FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA OCEÂNICA

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1 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA OCEÂNICA INTENSIDADE DE ATAQUES POR CLORETOS AO CONCRETO EM RELAÇÃO À DISTÂNCIA DA ÁGUA DO MAR JORGE LUIZ OLEINIK NUNES Dissertação apresentada à Comissão de Curso de Pós-Graduação em Engenharia Oceânica da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia Oceânica Orientador: André Tavares da Cunha Guimarães, Doutor Rio Grande, junho de 2006.

2 INTENSIDADE DE ATAQUES POR CLORETOS AO CONCRETO EM RELAÇÃO À DISTÂNCIA DA ÁGUA DO MAR JORGE LUIZ OLEINIK NUNES Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de MESTRE EM ENGENHARIA OCEÂNICA tendo sido aprovada em sua forma final pela Comissão de Curso de Pós-Graduação em Engenharia Oceânica. Prof. Dr. Volnei Andersson Coordenador da Comissão de Curso Banca Examinadora: Prof. Dr. André Tavares da Cunha Guimarães Orientador - FURG Prof. - Prof. - Prof. -

3 Uma meta atingida já não é mais uma meta. Hermann Hesse

4 AGRADECIMENTOS A Fundação Universidade Federal do Rio Grande FURG pela oportunidade de me propiciar o Curso de Engenharia Oceânica. Aos professores do Curso de Engenharia Oceânica pelos conhecimentos transmitidos. Aos bolsistas do Laboratório de Química dos Materiais de Construção da FURG: Bianca P. Silveira, Diogo L. C. Guimarães, Frederico Bandeira, Márcia T. Oliveira, Nádia D. Rodrigues, pelos ensaios realizados. Aos alunos João Leal Vivian e Mitchel Soni Felske, pelo auxílio na digitação. Em especial ao Engenheiro, Professor André T. C. Guimarães, um amigo que encontrei no meio da minha vida, pela orientação recebida. A minha família, meus pais Jorge e Olga, minha irmã Carla e minha esposa Rosângela, pelo apoio.

5 RESUMO A distância da água do mar tem sido demonstrada como um fator importante na agressividade de cloretos em corpos de prova expostos ao ambiente marinho. Esse trabalho tem por objetivo verificar a influência da distância da água do mar na intensidade de ataque de cloreto em estruturas de concreto armado em serviço. Outros objetivos desta pesquisa são verificar a influência da posição geográfica e da altura na intensidade de ataque de cloretos em ambiente marinho. Essa pesquisa mostra que mesmo considerando por um longo período o efeito da secagem e molhagem, a distância da água do mar é um fator importante na intensidade do ataque de cloretos, assim como a posição geográfica e altura em relação ao nível do mar. O valor do teor de cloretos nas camadas mais próximas da superfície do concreto diminui acentuadamente até a distancia de 630 m da água do mar. Assim, os modelos para estruturas localizadas nesse ambiente devem ser revisados sobre esses fatores. Palavras chave: Concreto, cloretos, distância da água do mar, ambiente marinho.

6 ABSTRACT The distance of the sea water has been demonstrated as an important factor in the aggression of chloride attack in test specimens exposed to the marine enviroment. This work has the objective to verify the influence of distance of the sea water in the intensity of chloride attack in concrete structures in use. Other objectives of this research are verifying the influence of the geographical position and the height in the intensity of chloride attack in marine enviroment. This research demonstrates that even considering the effect of drying and wetting for a long period, the distance of the sea water is an important factor in the intensity of chloride attack. As well as the geographical position and the height in relation to the level of the sea water. The value of chloride tenor in the layer near the surface concrete reduces, significantly, to the distance of 630m of the sea water. Thus, models for structures located in this enviroment must be reviewed considering these factores. Key words: Concrete, chlorides, distance of the sea water, marine enviroment.

7 SUMÁRIO LISTA DE SÍMBOLOS LISTA DE ABREVIATURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE FIGURAS INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DO TEMA OBJETIVOS CONTEÚDO EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A AMBIENTESMARINHOS AÇÃO AGRESSIVA DOS AMBIENTES MARINHOS Molhagem e secagem alternadas Estanqueidade do concreto Corrosão das armaduras Névoas salinas Zonas de respingos Temperatura Umidade do ar Movimentos de maré FATORES QUE REDUZEM A DETERIORAÇÃO... 31

8 2.2.1 Baixa relação a/c Escolha adequada do tipo de cimento Dosagem adequada Execução e cura cuidadosa Adoção de um recobrimento considerável das armaduras Redução da porosidade do concreto Adoção de um plano de manutenção para a estrutura CARBONATAÇÃO SULFATOS LIXIVIAÇÃO OS CLORETOS E SEU PAPEL NA CORROSÃO MEIO AMBIENTE MARINHO VIDA ÚTIL DE ESTRUTURAS ATACADAS POR CORROSÃO A DISTÂNCIA DA ÁGUA DO MAR ESTRUTURAS PESQUISADAS PLANEJAMENTO DA PESQUISA Características da pesquisa PRIMEIRO ESTUDO DE CASO Metodologia Amostral SEGUNDO ESTUDO DE CASO Metodologia amostral AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ESTUDO DE CASO - COMPARAÇÃO DE RESULTADOS Estudo de caso de GUIMARÃES (2000) - TECON Estudo de caso de CASTAGNO JUNIOR (2002) Torre de Telecomunicações COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS EM RELAÇÃO À DISTÂNCIA DA ÁGUA DO MAR... 79

9 4.3 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS EM RELAÇÃO À DISTÂNCIA DA ÁGUA DO MAR E A ALTURA COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ATUAL CONFORME A POSIÇÃO GEOGRÁFICA DA PEÇA ESTRUTURAL CONCLUSÕES CONCLUSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 89

10 LISTA DE SÍMBOLOS

11 LISTA DE ABREVIATURAS

12 LISTA DE TABELAS Tabela Página 2.1 Idade aproximada necessária para produzir uma maturidade à qual os capilares passam a ser segmentados Valor crítico de cloretos em concretos reforçados Componentes químicos presentes na água do mar ao longo do litoral brasileiro Percentagem de cloretos Percentagem de cloretos... 88

