Terceira Civilização - Estudo. Carta de Sado [3.3]

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1 Terceira Civilização - Estudo Carta de Sado [3.3] Dedicar a nossa vida ao grande caminho de mestre e discípulo Como são terríveis as calúnias que Nitiren cometeu nas existências passada e presente! Uma vez que nasceram nesta nação maléfica e se tornaram discípulos de um homem como eu, não há forma de prever o próprio destino. O sutra Parinirvana declara: Bom homem, pelo fato de as pessoas terem cometido incontáveis ofensas e acumulado grande quantidade de mau carma no passado, elas devem esperar a retribuição negativa por tudo o que fizeram. Poderão ser desprezadas, amaldiçoadas com uma aparência feia, carecer de roupas e alimentos, buscar riqueza em vão, nascer numa família pobre e de posição inferior ou que mantém visões errôneas, ou ser perseguidas pelo soberano. O sutra continua: Poderão passar por vários outros sofrimentos e receber várias outras retribuições. Graças aos benefícios obtidos por protegerem a Lei é que essas pessoas poderão diminuir seus sofrimentos e retribuições nesta existência. Se não fosse por Nitiren, estas passagens do sutra, com certeza, fariam do Buda um mentiroso. Em primeiro lugar, o sutra diz: Serão desprezadas. Segundo: Serão amaldiçoadas com uma aparência feia. Terceiro: Carecerão de roupas. Quarto: Carecerão de alimentos. Quinto: Buscarão a riqueza em vão. Sexto: Nascerão numa família pobre e de posição inferior. Sétimo: Nascerão numa família que mantém visões errôneas. E oitavo: Serão perseguidas por seu soberano. Estas oito frases só se aplicam a mim, Nitiren. Aquele que escala uma montanha, mais cedo ou mais tarde terá de descê-la. Aquele que despreza o outro, será desprezado. Aquele que despreza o outro por sua bela aparência, nascerá com uma aparência feia. Aquele que rouba alimentos e roupas, cairá infalivelmente no mundo dos espíritos famintos. Aquele que ridiculariza uma pessoa digna que observa os preceitos, nascerá numa família pobre e de posição inferior. Aquele que calunia uma família que abraça o ensino correto, nascerá numa família que mantém visões errôneas. Aquele que ridiculariza o que mantém fielmente os preceitos, nascerá como uma pessoa comum e será perseguido pelo soberano de sua nação. Essa é a lei geral de causa e efeito. No entanto, meus sofrimentos não se atribuem a essa lei causal. No passado, desprezei os devotos do Sutra de Lótus. Ridicularizei também o próprio Sutra, algumas vezes com louvor exagerado, outras, com desdém esse Sutra que é tão maravilhoso quanto duas luas brilhando uma ao lado da outra, duas estrelas juntas, um monte Hua sobre outro ou duas joias unidas. É por isso que enfrentei os oito tipos de sofrimentos mencionados. Normalmente, esses sofrimentos aparecem um de cada vez ao longo do infinito futuro. Porém, Nitiren denunciou os inimigos do Sutra de Lótus de maneira tão voraz que todos os oito sofrimentos apareceram de uma só vez. Isso se assemelha ao caso do camponês que tem uma enorme dívida para com o lorde de seu vilarejo e outras autoridades. Enquanto o camponês permanecer no vilarejo ou no distrito, em vez de pressioná-lo impiedosamente, seus credores talvez prolonguem o pagamento ano após ano. Porém, se o camponês tentar ir embora, eles o cercarão e exigirão que ele pague tudo de uma vez. É o que o sutra [Parinirvana] quer dizer com a seguinte frase: Isso ocorre graças aos benefícios obtidos por proteger a Lei. O Sutra de Lótus afirma: Haverá muitas pessoas ignorantes que nos caluniarão e falarão mal de nós, que nos atacarão com espadas e bastões, pedras e telhas... Eles se dirigirão aos governantes, aos Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 1

2 ministros influentes, aos brâmanes e chefes de família [bem como aos outros monges para nos caluniar e falar mal de nós]... seremos banidos repetidamente.1 Se os ofensores não forem atormentados pelos guardiões do inferno, jamais conseguirão [pagar por suas ofensas e] escapar do inferno. Se não fosse pelos governantes e ministros que agora me perseguem, eu não conseguiria expiar minhas ofensas passadas de calúnia ao correto ensino. Nitiren é como o Bodhisattva Jamais Desprezar do passado e as pessoas dos dias atuais são como as quatro categorias de seguidores que insultaram e amaldiçoaram esse bodhisattva. Embora as pessoas sejam diferentes, a causa é a mesma. Ainda que diferentes pessoas assassinem os próprios pais, todas cairão igualmente no inferno de incessante sofrimento. Se Nitiren está fazendo a mesma causa que o Bodhisattva Jamais Desprezar, como seria possível ele não se tornar um buda igual a Sakyamuni? Além disso, as pessoas que agora o caluniam são como Bhadrapala e os outros [que amaldiçoaram Jamais Desprezar]. Elas serão torturadas no Inferno Aviti durante mil kalpa. Por essa razão, compadeço-me profundamente delas e me pergunto se não haveria uma forma de salvá-las. Aqueles que desprezaram e amaldiçoaram o Bodhisattva Jamais Desprezar, agiram assim no início, mas, depois de certo tempo, abraçaram seus ensinos e rapidamente se tornaram seus seguidores. Então, a maior parte de suas calúnias foi expiada. No entanto, mesmo essa pequena parte que restou, levou-os a sofrer terrivelmente como se tivessem matado os pais mil vezes. As pessoas desta era se recusam terminantemente a se arrepender. Por essa razão, conforme o capítulo Parábolas afirma, elas sofrerão no inferno durante incontáveis kalpa; poderão até sofrer no inferno durante numerosos kalpa de partículas de pó de um sistema de grandes mundos e durante incontáveis kalpa de partículas de pó de um sistema de grandes mundos. Além dessas pessoas, há aquelas que pareciam acreditar em mim, mas começaram a criar dúvida ao me verem ser perseguido. Elas não só abandonaram o Sutra de Lótus como também se consideram sábias o bastante para me ensinar. É lamentável que essas pessoas perversas deverão sofrer no Inferno Aviti por um tempo ainda mais longo que os seguidores da Nembutsu. Um asura declarou que o Buda havia ensinado apenas dezoito elementos, enquanto ele expôs dezenove. Os mestres não budistas alegaram que o Buda havia oferecido somente um caminho para a iluminação, ao passo que eles ofereciam noventa e cinco. De modo semelhante, os discípulos traidores declaram: Embora o reverendo Nitiren seja nosso mestre, ele é enérgico demais. Nós propagaremos o Sutra de Lótus de maneira mais branda. Com tal declaração, eles têm se mostrado tão ridículos quanto o vaga-lume que ri do Sol e da Lua, um formigueiro que despreza o monte Hua, poços e riachos que zombam dos rios e oceanos ou uma pomba que imita a fênix. Nam-myoho rengue-kyo. Nitiren No vigésimo dia do terceiro mês do nono ano de Bun-ei (1272), ciclo do signo de mizunoe-saru. Aos discípulos e seguidores leigos de Nitiren Pós-escrito Não há papel suficiente para escrever aqui na província de Sado e levaria muito tempo para eu escrever para cada um. Se uma única pessoa ficar sem receber uma carta minha, isso poderá causar ressentimentos. Por essa razão, meu desejo é que as pessoas que possuem espírito de procura reúnam-se para lerem juntas esta carta de encorajamento. Quando grandes infortúnios ocorrem no mundo, pequenos infortúnios tornam-se insignificantes. Não sei quão precisas são as notícias que Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 2

