Megalitismo, megalitismos: o conjunto neolítico do Tojal (Montemor-o-Novo)

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1 Megalitismo, megalitismos: o conjunto neolítico do Tojal (Montemor-o-Novo) MANUEL CALADO RESUMO Apresentam-se os principais resultados das prospecções e escavações que incidiram sobre um conjunto de sítios e monumentos neolíticos, centrados no menir e recinto megalítico do Tojal, e esboçam-se, com base nos dados obtidos e numa leitura mais abrangente do povoamento pré- -histórico do Alentejo Central, algumas propostas genéricas de evolução do fenómeno megalítico regional. Propõe-se, igualmente, uma redefinição do conceito de Megalitismo, considerando a possibilidade de uma primeira fase exclusivamente ritual, concretizada nos menires e recintos, e a subsequente transferência da monumentalidade megalítica para o universo das práticas funerárias, onde coexiste com outras formas arquitectónicas, nomeadamente as grutas artificiais e, na fase final, as sepulturas de falsa cúpula. ABSTRACT This paper presents the principal results of surveys and excavations conducted at a group of sites and Neolithic monuments, centered around the menhir and megalithic sanctuary of Tojal, and outlines, on the basis of the data obtained and in an broader interpretation of the prehistoric settlement of the central Alentejo, some general proposals of the evolution of the regional megalithic phenomenon. A redefinition of the concept of megalithism is also proposed and considers the possibility of a first phase that was exclusively ritual, exemplified by menhirs and sanctuaries, and a subsequent transferral of megalithic monumentality to the realm of funerary practices, where they coexisted with other architectonic forms, namely artificial caves and, in the final phase, corbel-vaulted tombs. 1. Introdução O conjunto de sítios que constitui o objecto deste trabalho foi, na sua maioria, identificado pelo autor, em prospecções de superfície inseridas num projecto actualmente em curso, cujos objectivos se prendem com o estudo e contextualização dos menires do Alentejo Central. Anteriormente, apenas se conheciam quatro antas (n. os 8, 17, 18 e 22), cartografadas e descritas num trabalho muito recente (Oliveira, 1999) e um conjunto de menires (n. o 24) (Gomes, 1986). A área, dominada visualmente pelo maciço da serra de Monfurado, é drenada pelos troços superiores de cursos de água, ainda pouco caudalosos, subsidiários do Xarrama, afluente da margem direita do Sado. O terreno, na parte norte da área mapeada, é ligeiramente mais declivoso do que na parte sul. Geologicamente, a área é constituída, basicamente, por granitos que conformam uma paisagem de recorte suave, pontuada de notáveis afloramentos graníticos, e por gnaisses, rochas que dão corpo aos relevos mais significativos; destacam-se ainda algumas manchas de cobertura detrítica, de idade terciária, que se traduzem em elevações de topos aplanados, como aquela onde se localizam o menir e o recinto megalítico do Tojal. Numa primeira fase, foi prospectada uma zona muito restrita centrada nos menires do Tojal. Numa área com apenas cerca de 2-3 km 2 foi identificado um conjunto extremamente denso de monumentos de diferentes tipos, numa coexistência espacial pouco habitual na região: dois recintos megalíticos, um menir isolado, sepulturas protomegalíticas e antas, de dimensões variadas; paralelamente, registou-se um pequeno conjunto de sítios com materiais de superfície, prováveis locais de habitat onde há que destacar a presença de lamelas e lascas de sílex, artefactos igualmente presentes nos materiais de escavação do menir e do 351 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

2 recinto do Tojal. Numa fase seguinte, alargou-se sensivelmente a área prospectada, tendo sido identificados mais alguns sítios pré-históricos, nomeadamente antas, sepulturas protomegalíticas e vestígios de habitat. FIG. 1 Localização dos sítios listados no texto. MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 352