13 LISTA DE FIGURAS Figura Página 2.1 Célula de corrosão em concreto armado Níveis de onda A dependência entre a resistência e a relação água/cimento Correspondência entre a relação água/cimento e o grau de hidratação ao qual os capilares deixam de ser contínuos Variação de ph no concreto devido a carbonatação Efeitos sobre a espessura carbonatada da resistência do concreto, conteúdo de cimento, relação a/c e umidade do ambiente Zonas de maré Variação das taxas de corrosão segundo a posição relativa da região de um 52 mesmo elemento estrutural Esquematização do processo de corrosão do aço no concreto Perfil de concentração de Cloretos no concreto Localização geográfica da Cidade do Rio Grande Localização das estruturas pesquisadas na região do extremo sul do Brasil Viga da estrutura abandonada do Terminal Turístico Praia do Cassino Rio Grande RS Detalhe furação viga Terminal Turístico Casa de bombas da EMA Praia do Cassino - Rio Grande RS Casa de bombas da EMA Praia do Cassino - Rio Grande RS Detalhe furação laje EMA Detalhe furação laje EMA Perfil de cloretos da viga do Terminal Turístico lado sudeste face voltada para o mar Perfil de cloretos da viga do Terminal Turístico lado noroeste Perfil de cloretos na face lateral da laje da EMA lado noroeste Perfil de cloretos na face lateral da laje da EMA lado sudeste - face voltada para o mar Perfil de cloretos na face lateral da laje da EMA lado nordeste Perfil de cloretos na face lateral da laje da EMA lado sudoeste Viga do Paramento Cais TECON Rio Grande RS Perfil de cloretos na face vertical da viga do paramento do TECON Torre de Telecomunicações Rio Grande RS Perfil de cloretos solúveis em ácido na face leste da Torre... 78

14 4.11 Teor de cloreto em relação a massa de cimento nas camadas mais externas da estrutura de concreto em função da distância da água do mar TECON: distância de zero metros; EMA: distância de 160 m; Terminal Turístico: distância de 630 m Situação da viga do Terminal Turístico Face noroeste da viga do Terminal Turístico Face sudeste da viga do Terminal Turístico Situação da laje da EMA Lado sudeste da laje da EMA Lado noroeste da laje da EMA Lado sudoeste da laje da EMA Lado nordeste da laje da EMA... 87

15 1. INTRODUÇÃO 1.1 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DO TEMA A grande extensão da costa brasileira, de 7048 km, (banhada pelo Oceano Atlântico) por si justifica a grande importância que representa o estudo do desempenho e durabilidade dos materiais de construção empregados na orla marítima. Estas construções incluem inúmeras obras importantes, como complexos portuários, indústrias, obras de arte, barragens, edificações residenciais e comerciais. O concreto, nestas obras, se caracteriza como um material de uso fundamental. Cabe salientar que as estruturas de concreto não são todas iguais. Além de apresentarem concepção tipológica e resistências distintas, diferem em termos de durabilidade, tendo cada uma delas uma vida útil específica e difícil de determinar.

16 Capítulo1 - Introdução Página 15 de 94 A escolha do processo construtivo mais adequado para as mesmas varia em decorrência de sua função, e primeiramente, do custo, ou seja, obedece a razões econômicas. Uma estrutura é projetada para uma vida útil determinada, sob condições específicas, e construída em função disso. Quando atinge o final do período útil para o qual foi concebida, terá que ser substituída ou, então, reparada e reforçada. A escolha dependerá de um estudo econômico comparativo entre o custo das reparações e reforços e o custo estimado para a demolição e construção de uma nova estrutura. A comunidade técnica nacional e internacional tem dedicado sua atenção, nos últimos anos, ao estudo da corrosão das armaduras, buscando estabelecer recomendações adequadas para a especificação e projeto de obras novas, assim como para a execução de reparos e reforços de um grande número de obras com problemas patológicos. Decorrentes deste tipo de deterioração o fenômeno da corrosão das armaduras em concreto passou a ser, nos últimos 20 anos, o problema econômico de maior importância na área da construção civil da maioria dos países desenvolvidos, sendo observado que estruturas com 5 a 10 anos de idade apresentavam sérios problemas de corrosão, quando foram projetadas para a vida útil de 50 a 100 anos. A investigação deste fenômeno de deterioração se iniciou pela observação e estudo dos concretos submetidos à ação da água do mar. Os primeiros estudos registrados datam de 1841, nas obras portuárias de Argel BICZÓK (1972). Uma estrutura durável é aquela que, submetida às condições estabelecidas em projeto, resistirá, sem deterioração que comprometa seu desempenho de forma notável, por um período pré-determinado. A qualidade na construção é uma constante preocupação nos dias atuais, principalmente pelo fator econômico envolvido. Um projeto desenvolvido com qualidade deverá resultar em:

17 Capítulo1 - Introdução Página 16 de 94 - Uma obra com reduzidos custos de manutenção; - Mínima interferência dos serviços de reparação nas atividades físicas desenvolvidas na edificação (o usuário é quem terá que suportar o ônus); - Reconhecimento (prestígio nacional e internacional) dos construtores. Conclui-se que a qualidade e os seus benefícios estão relacionados ao perfeito planejamento da obra, durante as fases de projeto e execução, incluído nestes o controle da qualidade dos materiais. As estruturas de concreto não devem ser consideradas obras perenes, e por este motivo devem ser objeto de inspeções periódicas, para que as anomalias que possam apresentar sejam diagnosticadas e corrigidas a tempo, mediante um tratamento adequado. Isso é especialmente importante em construções marítimas e em todas as obras nas quais o meio possa atuar desfavoravelmente, provocando a corrosão do concreto ou de suas armaduras. Muitas obras deixadas por civilizações antigas ainda hoje são objeto de nossa admiração, não só pela beleza e grandiosidade, mas também pela durabilidade. Templos, pirâmides, aquedutos, galerias, muralhas e outros monumentos atravessaram muitos séculos e algumas, até milênios, resistindo ao tempo e as intempéries. As estruturas atuais são muito mais exigentes em cuidados que as de tempos atrás. Antigamente as seções eram superdimensionadas e suportavam durante anos as mais variadas agressões sem colocar em risco a integridade. Isso nos leva a conclusão que, frente aos mesmos agentes agressivos, as estruturas modernas exigem mais cuidados no projeto, nos materiais que as compõe, mais rigor na execução, mais proteção para que sejam evitados gastos excessivos com manutenção e recuperação.