3 chegam a mim, mas, com certeza, muitos devem estar lastimando profundamente a perda dos que foram mortos nas recentes batalhas. O que aconteceu com os reverendos Izawa e Sakabe? Enviem-me notícias de Kawanobe, Yamashiro, Tokugyo-ji e dos demais. Peço-lhes, também, a gentileza de enviar os Fundamentos do Governo da Era Chen-Kuan, a coletânea de contos dos clássicos não budistas e o registro dos ensinos transmitidos nas oito escolas. Sem esses textos, não poderei nem escrever cartas. (END, v. 5, pp ) Explanação Sempre que leio Carta de Sado, recordo-me vividamente de um episódio de minha juventude. Ocorreu num período em que os negócios de meu mestre, o Sr. Toda, passavam pela pior crise. Meu mestre acabara de renunciar ao posto de diretor-geral da Soka Gakkai para proteger a Organização, e travava uma luta indescritível para superar essas dificuldades. Lembro-me de meu mestre lendo uma parte da Carta de Sado. Era a passagem em que Daishonin explica que as diversas dificuldades vividas por ele como ser insultado, caluniado, ou carecer de roupa e de alimento coincidem perfeitamente com a descrição dos sutras. O Sr. Toda observou: Só de imaginar que Daishonin suportou tais circunstâncias... E eu, agora, passo pela mesma situação... No meu caso, por mais dinheiro que ganhe, não tenho como obter lucros! E enquanto dizia isso, ele ria. Mesmo em meio a problemas enormes como os que enfrentava, ele ria. Essa imagem serena de meu mestre em meio às adversidades ficará gravada para sempre em meu coração. Recordo-me de outra ocasião em que o Sr. Toda regressou de uma audiência no Ministério das Finanças para tratar das dificuldades econômicas. Era um dia gélido e chovia granizo. Ele chegou tremendo de frio. Ah, este mundo é realmente um lugar frio, disse rindo, e logo acrescentou: Daisaku, eu não fui derrotado. Minha empresa faliu, isso é tudo. A verdadeira batalha encontra-se adiante. Ele tencionava dizer que, embora financeiramente acabado, no que dizia respeito à vida e à fé, ele não fora vencido. Afinal, tinha um discípulo genuíno e o verdadeiro teste ainda estava por vir. O espírito intrépido do Sr. Toda fortaleceu ainda mais minha determinação e meu espírito de luta. Jurei que não deixaria ninguém difamar ou fazer mal ao meu mestre. Os escritos de Nitiren Daishonin, da mesma maneira, podem despertar um indomável espírito de luta no coração das pessoas golpeadas pelos ventos gélidos dos sofrimentos ou das adversidades. Quando o espírito invencível de Nitiren Daishonin palpita em nossa vida, nada pode nos intimidar. Enquanto nos dedicarmos a ler os escritos de Daishonin e a incorporar sua mensagem, não haverá carma capaz de nos derrubar. Enquanto nos dedicarmos sincera e constantemente ao caminho de mestre e discípulo, não haverá obstáculo ou função maléfica capaz de nos impedir de avançar. Por favor, tenham a convicção de que por meio de uma existência alicerçada nos escritos de Nitiren Daishonin e de acordo com a prática do discípulo, poderão sobrepujar qualquer obstáculo ou limitação. Neste artigo, enfocarei o elevado estado de vida de Nitiren Daishonin que, como um rei leão, uma pessoa de coragem indescritível, tornou possível a todos os seres humanos transformar o carma. Um ensino para que as pessoas expandam o próprio poder Para mim, não há honra maior na vida do que ter conhecido meu mestre e ter-me dedicado ao Kossen-rufu como seu discípulo. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 3

