UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL. Por: FÁTIMA CRISTINA TAVARES BELEM

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL Por: FÁTIMA CRISTINA TAVARES BELEM Orientador Prof. Carlos Afonso Leite Leocádio RIO DE JANEIRO 2011

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Por: Fátima Cristina Tavares Belém.

3 3 RESUMO A abolição da escravatura se deu no país com o advento da Lei Áurea, a qual conferiu a todas as pessoas escravizadas a sua tão sonhada liberdade. Entretanto, apesar disto ter ocorrido há mais cem anos, o uso do trabalho escravo ainda permanece: é o denominado trabalho escravo contemporâneo. As poucas oportunidades existentes são os caminhos perfeitos encontrados pelos donos de fazendas para o aliciamento daqueles que buscam melhorar as condições de vida de sua família e a sua própria. Diante desta crescente realidade em nosso país, o Governo, sociedades civis, e organizações não governamentais têm tomado medidas para tentar reprimir ao máximo essa calamidade social que insiste em permanecer.

4 4 METODOLOGIA O estudo que ora se apresenta foi levado a efeito a partir do método da pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em diversos tipos de publicações, como livros e artigos em jornais, revistas e outros periódicos especializados, além de publicações oficiais da legislação e da jurisprudência, bem como diversos arquivos dispostos na internet e CD-ROM. Por outro lado, a pesquisa que resultou nesta monografia também foi empreendida através do método dogmático, porque teve como marco referencial e fundamento exclusivo a dogmática desenvolvida pelos estudiosos que já se debruçaram sobre o tema anteriormente, e positivista, porque buscou apenas identificar a realidade social em estudo e o tratamento jurídico a ela conferido, sob o ponto de vista específico do direito positivo brasileiro. Adicionalmente, o estudo que resultou neste trabalho identifica-se, também, com o método da pesquisa aplicada, por pretender produzir conhecimento para aplicação prática, assim como com o método da pesquisa qualitativa, porque procurou entender a realidade a partir da interpretação e qualificação dos fenômenos estudados; identifica-se, ainda, com a pesquisa exploratória, porque buscou proporcionar maior conhecimento sobre a questão proposta, além da pesquisa descritiva, porque visou à obtenção de um resultado puramente descritivo, sem a pretensão de uma análise crítica do tema.

5 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...7 CAPÍTULO I O QUE É TRABALHO ESCRAVO E QUAIS SÃO AS SUAS MODALIDADES? O QUE É TRABALHO ESCRAVO? CONCEITUAÇÃO JURÍDICA DIFICULDADES MODALIDADES...15 CAPÍTULO II COMO ALGUÉM SE TORNA ESCRAVO? DE QUE MANEIRA UMA PESSOA LIVRE SE TORNA ESCRAVA? DE QUE MANEIRA UMA PESSOA ESCRAVIZADA SE TORNA LIVRE?...18 CAPÍTULO III QUAIS SÃO AS MEDIDAS DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO?...21 CAPÍTULO IV QUAIS SÃO AS LEGISLAÇÕES UTILIZADAS PARA A VEDAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO?...26

6 6 CAPÍTULO V COMO A JUSTIÇA DO TRABALHO JULGA OS CASOS DE ESCRAVIDÃO NO PAÍS? INTRODUÇÃO COMPETÊNCIA: FEDERAL OU ESTADUAL? JUSTIÇA DO TRABALHO AÇÃO CIVIL PÚBLICA DECISÕES DOS TRIBUNAIS...38 CONCLUSÃO...39 BIBLIOGRAFIA...,41

7 7 INTRODUÇÃO O presente trabalho é um estudo sobre o trabalho escravo no Brasil. Nesse contexto, o trabalho mostra: o que é o trabalho escravo e as suas modalidades; como alguém se torna escravo; quais são as medidas de combate ao trabalho escravo; e, quais são as legislações utilizadas para a vedação do trabalho escravo. Adicionalmente, o presente estudo apresenta como a Justiça do Trabalho tem julgado os casos de escravidão no país. Decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho foram reunidas e destacadas, nesta pesquisa, com o intuito de facilitar a compreensão do texto. O estudo do tema e das questões analisadas em torno do mesmo justifica-se pelo fato de sua grande importância no meio jurídico e social, já que visa demonstrar a quebra dos direitos mínimos trabalhistas das pessoas escravizadas, a busca de soluções para o combate desse crime, bem como a atuação do Judiciário trabalhista frente a esta questão. A pesquisa que precedeu esta monografia teve como ponto de partida o pressuposto de que o estudo deste tema possui grande importância no meio jurídico e social, já que visa demonstrar a quebra dos direitos mínimos trabalhistas das pessoas escravizadas, a busca de soluções para o combate desse crime, bem como a atuação do Judiciário Trabalhista frente a esta questão. Visando um trabalho objetivo, cujo objeto de estudo seja bem delineado e especificado, a presente monografia dedica-se, especificamente, às questões relativas ao direito do trabalho brasileiro e da Justiça do Trabalho brasileira. Este estudo pretende se dedicar, ainda, ao estudo histórico no tocante ao trabalho escravo, desde os seus primeiros registros até os dias de hoje. As regiões norte, nordeste e centro-oeste do país terão maior enfoque, já que os índices de trabalho escravo se fazem mais presentes nestes locais.

