Uma visão geral sobre o oficial de justiça

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1 Uma visão geral sobre o oficial de justiça Dedico este trabalho a todos os oficiais de justiça que diariamente trabalham para levar a justiça aos seus destinatários. Joaquim Marques 1 - Introdução Um conjunto de profissionais forenses garante o funcionamento do aparelho judicial em Portugal. Todos com a sua importância e cada um com as suas funções, dentro de um sistema que colapsava certamente não houvesse alguma delas. Várias dessas profissões são constantemente faladas, são estudadas nos locais específicos para o efeito, com vista à sua própria evolução, bem como, para proporcionar uma melhoria constante na eficácia daqueles que as desempenham. Os juízes são o garante da independência do poder judicial, com um dos três pilares tradicionais do Estado, na velha concepção montesquiana. Não pretendo aqui discorrer sobre se esta visão do Estado ainda é actual e se tem, hoje em dia, substância. Provavelmente, é necessário refletir bastante O Ministério Público é um actor importante no seio dos mecanismos existentes de acesso ao direito e à justiça dos cidadãos. A evolução deste órgão judicial tem conferido uma importância cada vez mais relevante à sua acção, devido não só ao alargamento das suas competências, mas também à melhoria da capacidade de exercício das suas funções, em parte resultantes de um processo de afirmação institucional contínuo que decorre desde o 25 de Abril de O actual modelo de autonomia do Ministério Público compreende um conjunto vasto de competências, entre as quais a direcção da investigação criminal e o exercício da acção penal, a promoção e coordenação de acções de prevenção criminal, o controlo da constitucionalidade das leis e regulamentos, a fiscalização da Polícia Judiciária, a promoção dos direitos sociais (laboral e menores e família), para além da defesa dos interesses do Estado e dos interesses difusos (ex: ambiente, consumo, etc.). Os advogados têm como função a defesa dos interesses individuais dos seus clientes perante os tribunais, mas também um importante papel no que respeita à justiça social, entre outros. Mais profissões forenses poderiam aqui ser faladas, no entanto falar mais sobre tais assuntos seria perder o rumo em relação ao objectivo principal deste trabalho, que passa pelo adquirir de uma visão global sobre a profissão de oficial de justiça, nunca deixando de procurar perceber, e simultaneamente enfatizar a importância de que a mesma se reveste. Desta forma, gostaria de salientar este excerto de um artigo escrito pelo Dr. Álvaro Rodrigues, Juiz Conselheiro, no Jornal Correio da Manhã, intitulado Oficial de Justiça. 1 Dias, João Paulo O Ministério Público e o acesso ao direito e à justiça: entre a pressão e a transformação. Revista do Ministério Público. Nº 101. Lisboa Joaquim Marques Julho

2 Pouco ou nada se tem dito dessa figura imprescindível que é a do Oficial de Justiça, sem a qual todo o serviço judicial quedaria inerte e, por melhor e mais dotado que fosse o Magistrado, Este excerto do artigo deixa transparecer para todos nós a enorme importância das funções desempenhadas pelos oficiais de justiça, sendo mesmo indispensáveis para o normal funcionamento da máquina judicial. Porém, não é menos verdade que pouco ou nada se tem dito sobre a profissão, eis aqui um dos principais motivos que me levou a realizar este trabalho. Já era minha intensão realizar um trabalho escrito, em moldes académicos, para efeitos de melhoria do meu conhecimento pessoal em relação à profissão de oficial de justiça, antes de ler o artigo acima mencionado. A minha intensão assentava na vontade de conhecer com alguma profundidade o que significa ser oficial de justiça, veiculada pelo facto de eu próprio o ser. Vontade de saber quem fomos? Como chegamos até actualidade? Quem somos actualmente? Como se alteraram as funções ao longo do tempo? Como surgiu o Estatuto dos Funcionários de Justiça? Quais são as suas normas? Quais as diferenças da profissão noutros países? Conhecer os sindicatos e associações relacionados? No entanto, com a leitura de tal artigo, sem dúvida, cresceu a vontade de compreender de forma mais efectiva qual a importância do oficial de justiça como figura integrante do sistema judicial, tal como a determinação em realizar este trabalho. Pelo que pude perceber durante as pesquisas que efectuei para poder iniciar o presente trabalho, a profissão de oficial de justiça é uma das mais antigas. Não quero com isto dizer, indirectamente, que será mais importante do que as outras, mas a constatação de tal facto leva-me a entender que estamos na presença de uma profissão que há muito tem um papel fulcral no seio dos mecanismos de efectivação da justiça, pelo que bem merece ser falada nos dias de hoje. A questão do papel do oficial de justiça no sistema judicial actual, seria, na minha humilde opinião, tema importante para desenvolver, no entanto, devido à sua complexidade, será, se possível, objecto de estudo futuro. Em jeito de conclusão á introdução, pretendo resumidamente com este trabalho fazer uma passagem pelos temas relacionados com a profissão que considero mais relevantes para a percepção da sua global importância, tais como a sua história, o oficial de justiça no mundo e os modelos de execução processual, a legislação relacionada, as associações e sindicatos relacionados, entre outros. 2- Abordagem histórica à profissão de Oficial de Justiça Algumas referências históricas bíblicas ao Oficial de Justiça Desde os tempos bíblicos do Antigo Testamento, havia notícias de que o rei Davi nomeara oficiais de justiça para estarem à disposição dos juízes, principalmente em casos penais e religiosos. No capítulo 5, versículos 25 e 26 do Novo Testamento Bíblico (capítulo este conhecido como o Sermão da Montanha), vemos uma referência à profissão do Oficial de Justiça (a título de exemplo histórico) feita por Jesus de Nazaré enquanto pregava: Vers "Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de Joaquim Marques Julho