18 Capítulo1 - Introdução Página 17 de OBJETIVOS O objetivo principal dessa pesquisa é coletar dados sobre a distância da estrutura de concreto em relação à água do mar, e quanto esta influencia a intensidade de ataque por íons cloretos, na cidade do Rio Grande, RS. Para tal são pesquisadas estruturas existentes com mais de quinze anos de uso e com diferentes distâncias da água do mar. Dois objetivos secundários dessa pesquisa são estudar a influência da posição geográfica de superfícies verticais das referidas estruturas e da altura do concreto em relação a água na agressividade do ambiente marinho. 1.3 CONTEÚDO A presente pesquisa está organizada em 5 capítulos, sendo que no 2º capítulo é realizada uma revisão bibliográfica, enquanto nos 3 últimos descreve-se a pesquisa experimental propriamente dita, sendo também apresentadas as conclusões e considerações finais. No capítulo 2 são descritos, sumariamente, os mecanismos e fatores de deterioração e envelhecimento do concreto. Neste capítulo é apresentado um histórico sobre durabilidade do concreto em ambiente marítimo e são descritas as ações dos principais agentes de ataque de forma isolada. No capítulo 3 são apresentadas as obras pesquisadas e os métodos utilizados na pesquisa. Foram examinadas 2 estruturas reais com idades superiores a 15 anos. No capítulo 4 é realizada a análise e discussão dos resultados obtidos. Também são comparados esses resultados com pesquisas anteriores.

19 Capítulo1 - Introdução Página 18 de 94 pesquisa. No capítulo 5 são apresentadas as conclusões e considerações finais da

20 2. EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A AMBIENTES MARINHOS A grande parte dos estudos sobre a deterioração de estruturas de concreto armado localizadas em ambiente marinho se concentra em zonas submersas ou de flutuação de maré. Para estruturas localizadas em zonas próximas e afastadas da costa existem poucos estudos. É de fundamental importância conhecer o comportamento da agressividade marinha sobre as estruturas localizadas neste meio, para novos projetos e intervenções em estruturas existentes. A mecânica do processo agressivo, na zona de atmosfera marinha, tem origem na formação e no transporte do aerosol marinho, tendo o vento papel fundamental no seu deslocamento. Os cloretos são parte integrante deste aerosol e são transportados pelo movimento das massas de ar e se depositam na superfície do concreto. Através de

21 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 20 de 94 mecanismos que envolvem convecção e difusão estes sais são transportados para o interior do concreto. 2.1 A AÇÃO AGRESSIVA DOS AMBIENTES MARINHOS Segundo PRUDÊNCIO (1978), a ação agressiva dos sais presentes em solução na água do mar sobre as estruturas de concreto é influenciada por uma série de fatores que reduzem ou aumentam a capacidade de resistência do concreto à deterioração. Os principais fatores que influenciam a deterioração de estruturas de concreto em ambientes marinhos são: Molhagem e secagem alternadas; Falta de estanqueidade do concreto; Corrosão das armaduras; Névoa salina; Zonas de respingos; Temperatura; Umidade do ar; Movimentos da maré Molhagem e secagem alternadas O transporte dos sais por umidade através do concreto constitui-se na principal causa das suas alterações, em ambientes marinhos.

22 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 21 de 94 A penetração de materiais em solução, pode afetar, desfavoravelmente a durabilidade do concreto, ao causar a lixiviação do Ca(OH) 2, ou contribuir para que ocorra um ataque por cloretos ou sulfatos. No caso de concreto armado, a entrada de umidade e ar poderá provocar a corrosão da armadura, com o decorrente aumento da seção do aço, seguida de fissuração e desagregação do concreto (NEVILLE, 1997). O concreto é um material estruturado por partículas sólidas granulares, com intervalos que formam um sistema de poros e que se transformam num meio dinâmico para a canalização das soluções salinas da água do mar para zonas acima da região de oscilação da maré (PRUDÊNCIO, 1978). O fenômeno de molhagem e secagem alternadas provoca o deslocamento dos sais pela rede de poros em função de variáveis físico-químicas dependentes da velocidade de ventos, temperatura da água e grau de umidade do ar (PRUDÊNCIO, 1978). As eflorescências salinas nas superfícies do concreto que se localizam na extremidade dos capilares abertos, provocam cristalização devido ao deslocamento através da umidade e o conseqüente transporte dos sais solúveis para o exterior. Devemos, também, destacar a possibilidade de formação de criptoeflorescências. Nestes casos, os sais dissolvidos se deslocam para a superfície do concreto de acordo com o mesmo mecanismo das eflorescências, porém, não afloram na superfície, cristalizando abaixo da epiderme do concreto, dando origem a uma zona de forte alteração, rica em cristais de sulfoaluminato de cálcio hidratado, conhecida com etringita ou sal de Candlot. Com o tempo a crosta formada perde seu suporte e desprende-se em fragmentos. As criptoeflorescências caracterizam um processo de corrosão de mais graves conseqüências, por não ser possível observar-se por simples inspeção dos sintomas de

23 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 22 de 94 corrosão, necessitando, para serem localizadas zonas atacadas, o uso de percussão na superfície do concreto, conhecida como batida de choco (PRUDÊNCIO, 1978) Estanqueidade do Concreto As estruturas de concreto com baixa estanqueidade estão mais sujeitas ao desenvolvimento de um processo de desagregação do concreto e corrosão das armaduras. A estanqueidade depende basicamente da porosidade, higroscopicidade e permeabilidade. A porosidade no concreto pode ser definida como absoluta quando representa o somatório de todos os vazios do concreto e a porosidade relativa somente os vazios com intercomunicação e acessíveis às superfícies da estrutura. O fenômeno da higroscopicidade não deve ser confundido com a permeabilidade. O fenômeno da absorção capilar se desenvolve por sucção capilar independente da pressão exterior, necessita apenas de contato com o foco de umidade exterior. Já a permeabilidade atua sob pressão e sua ação deteriorante é agravada quando a percolação é exercida nos dois sentidos, como ocorre nas zonas de oscilação de marés. A água absorvida por higroscopicidade permanece nos poros capilares, podendo evaporar através de suas extremidades externas. Segundo HELENE (1986), a absorção de água do concreto é um dos fatores mais difíceis de serem controlados. Em princípio, quanto menor for o diâmetro dos capilares, maior as pressões capilares e consequentemente, maior e mais rápida a absorção de água. Levando-se em conta que o diâmetro dos capilares do concreto são variáveis no tempo, pois dependem do grau de hidratação do cimento, dos componentes químicos do

