GRAMATICALIZAÇÃO DE TER, NO PORTUGUÊS, E AVERE, NO ITALIANO: UM ESTUDO COMPARATIVO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "GRAMATICALIZAÇÃO DE TER, NO PORTUGUÊS, E AVERE, NO ITALIANO: UM ESTUDO COMPARATIVO"

Transcrição

1 944 GRAMATICALIZAÇÃO DE TER, NO PORTUGUÊS, E AVERE, NO ITALIANO: UM ESTUDO COMPARATIVO Cynthia Elias de Leles Vilaça UFMG 0 Introdução Considere-se os seguintes dados do português e do italiano: (1) Esse pobre diabo não tem remédio possível [...] (SARAMAGO, 2005, p. 11) (2) É essa particularidade de ser um observador marginal, que, talvez, tenha influenciado sua maneira de perceber que a verdade é sempre relativa à opinião daquele que a diz [...] (MORELO, 2000, p. 3) (3) E così superi la prima cinta dei baluardi e ti piomba addosso la fanteria dei Libri Che Se Tu Avessi Più Vite Da Vivere Anche Questi Li Leggeresti Volentieri [...] (CALVINO, 1994, p. 5) (4) Sei passato in libreria e hai comprato il volume. (CALVINO, 1994, p.5) Percebe-se que as ocorrências do verbo ter em (1) e (2) possuem funções diferentes. O mesmo pode-se afirmar para as ocorrências de avere em (3) e (4). Em (1) e (3) os verbos ter e avere são lexicais, correspondendo a dispor de. Já em (2) e (4), ter e avere são verbos gramaticais e exercem função de auxiliar. De acordo com Hopper & Traugott (1993), ter e avere lexicais e ter e avere gramaticais constituíram caso de polissemia do ponto de vista diacrônico, e de homonímia do ponto de vista sincrônico. O uso do termo gramaticalização para designar a atribuição de um caráter gramatical a um termo anteriormente autônomo foi empregado pela primeira vez pelo lingüista francês Antoine Meillet (1948[1912]). Esse autor também foi o primeiro a atribuir a esse fenômeno um papel central na teoria da mudança lingüística (COELHO, 2006, p. 31). Mais tarde, Hopper & Traugott (1993) atestaram que a gramaticalização não ocorre de maneira abrupta, mas por meio de transições graduais, que envolvem processos de analogia e reanálise, e tende a suceder de forma similar nas línguas humanas. Sendo assim, os autores propuseram o seguinte ciclo para o processo de gramaticalização: item lexical > palavra gramatical > clítico > afixo flexional De maneira geral, o ciclo de Hopper & Traugott indica que um item de natureza lexical perde referentes extralingüísticos para adquirir significados funcionais ou gramaticais, deixando, paulatinamente, de referir-se a entidades do mundo empírico (+ concreto), para exprimir conteúdo gramatical (+ abstrato) 1. É importante ressaltar, que os vários estágios da gramaticalização coexistem, pois não há concorrência entre os itens e nem substituição de um pelo outro. Isso significa que, no caso da gramaticalização de ter e avere, o verbo lexical não é substituído pelo verbo gramatical, mas agrega outros semas. A esse processo de expansão de semas de um verbo que lhe permite aumentar as suas funções de referenciação no âmbito do léxico, denomina-se lexicalização (COELHO, 2006, p. 21). No presente trabalho, propõe-se descrever e analisar, sob uma perspectiva diacrônicocomparativa, o processo de expansão lexical e gramatical dos itens ter, no português, e avere, no italiano. Dessa forma, a partir do estudo das 20 primeiras ocorrências desses itens em textos medievais e modernos, buscou-se caracterizar o percurso de gramaticalização que os permitiu desempenharem 1 Entretanto, sabe-se que distinguir os limites entre valores concretos e abstratos de um item não é uma tarefa fácil.

2 945 também a função de verbos auxiliares, marcando o tempo, o número, o modo, a voz e o aspecto verbais. Destarte, eis as questões que impulsionaram o presente estudo: (a) em qual das duas línguas ter/avere foi mais lexicalizado?; (b) se a gramaticalização é um processo diacrônico, ela compreende estágios, em que estágio do processo de gramaticalização encontram-se os verbos ter e avere?; (c) o percurso de gramaticalização dos auxiliares ter e avere foi similar?; e (d) qual o atual estágio de gramaticalização de ter auxiliar (ou gramatical) no português europeu e no português brasileiro? Buscou-se responder a tais questionamentos ao longo deste trabalho. Na primeira parte, são apresentados estudos sobre o percurso de gramaticalização de ter e avere gramaticais, a partir do latim. Em seguida, discute-se a relação entre a concordância do PP com o objeto-acusativo em perífrases verbais, bem como a caracterização do estágio de gramaticalização de ter e avere gramaticais. A terceira parte consta da caracterização do corpus utilizado neste trabalho e da análise qualitativa e quantitativa dos dados arrolados. Por fim, a partir do exame dos resultados, apresentou-se uma possível escala de gramaticalidade entre os itens ter, no português europeu e brasileiro, e avere, no italiano. 1. Percurso de gramaticalização dos itens ter, no português, e avere, no italiano O percurso de gramaticalização dos auxiliares ter e avere foi similar? Harris & Vincent (1988, p. 56) afirmam que o perfectum latino teria dado origem a duas formas: um pretérito ou passado histórico (forma simples); e um presente perfeito, progressivamente expresso por meio da gramaticalização da perífrase HABET CANTATUM (> it. ha cantato) 2. Nesta última construção, a perfectividade é expressa no particípio, enquanto as informações de pessoa, número, tempo e modo encontram-se no auxiliar. De acordo com Posner (1996, p. 136), inicialmente, as construções românicas compostas eram usadas para indicar ações concluídas no presente, comparadas com as formas simples de pretérito (it. passato remoto, pt. pretérito perfeito) 3. Entretanto, em muitas línguas românicas modernas, a forma composta teria substituído a simples na fala coloquial. A autora supõe que essa substituição teria sido uma estratégia para evitar formas morfologicamente complexas do passado simples, como parte de uma força geral em direção a construções analíticas, ou ligada à ênfase ao aqui e agora do uso coloquial. Para Posner (1996, p. 135), o percurso de gramaticalização das formas plenas ter e avere parece ter sido: HABEO LITTERAS SCRIPTAS > it. Ho le lettere scritte / pt. Tenho as cartas escritas > it. Ho scritto le lettere / pt. Tenho escrito as cartas. Originalmente, a sentença acima poderia ser assim interpretada: as cartas que eu tenho foram escritas por outro. A gramaticalização da construção ter/avere + PP (doravante, PP), observada a partir do 3º estágio, envolveria uma reanálise pela qual o sujeito da forma finita é necessariamente assumido como sujeito do particípio, interpretado como ativo. As duas formas verbais amalgamadas equivaleriam, portanto, a uma forma verbal simples, vindo a ser usada com verbos intransitivos (POSNER, 1996, p. 135). Já para ROHLFS (1969, p. 119), construções com ter + PP teriam exprimido, inicialmente, um estado ou um aspecto durativo (e não uma ação concluída no presente, como postulou Posner). Assim, na medida em que o sujeito passou a ser entendido como responsável pela ação, o executor do fato, esse tipo de construção passou a ser caracterizada como a própria atividade. Em português arcaico, ter (<TENERE)/ haver (<HABERE) distinguidos apenas pela dimensão semântica: possuir e adquirir, respectivamente eram usados com o PP em função adjetival, isto é, o PP concordava em gênero e número com o objeto-acusativo. A emergência de verbos com auxiliar data do século XV, quando eles começaram a ser usados intransitivamente e sem 2 it. = em italiano. 3 pt. = em português.