3 justiça, e sejas recolhido à prisão. Vers. 26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo. É claro que, pelo contexto exegético, a passagem trata sobre a pregação de uma vida que agrada a Deus. Jesus não tinha o objectivo de pregar sobre o oficialato. Interessante também, é que, na Bíblia, existe mais uma referência ao oficialato em Atos dos Apóstolos, Capítulo 16, do versículo 35 ao 40. Este capítulo trata sobre a prisão do apóstolo Paulo e Barnabé na cidade de Tiatira (uma das colónias gregas na época, a qual fazia parte do Império Romano): (35) Quando amanheceu, os pretores enviaram oficiais de justiça, com a seguinte ordem: Põe aqueles homens em liberdade. (36) Então, o carcereiro comunicou a Paulo estas palavras: Os pretores ordenaram que fôsseis postos em liberdade. Agora, pois, saí e ide em paz. (37) Paulo, porém, lhes replicou: Sem ter havido processo formal contra nós, nos açoitaram publicamente e nos recolheram ao cárcere, sendo nós cidadãos romanos; querem agora, às ocultas, lançar-nos fora? Não será assim; pelo contrário, venham eles e, pessoalmente, nos ponham em liberdade. (38) Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos. (39) Então, foram ter com eles e lhes pediram desculpas; e, relaxando-lhes a prisão, rogaram que se retirassem da cidade. (40) Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram. Então, partiram. Neste caso, observa-se claramente a aplicação do Direito Romano. Por terem sido presos sem motivo aparente, pois a prisão fora devida à expulsão de um demónio (o que não tinha nada de ilegal), Paulo, além de ser cidadão romano e conhecedor da lei, invoca os seus direitos. Aparece então a figura dos pretores, que eram os magistrados, à época do Império Romano. Estes, após verem a ilegalidade da prisão, mandam relaxá-la imediatamente História do Oficial de Justiça Ao longo da História, vários nomes foram atribuídos àqueles que executam os mandados do juiz antes da denominação de Oficial de Justiça Sobre a origem da carreira do oficial de justiça, PIRES (1994, p. 19), citado por Valdomiro Avelino Diniz 3, na sua obra, escreve que: Segundo alguns historiadores, a carreira do oficial de justiça tem sua origem, no Direito Hebraico (séc. II e III d.c.), quando os Juízes de Paz (ou suphetas) tinham alguns oficiais encarregados de executar as ordens que lhes eram confiadas; embora as suas funções não estivessem claramente especificadas no processo civil, sabe-se que eles eram os executores da sentença proferida no processo penal. Munidos de um. Longo bastão competia-lhes prender o acusado, logo assim que era proferida a sentença condenatória. Alguns séculos depois, no Direito Justiniano (último período do Direito Romano correspondente à codificação do Direito empreendida por Justiniano I no século VI d.c.), as funções que actualmente desempenham os Oficiais de Justiça foram atribuídas aos Apparitores e Executores. Cada um tinha funções particulares, em harmonia com a natureza dos poderes do magistrado a que estava vinculado. 2 Wikipédia Ética do Oficial de Justiça e longa manus do Judiciário - Valdomiro Avelino Diniz Joaquim Marques Julho

4 Segundo NARY (1974, p. 22), citado por Valdomiro Avelino Diniz, foram atribuídas sucessivamente aos Apparitores e executores as funções que actualmente desempenham os Oficiais de Justiça. O legislador romano criou órgãos para ajudá-los no cumprimento das sentenças. Assim sendo, o Direito Romano, inicialmente, na fase das acções da lei, o chamamento do réu a juízo ficava a cargo do próprio autor, seguindo a Lei das XII Tábuas. No século V d.c., porém, generalizou-se a citação por libellus conventionis, que era executada pelo executor, o qual recebia do réu as sportulae (custas) proporcionais ao valor da causa. O réu, ao refutar a pretensão do autor, fazia chegar ao conhecimento deste o seu libellus contradictionis, por intermédio do executor. Já no século XII, o território da Inglaterra medieval era percorrido por grupos de juízes itinerantes, de confiança do rei, que se ocupavam em resolver todas as espécies de processos que interessavam politicamente. Contudo, antes da viagem dos juízes, um mandado (writ) era enviado ao sheriff local para que este convocasse, em determinado dia, os homens mais importantes da região. Entretanto, foi a partir do processo de formação dos Estados nacionais modernos que o Oficial de Justiça adquiriu posição e funções mais definidas. Essas transformações não ocorreram de forma homogénea, mas sim, de acordo com a especificidade de cada época e de cada sociedade. Em França, por exemplo, dividiram-se em duas categorias os auxiliares de justiça da época: os oficiais judiciários e os huissiers. Os primeiros seriam comparáveis aos escrivães da actualidade, enquanto que os segundos se comparariam aos actuais Oficiais de Justiça. Os Huissier é um agente indispensável na organização judiciária, ele pratica actos que requerem garantia de capacidade e moralidade. (MOREL, op. Cit. Nº 173). Em Portugal, com a fundação da monarquia desenvolve-se a figura do Oficial de Justiça propriamente dito, conhecido pelos nomes de sagio ou saion e meirinho ou merinus, pois figuravam nos forais e em alguns documentos legislativos com estes nomes. O terceiro rei de Portugal, D. Afonso II, durante o período de 1212 a 1223, dedicou-se ao fortalecimento do poder real e restringiu privilégios da nobreza ao estabelecer uma política de centralização jurídico-administrativa inspirada em princípios do direito romano: supremacia da justiça real em relação à senhorial e a autonomia do poder civil sobre o religioso. De entre as medidas tomadas, houve a nomeação do primeiro meirinho-mor do reino (o magistrado mais importante da vila, cidade ou comarca), com jurisdição em determinada área, encarregado de garantir a intervenção do poder real na esfera judicial. Cada meirinho-mor tinha à sua disposição outros meirinhos que cumpriam suas ordens ao realizarem diligências. Assim, o Direito Português distinguia o meirinho mor do meirinho. O primeiro era o próprio magistrado. O segundo era o Oficial de Justiça, que era oficial dos ouvidores e dos vigários gerais. Durante o período de 1603 até finais do século XIX, as ordenações filipinas eram consideradas a espinha dorsal das estruturas administrativas e jurídicas de Portugal, sendo que, num dos seus livros, enumeravam as atribuições dos meirinhos. Havia o meirinho-mor, hoje denominado Corregedor de Justiça, e que "...deveria ser homem muito principal e de nobre sangue (...) ao meirinho-mor pertence pôr em sua mão, um meirinho que ande continuamente na corte, o qual será seu escudeiro de boa linhagem, e conhecimento bom." (Livro I, título 17). O Oficial de Justiça, recebia a denominação de "meirinho que anda na corte", uma alusão à sua árdua tarefa de percorrer a pé ou a cavalo as diversas regiões do reino no cumprimento de diligências criminais, como as prisões (meirinho das cadeias): "... e antes que os leve a cadeia, leva-los-á perante o corregedor. E geralmente prenderá todos aqueles que o corregedor lhe for mandado ou por quaisquer oficiais nossos, por alvarás por eles assinados, no que a seus ofícios pertencer e poder tiverem para Joaquim Marques Julho

