabilização da emulsão ocorreu para tempos de tratamento entre 40 e 45 minutos (embora o valor de potencial Zeta não tenha sido alterado significativamente, mas de -84,3 mv para -70,0 mv), ocasião em que o valor instantâneo de ph situava-se entre 9,8 e 9,7.

5 118 Variação do potencial Zeta com o tempo - Experimento ,00-10,00 Potencial Zeta (mv) -20,00-30,00-40,00-50,00-60,00-70,00 Exp ,00 tem po (m in) Figura 5.5 Variação do potencial Zeta com o tempo Experimento 6.1. Os valores de potencial Zeta apresentados na Figura 5.5 indicam que para o experimentos 6.1 (corrente elétrica igual a 2,0 A; ph inicial igual a 9,6) houve desestabilização da emulsão para um tempo de tratamento entre 50 e 60 minutos, refletindo-se por uma variação pronunciada do valor do potencial (de aproximadamente -72,0 mv para aproximadamente -35,0 mv). As medições de ph para o referido experimento indicam que o valor instantâneo desse parâmetro era da ordem de 9,9 no momento da desestabilização da emulsão. Em suma, as curvas apresentadas nas Figuras 5.1 a 5.5 indicam que as emulsões sintéticas demonstraram boa estabilidade para valores de ph inicial superiores a 5, apresentando valores médios de potencial Zeta da ordem de -75,0 mv; já para valores de ph inicial inferiores a 5, a estabilidade das emulsões diminuiu, uma vez que os valores médios de potencial Zeta foram da ordem de -40,0 mv. No que diz respeito à condutividade, conforme pode ser observado na Tabela 1 do Apêndice A, à exceção dos experimentos realizados com concentração de eletrólito NaCl igual a 1,0 gl -1 (experimento 6.1), os valores médios foram da ordem de 6000 μscm -1, os quais são adequados para a execução da eletrocoagulação. De acordo com Cañizares et al. (2007), que utilizaram a eletrocoagulação com anodos e catodos de alumínio para a desestabilização de emulsões óleo-água, não se observou quebra das emulsões e, conseqüentemente, abatimento da

6 119 DQO, fora do intervalo de ph entre 5 e 9. Segundo esses pesquisadores, as espécies predominantes nessas condições seriam cátions hidroxoalumínio poliméricos (especialmente o tridecâmero) e o precipitado de hidróxido de alumínio amorfo. Fora do intervalo de ph entre 5 e 9, as espécies de Al primárias seriam íons hidroxoalumínio monoméricos. Esses incluem cátions tais como Al 3+, Al(OH) 2+, Al(OH) 2+, no intervalo ácido e ânions tais como Al(OH) 4-, no intervalo alcalino. 5.2 Influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO, a remoção % e a variação do ph, para soluções isentas de óleo Os resultados dos experimentos 1.1 a 1.5, que correspondem a diferentes valores de densidade de corrente, são apresentados na Tabela 2 do Apêndice A. As curvas que ilustram a influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO, sobre a remoção % e sobre a variação do ph em função do tempo, podem ser vistas, respectivamente, nas Figuras 5.6 a 5.8. As condições operacionais referentes a esses experimentos são reapresentadas abaixo (Tabela 4.2). Tabela 4.2 Condições operacionais dos experimentos 1.1 a 1.5. Experimento Conc. óleo (gl -1 ) Conc. oleato de sódio (gl -1 ) Conc. eletrólito NaCl (gl -1 ) Corrente (A) ph inicial Distância entre eletrodos (mm) 1.1 0,0 1,0 3,0 0,5 9,62 10, ,0 1,0 3,0 1,0 9,66 10, ,0 1,0 3,0 2,0 9,74 10, ,0 1,0 3,0 4,0 9,09 10, ,0 1,0 3,0 8,0 9,37 10,0

7 120 DQO (mg/l) 3000,0 2750,0 2500,0 2250,0 2000,0 1750,0 1500,0 1250,0 1000,0 750,0 500,0 250,0 0,0 Influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO - solução isenta de óleo - distância 10 mm - Experimentos 1.1 a 1.5 te mpo (min) 1,11 ma/cm2 (0.5 A) 2,22 ma/cm2 (1,0 A) 4,44 ma/cm2 (2,0 A) 8,88 ma/cm2 (4,0 A) 17,76 ma/cm2 (8,0 A) Figura 5.6 Influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO solução isenta de óleo. 100,0 Influência da densidade de corrente sobre a remoção % - solução isenta de óleo - distância 10 mm - Experimentos 1.1 a 1.5 Remoção % 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 1,11 ma/cm2 (0,5 A) 2,22 ma/cm2 (1,0 A) 4,44 ma/cm2 (2,0 A) 8,88 ma/cm2 (4,0 A) 17,76 ma/cm2 (8,0 A) 0,0 tempo (min) Figura 5.7 Influência da densidade de corrente sobre a remoção % - solução isenta de óleo.

8 121 Influência da densidade de corrente sobre a variação do ph - solução isenta de óleo - distância 10 mm - Experimentos 1.1 a ,0 12,0 11,0 ph 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 1,11 ma/cm2 (0,5 A) 2,22 ma/cm2 (1,0 A) 4,44 ma/cm2 (2,0 A) 8,88 ma/cm2 (4,0 A) 17,76 ma/cm2 (8,0 A) 5,0 4,0 3,0 te mpo (min) Figura 5.8 Influência da densidade de corrente sobre a variação do ph solução isenta de óleo. A DQO inicial média das soluções isentas de óleo, mas contendo 1 gl -1 de surfatante oleato de sódio, foi igual a 2684,3 mgl -1. Embora a literatura (Cañizares et al., 2007; Bensadock et al., 2007; Yang, 2007; Khemis et al., 2006; Carmona et al., 2006) relate outros trabalhos nos quais utilizou-se a DQO para a avaliação do teor de óleo de uma emulsão, nenhum desses trabalhos informa quanto da concentração de matéria orgânica (DQO) é devida ao surfatante, daí a importância daquela informação. As curvas de abatimento da DQO e de remoção % em função do tempo, para diferentes valores de densidade de corrente (ou, alternativamente, de corrente elétrica), revelam que quanto maior o valor de corrente empregado, mais rápida é a remoção de matéria orgânica da solução. Ou seja, o valor da corrente elétrica influi diretamente na cinética de remoção do poluente. Bensadok et al.(2007), Khemis et al.(2006), Dimoglo et al.(2004), Xu & Zhu (2004), Kobya et al. (2006) obtiveram resultados semelhantes a respeito da influência da densidade de corrente na cinética de remoção de poluentes. A Tabela 5.1 apresenta os dados referentes à variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente, para os experimentos 1.1 a 1.5.

9 122 Tabela Variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para experimentos 1.1 a 1.5. Experimento Corrente (A) Tempo total (s) Variação de massa dos anodos de Al (g) Previsto pela lei de Faraday (g) Eficiência de Corrente (%) 1.1 0, ,351 0, , , ,640 0, , , ,245 1, , , ,361 2, , , ,756 4, ,1 5.3 Influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO, a remoção % e a variação do ph, para emulsões oleosas Os resultados dos experimentos 2.1 a 2.5, que correspondem a diferentes valores de densidade de corrente, são apresentados na Tabela 3 do Apêndice A. As curvas que ilustram a influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO, sobre a remoção % e sobre a variação do ph em função do tempo, podem ser vistas, respectivamente, nas Figuras 5.9 a As condições operacionais referentes a esses experimentos são reapresentadas abaixo (Tabela 4.3). Tabela 4.3 Condições operacionais dos experimentos 2.1 a 2.5. Experimento Conc.óleo (gl -1 ) Corrente (A) ph inicial Conc. oleato de sódio (gl -1 ) Conc. eletrólito NaCl (gl -1 ) Distância entre eletrodos (mm) 2.1 3,0 1,0 3,0 0,5 9,39 10, ,0 1,0 3,0 1,0 9,39 10, ,0 1,0 3,0 2,0 9,45 10, ,0 1,0 3,0 4,0 9,56 10, ,0 1,0 3,0 8,0 9,30 10,0

10 123 Influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO - emulsão c/ 3 g/l de óleo - distância 10 mm - Experimentos 2.1 a ,0 7000,0 DQO (mg/l) 6000,0 5000,0 4000,0 3000,0 2000,0 1000,0 1,11 ma/cm2 (0,5 A) 2,22 ma/cm2 (1,0 A) 4,44 ma/cm2 (2,0 A) 8,88 ma/cm2 (4,0 A) 17,76 ma/cm2 (8,0 A) 0,0 tempo (min) Figura 5.9 Influência da densidade de corrente sobre o abatimento da DQO. 100,0 Influência da densidade de corrente sobre a remoção % - emulsão c/ 3 g/l de óleo - distância 10 mm - Experimentos 2.1 a 2.5 Remoção % 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 1,11 ma/cm2 (0,5 A) 2,22 ma/cm2 (1,0 A) 4,44 ma/cm2 (2,0 A) 8,88 ma/cm2 (4,0 A) 17,76 ma/cm2 (8,0 A) 0,0 tempo (min) Figura 5.10 Influência da densidade de corrente sobre a remoção %.