3 946 a referida concordância. Esses verbos também seriam usados para expressar previsão haver de + infinitivo (hei de amá-lo); e obrigação ter que + infinitivo (tenho que matá-lo) (HARRIS & VINCENT, 1998, p. 162). De acordo com Posner (1996, p. 136), em português coloquial, bem como em variedades dialetais do sul da Itália, ter teria substituído haver tanto como verbo lexical (sentido de posse), como verbo auxiliar (exceto no estilo literário). Entretanto, Rohlfs (1969, p. 127) assegura que, ao contrário do que aconteceu no português, em nenhum dialeto italiano se chegou a uma total substituição de avere por tenere em construções com o PP. O autor acrescenta que, nos dialetos italianos em que se pode encontrar a construção tenere + PP, o aspecto não é perfectivo, mas durativo. Segundo Posner (1996, p. 136), o mesmo valeria para o português, já que nessa língua, o perfeito composto (tenho escrito) não tem a mesma função do presente perfeito das demais línguas românicas, mas é usado para indicar continuidade, completas ou repetidas ações em um passado recente. Nos dialetos galo-itálicos piemonteses e em alguns dialetos do sul da Itália, as construções com tenere + PP conferem um aspecto apenas durativo ao verbo (e não perfectivo): (5) maritimo i tè condati mio marito li ha contati (sul do Lazio Navone 8); (6) teneva na funtana frabbecata [...] avevo fabbricato una Fontana [...] (província de Avellino Folkl. Ital. 1, 424); (7) tié magnieàt@ r@ jébbl@ hai mangiato gli ebbi (abruzzese Conti 103); (8) u ten dicæ egli va dicendo (dialeto galo-itálico piemontês Toppino, ID. 2,20) Harris & Vincent (1988, p. 300) descrevem o uso de construções perifrásticas e a distribuição dos verbos auxiliares em italiano. Como em português, no italiano, o verbo avere (<HABERE) é também constituinte dos tempos compostos. Quando, na formação de um tempo composto, o verbo avere encontra-se no presente do indicativo, tem-se um tempo verbal chamado passato prossimo. Essa forma concorre com a forma simples de pretérito, conhecida como passato remoto, uma vez que ambas expressam uma ação completa. O imperfetto (pt. imperfeito do indicativo), ao contrário, se refere a uma ação incompleta ou habitual, sendo, portanto, mais usado com verbos que indicam estado mental (como sapere saber ) e em textos jornalísticos ou escritas menos formais. A distinção entre passato prossimo e passato remoto envolve a dimensão diatópica da língua, já que há uma preferência pelo uso do passato prossimo no norte da Itália (tanto na língua falada quanto na escrita), enquanto os falantes do sul usam somente o passato remoto, reservando a forma perifrástica para sentido durativo e para referência a eventos imediatamente passados. Segundo Harris & Vincent (1988, p. 301), essa distinção é também verificada na língua falada da Itália central (incluindo os dialetos florentino e romano), mas a influência do norte é forte e pode vir a predominar. No italiano standard, a distinção semântica entre as formas simples e composta persiste na escrita (Posner, 1996, p ). Na próxima seção deste trabalho, discutir-se-á a relação entre a perda de consciência do significado original (seja de ação durativa ou de ação concluída no presente) da construção ter/avere + PP e a concordância do PP com o objeto-acusativo nessas perífrases verbais, de modo a caracterizar o estágio de gramaticalização dos itens ter e avere gramaticais. 2. Concordância do PP com o objeto-acustivo de perífrases verbais Ainda que irregularmente, a concordância do PP com o objeto-acusativo é atestada no período medieval de todas as línguas românicas. Assim, Rohlfs (1969, p. 115) assegura que, no italiano medieval, eram comuns as formas: aveva la luna, essendo nel mezzo del cielo, perduti i raggi suoi (Decameron 6, introduzione), come Dioneo ebbe la sua novella finita (Decameron 8, 10). No entanto, Posner (1996, p. 257) afirma que essa possibilidade teria cessado por volta do mesmo período (entre séc. XV e XVII). Nas línguas medievais, a concordância é vista como um resquício da construção original em que ter e avere funcionaram como verbo lexical, e o PP, como forma passiva/adjetival qualificando o nome objeto (NP), como em habeo litteras scriptas; ao passo que a ausência de concordância contribuiria para interpretar a seqüência ter/avere + PP como gramaticalização, ou, em alguns usos

4 947 modernos, como casos de ênfase mais na ação do que no objeto (alvo da ação) (POSNER, 1996, p. 258). No período medieval do português (séc. XIII a XVI), em estruturas constituídas por ter/haver + PP, este último era usado como adjetivador do objeto-acusativo de ter/haver. Existia, portanto, concordância de gênero e número entre esses termos. Pode-se dizer que o PP era constituinte do sintagma nominal (SN) do objeto-acusativo dos verbos principais transitivos ter/haver. Essa construção frasal evidencia o estado de posse herdado do latim e semanticamente expressos pelos verbos ter e haver no período medieval. Entretanto, em documentos da primeira metade do século XV, teria sido atestada uma forma inovadora em que ter e haver seriam reanalisados como verbos auxiliares, constituindo com o PP o sintagma verbal (SV) (MATTOS e SILVA, 1992, p. 93). Casos como esse seriam caracterizados pela ausência de concordância em gênero e número entre o PP e o objeto-acusativo. Exemplos de variação na concordância do PP com o objeto-acusativo, como (11) e (12), evidenciam que a estrutura antiga, de origem latina, e a inovadora coexistiram: (9) a que todo o reino tinha feito menagem de o receber por senhor (Crônica de D. João I. 209) (10) Lixboa fora verdadeira madre e criador destes feitos, nom satisfazia(m) a seu deseio os priuillegios e liberdades que lhe dados tinha, pareçemdo-lhe muy singello gallardom em respeito do que ella era merecedor. (Crônica de D. João p.9) Em (9), a estrutura ter + PP é tida como um tempo verbal composto, em que ter apresenta-se como verbo gramatical. Em (10), ao contrário, o PP, pode ser interpretado como um predicativo do objeto-acusativo (os priuillegios e liberdades: coisa possuída) do verbo ter lexical. Os exemplos (9) e (10) também permitem questionar se a posição do objeto-acusativo em relação à perífrase verbal teria condicionado a concordância do PP com o objeto-acusativo e, consequentemente, motivado a mudança nessa estrutura sintagmática. Essa hipótese será testada na próxima seção deste trabalho, quando da análise das ocorrências de ter e avere gramaticais. No português padrão, a concordância entre o PP e o objeto-acusativo não é prevista em perífrases verbais. Sendo assim, quando essa concordância acontece, o particípio é interpretado como constituinte do SN e tem função adjetival. No italiano standard, a concordância só é obrigatória com o pronome de 3ª pessoa, que deve ser proclítico em relação ao auxiliar: ho trovato Maria vs l ho trovata. De acordo com Harris & Vincent (1988, p. 303), exemplos como ho vista la dama são observados em períodos mais primitivos da língua. Posner (1996, p. 259) acrescenta que casos como hai vendute le uova / Le hai vendute le uova podem ser atestados em usos dialetais. Portanto, na língua italiana, o fenômeno da concordância entre o PP e o objeto-acusativo foi parcialmente extinto nos tempos compostos com avere/tenere, permanecendo somente nos casos em que o objeto-acusativo é uma forma pronominal que precede a estrutura avere + PP, como em (11). (11) [...] ne hai afferrato una copia e l hai portata alla cassa perché venisse stabilito il tuo diritto di proprietà su di essa. (CALVINO, 1994) 4 Na seção subseqüente, far-se-á uma caracterização do corpus utilizado neste trabalho, seguida pela análise qualitativa e quantitativa dos dados arrolados. A partir dessa análise, intenta-se responder a alguns questionamentos pendentes suscitados na introdução deste trabalho. 3. Caracterização do corpus e análise dos dados Tendo em vista o exposto nas seções anteriores, selecionaram-se dois textos medievais um em português e outro em italiano e três textos s um em português europeu, outro em português brasileiro, e o terceiro em italiano a fim de comparar os estágios de gramaticalização dos itens ter e avere que coexistiram e coexistem no português e no italiano. Os textos selecionados 4 A concordância do PP com o pronome ne, que em (11) substitui o objeto una copia, também é possível, embora não tenha sido realizada nesse exemplo.

5 948 são todos em prosa, literários ou sobre literatura. O QUADRO 1 apresenta a caracterização do corpus mencionado. PERÍODO MEDIEVAL PERÍODO CONTEMPORÂNEO QUADRO 1 Caracterização do corpus TEXTO/REFERÊNCIA DESCRIÇÃO DATAÇÃO Crônica de D. João. In: COHEN Excerto da crônica do rei D. João 1437/1450 (1999) Il Libro de l Abate Isaac de Syria de la Perfectione de la Vita Contemplativa. In: VILAÇA (2004). A relativização da verdade em Heródoto. MORELO (2000). As intermitências da morte. SARAMAGO (2005). São Paulo: Companhia Das Letras. Se una note d inverno um viaggiatore. CALVINO (1994). Milano: Arnaldo Mondadori Editori. Edição princeps italiana do Libro dell Abate Isaac di Siria Dissertação de mestrado escrita em português brasileiro Literatura portuguesa 2005 Literatura italiana 1994 Fevereiro de 2000, mas com citações de toda a segunda metade do séc. XX. Considerando que os textos selecionados possuem tamanhos diferentes e que o objetivo deste trabalho consiste tão somente em descrever os estágios do processo de gramaticalização em que se encontram os itens ter e avere, listou-se as 20 primeiras ocorrências desses itens em cada texto. Como mencionado na introdução deste trabalho, no processo de gramaticalização, um item tende a se tornar mais abstrato. Sendo assim, um dos critérios semânticos utilizados para a identificação de um processo de gramaticalização consiste em distinguir as ocorrências do item correspondentes a significados abstratos em contraposição às suas ocorrências com valor concreto. Na análise realizada neste trabalho, considerou-se uso concreto a acepção semântica inicial dos itens ter e avere. A seguir, far-se-á uma exposição dos valores semânticos de ter e avere lexicais encontrados no corpus selecionado, com base nas acepções desses verbos constantes em VITRAL (2006), COELHO (2006) e HOUAISS (ed. eletrônica) para o português e em DE MAURO (2000) para o italiano. Usos concretos TABELA 1 Valores semânticos de ter lexical no português medieval Usos abstratos Valor semântico Nº de ocorrências / (%) Valores semânticos Nº de ocorrências / (%) estar na posse de, 5 / 25% possuir abstrato 3 / 15% possuir dispor de 2 / 10% acreditar/considerar/julgar 1 / 5% manter 1 / 5% adotar, proceder 3 / 15% encontrar-se com 1 / 5% Total 5 / 30% Total 11 / 55%