24 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 23 de 94 cimento, da variação da relação água/cimento, fica difícil a aplicação direta das fórmulas abaixo (HELENE, 1993): 2V h = (2.1) R Onde: h= altura ou penetração da água no capilar V= tensão superficial da água, em kgf/m ( ~ 75 x 10-4 ) R= raio do capilar, em m Outra alternativa é considerar o concreto em conjunto, como se a absorção capilar fosse equivalente a um fluxo de eletricidade ou calor. Praticamente esses princípios só se confirmam em parte, pois mais importante que os diâmetros dos capilares é a sua intercomunicabilidade, fator não considerado nos modelos apresentados. De maneira geral, concretos de reduzida relação água/cimento tem capilares de menor diâmetro e ao mesmo tempo esses capilares são muito menos intercomunicáveis. Daí resulta que concretos com capilares de menor diâmetro absorvem menor quantidade de água e, contrariamente ao esperado, também apresentam a menor profundidade de penetração dessa água. Além da absorção capilar a fissuração do concreto representa um importante fator relacionado à estanqueidade do concreto. O surgimento de fissuras nas estruturas de concreto armado é inerente aos materiais que as compõem. Os aços utilizados nas estruturas de concreto armado são de elevada resistência. Isso implica em deformações à flexão e à tração importantes no concreto, superando na maioria das vezes, a deformação específica máxima a tração do concreto.

25 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 24 de 94 Ultrapassando-se essa capacidade de absorção de deformações o concreto fissura (HELENE, 1993). As fissuras de origem térmica provêm do calor de hidratação gerado durante a reação química para hidratar o cimento, reação exotérmica, sendo liberado calor para o meio (PRUDÊNCIO, 1978). De modo geral o aquecimento inicial provoca dilatação e o resfriamento redução de volume. A situação mais crítica ocorre nas idades iniciais, durante o processo de cura e podem ser acentuadas conforme aumenta a temperatura do meio ambiente. Com relação às fissuras devidas a atuação de cargas, convém projetar uma estrutura de modo que a máxima deformação das armaduras a tração não sobrepasse a correspondente deformação máxima de ruptura a tração do concreto, isso implica um grande desperdício da capacidade resistente das armaduras e por conseqüência um aumento dos custos da estrutura. Na grande maioria dos casos a fissuração só é evitada em obras de concreto protendido, pela introdução de uma compressão externa ao concreto, e em obras especiais de contenção de líquidos agressivos Corrosão das Armaduras Basicamente são dois processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita. Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, com formação de uma película de óxido. Esse tipo de corrosão é extremamente lento à temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das superfícies metálicas, salvo se existirem gases extremamente agressivos na atmosfera (WEXLER & WOLYNEC 1976, apud HELENE 1986). No caso das armaduras entende-se como corrosão o ataque, de natureza eletroquímica, que se dá em ambiente aquoso. A corrosão pode ser acelerada por agentes

26 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 25 de 94 agressivos, absorvidos pelo concreto, ou nele incorporados, involuntariamente, durante a dosagem e amassamento. Entre eles os íons sulfetos, íons cloretos, o dióxido de carbono, os nitritos, o gás sulfídrico, etc. Os agentes agressivos não permitem a formação ou destroem a película já existente de passivação do aço, acelerando a corrosão, pela redução do ph. É necessário que haja oxigênio para permitir o processo de corrosão (PRUDÊNCIO, 1978). Sumariamente, pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação eletroquímica. A natureza alcalina da fase aquosa dos poros do concreto propicia a formação e manutenção de uma película de óxidos passivantes. Entretanto, sob certas circunstâncias, pode haver dissolução da película de passivação, podendo-se instalar um processo de corrosão ativa. A possível despassivação das armaduras ocorre pela diminuição da reserva alcalina do concreto, mediante ingresso de CO 2 do ar carbonatado e conseqüente queda do ph ou; pelo ingresso de íons Cl -, com quebra da película e formação de micro pilhas de corrosão localizada. Os íons Cl - são os íons mais comuns que atacam a película passivante (ANDRADE, 1997). No meio aquoso, o mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido (U.R. > 60%). Esta corrosão conduz a formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão avermelhados, pulverolentos e porosos, denominados ferrugem, e só ocorrem em condições com presença de eletrólito, diferença de potencial, oxigênio e agentes agressivos (RUSH, 1975, apud HELENE, 1986). Existe sempre água presente no concreto e, quase sempre em quantidades suficientes para atuar como eletrólito, principalmente nas regiões da obra expostas às intempéries.

27 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 26 de 94 Também alguns produtos de hidratação do cimento como, hidróxido de cálcio (Ca(OH) 2 ), que é solúvel em água, também formam nos poros e capilares uma solução saturada que constitui um bom eletrólito (PRUDÊNCIO, 1978). Qualquer diferença de potencial que se produza entre dois pontos da barra, por diferença de umidade, aeração, concentração salina, tensão no concreto e no aço, é capaz de desencadear pilhas ou cadeias de pilhas conectadas em série. Na maioria das vezes, formamse micropilhas que podem até mesmo alternar de posição os pólos, ocasionando a corrosão generalizada (VERBECK 1975, apud HELENE 1986). Oxidação é o processo em que ocorre o aumento do número de cargas positivas de um íon, ou processo de combinação de uma substância com o oxigênio, ou seja, uma perda de elétrons. Os agentes agressivos funcionam como catalisadores, acelerando a corrosão, pois não são parte do produto final da corrosão. A formação de uma célula de corrosão ou pilha pode ocorrer como indica a figura 2.1. Como qualquer pilha existe um ânodo, um cátodo, um condutor metálico e um eletrólito. A diferença de potencial entre zonas anódicas e catódicas acarreta o aparecimento de corrente elétrica.