5 mandar prender", mas também diligências cíveis "...e irá fazer execuções de penhora, quando lhe for mandado pelo corregedor ou por outro juiz com escrivão. E levará o meirinho de cada penhora e execução, sendo na cidade de Lisboa e seus arrabaldes, 300 réis à custa da parte condenada para ele e para seus homens." (Livro 1, Título XXI). Curioso também, é observar do uso de armas no cumprimento de mandados judiciais, conforme título 57 do Livro I das Ordenações Felipinas: Ordenamos que todos os Tabelliaes das Notas... e Meirinhos dante elles, cada hum destes seja obrigado a ter, e tenha continuadamente consigo couraças e capacete, lança e adarga (escudo oval de couro), para quando cumprir nas cousas de seus Officios e por bem da Justiça com as ditas armas servirem...sob pena de qualquer destes, assi da Justiça, como da Fazenda, aqui declarados, que as ditas armas não tiver, perder por o mesmo caso seu Officio, para o darmos a quem houvermos por bem. Conforme o artigo publicado pelo Professor Marcelo Cedro 4 : "O termo português meirinho veio do latim maiorinus, derivado de maior, magnus, significando grande. Assim, embora pareça que seja um termo pejorativo ou diminutivo ao passar a ideia de reduzir a importância do Oficial de Justiça como simples mensageiro ou escudeiro, tratava-se de um adjectivo respeitável àquela época, sendo também uma denominação atribuída ao Corregedor nomeado pelo rei. Desde então, com o passar dos anos, muitas palavras e expressões caem em desuso. O termo meirinho, embora tenha significado respeitável e seja reconhecido pelo seu passado, dá uma impressão diminutiva quando é mencionado. Já o termo Oficial de Justiça parece alojar ética, dinamismo, coragem e dignidade e outras qualidades inerentes a este profissional respeitável". 5 Actualmente, em Portugal designam-se por oficiais de justiça os nomeados em lugares dos quadros de pessoal de secretarias de tribunais ou de serviços do Ministério Público. O grupo de pessoal oficial de justiça faz parte integrante de um dos grupos de pessoal pelos quais se distribuem os funcionários de justiça. Os funcionários de justiça distribuem-se pelos seguintes grupos de pessoal: a) Pessoal oficial de justiça; b) Pessoal de informática; c) Pessoal técnico-profissional; d) Pessoal administrativo; e) Pessoal auxiliar; f) Pessoal operário. O grupo de pessoal oficial de justiça compreende as categorias de secretário de tribunal superior e de secretário de justiça e as carreiras judicial e dos serviços do Ministério Público. Na carreira judicial integram-se as seguintes categorias: a) Escrivão de direito; b) Escrivão adjunto; c) Escrivão auxiliar. 4 Citado em Wikipédia Wikipédia - Joaquim Marques Julho

6 Na carreira dos serviços do Ministério Público integram-se as seguintes categorias: a) Técnico de justiça principal; b) Técnico de justiça - adjunto; c) Técnico de justiça auxiliar. As categorias de secretário de tribunal superior, secretário de justiça, escrivão de direito e técnico de justiça principal correspondem a lugares de chefia. 6 No Brasil, os Oficiais surgiram em 1534, na Capitania de Pernambuco, por nomeação do capitão - mor, com atribuição de auxiliar o ouvidor ou juízes ordinários nas funções de justiça, seja realizando diligências ou prendendo suspeitos. Denominados meirinhos, ao longo dos séculos XVI a XIX as suas funções foram ampliadas, a ponto de ter a incumbência, hoje considerada extrajudicial, de prender delinquentes e acudir às brigas e confusões acontecidas de dia e à noite. Em 1613, o meirinho passou a ter a atribuição de fazer execuções, penhoras e diligências necessárias à arrecadação da fazenda, em verdadeiros atos de execução fiscal. Neste período colonial, as funções do Oficial de Justiça foram-se especializando, restringindo-se às tarefas reservadas à Justiça. Assim é que passam a ter armas, cavalos e tomam assento junto à sede dos juízes, comparecem às audiências e exercem atribuições de execuções tanto penais (meirinhos das cadeias) como civis (meirinhos das execuções). Com o Império, e em decorrência da evolução da teoria da divisão dos poderes estatais, as suas funções ficaram cada vez mais restritas ao Poder Judiciário. Nesta época, os oficiais eram de estrita confiança dos juízes, que podiam nomeá-los e demiti-los. Com a República, as suas competências passaram a constar nos códigos processuais, inicialmente no âmbito de cada estado, durante a República Velha, e depois pelos códigos nacionais de processos civil, penal e também na Consolidação das Leis do Trabalho. Por influência do Direito Português, todos passaram a prever expressamente a figura do Oficial de Justiça, ao qual, de entre outras competências, incumbia executar: (...) pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do seu ofício (...) ; 7... Embora seja executor de ordens judiciais, conferiu-lhe a lei uma prerrogativa de suma importância no processo; o poder de certificar ; 8. Do poder de certificar se diz que está ínsito na autoridade suprema do Estado ; 9 Quem o exerce não pode ser havido como funcionário de condição subalterna. É um órgão de fé pública, cujas certidões asseguram o desenvolvimento regular e normal do processo. A circunstância de terem os Oficiais de Justiça maior liberdade de ação no direito alemão, italiano e francês e acentuada dependência ao Juiz no direito brasileiro não lhes diminui a dignidade da função, que reside verdadeiramente na fé publica dos atos que praticam O Oficial de Justiça no mundo A União Internacional dos Oficiais de Justiça 6 D.L. 346/99 de 26/08 7 (conf. art. 143 do Código de Processo Civil Brasileiro). 8 (PACHECO, José da Silva, Curso Teórico e Pratico do Processo Civil, vol. I, p. 210). 9 (MENDES JÚNIOR, João, Exposição Preliminar das Bases para a Reforma Judiciária,pág. 290). 10 (BUZAID, Alfredo, cit. in NARY, Gerges, Oficial de Justiça, Teoria e Prática, 1985, p. 15) Joaquim Marques Julho