4 O Budismo de Nitiren Daishonin é um ensino que revela aos seres humanos como fortalecer a si próprios, como se tornar um rei leão. Em Carta de Sado, Daishonin ressalta a importância de percorrer o grande caminho de mestre e discípulo por toda a vida. A mensagem deste escrito é que, assim como ele havia enfrentado todas as lutas com a postura de um majestoso leão, os discípulos também deviam agir da mesma forma, pois, por meio desses esforços espirituais, é possível atingir o estado de Buda. Do início ao fim desta carta, palpita o afeto de Daishonin pelos discípulos e a preocupação sincera pelo bem-estar deles. Busca transmitir a eles que, é justamente em meio às dificuldades extremas, que podem transformar o carma e assegurar o caminho para a iluminação. Daishonin pede aos discípulos que sigam o exemplo e a postura dele nos momentos de extrema dificuldade. Conforme observei da vez passada, a fim de explicar o princípio da transformação cármica, primeiro, Daishonin se refere à prática do Bodhisattva Jamais Desprezar.2 Em seguida, ele menciona as adversidades pessoais. Diz que a perseguição do exílio na Ilha de Sado, uma ameaça direta à própria vida, se devia ao carma criado em existências anteriores.3 Apesar de reconhecer que não há forma de prever o próprio destino,4 contempla claramente as causas negativas que pode ter cometido em existências passadas. No trecho que analisaremos nesta oportunidade, Daishonin afirma que, sem dúvida alguma, ele agiu contra a Lei não apenas em existências passadas, mas também na existência presente ao longo dos estudos budistas. Porém, a declaração de Daishonin: Como são terríveis as calúnias que Nitiren cometeu nas existências passada e presente, também indica a realidade das escolas budistas estabelecidas no Japão em sua época, que depreciavam e negavam o ensino correto do budismo. Em outras palavras, os atos contra a Lei eram tão generalizados no país, que mesmo alguém disposto a estudar sinceramente o budismo, acabava, de modo involuntário, cometendo graves faltas. Isso era algo realmente temível. Daishonin observa ainda: Uma vez que nasceram nesta nação maléfica e se tornaram discípulos de um homem como eu, não há forma de prever o próprio destino.5 Nesta parte, ele confirma os profundos laços que o uniam aos discípulos. A real intenção de Daishonin, acredito, era transmitir a alegria de se dedicarem juntos pelo Kossen-rufu. A cada instante, ressalta a honra e a nobreza supremas que representam para os discípulos lutar contra as adversidades e sobrepujar as perseguições como fazia o mestre. Os oito tipos de retribuição cármica Na ocasião passada, analisamos o trecho do sutra Parinirvana citado por Daishonin. Essa passagem, em particular, destaca que os sacerdotes que atuavam contra o ensino correto na era maléfica posterior à morte do Buda haviam sido discípulos dos mestres não budistas nos dias de Sakyamuni.8 A passagem do sutra Parinirvana citada desta vez é a que segue imediatamente à frase anterior. Descreve o benefício de manter o ensino correto numa época de crise, quando os sacerdotes de pensamentos distorcidos proliferam e esse ensino corre perigo de desaparecer. Isso alude ao princípio de amenizar o efeito cármico.9 Daishonin destaca oito exemplos de efeitos cármicos que, segundo as pessoas pressupunham, derivavam de ofensas passadas cometidas contra a Lei. Esclarece então que esses sofrimentos e efeitos diversos podem ser amenizados na presente existência graças aos benefícios obtidos por protegerem a Lei.10 Para confirmar a veracidade das palavras do Buda, Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 4

5 Daishonin oferece o exemplo pessoal, já que ele mesmo havia experimentado esses oito tipos de efeitos. Em termos da vida de Daishonin, essas oito circunstâncias cármicas seriam as seguintes: 1. Serão desprezadas Daishonin foi caluniado e aviltado em todo o Japão por propagar o ensino correto. 2. Serão amaldiçoadas com uma aparência feia Isso poderia ser interpretado como uma referência à má reputação de Daishonin por ser um exilado. 3. Carecerão de roupas Na inóspita Ilha de Sado, não havia roupas adequadas para resistir ao frio extremo. 4. Carecerão de alimentos As provisões que ele ocasionalmente conseguia na Ilha de Sado eram tão escassas que corria o risco de morrer de fome. 5. Buscarão a riqueza em vão Daishonin vivia exposto a grandes privações, sem poder suprir as necessidades básicas para sobreviver. 6. Nascerão numa família pobre e de posição inferior O próprio Daishonin havia dito que pertencia a uma família pobre e humilde Nascerão numa família que mantém visões errôneas Daishonin não nasceu num lar onde se praticava o ensino correto. 8. Serão perseguidas por seu soberano Como sabemos, Daishonin sofreu perseguições por parte das autoridades. Os exílios na Península de Izu e na Ilha de Sado foram algumas delas. Daishonin conclui dizendo: Estas oito frases só se aplicam a mim, Nitiren.12 Em seu tratado Abertura dos olhos, ele também enumera os oito tipos de retribuição cármica descritos no sutra Parinirvana, comentando depois cada um deles: Isso se aplica a mim.13 Apesar de o próprio Daishonin se encontrar em circunstâncias tão restritas, em momento algum ele se entrega à lamentação. Como um rochedo imperturbável diante dos golpes das ondas, sempre enfrentou as perseguições com um sorriso. Este trecho de Carta de Sado transmite justamente esse estado de vida destemido de Daishonin. O budismo visa a libertar as pessoas dos sofrimentos do carma Aquele que escala uma montanha, mais cedo ou mais tarde terá de descê-la Por meio de um raciocínio que todos podem compreender, Daishonin delineia o princípio budista convencional sobre a retribuição cármica. A palavra carma deriva do antigo conceito indiano, anterior ao budismo, sobre o carma, que significa ação. Na Índia antiga, acreditava-se que para se libertar do sofrimento ocasionado pelo carma negativo era necessário praticar ações especiais; por exemplo, rituais presididos por sacerdotes em nome dos seguidores, que nesse caso, se limitavam a esperar que os deuses lhes concedessem a salvação. Em contrapartida, o budismo rejeitou o pensamento de que o destino era determinado por uma divindade ou ser transcendental ao ser humano. É uma filosofia voltada para o interior do indivíduo, segundo a qual a iluminação provém da própria vida. Nesse sentido, o budismo afirma que cada pessoa é arquiteta do próprio destino. Nossa vida atual é resultado de nossas ações e escolhas do passado. Nosso futuro será determinado pelo que fizermos no presente seja pelo acúmulo de bom carma, seja pelo acúmulo de mau carma. Esse foi justamente um dos tópicos de meu diálogo com o historiador britânico Arnold Toynbee Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 5