3 2. Listagem de sítios 1 - Quinta do Gato 8 Povoado aberto, localizado numa rechã com grandes afloramentos graníticos. Escassa cerâmica manual, uma enxó de anfibolito, de secção arredondada, lascas e lamelas de sílex, seixo afeiçoado e percutor. 2 - Quinta do Gato 6 Anta de corredor, muito destruída. São visíveis restos de mamoa e dois esteios do lado Norte, amputados pouco acima do solo; há uma laje espessa, inclinada, que deve corresponder a um fragmento do chapéu. 3 - Quinta do Gato 7 Sepultura protomegalítica ou pequena anta, muito destruída. Há vestígios de mamoa e de alguns esteios de granito amputados ou arrancados. 4 - Quinta do Gato 5 Sepultura protomegalítica, de planta aparentemente fechada, definida por sete esteios; trata-se de blocos de gnaisse, algo informes, excepto o que bloqueia, do lado Nascente, uma eventual abertura, e que é de granito. Mede cerca de 2,50 m de comprimento por 1 m de largura máxima. FIG. 2 Sepultura protomegalítica da Quinta do Gato MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

4 5 - Escoural 3 Sepultura protomegalítica com sete a nove possíveis esteios, e um chapéu, de granito, bastante espesso. Os esteios afloram, no máximo, uns 0,50 m acima da superfície do solo e o conjunto mede cerca de 2,60 de comprimento, por 1,30 de largura máxima, na câmara. Vestígios de mamoa. 6 - Escoural 4 Quatro possíveis esteios arrancados e amontoados; pelas dimensões e contexto geológico e paisagístico, é possível que correspondam aos restos de uma sepultura protomegalítica. 7 - Quinta do Gato 4 Sepultura protomegalítica, com mamoa bem pronunciada e dois esteios in situ e um outro aparentemente recolocado a servir de marco de divisão de propriedade; outros blocos dispersos na área podem ter pertencido ao monumento. 8 - Escoural 1 Anta de corredor com três esteios do lado Norte (um deles truncado) e dois esteios do lado Sul, mais três esteios de corredor; um dos esteios Norte é um bloco espesso que pode corresponder a um menir reutilizado. O chapéu está fracturado e tombado para W. A câmara mede perto de 2 m de diâmetro e o corredor conserva cerca de 2,20 m. FIG. 3 Anta do Escoural 1 e sepultura do Escoural 2. MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 354

5 FIG. 4 Sepultura protomegalítica da Quinta do Gato Escoural 2 Sepultura protomegalítica anexa ao monumento anterior; tem cerca de 2,60 m de comprimento, por 1,60 m de largura máxima. Conserva 3 esteios, mais ou menos in situ e outros possíveis esteios tombados e deslocados Quinta do Gato 3 Povoado aberto, numa área em que afloram grandes blocos graníticos. Cerâmica manual, incluindo bordo espessado, lasca de sílex, machado de secção arredondada, percutores e mós Quinta do Gato 2 Sepultura protomegalítica, de planta subtrapezoidal, aberta a Nascente; conserva o esteio de cabeceira, um esteio do lado Sul e dois do lado Norte, aflorando, no máximo, uns escassos 0,40 m acima do solo. Mede cerca de 1 m de largura na câmara e, aparentemente, pelo menos, 2,50 m de comprimento Quinta do Gato Anta de corredor, de granito, de dimensões médias, com restos de mamoa; conserva três esteios do lado Norte e um esteio do lado Sul, mais ou menos in situ, para além de um esteio de corredor de cada lado. O chapéu aparece tombado e fracturado, na entrada da câmara. O diâmetro máximo da câmara ronda os 2,50 m Tojal Recinto megalítico formado por 17 menires de granito, na maioria arrancados e tombados mas, aparentemente, localizados nas proximidades da posição original. O recinto desenha, em planta, uma ferradura, com o eixo alinhado solsticialmente a aberta a Nascente, no sentido do declive. Implanta-se junto ao topo de uma encosta, muito inclinada no troço 355 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