7 A criação da Union Internationale des Huissiers de Justice (UIHJ) foi proposta em 1949 durante um congresso nacional de Oficiais de Justiça franceses e concretizada em 1952 em Paris num congresso que reuniu os seguintes países: Bélgica, França, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda e Suíça. Actualmente a UIHJ reúne 65 países onde existe a função de agente de execução, com denominações que variam de lugar para lugar. A maioria dos seus associados são europeus, e os demais pertencem à África, às Américas (inclusive o Brasil) e à Ásia. A palavra francesa huissier vem de huis, que significa porta. Portanto, Huissier poderia ser traduzido como porteiro, ou o profissional que abre e fecha portas. A UIHJ representa os Oficiais de Justiça nas organizações internacionais (faz parte da Organização Internacional do Trabalho, a OIT) e assegura a colaboração com os organismos profissionais nacionais. Desenvolve esforços para a melhoria do direito processual dos diversos países membros e dos tratados internacionais com relevância para a profissão. A UIHJ promove debates, projectos e iniciativas que conduzam ao progresso e ao desenvolvimento do estatuto de independência dos agentes de execução. Fazem parte da UIHJ agentes da execução que exercem a actividade em regime de profissão liberal sob concessão do Estado ou como funcionários públicos. A UIHJ participa, ainda, em acções de estruturação da actividade dos agentes de execução em diversos países, apoiando a criação e o desenvolvimento de organizações profissionais nacionais, nos países onde não existe tal organização. É objectivo da UIHJ que as organizações de agentes de execução sejam constituídas por profissionais com habilitações jurídicas de nível elevado, apoiando a sua formação por meio do intercâmbio das experiências e realidades dos diversos países membros. A UIHJ participou activamente na criação da actividade de agente de execução, em regime de profissão liberal, na Europa Central e Oriental, e tem promovido diversas ações em toda a África, com o objectivo de criar a profissão de agente de execução com estatutos adequados. A acção da UIHJ estende-se ainda ao continente americano, nomeadamente aos EUA, à América do Sul e Caraíbas. A UIHJ também tem vindo a estabelecer contactos com países asiáticos, para integração das suas organizações profissionais. Num mundo amplamente dominado pela economia, importa que os juristas cumpram o seu papel, reforçando a presença e o prestígio do direito. No que respeita ao direito da execução, a UIHJ, com a sua experiência e influência, procura assegurar a eficácia da execução das decisões de justiça por toda a parte onde seja possível. Em 12 de Junho, comemora-se o Dia Mundial do Agente de Execução (Huissier de Justiça), uma iniciativa da UIHJ. No Brasil, o Dia do Oficial de Justiça é comemorado a 5 de Setembro Os modelos de execução processual Pelos levantamentos realizados no trabalho de Marcelo Moreira de Vasconcelos e Neemias Ramos Freire 11 ), pode-se constatar a existência de quatro sistemas de execução, do ponto de vista do seu agente (no caso, o Oficial de Justiça): 1) O modelo jurisdicional, no qual o agente da execução é estatal (funcionário público); 2) O modelo extrajudicial, no qual o agente da execução é profissional liberal credenciado pelo Estado; 11 O CARGO DE OFICIAL DE JUSTIÇA NA ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO FEDERAL - MARCELO MOREIRA DE VASCONCELOS E NEEMIAS RAMOS FREIRE 2009, PROFISSIONAIS DA JUSTIÇA MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DO CURSO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PARA Joaquim Marques Julho

8 3) O modelo misto, no qual existem os dois tipos de agentes; 4) O modelo administrativo, no qual a execução tramita fora da esfera judicial, mas o agente é um funcionário público O modelo jurisdicional baseia-se no princípio de que a acção executiva deve tramitar nos Tribunais Judiciais, cabendo aos funcionários judiciais a respectiva tramitação e a prática dos actos que se relacionam com a esfera patrimonial do executado, em especial a penhora. Tudo sob a orientação do Juiz, a quem cabe também a resolução de todas as questões de natureza declaratória ou não declaratória (mero expediente, requerimentos avulsos das partes ou de terceiros) que o processo suscite. Entre os países que adotam este modelo estão a Itália (Ufficiali Giudiziari), a Áustria e a Alemanha (Gerichtsvollzieher). Este sistema é também adoptado no Brasil (Oficial de Justiça) e na maioria dos países latino-americanos (Alguacil) No modelo extrajudicial, o agente de execução geralmente é um profissional liberal, mas com um estatuto próprio para o exercício das funções no âmbito da acção executiva, a quem cabe realizar todos os actos típicos da execução, como as citações e notificações, penhoras, vendas e graduação de créditos. A intervenção do Juiz está reservada a situações em que exista um conflito e, em especial, para a apreciação de questões incidentais de natureza declaratória. A própria execução não tramita no Tribunal, sendo o processo a ele remetido unicamente no caso de ser necessário apreciar questões da competência do Juiz. Este é o sistema que vigora em França e na Bélgica (Huissiers de Justice), na Polónia (Komornik Sadowy) e na Hungria (Onallo Birosagi Vegrehajto) O modelo misto é, como o próprio nome indicia, uma mistura dos dois anteriores sistemas, ocorrendo a tramitação do processo no Tribunal, sob a orientação do Juiz, mas a prática dos actos que no sistema judicial cabem ao funcionário judicial, são, neste modelo, da competência de um agente de execução, que acaba por ter competências mais alargadas, pois pode, e deve, levar a efeito uma série de actos sem dependência de despacho prévio do Juiz, podendo até apreciar e decidir questões que lhe sejam apresentadas pelas partes. Portugal (Solicitadores de Execução e Oficiais de Justiça), Espanha (Procuradores e Agentes ou Oficiais Judiciais), República Checa (Soudni Executor) e Inglaterra (High court enforcement officers, Enforcement officers e County court bailiffs) adotam esse sistema O modelo administrativo é semelhante ao modelo extrajudicial. A execução tramita fora do Tribunal, mas, em vez de ser um profissional liberal com estatuto próprio para o exercício das funções a realizar os actos típicos do processo, a execução tramita numa entidade administrativa, por funcionários públicos, sendo o processo igualmente remetido a Tribunal para a apreciação das questões da competência do Juiz. Este é o sistema que vigora nos Países Nórdicos, como a Suécia (Kronofogde), a Dinamarca (Foged) e a Finlândia (Ulosottomiehet) Destacam-se de seguida alguns exemplos de cada sistema Países que adoptam o modelo jurisdicional Itália Na Itália, os Oficiais de Justiça (cancellieri e ufficiali giudiziari) são funcionários públicos admitidos por concurso público sendo retribuídos como tal. Há dois tipos de oficiais: os ordinários e os dirigentes. Na Itália, não existe exigência de formação Joaquim Marques Julho