8 8 Este trabalho dá início às suas pesquisas discorrendo sobre o que venha ser o trabalho escravo, de forma breve, passa pela parte histórica até os dias atuais. Expõe comentários sobre as dificuldades existentes sobre qual seria a maneira mais acertada de se conceituar juridicamente o trabalho escravo. Fala sobre a nomenclatura trabalho escravo contemporâneo e, apresenta algumas modalidades de trabalho escravo. Não se pretende, evidentemente, esgotar todas as formas de trabalho escravo, e, por isso, fala-se das principais. O capítulo seguinte reúne informações, retiradas da rede mundial de computadores (internet), de como uma pessoa, em pleno gozo de sua liberdade, transforma-se em uma pessoa escravizada. E, o contrário também se comenta, ou seja, como a pessoa que se encontra em condições análogas à de escravo se torna livre novamente. No terceiro capítulo, falamos sobre as medidas de combate ao trabalho escravo, que aponta necessidades a serem supridas, não apenas pelo estado, mas como também pela sociedade civil, e os demais órgãos não governamentais. A união de todos, com certeza, facilitará a solução do problema. Contudo, enquanto isso não ocorre, de maneira intensiva, foi criado um cadastro especial público das empresas que possuíam escravos em suas propriedades. Tal cadastro, denominado lista suja, impossibilita o acesso a diversos benefícios conferidos pelo Governo. No quarto capítulo, elencamos várias legislações utilizadas para a vedação do trabalho escravo, tanto nacionais, como internacionais. Finalmente, no último capítulo, exprimimos como a Justiça do Trabalho julga os casos de escravidão no país. Necessário se fez comentar sobre a questão, ainda não decidida, sobre quem é o órgão judiciário competente para julgar os casos relativos a trabalho escravo. A questão está em suspenso e ainda não se tem previsão de data para o julgamento em Plenário. A Justiça do Trabalho, por sua vez, diz-se competente para tal, já tendo julgando diversas causas, em especial, ações civis públicas, promovidas pelo Ministério Público do Trabalho.

9 9 CAPÍTULO I O QUE É TRABALHO ESCRAVO E QUAIS SÃO AS SUAS MODALIDADES. 1. O que é trabalho escravo? Segundo definição estampada no dicionário Aurélio, escravo é aquele que está sujeito a um senhor, como propriedade dele 1. A proposição trabalho escravo nos remete a conjecturar sobre as cenas de pura crueldade que os negros da África sofreram na época anterior à abolição da escravatura em O padecimento a que eram submetidas todas aquelas pessoas, retiradas violentamente de suas famílias, enviadas para terras longínquas, obrigadas a trabalhar até a exaustão, com o único intuito de satisfazer o desejo de lucro de seus senhores, é algo, todavia, impossível de se imaginar nos dias de hoje. A abolição da escravatura no país se deu com a Lei Áurea, a qual devolveu a todos os trabalhadores a liberdade. Mas, podemos verificar, entretanto, através de reportagens nos mais diversos veículos de comunicação que a lei mencionada acima não tem sido observada por inteiro, já que muitos trabalhadores são seduzidos em lugares distantes daqueles onde vão realmente trabalhar, acreditam que terão carteira assinada, local para morar, alimentação, e etc., ou seja, dignas condições de trabalho. Na realidade, esses trabalhadores são obrigados a realizar um trabalho forçado e degradante, e lá se veem diante de doenças e maus tratos. 1 Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, p.800.

10 Com relação ao pagamento, este permanece retido pelo patrão como forma de ressarcimento por todos os gastos que ele obteve. Isso engloba desde o transporte até o local do trabalho, a alimentação, as ferramentas, e tudo mais que está em desacordo com a legislação. Como ilustração, abaixo, mostramos um quadro comparativo entre a nova e antiga escravidão, retirado do site Repórter Brasil Agência de Notícia 2. Brasil Antiga escravidão Nova escravidão Propriedade legal Permitida Proibida Custo de aquisição de mão-de-obra Lucros Mão-de-obra Relacionamento Diferenças étnicas Manutenção da ordem 2 Alto. A riqueza de uma pessoa podia ser medida pela quantidade de escravos Baixos. Havia custos com a manutenção dos escravos Escassa. Dependia de tráfico negreiro, prisão de índios ou reprodução. bales afirma que, em 1850, um escravo era vendido por uma quantia equivalente a R$ 120 mil Longo período. a vida inteira do escravo e até de seus descendentes Relevantes para a escravização Ameaças, violência psicológica, coerção física, punições exemplares e até assassinatos 10 Muito baixo. Não há compra e, muitas vezes, se gasta apenas o transporte Altos. Se alguém fica doente pode ser mandado embora, sem nenhum direito Descartável. Um grande contingente de trabalhadores desempregados. um homem foi levado por um gato por R$ 150,00 em eldorado dos Carajás, sul do Pará Curto período. Terminado o serviço, não é mais necessário prover o sustento Pouco relevantes. Qualquer pessoa pobre e miserável são os que se tornam escravos, independente da cor da pele Ameaças, violência psicológica, coerção física, punições exemplares e até assassinatos BRASIL. Comparação entre a nova escravidão e o antigo sistema. Disponível em < Acesso em: 18 de dezembro de 2010.

11 Conceituação Jurídica Dificuldades. É debatido na doutrina se o termo trabalho escravo é a forma mais acertada de configurar esse fenômeno que macula a imagem do nosso Brasil. Inúmeras nomenclaturas são usadas para qualificar o trabalho escravo como falta de liberdade. A realidade é que, seja trabalho forçado, escravo, ou qualquer outra denominação, ele existe e é muito comum, principalmente em áreas rurais, o que dificulta ainda mais a fiscalização e a atuação do Ministério Público do Trabalho. A Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho conceitua trabalho escravo da seguinte maneira: Trabalho forçado ou obrigatório como sendo todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente. 3 Por sua vez, a Convenção 105, da mesma Organização, lida com a questão da abolição do trabalho forçado. 4 A OIT utiliza como conceito de trabalho escravo o seguinte: toda a forma de trabalho escravo é trabalho degradante, mas o recíproco nem sempre é verdadeiro. O que diferencia um conceito do outro é a liberdade. 5 A chamada escravidão contemporânea é aquela em que o trabalho degradante engloba a privação da liberdade do trabalhador. Neste momento, a sua cor de pele não tem qualquer importância. As pessoas escravizadas são, em geral, muito pobres, não importando no que creem ou sua etnia. Por este motivo é que há debate na doutrina se o termo trabalho escravo é o mais correto, já que a escravidão ocorrida no passado é diversa da atual. 3 Artigo segundo da Convenção (29) sobre o Trabalho Forçado ou Obrigatório.1º de maio de Disponível em < Acesso em: 15 de janeiro de Artigo primeiro da Convenção (105) relativa a Abolição do Trabalho Forçado. 17 de janeiro de Disponível em < Acesso em: 15 de janeiro de RIBEIRO, Antonio Carlos Evangelista. O Trabalho Escravo. Disponível em < Acesso em 20 janeiro de 2011.