6 FIG. 5 Aspectos do recinto megalítico do Tojal, antes e depois da limpeza. superior e exposta a Nascente. O substrato é constituído por depósitos terciários, embora a uma escassa centena de metros aflorem os granitos. Destaca-se, mais ou menos centrado no lado ocidental do recinto, um menir de maiores dimensões (menir 15) que foi usado como referência para divisão de propriedades e sobre o qual foi gravado um motivo constituído por cinco triângulos dispostos em cruz. O conjunto mede sensivelmente 18 m de comprimento (E-W), por 16 m de largura (N-S) Tojal 3 Achado avulso (dormente de mó manual) que, associado às cerâmicas recolhidas na escavação do menir do Tojal, permite supor a existência de uma área de actividade de cariz doméstico, na área compreendida entre o recinto e o menir Tojal 2 Anta de corredor, de granito, com a mamoa muito bem conservada, recobrindo ainda o chapéu do monumento; no lado Sul aflora uma parte do chapéu e o topo de esteios; um outro, possivelmente do corredor, foi recolocado a servir de limite de propriedade e suporte de vedação e apresenta o mesmo motivo de triângulos em cruz que se observa no menir 15, no recinto do Tojal Menir do Tojal Menir de contorno ovóide, com cerca de 2,35 m de comprimento, por cerca de 1 m de diâmetro máximo. O menir encontrava-se tombado com alguma inclinação, mantendo a base enterrada, mais ou menos in situ. O topo, na face que se encontrava exposta, aparece decorado com um painel de covinhas. A escavação permitiu detectar o alvéolo de implantação do menir e a respectiva coroa de sustentação, para além de algumas cerâmicas de fabrico manual, pouco características, e de um pequeno conjunto de artefactos de sílex, nomeadamente um buril diedro, lascas e lamelas; estes artefactos foram recolhidos nas terras exteriores à estrutura de implantação do monólito Carapetal 1 Anta de corredor, de granito, com sete esteios na câmara e 8 no corredor; chapéu in situ e restos de mamoa conservados. MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 356

7 FIG. 6 Mamoa da anta do Tojal 2, vista de W. FIG. 7 Aspectos do menir do Tojal, antes e depois da escavação Carapetal 2 Anta de corredor, de granito, com sete esteios na câmara; chapéu tombado e vestígios de corredor e mamoa Carapetal 3 Achado avulso, constituído por dois dormentes de mós manuais barquiformes, eventualmente indiciadores de um sítio de habitat. 357 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

8 FIG. 8 Dormente de mó manual do Carapetal Polome Sepultura protomegalítica, com esteios de granito, muito mal conservada; são visíveis três esteios mais ou menos in situ e vestígios de mamoa. Apresenta uma largura da ordem de 1m, sendo o comprimento impossível de calcular, sem escavação Olival 3 Anta de corredor, de granito. Conserva cinco esteios na câmara e restos do corredor. 21 Anta da Herdade do Tojal Pequena anta de corredor; conserva quatro esteios da câmara e restos de um kerb de contenção da mamoa, com cerca de 15 m de diâmetro Casas de Baixo 2 Sepultura protomegalítica desmantelada, de que resta, aparentemente, apenas um esteio cravado e outros amontoados Casas de Baixo Recinto megalítico desmantelado. Resta um menir tombado, junto ao topo de uma encosta exposta a Nascente, com cerca de 2,65 m de comprimento por 1,07 m de diâmetro máximo, para além de um conjunto de 5 menires amontoados a jusante, junto de afloramentos e escombros. Todos os monólitos são de granito. MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 358

9 FIG. 9 Sepultura da Chaminé e vista da respectiva mamoa (2 fotos) Casas de Baixo 3 Anta de corredor, de granito. São visíveis 3 esteios mais ou menos in situ Freiras Área de habitat, onde foram recolhidas algumas cerâmicas de fabrico manual, lascas e lamelas de sílex e percutores Chaminé Sepultura protomegalítica, aberta a Nascente, com sete esteios de granito e de gnaisse; mede cerca de 1 m de largura máxima, por 1,70 m de comprimento. A estrutura localiza-se, de uma forma algo insólita, no topo de um montículo aparentemente artificial. 3 - Comentários 3.1. Os monumentos funerários Os monumentos, aqui designados como sepulturas protomegalíticas, são pequenas estruturas funerárias de planta alongada, sem corredor diferenciado e uma delas, pelo menos, apresenta planta fechada; geralmente conservam alguns vestígios das mamoas. Numa primeira abordagem, pode afirmar-se que os melhores paralelos, no Alentejo Central, são as conhecidas sepulturas em ferradura de Pavia (Correia, 1921; Rocha, 1999), embora, nos últimos anos, se tenham vindo a identificar, noutras áreas do Alentejo Central, sepulturas estruturalmente análogas, em termos de planta e alçado, construídas quer em granito quer em xisto ou outras rochas metamórficas; nestes monumentos, verifica-se, com frequência, uma estreita associação espacial com antas de corredor, essas de porte efectivamente megalítico. Refiro-me nomeadamente a alguns monumentos ainda inéditos, no concelho de Évora (Herdade de Vale de Moura, Albardeira, Murteiras, Cabanas, etc.). Por outro lado, os monumentos aqui referidos como antas de corredor correspondem, nos casos em que é possível avaliar o esquema estrutural a que obedecem, ao tipo melhor documentado na região, com câmaras poligonais geralmente de sete esteios e corredores 359 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