9 jurídica específica. O processo de execução é encaminhado pelo Juiz ao Oficial de Justiça, que é responsável pela condução dos actos processuais, mas recebe instruções directamente do Juiz encarregado da execução, que também decide os incidentes processuais Alemanha Os Oficiais de Justiça alemães são funcionários permanentes de nível intermediário, ao serviço de cada Land (Estado ou Província). São nomeados pelo presidente do Tribunal da Relação (Oberlandesgericht). Embora sendo funcionários públicos, exercem a respectiva actividade de forma autónoma. São totalmente independentes no exercício das suas funções. Recebem uma remuneração enquanto funcionários, acrescida de uma determinada quota parte dos montantes cobrados no exercício das suas actividades. Acresce que a administração fiscal reembolsa regra geral por montante fixo aos Oficiais de Justiça as despesas de abertura e manutenção do respectivo escritório. A regulamentação nacional da profissão está prevista nos artigos 154.º e 155.º da Lei da Organização Judicial e pelas diferentes disposições aprovadas por cada Land. Não existem disposições legislativas gerais que determinem a forma como os Oficiais de Justiça devem desempenhar a respectiva actividade. Existem, contudo, disposições administrativas de carácter geral emanadas das administrações judiciais de cada Land, designadamente o código deontológico dos Oficiais de Justiça (Gerichtsvollzieherordnung) e as instruções de serviço para os Oficiais de Justiça (Gerichtsvollziehergeschäftsanweisung). Em relação à especialização, o perfil de funções do Oficial de Justiça está normalizado. Não existem particulares especializações. As disposições legislativas ou regulamentares em vigor aplicam-se a todos os Oficiais de Justiça. Na Alemanha não existe uma câmara dos Oficiais de Justiça, uma vez que se trata de funcionários públicos. Os Oficiais de Justiça estão, no entanto, organizados na sua quase totalidade em associações representativas de grupos de interesses, sendo a Deutscher Gerichtsvollzieher Bund (DGVB) a que conta com mais filiados. Esta organização, por seu lado, está ligada à Deutscher Beamtenbund, a associação federal dos funcionários públicos. A filiação nestas organizações não é obrigatória. Por força da legislação alemã em vigor, a formação de Oficiais de Justiça está reservada aos candidatos alemães. Assim, é necessário possuir a nacionalidade alemã para poder exercer a profissão de Oficial de Justiça Países que adoptam o modelo extrajudicial Como se trata de um sistema adoptado inicialmente na França e na Bélgica e mais recentemente seguido por alguns países do Leste Europeu, destaca-se o exemplo francês França Os Huissiers de Justice (como são chamados os Oficiais de Justiça na França e na Bélgica) são agentes públicos e ministeriais nomeados pelo ministro da Justiça e exercem suas funções num regime de profissionais liberais. A função dos huissiers de justice é executar as decisões judiciais ou os títulos executivos. Também podem realizar constatações por indicação dos Tribunais ou por pedido de particulares. A atividade do Huissier de Justice pode ser exercida tanto individualmente como numa sociedade civil. Cada profissional individualmente ou em sociedade tem uma área determinada de actuação (competência territorial). Os Huissiers de justice actuam em processos judiciais de matérias civis e comerciais. Em caso de desobediência às regras profissionais, pode ser levado a responder num Joaquim Marques Julho

10 processo disciplinar ante seus pares, numa câmara departamental ou perante um tribunal de instância superior, dependendo da gravidade da falta cometida. Os Huissiers de Justice agem com independência e são sujeitos ao segredo profissional. No entanto, a sua remuneração não é livre, mas sim fixada por decreto e com um montante certo. Estão somente sujeitos ao controle do Procurador da República. Para ser Huissier de Justice é necessário um mestrado em Direito, passar por um estágio profissional de dois anos e ser aprovado num exame de selecção. Porém, em certas condições, pode ser dispensado do exame ou de parte ou totalidade do estágio. No fundo, o Huissier de Justice actua como um conselheiro e um mediador. É responsável por dirimir conflitos entre, por exemplo, proprietários e locatários, bem como resolver certos litígios em matéria de separação ou divórcio. O seu papel como conselheiro de empresas é também de fundamental importância nas relações destas com os seus parceiros e na intervenção em casos de cobrança de dívidas. Em toda a sua actividade, o Huissier é orientado para procurar a conciliação, mediando acordos entre aqueles que se opõem e procurando a conciliação para evitar o recurso aos tribunais. Pode-se dizer que, com a actuação dos Huissiers de Justice, o descongestionamento dos tribunais torna-se uma realidade, uma vez que não têm de lidar com questões que são facilmente resolvidas pelos Huissiers e só têm de intervir em casos de oposições ou contestações dos demandados, assegurando dessa forma as suas garantias de defesa. Seguindo o exemplo francês, o Conselho Europeu tem sugerido criação dessa classe profissional como forma de tornar mais eficaz a Justiça, sendo os Estados responsáveis pela sua fiscalização e aplicando-lhes sanções em caso de erros ou abusos Países que adoptam o modelo misto Portugal Em Portugal, Oficial de Justiça é uma denominação genérica do funcionário de justiça. Trata-se de um funcionário público que exerce sua actividade na secretaria de um tribunal ou dos serviços do Ministério Público. A competência do funcionário varia conforme a categoria, de acordo com extenso e pormenorizado mapa legal de atribuições. Genericamente, tais funções concorrem para a realização dos actos materiais necessários a regular tramitação dos processos de acordo com a legislação vigente, designadamente dos relativos à recepção e tratamento dos requerimentos, apresentação dos autos a despacho dos magistrados, cumprimento das suas decisões, elaboração das actas das diligências e julgamentos, citações e notificações e liquidação dos valores pecuniários devidos pelo recurso à Justiça. O Oficial de Justiça tem um papel relevante no processo: realiza interrogatórios, procede a inquirições, participa na investigação criminal de forma empenhada e decisiva para se conseguir fazer a justiça que tanto os cidadãos esperam e desejam, na citação, na comunicação dos actos judiciais e na conclusão do processo, quando a decisão se materializa. São requisitos para o exercício das funções de Oficial de Justiça: sólidos conhecimentos jurídicos e um forte equilíbrio emocional. Com a mudança na legislação portuguesa introduzida em 2003, foi criada a figura do Solicitador de Execução. Salvo quando a lei determine em contrário, é ele quem efectua, sob controlo do Juiz, todas as diligências do processo executivo, incluindo citações, notificações e publicações. O Solicitador de Execução é designado pelo exequente ou pela secretaria do tribunal, entre os inscritos na comarca e nas comarcas limítrofes, ou, na sua falta, entre os inscritos em outra comarca do mesmo círculo judicial. Não havendo solicitador de execução inscrito no círculo ou ocorrendo outra causa de impossibilidade, são essas Joaquim Marques Julho