11 124 13,0 Influência da densidade de corrente sobre o ph - emulsão c/ 3 g/l de óleo - distância 10 mm - Experimentos 2.1 a ,0 11,0 ph 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 1,11 ma/cm2 (0,5 A) 2,22 ma/cm2 (1,0 A) 4,44 ma/cm2 (2,0 A) 8,88 ma/cm2 (4,0 A) 17,76 ma/cm2 (8,0 A) 5,0 4,0 3,0 te mpo (min) Figura 5.11 Influência da densidade de corrente sobre o ph. A DQO inicial média das emulsões, contendo 3 gl -1 de óleo e 1 gl -1 de surfatante oleato de sódio, foi igual a 6577,3 mgl -1, indicando que a concentração de matéria orgânica (DQO) inicial devida ao óleo é de aproximadamente 4000 mgl -1. As curvas de abatimento da DQO e de remoção % em função do tempo, para as emulsões, para diferentes valores de densidade de corrente (ou, alternativamente, de corrente elétrica), revelam que quanto maior o valor de corrente empregado, mais rápida é a remoção de matéria orgânica da solução. Ou seja, o valor da corrente elétrica influi diretamente sobre a cinética de remoção do poluente, do mesmo modo como observado para as soluções isentas de óleo. As curvas de abatimento da DQO em função do tempo apresentam um formato conhecido como do tipo S invertido, enquanto que as curvas de remoção % em função do tempo apresentam um formato conhecido como do tipo S, a exemplo do que também foi encontrado por Khemis et al. (2006) e Holt (2006). Segundo Holt (2006) e Cañizares et al. (2007), as curvas do tipo S invertido indicam que o processo de eletrocoagulação exibe três estágios: o estágio de latência ou inércia, em que a concentração de DQO permanece praticamente constante, até que seja atingida uma determinada quantidade de alumínio dissolvido, necessária para a desestabilização da emulsão e para o início

12 125 do abatimento propriamente dito; um estágio reativo, no qual ocorre o abatimento da DQO; e um estágio de estabilização, no qual praticamente não ocorre remoção de matéria orgânica. A densidade de corrente (ou, alternativamente, a corrente elétrica) apresentou grande efeito sobre a cinética de remoção de matéria orgânica (DQO), com maiores valores de densidade de corrente permitindo obter estágios de latência mais curtos e, conseqüentemente, menores tempos totais para a obtenção de remoções elevadas (superiores a 95%). Isso é devido ao fato da densidade de corrente estar vinculada à taxa de produção de espécies Al 3+. As curvas dos tipos S invertido ou S podem ser visualizadas mais facilmente quando trabalhamos com uma densidade de corrente elétrica igual a 4,44 macm -2. Nos casos em que trabalhamos com menores densidades de corrente (1,11 e 2,22 macm -2 ), os referidos formatos não podem ser visualizados devido ao curto tempo do processo, uma vez que seriam necessários tempos superiores a 90 (noventa) minutos para alcançar o início do estágio reativo; por outro lado, ao trabalharmos com maiores densidades de corrente (8,88 e 17,76mAcm -2 ), o início do estágio reativo acontece tão rapidamente que aqueles formatos não podem ser bem apreciados. Desse modo, pode-se afirmar que o aumento da densidade de corrente ou, alternativamente, da corrente elétrica, não influencia a eficiência de remoção de matéria orgânica, mas sim diminui o tempo para atingir a máxima remoção possível para uma determinada condição operacional (Chen et al., 2000; Kumar et al., 2004; Mouedhen et al., 2007). A Tabela 5.2 apresenta os dados referentes à variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para os experimentos 2.1 a 2.5. Tabela Variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para experimentos 2.1 a 2.5. Experimento Corrente (A) Tempo total (s) Variação de massa dos anodos de Al (g) Previsto pela lei de Faraday (g) Eficiência de Corrente (%) 2.1 0, ,308 0, , , ,605 0, , , ,263 1, , , ,437 2, , , ,837 4, ,1

13 Influência da distância entre eletrodos sobre o abatimento da DQO, a remoção % e a variação do ph, para emulsões oleosas Os resultados dos experimentos 3.1 a 3.5, que correspondem a diferentes valores de distância entre os eletrodos, são apresentados na Tabela 4 do Apêndice A. As curvas que ilustram a influência da distância entre eletrodos sobre o abatimento da DQO, sobre a remoção % e sobre a variação do ph em função do tempo, podem ser vistas, respectivamente, nas Figuras 5.12 a As condições operacionais referentes a esses experimentos são reapresentadas abaixo (Tabela 4.4). Tabela 4.4 Condições operacionais dos experimentos 3.1 a 3.5. Experimento Conc.óleo (gl -1 ) Conc. oleato de sódio (gl -1 ) Conc. eletrólito NaCl (gl -1 ) Corrente (A) ph inicial Distância entre eletrodos (mm) 3.1 3,0 1,0 3,0 2,0 9,53 5, ,0 1,0 3,0 2,0 8,80 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,69 15, ,0 1,0 3,0 2,0 9,46 20, ,0 1,0 3,0 2,0 8,90 40,0 Influência da distância entre eletrodos sobre o abatimento da DQO - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - Experimentos 3.1 a ,0 7000,0 DQO (mg/l) 6000,0 5000,0 4000,0 3000,0 2000,0 1000,0 5 mm 10 mm 15 mm 20 mm 40 mm 0,0 te mpo (min) Figura 5.12 Influência da distância entre eletrodos sobre o abatimento da DQO.

14 127 Influência da distância entre eletrodos sobre a remoção % - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - Experimentos 3.1 a 3.5 Remoção % 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 5 mm 10 mm 15 mm 20 mm 40 mm 0,0 tempo (min) Figura 5.13 Influência da distância entre eletrodos sobre a remoção %. 13,0 12,0 11,0 Influência da distância entre eletrodos sobre o ph - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - Experimentos 3.1 a 3.5 ph 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5 mm 10 mm 15 mm 20 mm 40 mm 5,0 4,0 3,0 te mpo (min) Figura 5.14 Influência da distância entre eletrodos sobre o ph. As curvas de abatimento da DQO e de remoção % em função do tempo, para diferentes valores de distância entre eletrodos, não permitiram identificar a influência da variável em questão sobre a eficiência de remoção de matéria

15 128 orgânica, ou seja, não está claro se um maior espaçamento entre os eletrodos afeta positiva ou negativamente o abatimento da DQO ou a remoção % para um mesmo tempo de tratamento, mantidas todas as outras variáveis operacionais constantes. De acordo com Den & Huang (2005), citados por Ferreira (2006), ao testar um sistema de tratamento sob a mesma corrente elétrica, não houve diferença de eficiência de remoção para diferentes espaçamentos entre os eletrodos, por isso, a distância entre eles seria considerada apenas como um fator de otimização de custos. A Tabela 5.3 apresenta os dados referentes à variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para os experimentos 3.1 a 3.5. Tabela Variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para experimentos 3.1 a 3.5. Experimento Corrente (A) Tempo total (s) Variação de massa dos anodos de Al (g) Previsto pela lei de Faraday (g) Eficiência de Corrente (%) 3.1 2, ,436 1, , , ,213 1, , , ,157 1, , , ,279 1, , , ,200 1, ,2 5.5 Influência do ph inicial sobre o abatimento da DQO, a remoção % e a variação do ph, para emulsões oleosas Os resultados dos experimentos 4.1 a 4.7, que correspondem a diferentes valores de ph inicial, são apresentados na Tabela 5 do Apêndice A. As curvas que ilustram a influência do ph inicial sobre o abatimento da DQO, sobre a remoção % e sobre a variação do ph em função do tempo, podem em ser vistas, respectivamente, nas Figuras 5.15 a As condições operacionais referentes a esses experimentos são reapresentadas abaixo (Tabela 4.5).

16 129 Tabela 4.5 Condições operacionais dos experimentos 4.1 a 4.7. Experimento Conc.óleo (gl -1 ) Corrente (A) ph inicial Conc. oleato de sódio (gl -1 ) Conc. eletrólito NaCl (gl -1 ) Distância entre eletrodos (mm) 4.1 3,0 1,0 3,0 2,0 4,06 10, ,0 1,0 3,0 2,0 7,21 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,09 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,80 10, ,0 1,0 3,0 2,0 9,45 10, ,0 1,0 3,0 2,0 10,84 10, ,0 1,0 3,0 2,0 12,15 10,0 8000,0 7000,0 Influência do ph inicial sobre o abatimento da DQO - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 4.1 a 4.7 DQO (mg/l) 6000,0 5000,0 4000,0 3000,0 2000,0 ph 4,1 ph 7,2 ph 8,1 ph 8,8 ph 9,5 ph 10,8 ph 12,1 1000,0 0,0 te mpo (min) Figura 5.15 Influência do ph inicial sobre o abatimento da DQO.

17 130 Influência do ph inicial sobre a remoção % - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 4.1 a 4.7 Remoção % 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 ph 4,1 ph 7,2 ph 8,1 ph 8,8 ph 9,5 ph 10,8 ph 12,1 0,0 te mpo (min) Figura 5.16 Influência do ph inicial sobre a remoção %. 13,0 12,0 Influência do ph inicial sobre a variação de ph - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 4.1 a 4.7 ph 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 ph 4,1 ph 7,2 ph 8,1 ph 8,8 ph 9,5 ph 10,8 ph 12,1 4,0 3,0 tempo (min) Figura 5.17 Influência do ph inicial sobre a variação de ph. As curvas de abatimento da DQO e de remoção % em função do tempo, para diferentes valores de ph inicial, indicam que o valor do ph influencia a remoção do poluente e não simplesmente a velocidade para atingir o estágio reativo (diferentemente, portanto, da corrente elétrica ou, alternativamente, da densidade de corrente). Os prováveis mecanismos responsáveis pela remoção de

18 131 matéria orgânica durante o estágio reativo serão avaliados posteriormente, durante a seção de modelamento termodinâmico. As curvas revelam também que valores de ph inicial entre 4 e 9 permitiram a obtenção de remoções da ordem de 99% para tempos de tratamento de 60 (sessenta) minutos. No entanto, para valores de ph superiores a 10, a remoção % diminui significativamente, mesmo para tempos de tratamento de 90 (noventa) minutos, a saber 55,7% para ph inicial igual a 10,8 e 23,5% para ph inicial igual a 12,1. Em valores de ph superiores a 10, maiores tempos de tratamento (até cerca de 120 minutos) não permitiram a obtenção de maiores valores de remoção %, verificando-se apenas o aquecimento das soluções. No que diz respeito à variação do ph em função do tempo, observou-se que ao trabalhar com emulsões com um ph inicial entre 4 e 9, o ph final da solução situa-se entre 8 e 9, e ao trabalhar com ph inicial superior a 10,8, o ph final tende a diminuir. De acordo com Chen (2004), Cañizares et al. (2007), Alaton et al. (2007), Mouedhen et al. (2007) e Daneshvar et al. (2007), o aumento do ph é devido à maior liberação de íons OH - pela reação A Tabela 5.4 apresenta os dados referentes à variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para os experimentos 4.1 a 4.7. Tabela 5.4 -Variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para experimentos 4.1 a 4.7. Experimento Corrente (A) Tempo total (s) Variação de massa dos anodos de Al (g) Previsto pela lei de Faraday (g) Eficiência de Corrente (%) 4.1 2, ,147 1, , , ,159 1, , , ,181 1, , , ,213 1, , , ,263 1, , , ,167 1, , , ,131 1, ,4

19 Influência da concentração inicial de óleo sobre o abatimento da DQO, a remoção % e a variação do ph, para emulsões oleosas Os resultados dos experimentos 5.1 a 5.5, que correspondem a diferentes concentrações iniciais de óleo, são apresentados na Tabela 6 do Apêndice A. As curvas que ilustram a influência da concentração inicial de óleo sobre o abatimento da DQO, sobre a remoção % e sobre a variação do ph em função do tempo, podem ser vistas, respectivamente, nas Figuras 5.18 a As condições operacionais referentes a esses experimentos são reapresentadas abaixo (Tabela 4.6). Tabela 4.6 Condições operacionais dos experimentos 5.1 a 5.5. Experimento Conc.óleo (gl -1 ) Corrente (A) ph inicial Conc. oleato de sódio (gl -1 ) Conc. eletrólito NaCl (gl -1 ) Distância entre eletrodos (mm) 5.1 0,5 1,0 3,0 2,0 8,79 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,78 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,60 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,71 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,70 10, , ,0 Influência da concentração inicial de óleo sobre o abatimento da DQO - emulsão com 3 g/l óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 5.1 a 5.5 DQO (mg/l) 12000, ,0 8000,0 6000,0 0,5 g/l 1,0 g/l 3,0 g/l 5,0 g/l 10,0 g/l 4000,0 2000,0 0,0 tempo (min) Figura 5.18 Influência da concentração inicial de óleo sobre o abatimento da DQO.