28 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 27 de 94 SUPERFÍCIE DO CONCRETO O2 - - SO4 Cl - Fe + + ELETRÓLITO (difusão) OH - Cl - SO ZONA ANÓDICA (corroída) CONDUTOR (Barra de aço) ZONA CATÓDICA (não corroída) Fe + + ELETRÓLITO (difusão) 4 SO Cl OH - SUPERFÍCIE DO CONCRETO O 2 SO Cl SO4 e Cl - : elementos agressivos eventuais. Exemplo válido somente para a armadura despassivada. Figura 2.1 Célula de corrosão em concreto armado (PORRERO 1975, apud HELENE 1986) Névoas salinas As obras de concreto litorâneas, consideradas como abrangendo distâncias de até 5 km da praia, podem estar sujeitas à névoa salina, que se forma pelo impacto das ondas entre si ou contra a costa. A névoa é constituída por reduzidas gotas, que são arrastadas pelos ventos e lançadas sobre as superfícies de concreto, onde ficam adsorvidas e passam da fase globular para a de película. Os sais dissolvidos na água podem então penetrar por capilaridade no concreto seco, ou por endodifusão nas superfícies úmidas (PRUDÊNCIO, 1978).

29 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 28 de 94 Segundo MEIRA (2004) a formação do aerosol marinho e o seu transporte na direção do continente representam o início de todo o processo agressivo frente às estruturas de concreto armado no que se refere à ação dos cloretos na região da costa. Segundo WARNECK (1988), o ar e as partículas transportadas pelo mesmo, sobre forma coloidal, podem, em seu conjunto, ser denominados com a terminologia aerossol. Assim sendo, dependendo das características e dos locais de exposição e das partículas em suspensão, pode-se ter quatro tipos diferentes de aerossol: rurais, urbanos, marinhos e ártico. O aerossol marinho é o que contém grandes quantidades de íons cloretos e sulfatos, sendo assim muito agressivo as estruturas de concreto e aos revestimentos de argamassa. A geração do aerosol marinho tem origem na agitação da superfície do mar pelo vento. O efeito gera bolhas de ar que, em seguida, explodem produzindo gotículas em forma de spray ou espuma. Estas bolhas são mais numerosas na zona de rebentação das ondas, onde as bolhas são formadas pelo aprisionamento do ar na superfície da água com o movimento de rebentação das ondas (FITZGERALD 1991, O DOWD ET AL 1997) Zonas de respingos Nesta zona o concreto está localizado um pouco acima do nível máximo da zona de flutuação de maré, fazendo com que os respingos da água do mar atinjam a superfície do concreto. Estes respingos contêm cloretos que são depositados na superfície do concreto. Normalmente são acumulados por secagem e molhagem, consistindo em uma zona de ataque intenso Temperatura

30 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 29 de 94 A temperatura tropical do Brasil acelera os processos de cristalização dos sais, que por sua vez originam ações expansivas devido à pressão de formação e crescimento, bem como de hidratação e dilatação térmica, responsáveis pela introdução de tensões no interior do concreto. A temperatura também aumenta a penetração de íons tanto por secagem e molhagem como por aumento da difusão Umidade do ar A região onde foi feita a presente pesquisa apresenta umidade relativa do ar com um comportamento pouco variável, com a maioria das suas medidas entre 60 e 80%. Por outro lado, seu comportamento acompanha o período de incidência de chuvas (inverno), quando a umidade relativa assume valores de maior magnitude, inclusive acima dos 90%. Mas, um aspecto importante que deve ser ressaltado é que há uma suave tendência de redução da umidade relativa com o distanciamento do mar. Essa tendência se justifica pelo afastamento da fonte de umidade, que é o mar Movimentos de Maré Segundo BRETANHA (2004), devido à variação de ventos, de altura das ondas e de altura da maré os limites entre as zonas de névoa, de respingo, de maré e submersa têm grande variação. A onda atinge vários níveis, sendo o ponto mais alto a crista, e o mais baixo a cava. O marégrafo mede o valor médio da onda (figura 2.2). Nesse caso, o oxigênio pode atingir níveis inferiores ao da maré medida, atingindo a cava da onda. Esse oxigênio e o contido na água do mar podem encontrar dificuldades para penetrar no concreto devido ao alto grau de saturação deste.

31 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 30 de 94 CRISTA DA ONDA ONDA MÉDIA CAVA DA ONDA Figura 2.2 Níveis de onda (BRETANHA 2004). Por outro lado, no Rio Grande do Sul, há uma variação sazonal da maré, como por exemplo: a maré mais baixa obtida no ano de 1992, foi de 0,20 m, a mais alta foi de 1,99 m e a média foi de 1,34 m. Nota-se uma grande variação sazonal da maré, portanto dos limites entre as zonas submersas e de maré. Portanto o oxigênio pode atingir, em determinadas épocas do ano até a altura de maré mais baixa, que devido à secagem parcial do concreto pode penetrar neste, permitindo a corrosão do aço. Portanto, neste caso, pode-se observar a corrosão de aço até uma cota de aproximadamente 1,15 metros inferior à cota da maré média anual. 2.2 FATORES QUE REDUZEM A DETERIORAÇÃO são: Os principais fatores que reduzem a deterioração em estruturas de concreto > Baixa relação a/c; > Escolha adequada do tipo de cimento; > Dosagem adequada; > Execução e cura cuidadosas; > Adoção de um recobrimento considerável das armaduras;

32 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 31 de 94 > Redução da porosidade do concreto; > Adoção de um plano de manutenção para a estrutura Baixa relação a/c A relação água/cimento é de fundamental importância para o concreto, e, está diretamente relacionada com a sua resistência e durabilidade e influi ainda, na retração e fluência. Conforme o pesquisador americano ABRAMS (1919), apud PRUDÊNCIO (1978), os estudos realizados com um grande número de concretos, com dosagens variadas, conduziu-o a estabelecer uma curva padrão de onde é possível obter a resistência do concreto, em função do coeficiente da relação água/cimento. Segundo NEVILLE (1997) na prática da engenharia, a resistência de um concreto em determinada idade, quando curado em água a uma temperatura estabelecida, depende de apenas dois fatores: da relação água/cimento e do grau de adensamento. Com o concreto devidamente adensado, considera-se a sua resistência como inversamente proporcional à relação água/cimento, como se observa na figura 2.3.

