Neymar renova patrocínio e inicia ciclo olímpico de acordos

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1 B O L E T I M OFEERCIMENTO QUARTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 28 mi em patrocínios ganha por ano o português Cristiano Ronaldo, segundo a revista Forbes EDIÇÃO 222 Neymar renova patrocínio e inicia ciclo olímpico de acordos Financeiramente, Neymar foi um dos grandes beneficiados com a Copa do Mundo. Astro maior da seleção do país-sede, ele foi o principal alvo de empresas que queriam se associar ao evento. Durante o torneio, chegou a ter 15 parceiros, de diversas áreas. Agora, o atrativo passa a ser os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Ainda que o evento não tenha o mesmo apelo que a Copa do Mundo para o futebol, Neymar é a grande esperança para um ouro inédito para o Brasil. Não é a toa que a Unilever renovou o contrato com o brasileiro por mais dois anos. Nesse período, o atleta continuará representando as marcas Rexona e Clear. E não são apenas as Olimpíadas que motivam a renovação. Principal concorrente da Unilever, a Procter & Gamble assinou um contrato com o Barcelona válido para a América Latina. Além disso, Lionel Messi é a estrela da NEYMAR POSA PARA A GRAVAÇÃO DE UMA PROPAGANDA DA UNILEVER Head & Shoulders, marca que concorre com a Clear. Alguns acordos já são válidos até os Jogos, casos de Claro, Volkswagen e Panasonic. Mesmo sem a Copa, Neymar manteve pontos altos após o torneio. Um de seus patrocinadores, a Tenys Pé, até ampliou a parceria ao fechar um contrato com o Barcelona. Isso em meio a uma série de denúncias sobre corrupção envolvendo a transação do jogador ao time catalão, em um escândalo que até derrubou o presidente da equipe. Algumas empresas que usaram a imagem de Neymar, por outro lado, já deixaram o jogador. São os casos de Santander e Castrol. A marca de lubrificantes automotivos já tem o substituto ao atleta do Barcelona. Cacá Bueno, piloto da Stock Car, virou o rosto da empresa agora que o futebol não é mais o foco. Com tanto apelo, e um salário gordo em um dos maiores clubes do mundo, Neymar continua enchendo a conta bancária. Segundo a revista France Football, Neymar recebe, por ano, 16 milhões de euros em acordos de patrocínio. Ele só fica atrás dos midiáticos Messi e Cristiano Ronaldo no quesito. 1

2 Doze FC, da Série B capixaba, faz torcida virar diretoria POR ADALBERTO LEISTER FILHO Em busca de maior arrecadação, os grandes clubes do Brasil fazem altas apostas no programa de sócio-torcedor. Uma pequena equipe do Espírito Santo lançou uma ideia inusitada: a possibilidade de o público se associar a ela, tornando-se um sócio-diretor. Na Série B do Campeonato Capixaba, o Doze FC lançou a ideia em que todos os torcedores que se associarem ao clube terão voz na diretoria e a possibilidade de demitir ou indicar o treinador. Minha inspiração foi o videogame. Ficava horas jogando Elifoot, e sempre imaginei que seria muito bom gerenciar um time de verdade. Outro fator motivador é o fato de os clubes brasileiros darem pouca importância aos seus torcedores, que são muito mal tratados na verdade. Queremos mudar isso, disse Israel Levi, CEO e idealizador do Doze FC. Após duas rodadas do campeonato, o clube está na segunda posição, com uma vitória e um empate. O objetivo é subir para a elite do Estado. Para isso, o clube aposta em uma comissão técnica badalada. O técnico é o ex-atacante Sorato, autor do gol do título do Brasileirão de Seu auxiliar é o ex-goleiro Carlos Germano. Ambos ex-vasco. O que me atraiu no clube foi o projeto de longo prazo, com dois anos de contrato, contou Sorato à Máquina do Esporte. Levi, idealizador do modelo de gestão que ele chama de crowdmanaging, acredita que não há limites de meta a ser atingida. Precisamos apenas nos manter fiéis aos princípios científicos que embasam este projeto. O objetivo principal do Doze é defender a tese de que um grupo é sempre mais esperto que o mais esperto do grupo, afirma o dirigente. Por enquanto, o clube ainda está com as contas no vermelho. 2