10 bem diferenciados, com um desenvolvimento em alçado completamente distinto do das sepulturas protomegalíticas. Uma delas (n. o 2), apresenta-se parcialmente desmantelada, enquanto, pelo contrário, uma outra (n. o 15) aparece ainda coberta pela mamoa e com o chapéu mais ou menos in situ, o que sugere, no mínimo, um bom estado de conservação estratigráfica dos espólios. A velha questão da cronologia relativa dessas duas categorias de monumentos, não pode ainda, a meu ver, considerar-se encerrada: entre nós, a maioria dos autores que se tem pronunciado sobre o assunto, aceita, mais ou menos pacificamente, a tese tradicional sustentada, por exemplo, pelos Leisner (Leisner, 1949; Leisner e Leisner, 1951, 1953, 1959), segundo a qual os pequenos monumentos funerários seriam genericamente anteriores aos grandes, de acordo com um modelo evolutivo em que se parte do mais simples para o mais elaborado, mesmo que com um eventual regresso a fórmulas simples. Evitando a repetição dos argumentos que têm sido esgrimidos em defesa dessa leitura (contra, Bueno 1994; Oliveira, 1995), penso que, com o cuidado de evitar generalizações abusivas, os dados do Tojal a favorecem. É certo que é necessário aceitar a contemporaneidade, pelo menos parcial, entre os dois tipos de sepulturas, para além da existência de formas intermédias e das reconhecidas assimetrias regionais (o que não erradica, só por si, o modelo evolucionista) (Jorge, 1986). Por outro lado, alguns autores, tendo como base de apoio as realidades megalíticas de outras áreas da Europa atlântica, têm recentemente, embora sem arrastar necessariamente consensos, teorizado a antiguidade relativa dos monumentos com estrutura pétrea mais elementar, em comparação com os monumentos de câmara e corredor funcional (passage graves, dolmens a couloir) (Bradley, 1993, 1997, 1998). Os monumentos distinguir-se-iam basicamente em dois grandes grupos: os que, na sequência dos enterramentos, eram fechados e ficavam internamente inacessíveis e os que permitiam o acesso continuado dos vivos e a acumulação dos enterramentos (primários ou secundários). Tratar-se-ia, em termos culturais, de uma mudança de ênfase gradual de ritos funerários para ritos dos antepassados (Bradley, 1998, p. 62). Em termos peninsulares, o melhor exemplo de relação cronológica entre esses dois grupos encontramo-lo no Dolmen de Dombate, cuja sobreposição a uma pequena sepultura protomegalítica não deixa qualquer dúvida, em termos de sequência estratigráfica: de facto, a estrutura tumular de Dombate Recente (dólmen de corredor) sobrepõe e oculta a mamoa que recobria o monumento de Dombate Antigo. Também alguns casos bretões, como o famoso tumulus de S. Michel, o monumento do Mané-Lud ou o recentemente escavado Petit Mont d Arzon, parecem ser estratigraficamente inequívocos: os dolmens de corredor são posteriores às sepulturas de planta fechada que os tumuli originais recobriam. Regressando ao SW peninsular, os monumentos de um e outro tipo ocorrem frequentemente lado a lado, nos mesmos contextos geográficos, embora não se conheçam sobreposições inequívocas como as que referi. No entanto, parece-me pertinente recordar que os espólios das sepulturas protomegalíticas excluem sistematicamente uma série de artefactos habituais nas sepulturas megalíticas de corredor e nos monumentos que regionalmente se lhes seguiram: os tholoi. Por outro lado, a sequência anta de corredor-tholos, aqui em aparente oposição às cronologias bretãs, aparece atestada, em indiscutíveis estratigrafias horizontais, em alguns monumentos alentejanos, com um destaque especial para o extraordinário conjunto do Olival da Pega 2 (Gonçalves, 1999). MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 360