20 133 Influência da concentração inicial de óleo sobre a remoção % - emulsão com 3 g/l óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 5.1 a 5.5 Remoção % 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,5 g/l 1,0 g/l 3,0 g/l 5,0 g/l 10,0 g/l 0,0 te mpo (min) Figura 5.19 Influência da concentração inicial de óleo sobre a remoção %. 13,0 Influência da concentração inicial de óleo sobre a variação de ph - emulsão com 3 g/l óleo- corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 5.1 a ,0 11,0 ph 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 0,5 g/l 1,0 g/l 3,0 g/l 5,0 g/l 10,0 g/l 5,0 4,0 3,0 te mpo (min) Figura 5.20 Influência da concentração inicial de óleo sobre a variação de ph. As curvas de remoção % em função do tempo, para diferentes concentrações iniciais de óleo, não permitiram identificar a influência da variável em questão sobre a eficiência de remoção de matéria orgânica, ou seja, não está claro se uma maior concentração inicial de óleo afeta positiva ou negativamente a remoção % para um mesmo tempo de tratamento, mantidas as demais variáveis

21 134 operacionais constantes. Nesse caso específico, as curvas de remoção % são mais adequadas do que aquelas de abatimento da DQO, uma vez que quanto maior a concentração inicial de óleo maior será a DQO inicial da emulsão e a comparação entre diferentes concentrações torna-se mais difícil. Na literatura, encontram-se vários trabalhos relacionados ao tema, alguns revelando que a remoção do óleo aumenta com o aumento da concentração inicial de óleo na emulsão, ao passo que outros revelam exatamente o contrário. Cañizares et al. (2007) sugerem que a quantidade de alumínio necessária para produzir a desestabilização da emulsão é proporcional à concentração inicial de óleo, além de que para uma determinada dose de alumínio, existe uma concentração limite de óleo na emulsão que pode ser tratada. Em suma, elevadas concentrações iniciais de óleo permitiriam menores abatimentos da DQO ou menores remoções %. Observações semelhantes foram feitas por Bensadok et al. (2007), Ibrahim et al. (2001), e Mostefa & Tir (2004). Por outro lado, Hosny (1995), Bande et al (2007), Mansour & Chalbi (2006), e Xu & Zhu (2004) encontraram que com o aumento da concentração inicial de óleo, aumenta a remoção % do referido poluente, o que, segundo os pesquisadores, poderia ser devido ao aumento da probabilidade das bolhas de gás entrarem em contato com as gotas de óleo e assim flotá-las para a superfície. A Tabela 5.5 apresenta os dados referentes à variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para os experimentos 5.1 a 5.5. Tabela Variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para experimentos 5.1 a 5.5. Experimento Corrente (A) Tempo total (s) Variação de massa dos anodos de Al (g) Previsto pela lei de Faraday (g) Eficiência de Corrente (%) 5.1 2, ,200 1, , , ,230 1, , , ,190 1, , , ,230 1, , , ,230 1, ,2

22 Influência da concentração de eletrólito NaCl sobre o abatimento da DQO, a remoção % e a variação do ph, para emulsões oleosas Os resultados dos experimentos 6.1 a 6.4, que correspondem a diferentes concentrações iniciais de eletrólito, são apresentados na Tabela 7 do Apêndice A. As curvas que ilustram a influência da concentração de eletrólito NaCl sobre o abatimento da DQO, sobre a remoção % e sobre a variação do ph em função do tempo, podem ser vistas, respectivamente, nas Figuras 5.21 a As condições operacionais referentes a esses experimentos são reapresentadas abaixo (Tabela 4.7). Tabela 4.7 Condições operacionais dos experimentos 6.1 a 6.4. Experimento Conc.óleo (gl -1 ) Corren te (A) ph inicial Conc. oleato de sódio (gl -1 ) Conc. eletrólito NaCl (gl -1 ) Distância entre eletrodos (mm) 6.1 3,0 1,0 1,0 2,0 9,57 10, ,0 1,0 3,0 2,0 8,80 10, ,0 1,0 5,0 2,0 8,75 10, ,0 1,0 10,0 2,0 8,90 10,0 9000,0 8000,0 7000,0 Influência da concentração de eletrólito sobre o abatimento da DQO - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 6.1 a 6.4 DQO (mg/l) 6000,0 5000,0 4000,0 3000,0 1,0 g/l 3,0 g/l 5,0 g/l 10,0 g/l 2000,0 1000,0 0,0 tempo (min) Figura 5.21 Influência da concentração de eletrólito NaCl sobre o abatimento da DQO.

23 136 Influência da concentração de eletrólito sobre a remoção % - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 6.1 a 6.4 Remoção % 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 1,0 g/l 3,0 g/l 5,0 g/l 10,0 g/l 0,0 tempo (min) Figura 5.22 Influência da concentração de eletrólito NaCl sobre a remoção %. 13,0 12,0 11,0 10,0 Influência da concentração de eletrólito sobre a variação de ph - emulsão com 3 g/l de óleo - corrente 2,0 A - distância 10 mm - Experimentos 6.1 a 6.4 ph 9,0 8,0 7,0 6,0 1,0 g/l 3,0 g/l 5,0 g/l 10,0 g/l 5,0 4,0 3,0 te mpo (min) Figura 5.23 Influência da concentração de eletrólito NaCl sobre a variação de ph. Observou-se uma pequena variação no abatimento da DQO ou na remoção % em função da presença de eletrólito na emulsão. De acordo com a literatura (Ferreira, 2006; Cañizares et al., 2007), a importância da concentração de eletrólito reside em conferir um valor mínimo de condutividade à emulsão, sendo que incrementos na referida concentração, acima desse valor mínimo, não apresentam efeitos na eficiência de remoção. A exemplo da distância ou espaçamento entre eletrodos, a concentração de eletrólito NaCl pode ser

24 137 considerada como um fator de otimização do processo (Chen, 2004; Hosny, 1995; Daneshvar et al., 2007; Xu & Zhu, 2004; Ibrahim et al., 2001). A Tabela 5.6 apresenta os dados referentes à variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para os experimentos 6.1 a 6.4. Tabela 5.6 Variação de massa dos anodos de alumínio e eficiência de corrente para experimentos 6.1 a 6.4. Experimento Corrente (A) Tempo total (s) Variação de massa dos anodos de Al (g) Previsto pela lei de Faraday (g) Eficiência de Corrente (%) 6.1 2, ,156 1, , , ,213 1, , , ,159 1, , , ,230 1, ,2 5.8 Outras curvas A Figura 5.24 apresenta a remoção % máxima obtida em função do ph inicial da emulsão, para corrente elétrica de 2,0 A e concentração inicial de óleo de 3,0 gl -1. Remoção máxima versus ph inicial - corrente 2,0A 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 R*% 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 ph inicial Figura 5.24 Remoção máxima versus ph inicial corrente de 2,0 A.

25 138 Pode-se perceber que no intervalo de ph inicial da emulsão entre 4,0 e 9,5, a remoção % máxima obtida é superior a 95%. Por outro lado, para valores de ph inicial superiores a 10,0, a remoção % máxima diminui até atingir valores próximos a 20% para valores iniciais de ph de 12,0. Para esses últimos valores de ph, acredita-se que o abatimento da DQO ou a remoção % seja basicamente pela flotação do excesso de surfatante, não ocorrendo praticamente nenhuma remoção de óleo, o que é reforçado pelas medições de potencial Zeta referentes ao experimento 4.7, as quais indicam que não houve alteração no valor do potencial ao longo de todo o experimento (-72,02 mv no tempo 0 minutos; -72,87 mv no tempo 90 minutos), ou seja, não houve desestabilização da emulsão durante o tratamento. 5.9 Análise cinética Método integral A Tabela 5.7 apresenta, para cada um dos experimentos, os valores de k', k e k'', respectivamente para as reações de ordens 0, 1 e 2, além do coeficiente de correlação R 2 das equações obtidas. Optou-se pela utilização das equações em função da remoção R.

26 139 Tabela 5.7 Constantes de taxa para reações de ordens 0, 1 e 2 método integral. Experimento Ordem 0: R = k't Ordem 1: ln(1-r) = -kt Ordem 2: R/(1-R) = k''t 2.1 k'=0.0025; R 2 = k=0.0027; R 2 = k''=0.0030; R 2 = k'=0.0042; R 2 = k=0.0050; R 2 = k''=0.0060; R 2 = k'=0.0109; R 2 = k=0.0276; R 2 = k''=0.1241; R 2 = k'=0.0138; R 2 = k=0.0430; R 2 = k''=0.3168; R 2 = k'=0.0159; R 2 = k=0.0745; R 2 = k''=2.0674; R 2 = k'=0.0108; R 2 = k=0.0255; R 2 = k''=0.1077; R 2 = k'=0.0130; R 2 = k=0.0580; R 2 = k''=1.3787; R 2 = k'=0.0124; R 2 = k=0.0428; R 2 = k''=0.4284; R 2 = k'=0.0110; R 2 = k=0.0273; R 2 = k''=0.1303; R 2 = k'=0.0121; R 2 = k=0.0479; R 2 = k''=0.7434; R 2 = k'=0.0157; R 2 = k=0.0659; R 2 = k''=1.1810; R 2 = k'=0.0151; R 2 = k=0.0608; R 2 = k''=1.2346; R 2 = k'=0.0144; R 2 = k=0.0654; R 2 = k''=1.6857; R 2 = k'=0.0130; R 2 = k=0.0580; R 2 = k''=1.3787; R 2 = k'=0.0109; R 2 = k=0.0276; R 2 = k''=0.1241; R 2 = k'=0.0040; R 2 = k=0.0051; R 2 = k''=0.0070; R 2 = k'=0.0023; R 2 = k=0.0025; R 2 = k''=0.0028; R 2 = k'=0.0116; R 2 = k=0.0349; R 2 = k''=0.2226; R 2 = k'=0.0117; R 2 = k=0.0345; R 2 = k''=0.2627; R 2 = k'=0.0121; R 2 = k=0.0395; R 2 = k''=0.3395; R 2 = k'=0.0113; R 2 = k=0.0312; R 2 = k''=0.2423; R 2 = k'=0.0138; R 2 = k=0.0566; R 2 = k''=1.0912; R 2 = k'=0.0109; R 2 = k=0.0348; R 2 = k''=0.3796; R 2 = k'=0.0125; R 2 = k=0.0525; R 2 = k''=1.2129; R 2 = k'=0.0119; R 2 = k=0.0351; R 2 = k''=0.3155; R 2 = k'=0.0123; R 2 = k=0.0351; R 2 = k''=0.2822; R 2 = Pode-se perceber, a partir da observação dos resultados apresentados acima, que nenhuma das três ordens testadas (ordem 0, ordem 1 e ordem 2) ajustase adequadamente aos dados experimentais, para a descrição cinética do processo de eletrocoagulação em batelada conduzido, uma vez que os valores dos coeficientes de correlação, R 2, não são próximos de 1,0 para nenhum dos conjuntos de experimentos, em nenhuma das referidas ordens de reação.