6 949 TABELA 2 Valores semânticos de ter lexical no período : português europeu Usos concretos Usos abstratos Valor semântico Nº de ocorrências / (%) Valores semânticos Nº de ocorrências / (%) estar na posse de, 0 / 0% possuir abstrato 1 / 5% possuir ter necessidade, obrigação 2 / 10% ou dever de apresentar, mostrar 1 / 5% dispor de 1 / 5% Total 0 / 0% Total 5 / 25% TABELA 3 Valores semânticos de ter lexical no período : português brasileiro Usos concretos Usos abstratos Valor semântico Nº de ocorrências / (%) Valores semânticos Nº de ocorrências / (%) estar na posse de, 1 / 5% dispor de 6 / 30% possuir considerar, julgar 4 / 20% gozar, desfrutar 2 / 10% manter 1 / 5% ter necessidade, obrigação ou dever de 1 / 5% Total 1 / 5% Total 14 / 70% TABELA 4 Valores semânticos de avere lexical no italiano medieval Usos concretos Usos abstratos Valor semântico Nº de ocorrências / (%) Valores semânticos Nº de ocorrências / (%) estar na posse de, possuir 0 / 0% dispor de 6 / 30% obter 4 / 20% Manter 1 / 5% sentir, experimentar 2 / 10% Total 0 / 0% Total 13 / 65% TABELA 5 Valores semânticos de avere lexical no italiano Usos concretos Usos abstratos Valor semântico Nº de ocorrências / (%) Valores semânticos Nº de ocorrências / (%) estar na posse de, possuir 0 / 0% possuir abstrato 2 / 10% dispor de 1 / 5% Total 0 / 0% Total 3 / 15%

7 950 Tendo em consideração os dados expostos, pode-se dizer que ter/avere parece ter sido mais lexicalizado em português, devido à maior expansão de sua abrangência semântica nessa língua em relação ao italiano. É interessante notar ainda, que, tanto no português europeu como no italiano medieval e no, não foi verificada ocorrência de ter e avere na acepção original, aqui tomada como concreta. As ocorrências de ter nessa acepção se concentram no português medieval, contra apenas uma ocorrência no português brasileiro. Essa constatação corrobora com o pressuposto de que ter e avere estão em processo de gramaticalização. Passar-se-á, pois, à análise das ocorrências de ter e avere gramaticais nos dois períodos selecionados (medieval e ). Para a classificação do estágio de gramaticalização em que se encontram esses itens no português e no italiano, buscou-se classificar as suas ocorrências como item gramatical em três categorias: (1) casos em que há presença de concordância entre o PP e o objeto-acusativo; (2) casos em que há ausência de concordância entre o PP e o objeto-acusativo; e (3) casos em que o objeto-acusativo encontra-se na forma não marcada (masculino singular), e, portanto, não se pôde assegurar a inexistência de concordância entre este e o PP. A 3ª categoria inclui ainda os casos em que a perífrase verbal é constituída por verbo intransitivo ou pronominal. As tabelas 6, 7 e 8 mostram os resultados dessa classificação. TABELA 6 Presença de concordância entre o PP e o objeto-acusativo Língua / Período Nº de ocorrências Português medieval 3 Português europeu Português brasileiro Italiano medieval Exemplo Lixboa fora verdadeira madre e criador destes feitos, nom satisfazia(m) a seu deseio os priuillegios e liberdades que lhe dados tinha, pareçemdo-lhe muy singello gallardom em respeito do que ella era merecedor. (p. 9) [...] et cosi loperationi che si fanno per la giustitia: sono dolci al cuore: ilquale ha receuta la scientia di dio. (linhas 48-50) Italiano 4 [...] È Quase Come Se Li Avessi Letti Anche Tu. (p. 6) TABELA 7 Ausência de concordância entre o PP e o objeto-acusativo Língua / Período Nº de ocorrências Português medieval 2 Português europeu Português brasileiro Italiano medieval 3 Italiano 2 2 Exemplo Outrossy nesta sazom chegou a Lixboa huma gallee de Genoa em que vijnha huum doutor e huum caualleyro por embaxadores da parte do comuum de Genoa por fallar ao Mestre, que ja era Rey, sobre as mercadorias que lhe forom tomadas acerca do porto da dita cidade nas duas naaos, como teendes ouujdo. (p. 11) Poderia pensar-se, por exemplo, que o boato tivesse tido origem na surpreendente resistência da rainha-mãe [...] (p. 13) Segundo Immerwahr, os estudiosos do séc. XIX, perseguindo a noção de história científica, acreditaram ter achado essa forma em Tucídides [...] (p. 5) Chi non ha acquistato loperation corporale: non puo hauere operation danima [...] (linha 39) 9 Hai gettato ancora un occhiata smarrita ai libri intorno [...] (p. 7)

8 951 TABELA 8 Objeto-acusativo na forma não-marcada / perífrase verbal constituída por verbo intransitivo ou pronominal Língua / Período Nº de ocorrências Exemplo Português medieval A passagem do ano não tinha deixado atrás de si o habitual e calamitoso regueiro de óbitos [...] (p. 11) Português europeu Português brasileiro 13 Italiano medieval 3 Italiano 3 4 E depois, como se o tempo tivesse parado, não aconteceu nada. (p. 12) [...] porquanto havia interpretado as palavras de sua fonte informativa como significando que o moribundo, em sentido literal, se tinha arrependido do passo que estava prestes a dar [...] (p. 14) Na conceituada obra Paidéia publicada em 1936, Jaeger destaca que a grande contribuição de Heródoto foi a de ter dado ao homem lugar central na sua investigação [...] (p. 7) [...] a obra de Heródoto suscitou incontáveis debates sobre a credibilidade de seus relatos, e, apesar de não lhe ter sido negado o mérito de fundador da história, sua reputação foi, entretanto, polêmica. (p. 5) Collui che fugge la gloria del mondo saputamente ha gia sentito nellanima sua il século che de venire. (linhas 56-57) Sei passato in libreria e hai comprato il volume. (p. 5) A cavallo nessuno ha mai pensato di leggere [...] (p. 4) De acordo com a análise qualitativa e quantitativa realizada, 5 (25%) das 20 ocorrências de ter no português medieval correspondem a ter gramatical. Em três dessas ocorrências, o PP concorda com o objeto-acusativo, que, em dois casos, precede o ter gramatical, e, em um terceiro caso, encontra-se entre os dois verbos constituintes da perífrase. As duas ocorrências não apresentam a referida concordância e possuem aspecto durativo (não conclusivo). Na maioria dos casos em português medieval, a presença da concordância entre PP e objeto-acusativo permite afirmar que, nesse período, o processo de gramaticalização de ter estava em estágios iniciais, nos quais a perda da consciência do significado original da perífrase verbal ainda não tinha se completado. Além disso, parece que o objeto-acusativo preposto à perífrase influenciava diretamente a referida concordância. As ocorrências de ter gramatical no português europeu equivalem a 75% das ocorrências de ter listadas e correspondem ao pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo e do indicativo, e ao gerúndio e infinitivo pretéritos. Em contrapartida, as ocorrências de ter gramatical no português brasileiro equivalem a 25% das 20 ocorrências listadas, e se identificam com o pretérito perfeito do subjuntivo, infinitivo pretérito e pretérito perfeito (com verbo intransitivo e aspecto durativo). Vale ressaltar que não há presença de concordância entre o particípio e o objeto-acusativo em perífrases verbais do português, europeu e brasileiro. Nota-se também que, ao contrário do observado no português medieval, todos os objetos dessas perífrases encontram-se pospostos. Entretanto, é sabido que, no português padrão, a concordância entre o PP e o objeto-acusativo não é prevista em perífrases verbais. Sendo assim, postula-se que o estágio de gramaticalização do item ter no português avançou consideravelmente em relação ao período medieval, principalmente no português europeu, que apresentou alta freqüência desse item em função gramatical. No italiano medieval, das 20 ocorrências de avere arroladas, 7 (35%) são de avere gramatical: 3 sem concordância entre o PP e o objeto-acusativo, preposto em um caso e posposto em dois casos; 3 com objeto-acusativo posposto e na forma não-marcada; e 1 com concordância entre o PP e o objeto-acusativo posposto e na forma nominal. Das 7 perífrases listadas, 6 correspondem ao passato prossimo e 1 ao trapassato prossimo (pt. pretérito mais-que-perfeito do indicativo). Esses