12 Mas, em ambas as escravidões, atual e antigamente, são mantidas e permanecem as ordens através de ameaças, punições físicas e psicológicas, e muitas vezes, assassinatos. Existem situações, ainda hoje, que impedem o trabalhador escravo de se desvincular de seu patrão. A escravidão antiga é diferente da dos dias atuais, isto é, da escravidão contemporânea, mas permanece a retirada da liberdade e da dignidade humana. No passado, era normal e permitido alguém ter outrem como seu escravo, mas hoje, essa ideia de propriedade ultrapassa todas as barreiras do possível, tanto legal quanto legitimamente. Podemos verificar que, na antiguidade, a escravidão era um tipo de investimento muito caro e poucas pessoas tinham condições de possuir um escravo. Cumpre asseverar que a não liberdade do considerado escravo moderno não se configura de maneira clara conforme o sistema de escravidão do antigo Brasil, no século XIX. Nos dias de hoje, não há quase gasto nenhum, pois sempre há donos de terras que pagam pelo deslocamento, e, ressarcemse fazendo com que os atuais escravos contraiam dívidas em seus estabelecimentos, gerando um círculo vicioso e muito lucrativo. Apesar das divergências existentes na doutrina, o termo trabalho escravo vem se consolidando no nosso país, consoante com a expressão disposta no lançamento no ano de 2003 do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo 6, onde não foram salientadas referências à escravidão que fora abolida, e sim os diversos tipos de abusos existentes. No ano de 2005, a Organização Internacional do Trabalho, em um relatório, reconheceu que o nosso país encara os episódios de trabalhos forçados nas convenções internacionais como trabalho escravo 7. Diante de tudo o que foi dito acima, 6 BRASIL. Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa. Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo. Disponível em < Acesso em 23 de fevereiro de BRASIL. Organização Internacional do Trabalho. Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo. Brasília: OIT, Disponível em < Acesso em 01 de fevereiro de

13 13 ao nos referirmos ao trabalho escravo no Brasil atual, estamos nos reportando à exploração de um indivíduo que está sendo coagido a desempenhar serviços de quaisquer tipos e em condições degradantes, sem a possibilidade de melhoria econômica ou social. Conforme nos menciona Rodrigo Garcia Schwarz, A escravidão contemporânea configura-se, portanto, em situações em que o trabalhador é reduzido, de fato, a condição análoga à de escravo, sendo-lhe suprimido o seu status libertatis 8. Identifica-se, portanto, na mitigação da liberdade do indivíduo, que tem que se submeter ao poder arbitrário de outrem, passando a exercer sobre aquela pessoa, de maneira totalmente ilegal, poderes idênticos ao direito de propriedade Modalidades Existem várias modalidades de trabalho escravo 10 pelo mundo e em nosso Brasil, e podemos mencionar como exemplos: o trabalho escravo infantil, o trabalho escravo rural, o trabalho escravo de mulheres e meninas com fins sexuais, e ainda, também, para trabalhos domésticos, entre outros. Todos os tipos de trabalhos declarados como forçados possuem dois pontos relevantes em comum, que são o uso da força - ou coação -e a privação da liberdade. No nosso país, como já dito anteriormente, o trabalho escravo é a somatória da ausência da liberdade com a superexploração do serviço. O trabalhador fica vinculado a uma dívida, tem todos os seus documentos e pertences contidos pelos patrões, é encaminhado para um lugar que pela sua geografia acaba dificultando a sua volta para sua casa e família ou ainda, é proibido sair da localidade por capangas que sempre estão armados. 8 NETO, Vito Palo. Conceito Jurídico e Combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo. 1 Ed. São Paulo: LTr, p SCHWARZ, Rodrigo Garcia. Trabalho Escravo A Abolição Necessária. 1 Ed. São Paulo: LTr, p BRASIL, Repórter. O Trabalho Escravo e a Legislação Brasileira. Disponível em < Acesso em 02 de fevereiro de 2011.

14 14 CAPÍTULO II COMO ALGUÉM SE TORNA ESCRAVO? 2.1. DE QUE MANEIRA UMA PESSOA LIVRE SE TORNA ESCRAVA? Os direitos trabalhistas corriqueiramente são desprezados, principalmente por aqueles que povoam o meio rural, as fronteiras agrícolas. Nestas localidades, existem alojamentos em precárias condições, alimentação insuficiente, demora ou mesmo o não pagamento pelos serviços prestados, e até o impedimento de sair do lugar, a ausência de própria liberdade, com os trabalhadores, a todo o momento, sendo ameaçados de morte. Essas pessoas, que sofrem com a falta de oportunidade na vida, acabam sendo ludibriadas em seus territórios de origem, sob as falsas promessas de um bom trabalho, excelentes salários, ótimas acomodações, alimentação farta, e por aí vai. Entretanto, o que se percebe é uma realidade completamente diversa da que foi apresentada inicialmente. Ameaças, violência, dívidas, assassinatos, e a mais pura impunidade existente. Diante destas situações corriqueiras em nossa sociedade, várias organizações não governamentais desenvolvem um excelente trabalho de luta contra o trabalho escravo. Esse trabalho visa alcançar uma melhor compreensão doutrinária e prática do que venha ser efetivamente o combate contra o trabalho escravo. Uma Organização não governamental que vem desempenhando este papel é a denominada Organização Não Governamental Repórter Brasil 11, 11 BRASIL. ONG Repórter. Disponível em < em 15 de dezembro de 2010.