6 ( ). Na opinião do Dr. Toynbee, temos a liberdade de melhorar nosso destino em qualquer momento, aqui mesmo e neste instante. Tal como ele afirmou, o budismo é uma filosofia que concede importância primordial a nossas ações e disposição interior. As ideias budistas convencionais sobre a retribuição cármica, segundo as quais nossos efeitos negativos do presente são o resultado de nossas más causas anteriores, e os efeitos positivos são o produto das boas causas realizadas no passado, na realidade não constituem um princípio de transformação cármica. Isso porque para se erradicar todas as causas cometidas no passado, uma a uma, seria preciso um tempo inconcebivelmente longo. Em Carta de Sado, Daishonin salienta que essa visão sobre a retribuição cármica se baseia na lei geral de causa e efeito.15 De modo implícito, ele diz que o seu budismo não se baseia nessa causalidade geral. A causalidade da Lei Mística é a base para a transformação do carma Daishonin revela neste trecho uma causalidade muito mais profunda ou essencial. Explica que a razão pela qual tem suportado os oito tipos de retribuição cármica não se deve à lei geral de causa e efeito como ele descreveu. Ele atribui o motivo às ações contra a Lei praticadas no passado, por exemplo, o ato de aviltar os devotos do Sutra de Lótus, o rei dos sutras, um ensino tão maravilhoso quanto duas luas brilhando uma ao lado da outra, duas estrelas juntas, um monte Hua sobre outro ou duas joias unidas.17 Devido a esse carma negativo fundamental formado por meio de ações contra os que mantinham o supremo ensino, Daishonin teve de experimentar os oito tipos de retribuição. Ele esclarece que, na raiz de toda as causas negativas que fazem os seres humanos sofrer, estão os atos contra a Lei [que, no sentido amplo, incluem a calúnia e a recusa à Lei fundamental da vida e do Universo]. Por fim, é possível nos libertarmos de nosso carma negativo e acumular um carma fundamentalmente positivo em nossa vida por meio de nossa dedicação como devotos do Sutra de Lótus de enfrentarmos os adversários do Sutra e de propagar a Lei Mística. O que Daishonin explica nesta passagem é a causalidade para atingir o estado de Buda, que implica eliminar o mal fundamental e manifestar com vigor o estado de Buda a nona consciência18 que existe na essência da vida. Esta é a causalidade da Lei Mística, implícita no Sutra de Lótus; ou seja, no Nam-myoho-rengue-kyo. Mesmo que neste momento estejamos sofrendo devido a alguma retribuição cármica, se nos basearmos na causalidade da Lei Mística, poderemos manifestar imediatamente o vasto estado de vida de Buda. Isso quer dizer que só podemos transformar realmente nosso carma por meio da Lei Mística da simultaneidade de causa e efeito.19 A Lei Mística nos possibilita realizar uma transformação interior com base no princípio de que os nove mundos e o mundo do estado de Buda são inerentes e indivisíveis; ou seja, os nove mundos possuem o potencial do estado de Buda, enquanto este último conserva o potencial dos nove mundos. Em contraste, a causalidade geral dos ensinos pré-sutra de Lótus opera com base no princípio da não simultaneidade de causa e efeito.20 Como a eliminação de incontáveis faltas cometidas em existências passadas levaria um tempo inconcebível, a transformação do carma nesta existência acabaria sendo algo impossível. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 6

7 Nitiren Daishonin afirma, ressaltando a diferença entre estas duas ideias de lei causal: Normalmente, esses sofrimentos aparecem um de cada vez ao longo do infinito futuro. Porém, Nitiren denunciou os inimigos do Sutra de Lótus de maneira tão voraz que todos os oito sofrimentos apareceram de uma só vez.21 Nesta frase, Daishonin esclarece o tipo de prática budista que nos possibilita realizar causas positivas fundamentais. Essa prática não é outra senão o Chakubuku a refutação do errôneo e a revelação do verdadeiro especificamente expressa como denunciar os inimigos do Sutra de Lótus, um ato que incorpora a causalidade da Lei Mística e que nos permite transformar o carma. Assim como Nitiren. 22 Quando nos munimos da coragem de um leão,23 praticamos com a mesma postura que Daishonin e nos empenhamos intrepidamente para propagar o ensino correto, manifestamos de nosso interior um estado de Buda idêntico ao que foi manifestado por ele. Graças aos benefícios obtidos por proteger a Lei [as pessoas podem amenizar, nesta existência, os sofrimentos e a retribuição], afirma o sutra Parinirvana. Isso significa que podemos transformar nosso carma, agindo como reis leões, exatamente como fez Daishonin, e dedicando-nos sinceramente para proteger a Lei. De que forma podemos fazer isso? Denunciando quem ataca o ensino correto; ou seja, refutando o errôneo e proclamando o verdadeiro. Como resultado desse ato de coragem, todas as nossas retribuições cármicas se desvanecem instantaneamente,24 nos assegura Daishonin. Podemos também estabelecer em nossa vida a condição iluminada do estado de Buda. Para nós, os benefícios obtidos por proteger a Lei se referem aos que conseguimos por meio da luta em prol do Kossen-rufu junto com nosso mestre. O princípio da unicidade de mestre e discípulo que se encontra no Sutra de Lótus Neste trecho, uma vez mais, Daishonin descreve a natureza dos inimigos do Sutra de Lótus que os praticantes devem estar preparados para enfrentar. Ele está se referindo aos três poderosos inimigos27 mencionados no 13º capítulo do Sutra de Lótus, Devoção Encorajadora. A passagem do Sutra: Haverá muitas pessoas ignorantes que nos caluniarão e falarão mal de nós, que nos atacarão com espadas e bastões, pedras e telhas, descreve os leigos arrogantes que maltratam os devotos do Sutra de Lótus e faziam deles alvo de insultos e calúnias, com o intuito de prejudicá-los. O trecho: Eles se dirigirão aos governantes, aos ministros influentes, aos brâmanes e chefes de família se refere às acusações infundadas dos sábios falsos e arrogantes. E o trecho: Seremos banidos repetidamente 28 descreve a situação em que os sacerdotes de ensinos errôneos e os maus governantes, dispostos a banir e a exilar os devotos do Sutra de Lótus, agem em conspiração. O surgimento dos três poderosos inimigos constitui a prova de que os devotos do Sutra de Lótus estão aplicando os ensinos desse Sutra na própria vida. A oposição e as perseguições são o que permite a esses devotos transformar o carma e atingir o estado de Buda. É como afirma Daishonin: Se não fosse pelos governantes e ministros que agora me perseguem, eu não conseguiria expiar minhas ofensas passadas de calúnia ao correto ensino.29 Indica também que os esforços constantes para propagar a Lei, alicerçados na convicção de que as perseguições e as hostilidades possibilitam aos devotos transformar o carma de forma direta, concorda perfeitamente com o princípio que possibilitou ao Bodhisattva Jamais Desprezar atingir o estado de Buda, tal como descrito no 20º capítulo do Sutra de Lótus, Bodhisattva Jamais Desprezar. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 7