33 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 32 de 94 Vibração Adensamento manual Resistência à Compressão Concreto insuficientemente adensado Concreto plenamente adensado Relação água/cimento Figura 2.3 A dependência entre a resistência e a relação água/cimento (NEVILLE 1997) Escolha adequada do tipo de cimento Cimentos com composição e características diferentes podem apresentar propriedades diferentes depois de hidratados. Comercialmente, temos disponíveis vários tipos de cimento portland, e podem ainda ser produzidos cimentos especiais para fins específicos. Vários cimentos foram desenvolvidos para proporcionar boa durabilidade ao concreto sob diversas condições. Todavia, não foi possível, através de mudanças na composição do cimento, encontrar uma resposta completa ao problema da durabilidade do concreto: as principais propriedades do concreto endurecido, resistência, retração, permeabilidade, resistência às intempéries e fluência, são influenciadas por outros fatores além da composição do cimento,

34 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 33 de 94 embora esta determine, na maior parte, a velocidade de aumento de resistência como explica (NEVILLE 1997). Na deterioração química do concreto e na corrosão da armadura, é significativa a importância do tipo de cimento. O cimento de escória de alto forno apresenta grande resistência ao ataque de sulfatos, grande estabilidade frente à reação álcali/agregado, taxas muito baixas de difusão de cloretos e baixo calor de hidratação (BAUER ET AL., apud RICHARDSON et al. 1989). A adição de escória parece ser benéfica, influenciando muito significativamente o desempenho quanto à corrosão por cloretos, segundo AL-AMOUDI et al. (1992), apud BAUER et al. (1994), estudando o efeito dos íons Cl - e SO - 4 na corrosão das armaduras constataram, em ensaios de corrosão com duração de 450 dias, uma taxa de corrosão 10,5 vezes inferior para cimento adicionado com escória, em relação ao cimento comum, segundo MASHLEHUDDIN et al. (1990), apud BAUER et al. (1994) comparando diversas combinações cimento/adição constataram o melhor desempenho do cimento de altoforno quanto à corrosão por cloretos. Conclui-se então que cimentos adicionados com escória e cinza volante são capazes de diminuir o teor de cloretos livres em proporções 100% superiores ao cimento sem adição. Sob o mesmo enfoque (PAGE et al. 1981) citam uma diminuição de 11 vezes na difusão de cloretos quando do emprego da adição de escória (70% de adição), em relação ao cimento comum (BAUER et al. 1994) Dosagem adequada A dosagem das misturas de concreto é o processo que determina a mais prática e econômica combinação dos materiais, com uma dosagem adequada obtém-se um concreto que, no seu estado plástico, pode ser facilmente manuseado, lançado, adensado e endurecido,

35 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 34 de 94 o mesmo fornece adequada resistência, durabilidade, estabilidade volumétrica e estanqueidade para o fim que se destina (PRUDÊNCIO 1978) Execução e cura cuidadosa Uma das características do concreto atacado pela água do mar é a desagregação, mediante a qual o concreto perde seu aglomerante e, portanto, os agregados ficam livres da união que lhes proporciona a pasta. Nas estruturas próximas ao mar devem ser empregados concretos mais compactos, com baixa relação água/cimento, fabricados com cimento de baixo conteúdo de aluminato tricálcico ou alto-forno ou ainda os pozolânicos e com espessura de cobrimento mínimo das armaduras definidas em projeto (PRUDÊNCIO 1978). A durabilidade de um concreto é maior quando toma contato com o meio agressivo numa idade em que já atingiu, pelo menos, 70% da resistência característica. Essa recomendação permite reduzir o consumo de cimento, nas estruturas pré-fabricadas nas quais a cura é realizada de forma cuidadosa e o concreto tem, portanto, defesas contra os agentes agressivos. É o caso específico de estacas pré-moldadas de concreto armado ou protendido, sendo as últimas largamente utilizadas em obras portuárias (PRUDÊNCIO 1978) Adoção de um recobrimento considerável das armaduras Uma das grandes vantagens do concreto armado é que ele pode, por natureza e desde que bem executado, proteger a armadura da corrosão. Essa proteção baseia-se no impedimento da formação de células eletroquímicas, através da proteção física e proteção química. A proteção física consiste no bom cobrimento das armaduras o qual garantirá, por permeabilidade mínima, proteger o aço do ataque dos agentes agressivos externos.

36 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 35 de 94 A proteção química é formada por um ambiente altamente alcalino, que favorece a formação de uma espécie de capa ou película protetora de caráter passivo na superfície do aço Redução da porosidade do concreto Durante os estágios da hidratação, os poros capilares representam à parte do volume total não preenchida pelos produtos da hidratação. Como estes produtos ocupam mais que o dobro do volume da fase sólida inicial (o cimento), o volume do sistema capilar é reduzido com a evolução da hidratação (Figura 2.4). Desta forma, a porosidade capilar da pasta depende tanto da relação água/cimento da mistura como do grau de hidratação (Tabela 2.1). A velocidade da hidratação do cimento não é importante em si mesma, mas o tipo de cimento tem influência no grau de hidratação atingido a uma determinada idade. Quando se ultrapassar relações água/cimento maiores do que 0,38, o volume do gel não é suficiente para preencher completamente o espaço disponível de modo que haverá um certo volume de poros capilares mesmo depois que o processo de hidratação se complete (NEVILLE 1997).