15 15 a qual vem atacando de maneira contundente os casos de escravidão, adicionando a esta luta as possíveis formas de se identificar e exterminar com esse mal contemporâneo. Com relação a tudo dito anteriormente, foram desenvolvidos e minuciosamente apontados o passo a passo que acabam transformando um homem que está livre em um escravo. Esses passos foram retirados do site ONG Repórter Brasil: 1) Ao ouvir rumores de que existe serviço farto em fazendas, mesmo em terras distantes, o trabalhador ruma para esses locais. O Tocantins e a região Nordeste, tendo à frente os Estados do Maranhão e Piauí, são grandes fornecedores de mão-de-obra. 2) Alguns vão espontaneamente. Outros são aliciados por "gatos" (contratadores de mão-de-obra a serviço do fazendeiro). Estes, muitas vezes, vêm buscá-los de ônibus, de caminhão - o velho pau-de-arara - ou, para fugir da fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, pagam passagens para os trabalhadores em ônibus ou trens de linha. 3) O destino principal é a região de expansão agrícola, onde a floresta amazônica tomba diariamente para dar lugar a pastos e plantações. Os estados do Pará e Mato Grosso são os campeões em resgates de trabalhadores pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 4) Há os "peões do trecho" que deixaram sua terra um dia e, sem residência fixa, vão de trecho em trecho, de um canto a outro em busca de trabalho. Nos chamados "hotéis peoneiros", onde se hospedam à espera de serviço, são encontrados pelos gatos, que "compram" suas dívidas e os levam às fazendas. A partir daí, os peões tornam-se seus devedores e devem trabalhar para abater o saldo. Alguns seguem contrariados, por estarem sendo negociados. Mas há os que vão felizes, pois acreditam ter conseguido um emprego que possibilitará honrar seus compromissos e ganhar dinheiro. 5) Já na chegada, o peão vê que a realidade é bem diferente. A dívida que tem por conta do transporte aumentará em um ritmo crescente, uma vez que o material de trabalho pessoal, como botas, é comprado na cantina do próprio gato, do dono da fazenda ou de alguém indicado por eles. Os gastos com refeições, remédios, pilhas ou cigarros vão sendo anotados em um "caderninho", e o que é cobrado por um produto dificilmente será o seu preço real. Um par de chinelos pode custar o triplo.

16 16 Além disso, é costume do gato não informar o montante, só anotar. Uma foice, que é um instrumento de trabalho e, portanto, deveria ser fornecido gratuitamente pelo empregador, já foi comprada por um peão por R$ 12,00 do gato. O equipamento mínimo de segurança também não costuma existir. 6) Após meses de serviço, o trabalhador não vê nada de dinheiro. Sob a promessa de que vai receber tudo no final, ele continua a derrubar a mata, aplicar veneno, erguer cercas, catar raízes e outras atividades agropecuárias, sempre em situações degradantes e insalubres. Cobra-se pelo uso de alojamentos sem condições de higiene. 7) No dia do pagamento, a dívida do trabalhador é maior do que o total que ele teria a receber. O acordo verbal com o gato também costuma ser quebrado, e o peão ganha um valor bem menor que o combinado inicialmente. Ao final, quem trabalhou meses sem receber nada acaba devedor do gato e do dono da fazenda e tem de continuar a suar para quitar a dívida. Ameaças psicológicas, força física e armas também podem ser usadas para mantê-lo no serviço DE QUE MANEIRA UMA PESSOA ESCRAVIZADA DE TORNA LIVRE? A libertação das pessoas que estão escravizadas se dá através de vistorias inesperadas realizadas pelos Grupos Móveis do Ministério do Trabalho e Emprego. Sendo confirmado que há escravo no local, este grupo faz a aplicação de multas, e a consequente libertação destas pessoas. O maior índice de mão de obra escrava, após estudos realizados pela Organização Internacional do Trabalho, encontra-se nos Estados do Pará e do Mato Grosso. Até a data de 18 de agosto de 2010, conforme Relatórios Específicos de Fiscalização Para Erradicação do Trabalho Escravo, foram contabilizados sessenta e sete operações, cento e trinta e oito estabelecimentos inspecionados, mil trezentos e dezoito trabalhadores