9 952 dados permitem afirmar que, no período medieval, a concordância entre o PP e o objeto-acusativo não era comum, ao menos na língua escrita. 5 Já no italiano, 17 (85%) das 20 ocorrências de avere listadas, são de avere gramatical: 9 sem concordância entre o PP e o objeto-acusativo quatro prepostos, quatro pospostos, um redobrado [preposto (na forma pronominal) e posposto (na forma nominal)]; 4 com objetoacusativo um preposto e três pospostos na forma não marcada; e 4 com concordância entre o PP e o objeto-acusativo pronominal preposto ao auxiliar ou aglutinado a esse [caso de infinito passato (pt. infinitivo pretérito)]. Das 17 perífrases listadas: 14 correspondem ao passato prossimo; 1 ao infinito passato, 1 ao gerundio passato (pt. gerúndio pretérito); e 1 ao congiuntivo trapassato (pt. pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo). Nota-se que, no italiano, a concordância entre o PP e o objeto-acusativo mostrou-se mais comum do que no italiano medieval, apresentado-se, porém, restrita à regra prescrita pela norma padrão 6. Dessa forma, é possível dizer que o item avere avançou no processo de gramaticalização em relação ao período medieval, que apresentou um caso de concordância do particípio com o objeto-acusativo posposto e na forma nominal (cf. TAB. 6). Sabe-se que a freqüência de ocorrência de determinado item em função gramatical em relação a sua freqüência em função lexical constitui um critério decisivo na caracterização de um processo de gramaticalização. Assim, se um item está passando por tal processo, espera-se, comparando os períodos considerados, que: (a) a freqüência do item aumente; (b) a freqüência do item em função lexical diminua; (c) a freqüência do item em função gramatical aumente (VITRAL, 2006). O cotejo dos resultados numéricos apresentados na seção anterior é exposto na TABELA 9. TABALA 9 Freqüência de ter/avere lexical e gramatical no português e no italiano PERÍODO MEDIEVAL PERÍODO CONTEMPORÂNEO ter/avere lexical ter/avere gramatical ter/avere lexical ter/avere gramatical Português 75% 25% Português europeu 25% 75% Português brasileiro 75% 25% Italiano 65% 35% Italiano 15% 85% A expectativa do aumento da freqüência do item não pôde ser constatada neste trabalho, uma vez que se propôs analisar o mesmo número de ocorrências do item por texto. Contudo, a diminuição na freqüência do item em função lexical foi verificada no português europeu e no italiano, tendo se mantido no português brasileiro. Em compensação, a freqüência do item em função gramatical, aumentou em 50% tanto no português europeu quanto no italiano, conservando-se no português brasileiro. A manutenção dos valores de freqüência de ter lexical e gramatical no português brasileiro vai ao encontro da hipótese, defendida por muitos autores, de que essa variedade estaria, de uma maneira geral, em um estágio de evolução mais atrasado em relação à variedade européia. Sabe-se que os dados analisados neste trabalho são, sem dúvida, insuficientes para sustentar tal hipótese. Entretanto, eles oferecem motivação para estudos mais aprofundados a esse respeito. Verificou-se que, nos dois períodos considerados (medieval e ), o italiano apresentou o maior índice de ocorrência de avere gramatical. No período, o italiano é seguido pelo português europeu, que também mostrou alto índice de ter gramatical. No entanto, considerando que, no italiano, a concordância entre PP e objeto-acusativo indicadora de resquícios do status adjetival do particípio não foi totalmente extinta, presume-se que o estágio mais avançado (+ gramatical) do processo de gramaticalização das formas estudadas (ter/avere) se encontre no português europeu, que, além de não apresentar a mencionada concordância, demonstrou elevada freqüência do item em função gramatical (ainda que, muitas vezes, com aspecto não-perfectivo). 5 Provavelmente, à época em que o texto consultado foi editado, normas com relação ao uso de perífrases com o verbo avere começavam a ser instituídas e observadas, já que a primeira gramática italiana a ser reconhecida foi publicada em 1525 (Prose della volgar lingua, de Pietro Bembo). 6 Essa regra foi mencionada na seção anterior.

10 Considerações finais Este trabalho teve como principal objetivo investigar o processo de expansão lexical e gramatical dos itens ter (no português) e avere (no italiano) em textos medievais e s, de modo a oferecer subsídios para a compreensão do processo pelo qual verbos plenos (lexicais) assumem, ao longo do tempo, funções gramaticais, constituindo perífrases verbais resultadas de uma gradação de gramaticalidade, em que o verbo passa de um estágio menos gramatical para um estágio mais gramatical. Constatou-se que os itens ter e avere gramaticais passam por um processo de gramaticalização similar, possivelmente iniciado no latim. Contudo, embora o percurso desses itens nas duas línguas pareça ser o mesmo, constatou-se que esses itens encontram-se em estágios diferentes do processo de gramaticalização. Finalmente, relacionando o fenômeno da concordância entre o PP e o objeto-acusativo de perífrases compostas por ter e avere à freqüência desses itens em função gramatical, chegou-se à seguinte escala de gramaticalidade: TER (pt. europeu) > AVERE (it.) > TER (pt. brasileiro) Referências COELHO, Sueli. Estudo diacrônico do processo de expansão gramatical e lexical dos itens ter, haver, ser, estar e ir na Língua Portuguesa. Tese de doutorado. Belo Horizonte: FALE-UFMG, CUNHA & CINTRA. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, DE MAURO. Dizionario italiano De Mauro. ed. eletrônica, HARRIS & VINCENT (Org.). The Romance Languages. New York: Oxford University Press, HOPPER & TRAUGOTT. Grammaticalization. Cambridge University Press, HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa (1.0). MATTOS e SILVA, Rosa Virgínia. Caminhos de mudanças sintático-semânticas no português arcaico. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, ano 1, nº 1, p , jul./dez MATTOS e SILVA, Rosa Virgínia. O português arcaico: morfologia e sintaxe. São Paulo: Contexto, MATTOS e SILVA, Rosa Virgínia. Para uma caracterização do período arcaico do português. Delta, São Paulo, v. 10, n. especial, p , POSNER, Rebecca. The Romance Languages. Cambridge: Cambridge Universty Press, ROHLFS, Gerhard. Grammatica storica della lingua italiana e dei suoi dialetti: Fonetica. Tradução de Salvatore Persichino. Torino: Giulio Einaudi editore, Título original: Historishe Grammatik der Italienischen Sprache und ihrer Mundarten. VITRAL, L. T. O Papel da Freqüencia na Identificação de processos de gramaticalização. Scripta, Belo Horizonte, v. 10, n. 18, p , VITRAL, L. T. Sintaxe formal e gramaticalização: roteiro de pesquisa. In: NICOLAU, Eunice (Org.). Estudos sobre a estrutura gramatical da linguagem. Belo Horizonte: FALE-UFMG, 2001.

2 Breves comentários sobre a história dos tempos compostos 14

2 Breves comentários sobre a história dos tempos compostos 14 2 Breves comentários sobre a história dos tempos compostos 14 No português moderno existe uma diferença semântica sensível entre o pretérito perfeito simples e o composto. Segundo Bomfim (2002: 112), para

Leia mais

USO DO FUTURO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM BLOG JORNALÍSTICO: UM ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A GRAMATICALIZAÇÃO DO ITEM IR

USO DO FUTURO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM BLOG JORNALÍSTICO: UM ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A GRAMATICALIZAÇÃO DO ITEM IR 463 de 663 USO DO FUTURO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO EM BLOG JORNALÍSTICO: UM ESTUDO PRELIMINAR SOBRE A GRAMATICALIZAÇÃO DO ITEM IR Milca Cerqueira Etinger Silva 142 (UESB) Gilsileide Cristina Barros Lima

Leia mais

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *

A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * 249 de 298 A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * Daiane Gomes Bahia ** Elisângela Gonçalves *** Paula Barreto Silva **** RESUMO

Leia mais

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017 Página 103 de 511 CONTEXTOS RESTRITIVOS PARA O REDOBRO DE PRONOMES CLÍTICOS NO PB: COMPARAÇÃO COM O ESPANHOL E COM OUTRAS VARIEDADES SINCRÔNICAS E DIACRÔNICAS DO PORTUGUÊS Sirlene Freire dos Santos Pereira

Leia mais

Ocorrências e referências de la gente em língua hispânica

Ocorrências e referências de la gente em língua hispânica Ocorrências e referências de la gente em língua hispânica Francisca Paula Soares Maia (UFMG) Este artigo tem por objetivo contribuir para a ampliação dos conhecimentos em linguagem no universo hispânico,

Leia mais

EMENTAS Departamento de Letras Estrangeiras UNIDADE CURRICULAR DE LÍNGUA E LITERATURA ITALIANA

