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2 2 de 2 a 8 de maio de 2013 editorial O bate-boca em torno da PEC 33 É IMPRESSIONANTE como os setores do poder Judiciário e a mídia burguesa se unem para apostar na estratégia de quanto pior, melhor. A Ação Penal 470, acertadamente chamado de O mentirão, pela jornalista Hildegard Angel, foi, talvez, o ápice desse conluio. Já publicado o acórdão, esse julgamento está cada vez mais enredado nas suas contradições e lacunas. Na opinião pública, que não se enquadra na opinião publicada, cresce o sentimento de que esse julgamento, ao condenar 25 pessoas ao custo de que a verdade é uma quimera, serviu apenas para sinalizar quais são os partidos que podem ter caixa 2 e quais estão impedidos dessa prática. Só isso explica porque o Valerioduto dos tucanos, ou a lista de Furnas, até hoje não foram julgados. O mesmo vale para as denúncias da Privataria Tucana, fartamente documentada no livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Fracassado em seu objetivo de impor derrotas eleitorais ao governo e, especialmente, ao Partido dos A Emenda tem aspectos polêmicos que, certamente, sofrerão modificações. Modificações que necessariamente não serão progressistas Trabalhadores (PT), o caos continua sendo acalentado, por esses setores, como principal elemento para desalojar as forças políticas que compõem o atual governo federal. A isso se resume a atuação da oposição e das forças mais reacionárias da sociedade brasileira. O tomate, como o vilão da economia brasileira, teve fôlego suficiente apenas para adornar o pescoço da apresentadora de um dos programas matinais da TV Globo. Um papel ridículo e reincidente: a mesma apresentadora passou vexame quando usou o seu programa de televisão para conclamar, insistentemente, a população para comprar a máscara do ministro Joaquim Barbosa durante os dias de carnaval. Agora, bastou a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 33, para que os jornalões abrissem espaço para a voz cavernosa do ministro Gilmar Mendes denunciar que os parlamentares rasgaram a Constituição. Ora, Gilmar Mendes e os ministros que estão reagindo a uma tramitação normal de uma emenda constitucional no Congresso, e os parlamentares que entraram com um mandado de segurança para a Câmara interromper uma tramitação de matéria constitucional, estão fazendo estardalhaço político em conluio com a grande mídia, para tirar proveito do fato. A credibilidade desse ministro está associada às denúncias de ter seus telefones grampeados durante o governo Lula fato não comprovado até hoje e de que o expresidente Lula havia lhe sugerido ajuda na CPI do Cachoeira, em troca de apoio para adiar o julgamento da AP 470. Gilmar Mendes foi desmentido pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, presente na conversa. Em certa ocasião, o jornalista Juca Kfouri cunhou uma precisa frase: a revista Veja só tem um problema: ela mente. Vendo as declarações do ministro sobre a PEC 33, o também jornalista Luis Nassif foi preciso: Gilmar Mendes é um irresponsável. Talvez sejam essas características que explicam a siamesa amizade que une a revista do grupo Abril com o ministro e os atraiu ao convívio do grupo liderado por Carlinhos Cachoeira e do senador cassado Demóstenes Torres. A PEC 33, que terá um longo trajeto a ser percorrido até a ser aprovada no plenário da Câmara e no Senado, propõe que a emenda constitucional aprovada no Congresso e declarada inconstitucional pelo STF seja submetida à consulta popular. A Emenda tem aspectos polêmicos que, certamente, sofrerão modificações. Modificações que necessariamente não serão progressistas, uma vez que o perfil político da maioria dos congressistas se identifica com ideais conservadores e propósitos reacionários. No entanto, o que chama a atenção são as tentativas da mídia e de setores do poder Judiciário de bloquearem quaisquer iniciativas que sinalizam a democratização da política e abrem canais para participação ativa do povo na política, além dos momentos eleitorais. opinião Frei Betto Maioridade penal e Estado omisso O GOVERNADOR de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não consegue reduzir o índice de violência no estado. Prefere então, como a raposa na fábula de La Fontaine, dizer que as uvas estão verdes... Já que a polícia se mostra incompetente para diminuir a criminalidade, reduzamos a idade penal dos criminosos, propõe ele. O número de homicídios na cidade de São Paulo cresceu 34% em Por cada 100 mil habitantes, a taxa de assassinatos foi de 12,02. Em supostos confrontos com a Polícia Militar, foram mortas 547 pessoas. Os casos de estupro subiram 24%; roubo de veículos, 10%; e latrocínio, 8%. Assalto a banco teve queda de 12%. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública, divulgados a 25 de janeiro. O DataFolha fez pesquisa de opinião na capital paulista e constatou que 93% dos paulistanos querem a redução da maioridade penal, 6% são contra e 1% não soube opinar. Vale ressaltar que 42% afirmaram que para reduzir a criminalidade é preciso criar políticas públicas para jovens. O problema do menor é o maior, já advertia o filósofo Carlito Maia. Se jovens com menos de 18 anos roubam e matam é porque, como constatam as investigações policiais, são manipulados por adultos que conhecem bem a diferença entre prisão de quem tem mais de 18 e de quem tem menos. Pesquisa da Secretaria Nacional de Direitos Humanos verificou que, entre 53 países, 42 adotam a maioridade penal acima de 18 anos. Porém, suponhamos que seja aprovada a redução da maioridade penal para 16 anos. Os bandidos adultos passarão a induzir ao crime jovens de 15 e 14 anos. Aliás, em alguns estados dos EUA jovens de 12 anos respondem criminalmente perante a lei. Sou contra a redução da maioridade penal por entender que não irá resolver nem diminuir a escalada da violência. A responsabilidade é do poder público, que sempre investe nos efeitos e não nas causas. Deveria haver uma legislação capaz de punir o descaso das autoridades quando se trata de inclusão de crianças e jovens. Hoje, 19,2 milhões de brasileiros (10% de nossa população) não têm qualquer escolaridade ou frequentaram a escola menos de um ano. Não sabem ler nem escrever 12,9 milhões de brasileiros com mais de 7 anos de idade. E 20,4% da população acima de 15 anos são analfabetos funcionais assinam o nome, mas são incapazes de redigir uma carta ou interpretar um Deveria haver uma legislação capaz de punir o descaso das autoridades quando se trata de inclusão de crianças e jovens texto. Na população entre 15 e 64 anos, em cada 3 brasileiros, apenas 1 consegue interpretar um texto e fazer operações aritméticas elementares. Em 2011, 22,6% das crianças de 4 a 5 anos estavam fora da escola. E, abaixo dessas idades, 1,3 milhão não encontravam vagas em creches. Este o dado mais alarmante: há 27,3 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 25 anos de idade. Desse contingente, 5,3 se encontram fora da escola e sem trabalho. Mas não fora do desejo de consumo, como calçar tênis de grife, portar um celular iphone5, frequentar baladas, vestir-se segundo a moda etc. De que vivem esses 5,3 milhões de jovens do segmento do nem nem (nem escola, nem emprego)? Muitos, do crime. Crime maior, entretanto, é o Estado não assegurar a todos os brasileiros educação de qualidade, em tempo integral. Se aprovada a redução da maioridade penal, haverá que multiplicar os investimentos em construção e manutenção de cadeias. Hoje, o Brasil abriga a quarta maior população carcerária do mundo, 500 mil presos. Atrás dos EUA (2,2 milhões); China (1,6 milhão); e Rússia (740 mil). Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, o deficit é de 198 mil vagas, ou seja, muitos detentos não dispõem dos seis metros quadrados de espaço previstos por lei. Muitos contam com apenas 70 centímetros quadrados. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é preferível morrer do que ficar preso no Brasil. Isso significa que o nosso sistema carcerário é meramente punitivo, sem nenhuma metodologia corretiva que vise à reinserção social. A Lei nº , de 29 de junho de 2011, estabelece a remissão de um dia de pena a cada 12h de frequência escolar, e 3 dias de trabalho reduzem 1 dia no cumprimento da pena. Quais, entretanto, as cadeias com escolas de qualidade, profissionalizantes, capazes de resgatar um marginal à cidadania? Na verdade, como analisou Michel Foucault, nossas elites políticas pouco interesse têm em reeducar os presos. Preferem mantê-los como mortos-vivos e tratá-los como dejetos humanos. Mas o que esperar de um país onde um ex-governador do mais rico estado da Federação, Luiz Antonio Fleury Filho, justifica o massacre de 111 presos no Carandiru, em 1992, como uma ação legítima e necessária? Frei Betto é escritor, autor de Diário de Fernando nos cárceres da ditadura militar brasileira (Rocco), entre outros livros. crônica Elaine Tavares A colônia ainda vive, aqui e lá CHILE. ERA MADRUGADA e um pequeno grupo saía em direção a El Tatio, um dos pontos mais altos da região da quebrada de San Pedro de Atacama, no deserto chileno, onde ficam os famosos gêiseres. Havia chovido na noite anterior e as estradas estavam ruins. O guia que levava o grupo era um legítimo representante dos Likan Antay, o povo atacamenho, originário do lugar. Seu nome: Getúlio. Homem de poucas palavras, com aquele silêncio pesado que precede tempestades, típico das gentes do Atacama que veem a cada dia seus espaços sendo tomados por empresários europeus. Na Van seguia um animado grupo composto por brasileiros, chilenos e um espanhol. Colocávamos nossas vidas nas mãos daquele homem, pois o caminho era absolutamente invisível, tamanha a espessura da neblina. Nada se via e só o que se sabia era que num dos lados da estrada se abria um precipício. Getúlio seguia impávido, conhecedor que era das milenares veredas. Então, houve um estrondo e o carro caiu num buraco, pendendo para o penhasco. Pânico geral. Mas, todos saíram bem e Getúlio começou a tirar o carro da fenda. Foi aí que o espanhol surtou. Começou a gritar, xingando o índio de irresponsável, acusando-o de colocar sua vida em risco, e outras barbaridades impublicáveis. Getúlio ouvia com impassível paciência enquanto, sozinho, lutava para tirar o carro da vala. Dava para tocar o desprezo que o espanhol tinha pelo homem enlameado a sua frente. Os demais ouviam estupefatos. Quando o carro saiu do buraco, a histeria do europeu obrigou todo mundo a voltar para a vila. Ele fazia ameaças e impedia o carro de subir a montanha. Para ele, o acidente era culpa de uma natural burrice de Getúlio. A situação foi tão tensa que todos decidiram descer e se livrar do cara, prometendo voltar na madrugada seguinte, sem o espanhol. Procurando bem pode-se ver que a Espanha, por exemplo, ainda domina grande parte das terras de cá E assim, no outro dia partimos pela mesma estrada, com o mesmo motorista, vivendo a mesma aventura da neblina fechada. Lá em cima, a maravilha dos gêiseres pode ser vivida sem alardes. Na hora do almoço, comendo sanduíches preparados por Getúlio, pudemos conversar. Esse povo é assim, acha que ainda manda por aqui, disse ele. Pensam que somos sua colônia. Não somos mais!. Estava indignado, mas tranquilo. Nosso trabalho é esse. Temos de aturar muita coisa. Voltamos crentes que estávamos livres do espanhol. Não estávamos. Ele tinha dado parte de Getúlio, na chefatura dos carabinieri, acusando-o de quase matá-lo. Fomos todos dar declarações, afirmando que o espanhol era quem tinha colocado todos em risco com sua histeria. Getúlio cuidara de tudo e sabia andar por aquelas estradas de olhos fechados. Em San Pedro de Atacama é comum encontrar estrangeiros. Tudo parece ser deles. Na rua principal, os bares e restaurantes já não são mais dos locais, que sobrevivem na periferia da vila. No geral, como turistas, muitos desses tipos, tal qual o espanhol da excursão, fazem discursos sobre a América Latina, gostam de segurar indiozinhos no colo, visitas aos pobres, percorrer favelas. Mas, quando colocados em situações limite, o preconceito assoma. É que, de fato, a colônia ainda vive, tanto em alguns deles, como por aqui mesmo, nessas terras abyayálicas. Procurando bem podese ver que a Espanha, por exemplo, ainda domina grande parte das terras de cá. Hoje, de um jeito novo, via empresas transnacionais. Controla minas, telefonia, bancos, comunicação, serviços estratégicos, no mais das vezes. É um novo jeito de colonizar, de manter sob o cabresto as gentes da grande América. Governos latino-americanos há que ainda se submetem e baixam suas cabeças para esses interesses, espanhóis ou não. Mas, pessoas como Getúlio também há, que apesar do silêncio diante da agressão, sabem que essa terra tem dono. E que, um dia, por força da luta, tudo vai mudar. Elaine Tavares é jornalista. Editor-chefe: Nilton Viana Editores: Aldo Gama, Renato Godoy de Toledo Subeditor: Eduardo Sales de Lima Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte MG), Pedro Carrano (Curitiba PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília DF) Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), Claudia Jardim (Caracas Venezuela) Fotógrafos: Carlos Ruggi (Curitiba PR), Douglas Mansur (São Paulo SP), Flávio Cannalonga (in memoriam), João R. Ripper (Rio de Janeiro RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre RS), Maurício Scerni (Rio de Janeiro RJ) Ilustradores: Latuff, Márcio Baraldi, Maringoni Editora de Arte Pré-Impressão: Helena Sant Ana Revisão: Jade Percassi Jornalista responsável: Nilton Viana Mtb Administração: Valdinei Arthur Siqueira Programação: Equipe de sistemas Assinaturas: Francisco Szermeta Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 Campos Elíseos CEP Tel. (11) / Fax: (11) São Paulo/SP redacao@brasildefato.com.br Gráfica: S.A. O Estado de S. Paulo Conselho Editorial: Alipio Freire, Altamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser, José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, Marcelo Goulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Milton Pinheiro, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sergio Luiz Monteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti Assinaturas: (11) ou assinaturas@brasildefato.com.br Para anunciar: (11)