11 FIG. 10 Planta geral de Dombate. Dombate antigo (com restos da câmara, da estrutura de acesso, em rampa, e do anel de contenção da mamoa). É visível à direita (Norte) da câmara de Dombate recente (Bello, 1995). 361 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

12 Neste caso, o corredor da Anta 2 do Olival da Pega foi bloqueado, numa dada fase de uso do conjunto, e foram construídas derivações laterais que davam acesso a sepulturas de falsa cúpula, com espólios muito ricos e que denotam uma boa continuidade cultural com os das sepulturas megalíticas. Aliás, um dos aspectos em que a sequência evolutiva tradicional (sepulturas protomegalíticas antas de corredor tholoi) parece confirmar-se é precisamente a riqueza diferencial dos espólios, aspecto que deriva naturalmente de preceitos rituais generalizados, pelo menos em termos regionais. Nas sepulturas mais antigas, que parecem corresponder, na sua maioria, a um único enterramento ou, pelo menos, a um único episódio de enterramento, as oferendas são, como se disse, sempre muito pobres: frequentemente, resumemse a alguns instrumentos de pedra polida, escasso sílex e, mais raramente ainda, fragmentos cerâmicos de tipologia pouco definida. A diversidade de artefactos depositados e, muitas vezes, a abundância dos mesmos, parece desenvolver-se em crescendo, com o auge nas sepulturas de falsa cúpula. Convém, a propósito, observar que a distinção entre monumentos de xisto e monumentos de granito, se bem que pertinente, é pouco eficaz no que diz respeito às tipologias arquitectónicas e cronologias. Efectivamente, conhecem-se muitas antas de xisto de grandes dimensões, assim como pequenas sepulturas protomegalíticas de granito, como as que apresento neste trabalho. Um modelo desenvolvido recentemente para a bacia do Sever (Oliveira, 1997) sugere a existência de comunidades distintas, com distintas bases económicas (os terrenos xistosos são agricolamente mais pobres) implantadas uma nos xistos e outra nos granitos da região; esses grupos seriam genericamente contemporâneos e seriam as diferenças económicas entre ambos, a causa das diferenças notórias entre arquitecturas e espólios verificados no megalitismo funerário. Embora me pareça de reter a interpretação avançada nesse trabalho, particularmente no que diz respeito aos monumentos do Sever, é decerto difícil aplicá-la às situações como a do Tojal ou de Pavia, em que os monumentos dos dois tipos se distribuem regularmente nos mesmos territórios e se justapõem mesmo em alguns casos. Não nos podemos esquecer que o problema fundamental e o facto que tem alimentado algumas das polémicas em torno desta sequência evolutiva é a existência de formas intermédias que devem corresponder a ritmos e formas diferenciadas de absorver e aplicar as novas ideias, nas diversas áreas. Efectivamente, entre as sepulturas protomegalíticas mais básicas (de planta fechada ou em ferradura) e as grandes antas de corredor, encontramos uma diversidade notável de situações que, cronologicamente, se podem sobrepor tanto aos mais antigos como aos mais recentes: é o caso de monumentos (geralmente de xisto) que embora tenham bem definida a câmara e o corredor, apresentam dimensões que tornam o acesso apenas simbólico (como a Anta 1 do Lucas) (Calado, 1994), ou de monumentos com dimensões que permitiam o acesso repetido, mas com corredores incipientes (como o Poço da Gateira). A ideia de que os corredores sem funcionalidade aparente são posteriores aos verdadeiros corredores funcionais e se inspiram neles (Bueno, 1994), embora plausível, não elimina a possibilidade de se tratar precisamente do inverso: o corredor (sobretudo se é longo) é, mais do que uma estrutura funcional, um artifício simbólico tal como a própria abertura das sepulturas protomegalíticas, uma vez que o acesso à câmara funerária teria que se fazer por cima As sepulturas protomegalíticas abertas prenunciam, aliás, toda o esquema simbólico/arquitectónico que se vai desenvolver nas antas de corredor e nos tholoi. Desde a escolha MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 362