EMENTAS Departamento de Letras Estrangeiras UNIDADE CURRICULAR DE LÍNGUA E LITERATURA ITALIANA EMENTAS Departamento de Letras Estrangeiras UNIDADE CURRICULAR DE LÍNGUA E LITERATURA ITALIANA Italiano I: Língua e Cultura - Introdução às situações prático-discursivas da língua italiana mediante o uso

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :25. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :25. Letras Curso: Letras 403204 Área: Letras Currículo: 2010-1 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Bacharel em Letras Habilitação: Bacharelado-Frances Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

..AASsrâT" ROSA VIRGÍNIA MATTOS E SILVA. O Português Arcaico. Uma Aproximação. Vol. I Léxico e morfologia

..AASsrâT ROSA VIRGÍNIA MATTOS E SILVA. O Português Arcaico. Uma Aproximação. Vol. I Léxico e morfologia ..AASsrâT" ROSA VIRGÍNIA MATTOS E SILVA O Português Arcaico Uma Aproximação Vol. I Léxico e morfologia Imprensa Nacional-Casa da Moeda Lisboa 2008 ÍNDICE GERAL Abreviaturas, convenções e alfabeto fonético

Leia mais

ÍNDICE. AGRADECIMENTOS... v. TÍTULO E RESUMO... ix. TITLE AND ABSTRACT... xi. TITRE ET RÉSUMÉ... xiii. TÍTULO Y RESUMEN... xv

ÍNDICE. AGRADECIMENTOS... v. TÍTULO E RESUMO... ix. TITLE AND ABSTRACT... xi. TITRE ET RÉSUMÉ... xiii. TÍTULO Y RESUMEN... xv AGRADECIMENTOS... v TÍTULO E RESUMO... ix TITLE AND ABSTRACT... xi TITRE ET RÉSUMÉ... xiii TÍTULO Y RESUMEN... xv TITEL UND ABSTRAKT... xvii NOTAS PRELIMINARES... xxv CONVENÇÕES... xxix 1. Siglas dos textos-fonte

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :22. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :22. Letras Curso: Letras 402203 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Letras Vernáculas e Italiano-Licenciatura Base

Leia mais

Avaliar o comportamento das crianças DEL no que concerne ao valor dado à informação de pessoa em Dmax e no afixo verbal;

Avaliar o comportamento das crianças DEL no que concerne ao valor dado à informação de pessoa em Dmax e no afixo verbal; 164 9 Conclusão Este estudo focalizou a aquisição de pessoa como traço formal no Português Brasileiro (PB) com o objetivo de caracterizar a manifestação de pessoa no curso normal do desenvolvimento lingüístico

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :20. Letras Vernáculas. Bacharel em Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :20. Letras Vernáculas. Bacharel em Letras Curso: 401201 Letras Vernáculas Área: Letras Habilitação: Bacharelado-Português Base Legal: Titulação: Currículo: 2007-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3 Média 5 Máxima 7 Bacharel em Letras CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :26. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :26. Letras Curso: Letras 403207 Área: Letras Currículo: 2010-1 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Bacharel em Letras Habilitação: Bacharelado-Grego e Latim Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :24. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :24. Letras Curso: Letras 403202 Área: Letras Currículo: 2010-1 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Bacharel em Letras Habilitação: Bacharelado-Espanhol Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM

Apresentação 11 Lista de abreviações 13. Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM Sumário Apresentação 11 Lista de abreviações 13 Parte I: NATUREZA, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA LINGUAGEM O homem, a linguagem e o conhecimento ( 1-6) O processo da comunicação humana ( 7-11) Funções da

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :23. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :23. Letras Curso: Letras 402205 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Português como Lingua Estrangeira Licenciatura

Leia mais

O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO 239 de 298 O OBJETO DIRETO ANAFÓRICO E SUAS MÚLTIPLAS REALIZAÇÕES NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Daiane Gomes Amorim 62 (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães ** (UESB) RESUMO O presente trabalho apresenta um

Leia mais

1 Introdução. 1 Nesta dissertação, as siglas PL2E, PL2 e PLE estão sendo utilizadas, indistintamente, para se

1 Introdução. 1 Nesta dissertação, as siglas PL2E, PL2 e PLE estão sendo utilizadas, indistintamente, para se 16 1 Introdução O interesse pelo tema deste trabalho, o uso de estruturas alternativas às construções hipotéticas com se e com o futuro simples do subjuntivo, surgiu da experiência da autora ensinando

Leia mais

A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB

A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB Página 63 de 510 A VARIAÇÃO NÓS/ A GENTE NO PORTUGUÊS FALADO DE FEIRA DE SANTANA: COMPARAÇÃO ENTRE FALARES DO PB Josany Maria de Jesus Silva (CAPES/UESB/PPGLin) Cristiane Namiuti Temponi (UESB/PPGLin)

Leia mais

PRÓCLISE AO AUXILIAR NAS LOCUÇÕES VERBAIS SOB QUE CONDIÇÕES? (PROCLISIS TO THE AUXILIARY IN VERBAL LOCUTIONS UNDER WHAT CONDITIONS?

PRÓCLISE AO AUXILIAR NAS LOCUÇÕES VERBAIS SOB QUE CONDIÇÕES? (PROCLISIS TO THE AUXILIARY IN VERBAL LOCUTIONS UNDER WHAT CONDITIONS? PRÓCLISE AO AUXILIAR NAS LOCUÇÕES VERBAIS SOB QUE CONDIÇÕES? (PROCLISIS TO THE AUXILIARY IN VERBAL LOCUTIONS UNDER WHAT CONDITIONS?) Ane SCHEI (Universidade de Estocolmo, Suécia) ABSTRACT: An analysis

Leia mais

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO EM UM LIVRO DIDÁTICO: GRAMÁTICA NORMATIVA VS. GRAMÁTICA EXPLICATIVA/GERATIVA Jessé Pantoja SERRÃO (G-UFPA) Antônia Fernanda de Souza NOGUEIRA (UFPA) 120 Resumo Este artigo

Leia mais

ÍNDICE REMISSIVO. 1. Termos

ÍNDICE REMISSIVO. 1. Termos ÍNDICE REMISSIVO 1. Termos A acabado (aspecto) 30, 44 acção 43; 84, 85 accionalidade 94, 101 accomplishment 46, 49, 50, 51 achievement 46, 49, 50, 51 actividade 30, 43, 46, 49, 50, 51 acto 30 actualidade

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :27. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :27. Letras Curso: Letras 481121 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Noturno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 6 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Base Legal: Criação/Autorização:Decreto nº10.664de

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE A HISTÓRIA DO AONDE NA LÍNGUA PORTUGUESA

UM ESTUDO SOBRE A HISTÓRIA DO AONDE NA LÍNGUA PORTUGUESA 65 Programa de Pós-Graduaçao em Letras: tsludos UnfiUfsticos UM ESTUDO SOBRE A HISTÓRIA DO AONDE NA LÍNGUA PORTUGUESA César Nardelli Cambraia Orientadora: Profa. Dra. Maria Antonieta A. de M. Cohen Intrusão

Leia mais

CADASTRO DE DISCIPLINAS

CADASTRO DE DISCIPLINAS CADASTRO DE DISCIPLINAS Disciplina Ementa Área LET601 Teoria Linguística OB Apresentação e discussão do Línguas, Linguagens e Cultura desenvolvimento da teoria linguística. Contemporânea LET664 Seminários

Leia mais

4.2 Emprego de tempos e modos. verbais. O que é verbo? Os verbos flexionam-se em: número; pessoa; modo; tempo; voz.

4.2 Emprego de tempos e modos. verbais. O que é verbo? Os verbos flexionam-se em: número; pessoa; modo; tempo; voz. 4.2 Emprego de tempos e modos O que é verbo? Os verbos flexionam-se em: número; pessoa; modo; tempo; voz. verbais. As três conjugações: 1ª conjugação - ar: cantar, estudar, trabalhar 2ª conjugação - er:

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :25. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :25. Letras Curso: Letras 403203 Área: Letras Currículo: 2010-1 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Bacharel em Letras Habilitação: Bacharelado-Ingles Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA

UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA Página 143 de 511 UMA ANÁLISE SOCIOFUNCIONALISTA DA DUPLA NEGAÇÃO NO SERTÃO DA RESSACA Savanna Souza de Castro Julinara Silva Vieira Valéria Viana Sousa Jorge Augusto Alves Silva RESUMO A negação é um

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :24. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :24. Letras Curso: Letras 403201 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licênciado em Letras Habilitação: Licenciatura- Espanhol Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :21. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :21. Letras Curso: Letras 402202 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Letras Vernáculas e Espanhol-Licenciatura Base

Leia mais

Disciplinas Optativas

Disciplinas Optativas UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Linguística e Filologia Relação de Disciplinas Optativas Disciplinas Optativas LEF001 LINGUÍSTICA B Trabalho de campo nas áreas da fonologia, morfologia,

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :18. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :18. Letras Curso: Letras 401200 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Licenciatura-Portugues Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

Categorias morfossintáticas do verbo

Categorias morfossintáticas do verbo Categorias morfossintáticas do verbo A- Tempo O tempo identifica o momento em que se realiza a ação. Presente: situa a ação no momento da enunciação. Pretérito: situa a ação num momento anterior ao da

Leia mais

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao 1 Introdução A presente dissertação tem como tema a aquisição do modo verbal no Português Brasileiro (PB). Tal pesquisa foi conduzida, primeiramente, por meio de um estudo dos dados da produção espontânea

Leia mais

(2) A rápida publicação deste livro pela editora foi um bom negócio.