8 O Bodhisattva Jamais Desprezar respeitava e reverenciava todas as pessoas. Por causa dessa atitude, no entanto, ele foi hostilizado, desprezado e perseguido por indivíduos pertencentes às quatro categorias de seguidores: monges e monjas, leigos e leigas. Porém, por meio da perseguição incessante que enfrentou, Jamais Desprezar pôde expiar o carma negativo acumulado em existências passadas. O Sutra de Lótus descreve o benefício que ele recebeu quando suas ofensas foram expiadas,30 ou seja, a purificação dos seis órgãos sensoriais ou dos seis sentidos31 e a conquista do Caminho do Buda. Numa existência posterior, ele renasceu com a identidade do Buda Sakyamuni.32 À luz dessa passagem, Daishonin diz: Nitiren é como o Bodhisattva Jamais Desprezar do passado.33 Os que praticam o Sutra de Lótus poderão pertencer a épocas diferentes, mas a causa fundamental para atingir o estado de Buda será sempre a mesma. A fórmula básica permanece. Assim, se fizermos os mesmos tipos de causas que o Bodhisattva Jamais Desprezar acumulou ao longo da prática budista, também poderemos atingir a condição de Buda, sem falta. Se Nitiren está fazendo a mesma causa que o Bodhisattva Jamais Desprezar, como seria possível ele não se tornar um buda igual a Sakyamuni?,34 pergunta a si mesmo Daishonin pelo bem dos discípulos. A frase indica o princípio da inseparabilidade de mestre e discípulo. Em outras palavras, nós também podemos, infalivelmente, atingir o estado de Buda se seguirmos o exemplo de Daishonin e triunfarmos sobre nossas adversidades, e mantivermos firmemente a prática do Chakubuku: refutar o errôneo e revelar o verdadeiro. É natural que nossa vida pareça bem diferente da vida de um grande predecessor como Nitiren Daishonin. Isso é perfeitamente lógico já que somos indivíduos diferentes, cada um com as próprias circunstâncias, personalidade, capacidades e subjetividade. No entanto, se fizermos o mesmo tipo de causa que os corajosos devotos do Sutra de Lótus do passado realizaram, ou seja, se mantivermos o mesmo curso de ação e a mesma prática que eles, poderemos obter os mesmos efeitos ou resultados. Esta é uma forma de ver a causalidade baseada no caminho do mestre e do discípulo. Embora os discípulos se sintam totalmente diferentes do mestre em termos de sabedoria e de benevolência, enquanto mantiverem o mesmo compromisso, os mesmos ideais e esforços abnegados que o mestre poderão, sem falta, desfrutar um estado de vida tão sublime e vasto quanto o do mestre. Esse é o Caminho para atingir a iluminação com base na unicidade de mestre e discípulo que pulsa no Sutra de Lótus. A rigorosa lei da causalidade Com relação aos que perseguiram o Bodhisattva Jamais Desprezar, como resultado das más ações, não puderam encontrar nenhum buda durante duzentos milhões de kalpa, e passaram por terríveis agonias no inferno de incessante sofrimento ou Inferno Aviti.39 Daishonin diz que se compadece dos que no presente cometem causas similares perseguindo a ele, mas que nada pode ser feito por essas pessoas. Ninguém pode manipular a lei de causa e efeito; ela é rigorosa e inexorável. Ele prossegue dizendo que mesmo as pessoas que haviam atacado Jamais Desprezar conseguiram, com o tempo, reencontrar-se com o mestre delas graças à relação estabelecida com esse bodhisattva e, por fim, como Bhadrapala e os demais, puderam ser seus discípulos quando este nasceu sob a identidade do Buda Sakyamuni. Mas Daishonin salienta que as pessoas de sua época, que o caluniaram, recusavam-se terminantemente a mudar de atitude. Por essa razão, ele lamenta que, como resultado elas terão de sofrer durante incontáveis kalpa. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 8