13 da implantação (exposta a Nascente) até ao aspecto exterior (as estruturas pétreas eram recobertas por montículos artificiais), passando pela orientação da entrada (e do eixo maior), percebe-se uma gramática arquitectónica que, curiosamente, se aplicou igualmente, em vários aspectos, na construção dos recintos megalíticos do Alentejo Central e alguns da Bretanha. Seja como for, a existência de uma fase, mais ou menos longa, de transição entre os monumentos fechados e os monumentos abertos terá dado lugar a situações de contemporaneidade relativa entre modalidades distintas, embora seja mais natural que, em áreas muito restritas, como é o caso do conjunto do Tojal, as diferenças impliquem, sobretudo, relações diacrónicas. Talvez se justificasse mesmo, a par do conceito de protomegalitismo (referido a monumentos cujo porte dificilmente se enquadra no conceito de megalitismo etimológico, uma vez que não foram construídos com grandes pedras, mas nos quais se reconhece o germe das verdadeiras construções megalíticas funerárias), a utilização do conceito de epimegalitismo, para as sepulturas de falsa cúpula ou mesmo de paramegalitismo para os monumentos que, sendo eventualmente contemporâneos dos monumentos megalíticos, apresentam dimensões mais discretas Os menires A descoberta do recinto do Tojal, de que restam actualmente visíveis apenas 17 menires, todos tombados, permitiu uma nova aproximação à planta deste tipo de monumentos; com efeito, uma revisão dos dados disponíveis sugere que a concepção dos recintos megalíticos teve como matriz um semicírculo alongado, em forma de ferradura. Essa forma básica, igualmente presente na maioria dos recintos megalíticos bretões (destacam-se os dois monumentos gémeos de Er-Lannic, no Morbihan) parece ter sido aplicada em praticamente todos os recintos alentejanos cuja planta se conservou minimamente. Efectivamente, as lacunas observadas na extremidade oriental de alguns dos monumentos melhor preservados, têm vindo a ser interpretadas como amputações posteriores à concepção/construção dos mesmos, tendo as diversas interpretações avançadas oscilado entre a forma elíptica e, com muito menos verosimilhança, a forma circular destes recintos. Por outro lado, o monumento do Tojal ilustra perfeitamente algumas observações sobre a relação entre os recintos megalíticos e a paisagem, nomeadamente: a implantação junto ao topo (mas não no topo) de encostas expostas a Nascente (também com analogias na implantação dos menires bretões) (Giot, 1988, p. 321). a existência de um eixo de simetria Leste-Oeste, a par de uma manifesta assimetria definida pelo eixo Norte-Sul e com uma monumentalidade claramente reforçada no lado ocidental, onde se destaca, mais ou menos centrado, um menir de maiores dimensões. a opção por terrenos não-graníticos, nas proximidades das manchas graníticas. O recinto do Tojal, apesar de apresentar a quase totalidade dos menires tombados, não parece, mesmo assim, ter sofrido amputações significativas, uma vez que a distribuição espacial dos monólitos se apresenta bastante regular, desenhando uma forma em ferradura, aberta a nascente. Essa forma pode, como acima sugeri, derivar do mesmo fundo conceptual que deu origem às diferentes formas de monumentos funerários proto-megalíticos e megalíticos, reforçando um certo parentesco entre as diferentes manifestações do megalitismo regional. 363 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