27 Método diferencial A Tabela 8 do Apêndice A apresenta, para cada um dos experimentos realizados, o coeficiente de correlação, R 2, entre um polinômio de sexta ordem com relação ao tempo e os dados experimentais de remoção R. A Tabela 5.8, por sua vez apresenta, para cada um dos experimentos, a ordem de reação que melhor ajusta-se à equação 4.13 (lei de taxa pelo método diferencial), a constante de taxa, além do respectivo coeficiente R 2 entre os valores de dr/dt calculados pela diferenciação do polinômio utilizado para ajustar os dados experimentais de remoção R em função do tempo, e aqueles calculados pela aplicação da lei de taxa. Apenas relembrando que os valores de dr/dt são calculados pela equação 4.16: dr/dt = a 1 + 2a 2 t + 3a 3 t 2 + 4a 4 t 3 + 5a 5 t 4 + 6a 6 t 5 Torna-se evidente, através de uma análise simples das informações contidas na tabela abaixo, que não foi possível encontrar uma única ordem de reação que se ajustasse aos dados de todos os experimentos, uma vez que foram encontradas ordens diferentes para cada um dos experimentos, ou alternativamente, uma mesma ordem de reação para todos os experimentos forneceria um baixo nível de ajuste (valores de R 2 bem inferiores a 1,0). Em suma, não foi possível encontrar uma única ordem de reação que se ajustasse aos dados gerados pelo conjunto de experimentos realizados. Desse modo, os gráficos obtidos para cada experimento, utilizando-se o método diferencial, não foram lineares, impedindo assim a determinação dos parâmetros α e k, e sua correlação com as diversas variáveis operacionais estudadas.

28 141 Tabela 5.8 Ordens de reação, constantes de taxa e coeficientes de correlação método diferencial. Experimento Ordem de reação (α) dr/dt = k''' (1-R) α k''' = k(dqo i ) α-1 R ,40 1, , ,60 1, , ,46 5, , ,74 5, , ,80 7, , ,02-8, , ,53-8, , ,88-8, , ,77-3, , ,10-1, , ,65 5, , ,86 2, , ,80 1, , ,53-8, , ,46 5, , ,85 1, , ,35 9, , ,80 2, , ,78-8, , ,00 7, , ,78-9, , ,84-1, , ,54 1, , ,80 1, , ,70 1, , ,64 3, ,9480

29 Método dos mínimos quadrados A Tabela 5.9 apresenta, para cada um dos experimentos, os valores alfa e beta que melhor ajustam-se simultaneamente à equação 4.18 (lei de taxa dependente de dois reagentes), a constante de taxa, além do respectivo coeficiente R 2 entre os valores de dr/dt calculados pela diferenciação do polinômio utilizado para ajustar os dados experimentais de remoção R em função do tempo, e aqueles calculados pela aplicação da lei de taxa. Apenas relembrando que os valores de dr/dt são calculados pela equação 4.16: dr/dt = a 1 + 2a 2 t + 3a 3 t 2 + 4a 4 t 3 + 5a 5 t 4 + 6a 6 t 5 e que a concentração de alumínio no tempo t, utilizada para a determinação da lei de taxa, foi aquela prevista pela equação 4.19, ou seja, proveniente da lei de Faraday: C Al η MIt ( t) = zfv Deve ser salientado que para cada um dos experimentos, individualmente falando, poderia haver valores alfa e beta que se ajustassem melhor aos dados experimentais do que aqueles exibidos acima. No entanto, os valores (α) = 0,15 e (β) = 3,77 foram aquelas que melhor satisfizeram ao conjunto de experimentos. Tal tipo de equação é bastante incomum e diferente de todas as encontradas até o presente momento na literatura, tendo em vista que a cinética de eletrocoagulação costuma ser descrita por uma reação de ordem 1 com relação apenas à matéria orgânica, ou seja, por uma equação semelhante às equações 4.7 ou 4.8: lndqo = lndqo i kt ou ln(1-r) = -kt No entanto, no presente caso, a equação empírica que melhor se ajustou aos dados experimentais foi ddqo = dt k α ( DQO) ( C Al ) β ou dr dt α β = k' ''(1 R) ( C Al ), o que parece-nos adequado, uma vez que engloba as concentrações de ambos os reagentes envolvidos no processo de eletrocoagulação, a saber a matéria orgânica presente em solução e o alumínio liberado por dissolução anódica. Entretanto, os valores (α) = 0,15 e (β) = 3,77 não devem ser

30 143 entendidos como as ordens da reação, mas apenas como os coeficientes que melhor ajustaram os dados experimentais por intermédio de uma lei de potência, que no presente caso envolveu as concentrações de matéria orgânica e de alumínio dissolvido anodicamente. Tabela 5.9 Valores de alfa e beta, constantes de taxa e coeficientes de correlação método dos mínimos quadrados. Experimento Valores (α) e (β) dr/dt = k''' (1-R) α (C Al ) β k''' = k(dqo i ) α-1 R (α) = 0,15; (β) = 3,77 2, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 2, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 8, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 5, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 4, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-2, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-1, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-1, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-1, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-8, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 6, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 1, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 4, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-1, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 8, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 2, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 3, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 5, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-5, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 8, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-6, , (α) = 0,15; (β) = 3,77-5, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 6, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 5, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 7, , (α) = 0,15; (β) = 3,77 1, ,9821

31 144 De posse dos valores das constantes de taxa, k''', para cada um dos experimentos, procurou-se correlacioná-las às variáveis operacionais estudadas, a saber, corrente elétrica (A), ph inicial, distância entre eletrodos (mm), concentração inicial de óleo (gl -1 ) e concentração de eletrólito NaCl (gl -1 ). A equação encontrada entre a constante de taxa k e as referidas variáveis operacionais encontra-se a seguir, a qual apresentou um coeficiente de correlação, R 2, de 0,855: k = 2, , I - 1, pH inicial - 5, distância - 4, conc.óleo 1, conc.eletrólito NaCl (5.1) Ou seja, pode-se afirmar que a constante de taxa, k, é uma combinação linear das variáveis operacionais do processo de eletrocoagulação em batelada Banco de dados Os resultados das diversas análises estatísticas, levantadas a partir do banco de dados gerado com as informações obtidas através dos experimentos 1 a 6, encontram-se no Apêndice B, com os respectivos coeficientes R 2 e as com as equações que correlacionam os parâmetros em questão às variáveis operacionais (tempo, densidade de corrente, ph inicial, concentração inicial de óleo, distância entre eletrodos e concentração de eletrólito NaCl). A Tabela 5.10 apresenta um resumo das informações referentes ao coeficiente R 2, das diversas regressões múltiplas levantadas, em função dos parâmetros avaliados. As informações compiladas na Tabela 5.10 permitem verificar que os melhores ajustes conseguidos foram aqueles envolvendo as raízes quadradas ou as exponenciais dos parâmetros avaliados, a saber, DQO, R%, R/R* e (R*-R)/R*. Tais fatos servirão de subsídios, no decorrer do presente trabalho, para a criação de hipóteses simplificadoras no que tange aos modelamentos matemático e fenomenológico da eletrocoagulação aplicada ao tratamento de efluentes oleosos. Outra função extremamente importante das regressões lineares múltiplas obtidas, especialmente aquelas referentes aos parâmetros DQO e R%, é que permitem avaliar a influência estatística das diversas variáveis operacionais (tempo, densidade de corrente, ph inicial, concentração inicial de óleo, distância

32 145 entre eletrodos e concentração de eletrólito NaCl) sobre a eficiência do processo. Nesse sentido, a regressão linear múltipla envolvendo o parâmetro remoção % (R%) é particularmente útil e será utilizada para auxiliar na interpretação dos dados experimentais empregados no levantamento das curvas apresentadas nas Figuras 5.1 a Tabela 5.10 Resumo das informações referentes ao coeficiente de correlação R 2 dos parâmetros avaliados. Parâmetro avaliado R-Quadrado da regressão linear múltipla DQO 0,712 ln(dqo) 0,717 1/DQO 0,467 DQO 2 0,592 1/ DQO 2 0,605 DQO 1/2 0,740 R% 0,762 exp(r%) 0,746 ln(r%) 0,725 R% 2 0,714 1/R% 0,173 R% 1/2 0,795 R/R* 0,814 exp(r/r*) 0,812 (R/R*) 1/2 0,809 exp((r*-r)/r*) 0,812 ln((r*-r)/r*) 0,730 ((R*-R)/R*) 1/2 0,830 Por outro lado, a regressão linear múltipla envolvendo o parâmetro DQO não se mostra tão interessante para avaliar a eficiência do processo, uma vez que o que nos interessa é avaliar a influência das diversas variáveis operacionais no abatimento da DQO e não na DQO propriamente dita. Por exemplo, a equação (5.2), apresentada a seguir, indica que a DQO diminui com o aumento do tempo, da densidade de corrente e da distância entre eletrodos; ao passo que a mesma aumenta com o aumento do ph inicial da emulsão, da concentração inicial de óleo e da concentração de eletrólito NaCl. Essa relação diretamente proporcional entre a DQO e a concentração inicial de óleo pode nos induzir a erro, já que é evidente que quanto maior a concentração inicial de óleo maior a DQO da emulsão, mas isso não significa por si só que o abatimento da DQO seja facilitado ou dificultado em tais situações.