9 temível natureza do Rei Demônio do Sexto Céu Nitiren Daishonin destaca que o problema maior são os discípulos arrogantes. Pois a ofensa dos que rechaçam e caluniam o ensino correto num primeiro momento não é tão grave quanto a de ex-seguidores que, não satisfeitos em abandonar a fé, caluniam o mestre e os companheiros. A retribuição que os últimos cometem é muito mais severa. Os discípulos que se deixam dominar pela escuridão fundamental e pela ignorância, procuram influenciar outros, podendo fazer com que muitos se desviem da prática correta. Essa é a temível natureza do Rei Demônio do Sexto Céu.40 Conforme Daishonin observa em outro escrito [ As funções de Brahma e de Shakra ]: As pessoas dominadas por um grande mal, uma vez que são bem-sucedidas em persuadir um seguidor a abandonar a fé, usam esse indivíduo como meio para que muitos outros façam o mesmo.41 Apesar da boa sorte de terem conhecido e adotado a fé na Lei Mística, essas pessoas acabam deixando a vida sucumbir à vontade do Rei Demônio do Sexto Céu. O principal motivo atribui- -se à arrogância, cuja essência é a inveja e o desprezo ao mestre. Daishonin descreve tais indivíduos como pessoas perversas que se consideram sábias o bastante para ensiná-lo.42 Esta observação deveria ser interpretada como uma eterna advertência aos seguidores. O princípio budista de causa e efeito se processa através da eternidade. A vida de quem age de acordo com a causalidade da Lei Mística prosperará constantemente, por toda a eternidade. A boa sorte dessa pessoa será transmitida aos entes queridos e descendentes, por infinitas futuras gerações ao longo dos Últimos Dias da Lei. Por outro lado, Daishonin deixa claro que os seguidores que se esqueceram do caminho de mestre e discípulo, que traíram o mestre e os companheiros de fé deveriam sofrer no Inferno Aviti por um tempo ainda mais longo que os seguidores da Nembutsu.43 Daishonin se conscientizou da Lei que possibilita a qualquer pessoa atingir a iluminação. Do ponto de vista do caminho fundamental para a consecução do estado de Buda, o ensino de Daishonin, o Buda dos Últimos Dias da Lei, é absoluto. Como mestre, Daishonin se dedicou de todo o coração a forjar e a treinar os discípulos e, por essa razão, seu ensino costumava ser muito rigoroso. Porém, houve os que não conseguiram entender o coração de Daishonin e se voltaram contra ele. Por mais que esses indivíduos perversos tentassem sujar o nome de Daishonin, ele sempre se mantinha imperturbável. Um juramento de vitória aos discípulos Daishonin conclui a parte principal do texto de Carta de Sado com uma passagem que expressa a convicção monumental de um rei leão. Nesse trecho, ele destaca que os arrogantes tentarão inserir pensamentos próprios e arbitrários nos ensinos do Buda. Por exemplo, quando Sakyamuni ensinou a existência dos dezoito elementos, um asura gabou-se dizendo conhecer dezenove elementos; e quando o Buda expôs que havia um único caminho supremo para a iluminação, os não budistas fizeram alarde dizendo conhecer noventa e cinco. Entre os discípulos de Daishonin também havia os que o menosprezavam com grande arrogância, dizendo: Embora o reverendo Nitiren seja nosso mestre, ele é enérgico demais. Nós propagaremos o Sutra de Lótus de maneira mais branda.47 Apesar de, no início, aparentarem ter fé no Sutra de Lótus, na realidade, eles tinham perdido totalmente de vista a essência do Sutra. Consequentemente, não puderam apreciar a verdadeira grandeza com que o mestre Nitiren Daishonin propagava o Sutra de Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 9

10 Lótus nos Últimos Dias. Do ponto de vista do budismo, o exílio na Ilha de Sado e outras perseguições que Daishonin enfrentou, resultaram da ação do Rei Demônio do Sexto Céu que se apoderou da vida do governante e de outras figuras poderosas para criar uma divisão entre Daishonin e os seguidores. Quando os laços que unem mestre e discípulo são fortes e saudáveis, o poder e a influência da Lei Mística aumentam. A eterna perpetuação do ensino correto também ganha ímpeto e o grande caminho condutor à felicidade e à paz de toda a humanidade propósito fundamental do budismo é amplamente aberto. É por essa razão que o Rei Demônio tenta, a todo custo, impedir que isso ocorra. Nesse sentido, os discípulos de Daishonin que o criticavam, ao mesmo tempo em que eles próprios evitavam a perseguição, haviam sido completamente derrotados pelo Rei Demônio. Eles permitiram que o nobre espírito de mestre e discípulo fosse encoberto pela natureza maléfica, pela própria escuridão fundamental. Imagino nitidamente Daishonin proclamando: Eles têm se mostrado tão ridículos quanto o vaga-lume que ri do Sol e da Lua, um formigueiro que despreza o monte Hua, poços e riachos que zombam dos rios e oceanos ou uma pomba que imita a fênix.48 Os três primeiros presidentes da Soka Gakkai avançaram em prol do Kossen-rufu com essa mesma convicção. Carta de Sado revela o monumental estado de vida de Daishonin em meio a perseguições mortais É a declaração de vitória do mestre. Ao mesmo tempo, este escrito constitui um brado de vitória, um juramento de vitória, dirigido aos corajosos discípulos que estavam lutando ao lado de Daishonin, decididos a superar grandes desafios. A vitória dos discípulos é a vitória da Soka Gakkai Esta parte constitui um pós-escrito que mostra a imensa benevolência e a profunda preocupação de Daishonin pelos seguidores. Ele pergunta pelo bem-estar de pessoas específicas e pede que lhe envie vários textos para consulta a fim de preparar seus escritos. Na remota Ilha de Sado, Daishonin prossegue a incansável luta espiritual motivado pela profunda benevolência por toda a humanidade. Imensamente afortunada é a pessoa que tem um mestre. Este é o constante sentimento que pulsa em meu coração. Tenho consagrado minha vida a saldar a dívida de gratidão ao meu mestre, a retribuir-lhe até pelo menor benefício que dele recebi por meio de minha dedicação sincera e absoluta ao Kossen-rufu. No fim de abril de 1951, pouco antes de meu mestre assumir a presidência da Soka Gakkai, reli o escrito Carta de Sado como testamento da vitória de mestre e discípulo. Naquele mês, anotei em meu diário as seguintes passagens em especial: (27 de abril) Quando um governante mau se associa a reverendos que seguem ensinos errôneos e tentam destruir o ensino correto e eliminar um sábio, aqueles que possuem o coração de um rei leão, com certeza, atingirão o estado de Buda, assim como Nitiren.52 (Dia 28 de abril) De modo semelhante, os discípulos traidores declaram: Embora o reverendo Nitiren seja nosso mestre, ele é enérgico demais. Nós propagaremos o Sutra de Lótus de maneira mais branda. Com tal declaração, eles têm se mostrado tão ridículos quanto o vaga-lume que ri do Sol e da Lua, um Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 10