37 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 36 de 94 1,0 Fração de cimento hidratado 0,8 0,6 0,4 0,2 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Relação água/cimento da pasta fresca Figura Correspondência entre a relação água/cimento e o grau de hidratação ao qual os capilares deixam de ser contínuos (NEVILLE 1997). Relação água/cimento em massa Tempo necessário 0,40 03 dias 0,50 07 dias 0,60 14 dias 0,70 01 ano > 0,70 Impossível Tabela 2.1 Idade aproximada necessária para produzir uma maturidade à qual os capilares passam a ser segmentados (NEVILLE 1997) Adoção de um plano de manutenção para a estrutura

38 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 37 de 94 O concreto armado que forma a estrutura deve reunir não apenas condições de resistência do ponto de vista mecânico que lhe permita suportar os esforços aos quais vai estar submetido, mas também condições de constituição que o leve a suportar as ações externas de caráter físico e químico, diante das quais seu bom comportamento adquire uma importância vital. Problemas devidos à execução Os problemas devidos à execução de estruturas de concreto armado são muitos e muito sérios. A abordagem minuciosa dos possíveis problemas decorrentes de uma execução inadequada é muito extensa. Os erros na execução do concreto nunca se anulam ou se compensam, ao contrário, se somam. Uma má execução de uma estrutura em ambiente marinho, resultará em um concreto permeável, sujeito a desagregação. Principais erros de execução (CÁNOVAS 1988): a) Armação: defeitos na interpretação de plantas, muitas das quais confusas com informações deficientes para quem executa, falta de informações sobre emendas, comprimentos de ancoragem, etc; b) Concretagem: ausência de controle na qualidade de execução do concreto seja feito na obra ou pré-misturado em centrais; c) Lançamento: adição de água em concreto pré-misturado por ocasião do bombeamento, segregação devido o lançamento em altura superior a 2 metros;

39 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 38 de 94 d) Adensamento: vibração insuficiente ocasionando ninhos de pedras e bolhas ou vibração exagerada com excesso de argamassa na superfície e camadas inferiores de muito má qualidade; e) Cura: uma cura deficiente para um concreto exposto a temperaturas elevadas, baixa umidade do ar e exposta ao vento, resultará na formação acentuada de fissuras devido à retração; f) Juntas de concretagem: má localização das zonas onde vai ser feita a junta e a descontinuidade estrutural, por falha nos procedimentos para manter a união dos concretos; com baixa resistência. g) Desforma: retirada precoce das formas e choques na estrutura ainda Manutenção Todo o material em contato com o meio sofre transformações. Sempre que estas transformações ocasionarem uma perda progressiva na capacidade de atendimento das necessidades dos usuários (desempenho), estamos diante de um progresso de degradação, que vai limitar a durabilidade (vida útil) do material (CÁNOVAS 1988). As atividades de manutenção devem iniciar no instante em que o construtor entrega a obra, embora o processo tenha origem no projeto, o qual deve buscar estabelecer o custo potencial de manutenção antes mesmo da construção. Entre prevenir e reparar, a primeira tem importância maior.

40 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 39 de 94 A inspeção visual cuidadosa é melhor caminho para se identificar os sinais aparentes de necessidade de manutenção de uma estrutura. Por exemplo, os indícios da presença de corrosão nas armaduras são resultantes da presença de manchas vermelhas escuras, ou então aparece antes a fissuração na superfície do concreto. Após a inspeção visual, caso a resistência da estrutura não esteja comprometida, deve-se buscar estabelecer uma relação entre a necessidade de reparação, seus benefícios e seu custo, considerando os possíveis critérios de intervenção: > deixar que a deterioração avance; > conservar a estrutura; ou > reparar a estrutura. Até recentemente os trabalhos de manutenção foram negligenciados e considerados, por muitos como uma atividade de segunda categoria, sem prestígio algum, possuindo poucos atrativos e, freqüentemente, considerados improdutivos. 2.3 CARBONATAÇÃO Denomina-se carbonatação ao processo em que o dióxido de carbono da atmosfera reage com os componentes alcalinos do concreto e provoca sua neutralização reduzindo o ph do material. O ph de precipitação do CaCO 3, é de cerca de 9,4, o que altera substancialmente as condições de estabilidade química da capa ou película passivadora do aço.

41 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 40 de 94 A figura 2.5 mostra a troca abrupta do ph que ocorre no interior do concreto, e a formação de uma frente de carbonatação que se revela muito bem com o indicador fenolftaleína (DURAR 1998). ph 13 CO 2 7 Figura 2.5 Variação de ph no concreto devido a carbonatação (DURAR 1998). X Quando esta frente chega até as armaduras, estas se despassivam de forma generalizada, em conseqüência da diminuição do ph. A velocidade de avanço desta frente de carbonatação é de vital importância para calcular o tempo que levará para chegar até as armaduras. A velocidade de avanço é função dos seguintes fatores: > Quantidade de umidade do concreto; > Porosidade (relação a/c); > quantidade de material alcalino sujeito a carbonatação.

42 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 41 de 94 A quantidade de umidade é fundamental, pois se os poros estão completamente secos, o CO 2 não poderá reagir, já se os poros estão completamente saturados, a penetração do CO 2 é lenta, devido à baixa difusibilidade do mesmo na água. Quando os poros estão parcialmente cheios de água (entre 50 e 80%) temos condições ótimas para a carbonatação (DURAR(1998). A velocidade de carbonatação pode ser modelada mediante a lei da raiz quadrada do tempo, conforme expressão matemática abaixo. Analogamente, as constantes de carbonatação (KCO 2 ), entre 3 a 4 mm/ano, são os limites para produzir concretos cujas armaduras, situadas entre 30 a 40 mm de profundidade, não serão alcançadas pela carbonatação antes de 50 a 70 anos. X 2 = t CO K (2.3) 2 CO X CO2 - profundidade alcançada por uma proporção de CO 2. K CO2 - constante dependente do concreto e do meio. t - tempo.