33 146 DQO(mgl -1 ) = 983,953 87,556.tempo(min) 234,094.densidade de corrente(macm -2 ) +707,671.pHinicial +468,326.concentração inicial de óleo(gl -1 ) 2,645.distância entre eletrodos(mm) +18,005.concentração de eletrólito NaCl (gl -1 ) (5.2) A regressão linear múltipla envolvendo a remoção % (R%), representada pela equação (5.3) apresentada abaixo, indica que a remoção % aumenta com o aumento da densidade de corrente, da concentração inicial de óleo, da distância entre eletrodos e da concentração de eletrólito NaCl; e diminui com o aumento do ph inicial da emulsão. R% = 60,462 +1,164.tempo(min) +3,137.densidade de corrente(macm -2 ) 9,527.pHinicial +1,137.concentração inicial de óleo(gl -1 ) +0,075.distância entre eletrodos(mm) +0,622.concentração de eletrólito NaCl (gl -1 ) (5.3) Tal equação matemática facilita muito a interpretação das curvas ilustradas nas Figuras 5.1 a Entretanto, tendo em vista o baixo peso estatístico das variáveis distância entre eletrodos e concentração de eletrólito NaCl, conforme pode ser percebido pelos resultados da regressão linear múltipla correspondente, apresentados na Tabela 3 do Apêndice B, a interpretação da influência de tais variáveis sobre a remoção % torna-se dúbia e faz-se prudente desprezar essas variáveis, inclusive no que diz respeito aos modelamentos matemático e fenomenológico posteriores. Ou seja, é mais prudente utilizar a regressão apresentada na Tabela 4 do Apêndice B, cuja representação matemática é dada pela equação a seguir. R% = 63,775 +1,165.tempo(min) +3,119.densidade de corrente(macm -2 ) 9,557.pHinicial +1,113.concentração inicial de óleo(gl -1 ) (5.4) Foram avaliadas outras regressões lineares múltiplas para os parâmetros escolhidos, em função de variáveis derivadas das variáveis operacionais originais, tais como polinômios de terceira ordem do tempo (t 3, t 2, t), da densidade de corrente (i 3, i 2, i), e do ph inicial (ph 3, ph 2, ph), além das demais variáveis, tais como concentração inicial de óleo, distância entre eletrodos e concentração de eletrólito NaCl. Tais regressões apresentaram valores do parâmetro estatístico R- Quadrado levemente superiores (entre 2 e 3%) às correspondentes regressões anteriores, sendo que a complexidade matemática das equações resultantes é consideravelmente maior. Desse modo, tendo em vista o fato dos resultados serem bastante semelhantes, optou-se pelas regressões lineares múltiplas levantadas

34 147 inicialmente, por serem matematicamente mais simples, o que certamente facilitará o modelamento matemático posterior. Tendo em vista o elevado número de experimentos realizado com um valor de corrente de 2,0 A, foram levantadas regressões lineares múltiplas semelhantes àquelas levantadas inicialmente, no entanto para o subconjunto de dados referentes aos experimentos realizados com o referido valor de corrente. Os resultados de tais regressões podem ser vistos nas Tabelas 21 a 32 do Apêndice B, com as correspondentes equações matemáticas. Para efeito de simplificação, somente foram exibidas as regressões apresentando parâmetros estatísticos significativos, ou seja, foram desconsideradas as variáveis operacionais cuja estatística t fosse inferior a 1,0. Além disso, apenas as regressões com os melhores ajustes (maiores valores de R-Quadrado) foram exibidas. Assim como verificado para os resultados obtidos para as emulsões tratadas com diversos valores de corrente elétrica, as emulsões tratadas com corrente elétrica de 2,0 A obtiveram os melhores ajustes estatísticos com os parâmetros envolvendo a raiz quadrada ou a exponencial da remoção %. As curvas de abatimento da DQO em função do tempo apresentaram um formato conhecido na literatura como do tipo S invertido, ao passo que as curvas de remoção % em função do tempo apresentaram um formato conhecido da literatura como do tipo S. Tais formatos sugerem a existência de três estágios durante a eletrocoagulação: um estágio inicial, conhecido como estágio de latência, em que não ocorre praticamente nenhuma remoção de óleo, ou nenhum abatimento da DQO devida ao óleo; um estágio reativo, no qual ocorre praticamente toda a remoção % ou todo o abatimento da DQO, estágio esse cujo início está relacionado à liberação em solução de uma determinada concentração de alumínio via dissolução anódica, concentração essa denominada de concentração mínima ou C Al,min ; e de um estágio de estabilização, no qual o abatimento da DQO ou a remoção % estabilizam-se, e no qual maiores tempos de tratamento não acarretam um posterior incremento do abatimento da DQO ou da remoção %, ou seja, há uma aproximação assintótica da recuperação máxima possível para as condições operacionais existentes. Buscaram-se então, por intermédio da análise das informações contidas no banco de dados dos experimentos, correlações entre a concentração mínima de alumínio necessária para o início da eletrocoagulação propriamente dita (estágio

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES - 102-6 RESULTADOS E DISCUSSÕES A seguir, são apresentados os resultados e discussões obtidos nos ensaios de eletrocoagulação da emulsão óleo-água sintética. Os parâmetros iniciais de cada experimento

Leia mais

4 Materiais e métodos experimentais

4 Materiais e métodos experimentais 4 Materiais e métodos experimentais 4.1 Introdução Para uma melhor compreensão do desenvolvimento da parte experimental do presente trabalho, serão apresentados inicialmente os equipamentos e materiais

Leia mais

7 Modelamento termodinâmico (fenomenológico)

7 Modelamento termodinâmico (fenomenológico) 7 Modelamento termodinâmico (fenomenológico) O objetivo da presente seção é utilizar o modelamento termodinâmico para investigar o comportamento do alumínio em meio aquoso. A química de solução, que consiste

Leia mais

5 MATERIAIS E MÉTODOS

5 MATERIAIS E MÉTODOS - 93-5 MATERIAIS E MÉTODOS 5.1. Preparação da emulsão sintética Para preparar um litro de emulsão sintética misturaram-se 3g de óleo lubrificante Shell Talpa 30 e água destilada, através de um misturador

Leia mais

4 Materiais e Métodos

4 Materiais e Métodos 4 Materiais e Métodos 4.1 Preparação do efluente sintético A Preparação do efluente sintético foi feita da seguinte maneira: 1. Para 1 litro de água deionizada foi agregado 1,5; 3; 6; 9 ou 10 g/l de óleo

Leia mais

MODELAMENTO DA ELETROCOAGULAÇÃO APLICADA AO TRATAMENTO DE ÁGUAS OLEOSAS PROVENIENTES DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS

MODELAMENTO DA ELETROCOAGULAÇÃO APLICADA AO TRATAMENTO DE ÁGUAS OLEOSAS PROVENIENTES DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS Rodolfo Maia Rangel MODELAMENTO DA ELETROCOAGULAÇÃO APLICADA AO TRATAMENTO DE ÁGUAS OLEOSAS PROVENIENTES DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS Tese de Doutorado Tese apresentada como requisito parcial para obtenção

Leia mais

ELETROCOAGUAÇÃO

ELETROCOAGUAÇÃO - 56-4 ELETROCOAGUAÇÃO Quando a corrente direta é aplicada à água através de um par de eletrodos, a barreira de energia é superada e as moléculas da água são quebradas em gases de Hidrogênio e Oxigênio.

Leia mais

4. Resultados e Discussão

4. Resultados e Discussão Absorbância 4. Resultados e Discussão 4.1. Obtenção da curva de calibração A obtenção da curva de calibração, absorbância vs. concentração de Paraquat, é necessária para a análise química do pesticida.

Leia mais

Variável (número da variável) Símbolo para variável (-) (+) Emulsão com Triton X-100 Oxigênio (1) a X 1 sem com Quantidade de amostra (2)

Variável (número da variável) Símbolo para variável (-) (+) Emulsão com Triton X-100 Oxigênio (1) a X 1 sem com Quantidade de amostra (2) 95 5 Resultados e discussão: Comparação entre dois procedimentos de emulsificação para a determinação de Cr, Mo, V e Ti em óleo diesel e óleo combustível por ICP OES utilizando planejamento fatorial Neste

Leia mais

7 Resultados e discussão

7 Resultados e discussão 7 Resultados e discussão 7.1 Coagulação química 7.1.1 Resultados preliminares Como mencionado na metodologia experimental, foram feitos testes para determinar o ph ótimo de coagulação e a dosagem ótima

Leia mais

5 CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS DA ATENUAÇÃO POR CHUVAS

5 CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS DA ATENUAÇÃO POR CHUVAS 5 CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS DA ATENUAÇÃO POR CHUVAS Na literatura técnica tem sido dada pouca atenção ao modelamento das características dinâmicas da atenuação por chuvas em enlaces terrestres. O conhecimento

Leia mais

7 Extração de Dados Quantitativos

7 Extração de Dados Quantitativos Capítulo 7 - Extração de Dados Quantitativos 119 7 Extração de Dados Quantitativos A técnica de medição desenvolvida e descrita nos capítulos anteriores produz como resultado a variação temporal da espessura

Leia mais

TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS CONTENDO METAIS PESADOS

TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS CONTENDO METAIS PESADOS TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS CONTENDO METAIS PESADOS Aluno: Victor Surerus Leal Costa Orientador: Luiz Alberto Cesar Teixeira Introdução A extração de diversos metais, em geral, conduz à presença

Leia mais

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin ELETROQUÍMICA Prof a. Dr a. Carla Dalmolin CONCEITOS BÁSICOS Eletroquímica Fenômenos químicos associados à transferência de cargas elétricas Duas semi-reações de transferência de carga em direções opostas

Leia mais

Polarização e cinética de eletrodo

Polarização e cinética de eletrodo Polarização e cinética de eletrodo RESUMO DA POLARIZAÇÃO O eletrodo sai da condição de equilíbrio pela passagem de corrente pelo circuito externo; A cinética da reação interfacial é mais lenta que o fluxo

Leia mais

Antonio Gutiérrez Merma. Eletrocoagulação aplicada a meios aquosos contendo óleo. Dissertação de Mestrado

Antonio Gutiérrez Merma. Eletrocoagulação aplicada a meios aquosos contendo óleo. Dissertação de Mestrado Antonio Gutiérrez Merma Eletrocoagulação aplicada a meios aquosos contendo óleo Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre pelo Programa de

Leia mais

6 Metodologia experimental

6 Metodologia experimental 6 Metodologia experimental 6.1 Geração de efluentes e plano de amostragem As amostras de efluente foram cedidas por uma empresa petroquímica situada no município de Duque de Caxias, RJ. O efluente foi