11 funções, com excepção das especificamente atribuídas ao solicitador de execução, desempenhadas por Oficial de Justiça, determinado segundo as regras da distribuição. Neste caso, desempenha as funções de agente de execução o Escrivão de Direito titular da secção do tribunal em que corre a execução. O Solicitador de Execução é um colaborador processual que, sob fiscalização da Câmara dos Solicitadores e na dependência funcional do Juiz da causa, exerce as competências específicas de agente de execução nos processos de direito privado. Nas execuções por custas, o agente de execução é sempre um Oficial de Justiça. O Solicitador de execução pode, sob sua responsabilidade, promover a realização de diligências que não constituam acto de penhora, venda, pagamento ou outro de natureza executiva, por empregado do seu serviço, credenciado pela Câmara dos Solicitadores. Os Solicitadores são profissionais liberais que exercem o mandato judicial a título remunerado. O exercício da profissão depende de inscrição na Câmara dos Solicitadores precedida de um estágio que tem por finalidade proporcionar ao formando o conhecimento dos actos e termos mais usuais da prática forense e dos direitos e deveres dos solicitadores. Além da aprovação nessa formação preliminar, são requisitos para a inscrição na Câmara: a) Ser cidadão português ou da União Europeia; b) Ser titular de uma licenciatura em cursos jurídicos ou de um bacharelato em Solicitadoria e não estar inscrito na Ordem dos Advogados ou, relativamente aos nacionais de outro Estado da União, ser titular das habilitações académicas e profissionais requeridas legalmente para o exercício da profissão no respectivo Estado de origem. Para se poder ser um Solicitador de Execução é necessário que o profissional: 1. Tenha três anos de exercício profissional nos últimos cinco anos, 2. Não esteja abrangido por qualquer das causas de recusa indicadas quanto ao exercício da actividade de solicitador; 3. Não tenha sido condenado em pena disciplinar superior a multa, enquanto solicitador; 4. Tenha sido aprovado nos exames finais do curso de formação de solicitador de execução, realizado há menos de cinco anos; 5. Tendo sido solicitador de execução, requeira dentro dos cinco anos posteriores à cessação da inscrição anterior, a sua reinscrição instruída com parecer favorável da secção regional deontológica; 6. Tenha as estruturas e os meios informáticos mínimos, definidos por regulamento aprovado pela assembleia-geral Espanha Na Espanha, existem vários profissionais que exercem essa função. A execução é comandada pelo Juiz, que confia algumas tarefas ao agente judicial do tribunal. Ele pode também designar o secretário judicial. Por delegação do Juiz, o secretário judicial fica encarregado da notificação dos actos processuais, que pode por sua vez delegar essa função a um Oficial, o qual pode igualmente delegar a função aos auxiliares da administração judiciária. Todas os ocupantes dessas funções são funcionários públicos, remunerados pelo Estado. A Espanha também adopta a figura do Procurador, que é um profissional independente, nomeado pelo Ministério da Justiça para promover a execução sob remuneração das partes. Joaquim Marques Julho

12 Para se ser procurador, é necessário ter nacionalidade espanhola, ser formado em Direito e ter um diploma de procurador, além de estar inscrito no Colégio de Procuradores República Checa Outro país que adopta o sistema misto é a República Checa, onde a execução das decisões judiciais pode ser realizada pelos Soudni exekutor (profissionais liberais, remunerados pelas partes) ou pelos funcionários dos Tribunais (funcionários públicos, remunerados pelo Estado), sob comando de um Juiz. Ao exequente é dada a possibilidade de escolher um ou outro para actuar como agente da execução. No caso dos Soudni exekutor, é necessário ser licenciado em Direito, fazer um estágio de três anos e ser aprovado num exame profissional. O candidato é nomeado pelo ministro da Justiça, e passa a ter uma formação contínua para exercer a actividade Países que adoptam o modelo administrativo Suécia Na Suécia, o agente de execução tem um nome que poderia ser traduzido como "Escrivão" (kronofogde). Trata-se de um funcionário público que trabalha na secretaria de um tribunal (kronofogdemyndighet) e é responsável pela instrução dos processos de execução relativos a créditos privados e públicos em mora. Além disso, muitas vezes esse funcionário representa o Estado nos tribunais, nas negociações em processos de falência, de adjudicação de contractos e de liquidação de dívidas. O responsável por uma secção ou uma secretaria judicial que desenvolve actividades relacionadas à execução deve geralmente ser um kronofodge. Para essa função, ele recebe uma formação específica e é necessário ser cidadão sueco, ter uma licenciatura em direito e ter realizado um estágio em tribunal. É igualmente possível substituir este estágio por certos trabalhos práticos bem precisos ou ser beneficiado por uma dispensa especial. Para exercer a função na Suécia, é necessário ser inicialmente contratado como estagiário (kronofogdeum spirant). Os candidatos realizam um curso de quarenta semanas, que inclui trabalho prático e aulas teóricas. Uma vez concluída a formação, os candidatos passam um exame para apurar se estão aptos para desempenhar a função Finlândia Na Finlândia, os Oficiais de Justiça trabalham nos tribunais de primeira instância. Não é necessária uma formação jurídica, que em geral não possuem. São funcionários públicos. Se não for possível proceder a uma notificação pelos meios convencionais, como o correio simples ou com aviso de recepção, é o Oficial de Justiça que se encarrega de entregar o documento ao destinatário. Já no caso das execuções, elas são realizadas por auxiliares locais da justiça, ou seja, Oficiais de Justiça da circunscrição, polícia rural e Oficiais de Justiça da província de Ahvenanmaa. São auxiliados por ajudantes, que na prática se ocupam da maior parte das execuções. Os funcionários competentes para as execuções são funcionários públicos. Incumbe ao Ministério da Justiça a administração geral e o controle dos serviços das execuções. As actividades de direcção e controle cabem igualmente aos chefes dos serviços jurídicos das câmaras, que se ocupam, por exemplo, dos recursos extraordinários por vícios de forma. No entanto, nem o Ministério da Justiça nem o chefe do serviço Joaquim Marques Julho