43 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 42 de 94 CAPA CARBONATADA, cm fck 28 = 25 MPa 30 MPa 38 MPa 41 MPa TEMPO (Semanas) CAPA CARBONATADA, cm kg/m t 3 meses 1 ano 5 anos 3 GRAU DE CARBONATAÇÃO 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 CAPA CARBONATADA, cm relação a/c % UMIDADE RELATIVA DO AR 0,5 0,6 0,7 0,8 Figura 2.6 Efeitos sobre a espessura carbonatada da resistência do concreto, conteúdo de cimento, relação a/c e umidade do ambiente (DURAR 1998). A porosidade do concreto é também um parâmetro muito importante, já que os poros capilares de menor tamanho estão geralmente saturados de umidade e, portanto, são inacessíveis à carbonatação. Os concretos porosos se carbonatam com grande velocidade. A quantidade de solução alcalina (cálcio, sódio e potássio) são os materiais suscetíveis a carbonatação. Quanto maior for a quantidade, menor será a velocidade de carbonatação, por isso que os cimentos sem aditivos são, em geral, mais resistentes a carbonatação (Figura 2.6). Uma vez carbonatado o concreto até as armaduras, se a umidade do ambiente é inferior a 80%, a despassivação não ocorrerá com velocidades de corrosão apreciáveis. Somente se a umidade é superior a 80% (ambientes com temperaturas variáveis entre o dia e a noite ao longo do ano) pode-se alcançar teores de umidade que dão lugar a corrosões apreciáveis (DURAR 1998). Em geral as velocidades do processo de corrosão induzido por carbonatação serão muito menores que no caso do processo induzido por cloretos. Dependendo da agressividade do ambiente, pode ocorrer que a carbonatação seja um fenômeno muito menos

44 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 43 de 94 perigoso que a corrosão por cloretos. Já não é o que ocorre em atmosferas poluídas de grandes cidades (DURAR 1998). 2.4 SULFATOS O íon sulfato (SO -2 4 ) pode estar presente em águas e na forma de solução diluída de ácido sulfúrico. Em águas do subsolo, poucas vezes aparece o sulfato em forma iônica, sendo muito mais freqüente seus sais. O íon sulfato forma sais. Os sulfatos prejudiciais para o concreto se encontram preferencialmente nos terrenos argilosos ou em suas capas freáticas. A presença de sulfatos na água que está em contato com a pasta endurecida de cimento, pode incrementar consideravelmente a solubilidade da dita pasta e causar, por outro lado o desenvolvimento da degradação do concreto por lixiviação (DURAR 1998). Em certas circunstâncias pode ocorrer que a presença de sulfatos de lugar a uma degradação por expansão devido a formação de outros componentes estáveis na massa endurecida do cimento. Uma das causas da nocividade dos sulfatos é o gesso que se forma através da reação do ânion sulfato da água e o Ca (OH) 2 liberado pelo cimento, o qual se deposita nos poros do concreto onde se cristaliza com a absorção das moléculas da água (DURAR 1998). Este processo de reação química e cristalização, que é acompanhado por um incremento de volume, exerce uma ação expansiva nos poros do concreto, principalmente nas capas superficiais vindo causar desprendimento. Tem se verificado que o aumento deste volume é de 17,7%, mas se existir mais íons Mg ++, a formação do hidróxido de magnésio produz um aumento de volume de 19,6%.

45 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 44 de 94 A degradação produzida por sulfatos ataca em sua maior parte o aluminato tricálcico contido no cimento, formando a etringita com grandes expansões (DURAR 1998). Os cristais (bacilos do cimento) formados com absorção da água de cristalização aumentam de volume, de tal forma que o concreto estufa (desprende-se) devido a forte expansão desenvolvida. A maior parte dos processos de destruição, causados pela formação de sais, são devidos a ação agressiva dos sulfatos. 2.5 LIXIVIAÇÃO A degradação do concreto não só pode ser causada por água que contenha substancias agressivas, como também por águas totalmente puras, livres de sais, por águas brandas que tenham poucas impurezas ou por águas de condensação industrial, águas de fusão glaciais, águas de neve, águas de chuva, águas pantanosas brandas e águas procedentes de grandes profundidades. O concreto é rapidamente atacado por águas brandas agressivas, as quais tendem a dissolver o cálcio da estrutura (DURAR 1998). A lixiviação do hidróxido de cálcio do concreto, significa a redução de seu conteúdo de CaO (óxido de cálcio) o que conduz, a destruição das componentes restantes do concreto, silicatos aluminatos e ferritos hidratados. Como conseqüência, o concreto perde sua resistência e se destrói. As combinações citadas anteriormente, só são estáveis quando a concentração de Ca(OH) 2 da água do cimento seja superior a um certo valor que recebe o nome de concentração limite. Os concretos de cimento Portland são atacados fortemente e destruídos quando a quantidade de CaO do cimento, determinado analiticamente, se reduz em mais de 20% como resultado da lixiviação. Este efeito permite que o aço seja corroido, e que acabe perdendo sua película passivadora e exponha-se diretamente ao ambiente pela destruição do concreto e a redução da sua alcalinidade. (DURAR 1998).

46 Capítulo 2 Ataque ao concreto Página 45 de OS CLORETOS E SEU PAPEL NA CORROSÃO À medida que a concentração de cloretos aproxima-se das armaduras, atingindo um nível crítico para despassivá-las, desencadeia-se o processo de corrosão. A concentração crítica, aceita pelo meio científico, é de 0,4% em relação à massa de cimento e corresponde ao teor de cloretos totais. O tempo necessário que este nível de concentração leva para atingir as armaduras equivale ao período de início da corrosão e, corresponde à vida útil da estrutura. Os cloretos atingem a superfície das estruturas em níveis variados de concentração, conforme varia a distância da água do mar. Assim, conforme a distância em relação ao mar, as estruturas sofrem distintos níveis de agressividade. O ingresso de cloretos vem a ser importante tanto na fase de iniciação como na fase de propagação. O ingresso de cloretos ocorre segundo quatro mecanismos básicos a saber: absorção capilar; difusão; permeabilidade e migração. O mecanismo mais freqüente, segundo HELENE (1993) vem a ser uma ação combinada da absorção e difusão. Do total de cloretos que ingressam pela estrutura interna do concreto, parte deles reage com os aluminatos, formando cloroaluminatos. Outra parte fica adsorvida junto à parede dos poros. Disso resulta que o teor de cloretos que ingressa não vem a ser o mesmo teor disponível para despassivar e corroer a armadura (ARYA et al. 1990). Entre os agentes mais agressivos da atmosfera marinha o mais intenso é o cloreto. Pequenos teores de cloretos podem ser responsáveis por grande intensidade de corrosão, pois eles não são incorporados aos produtos de corrosão, atuando na maioria dos casos como catalisadores das reações eletroquímicas. Os cloretos possuem pequeno raio atômico, podem deslocar-se em grande facilidade entre os poros de concreto e são bons condutores iônicos de corrente elétrica, dinamizando as células de corrosão eletroquímicas (DURAR 1998). Os mesmos causam a

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