14 FIG. 11 Planta do recinto megalítico do Tojal. Por outro lado, o estudo do menir do Tojal permitiu também destacar alguns resultados interessantes para o estudo do fenómeno megalítico centro-alentejano. Salienta-se, antes de mais, o facto de na extremidade distal, e apenas na superfície exposta, o monólito apresentar um conjunto de covinhas de diversas dimensões que, ao que tudo leva a crer, foram insculpidas já com o monólito tombado; esta evidência foi igualmente reconhecida em alguns outros menires da região, nomeadamente o de Vale de Cardos, o menir central do recinto do Xerez ou o menir maior dos Perdigões. Em termos de implantação, o menir do Tojal centra-se numa lomba aplanada, com uma cobertura de depósitos de matriz argilosa; trata-se da extremidade meridional de uma elevação dominante, que emerge por entre terrenos pontuados por afloramentos graníticos e em cuja extremidade Norte se localiza o recinto megalítico do Tojal. Note-se, ainda, o facto de o menir do Tojal se localizar, com bastante aproximação, numa linha formada pelo recinto do Tojal e pelos restos desmantelados de um outro presumível recinto megalítico: o conjunto das Casas de Baixo; este monumento, dista cerca de 1750 m do menir do Tojal que, por sua vez, está a cerca de 500 m do recinto com o mesmo nome. De entre os resultados obtidos na escavação do menir do Tojal, destaca-se, em primeiro lugar, a confirmação, sem qualquer margem para dúvidas, do respectivo local de implantação, assim como a determinação das dimensões, forma e estruturas de fixação do monólito. Por outro lado, apesar de escassos, os artefactos recolhidos forneceram alguma informação pertinente sobre a cronologia do monumento: os fragmentos cerâmicos são, infelizmente, pouco expressivos, uma vez que se trata de peças lisas, com bordos simples; porém, os artefactos de sílex, sobretudo o buril diedro e as lamelas, indicam uma presença, no local, de grupos neolíticos, genericamente enquadráveis no Neolítico antigo/médio. Na verdade, a escavação de menires e recintos megalíticos centro-alentejanos tem vindo a revelar a presença sistemática de indústrias micro-laminares, a par de uma ausência ou escassez de cerâmicas, o que sugere uma utilização não habitacional desses sítios arqueológicos (Calado, 2000; Gomes, 2000). MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 364

15 FIG. 12 Plantas comparadas dos recintos megalíticos alentejanos melhor conservados. 365 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

16 FIG. 13 Materiais da escavação do menir do Tojal. Outro aspecto a registar, pela negativa, foi a ausência de materiais embalados nas terras do enchimento do alvéolo, o que sugere uma anterioridade da implantação do menir em relação à deposição dos materiais nas terras que o envolvem. O conjunto do Tojal ocupa uma área relativamente periférica na distribuição regional dos menires e recintos megalíticos; trata-se, efectivamente, dos menires alentejanos mais próximos do estuário do Sado; esse carácter periférico é acentuado pelo facto de haver uma notória diferença de escala em comparação com os menires e recintos de Évora, tanto quanto ao número de monólitos envolvidos como quanto às dimensões dos mesmos. Outro aspecto relevante, mais uma vez pela negativa, é a ausência aparente das gravuras nos conjuntos mais modestos e mais afastados do núcleo central de Almendres, Portela de Mogos e Vale Maria do Meio. A proximidade relativa entre os recintos do Tojal e das Casas de Baixo (desmantelado) distância de cerca de 2250 m, mediada, mais ou menos em linha recta, pelo menir do Tojal recorda a proximidade entre os recintos de Vale Maria do Meio e da Portela de Mogos ou do recintos de Cuncos e do Sideral; nestes últimos casos, as distâncias envolvidas são ainda menores. A relação cronológica entre os menires e os restantes sítios pré-históricos da área do Tojal permanece, em grande medida, conjectural. Com base na informação disponível noutras áreas do Alentejo Central e noutras regiões megalíticas da Europa atlântica, tenho vindo a propor uma sequência genérica para o fenómeno megalítico alentejano que se iniciaria com a erecção de menires e a construção de recintos megalíticos, numa fase anterior ou paralela à construção das sepulturas protomegalíticas (Calado, 1990, 1993, 1995, 1997a, 1997b, 2000a, 2000b). Alguns dados recentes parecem corroborar essa proposta (Oliveira, 1997; Gomes, 2000), a par dos dados sobejamente conhecidos, referentes ao menires do Morbihan. MUITA GENTE, POUCAS ANTAS? ORIGENS, ESPAÇOS E CONTEXTOS DO MEGALITISMO ACTAS DO II COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE MEGALITISMO 366