3 de 2 a 8 de maio de instantâneo Marcelo Barros A revalorização do trabalho ATÉ OS ANOS DE 1970 ou 1980, o 1º de maio era comemorado, no mundo todo, com passeatas e concentrações que reuniam, em cada cidade, milhares de trabalhadores. Hoje, quase não se veem mais essas manifestações e as poucas que ocorrem se reduzem a shows com artistas populares promovidos por sindicatos que fazem isso mais por tradição do que por espírito associativo. A maioria das pessoas percebe que tudo isso mudou e ninguém mais vê movimentos de trabalhadores. Antes, eles se reuniam para exigir melhores salários e condições de vida mais dignas. Hoje, diante da crise do desemprego estrutural, às vezes, são os próprios trabalhadores que propõem redução de trabalho para evitar demissões em massa. O desemprego é estrutural. As empresas são consideradas sadias e lucrativas quanto menos empregados contratarem Os 70 anos da CLT NESTE 1º DE MAIO a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada na Era Vargas, está completando 70 anos, sob permanente ataque do grande capital. Não basta a desoneração, a voracidade capitalista não tem limites. Querem destruir os direitos trabalhistas assegurados na CLT. Por isso, banqueiros e grandes capitalistas com aval da mídia odeiam tanto Getúlio Vargas. A direita já tentou de tudo para desfigurar, anular, flexibilizar a CLT. Primeiro, inventou-se que possuía inspiração fascista, da Carta Del Lavoro. Era apenas mais uma mentira do infinito mantra da direita contra todo e qualquer direito formal e prático dos trabalhadores. Vargas possuía uma comissão de assessores que trabalhava no segundo andar do Palácio do Catete. Umas poucas grandes cabeças com quem ele conversava constantemente, abertamente, de forma franca e sem solenidade. Entre eles Inácio Rangel, Rômulo de Almeida e o cearense José Ferreira, antigo advogado que, perseguido em seu estado por ser socialista, foi acolhido por Vargas nesta assessoria; segundo alguns, seu verdadeiro ministério. Dali saíram os grandes projetos de Vargas; a CLT, Beto Almeida a Petrobras, Volta Redonda, Eletrobrás, indústria naval etc. A CLT nada tem de inspiração fascista. Este rótulo, colado pela mídia golpista e udenista, mais tarde amplificado pela corrente neoliberal da advocacia a serviço do capital, colou, e até muitos sindicalistas chegaram a repeti-lo, mas nunca se deram ao trabalho de investigar a história. A proposta original da CLT foi feita por Ferreira, a pedido de Vargas, que mais tarde convocou uma comissão de juristas para dar a forma final. Mas, a proposta básica veio da larva de um militante socialista, o que pode ser conferido no excelente livro de José Augusto Ribeiro, A Era Vargas. A CLT resiste ao tempo. Na Europa, trabalhadores perdem direitos. OS EUA não têm nada parecido a uma CLT. Lula, que já criticou Vargas, agora o elogia. Falta uma revisão consciente sobre o que foi realmente a Era Vargas, que FHC quis destruir. Mas, enquanto isto, é preciso defender a CLT dos ataques do capital. E a ampliação dos direitos dos trabalhadores, que está ocorrendo no Brasil, ao contrário do que ocorre no chamado primeiro mundo. Monocultura e direitos humanos NA LUTA CONTRA O PASTOR racista e homofóbico será que não nos esquecemos que há um Feliciano em cada esquina, assim como milhares de clones seus bradando monstruosidades pelo Brasil afora? Fica a sensação de que estamos jogando todas as fichas nos marcos institucionais e comemorando as migalhas que a sociedade do espetáculo nos oferece. Refiro-me inclusive a muitos artistas, que nunca moveram uma palha publicamente contra o preconceito, e agora são saudados como verdadeiros heróis da causa homoafetiva. Além de destronarmos aqueles que não nos representam no campo político-institucional, Feliciano incluso, é preciso cuidar também das outras instâncias da vida, que contam cada vez mais. Até porque os direitos religiosos, multiétnicos, culturais, sexuais, reprodutivos, comunicacionais, vêm sendo ameaçados cotidianamente pela gigantesca rede de proselitismo midiático dessas vertentes neopentecostais (sem qualquer reação dos ínfimos mecanismos reguladores do Estado). Mesmo com Feliciano fora da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados, essa re- Silvio Mieli de, cuja capilaridade atinge principalmente os mais vulneráveis, permanecerá intacta. Ela está ajudando a moldar a feição de uma monocultura religiosa e comportamental, que dentre outros preconceitos, agride as matrizes religiosas de origem africana, tratadas via de regra como coisas do demônio nos cultos. Em Angola, apesar de o governo garantir uma espécie de reserva de mercado para a Universal do Reino de Deus (Iurd), as demais igrejas evangélicas brasileiras foram banidas, acusadas de propaganda enganosa principalmente depois da morte de 16 pessoas em um culto da Iurd na capital Luanda. O dramaturgo Zé Celso não exagera quando afirma que Feliciano é a ponta de lança da ameaça de um golpe de Estado tão nefasto quanto o de 1964, e de que a regressão aos Estados fundamentalistas tem sido a causa de inúmeras guerras e de ataques aos direitos humanos em todo o planeta. Só que no nosso caso, esse fundamentalismo não coloca em risco apenas o Estado laico brasileiro, mas ameaça asfixiar a nossa biodiversidade cultural através de uma presença ainda maior nos meios de comunicação. Na Europa, no início dos anos de 1980, analistas sociais escreviam que se a taxa de desemprego chegasse a 8%, a sociedade não aceitaria e haveria uma convulsão social grave. Hoje há países como a Grécia, a Espanha e mesmo a Itália, onde a parcela de desocupados chega a quase 30% e não acontece nada. Na sociedade atual, quem perde o emprego sabe que não se trata de uma situação passageira e que daqui a alguns dias ou semanas ou meses, conseguirá outro. O desemprego é estrutural. As empresas são consideradas sadias e lucrativas quanto menos empregados contratarem. E o mais grave de tudo isso é que essa situação é vista por muitos como normal ou, ao menos, como inevitável. A maioria dos chamados grandes meios de comunicação apregoa o neoliberalismo como um dogma e a exclusão social da imensa maioria das pessoas como um sacrifício inevitável e positivo do progresso. De fato, a forma mais atual do capitalismo considera como seus três grandes inimigos o Estado, a natureza e o trabalho. Mesmo as Igrejas e religiões não reagem a isso e muita gente que se considera espiritual se deixa cooptar por esse desumano modo de ser e viver. Mesmo em países nos quais o governo se diz popular ou até socialista, a regra é privatizar tudo o que é possível. Fala-se em desenvolvimento sustentável e em economia verde, mas contanto que o lucro dos patrões seja garantido. Como a sociedade é da informação, o trabalho concreto é visto como coisa do passado. Mesmo em países nos quais o governo se diz popular ou até socialista, a regra é privatizar tudo o que é possível Como os profetas e profetizas da justiça e da paz são sempre minorias, mas nunca deixam de atuar, o 1º de maio continua sendo uma data simbólica. Em algumas cidades, movimentos de trabalhadores promovem encontros e reflexões sobre as péssimas condições de segurança e a precarização do mundo do trabalho, as ameaças de privatização dos hospitais públicos e o desafio da saúde dos trabalhadores, assim como outros desafios que o povo empobrecido enfrenta no Brasil. Quem é cristão recorda que o evangelho chama Jesus de carpinteiro ou artesão, termo usado na época para qualquer trabalhador braçal. Assim, os homens e mulheres que hoje assumem a missão de participar da caminhada coletiva do mundo do