(2) A rápida publicação deste livro pela editora foi um bom negócio. 1 Introdução Esta dissertação tem o objetivo geral de investigar as formas nominalizadas deverbais no que tange ao seu aspecto polissêmico e multifuncional. O objetivo específico consiste em verificar,

Leia mais

1 Introdução. (1) a. A placa dos automóveis está amassada. b. O álbum das fotos ficou rasgado.

1 Introdução. (1) a. A placa dos automóveis está amassada. b. O álbum das fotos ficou rasgado. 17 1 Introdução A concordância, nas mais diversas línguas, é um fenômeno pesquisado em várias áreas, desde diferentes áreas de análise que envolvem o estudo da linguagem, tais como: morfologia, sintaxe,

Leia mais

A EXPRESSÃO DE MODALIDADES TÍPICAS DO SUBJUNTIVO EM COMPLETIVAS, ADVERBIAIS E RELATIVAS DE DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI

A EXPRESSÃO DE MODALIDADES TÍPICAS DO SUBJUNTIVO EM COMPLETIVAS, ADVERBIAIS E RELATIVAS DE DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI 143 de 297 A EXPRESSÃO DE MODALIDADES TÍPICAS DO SUBJUNTIVO EM COMPLETIVAS, ADVERBIAIS E RELATIVAS DE DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI Rosana Ferreira Alves (UESB) RESUMO Tendo como base evidências

Leia mais

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA

A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA Página 57 de 510 A CONCORDÂNCIA VERBAL DE TERCEIRA PESSOA DO PLURAL NO PORTUGUÊS POPULAR DA COMUNIDADE RURAL DE RIO DAS RÃS - BA Juscimaura Lima Cangirana (UESB) Elisângela Gonçalves (UESB) RESUMO Procura-se,

Leia mais

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 7 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 7 o ano EF Os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental 150 identificam a finalidade de produção do texto, com auxílio de elementos não verbais e das informações explícitas presentes em seu título, em cartaz de propaganda

Leia mais

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES 477 de 663 A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UMA RELAÇÃO COM O PROCESSO DE EXPRESSÃO DE MODALIDADES Vânia Raquel Santos Amorim 148 (UESB) Valéria Viana Sousa 149 (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva 150 (UESB)

Leia mais

DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA

DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA 471 de 663 DO ANTIGO AO NOVO: DA MUDANÇA DA TEORIA LINGUÍSTICA À MUDANÇA DA LÍNGUA Sivonei Ribeiro Rocha 146 (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva 147 (UESB) RESUMO Este trabalho compara o conceito de mudança

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :27. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :27. Letras Curso: Letras 481120 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Noturno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 6 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Licenciatura Base Legal: Criação/Autorização:Decreto

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04

Cadernos do CNLF, Vol. XIII, Nº 04 O PROCESSO DE GRAMATICALIZAÇÃO DO ELEMENTO DE REPENTE Aline Pontes Márcia Peterson (UFRJ) marciapetufrj@hotmail.com INTRODUÇÃO Este estudo tem por objetivo focalizar o processo de gramaticalização das

Leia mais

A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES

A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES A ELISÃO DA VOGAL /o/ EM FLORIANÓPOLIS-SC RESULTADOS PRELIMINARES Letícia Cotosck Vargas (PUCRS/PIBIC- CNPq 1 ) 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa tem por objetivo examinar um dos processos de sândi externo verificados

Leia mais

Não foram indicadas as obras desses autores nas Referências Bibliográficas, assim como de diversos outros referidos no corpo do artigo.

Não foram indicadas as obras desses autores nas Referências Bibliográficas, assim como de diversos outros referidos no corpo do artigo. DEPARTAMENTO DE LETRAS ALGUNS ASPECTOS DA HETEROGENEIDADE DIALETAL BRASILEIRA: CONSTRUÇÕES SINTÁTICAS A PARTIR DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO Vicente Cerqueira (UFAC) vicente.cerqueira@gmail.com Marcelo

Leia mais

1 Introdução. 1 Tal denominação da variante da Língua Portuguesa foi retirada da dissertação de Mestrado

1 Introdução. 1 Tal denominação da variante da Língua Portuguesa foi retirada da dissertação de Mestrado 15 1 Introdução O presente trabalho tem como tema o uso de modalidades expressas pelo subjuntivo e pelo infinitivo em orações completivas no português padrão distenso falado no Brasil, ou seja, no português

Leia mais

Módulo 01: As distintas abordagens sobre a linguagem: Estruturalismo, Gerativismo, Funcionalismo, Cognitivismo

Módulo 01: As distintas abordagens sobre a linguagem: Estruturalismo, Gerativismo, Funcionalismo, Cognitivismo Módulo 01: As distintas abordagens sobre a linguagem: Estruturalismo, Gerativismo, Funcionalismo, Cognitivismo Sintaxe do Português I 1º semestre de 2015 sim, ele chegou! Finalmente! Prof. Dr. Paulo Roberto

Leia mais

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS

A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Página 109 de 511 A VARIAÇÃO/ESTRATIFICAÇÃO DO SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES PARENTÉTICAS Vânia Raquel Santos Amorim (UESB) Valéria Viana Sousa (UESB) Jorge Augusto Alves da Silva (UESB) RESUMO Neste trabalho,

Leia mais

HORÁRIO CURSO DE LETRAS 1 ANO - 1º SEMESTRE - PERÍODO DIURNO E NOTURNO

HORÁRIO CURSO DE LETRAS 1 ANO - 1º SEMESTRE - PERÍODO DIURNO E NOTURNO CURSO DE LETRAS 1 ANO - 1º SEMESTRE - PERÍODO DIURNO E NOTURNO Variação e Mudança Linguísticas LNG5027 Língua Alemã I *LEM5108 Introdução à Língua Italiana: noções gerais *LEM5152 Língua Grega I *LNG5092

Leia mais

RESENHA MARTELOTTA, MÁRIO EDUARDO. MUDANÇA LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM BASEADA NO USO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011, 135 PÁGS.

RESENHA MARTELOTTA, MÁRIO EDUARDO. MUDANÇA LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM BASEADA NO USO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011, 135 PÁGS. 319 RESENHA MARTELOTTA, MÁRIO EDUARDO. MUDANÇA LINGUÍSTICA: UMA ABORDAGEM BASEADA NO USO. SÃO PAULO: CORTEZ, 2011, 135 PÁGS. SANTOS, Aymmée Silveira 1 aymmeesst@gmail.com UFPB SILVA, Camilo Rosa 2 camilorosa@gmail.com

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE ASPECTOS SEMÂNTICOS E SINTÁTICOS DO VERBO TER EM DOCUMENTO DO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI Rosana Ferreira Alves (UESB) uesbreal@gmail.com RESUMO Este artigo se constitui fruto de uma

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :26. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :26. Letras Curso: Letras 480120 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Noturno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 6 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Licenciatura Base Legal: Criação/Autorização:Decreto

Leia mais

GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA

GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA Página 133 de 511 GRAMATICALIZAÇÃO DO PRONOME PESSOAL DE TERCEIRA PESSOA NA FUNÇÃO ACUSATIVA Elizane de Souza Teles Silva Jodalmara Oliveira Rocha Teixeira Jorge Augusto Alves da Silva Valéria Viana Sousa

Leia mais

LÍNGUA PORTUGUESA. Professora Rosane Reis. MÓDULO 11 Sintaxe IV

LÍNGUA PORTUGUESA. Professora Rosane Reis. MÓDULO 11 Sintaxe IV LÍNGUA PORTUGUESA Professora Rosane Reis MÓDULO 11 Sintaxe IV CONCORDÂNCIA VERBAL REGRA GERAL O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Com sujeito simples e singular ou substantivo coletivo,

Leia mais

O MEIO QUE NA MÍDIA: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DA LÍNGUA

O MEIO QUE NA MÍDIA: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DA LÍNGUA 455 de 663 O MEIO QUE NA MÍDIA: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DA LÍNGUA Gilsileide Cristina Barros Lima 136 Milca Cerqueira Etinger Silva 137 Valéria Viana da Silva 138 Jorge Augusto Alves da Silva 139 RESUMO

Leia mais

Estudos de morfologia verbal: aspectos verbais, paradigmas de conjugação e tempos verbais