17 4 - Os vestígios domésticos Extremamente discretos, os indícios de ocupação pré-história na área envolvente dos menires do Tojal, parecem abarcar uma diacronia concordante com a que é sugerida pela presença dos diferentes tipos de monumentos. Não foi cabalmente demonstrada qualquer ocupação do Neolítico antigo, análoga às que se reconhecem na área de Évora ou de Reguengos de Monsaraz, faltando sobretudo as cerâmicas decoradas; no entanto, a recolha de indústrias micro-laminares (e a ausência de lâminas espessas ou pontas de seta) em dois dos núcleos de habitat (Quinta do Gato 8, n. o 1, e Freiras, n. o 26), assim como nas escavações do menir e do recinto do Tojal, apontam para cronologias do Neolítico antigo ou médio, disjuntiva que, provavelmente, só pode ser ultrapassada através de sondagens nos referidos locais de habitat e nas imediações do menir do Tojal. O povoado da Quinta do Gato 3, onde se recolheu um bordo espessado, pode, por outro lado, corresponder à fase mais recente do complexo funerário, assim como eventualmente o local onde foram registados dois dormentes de mó manual (Carapetal 3, n. o 19). Convém salientar que as deficientes condições de visibilidade do solo, na maior parte da área, pode ser responsável pela relativa escassez de lugares de habitat. O sítio da Quinta do Gato 8 insere-se no mesmo padrão locativo que a maioria dos povoados do Neolítico antigo centro-alentejano: áreas que se demarcam pela presença de grandes afloramentos graníticos de formas arredondadas; pelo contrário, o sítio das Freiras localiza-se em terrenos de cobertura terciária, perfeitamente limpos de afloramentos, o que pode, por hipótese, implicar uma datação menos antiga. BIBLIOGRAPHIE ALMEIDA, F.; FERREIRA, O. da V. (1971) - Um monumento pré-histórico na Granja de S. Pedro (Idanha-a-Velha). In Actas do II Congresso Nacional de Arqueologia. Lisboa: Junta Nacional de Educação I, p ALVIM, P. ( ) - Sobre alguns vestígios de paleoastronomia no cromeleque dos Almendres. A Cidade de Évora. Évora. 2, p BAILLOUD, G.; BOUJOT, C.; CASSEN, S.; LE ROUX, C-T. (1995) - Carnac. Les Premières architectures de pierre. Paris. BOUJOT, C.; CASSEN, S. (1997). - Néolithisation et monumentalité funéraire: explorations du tertre de Lannec er Gadouer à Erdeven (Morbihan, France). In RODRÍGUEZ CASAL, A., ed. - O Neolitico atlántico e as orixes do Megalitismo. Actas do Coloquio Internacional, Santiago de Compostela, Santiago de Compostela: Universidade. BOUJOT, C.; CASSEN, S. (1998) - Tertres armoricains et tumulus carnacéens dans le cadre de la néolithisation de la France occidentale. In GUILAINE, J., ed. - Sépultures d Occident et genèses des mégalithismes ( avant notre ère). Paris: Errance, p BOUJOT, C.; CASSEN, S.; VAQUERO LASTRES, J. (1998) - Some abstraction for a practical subject: the neolithization of western France seen through funerary architecture. Cambridge Archaeological Journal. Cambridge. 8:2, p BOUJOT, C.; CASSEN, S.; AUDREN, C.; ANDERSON, P.; GREGOR, M.; GOUEZIN, P. (1998) - Prélude à l étude des tertres funéraires néolithiques d Armorique Sud. In Actes du XXI e colloque Inter-régional sur le Néolithique. Poitiers, p BRADLEY, R. (1993) - Altering the Earth. Edimburgh: Society of Antiquaries of Scotland (Monograph Series; 8). BRADLEY, R. (1997) - Rock art and the Prehistory of Atlantic Europe. London: Routledge. BRADLEY, R. (1997) - Symbols and signposts understanding the prehistoric petroglyphs of the British Isles. In RENFREW, C.; ZUBROW, E., eds. - The Ancient Mind. Elements of cognitive archaeology. Cambridge: Cambridge University Press. BRADLEY, R. (1998) - The significance of the monuments. London: Routledge. 367 MEGALITISMO, MEGALITISMOS: O CONJUNTO NEOLÍTICO DO TOJAL (MONTEMOR-O-NOVO)

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