trabalho sabem que ao lutar pacificamente para transformar esse mundo estão sendo testemunhas de que o reinado divino está vindo e Deus está presente na luta do povo pela justiça e pela paz. Marcelo Barros é monge beneditino e autor de vários livros, entre os quais, O Espírito vem pelas Águas. Ed. Rede-Loyola, fatos em foco da Redação MST recebe prêmio Guernica para a Paz e Reconciliação O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebeu dia 26 de abril o Prêmio Guernica para a Paz e Reconciliação de 2013, na cidade de Guernica, na Espanha. O prêmio foi entregue durante os atos de memória dos 76 anos do bombardeio de Guernica pelos nazistas. Cerca de 400 pessoas participaram da cerimônia, dentre as quais autoridades da cidade, membros da Via Campesina da Espanha e amigos do MST no País Basco. Ao conceder o prêmio para o MST, o comitê de jurados afirmou que o movimento é uma organização que luta pela paz e pela reforma agrária no Brasil. Está há 30 anos resistindo, de forma não violenta, e já conquistou mais de assentamentos legalizados, que reúnem mais de 350 mil famílias em um total de 5 milhões de hectares. Fazendeiro é condenado a cinco anos por trabalho escravo A Justiça Federal em Marabá, no sudeste do Pará, condenou o proprietário rural Vivaldo Rosa Marinho a cinco anos e quatro meses de reclusão por ter submetido trabalhadores a condições semelhantes às da escravidão. Segundo a denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), em 2009 o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal, encontrou onze trabalhadores em condições subumanas na fazenda Novo Prazer, que fica em Marabá e é propriedade de Marinho. Os trabalhadores foram encontrados em condições precárias de moradia e trabalho, principalmente em relação a saúde e segurança. As instalações sanitárias, quando existiam, encontravamse em condições deploráveis. Empresas transnacionais no mundo Segundo a UNCTAD (organismo nas das nações unidas para o desenvolvimento e comércio) havia em 2007, em todo o mundo capitalista, 79 mil empresas caracterizadas como transnacionais, cujo critério era ter alguma empresa filial em outro país, alem da matriz e que dela retirasse no mínimo 10% de seu faturamento total. Estas 79 mil empresas controlavam outras 790 mil empresas filiais. Porém a concentração e centralização da produção e comércio entre elas, medida pelo valor do faturamento controlado, resultava que apenas 737 empresas detinham 80% de todo valor das empresas do mundo, e que 147 empresas controlavam 40% de todo faturamento de todas as empresas transnacionais.

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6 6 de 2 a 8 de maio de 2013 brasil A educação latina em evidência espaço sindical da Redação OPINIÃO O cotidiano da educação brasileira manifesta, por si só, o fracasso da universalidade, gratuidade e supremacia do público no sistema educativo brasileiro, sendo oposto ao modelo cubano Roberta Traspadini DEPOIS DA QUEDA do muro de Berlim e da ofensiva neoliberal na América Latina, propagandeia-se o fim do socialismo cubano e a vitória hegemônica do capitalismo monopólico transnacional. Se é verdade que o fim Guerra Fria trouxe uma fragilização do socialismo real no âmbito mundial, também o é que o exemplo educacional cubano segue forte, na condução de um modelo educacional público, universalizado, gratuito e de qualidade. O exemplo cubano A Unesco, em seu relatório mundial sobre educação em 2011, fez uma radiografia do sistema cubano e explicitou por que este país é um exemplo concreto para o mundo de uma educação exitosa. O artigo 205 da constituição cubana garante a educação pública, gratuita e de qualidade para todos os seus cidadãos, independente da posição socioeconômica na qual se encontram. Mas é o artigo 39 o que chama mais atenção, quando afirma três princípios básicos revolucionários de uma educação de qualidade: a) Garantia de avanço na ciência e na tecnologia; b) Referencial marxista e martiano de ser social que se pretende formar; c) Demarcação da tradição pedagógica progressista cubana e universal. Juntos, os dois artigos explicitam o teor do público/gratuito/de qualidade. A sustentação em conteúdo de um posicionamento político que garante o direito à reflexão crítica e à formação continuada, com centralidade dos gastos do governo em educação. Dados cubanos Com uma população de , Cuba conta com matriculados nas respectivas faixas etárias educativas. São escolas públicas, professores, bolsistas, e estudantes em escolas semi-internas. Segundo os dados oficiais (2010/2011), formaram-se cubanos, 23,4% em cursos técnicos, 31,4% em ciências médicas, 14,9% em pedagogia, 9.9% em economia e 20,4% em outras áreas. A participação em cursos de pós-graduação em 2010 merece destaque. Havia mais de 500 mil cubanos matriculados em cursos continuados após a graduação em cursos gerais; em mestrados e especializações; em diplomados; em profissionalizantes, em doutorados. Para isto, são gastos 30% do PIB cubano, que é de $60 bilhões, com educação, saúde e garantias sociais. Vale destaque a ação internacionalista de Cuba, que recebe na escola latinoamericana filhos da classe trabalhadora de vários países, tanto para cursos da área de ciências e humanidades, quanto de ciências médicas. Com uma política concreta de educação pública de qualidade, Cuba aparece, nos dados comparativos da ordem mundial burguesa, como o primeiro País em controle do analfabetismo e exportador do modelo de alfabetização Sí yo puedo, em que, com recursos didáticos magistrais, ensina como ler nas letras, o que já se lê no cotidiano. Será o exemplo cubano um mero acaso? Um caso especifico? Ou será a confirmação da incompatibilidade entre desenvolvimento do capitalismo e pensamento crítico, com educação pública universalizada e princípios políticos claros sobre o ser social que se deseja (trans)formar? E o caso brasileiro? O modelo educacional de nosso país é oposto de Cuba. O cotidiano da educação brasileira manifesta, por si só, o fracasso da universalidade, gratuidade e supremacia do público no sistema educativo brasileiro, sendo oposto ao modelo cubano. A atual falência do modelo brasileiro de educação está diretamente relacionada à vitória do capital transnacional na conduta política da ordem e do progresso brasileiro, a partir dos anos de As reformas educacionais foram revendo os princípios constitucionais de garantia pública, gratuita e de qualidade, e direcionando seu sentido para a privatização da educação, cujo rumo é dirigido pelos princípios ético-morais do capital contando com o financiamento público para a realização de sua orgia. O vergonhoso piso mínimo salarial dos professores da educação básica e média, a política de contratação de temporários como regra e as inúmeras parcerias público-privadas são a gênese da atual educação pública brasileira. Basta olharmos o cotidiano nacional de greves para constatarmos o absurdo vivido no sistema público educacional brasileiro. Nessa luta se insere a defesa dos 10% do PIB para a educação pública. O Brasil figura entre as sete maiores economias do mundo. O orçamento público de 2011 foi de cerca de R$1,5 trilhão. Deste total, 45% foram gastos com o pagamento de dívidas e amortizações e 3% foram gastos com educação, seja ela pública ou em parceria privada, segundo