Leia mais

5 Apresentação e discussão dos resultados

5 Apresentação e discussão dos resultados Apresentação e discussão dos resultados 5 Apresentação e discussão dos resultados No presente capítulo, são apresentados e discutidos os ensaios voltados para a determinação da vazão de trabalho do gás

Leia mais

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 122 6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 6.1. Estudos preliminares Nas determinações voltamétricas de espécies químicas tais como Cd (II) e Pb (II), o ajuste das

Leia mais

5.1. Estudos preliminares e otimização.

5.1. Estudos preliminares e otimização. 106 5 Resultados: Determinação de azoxistrobina e dimoxistrobina por voltametria adsortiva de redissolução catódica em eletrodo de gota pendente de mercúrio e varredura no modo de onda quadrada. 5.1. Estudos

Leia mais

CAPÍTULO 5. Resultados de Medição. 5.1 Introdução

CAPÍTULO 5. Resultados de Medição. 5.1 Introdução CAPÍTULO 5 Resultados de Medição 5.1 Introdução Os resultados de medição obtidos nesta pesquisa mostraram-se bastante promissores, devido a convergência na maioria dos casos entre os modelos teóricos e

Leia mais

II OZONIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMICILIARES APÓS TRATAMENTO ANAERÓBIO - ESTUDO PRELIMINAR

II OZONIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMICILIARES APÓS TRATAMENTO ANAERÓBIO - ESTUDO PRELIMINAR II-041 - OZONIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMICILIARES APÓS TRATAMENTO ANAERÓBIO - ESTUDO PRELIMINAR Herlane dos Santos Costa (1) Engenheira Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo. Mestre em

Leia mais

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 122 6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 6.1. Estudos preliminares Ao se ajustar a concentração de Bi (III) para a formação in situ do eletrodo de bismuto (BiFE)

Leia mais

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr.

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr. HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA Prof. Carlos Falcão Jr. de um sólido em fase aquosa natureza do sólido (iônico, covalente ou metálico) processo: físico químico eletroquímico de redução eletrolítico

Leia mais

A A A A A A A A A A A A A A A. > Na+ QUÍMICA

A A A A A A A A A A A A A A A. > Na+ QUÍMICA QUÍMIC 1 Dois eletrodos conectados a uma lâmpada foram introduzidos em uma solução aquosa, a fim de que a luminosidade da lâmpada utilizada avaliasse a condutividade da solução. Desta forma, foram feitos

Leia mais

5.1. Estudos preliminares e otimização.

5.1. Estudos preliminares e otimização. 105 5 Resultados: Determinação de azoxistrobina e dimoxistrobina por voltametria adsortiva de redissolução catódica em eletrodo de gota pendente de mercúrio e varredura no modo de onda quadrada. 5.1. Estudos

Leia mais

FUP - Faculdade UnB Planaltina Disciplina: Energia e Dinâmica das Transformações Químicas Professor: Alex Fabiano C. Campos

FUP - Faculdade UnB Planaltina Disciplina: Energia e Dinâmica das Transformações Químicas Professor: Alex Fabiano C. Campos FUP - Faculdade UnB Planaltina Disciplina: Energia e Dinâmica das Transformações Químicas Professor: Alex Fabiano C. Campos 1. Conceitue colisão efetiva, colisão não-efetiva, energia de ativação e complexo

Leia mais

CQ049 FQ Eletroquímica. prof. Dr. Marcio Vidotti Terça / Quarta: 15:30 17:30

CQ049 FQ Eletroquímica. prof. Dr. Marcio Vidotti  Terça / Quarta: 15:30 17:30 CQ049 FQ Eletroquímica prof. Dr. Marcio Vidotti mvidotti@ufpr.br www.quimica.ufpr.br/mvidotti Terça / Quarta: 15:30 17:30 Espontaneidade de reações eletroquímicas redução A + e - A - oxidação A A + + e

Leia mais

CAPÍTULO 7. Os homens nascem ignorantes, mas são necessários anos de. estudo para torná-los estúpidos.

CAPÍTULO 7. Os homens nascem ignorantes, mas são necessários anos de. estudo para torná-los estúpidos. CAPÍTULO 7 Os homens nascem ignorantes, mas são necessários anos de estudo para torná-los estúpidos. George Bernard Shaw (1856 1950), dramaturgo irlandês Experiência é o nome que damos aos nossos próprios

Leia mais

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet ADSORÇÃO DE CORANTE ÁCIDO UTILIZANDO RESÍDUO DE FIBRA DE VIDRO ACID DYE ADSORPTION USING FIBERGLASS WASTE Ferreira, Raquel Pisani Baldinotti Campus de Sorocaba Engenharia Ambiental raquelpisani@hotmail.com

Leia mais

Resultados 6.1. Teste de Deformação

Resultados 6.1. Teste de Deformação 6 Resultados 6.1 Teste de Deformação O teste foi realizado com a montagem mostrada na Figura 41. No centro da circunferência branca (moldura de nylon) encontra-se a região ativa com duas linhas pretas

Leia mais

ESTUDO CINÉTICO DA HIDRÓLISE DO ACETATO DE ETILA EM MEIO ALCALINO EM REATOR BATELADA DE TANQUE AGITADO

ESTUDO CINÉTICO DA HIDRÓLISE DO ACETATO DE ETILA EM MEIO ALCALINO EM REATOR BATELADA DE TANQUE AGITADO ESTUDO CINÉTICO DA HIDRÓLISE DO ACETATO DE ETILA EM MEIO ALCALINO EM REATOR BATELADA DE TANQUE AGITADO M. S. de SOUZA, V. M. V. CRUZ, G. L. PENA, A. B. de CARVALHO, D. N. DANTAS Centro Universitário do

Leia mais

(22) Data do Depósito: 01/11/2013. (43) Data da Publicação: 03/11/2015 (RPI 2339)

(22) Data do Depósito: 01/11/2013. (43) Data da Publicação: 03/11/2015 (RPI 2339) INPI (21) BR 102013028236-7 A2 (22) Data do Depósito: 01/11/2013 *BR102013028236A República Federativa do Brasil Ministério do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior Instituto Nacional da Propriedade

Leia mais

5 Análise dos Resultados

5 Análise dos Resultados Análise dos Resultados 75 5 Análise dos Resultados Neste capítulo, os resultados obtidos pelos métodos MPS e SPH serão analisados. Num primeiro momento, será realizada uma análise de acurácia entre os

Leia mais

Aula Prática - 1 Obtenção de Dados Cinéticos para projeto de reator

Aula Prática - 1 Obtenção de Dados Cinéticos para projeto de reator UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS EESC CINÉTICA APLICADA E CÁLCULO DE REATORES SHS 0358 Aula Prática - 1 Obtenção de Dados Cinéticos para projeto de reator Alunos e nº USP

Leia mais

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin ELETROQUÍMICA Prof a. Dr a. Carla Dalmolin TÉCNICAS DE DEGRAU E VARREDURA DE POTENCIAL Degrau e Impulso Degrau: alteração instantânea no potencial ou na corrente de um sistema eletroquímico A análise da

Leia mais

BC 0307 Transformações Químicas

BC 0307 Transformações Químicas BC 0307 Transformações Químicas ANDERSON ORZARI RIBEIRO anderson.ribeiro@ufabc.edu.br Bloco B, 10º andar - Sala 1043 www.andersonorzari.com BC 0307 Transformações Químicas AULA 8 Cinética: leis de velocidade,

Leia mais

4. Reagentes e Metodologia Analítica

4. Reagentes e Metodologia Analítica 4. Reagentes e Metodologia Analítica 4.1. Reagente para os testes de oxidação Os reagentes P.A empregados durante os testes de oxidação foram: KCN (Merck) NaOH (Vetec) H 2 SO 4 (Vetec) H 2 O 2 (Peróxidos

Leia mais

CATÁLISE ENZIMÁTICA. CINÉTICA Controle da velocidade de reações. CINÉTICA Equilíbrio e Estado Estacionário

CATÁLISE ENZIMÁTICA. CINÉTICA Controle da velocidade de reações. CINÉTICA Equilíbrio e Estado Estacionário CATÁLISE ENZIMÁTICA Equilíbrio e Estado Estacionário P U T F M A Velocidade: período inicial Tempo As medidas de velocidade inicial (v 0 ) são obtidas com a variação da concentração de S btenção de várias

Leia mais

REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA PROF. RODRIGO BANDEIRA

REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA PROF. RODRIGO BANDEIRA REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA A relação entre as reações químicas e a corrente elétrica é estudada por um ramo da química chamado ELETROQUÍMICA

Leia mais

MÉTODO DE FORD-WALFORD APLICADO AO MODELO GENERALIZADO DE VON BERTALANFFY

MÉTODO DE FORD-WALFORD APLICADO AO MODELO GENERALIZADO DE VON BERTALANFFY MÉTODO DE FORD-WALFORD APLICADO AO MODELO GENERALIZADO DE VON BERTALANFFY CARLA DE AZEVEDO PAES NUNES MARIA HERMÍNIA DE PAULA LEITE MELLO 2 Resumo O método de Ford-Walford é aplicado a modelos de dinâmica

Leia mais

LISTA DE FIGURAS. Figura 3.8 Gráfico de Kla ( 20)

LISTA DE FIGURAS. Figura 3.8 Gráfico de Kla ( 20) i LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 Esquema de uma célula do gerador de ozônio...03 Figura 3.2 Descoloração de esgoto doméstico...05 Figura 3.3 Remoção de compostos mal cheirosos em água de abastecimento...05

Leia mais

NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS

NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS 3 NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS Planejamento de Experimentos Design of Experiments - DOE Em primeiro lugar devemos definir o que é um experimento: Um experimento é um procedimento no qual alterações

Leia mais

5 Determinação da primaquina em ECV.

5 Determinação da primaquina em ECV. 5 Determinação da primaquina em ECV. 5.1 Estudos preliminares Tentou-se inicialmente realizar a determinação direta da primaquina no EGPM. Apesar de já existirem vários trabalhos publicados na literatura

Leia mais

5 RESULTADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS

5 RESULTADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS 5 RESULTADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS 5.1. Medidas de Potencial Zeta Objetivando o melhor entendimento do comportamento das partículas de hidróxido de cromo (Cr(OH) 3 ) em meio aquoso, foram realizadas

Leia mais

MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO DE REATORES DE FLUXO CONTÍNUO E EM BATELADA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL UTILIZANDO O SOFTWARE LIVRE PYTHON.

MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO DE REATORES DE FLUXO CONTÍNUO E EM BATELADA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL UTILIZANDO O SOFTWARE LIVRE PYTHON. MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO DE REATORES DE FLUXO CONTÍNUO E EM BATELADA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL UTILIZANDO O SOFTWARE LIVRE PYTHON. R.V.SAWAKI 1, T. C. PARENTE 1, J.E.C. ALEXANDRE 2, A.C.

Leia mais

étodos uméricos AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Leia mais

APLICAÇÕES DOS POTENCIAIS PADRÃO DE ELETRODO

APLICAÇÕES DOS POTENCIAIS PADRÃO DE ELETRODO APLICAÇÕES DOS POTENCIAIS PADRÃO DE ELETRODO POTENCIAL TERMODINÂMICO! definido como o potencial do catodo menos o potencial do anodo (semi-reações escritas como redução; despreza queda ôhmica e potencial

Leia mais

5 Estudo de Caso e Resultados

5 Estudo de Caso e Resultados 5 Estudo de Caso e Resultados 5.1. Introdução Finalizado o desenvolvimento da ferramenta, é indispensável testar suas funcionalidades e a eficácia da aplicação conjunta dos seus módulos de geração de experimentos

Leia mais

QUÍMICA. c) hexaclorobenzeno. d) percloroetileno.

QUÍMICA. c) hexaclorobenzeno. d) percloroetileno. QUÍMICA Prof. Daniel Pires ELETRÓLISE 1. (UERJ) - O magnésio, graças a sua leveza, é usado na indústria espacial e aeronáutica, em aparelhos óticos e equipamentos em geral. As ligas de magnésio, muito

Leia mais

(com até 0,7% em massa de água) na mistura com gasolina pura (gasolina A). A meta almejada era de 20% de adição de etanol anidro à gasolina (gasolina

(com até 0,7% em massa de água) na mistura com gasolina pura (gasolina A). A meta almejada era de 20% de adição de etanol anidro à gasolina (gasolina 15 1. INTRODUÇÃO Os motores a combustão interna continuarão sendo nos próximos anos a principal forma de propulsão dos veículos, justificando as intensas atividades de pesquisa e desenvolvimento nessa

Leia mais

O efeito de dois diferentes anodos metálicos na eletrocoagulação de efluentes oleosos sintéticos

O efeito de dois diferentes anodos metálicos na eletrocoagulação de efluentes oleosos sintéticos Estudos Tecnológicos - Vol. 6, n 2: 57-67 (mai/ago 2010) doi: 10.4013/ete.2010.62.01 ISSN 1808-7310 O efeito de dois diferentes anodos metálicos na eletrocoagulação de efluentes oleosos sintéticos The

Leia mais

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB ELETROQUÍMICA Estuda os fenômenos envolvidos na produção de corrente elétrica a partir da transferência de elétrons em reações de óxido-redução, e a utilização de corrente

Leia mais

Delineamento e Análise Experimental Aula 4

Delineamento e Análise Experimental Aula 4 Aula 4 Castro Soares de Oliveira ANOVA Significativa Quando a aplicação da análise de variância conduz à rejeição da hipótese nula, temos evidência de que existem diferenças entre as médias populacionais.

Leia mais

5 Resultados Dados artificiais Convergência à mediana e à média com dados artificiais

5 Resultados Dados artificiais Convergência à mediana e à média com dados artificiais 5 Resultados Os resultados da aplicação do método proposto estão estruturados de forma a evidenciar: 1. A convergência numérica do algoritmo proposto nesta tese para a mediana e para a média de grupos

Leia mais

Avaliação Cinética da Gaseificação com CO 2 do Bagaço de Maçã

Avaliação Cinética da Gaseificação com CO 2 do Bagaço de Maçã Avaliação Cinética da Gaseificação com CO 2 do Bagaço de Maçã M. F. P. ROSA, D. SOARES, M. D. DOMENICO, T. R. PACIONI, R. F. P. M. MOREIRA, H. J. JOSÉ Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento

Leia mais

Está correto o contido em a) I apenas. b) I e II apenas. c) I e III apenas. d) II e III apenas. e) I, II e III. Resolução

Está correto o contido em a) I apenas. b) I e II apenas. c) I e III apenas. d) II e III apenas. e) I, II e III. Resolução 7 b QUÍMICA Um estudante construiu, em um mesmo diagrama, as curvas da temperatura em função do tempo resultantes do aquecimento, sob pressão normal, de três líquidos em três béqueres distintos. Com base

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS André Luís Novais Mota; Antônio Kennedy da Silveira Brito; Amyllys Layanny

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE LEGUMES UTILIZANDO O MÉTODO GRÁFICO DE HEISLER

DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE LEGUMES UTILIZANDO O MÉTODO GRÁFICO DE HEISLER DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA DE LEGUMES UTILIZANDO O MÉTODO GRÁFICO DE HEISLER J. N. M. BATISTA 1, V. B. da SILVA 2, A. C. A. LIMA 3, L. I. S. LEITE 3, A. B. OLIVEIRA Jr 3 1 Universidade Federal

Leia mais

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA ELETRÓLISE AQUOSA Ocorre quando um eletrólito é dissolvido em água (havendo ionização ou dissociação do mesmo), além dos seus íons, devemos considerar a ionização da própria água. 1 Experimentalmente,

Leia mais

Eletroquímica. Coulometria

Eletroquímica. Coulometria Eletroquímica Coulometria Tipos de métodos eletroanalíticos Métodos Eletroanalíticos Métodos Interfaciais Métodos Não-Interfaciais Estáticos Dinâmicos Condutimetria Titulações Condutimétricas Potenciometria

Leia mais

CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 8 CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capítulo serão apresentados e discutidos os resultados do estudo dos sistemas metal/solução através de análises voltamétricas. Em seguida, os resultados

Leia mais

Noções de Cinética Química

Noções de Cinética Química QB70C:// Química (Turmas S7/S72) Noções de Cinética Química Prof. Dr. Eduard Westphal (http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eduardw) Capítulo 4 Atkins (5ed.) Cinética X Termodinâmica O G para a reação abaixo

Leia mais

5 Análise Paramétrica

5 Análise Paramétrica Capítulo 5 Análise Paramétrica 50 5 Análise Paramétrica As simulações apresentadas neste capítulo refletem o objetivo deste trabalho em avaliar o comportamento dos fluidos da fase dispersa e contínua na

Leia mais

AVALIAÇÃO DO EFEITO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS DENSIDADE DE CORRENTE E ph DO BANHO SOBRE AS PROPRIEDADES DA LIGA Mo-Co-Fe

AVALIAÇÃO DO EFEITO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS DENSIDADE DE CORRENTE E ph DO BANHO SOBRE AS PROPRIEDADES DA LIGA Mo-Co-Fe AVALIAÇÃO DO EFEITO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS DENSIDADE DE CORRENTE E ph DO BANHO SOBRE AS PROPRIEDADES DA LIGA Mo-Co-Fe Alison Silva Oliveira 1 ; José Anderson Machado Oliveira 1 ; Anamélia de Medeiros

Leia mais

QUÍMICA ANALÍTICA SOLUÇÃO TAMPÃO E PRODUTO DE SOLUBILIDADE. Prof.a. Dra. Renata P. Herrera Brandelero. Dois Vizinhos - PR 2012

QUÍMICA ANALÍTICA SOLUÇÃO TAMPÃO E PRODUTO DE SOLUBILIDADE. Prof.a. Dra. Renata P. Herrera Brandelero. Dois Vizinhos - PR 2012 QUÍMICA ANALÍTICA SOLUÇÃO TAMPÃO E PRODUTO DE SOLUBILIDADE Prof.a. Dra. Renata P. Herrera Brandelero Dois Vizinhos - PR 2012 Soluções Tampões Soluções tampões são formadas por uma mistura de um ácido e

Leia mais

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin ELETROQUÍMICA Prof a. Dr a. Carla Dalmolin CINÉTICA E MECANISMOS DAS REAÇÕES ELETROQUÍMICAS Eletrodo Transferência de Elétrons O + e R 5. Transferência de elétrons k c O 1. Difusão k d,o k a O Para uma

Leia mais

PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS EM QUÍMICA

PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS EM QUÍMICA PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS EM QUÍMICA INFORMAÇÕES IMPORTANTES: - IDENTIFIQUE TODAS AS FOLHAS DESTA PROVA COM SEU NÚMERO DE INSCRIÇÃO. Obs.: EM HIPÓTESE NENHUMA USE SEU NOME NAS FOLHAS COMO IDENTIFICAÇÃO.

Leia mais

7 Comparação de resultados e validação dos modelos

7 Comparação de resultados e validação dos modelos 7 Comparação de resultados e validação dos modelos Os modelos EMB, TMB e GC foram utilizados para a sintetização de séries temporais de atenuação por chuva para os enlaces terrestres de São Paulo. Foram

Leia mais

6 Viscosidade de frações pesadas de petróleo

6 Viscosidade de frações pesadas de petróleo 6 Viscosidade de frações pesadas de petróleo No capítulo 4 a viscosidade das sete amostras de resíduos foi calculada por modelos disponíveis na literatura. Os modelos preditivos se mostraram inadequados.

Leia mais

INTRODUÇÃO À ELETROQUÍMICA Prof. Dr. Patricio R. Impinnisi Departamento de engenharia elétrica UFPR

INTRODUÇÃO À ELETROQUÍMICA Prof. Dr. Patricio R. Impinnisi Departamento de engenharia elétrica UFPR INTRODUÇÃO À ELETROQUÍMICA Prof. Dr. Patricio R. Impinnisi Departamento de engenharia elétrica UFPR REAÇÕES ELETROQUÍMICAS Uma reação eletroquímica é um processo químico heterogêneo (que envolve uma interface

Leia mais

ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS

ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS T. SILVA 1, D. MIRANDA 1, G. ALVES 3, O.L ROCHA 2, J.C. CARDOSO FILHO 1 1 Universidade Federal do Pará/ Laboratório de Corrosão 2 Instituto Federal

Leia mais

QFL1541 / QFL5620 CINÉTICA E DINÂMICA QUÍMICA 2019

QFL1541 / QFL5620 CINÉTICA E DINÂMICA QUÍMICA 2019 QFL1541 / QFL5620 CINÉTICA E DINÂMICA QUÍMICA 2019 1 a lista de exercícios 1. A hidrólise alcalina de acetato de etila é de 1 a ordem, tanto em éster, quanto em hidróxido. Foi preparado, a 0,0 o C, um