Estudos de morfologia verbal: aspectos verbais, paradigmas de conjugação e tempos verbais COLÉGIO DELOS APARECIDA DE GOIÂNIA ENSINO MÉDIO GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA TEMA: Estudos de morfologia verbal: aspectos verbais, paradigmas de conjugação e tempos verbais Professor Eliel de Queiroz

Leia mais

1 Introdução. 1 CÂMARA JR., J.M, Estrutura da língua portuguesa, p Ibid. p. 88.

1 Introdução. 1 CÂMARA JR., J.M, Estrutura da língua portuguesa, p Ibid. p. 88. 1 Introdução A categoria tempo é um dos pontos mais complexos dos estudos em língua portuguesa. Por se tratar de um campo que envolve, sobretudo, conceitos igualmente complexos como semântica e interpretação

Leia mais

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 7 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 7 o ano EF Os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental 150 identificam a finalidade de produção do texto, com auxílio de elementos não verbais e das informações explícitas presentes em seu título, em cartaz de propaganda

Leia mais

Colégio Diocesano Seridoense- CDS 6º Ano- Língua Portuguesa Ensino Fundamental II. Modo Verbal. Prof: Caliana Medeiros

Colégio Diocesano Seridoense- CDS 6º Ano- Língua Portuguesa Ensino Fundamental II. Modo Verbal. Prof: Caliana Medeiros Colégio Diocesano Seridoense- CDS 6º Ano- Língua Portuguesa Ensino Fundamental II Modo Verbal Prof: Caliana Medeiros O que é o VERBO? São palavras que exprimem ação física ou mental, estado, fenômenos

Leia mais

PROPOSTA CURSO DE LETRAS HORÁRIO 2017

PROPOSTA CURSO DE LETRAS HORÁRIO 2017 CURSO DE LETRAS 1 ANO - 1º SEMESTRE - PERÍODO DIURNO E NOTURNO Estudos Literários I LTE5028 Variação e Mudança Linguísticas LNG5027 Língua Alemã I *LEM5108 Introdução à Língua Italiana: noções gerais *LEM5152

Leia mais

DOMÍNIOS DE Revista Eletrônica de Lingüística Ano 1, nº1 1º Semestre de 2007 ISSN

DOMÍNIOS DE Revista Eletrônica de Lingüística Ano 1, nº1 1º Semestre de 2007 ISSN ESTUDO EM TEMPO APARENTE E EM TEMPO REAL DO USO DO SUJEITO NULO NA FALA DE BELO HORIZONTE Nasle Maria Cabana RESUMO Neste artigo, analisa-se o comportamento do sujeito pronominal lexical e sujeito pronominal

Leia mais

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 9 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 9 o ano EF Os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental 175 identificam os elementos constitutivos da organização interna do gênero, em receita culinária; localizam itens explícitos de informação, relativos à descrição

Leia mais

FACULTADE DE FILOLOXÍA DEPARTAMENTO DE FILOLOXÍA GALEGA HISTÓRIA E VARIEDADE DO PORTUGUÊS 1. José António Souto Cabo

FACULTADE DE FILOLOXÍA DEPARTAMENTO DE FILOLOXÍA GALEGA HISTÓRIA E VARIEDADE DO PORTUGUÊS 1. José António Souto Cabo FACULTADE DE FILOLOXÍA DEPARTAMENTO DE FILOLOXÍA GALEGA HISTÓRIA E VARIEDADE DO PORTUGUÊS 1 José António Souto Cabo GUÍA DOCENTE E MATERIAL DIDÁCTICO 2016/2017 FACULTADE DE FILOLOXÍA. DEPARTAMENTO DE

Leia mais

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10

A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 107 de 297 A ORDEM DE AQUISIÇÃO DOS PRONOMES SUJEITO E OBJETO: UM ESTUDO COMPARATIVO 10 Tatiane Macedo Costa * (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães (UESB) RESUMO Várias pesquisas têm investigado o uso

Leia mais

TÍTULO: REVISITANDO A TRANSITIVIDADE VERBAL EM CORPORAS ESCRITOS: A GRAMÁTICA E O USO

TÍTULO: REVISITANDO A TRANSITIVIDADE VERBAL EM CORPORAS ESCRITOS: A GRAMÁTICA E O USO 16 TÍTULO: REVISITANDO A TRANSITIVIDADE VERBAL EM CORPORAS ESCRITOS: A GRAMÁTICA E O USO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: LETRAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ITAJUBÁ

Leia mais

ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA DE ESTRUTURAS COM O CLÍTICO SE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA DE ESTRUTURAS COM O CLÍTICO SE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 115 de 511 ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA DE ESTRUTURAS COM O CLÍTICO SE NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Jodalmara Oliveira Rocha Teixeira Elizane de Souza Teles Silva (UESB Jorge Augusto Alves da Silva Valéria

Leia mais

Aula10 OUTRAS ESTRUTURAS ORACIONAIS POR SUBORDINAÇÃO

Aula10 OUTRAS ESTRUTURAS ORACIONAIS POR SUBORDINAÇÃO Aula10 OUTRAS ESTRUTURAS ORACIONAIS POR SUBORDINAÇÃO META Apresentar construções oracionais subordinadas por infinitivo, gerúndio, subjuntivo e indicativo. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá:

Leia mais

1 Introdução. 1 Anexo 3

1 Introdução. 1 Anexo 3 1 Introdução Tenho notado que os usuários do português brasileiro têm dificuldades com a sintaxe dos verbos haver e existir. A percepção dessas dificuldades decorre da constatação em redações escolares

Leia mais

Colégio Diocesano Seridoense Ensino Fundamental II 2º Bimestre. Verbo. Professora: Caliana Medeiros.

Colégio Diocesano Seridoense Ensino Fundamental II 2º Bimestre. Verbo. Professora: Caliana Medeiros. Colégio Diocesano Seridoense Ensino Fundamental II 2º Bimestre Verbo Professora: Caliana Medeiros. Verbo é a palavra que indica ação (física ou mental praticada ou sofrida pelo sujeito), fato (de que o

Leia mais

RESUMO DE DISSERTAÇÃO O SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS E INGLÊS: UMA ABORDAGEM GERATIVA

RESUMO DE DISSERTAÇÃO O SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS E INGLÊS: UMA ABORDAGEM GERATIVA RESUMO DE DISSERTAÇÃO O SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS E INGLÊS: UMA ABORDAGEM GERATIVA Mestrado em Letras Estudos Linguísticos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Unidade Universitária de Campo Grande-MS

Leia mais

A AQUISIÇÃO DE SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UM ESTUDO COMPARATIVO 1

A AQUISIÇÃO DE SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UM ESTUDO COMPARATIVO 1 101 de 297 A AQUISIÇÃO DE SUJEITO NULO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO (PB): UM ESTUDO COMPARATIVO 1 Samile Santos Pinto * (UESB) Telma Moreira Vianna Magalhães * (UESB) RESUMO Este trabalho é um estudo comparativo

Leia mais

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL

OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL 167 de 297 OS PRONOMES PESSOAIS-SUJEITO NO PORTUGUÊS DO BRASIL: NÓS E A GENTE SEGUNDO OS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL Viviane de Jesus Ferreira (UFBA) Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso

Leia mais

VESTIBULAR INVERNO 2015

VESTIBULAR INVERNO 2015 LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO PROVA COMENTADA VESTIBULAR INVERNO 2015 Baixe este e outros materiais em medium.com/plantão-resolveulbra OFICINA DE REDAÇÃO FONTE: UFRGS/2011 MATERIAL DE USO EXCLUSIVO DOS ALUNOS

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS DE PORTUGUÊS - 5.º ANO

PLANO DE ESTUDOS DE PORTUGUÊS - 5.º ANO DE PORTUGUÊS - 5.º ANO Ano Letivo 2014 2015 PERFIL DO ALUNO No final do 5.º ano de escolaridade, o aluno deve ser capaz de: interpretar discursos orais com diferentes finalidades e coerência; produzir

Leia mais

Flexão os verbos se flexionam em pessoa, número, tempo, modo e voz.

Flexão os verbos se flexionam em pessoa, número, tempo, modo e voz. Verbo Definição é a palavra que indica ação, fenômeno, estado ou mudança de estado, fato. ação: Chamei meus amigos. fenômeno: Garoava naquela noite. estado ou mudança de estado: Estava resfriada. Fiquei

Leia mais

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LETRAS-PORTUGUÊS - IRATI (Currículo iniciado em 2015)

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LETRAS-PORTUGUÊS - IRATI (Currículo iniciado em 2015) EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE LETRAS-PORTUGUÊS - IRATI (Currículo iniciado em 2015) ANÁLISE DO DISCURSO 68 h/a 1753/I Vertentes da Análise do Discurso. Discurso e efeito de sentido. Condições de

Leia mais

HORÁRIO DO CURSO DE LETRAS PERÍODOS DIURNO E NOTURNO ANO LETIVO DE º ANO/1º SEMESTRE

HORÁRIO DO CURSO DE LETRAS PERÍODOS DIURNO E NOTURNO ANO LETIVO DE º ANO/1º SEMESTRE HORÁRIO DO CURSO DE LETRAS PERÍODOS DIURNO E NOTURNO ANO LETIVO DE 2014 1º ANO/1º SEMESTRE 2 aulas) Observação: Leitura e Produção de Textos I * * (LNG1050) Habilidades Básicas Integradas do Inglês: Produção

Leia mais

1 Introdução. atrasos e/ou desordens no processo de aquisição da gramática em ausência de qualquer comprometimento de outra natureza.