a auditoria cidadã da dívida. O artigo 214 da constituição não prevê ser obrigação total do Estado a universalização da educação. Tem como objetivos: erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento escolar; melhoria da qualidade do ensino; formação para o trabalho; promoção humanística, científica e tecnológica do país; estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. Chama a atenção, na página do MEC, o financiamento da educação, FIES, como outro aspecto claro de mercantilização deste direito social. Mercantilização da educação Para fortalecer a campanha pela melhoria da educação, em que o poder público não assume seu protagonismo, a organização Todos pela Educação apresenta-se como uma entidade-apoio ao desenvolvimento brasileiro. Entre seus mantenedores-parceiros estão: Instituto Camargo Corrêa, Santander, Fundação Bradesco, Rede Globo, Suzano papel celulose, Gerdau, Itaú BBA, Instituto Ayrton Sena, Faber Castell, BID, HSBC, etc. Foi divulgada na semana passada a fusão entre dois grandes capitais da educação brasileira: Kroton e Anhanguera. Juntas, faturam anualmente R$ 4,3 bilhões, através das 800 unidades de ensino superior e as 810 escolas associadas distribuídas pelo país. No site da Anhanguera lemos sua missão: ser uma das maiores instituições de Estudantes cubanos em rua de Havana, capital do país ensino superior do mundo e oferecer aos seus alunos a melhor relação custo versus qualidade. Para isto, conta com financiamento, crédito educativo, e amplas formas de transações, enquanto uma empresa de capital aberto, para facilitar a permanência-conclusão dos estudantes no ensino. No site da Kroton, além do mapa do Brasil ocupado pela empresa, reitera, via fundação Pitágoras, sua ação na responsabilidade social, tendo como parcerias para a autossustentação financeira: Embraer, Grupo Gerdau, Instituto Camargo Correia, Grupo Votorantim, Fundação ArcelorMittal e Instituto Unibanco. Sou cubana, bolivariana, latinoamericana, na educação, na saúde, no modelo de desenvolvimento, antes que a morte anunciada pelo capital nos mate Dois modelos opostos de educação A educação pública virou um grande negócio. Cantinas terceirizadas, venda de uniformes e de materiais escolares, sucateamento da merenda escolar, são a gênese da educação brasileira. Isto, somado à falta de recursos para a qualificação profissional e às péssimas condições da superexploração da força de trabalho, mostra a real face mercantil da educação pública brasileira. Esse Brasil da ordem e do progresso do capital transnacional evidencia o atual estágio de desenvolvimento do capitalismo brasileiro, em que a regra é a financeirização da riqueza e a internacionalização da produção-circulação das mercadorias, às custas de uma maior opressão das condições de vida da classe trabalhadora brasileira. Entre o exemplo cubano e a realidade brasileira, façam suas escolhas. Nesse quesito, não tenho dúvida: sou cubana, bolivariana, latino-americana, na educação, na saúde, no modelo de desenvolvimento, antes que a morte anunciada pelo capital nos mate. Roberta Traspadini é professora da ENFF e da UFVJM. Falência do modelo brasileiro de educação está diretamente relacionada à vitória do capital transnacional Adam Jones/CC Antonio Cruz/ABr Parlamento grego aprova demissão 15 mil funcionários O Parlamento da Grécia aprovou dia 28 de abril novo pacote de medidas para o corte de gastos do orçamento que prevê a demissão de 15 mil servidores nos próximos dois anos. As exigências foram feitas pela Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para que os gregos recebessem o próximo empréstimo econômico, estipulado em 8,8 bilhões de euros. Trabalhadores e milhares de pessoas ligadas aos movimentos sociais de Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, França e Alemanha prometem para 1 de junho grande manifestação contra as políticas de austeridade. Embrapa tenta impedir vídeo que denuncia violação de direitos A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) entregou na sede do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) uma notificação tentando impedir o sindicato de lançar e divulgar o documentário A Vida não é Experimento, no qual denuncia graves violações de direitos trabalhistas, além de assédio moral praticado contra trabalhadores da empresa. O lançamento aconteceu dia 26 de abril, às 12h, como parte da programação da 16ª Plenária Nacional do Sinpaf. Contratações públicas podem ter cláusula de trabalho decente A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 3.003/11, que prevê condições adequadas de trabalho nas empresas que forem contratadas pela administração pública federal para a realização de obras ou serviços. O projeto, do deputado Assis Melo (PCdoB-RS), especifica que os contratos devem conter uma cláusula pela qual as empresas se comprometem a promover o trabalho decente, conforme definido em resoluções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objetivo é utilizar o potencial de compra e de contratação do setor público como elemento de estímulo ao trabalho decente. A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Ministério lança cartilha e manual das domésticas A Cartilha do Trabalhador Doméstico, publicação que traz perguntas e respostas sobre os novos direitos dos trabalhadores no setor, e o Manual do Trabalhador Doméstico, com modelos de documentos para contratação, já podem ser consultados no site do Ministério do Trabalho. O material está disponível no portal e também será impresso para ser distribuído pelas Superintendências, agências de emprego e sindicatos de empregadores e trabalhadores. Ataques a bancos cresceram em 2012 Os ataques a bancos em 2012 atingiram ocorrências em todo país. Aconteceram 773 assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, o que representou um aumento de 18,22% em relação ao ano anterior. Também foram apurados arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos, um crescimento de 83,21%. Em 2011, foram registrados ataques, sendo 653 assaltos e 959 arrombamentos, segundo pesquisa das Confederações nacionais de vigilantes (CNTV) e dos bancários (Contraf-CUT). Memorial apresenta mostra sobre lutas dos trabalhadores O Memorial da América Latina, em São Paulo (SP) apresenta a mostra Primeiro de Maio. A exposição traz fotografias, desenhos, pinturas e intervenções que tratam do Dia Internacional do Trabalho, celebrado mundialmente em 1º de Maio. Entre as obras, estão trabalhos do fotógrafo João Roberto Ripper e do desenhista argentino Luiz Trimano. Além das referências aos movimentos grevistas brasileiros, a exposição enfocará também o trabalho infantil e o trabalho escravo. A mostra vai até 26 de maio, de terça a domingo, das 9 às 18 horas, na Galeria Marta Traba, na Barra Funda, em São Paulo. Jango é homenageado em Guarulhos O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e região iniciou dia 27 de abril as comemorações dos 50 anos da entidade, fundada em 30 de abril de Ao completar meio século, o sindicato publica pesquisa que constata: 98% dos trabalhadores da base tem carteira assinada, 84% recebem PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) e 75% têm casa própria. Em sua festa o sindicato homenageou o ex-presidente João Goulart, representado por seu filho João Vicente.