Leia mais

APLICAÇÃO DO SIMULADOR EMSO EM UM PROBLEMA ESPECÍFICO DE CINÉTICA E CÁLCULO DE REATORES

APLICAÇÃO DO SIMULADOR EMSO EM UM PROBLEMA ESPECÍFICO DE CINÉTICA E CÁLCULO DE REATORES APLICAÇÃO DO SIMULADOR EMSO EM UM PROBLEMA ESPECÍFICO DE CINÉTICA E CÁLCULO DE REATORES T. A. F. ROCHA 1, W. U. LEITE 1, B. L. VERÁS 1 e W. R. O. PIMENTEL 1 1 Universidade Federal de Alagoas, Centro de

Leia mais

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Blucher Chemical Engineering Proceedings Dezembro de 2014, Volume 1, Número 1 X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Influência da pesquisa em Engenharia Química no desenvolvimento

Leia mais

Pesquisador. Planejamento de Experimentos Design of Experiments - DOE NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS. 1 - Fixar T e variar P até > Pureza

Pesquisador. Planejamento de Experimentos Design of Experiments - DOE NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS. 1 - Fixar T e variar P até > Pureza 3 NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS Planeamento de Experimentos Design of Experiments - DOE Em primeiro lugar devemos definir o que é um experimento: Um experimento é um procedimento no qual alterações

Leia mais

ANEXO IV: ESTUDO POPULACIONAL

ANEXO IV: ESTUDO POPULACIONAL ANEXO IV: ESTUDO POPULACIONAL ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 ESTUDO POPULACIONAL... 4 2.1 PROJEÇÕES POPULACIONAIS DO MUNICÍPIO... 5 Folha 2 1 INTRODUÇÃO Este Anexo visa apresentar o estudo populacional elaborado

Leia mais

VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS

VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS RE nº 899, de 2003 da ANVISA - Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos; Validation of analytical procedures - UNITED STATES PHARMACOPOEIA - última edição;

Leia mais

PROVAS Ciência da Computação. 2 a Prova: 13/02/2014 (Quinta) Reavaliação: 20/02/2014 (Quinta)

PROVAS Ciência da Computação. 2 a Prova: 13/02/2014 (Quinta) Reavaliação: 20/02/2014 (Quinta) PROVAS Ciência da Computação 2 a Prova: 13/02/2014 (Quinta) Reavaliação: 20/02/2014 (Quinta) Ajuste de Curvas Objetivo Ajustar curvas pelo método dos mínimos quadrados 1 - INTRODUÇÃO Em geral, experimentos

Leia mais

Eletroquímica. Métodos/Técnicas - Eletroquímicas. Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano. Técnicas Eletroquímicas

Eletroquímica. Métodos/Técnicas - Eletroquímicas. Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano. Técnicas Eletroquímicas Métodos/Técnicas - s Técnicas s Interface Eletrodo/ solução Métodos Estacionários (I = 0) Métodos Dinâmicos (I 0) Solução Eletrolítica Titração Potenciométrica Potenciometria Potencial Controlado Potencial

Leia mais

2. Aborda a rapidez com que os reagentes são consumidos e os produtos são formados;

2. Aborda a rapidez com que os reagentes são consumidos e os produtos são formados; CINÉTICA QUÍMICA 1. Trata das velocidades das reações; 2. Aborda a rapidez com que os reagentes são consumidos e os produtos são formados; 3. A dependência da velocidade; 4. Estudo do mecanismo de reação.

Leia mais

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA - 1999 QUESTÃO 46 Um limão foi espremido num copo contendo água e as sementes ficaram no fundo do recipiente. A seguir, foi adicionado ao sistema um pouco de açúcar, que se dissolveu

Leia mais

Roteiro do Experimento Força de Atrito Variável Parte II

Roteiro do Experimento Força de Atrito Variável Parte II A) Introdução ao experimento Experimentos Virtuais de Mecânica Roteiro do Experimento Força de Atrito Variável Parte II Na Parte I da análise do experimento, as grandezas cinemáticas relativas ao movimento

Leia mais

TRATAMENTO DE EFLUENTE UTILIZANDO ELETROFLOTAÇÃO: ESTUDO DE CASO PARA REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA EM VIVEIRO DE EUCALIPTO.

TRATAMENTO DE EFLUENTE UTILIZANDO ELETROFLOTAÇÃO: ESTUDO DE CASO PARA REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA EM VIVEIRO DE EUCALIPTO. TRATAMENTO DE EFLUENTE UTILIZANDO ELETROFLOTAÇÃO: ESTUDO DE CASO PARA REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA EM VIVEIRO DE EUCALIPTO. V. C. de BIASSIO 1 e J. Sinézio. C. CAMPOS 1 1 Universidade Estadual de Campinas, Faculdade

Leia mais

Universidade Federal do Espírito Santo, Campus de Alegre para contato:

Universidade Federal do Espírito Santo, Campus de Alegre  para contato: ESTIMAÇÃO DAS FRAÇÕES DE DESVIO E ZONAS MORTAS A PARTIR DAS CURVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE TEMPOS DE RESIDÊNCIA EM REATOR CONTÍNUO DO TIPO TANQUE AGITADO (CSTR) B. R. BOTINHA 1, H. V. de MIRANDA 1 e F. T. VIEIRA

Leia mais

-0,1-0,2-0,3-0,4-0,5. 0, mol contidos na alíquota de 10 ml. 0,00525 mol contidos no balão de 100 ml. M = 72,0 g/mol

-0,1-0,2-0,3-0,4-0,5. 0, mol contidos na alíquota de 10 ml. 0,00525 mol contidos no balão de 100 ml. M = 72,0 g/mol 1) Um ácido monoprótico puro desconhecido foi analisado por titulação potenciométrica. Para isso,,378g do ácido foi dissolvido em água e o volume foi completado até 1,mL. Uma alíquota de 1, ml do ácido

Leia mais

7 Determinação de Fe, Ni e V em asfaltenos por extração ácida assistida por ultra-som usando ICP OES

7 Determinação de Fe, Ni e V em asfaltenos por extração ácida assistida por ultra-som usando ICP OES 136 7 Determinação de Fe, Ni e V em asfaltenos por extração ácida assistida por ultra-som usando ICP OES Baseando-se nos bons resultados obtidos descritos no Capítulo 6, com a extração de metais-traço

Leia mais

Conceitos matemáticos:

Conceitos matemáticos: Conceitos matemáticos: Para entender as possíveis mudanças quantitativas que ocorrem, ao nível de uma amostra de sementes, é preciso compreender alguns princípios básicos de cálculo. Tendo sido desenvolvido

Leia mais

ELETROQUÍMICA SAINDO DO EQUILÍBRIO. Curvas de Polarização Pilhas e Corrosão Exercício

ELETROQUÍMICA SAINDO DO EQUILÍBRIO. Curvas de Polarização Pilhas e Corrosão Exercício ELETROQUÍMICA SAINDO DO EQUILÍBRIO Curvas de Polarização Pilhas e Corrosão Exercício Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais A. C. Neiva 1 CURVAS DE POLARIZAÇÃO

Leia mais

i j i i Y X X X i j i i i

i j i i Y X X X i j i i i Mario de Andrade Lira Junior lira.pro.br\wordpress lira.pro.br\wordpress Diferença Regressão - equação ligando duas ou mais variáveis Correlação medida do grau de ligação entre duas variáveis Usos Regressão

Leia mais

7 Apresentação e análise dos resultados

7 Apresentação e análise dos resultados 7 Apresentação e análise dos resultados Neste capítulo são apresentados e discutidos os resultados experimentais obtidos nesta pesquisa. Após serem demonstrados individualmente, com base em cada um dos

Leia mais

5. Análise dos Resultados

5. Análise dos Resultados 5. Análise dos Resultados 5.1. Capacidade de Resfriamento Como já mencionado, o calor trocado foi medido nos dois fluidos. À medida feita do lado da pasta de gelo denominou-se capacidade de resfriamento.

Leia mais

4 Modelagem do Racionamento de Energia em 2001/ Introdução

4 Modelagem do Racionamento de Energia em 2001/ Introdução 4 Modelagem do Racionamento de Energia em 2001/2002 4.1 Introdução O impacto do racionamento no consumo de energia elétrica no Brasil, em 2001, ocorreu de forma distinta entre as regiões do país e os ramos

Leia mais

II-250 CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES DE POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO/SC

II-250 CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES DE POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO/SC 22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina II-250 CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE EFLUENTES DE POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

Leia mais

APLICAÇÃO DA CINETICA DE SEGUNDA E TERCEIRA ORDEM DO CLORETO FÉRRICO PARA OBTENÇÃO DE ÁGUA POTAVÉL

APLICAÇÃO DA CINETICA DE SEGUNDA E TERCEIRA ORDEM DO CLORETO FÉRRICO PARA OBTENÇÃO DE ÁGUA POTAVÉL 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 PLICÇÃO D CINETIC DE SEGUND E TERCEIR ORDEM DO CLORETO FÉRRICO PR OBTENÇÃO DE ÁGU POTVÉL Joseane D. P.Theodoro 1, Grasiele S. Madrona 1, Paulo S. Theodoro

Leia mais

DETERMINAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS CINÉTICOS DA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO.

DETERMINAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS CINÉTICOS DA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO. DETERMINAÇÃO DE ALGUNS PARÂMETROS CINÉTICOS DA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO. Glauber Silva Godoi Aula 13 META Desenvolver no aluno a capacidade de extrair informações quanto aos parâmetros

Leia mais

O Modelo de crescimento de peixes de Von Bertalanffy

O Modelo de crescimento de peixes de Von Bertalanffy Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 20 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit O Modelo de crescimento

Leia mais

ESTUDO COMPORTAMENTAL DAS CÉLULAS COMBUSTÍVEIS DE MEMBRANA POLIMÉRICA JOSÉ R.CAMACHO

ESTUDO COMPORTAMENTAL DAS CÉLULAS COMBUSTÍVEIS DE MEMBRANA POLIMÉRICA JOSÉ R.CAMACHO ESTUDO COMPORTAMENTAL DAS CÉLULAS COMBUSTÍVEIS DE MEMBRANA POLIMÉRICA JOSÉ R.CAMACHO Lab. de Eletricidade Rural e Fontes Alt. de Energia, Faculdade de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Uberlândia

Leia mais

Introdução à Volumetria. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva

Introdução à Volumetria. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva Introdução à Volumetria Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva INTRODUÇÃO À VOLUMETRIA TITULAÇÃO Processo no qual uma solução padrão ou solução de referência é adicionada a uma solução que contém um soluto

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E.E. ARACY EUDOCIAK

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E.E. ARACY EUDOCIAK Conteúdo 14 Cinética Química CINÉTICA QUÍMICA É à parte da química que estuda a maior ou menor rapidez com que uma reação química ocorre e os fatores que a influenciam. Este estudo é importante para o

Leia mais