17 17 resgatados, três milhões trezentos e setenta e três mil e cento e vinte e dois reais e sessenta e quatro centavos em pagamentos com indenizações, e por fim, mil seiscentos e noventa e dois autos e infração lavrados 13. De extrema importância, aqui, neste momento, mencionar a dinâmica de uma ação fiscalizadora e de seus integrantes. Abaixo, seguem oito pontos desta empreitada, retirados do site Repórter Brasil 14 : 1) Escravos que conseguem fugir das fazendas - muitas vezes andando dias até chegar em alguma cidade - ou que são liberados após o fim do serviço denunciam os maus-tratos. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Polícia Federal, Sindicatos, Cooperativas de Trabalhadores, entre outros, recebem as denúncias e as encaminham ao Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, e às Delegacias Regionais do Trabalho. Muitos trabalhadores têm medo de prestar queixa à polícia e às autoridades locais, pois há pessoas ligadas com os fazendeiros. 2) A Secretaria de Inspeção do Trabalho recebe e faz uma triagem dos casos. Um Grupo Móvel de Fiscalização é acionado e se dirige à região para averiguar as condições a que estão expostos trabalhadores. Quando encontram irregularidades, como superexploração, trabalho escravo ou infantil, aplicam autos de infração que geram multas, além de garantir que os direitos sejam pagos aos empregados. Funcionários do MTE de diversos estados integram esses grupos, que possuem especialistas em áreas como saúde e assistência jurídica. Também participam da ação procuradores do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Federal e policiais federais. 3) O grupo se encontra com o trabalhador ou a entidade que fez a denúncia e planeja a ação, que tem de ser realizada em total sigilo. A rede de informações de fazendeiros é extensa e, quando há rumores da presença de um grupo móvel na região, eles escondem os peões. 4) A fazenda é visitada por vários dias até que todos os locais de trabalho sejam vistoriados. Constatadas irregularidades, o dono da fazenda é obrigado a pagar todos os direitos trabalhistas aos peões no ato. Por exemplo, em maio de 2003, em uma fazenda no município de Marabá, Olavo recebeu R$ 40 mil, descontados os impostos, pelos seus 19 anos como carpinteiro da fazenda sem direito nenhum e com a audição comprometida por causa do serviço. Aos 64 anos, já tinha

18 passado da idade de se aposentar, mas tinha medo de parar de trabalhar por não ter a carteira de trabalho assinada. 18 5) O proprietário rural é obrigado a garantir transporte aos trabalhadores para fora da fazenda e hospedagem em local decente, caso o pagamento leve mais que um dia. O grupo móvel só vai embora depois que todos forem pagos e os autos de infração forem lavrados. O responsável pela fazenda ainda responderá a processo na Justiça. Uma ação de fiscalização completa pode levar mais de duas semanas, dependendo da gravidade da situação. 6) Se a situação encontrada for muito grave, o proprietário se negar a realizar o pagamento ou criar problemas ao trabalho do grupo móvel, o Ministério Público do Trabalho pode acionar a Justiça do Trabalho e a Procuradoria da República pedindo o congelamento das contas bancárias dos sócios no empreendimento e a prisão dos envolvidos. 7) A maior parte dos trabalhadores volta para sua casa e sua família. Pelo menos, até o dinheiro dos direitos pagos acabar. E a seca, o desemprego, a falta de terra e de crédito agrícola apertarem novamente. Outros, principalmente os "peões do trecho", continuam na região de fronteira agrícola, com a esperança de conseguir um serviço que pague bem e um patrão que os trate com dignidade. Apesar de ser uma minoria de fazendeiros que utilizam escravos, não é raro os trabalhadores serem enganados novamente. Há registros de peões libertados em quatro ocasiões distintas pelo grupo móvel de fiscalização. 12 BRASIL, Repórter. Como uma pessoa livre se torna escrava. Disponível em < Acesso em 16 de dezembro de Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo DETRAE. Disponível em < >. Acesso em 07 de janeiro de BRASIL, Repórter. Como uma Pessoa Escrava se Torna Livre. Disponível em < Acesso em 16 de dezembro de 2010.

19 19 CAPÍTULO III QUAIS SÃO AS MEDIDAS DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO? Para que a escravidão seja exterminada de uma vez por todas, uma ação conjunta da sociedade e dos poderes públicos faz-se necessária. Desta forma, é preciso um projeto totalmente popular e coletivo, que leve em consideração não apenas as iniciativas de repressão à escravização encarada como ilícito trabalhista ou penal. São imprescindíveis, também, medidas que possibilitem o retorno dessas pessoas, que foram libertadas, à sociedade, e ainda, que sirva como forma de prevenção a submissão dos demais trabalhadores, focando especialmente, nas situações que englobam as demandas sociais mais frágeis da sociedade, com eficácia nas áreas de criação de emprego e renda e na diminuição das diferenças regionais e sociais. Na luta contra o trabalho escravo, é requerida, dos organismos do Estado, uma dedicação totalmente voltada para os setores mais esquecidos da nossa sociedade, isto é, os desprovidos de cultura, os sem moradia e família, os sem especialização profissional, etc. Este quadro retrata o perfil de todas as pessoas que são obrigadas às mais diversas formas de trabalho, quase sempre vergonhosas, e, no entanto, normais nas áreas rurais do nosso país. O Ministério Público do Trabalho, desde o ano de 2003, passou a acompanhar as incursões dos grupos móveis de fiscalização, e, em decorrência desta iniciativa aumentou-se o número de ajuizamentos de Ações Civis Públicas. Há, assim, uma reunião das ações do Executivo com o Judiciário. As Ações Civis Públicas promovidas pelo Ministério Público do Trabalho tem cooperado muito para a manutenção da garantia dos direitos

20 20 coletivos, e ainda, no que tange à escravidão, a vedação da impunidade dos autores deste crime na área penal. As decisões da Justiça do Trabalho, que resultam em condenação pecuniária, tem se apresentado como a melhor maneira de garantia dos direitos sociais daquelas pessoas que estavam submetidas à condição de escravas. A mescla de multas conferidas pelo Ministério Público do Trabalho e as indenizações trabalhistas são, hoje, a repressões mais eficazes aplicadas àqueles que usam a mão de obra escrava. Outra iniciativa muito importante, no mesmo sentido, foi a criação da denominada lista suja, ou seja, de um cadastro especial público das empresas que possuem trabalhadores na condição análoga à de escravo, pela Portaria nº 540/04 do Ministério do Trabalho e Emprego. Nesta tal listagem estão compreendidos os empregadores que foram pegos em suas propriedades, pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando-se de mão de obra escrava. Logo, haverá a abertura de um processo administrativo. no qual será respeitado e assegurado o princípio da ampla defesa e do contraditório a quem cometeu a infração. Conforme a portaria acima citada, a eliminação das empresas que constam nesta lista dependerá de um monitoramento, pelo período de dois anos, no local, não poderá haver reincidência, deverá quitar todas as multas conferidas pela fiscalização do trabalho, e, ainda, garantir o oferecimento de dignas condições de trabalho aos seus trabalhadores. Existem empregadores que, mediante esse monitoramento, acabam se adequando a todas as leis trabalhistas, depois que experimentaram danos e prejuízos ao terem seus nomes inseridos neste cadastro. Essa inserção busca dar a publicidade necessária às ações de fiscalização. Entretanto, infelizmente, tal listagem possibilita a constatação dos diversos casos de reincidência de trabalho escavo em determinadas terras. O costume tem nos apresentado que apenas através de uma medida