7 brasil de 2 a 8 de maio de A vida sob o olhar de jovens infratores VIOLÊNCIA Segundo Fundação Casa, cerca de 85% dos adolescentes em privação de liberdade cometeram delitos relacionados a tráfico de drogas e roubo Judiciário. Geralmente, os magistrados consideram a internação uma regra que, ao contrário, deveria ser uma medida excepcional. Então, não necessariamente o adolescente cometeu um ato grave do ponto de vista de violência física séria e, de repente, ele acaba desembocando numa internação, quando, na verdade, tem outras medidas como a semi-liberdade e a liberdade assistida. No primeiro momento poderia suprir a necessidade de responsabilização, explica. Jorge Américo e José Francisco Neto da Reportagem O JOVEM GUSTAVO Pereira*, de 21 anos, cuida de carros num bairro da zona oeste de São Paulo. Há pouco mais de um ano morando na rua, o garoto já passou pela unidade do Brás da antiga Febem (Fundação Casa). Foi apreendido aos 15 anos por tráfico de drogas, porte de armas e roubo. Rodrigo da Silva*, de 16 anos, também é ex-interno da instituição. Em 2011 esteve lá por tráfico de drogas e roubo. Em 2012 reincidiu nas mesmas infrações, o que lhe custou mais 11 meses. As infrações cometidas por Gustavo e Rodrigo representam a maioria das internações registradas atualmente no estado de São Paulo. De acordo com dados da Fundação Casa, cerca de 85% dos adolescentes em privação de liberdade cometeram delitos relacionados a tráfico de drogas e roubo. Juntos, homicídio e latrocínio representam 1,5% dos casos. No âmbito nacional os números são proporcionalmente parecidos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao ser abandonado pelos pais, Gustavo foi criado pelos avós, fase da vida marcada por privações. Minha família sempre foi simples. Nunca teve muita coisa, sempre morou de aluguel. Eu passava necessidade e tinha que ajudar também. Quando era pequeno comia o resto da feira. Gustavo começou a vender doces para ajudar os avós, mas o convite para entrar no tráfico não tardou. Quando fui ver, eu já tava envolvido. Aos dois anos de idade foi arremessado contra a parede pelo pai, que estava sob efeito de crack. Eu tava chorando. Ele falou que eu tava roubando a brisa dele, descreve apontando a cicatriz que ficou marcada na testa. Cerca de 85% dos adolescentes em privação de liberdade cometeram delitos relacionados a tráfico de drogas e roubo A negligência e a violência física, psicológica e sexual são os tipos de violação de direitos mais comuns às crianças e adolescentes brasileiros. Entre os meses de janeiro e novembro de 2012, o Disque Denúncia (Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República SDH/PR) registrou mil denúncias de violências sofridas por menores. Gustavo viveu essa realidade muito antes das estatísticas serem publicadas. E as reviveu até mesmo durante a internação na Febem, espaço institucional que deveria garantir a sua integridade. Se um amigo seu espirrasse e você falasse saúde pra ele, eles (funcionários da Febem) já te agrediam. Se você passasse na frente deles, e se não tivesse com a mão pra trás e a cabeça baixa, eles faziam você voltar. Se você não acatasse a palavra deles, você era agredido. Presença materna Segundo o CNJ, 43% dos adolescentes infratores foram criados apenas pela mãe, e 17% pelos avós. Rodrigo ressalta a importância da presença materna em um dos momentos mais difíceis de sua vida. Me recordo bastante do sofrimento dos caras que não tinham uma visita, que buscavam o refúgio em Deus. Isso daí foi me fortalecendo, que eu vi que minha mãe nunca me abandonou lá. Ia ser difícil também se minha mãe tivesse me abandonado. Perspectivas Em um questionário respondido ao CNJ em 2011, 86% dos adolescentes que cumpriam internação declararam não ter concluído o ensino fundamental. Praticamente a metade interrompeu os estudos ainda na quinta série. Há uma semana na rua, Rodrigo, que parou de estudar na sétima série, agora quer dar um novo rumo em sua vida. Vou voltar aos estudos, fazer um supletivo, arrumar um servicinho, mesmo que ganhe pouco, e levar a vida. Gustavo também almeja voltar a estudar e ainda constituir uma família. Eu tenho um sonho. Eu quero viver bem. Deus não me pôs no mundo pra sofrer. Quero viver bem, quero ter minha família ainda, uma mulher só minha. Quero ter meu filho pra pegar ele no colo e fazer carinho. Eu tava chorando. Ele falou que eu tava roubando a brisa dele Mais vítimas que autores Mais de 2 mil adolescentes foram apreendidos em três anos em São Paulo, fazendo chegar a o número de internos em abril de Esse índice representa quase a metade do índice nacional, com mais de 19 mil jovens privados de liberdade. Segundo o advogado e ex-integrante do Conselho Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Conanda) Ariel de Castro, existem contradições na divulgação dos dados sobre delinquência juvenil. Para ele, foi criada uma imagem que não corresponde à realidade. Hoje, no país, temos 550 mil presos e 19 mil adolescentes privados de liberdade. Não representa nem 4%. Na verdade, eles [os adolescentes] são muito mais vítimas do que propriamente autores. Outras medidas Para Ivan de Carvalho Junqueira, servidor da Fundação Casa, há certa dificuldade de entendimento por parte do Ia ser difícil também se minha mãe tivesse me abandonado O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) normatiza o monitoramento de execução das medidas socioeducativas. A instituição exige uma série de ações para o atendimento adequado aos internos, que vão desde a estrutura física a recursos humanos e contemplam, principalmente, a perspectiva pedagógica. No entanto, segundo a assistente social e integrante do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo (Cress), Áurea Fuziwara, esses recursos nem sempre são viabilizados. Esse conjunto de elementos que precisam fazer funcionar acaba não sendo viabilizado e daí se diz que a medida não funciona. A nossa discussão é muito mais de pensar alternativas para essa lógica penal coletiva do que aperfeiçoar algo que a gente a princípio não concorda, que é a restrição da liberdade, atesta Fuziwara. *Nomes fi ctícios Falta de varas especializadas compromete proteção integral Além de atenderem a demandas de outras áreas, os juízes estão sobrecarregados da Reportagem O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) recomenda que todas as comarcas em municípios de médio e grande porte tenham ao menos uma Vara da Infância e da Juventude com competência exclusiva. Em 2012, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) constatou que apenas 100 municípios possuíam esse tipo de estrutura. Considerando a composição populacional dos municípios brasileiros, no país existe um déficit de 182 varas especializadas. Além de atenderem a demandas de outras áreas, os juízes são sobrecarregados. Guarulhos (SP), por exemplo, contabiliza mais de 1,2 milhão de habitantes mas tem um único juiz da Infância e Juventude. Para Ariel de Castro, advogado e ex-integrante do Conanda, os menores infratores acabam sendo tratados como criminosos. Nós temos juízes que acumulam funções. Eles cuidam da Vara de Execuções Penais, da Vara de Tribunal do Júri, e muitas vezes são juízes corregedores das prisões das cidades. Então isso dificulta bastante o trabalho desses juízes, avalia. O Sudeste concentra o maior número de municípios que ainda não se adequaram. A região carece de 113 varas especializadas. No entanto, Castro alerta que até mesmo aquelas focadas no atendimento exclusivo enfrentam problemas estruturais. Muitas vezes não tem uma equipe técnica também multidisciplinar com assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, com técnicos junto ao Judiciário. Então isso também faz com que não sejam varas especializadas e exclusivas, destaca. A orientação do Conanda segue o princípio da prioridade absoluta, previsto na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Ministério Público e as Defensorias Públicas também devem se adequar para garantir a proteção integral dos menores. Na prática, esses órgãos continuam na contramão, como denuncia Castro. Os promotores também acabam acumulando funções e é mais raro ainda ter defensores públicos exclusivos. Ele conclui alertando que o número de apreensões poderia ser reduzido não fosse a falta de delegacias especializadas da criança e do adolescente, que São Paulo não tem e se nega a ter. (JA e JFN)