11 formigueiro que despreza o monte Hua, poços e riachos que zombam dos rios e oceanos ou uma pomba que imita a fênix.53 Para mim, Carta de Sado, é um escrito sobre a vitória do mestre e do discípulo, que o Sr. Toda e eu estudamos e utilizamos como inspiração para superar as adversidades. Jurei que, para tornar realidade o sonho de meu mestre, daria o máximo de mim e assumiria total responsabilidade pelo Kossen-rufu. Para esse fim, decidi desenvolver a minha comunidade. Comecei a visitar os companheiros em suas casas, a realizar reuniões de diálogo e a gerar ondas crescentes de propagação. Atuei dessa forma por saber que a vitória do Kossen-rufu no futuro depende da expansão do caminho inigualável de mestre e discípulo Soka a partir de nossa própria comunidade. Em termos modernos, pôr em prática o espírito da Carta de Sado seria participar de um diálogo de vida a vida para transmitir a grandeza do Budismo de Nitiren Daishonin, e compartilhar resolutamente o nobre caminho de mestre e discípulo com os demais. Oro para que meus genuínos discípulos perpetuem, com orgulho, o legado de mestre e discípulo dos três primeiros presidentes. (Daibyakurengue, edição de março de 2009.) 1. LS, cap. 13, p Bodhisattva Jamais Desprezar: Bodhisattva descrito no 20º capítulo do Sutra de Lótus, Bodhisattva Jamais Desprezar. Segundo o Sutra, trata-se de Sakyamuni em uma de suas existências prévias. Esse bodhisattva curvava-se em reverência a todos com quem se encontrava e dizia: Eu os reverencio profundamente, jamais ousaria tratá-los com desdém ou arrogância. Por quê? Porque todos estão praticando o caminho do bodhisattva e infalivelmente atingirão o estado de Buda. (LS20, pp ) Mesmo sendo atacado por pessoas arrogantes, que o agrediam com pedras e bastões, ele perseverava em sua prática. O capítulo esclarece que a prática de reverenciar o estado de Buda em outras pessoas, tornou-se a causa para ele atingir a iluminação. 3. Carma criado em existências anteriores: Embora possa aplicar-se tanto ao bom carma como ao mau carma, no geral, a expressão costuma aludir ao mau carma (leia em END, v. 5, p. 24). 4. END, v. 5, p Ibidem. 6. Sutra Parinirvana: Também conhecido como sutra Mahaparinirvana. Versão chinesa do Sutra do Nirvana em seis volumes, traduzido por Fa-hsien e por Buddhabhadra, por volta de Estas frases em conjunto formam os chamados oito tipos de sofrimento ou retribuição. Referem-se às adversidades que uma pessoa deve enfrentar como retribuição cármica negativa pelas incontáveis ofensas cometidas no passado. 8. Cf. END, v. 5, p Amenização do efeito cármico: Princípio segundo o qual uma pessoa experimenta de forma atenuada os efeitos do mau carma gerado no passado, por meio da fé e da prática do budismo. 10. END, v. 5, p Ibidem. 12. Ibidem. 13. END, v. 4, p END, v. 5, p. 25. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 11

12 15. Ibidem, p Monte Hua: Uma alta montanha localizada na província de Shaanxi, na China. Uma das cinco montanhas sagradas do país. 17. END, v. 5, p Nona consciência: A nona consciência ou consciência amala é a natureza de Buda ou força purificadora fundamental, livre de todos os impedimentos cármicos. 19. Simultaneidade de causa e efeito: Princípio segundo o qual a causa e o efeito existem simultaneamente, em cada instante da vida. 20. Não simultaneidade de causa e efeito: A visão de que existe um intervalo ou separação entre a causa e o efeito. Na prática budista embasada em outros ensinos além do Sutra de Lótus, só é possível obter o efeito da iluminação depois de um período de tempo extremamente longo, destinado ao acúmulo de causas positivas para neutralizar as causas negativas anteriores. 21. END, v. 5, p Ibidem, p WND, v. 1, p END, v. 3, p Cf. LS, cap. 13, pp A frase pertence ao 13º capítulo do Sutra de Lótus, Devoção Encorajadora. O capítulo, na realidade, só faz referência a espadas e bastões. As palavras pedras e telhas foram extraídas do 20º capítulo, Bodhisattva Jamais Desprezar e inseridas no 13º capítulo. 26. Guardiões do inferno: Demônios da mitologia budista que atormentam os transgressores que caíram no Inferno. Servem ao rei Yama, o rei do Inferno, que julga e determina as retribuições, positiva ou negativa, aos mortos. 27. Três poderosos inimigos: Três tipos de pessoas arrogantes que perseguem os que propagam o Sutra de Lótus na era maléfica posterior à morte do Buda. São descritos no trecho em verso de vinte linhas, que consta no 13º capítulo do Sutra de Lótus, Devoção Encorajadora. O Grande Mestre Miao-lo, da China, classifica os três poderosos inimigos em: (1) leigos arrogantes; (2) sacerdotes arrogantes; e (3) sábios falsos e arrogantes. 28. Seremos banidos repetidamente : Uma passagem do 13º capítulo do Sutra de Lótus, Devoção Encorajadora. Explica que quando os devotos do Sutra de Lótus expõem o ensino correto nos Últimos Dias da Lei, sofrem sucessivas perseguições. Em conformidade com as predições desta passagem, Nitiren Daishonn foi exilado na Península de Izu e na Ilha de Sado. (Leia em LS, cap. 13, p. 195.) 29. END, v. 5, p LS, cap. 20, p Purificação dos seis órgãos sensoriais: Também chamada purificação dos seis sentidos. O termo refere-se ao processo pelo qual os seis órgãos dos sentidos (olhos, nariz, língua, ouvidos, pele e mente) se purificam, permitindo ao indivíduo captar todos os fenômenos corretamente. O 19º capítulo do Sutra de Lótus, Os Benefícios do Mestre da Lei, explica que os que praticam e mantêm o Sutra adquirem 800 benefícios referentes aos olhos, ao nariz e à pele, e benefícios referentes aos ouvidos, à língua e à mente. Por meio desses benefícios, os seis órgãos sensoriais são aguçados e purificados. 32. Quando suas ofensas foram expiadas : Este verso do 20º capítulo do Sutra de Lótus, Bodhisattva Jamais Desprezar, indica que o bodhisattva foi capaz de expiar as faltas cometidas no passado, pelas ações contra a Lei, graças às perseguições que teve de suportar. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 12