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4 Olimpíada aumenta desafio na busca por garoto-propaganda DA REDAÇÃO gerente de novos negócios da Máquina do Esporte Em meio aos eventos esportivos que cercam o Brasil, é natural que a escolha de atletas como garotos- -propaganda vire prioridade às marcas. No caso da Copa do Mundo, esse é um exercício mais fácil, dada a popularidade dos jogadores. No Brasil, a estrela maior foi Neymar, mas demorou pouco tempo para que algumas marcas pudessem associar características de nomes como David Luiz e Thiago Silva. Suas personalidades estavam em evidência, o que facilita a escolha. Mas, ao sair para outros esportes, essa medida fica mais complicada. Há aqueles que irão pelo caminho mais fácil: a chance de medalha. O risco inerente, nesse caso, é de o mau desempenho esportivo propiciar um desperdício de investimento. Outro caminho mais simples é ter uma consistência num investimento esportivo. Nesse caso, claro, um atleta de destaque na modalidade em questão vira uma escolha óbvia. Para além desses casos, há complicações. A escolha de um garoto- -propaganda envolve a criação de credibilidade e a construção de uma marca por trocas de valores envolvendo uma personagem. E isso varia, e muito, conforme a empresa, o produto e o público-alvo. As empresas que quiserem entrar no jogo publicitário dos Jogos Olímpicos terão que ser criteriosas para se destacarem. Lidarão com apostas entre muitos nomes, nem sempre conhecidos do público geral. A tendência é que alguns nomes se repitam, exatamente como aconteceu na Copa do Mundo. Sorte de Neymar, Bernardinho, César Cielo e companhia. Netshoes recebe aporte de US$ 45 mi para ampliar expansão na América Latina DA REDAÇÃO A Netshoes anunciou que captou US$ 45 milhões de investimentos vindos do Riverwood Capital, fundo de capital de risco especializado em tecnologia, e pela International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial e maior instituição de desenvolvimento global voltada exclusivamente ao setor privado. Estamos entusiasmados em fazer parte da família Netshoes e em contribuir com o crescimento continuado. A Netshoes é uma das principais marcas de e-commerce do Brasil e da América Latina, diz Francisco Demalde, da Riverwood. Tanto Riverwood quanto IFC terão assentos no Conselho de Administração da Netshoes, que é formado pelo alto corpo executivo da companhia, integrantes dos fundos de investimentos Tiger Global Management, GIC, Kaszek Ventures, Temasek Holdings e conselheiros como Paul Tagliabue (ex-dirigente da NFL), Cássio Casseb (ex- -presidente do Banco do Brasil) e Nilesh Lakhani (ex-cfo da Yandex). O novo aporte conclui os investimentos recebidos pela empresa em maio de 2014, liderados pelo GIC, que na época investiu um total de US$ 170 milhões na marca. A verba vai reforçar a expansão para a América Latina e servir para investir em novas plataformas de negócio. 4

5 Sócio-torcedor vira espécie de copatrocínio no basquete O time de basquete Mogi das Cruzes/Helbor seguiu os rivais e lançou um plano de sócio-torcedor. Com opções entre R$ 14,90 e R$ 249,90 ao mês, o programa dá direito a ingresso aos jogos do time, além de descontos em produtos diversos, graças a uma parceria com a Associação Comercial de Mogi das Cruzes. Em dez dias, 170 pessoas se associaram. O plano de negócio lembra muito o modelo que virou moda no futebol brasileiro. E, assim como tem acontecido nos gramados, os sócios-torcedores têm tomado uma porcentagem importante entre os clubes que disputam o Novo Basquete Brasil. A diferença está no tempo das ações; nas quadras, o cenário é novidade e para poucas equipes. O mais bem sucedido case até o momento é do Franca. A diretoria lançou o programa no fim de 2014, para tentar arrecadar R$ 200 mil por mês e assim suprir a ausência do patrocínio máster. Não chegou a isso, mas o seu programa está longe de ser um fracasso. Até a última sexta-feira, eram 987 membros no programa de sócio, o que, segundo o clube, gera R$ 35 mil ao mês. Se não substitui a Vivo, a verba é equivalente a um copatrocínio à equipe. Outro que tem diversificado o faturamento graças a um plano de sócio-torcedor é o Paschoalotto/Bauru, que chegou até a interromper a venda do programa. Estávamos preocupados porque chegamos a um terço do ginásio. Com isso, diminuímos o número de ingressos à venda e às vezes não lotava as arquibancadas e irritava os torcedores que ficavam fora, disse o gestor do projeto, Flávio Zambonato. O Bauro é o atual campeão das Américas e líder do NBB. Com um novo ginásio em Bauru para 2016, o programa mudou valores e voltou a ser vendido. Hoje, são 700 membros que, assim como o Franca, geram uma receita equivalente a um copatrocínio. Ação da Nestlé expande para jogos da Superliga A iniciativa da Nestlé de dar de presente às adversárias do Molico um ovo de Páscoa agradou a Confederação Brasileira de Vôlei. Nas próximas rodadas da Superliga feminina, a empresa doará um ovo para ser entregue às melhores em quadra. A iniciativa, segundo a Nestlé, partiu da CBV, que viu a ação no último sábado e pediu para que a empresa pudesse fazer a iniciativa para quem receber o troféu Viva Vôlei de melhor em quadra. A premiação é feita após a partida, e a jogadora premiada costuma dar entrevista ao vivo para a TV após a partida ostentando o troféu. Com a ação, a Nestlé ampliará um pouco mais a exposição da marca, justamente na época de maior venda. 5