13 jurídico têm poder para anular ou alterar uma penhora ou qualquer outra medida do processo. Ainda na Finlândia, as execuções coercivas referem-se geralmente à recuperação de dívidas, mas podem ser feitas outras reivindicações por esta via. A validade do crédito é verificada e a obrigação de pagamento do devedor avaliada durante o processo. Se as decisões judiciais não forem respeitadas voluntariamente, serão aplicadas por meio de uma execução coerciva. Alguns créditos, como por exemplo os impostos e as contribuições para a Segurança Social, podem ser recuperados sem decisão de um tribunal. As sanções penais pecuniárias, como as multas, são recuperadas por execuções coercivas. Os serviços de execuções coercivas encarregam-se igualmente das expulsões, das providências cautelares ordenadas pelos tribunais e das decisões relativas à guarda dos filhos e ao direito de visita. Os serviços de execuções coercivas devem zelar tanto pelo interesse do credor como do devedor. Esses serviços procuram por isso que o devedor pague a sua dívida voluntariamente. Se não for feito nenhum pagamento, procedem à penhora do salário, da pensão, dos rendimentos profissionais ou dos bens. Os bens penhorados podem ser vendidos em hasta pública. *A tabela abaixo mostra algumas características dos agentes de execução (excepção feita aos oficiais de justiça) em alguns países da Europa: Abordagem geral à legislação relacionada Abordagem histórica ao E.F.J. Fonte: UIHJ Na legislação processual vigente em Portugal há regras específicas a respeito dos Oficiais de Justiça. Da evolução legislativa, pode-se sintetizar que hoje ao Oficial de Justiça, para além de lhes caber a execução dos actos dos magistrados, bem como a prática de um conjunto 12 O CARGO DE OFICIAL DE JUSTIÇA NA ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO FEDERAL - MARCELO MOREIRA DE VASCONCELOS E NEEMIAS RAMOS FREIRE 2009, PROFISSIONAIS DA JUSTIÇA MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DO CURSO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PARA Joaquim Marques Julho

14 cada vez mais alargado de actos processuais por competência própria, são eles que transmitem, em primeiro lugar, a imagem dos serviços, porque com eles estabelecem contacto inicial, e por vezes único, mandatários judiciais e público em geral. Antes de 26 de Agosto de 1999, as normas estatutárias relativas aos funcionários de justiça encontravam-se, pelo peso de uma tradição sem desvios, inseridas, na generalidade, em diploma que regula a organização das secretarias judiciais e dos serviços do Ministério Público, o Decreto-Lei n.º 376/87, de 11 de Dezembro, vulgarmente conhecido por Lei Orgânica das Secretarias Judiciais e Estatuto dos Funcionários de Justiça. Na reordenação levada a efeito pelo governo no ano de 1999 relativa à organização dos tribunais judiciais, considerou-se mais conveniente proceder à cisão entre a matéria concernente à estrutura e ao funcionamento das secretarias judiciais, por um lado, e o estatuto dos respectivos funcionários, por outro. Com esse objectivo, o primeiro passo foi dado pelo capítulo IX da Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro (Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais), dedicado às secretarias judiciais, que passou a ter um corpo de disposições nucleares compatível com a sua importância na administração da justiça, em contraste com a subalternização a que as votaram as homólogas leis precedentes. Em coerência, as normas de desenvolvimento da organização das secretarias passaram ter a sua sede natural no regulamento da Lei n.º 3/99. Assim, em 26/08/1999, surge a autonomização do Estatuto dos Funcionários de Justiça, com a publicação do Decreto-Lei N.º 343/99, em materialização de compreensível aspiração de classe maioritariamente composta por pessoal oficial de justiça. Justifica-se no mesmo que seria inaceitável que se desperdiçasse o ensejo de o adequar às crescentes exigências de um serviço público em área relevante do Estado de direito democrático. Salientam-se, no D.L. 346/99 de 26/08, como aspectos mais relevantes, as seguintes alterações: 1 - A regra de que o recrutamento para ingresso nas carreiras do pessoal oficial de justiça passa a efectuar-se de entre candidatos habilitados com curso de natureza profissionalizante, que os qualifique para a complexa actividade que lhes é reservada. 2 - A simplificação do regime de acesso nas carreiras dos oficiais de justiça, com a substituição da sequência de cursos, com limitado numerus clausus, pela prestação de provas antecedidas de formação descentralizada, a ministrar pelo Centro de Formação Permanente de Oficiais de Justiça, dirigida a todos os funcionários candidatos ao acesso; paralelamente, adopta-se uma fórmula de graduação para a promoção com acento tónico na aptidão técnica dos funcionários, incentivando-se a progressão pelo mérito revelado em detrimento da antiguidade. 3 - Elimina-se o estrangulamento existente na carreira dos serviços do Ministério Público, alargando-se o campo de recrutamento das categorias de escrivão de direito e de técnico de justiça principal e introduzindo-se a possibilidade de transição entre as categorias de escrivão de direito e técnico de justiça principal e de escrivão-adjunto e técnico de justiça-adjunto, respectivamente. 4 - Suprimem-se os cargos de secretário judicial e de secretário técnico, reunindo-os no cargo comum de secretário de justiça. O regime actual assenta, em princípio, em duas secretarias autónomas - a secretaria judicial e a secretaria dos serviços do Ministério Público -, situação que se não justifica, quer pela duplicação de funções, quer pelo subaproveitamento de alguns secretários técnicos. Sem embargo da subsistência dos serviços judiciais e dos serviços do Ministério Público, acolhe-se o modelo de uma chefia única, dirigida por um secretário de justiça, com superintendência em ambos os serviços. Joaquim Marques Julho