13 33. END, v. 5, p Ibidem. 35. Bhadrapala: Bodhisattva que foi discípulo do Buda Sakyamuni. No 20º capítulo do Sutra de Lótus, Bodhisattva Jamais Desprezar, consta que, no passado ele havia sido um dos quatro tipos de seguidores que caluniaram o Bodhisattva Jamais Desprezar. Por essa má ação, caiu vivo no inferno de incessante sofrimento e ali permaneceu por mil kalpa. Mais tarde, graças ao benefício derivado da relação inversa formada no passado, ele conseguiu renascer nos dias de Sakyamuni que havia sido o Bodhisattva Jamais Desprezar naquela época remota e tornar-se discípulo do Buda. 36. Inferno Aviti: Também conhecido como inferno de incessante sofrimento. 37. LS, cap. 3, p Numerosos kalpa de partículas de pó de um sistema de grandes mundos e incontáveis kalpa de partículas de pó de um sistema de grandes mundos : Períodos de tempo imensuráveis. 39. No Sutra de Lótus, Sakyamuni diz: Poderia ocorrer de o Bodhisattva Jamais Desprezar ser alguém desconhecido para vocês? O que acham? A verdade é que esse bodhisattva não era outro senão eu! (...) O coração dos indivíduos pertencentes às quatro categorias de seguidores monges e monjas, leigos e leigas foi tomado pela ira e todos me trataram com indiferença e desdém. Por duzentos milhões de kalpa nunca puderam encontrar um buda, ouvir a Lei ou ver a comunidade de monges. Durante mil kalpa suportaram grandes sofrimentos no Inferno Aviti. Quando acabaram de expiar as ofensas cometidas, voltaram a encontrar o Bodhisattva Jamais Desprezar [eu, Sakyamuni], que lhes ensinou o anuttara-samyak-sambodhi [a suprema iluminação]. (LS, cap. 20, pp ) 40. Rei Demônio do Sexto Céu: Também chamado Rei Demônio ou Demônio Celestial. Soberano das funções maléficas que habita o sexto céu, o mais elevado dos seis mundos do desejo. É referido como Demônio que se Regozija em Manipular Livremente as Pessoas e em Usurpar o Fruto dos Esforços Delas. Função manipuladora da mente das pessoas. O Demônio do Sexto Céu é servido por incontáveis funções subsidiárias que visam a impedir a prática budista, consumindo a vitalidade dos seguidores. Personifica a tendência negativa de impor a própria vontade aos demais a qualquer custo. 41. WND, v. 1, p Cf. END, v. 5, pp Cf. END, v. 5, p Asura: Um tipo de demônio da mitologia Indiana de natureza hostil, que luta constantemente contra a divindade Shakra. 45. Dezoito elementos: Conceito abrangente das três categorias inter-relacionadas: os seis órgãos sensoriais (olhos, ouvidos, nariz, língua, pele e mente), os seis objetos que esses órgãos percebem e as seis consciências ou funções perceptivas dos órgãos dos sentidos em relação a esses objetos. 46. A frase baseia-se numa passagem da obra Tratado sobre a Grande Perfeição da Sabedoria. Os noventa e cinco caminhos podem se referir ao fato de, na época de Sakyamuni, ter existido noventa e cinco escolas não budistas. 47. END, v. 5, p Ibidem. 49. Kawanobe, Yamashiro e Tokugyo-ji foram seguidores de Daishonin. Acredita-se que depois da Perseguição de Tatsunokuti foram presos num calabouço. 50. Fundamentos do Governo da Era Chen-Kuan: Obra editada por Wu Ching, historiador chinês da dinastia T ang ( ). Foi amplamente estudada pelos funcionários do governo japonês na época de Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 13

14 Nitiren Daishonin. 51. Oito escolas: Oito principais escolas do budimo japonês antes do período Kamakura ( ). Elas são: Tesouro da Análise do Darma, Estabelecimento da Verdade, Preceitos, Características do Darma, Três Tratados, Guirlanda de Flores, Tendai e Verdadeira Palavra. As seis primeiras floresceram no período Nara ( ), enquanto as escolas Tendai e Verdadeira Palavra ganharam influência no período Heian ( ). 52. IKEDA, Daisaku. A Youthful Diary: One Man s Journey from the Beginning of Faith to Worldwide Leadership for Peace (Diário da Juventude: A jornada de um homem do início da fé à liderança mundial pela paz). Santa Mônica, Califórnia: World Tribune Press, 2000, p A frase citada consta em END, v. 5, pp Ibidem, END, v. 5, p. 29. Impresso por Natalia Iara Jordão Clemente ( ) página 14

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