1 Introdução. atrasos e/ou desordens no processo de aquisição da gramática em ausência de qualquer comprometimento de outra natureza. 1 Introdução Esta tese tem como tema a aquisição de pessoa como traço formal no Português Brasileiro (PB) e vincula-se aos projetos do Grupo de Pesquisa em Processamento e Aquisição da Linguagem (GPPAL-CNPq),

Leia mais

em que não há concordância do Particípio Passado "escrito", com

em que não há concordância do Particípio Passado escrito, com GRAMATICALIZAÇIO E REANÁLISE NO SINTAGMA VERBAL MARIA ANTONIETA AMARANTE DE MENDONÇA COHEN O tópico que quero desenvolver, brevemente, aqui, pretende ser uma amostra do que pode ser feito em termos de

Leia mais

O ESTUDO DO VOCABULÁRIO

O ESTUDO DO VOCABULÁRIO Sumário Capítulo 1 O ESTUDO DO VOCABULÁRIO Lição 1 Fonética...3 1.1. Fonema e Letra... 3 1.2. Divisão dos Fonemas... 3 1.3. Classificação dos fonemas... 5 1.4. Encontro Vocálico... 7 1.5. Encontro Consonantal...

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :20. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :20. Letras Curso: Letras 402200 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Letras Vernáculas e Inglês -Licenciatura Base

Leia mais

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :23. Letras

UFBA - Universidade Federal da Bahia - Sistema Acadêmico R Grade Curricular (Curso) 09/12/ :23. Letras Curso: Letras 403200 Área: Letras Currículo: 2009-2 Turno: Diurno Duração em anos: Mínima 3,5 Média 5 Máxima 7 Titulação: Licenciado em Letras Habilitação: Licenciatura- Inglês Base Legal: CRIAÇÃO/AUTORIZAÇÃO:

Leia mais

FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS

FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS FUNÇÕES SINTÁTICAS NA ORAÇÃO FUNDAMENTOS DE SINTAXE APOIO PEDAGÓGICO 11/05/2018 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. Definição formal das funções 2. A hierarquia dos constituintes 3. Predicado e Núcleo do

Leia mais

DESCREVENDO E ANALISANDO METÁFORAS COM VERBOS INCEPTIVOS E PONTUAIS DO PB E DO INGLÊS

DESCREVENDO E ANALISANDO METÁFORAS COM VERBOS INCEPTIVOS E PONTUAIS DO PB E DO INGLÊS DESCREVENDO E ANALISANDO METÁFORAS COM VERBOS INCEPTIVOS E PONTUAIS DO PB E DO INGLÊS Nome dos autores Leane da Silva Ferreira, Dieysa Kanyela Fossile. Aluna: Leane da Silva Ferreira 1 Orientadora: Dieysa

Leia mais

O ESTUDO DAS PALAVRAS

O ESTUDO DAS PALAVRAS Sumário Capítulo 1 O ESTUDO DAS PALAVRAS Lição 1 Fonética...3 1.1. Fonema e letra... 3 1.2. Divisão dos fonemas... 3 1.3. Classificação dos fonemas... 5 1.4. Encontro vocálico... 6 1.5. Encontro consonantal...

Leia mais

29/06/2018

29/06/2018 Período Letivo: 2018/1 Curso: LETRAS Habilitação: LICENCIATURA EM LETRAS Currículo: LICENCIATURA EM LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA LATINA E LITERATURA DE LÍNGUA LATINA

Leia mais

SUMÁRIO ORTOGRAFIA... 29

SUMÁRIO ORTOGRAFIA... 29 SUMÁRIO CAPÍTULO I ORTOGRAFIA... 29 1. Ditongo... 31 2. Formas variantes... 35 3. Homônimos e parônimos... 36 4. Porque, por que, por quê, porquê... 44 5. Hífen... 45 6. Questões desafio... 50 CAPÍTULO

Leia mais

CAPÍTULO 1 O ESTUDO DAS PALAVRAS

CAPÍTULO 1 O ESTUDO DAS PALAVRAS Índice CAPÍTULO 1 O ESTUDO DAS PALAVRAS LIÇÃO 1 FONÉTICA...3 1.1. Fonema e letra... 3 1.2. Divisão dos fonemas... 3 1.3. Classificação dos fonemas... 4 1.4. Encontro vocálico... 5 1.5. Encontro consonantal...

Leia mais

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27

A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Página 75 de 315 A FLEXÃO PORTUGUESA: ELEMENTOS QUE DESMISTIFICAM O CONCEITO DE QUE FLEXÃO E CONCORDÂNCIA SÃO CATEGORIAS SINTÁTICAS DEPENDENTES 27 Iany França Pereira 28 (UESB) Cristiane Namiuti Temponi

Leia mais

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea

4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea 4 Metodologia 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea O presente estudo fez uso de dados naturalistas ou ecológicos coletados para um estudo longitudinal (Martins, 2007). Um estudo naturalista

Leia mais

Elenco de Disciplinas do Dellin RES. N. 103/00-CEPE RES. N. 33/03-CEPE RES. N. 10/07-CEPE

Elenco de Disciplinas do Dellin RES. N. 103/00-CEPE RES. N. 33/03-CEPE RES. N. 10/07-CEPE Elenco de Disciplinas do Dellin RES. N. 103/00-CEPE RES. N. 33/03-CEPE RES. N. 10/07-CEPE OBS: Disciplinas de Grego e Latim migraram para o Departamento de Polonês, Alemão e Letras Clássicas DEPAC a partir

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Sintaxe do Português I Maria Clara Paixão de Sousa

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Sintaxe do Português I Maria Clara Paixão de Sousa 1 III. Aspectos da Gramática do Português Brasileiro 1. Alguns Dados Fundamentais 2 Aspectos da gramática do Português Brasileiro Reestruturação do paradigma pronominal: - Disseminação de {você} (referencial

Leia mais

TEMPOS VERBAIS Os tempos verbais indicam fatos que acontecem no momento da fala, fatos conclusos, fatos não concluídos no momento em que estavam sendo observados e fatos que acontecem depois do momento

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA

COLÉGIO SANTA TERESINHA PROFESSORA: Christiane Miranda Buthers de Almeida TURMA: 6º Ano PERÍODO DA ETAPA: 05/02/2018 a 18/05/2018 DISCIPLINA: Língua Portuguesa 1- QUE SERÃO TRABALHADOS DURANTE A ETAPA: 1. Gêneros: 1.1 Romance

Leia mais

Apresentação. Daniel Soares da Costa (org.)

Apresentação. Daniel Soares da Costa (org.) Apresentação Daniel Soares da Costa (org.) SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros COSTA, DS., org. Apresentação. In: Pesquisas linguísticas pautadas em corpora [online]. São Paulo: Editora UNESP,

Leia mais

COMPARANDO ASPECTOS GRAMATICAIS DE PORTUGUÊS E DE LIBRAS. PALAVRAS-CHAVE: Análise contrastiva. Língua portuguesa. Língua Brasileira de Sinais.

COMPARANDO ASPECTOS GRAMATICAIS DE PORTUGUÊS E DE LIBRAS. PALAVRAS-CHAVE: Análise contrastiva. Língua portuguesa. Língua Brasileira de Sinais. COMPARANDO ASPECTOS GRAMATICAIS DE PORTUGUÊS E DE LIBRAS Odenilza Gama da SILVA (UFPA) Antônia Fernanda de Souza NOGUEIRA (UFPA) RESUMO: O objetivo do presente trabalho é comparar alguns aspectos gramaticais

Leia mais

LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS

LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS Curso 1/20H Ingresso a partir de 2011/1 Fundamentos dos Estudos Literários Codicred: 12224-04 NÍVEL I Ementa: Funções da literatura. Discurso

Leia mais

HORÁRIO 2019 (B) CURSO DE LETRAS

HORÁRIO 2019 (B) CURSO DE LETRAS 1 ANO / 1º SEMESTRE - PERÍODO DIURNO E NOTURNO Leitura e Produção de Textos I LNG5026 Língua Alemã I *LEM5108 Introdução à Cultura Italiana: conversação *LEM5153 Língua Latina I *LNG5080 Literatura Grega

Leia mais

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus

Curso: Letras Português/Espanhol. Disciplina: Linguística. Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus Curso: Letras Português/Espanhol Disciplina: Linguística Docente: Profa. Me. Viviane G. de Deus AULA 2 1ª PARTE: Tema 2 - Principais teóricos e teorias da Linguística moderna Formalismo x Funcionalismo

Leia mais