21 contundente, que ponha em risco a perda das terras onde foi encontrado o uso de trabalho escravo, conterá com eficácia esse fato repreensível. Neste passo, a sanção de um dispositivo constitucional, que possibilite a expropriação das terras onde se confirme o crime de escravidão, se configura necessária para a eliminação deste mal no Brasil. Mas, um dispositivo de aplicação análoga já existe: o artigo 243 da Constituição Federal de 1988, que determina a expropriação das terras onde sejam encontradas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. O trabalho escravo não é uma questão apenas trabalhista. Aquele que faz uso deste tipo de trabalho está incurso em diversos outros delitos puníveis, tais como: crimes ambientais, de falsificação de documentos, grilagem de terra, lesão corporal, e homicídios. O trabalho escravo é um ponto que abrange várias áreas e em todas elas deverá ser combatido. Neste sentido, existe a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE) 15 Estado e da sociedade civil. é um órgão intersetorial, englobando várias instituições do O trabalho escravo configura um caso claro de violação aos direitos humanos, e, dentre estes, trabalhistas. A Medida Provisória nº 74, que foi convertida na Lei nº de , garante o pagamento do seguro desemprego ao trabalhador que foi libertado da condição de escravo. A modificação do artigo 149 do Código Penal Brasileiro nos brindou com novos elementos caracterizadores do trabalho escravo, prevendo o agravamento da pena em determinados casos. Embora a doutrina, neste caso, tenha encontrado algumas falhas no dispositivo, a alteração alcança a grande maioria dos casos existentes no Brasil, que se referem exatamente ao crime de escravidão que acontece nas áreas rurais, ligado a dívidas que teriam sido 15 CONATRAE. Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo. Disponível em < Acesso em 28 de janeiro de BRASIL. Medida Provisória nº 74, de 23/10/2002. Brasília, Altera a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para assegurar o pagamento do seguro-desemprego ao trabalhador resgatado da condição análoga à de escravo. Disponível em < Acesso em 20 de janeiro de

22 22 inventadas pelo empregador. Para que houvesse uma ação mais eficaz, seria necessário um investimento pesado na geração de empregos, mais facilidade na concessão do crédito agrícola, propiciando melhores condições de vida, e, ao mesmo tempo, uma atuação preventiva nas localidades onde ocorrem os aliciamentos, impedindo, desta feita, que esses trabalhadores se desloquem à procura de trabalho. Em , durante o governo do presidente Fernando Henrique, o combate à escravidão contemporânea vislumbrou medidas efetivas, tais como: a criação do Grupo Móvel de Fiscalização, coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Mais recentemente, no ano de , o presidente Lula difundiu o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, um sinal extremamente significativo no combate à escravidão. Porque além de reconhecer a existência do problema, ainda se comprometeu em por a questão como prioridade nacional. O reconhecimento pelo então presidente Lula está diretamente ligado ao caso José Pereira Ferreira, que foi analisado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Na fazenda Espírito Santo, no Estado do Pará, José e mais sessenta pessoas se encontravam em condições análogas à escravidão. Na tentativa de fuga, foi alvejado por dois tiros, sofrendo lesões permanentes em uma de suas mãos e no olho direito. No Brasil, o crime ficou impune, pois foi alcançado pela prescrição retroativa. Insurgindo-se contra isto, duas entidades, o Centro pela Justiça Internacional (CEJIL) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), levaram o caso a esta Corte e lá, representaram 17 BRASIL, Repórter. Balanço do grupo móvel: mais de 30 mil libertados desde Disponível em < Acesso em 23 de janeiro de TRABALHO, Organização do Trabalho. Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil. Disponível em < Acesso em 25 de janeiro de 2011.

23 23 contra a inércia do nosso país 19. Com o objetivo de finalizar com a demanda, o Brasil assinou um acordo junto à Corte, no qual se comprometeu a desenvolver e efetivar medidas que visem à luta contra a escravidão. O Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, além de ter sido um ponto substancial para os julgados referentes à violação dos direitos humanos no Brasil, ainda, restou em um acordo avocado ante a Organização dos Estados Americanos. Sessenta e seis medidas contra o trabalho escravo foram estipuladas, envolvendo questões legislativas e administrativas. Claro que ainda há muito fazer, mas este plano, somado com as medidas de combate à escravidão, com os grupos de fiscalização, e a lista suja, deu ao nosso Brasil o posto de exemplo mundial no combate ao trabalho escravo contemporâneo, nos escritos do relatório Uma Aliança Global contra o Trabalho Forçado 20 confeccionado pela OIT, no ano de Contudo, não vale apenas dizer que o Brasil evoluiu na luta contra à escravidão. Importante o acompanhamento, de perto, do alcance das metas determinadas no Plano de Erradicação. O que se pode compreender e constatar deste estudo é que o trabalho escravo é um flagrante desrespeito à dignidade humana, contrariando o preceituado em nossa Carta Magna, em seu artigo 3º, I e III, e caput do seu artigo 5º. 19 AUDI, Patrícia. Escravagismo Impune. Coordenadora nacional do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Disponível em < Acesso em 29 de janeiro de TRABALHO, Organização Internacional do. Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo. Op. Cit.