8 8 de 2 a 8 de maio de 2013 brasil A luta contra a impunidade MEMÓRIA Movimentos sociais mantêm mobilização em busca de justiça para o caso do ex-vereador e militante Marcelino Chiarello, encontrado enforcado em sua casa. Parlamentar confrontava os interesses econômicos e a política local Pedro Carrano de Chapecó (SC) CATÓLICO, LIGADO às associações de bairro e às comunidades de base da Igreja. Professor da rede estadual e ligado ao movimento sindical. No dia 28 de novembro de 2011, o vereador Marcelino Chiarello (PT) era encontrado pela família, morto, enforcado em sua própria casa. Chiarello deixou esposa e um filho de onze anos. Em sete anos de atuação parlamentar, na Câmara Municipal de Chapecó, Chiarello enfrentou diversos grupos econômicos na cidade e tocou em temas espinhosos. A revisão das planilhas do transporte coletivo resume sua postura. Desde sua morte, a mobilização de militantes e familiares pressiona o Estado a não encerrar o caso sob o pretexto de suicídio, aceitando que o caso se trata de um crime com motivos políticos. Trata-se de uma imagem com forte apelo, que evoca inclusive a luta da família do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar. Uma série de ações no campo judicial são tomadas para que o Estado aceite o laudo elaborado por um perito contratado pela família. Agora é uma luta popular. Chapecó tem tradição nisso, acredita o advogado Sérgio Quadros, que trabalhou com Chiarello desde Por conta de sua ação política, o militante e político tinha uma série de desafetos na classe política chapecoense. De acordo com o relato de advogados e amigos, o vereador petista vivia forte embate com Dalmir Pelicioli, atual vereador pelo PSD. Em novembro de 2011, à frente de uma subprefeitura, Pelicioli foi denunciado por superfaturamento de repasse a entidades beneficentes. O afastamento ocorreu no dia 18 de novembro de 2011, dez dias antes da morte de Chiarello. O parlamentar bateu-se ainda contra as duas prefeituras mais recentes de Chapecó: o ex-prefeito João Rodrigues (PFL-DEM) e José Claudio Caramori (PSD), vice de João Rodrigues e atual prefeito de Chapecó. Amigos e parentes de Chiarello descartam veementemente a hipótese de suicídio, lembrando que o vereador estava no melhor momento de sua carreira de Chapecó (SC) Os últimos momentos de Marcelino Chiarello são descritos pelos amigos como dias nos quais o parlamentar estava agitado, sempre com uma pasta de cor negra debaixo dos braços, contendo denúncias. O militante tinha cuidado para divulgá-las no momento certo. De acordo com Sérgio Quadros, advogado que trabalhou com Chiarello por dez anos, o conteúdo da pasta desapareceu após o corpo de Marcelino ter sido encontrado morto. Encontrou-se a pasta na churrasqueira do Marcelino e o principal conteúdo da pasta desapareceu, afirma. No momento do homicídio foi realizado um primeiro laudo pericial. Neste primeiro documento, logo após a morte, indicou-se que se tratava de um homicídio, o que foi corroborado na imprensa pelas autoridades responsáveis pela investigação. Entretanto, foi solicitado para o Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP) um novo laudo, que passou a sugerir o suicídio. O envolvimento da Polícia Federal, resultante na produção de um terceiro laudo também é alvo de críticas dos movimentos sociais. A PF não encontrou nenhum indício de suicídio, mas concluiu por suicídio, critica o advogado Sérgio Quadros. O discurso e a construção do caso passaram a mudar: quinze dias depois da morte, Questionador As informações chegavam sempre muito rápido para ele, conta uma amiga e colega, ressaltando a postura atuante e a capacidade de articulação do mandato de Chiarello com os movimentos sociais. Vereador de oposição na Câmara Municipal Chapecó, cumpriu mandato entre os anos de 2004 a Na sua primeira eleição, foi o único vereador de oposição. Os pais de Marcelino eram camponeses de Caxambu do Sul (SC). Ex-seminarista, professor de Filosofia e História, envolvido desde o início com pastorais sociais e com o bispo organizador da região Oeste de Santa Catarina, Dom José Gomes. A origem militante de Marcelino causava problemas em uma cidade onde as elites não aceitavam o legado de organização de Dom José. Amigos e parentes de Chiarello descartam veementemente a hipótese de suicídio, lembrando que o vereador estava no melhor momento da sua carreira parlamentar, além de nunca ter apresentado sinais de depressão, como atesta depoimento de sua esposa, Dione Chiarello, para a reportagem do jornal Brasil de Fato. Era um homem de ação prática e de enfrentamento a partir do debate político, de acordo com os familiares. Um cara que espelha, encoraja para os debates, que dizia aos alunos que não tivessem medo da verdade. Dentro da escola, ele era questionador, não tinha medo de lutar, ele era o ganso que ia à frente e encorajava a gente a voar, afirma a professora Vanda, que trabalhou 18 anos na mesma escola que o colega. Considerado questionador, autêntico e verdadeiro, de acordo com as palavras de Vanda, Marcelino reduziu a carga horária para dez horas semanais, quando assumiu o cargo de vereador, isso porque queria se manter com o pé na escola, como dizia, apesar da agenda atribulada e dos compromissos no estado e fora dele. No interior do colégio, Chiarello comprou briga também conà chapa de oposição ao grupo que estava há 22 anos no poder do sindicato. O exparlamentar solicitou investigação sobre faturamento de dirigentes das gestões anteriores. Em 2011, ocorreu uma greve de motoristas em Chapecó, que contou com o apoio de outros sindicatos. Assim como os professores da rede estadual de Santa Catarina passaram 62 dias em greve. Na avaliação de militantes, a possibilidade real de assassinato de Chiarello foi um golpe na esquerda como um todo em Chapecó. Passei a ter medo até dentro de casa, afirma uma professora de Sociologia, próxima ao ex-professor e vereador. Existia um movimento em crescimento. Todo esse debate para e a pauta é o Marcelino. Mudou o cenário, o clima passa a ser de terror e a pergunta é: o que está acontecendo?, comenta Ângela, para quem a morte de Chiarello tornou-se o principal fato político da cidade. tra a construção de um centro de eventos que buscava retirar a escola do local. O projeto era de autoria do ex-prefeito de