PREFÁCIO. Ao longo do tempo o conceito de animal de estimação foi sofrendo significativas

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Antônio Fialho Camilo
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1 BIDU Marta Santos Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais... os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento." (Charles Darwin) 1

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3 PREFÁCIO Ao longo do tempo o conceito de animal de estimação foi sofrendo significativas mudanças. Com a evolução do relacionamento pessoas x animais, pesquisas comprovam que a convivência e/ou o simples contato com os animais são muito prazerosos. Possuir um animalzinho não é só ter o prazer de uma BOA companhia. É um fator que torna as pessoas muito mais humanas e mais sensíveis, pois ele oferece estímulo social dentro das famílias, na troca de carinho, confiança, cuidados, mudança de rotina no cotidiano social das pessoas, que passam a adotar até um simples passeio com seu animal como parte da rotina diária. Além disso, é um excelente meio contra a ansiedade, depressão, estresse e baixa autoestima. A convivência animal x paciente tem demonstrado ótimos resultados em muitos hospitais. Diversas técnicas são adotadas para auxiliar na melhoria do quadro de alguns pacientes. Eles são úteis para manter a saúde e/ou ajudar a plena recuperação dos enfermos. 3

4 Dedico este livro aos que amam. A minha família, principalmente. O que antes se tratava apenas de um hobby, tornou-se uma meta. Não mais um sonho isolado, uma realidade. Dedico aos amigos. Aos animais, que são criaturas maravilhosas, que nos encantam continuamente com sua existência. Também a Mãe Natureza que nos presenteia constantemente com todo tipo de tesouro que dinheiro algum pode comprar. E especialmente a BIDU meu irmão, parceiro de todas as horas, amigo de fé e possuidor de um amor incondicional. Um pequeno cãozinho lindo, um pouco temperamental e esperto. Grande motivo de inspiração para esta gratificante experiência que é escrever. CAPÍTULO 1 NASCIMENTO Dizem que nasci no dia 10 de outubro de algum ano qualquer. Não me importo muito com datas, apenas com fatos. Tenho apenas uma irmã. Ela foi uma das únicas sobrevivente de uma ninhada de quatro cachorrinhos. Acho que minha mãe devia ter a mesma cor que eu, marrom. Isso mesmo, marronzinho da cor de caramelo. Tenho olhos castanhos claros. Minha irmã também. Na verdade somos muito parecidos. A única 4

5 diferença é um sinal que tenho na barriga. Um sinal carnoso imenso que mais parece uma hérnia. Sinto até medo que possa ser outra coisa mais grave. Tenho receio que seja um cisto. Ou até mesmo um tumor maligno. Acho que não. Assim que nascemos foi uma alegria só. Nasci em uma casa onde viviam três pessoas. Dentre elas uma menina. Recordo-me apenas do nome da criança. Valéria. Acharam-nos bonitinhos, lindinhos e fofinhos, mas essa alegria durou pouco. Na realidade, quase não durou. Fiquei morando com minha mãe até ficar um pouco crescidinho. Isso pelo motivo de que ainda mamávamos. Como Valéria ainda era muito pequena, então eles quiseram nos vender. Só ficaram com minha mãe porque morava há muitos anos naquela casa. E afinal ela era bem mais acostumada com a família. Houve uma discussão entre o casal. O pai de Valéria queria que ficássemos ali. Já a mãe dela não. Disse que Valéria ainda era muito pequena para ter que criar dois cachorros a mais. Disse que transmitíamos doenças e todas as coisas que uma mãe diz e inventa quando quer se livrar de algum problema. Muitas vezes para proteger seus filhos. Não sei que doença eu posso transmitir. Se pretenderem me vacinar, estou pronto. Acho que por enquanto só 5

6 transmito uma doença a FELICIDADE. Mas felicidade não é nenhuma doença. Então... Ela está enganada. Ou melhor, absolutamente equivocada. Disseram que éramos parecidos com ratos. Isso devia ser ruim. Repetiam sem parar que nossos rabos eram feios e que nossas orelhas eram muito grandes. Só sei que nos levaram para um veterinário (especialista que trata animais). Aplicaram todo tipo de vacina que tínhamos direito. Pronto! As vacinas deles já estão em dia. Tomaram todas. Disse o veterinário todo metidinho a importante e vestido numa bata branca. Agora os rabinhos deles. Vejam só o que quiseram fazer. Cortar nossos rabinhos. Na realidade foi isso que fizeram. Foi triste. Primeiro nos deram uma picada com uma seringa imensa. Nós recebemos uma anestesia local e ZAPT! Cortaram nossos rabinhos tão bonitinhos. Ainda me lembro deles. Eram branquinhos e marrons. Ficaram satisfeitos agora? Tive dó de minha irmãzinha. Ela chorou como uma desesperada com muita dor. Grunhiu e gemeu sem parar. Passou a noite gemendo no meu ouvido. Agora com os rabos jogados no lixo. Era só aproveitar a vida nova. Onde está? O que restou? Êpa! Cadê a minha cauda? Onde está meu rabinho? Calcularam mal. Cortaram mais do que deviam. E agora? Agora é assim mesmo. Aguenta 6

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