15 5 - Inverte-se a ordem das nomeações oficiosas, evitando-se a penalização dos candidatos mais bem classificados, prevendo-se ainda a possibilidade de preenchimento imediato dos lugares vagos, nos casos de aquele a quem couber o primeiro provimento o não aceitar. 6 - Introduz-se factor de moralização nas remunerações dos funcionários em comissões de serviço, bem como na dos oficiais de justiça que exercem funções nas secretarias dos tribunais superiores. Nada justifica a disparidade remuneratória vigente, em benefício de tais funcionários, que auferem vencimento correspondente ao da categoria imediatamente superior, sem que o volume ou a dificuldade do serviço fundamentem esse acréscimo no vencimento. Ao invés, estende-se o regime aplicável aos funcionários em comarcas de periferia aos funcionários de tribunais em que o excepcional volume ou complexidade de serviço dificultem o preenchimento dos quadros de pessoal ou desincentivem a sua permanência naqueles lugares. 7 - Simplifica-se o estatuto, em matéria disciplinar, consagrando-se apenas as especificidades exigidas pela condição de oficial de justiça, remetendo-se, em tudo o mais, para o regime geral da função pública. 8 - Esclarece-se que a competência do Conselho dos Oficiais de Justiça é limitada aos oficiais de justiça de nomeação definitiva. Seguidamente, o Estatuto do Funcionários de Justiça passou por uma série de alterações, a saber: - DL n.º 175/2000, de 09 de Agosto - DL n.º 96/2002, de 12 de Abril - DL n.º 169/2003, de 01 de Agosto - Lei n.º 42/2005, de 29 de Agosto - DL n.º 121/2008, de 11 de Julho Abordagem aos Estatuto dos Funcionários Judiciais Cumpre-me, então, realizar uma passagem pelo actual Estatuto dos Funcionários de Justiça, destacando-se, aqui, as normas relacionadas com o ingresso, acesso, conteúdos funcionais, direitos, deveres e avaliação do desempenho, para que se perceba da especificidade inerente ao desempenho da profissão oficial de justiça Ingresso O ingresso nas categorias de escrivão auxiliar e de técnico de justiça auxiliar faz-se de entre indivíduos habilitados com curso de natureza profissionalizante, aprovados em procedimento de admissão. O curso acima referido é aprovado por portaria dos Ministros da Justiça e da Educação. (n.ºs 1 e 2 do artigo 7º do EFJ Regime regra) A saber: Portaria nº 948/99, de 27 de Outubro - Aprova o Curso de Técnico de Serviços Jurídicos. Joaquim Marques Julho

16 Portaria nº 217/2000, de 11 de Abril - Reconhece o curso de técnico de serviços jurídicos, aprovado pela Portaria nº 948/99, de 27 de Outubro, como requisito habilitacional de ingresso nas carreiras de pessoal oficial de justiça. Portaria nº 1348/2002, de 12 de Outubro - Altera o plano curricular do curso de técnico de serviços jurídicos. Curso de Técnico Superior de Justiça Portaria n.º 1121/2009, de 30 de Setembro O curso de Técnico Superior de Justiça ministrado pela Universidade de Aveiro, e a que se referem os despachos n.os /2003 (2.ª série), de 22 de Novembro, e A/2007 (2.ª série), de 19 de Setembro, é considerado habilitação suficiente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 7.º do Estatuto dos Funcionários de Justiça, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 343/99, de 26 de Agosto. Na falta ou insuficiência de possuidores da habilitação referida no artigo anterior, o ingresso faz-se de entre candidatos aprovados em curso de habilitação. (artigo 8º do EFJ Regime supletivo) Acesso São requisitos gerais de acesso ás categorias de Secretário de Justiça, Escrivão de Direito ou Técnico de Justiça Principal e Escrivão - Adjunto ou Técnico de Justiça - Adjunto: - Prestação de serviço efectivo pelo período de três anos na categoria anterior; Aqui, convém relembrar o - P do Conselho Consultivo da PGR (Contagem do tempo de Serviço para progressão na Carreira), que aqui se dá por reproduzido: 1ª De acordo com o disposto nos artigos 7º e 8º do Estatuto dos Funcionários de Justiça, aprovado pelo Decreto-Lei nº 343/99, de 26 de Agosto, o ingresso nas carreira judicial e dos serviços do Ministério Público do grupo de pessoal oficial de justiça é feito, respectivamente, nas categorias de escrivão auxiliar e de técnico de justiça auxiliar, de entre indivíduos habilitados através de procedimentos de admissão próprios e, nos termos do artigo 45º do mesmo Estatuto, inicia-se com um período probatório com a duração de um ano (prorrogável por seis meses), findo o qual, caso não se verifique inaptidão para o desempenho das respectivas funções, a nomeação torna-se definitiva; 2ª Com a nomeação definitiva, os efeitos de permanência na categoria reportam-se ao ingresso, contando a respectiva antiguidade, quer para efeitos de promoção, quer de progressão, a partir da data da publicação em Diário da República da primeira nomeação, nos termos estabelecidos pelo artigo 75º do Estatuto dos Funcionários de Justiça; 3ª Consequentemente, o tempo de serviço prestado no período probatório a que alude a 1ª conclusão, com exercício das funções próprias da categoria em que o funcionário está investido, integra o módulo de tempo necessário para a progressão nessa categoria, pelo que, decorridos três anos, o funcionário está em condições de ascender ao escalão seguinte. - Classificação mínima de Bom na categoria anterior; Joaquim Marques Julho

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