24 24 CAPÍTULO IV QUAIS SÃO AS LEGISLAÇÕES UTILIZADAS PARA A VEDAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO? Apesar de já termos mencionado algo nesta pesquisa sobre as legislações utilizadas para a vedação do trabalho escravo, neste capítulo reuniremos as leis que visam à proteção contra a escravidão contemporânea. Vale ressaltar que não pretendemos esgotar todo o assunto. Necessário se faz ressaltar que ainda que este estudo esteja voltado para a prática de trabalho escravo no Brasil, é de suma importância conjugar nossa legislação com a legislação internacional, até porque o nosso país é signatário de algumas Convenções, e comprometeu-se a executá-las. Então, vejamos: 1) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: é assegurado, em seu primeiro capítulo a segurança da dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho. O artigo 5º menciona: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) 2) Código Penal Brasileiro: artigos 63 e 64; 132 e 135; 149; 197; 203; e 207. Art Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto: (Redação dada pela Lei nº , de )

25 25 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. (Redação dada pela Lei nº , de ). 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Parágrafo incluído pela Lei nº , de ) I cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: (Parágrafo incluído pela Lei nº , de ) I contra criança ou adolescente; II por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.777, de ) 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.777, de ). A redução de uma pessoa à condição análoga à de um escravo se compara a usurpação da liberdade. O tipo penal é a redução de alguém aos desejos de outrem, em condição semelhante à de um escravo; é a submissão completa, é a diminuição a condição de uma coisa. 3) Código Civil Brasileiro: artigos 186 a 188; 927; 930 a 935; 939 e 940; 942 a 954. Ressalta sobre os atos ilícitos, responsabilidade civil, especialmente, com relação à obrigação de indenizar. 4) Estatuto da Criança e do Adolescente: artigos 5º; 87; 112; e 130. Dispõem que a criança e o adolescente não poderá ser objeto de nenhum tipo de violência, seja por ação ou omissão, e nem obrigada por quem quer que seja a nenhum tipo de exploração.

26 26 5) Consolidação das Leis do Trabalho: artigo 462. O empregador não pode manter o seu subalterno no sistema de trabalho em servidão por dívida. 6) Organização Internacional do Trabalho OIT 21 : 6.1)Declaração de Filadélfia que é a declaração relativa aos fins e objetivos da Organização Internacional do Trabalho de 1944; 6.2)Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho de 1998, os países membros acordaram em respeitar e utilizar os princípios desta declaração. 6.3) Convenção nº 29 Sobre o Trabalho Forçado ou Obrigatório de 1930, trata da eliminação do trabalho forçado ou obrigatório. 6.4) Decreto Legislativo nº 24, de Aprova algumas Convenções do Trabalho concluídas em sessões da Conferência Geral da OIT, no período de 1946 a ) Decreto nº , de Promulgação de algumas Convenções do Trabalho firmadas pelo Brasil. f.6) Convenção nº 105 de Relativa à Abolição do Trabalho Forçado. 6.7) Decreto Legislativo nº 20, de Aprovação e Rejeição de Convenções. 6.8) Decreto nº , de Promulga a Convenção de nº 105 da OIT. 7) MERCOSUL 22 : Declaração do Sócio Laboral do MERCOSUL. Trata da eliminação do trabalho forçado, bem como, do trabalho infantil e de menores. 8) Legislação Infra Constitucional 23 : 8.1) Instrução Normativa Intersecretarial nº 01 de Trata dos procedimentos da inspeção do trabalho na área rural. 8.2) Lei de 29 de dezembro de Alteração dos artigos 132, 203, e 207, e Decreto Lei nº de 1940 do Código Penal.

27 8.3) Lei nº , de 08 de maio de Infrações penais estaduais e internacionais que exigem repressão uniforme, para os fins do artigo 144, inciso I, primeiro. 8.4) Lei , de 20 de dezembro de Modifica a Lei nº garante o pagamento do seguro desemprego ao trabalhador resgatado da condição de escravo. 8.5) Lei , de 30 de julho de Pagamento de indenização pela União ao caso José Pereira. 8.6) Lei , de 11 de dezembro de Altera o art. 149 e Decreto-lei do Código Penal, tipificando as condições análogas a escravo. 8.7) Decreto nº 4.433, de 18 de outubro de Institui a Comissão de Tutela dos Direitos Humanos e da Secretaria de Estado de Direitos Humanos. 8.8) Decreto nº 4.552, de 27 de dezembro de Aprova o regulamento da Inspeção do trabalho. 8.9) Portaria nº 1.150, de 18 de novembro de Eis, a íntegra do artigo primeiro: 27 Art. 1º Determinar ao Departamento de Gestão dos Fundos de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional do Ministério que encaminhe, semestralmente, aos bancos administradores dos Fundos Constitucionais de Financiamento, idem com relação aos Fundos Regionais, relação de empregadores e de propriedades rurais, que submetam trabalhadores a formas degradantes de trabalho ou que os mantenham em condições análogas ao de trabalho escravo, cujas autuações com decisão administrativa são de procedência definitiva, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para as providências cabíveis. 8.10) Portaria nº 1.234, de 17 de novembro de Determina os procedimentos para o envio de informações sobre as inspeções do trabalho. 8.11) Portaria nº 265, de 06 de junho de Normas de atuação dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel GEFM.

28 ) Portaria nº 1.153, de 13 de outubro de Determina os procedimentos dos auditores fiscais do trabalho nas ações de identificação e libertação de trabalhadores escravos. 8.13) Portaria nº 101, de 12 de janeiro de Assim, diz, o artigo primeiro: Art. 1º O Ministério do Trabalho ao constatar, por via da Fiscalização, que em função dos dispositivos violados, os trabalhadores, naquela propriedade, são submetidos à forma degradantes de trabalho, desvirtuando a função social da propriedade, encaminhará relatório circunstanciado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, a fim de subsidiar proposta de ação de desapropriação, de acordo com o art. 2º 1º, da Lei Complementar nº 76, de 06 de junho de ) Portaria nº 231, de 12 de setembro de A Procuradoria Geral do Trabalho editou esta portaria com o intuito de promover medidas contra o trabalho escravo. 8.15) Resolução nº 306, de 06 de novembro de O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador CODEFAT - estabelece normas para liberação do seguro desemprego àqueles trabalhadores que se encontravam na condição de escravo. 8.16) Instrução Normativa nº 3, de 1º de setembro de O Ministro do Trabalho e Emprego dispôs sobre a fiscalização do trabalho nas empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário. 8.17) Portaria nº 001, de 4 de novembro de O Ministério Público Federal editou esta portaria com o objetivo de erradicar o combate ao trabalho escravo contemporâneo. 8.18) Portaria nº 540, de 15 de outubro de O Ministério do Trabalho e Emprego no uso de suas atribuições criou uma lista que engloba o nome de todos os empregadores que mantiveram empregados escravizados. 9) CONATRAE 24 :

29 9.1 ) Decreto de 31 de julho de Cria a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo. 9.2 ) Portaria nº 107, de 20 de agosto de Também visa o combate ao trabalho escravo. Eis, o artigo primeiro: 29 Art. 1º - Determinar, até o dia , às 18 horas, a abertura de inscrições para as entidades privadas não governamentais, reconhecidas nacionalmente, e que possuam atividades relevantes relacionadas ao combate ao trabalho escravo, manifestarem a sua vontade e interesse em participar como membro da CONATRAE, pelas vagas previstas no inciso IV do art.3º do Decreto. 9.3) Plano de Erradicação do Trabalho Escravo: Em 11 de março do ano de 2003, o Governo editou este plano com 76 medidas contra o trabalho escravo. Uma das mais interessantes medidas existentes trata daquela que proíbe proprietários que possuem escravos a conseguir linhas de crédito e incentivos fiscais. 10) Tratados Internacionais 25 : 10.1) Convenção Sobre a Escravatura Assinada em Genebra, em 12 de Setembro de 1926, e Emendada pelo Protocolo Aberto à Assinatura ou Aceitação na Sede da Organização das Nações Unidas, Nova York, em 7 de Dezembro de (ONU). 10.2) Decreto Legislativo nº 27, de O Congresso Nacional aprovou a Convenção Americana sobre Direitos Humanos São José da Costa Rica. 10.3) Declaração dos Direitos Humanos, em 10 de Dezembro de ) Decreto Legislativo nº 89, em 21 de outubro de Avaliemos o artigo primeiro: Art 1º É aprovada a solicitação de reconhecimento da competência obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Humanos em todos os casos relativos à interpretação ou aplicação da Convenção Americana de Direitos Humanos para fatos ocorridos a partir do reconhecimento, de acordo com o previsto no parágrafo primeiro do art. 62 daquele instrumento internacional.

30 30 11) Congresso Nacional 26 : 11.1) Proposta de Emenda à Constituição nº 438, de Nova redação ao artigo 243 da Constituição da República. Expropriação das terras onde trabalham pessoas escravas. Infelizmente, até hoje, se encontra parada. Abaixo o artigo: Art As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo serão imediatamente expropriados e especificamente destinadas à reforma agrária, com o assentamento prioritário aos colonos que já trabalhavam na respectiva gleba, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e droga afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e se reverterá, conforme o caso, em benefício de instituições e pessoal especializado no tratamento e recuperação de viciados, no assentamento dos colonos que foram escravizados, no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão ao crime de tráfico ou do trabalho escravo. 11.2) Proposta de Emenda à Constituição nº 438, de Emenda nº 001 do Deputado Ronaldo Caiado e outros. Acrescentando o art. 243 A, abaixo: Art. 243-A. Responderá por crime hediondo todo aquele que, de qualquer modo, concorrer para a exploração de trabalho escravo em gleba de qualquer região do País. 11.3) Proposta de Emenda à Constituição nº 438, de Emenda nº 002, de 2004 da Deputada Kátia Abreu. Nova redação ao art. 243, estabelecendo a pena de perda da gleba onde for verificada a existência de trabalho escravo. Vejamos: Art As áreas urbanas e rurais de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo serão imediatamente expropriadas, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

31 31 1 Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados, no assentamento dos colonos escravizados, bem assim no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias e de trabalho escravo. 2 A expropriação de área em que tenha se verificado a exploração de trabalho escravo ocorrerá após o trânsito em julgado de sentença judicial condenatória, observadas, durante o processo judicial, as garantias do contraditório e da ampla defesa. 11.4) Proposta de Emenda à Constituição nº 438, de Emenda nº 003, de 2004 da Deputada Kátia Abreu. Nova redação ao art. 243, determinando que onde houver trabalho escravo, a perda da gleba se reverterá aos colonos que lá trabalhavam. 2 Lei disporá sobre a retenção de parte do bem a ser expropriado ou a sua compensação financeira, em benefício do cônjuge e dos filhos menores que não tenham participado, direta ou indiretamente, das condutas referidas no caput. 21 ao 26 Clóvis Veloso de Queiroz Neto e outros. Jurisprudência e Legislação Sobre Trabalho Escravo. [CD-ROM]. Brasília: Guiotti, 2005.

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