Chapecó, João Rodrigues, atual secretário estadual de Agricultura e Pesca, também denunciado por Chiarello no episódio do faturamento das lombadas eletrônicas do município. A reportagem do Brasil de Fato visitou a escola Pedro Maciel, onde Marcelino lecionou, e refez o percurso final do militante, da escola até a sua casa. Na manhã do dia 28 de novembro de 2011, de acordo com relatos, Chiarello recebeu telefonemas e teve que abandonar a aula. O relato de professores e também dos advogados sinaliza que Marcelino sempre recebeu constante pressão política desde que assumiu a tarefa de vereador. No entanto, as denúncias políticas do militante se intensificavam e começavam a ter reconhecimento na Justiça e na sociedade: O movimento estava pegando corpo. Marcelino denunciava, o Promotor do Ministério Público fazia o parecer, e o juiz decidia, afirma Ângela Moreira Vitória, integrante do Fórum em Defesa da Vida, por Justiça e Democracia e ex-secretária de Saúde no governo do PT na cidade, quem compartilhou por um curto período o mandato na Câmara Municipal ao lado de Chiarello, na oposição. Às vésperas do assassinato, ele conversava com amigos sobre a seriedade das denúncias que trazia em uma pasta que entregaria ao Ministério Público. Conquistas são impedidas pela morte Momento favorável das denúncias do mandato coincide com rearticulação do movimento sindical em Chapecó de Chapecó (SC) Uma região dividida, de maneira inconciliável, entre a experiência de gestão petista ( ) e o atual domínio do bloco PSD/DEM. A avaliação dos movimentos sociais é de que alguns fatores voltavam a recompor as lutas na região, após as derrotas sofridas no início da década. Em 2010, houve uma importante vitória no Sintracarnes, sindicato de base da Sadia. Este, mais um dos processos que também gerou ameaças para Chiarello devido ao seu apoio o primeiro vereador na Câmara Municipal pedia a palavra para levantar a tese do suicídio. Batalha pela verdade A batalha de amigos e familiares neste momento é para que a Justiça reconheça a ação de médico perito contratado pela família, para realizar um laudo, cujo resultado pode ser incluído no inquérito policial. O Ministério Público já autorizou o laudo do perito, falta apenas a permissão judicial. Queremos que o médico tenha acesso a fotos e a informações, defende Ângela Moreira Vitória, integrante do Fórum pela Vida, por Justiça e Democracia. Denúncia de documentos do Fórum ressalta que o Ministério Público, ao longo de 2012, foi impedido de investigar por determinações judiciais. Mais que isso: quebras de sigilo bancário e telefônico não foram concedidas, mas a Polícia Civil justificou que as ligações recebidas pelo celular de Marcelino desapareceram depois de sua morte, devido ao aparelho celular ter ficado retido por 30 dias no IGP. Hoje, o Fórum pela Vida, Justiça e Democracia, criado a partir da morte do ex-vereador, reúne 57 entidades e movimentos sociais de Chapecó, reunindose duas vezes por mês. O 1º de maio de 2013 tem como um dos momentos a memória de ex-vereador. Todo dia 28 de cada mês é organizado um ato ecumênico ou um momento de encontro, como forma de celebração do legado de Chiarello. No dia 28 de abril, ocorreu na praça central de Chapecó. Na Câmara Municipal de uma Chapecó polarizada entre a experiência de gestão petista e um grupo consolidado no PSD/DEM (ex-pfl), Marcelino criou o prêmio Dom José Gomes. Os movimentos sociais, como o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), receberam o prêmio. Ele era o herdeiro legítimo de Dom José Gomes, era uma liderança de bairro, e emprestava a voz aos movimentos sociais quando não nos permitiam subir na tribuna, afirma Álvaro Santin, do MST da região. (PC) Estado até o momento não reconhece assassinato Movimentos sociais reforçam a compreensão de que foi um crime político. Pressão sobre o Estado busca a abertura de informações e investigação Ele era o herdeiro legítimo de Dom José Gomes, era uma liderança de bairro, e emprestava a voz aos movimentos sociais Melissa Andrade Mobilização de militantes e familiares pressiona o Estado a não encerrar o caso sob o pretexto de suicídio Melissa Andrade Advogados acreditam que caso pode ganhar conotação internacional Definição do caso No início do processo, a principal crítica da sociedade civil esteve dirigida à Polícia Civil, responsável pela investigação inicial, uma vez que a cena do crime não foi preservada. Nesse contexto, a alça de nylon usada no enforcamento de Chiarello foi manuseada por várias pessoas. Documento do Fórum pela Vida, Justiça e por Democracia aponta que não houve investigação contundente. Mesmo os estudantes que estiveram com Marcelino no dia de sua morte não foram ouvidos. Caso o Estado reconheça que o trágico incidente do dia 28 de novembro não está limitado a um suicídio, isso abre margem para a investigação dos fatos e depoimentos. Os advogados acreditam que, se não houver esta abertura do Judiciário, o caso deve ganhar conotação internacional. Entidades de Direitos Humanos devem se pronunciar sobre o tema. Existia um laudo, mas foram atrás de outros laudos. O Estado não ter definido a causa da morte, isso atrapalha tudo, afirma Liseu Mazzioni, presidente da Federação dos Servidores Municipais. (PC)

9 brasil de 2 a 8 de maio de Justiça aponta que governo Aécio mentiu sobre investimentos em saúde POLÍTICA Ex governador de Minas Gerais, Aécio Neves é acusado de desviar R$ 3, 5 bilhões do orçamento da saúde, quase metade de tudo que foi investido na área Joana Tavares de Belo Horizonte (MG) UMA NORMA FEDERAL, chamada de Emenda 29, aprovada no ano 2000, determina que todos os estados do Brasil devem aplicar 12% do seu orçamento, que vem da arrecadação de impostos, em serviços de saúde. A Emenda determina ainda que os estados e os municípios teriam até o ano de 2004 para se adaptar à nova regra. Não deveria ser uma norma tão difícil de ser colocada em prática. Afinal, qualquer administrador público sabe e defende isso em suas campanhas a centralidade que a saúde ocupa para garantir boas condições de vida para a população. Não é muito a se esperar de quem opera a máquina estatal o investimento em postos de saúde, contratação de pessoal, saneamento básico, prevenção de doenças e epidemias. Afinal, se saúde, educação, moradia não forem o centro dos investimentos públicos, o que será? Apesar de ser lei, o Governo de Minas Gerais, dos anos de 2003 a 2008, não cumpriu essa norma básica. E pior: colocou na sua prestação de contas o investimento de R$ 3, 5 bilhões em saúde na conta da Copasa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, como forma de maquiar o orçamento e fingir que tinha feito todo o investimento necessário. Isso é o que sustenta ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual, de dezembro de A promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Josely Ramos Pontes, explica que foi feita uma fraude contábil, ou seja, foi contada uma mentira, para fechar as contas. Enganaram os órgãos de fiscalização e a população o tempo inteiro, denuncia. A partir do entendimento que a prestação de contas estava equivocada, pois contavam investimentos que nunca teriam acontecido, o Ministério Público (MP) entrou com a ação contra a contadora-geral do Estado, Maria da Conceição Barros Rezende, e o então governador Aécio Neves, que assina junto com ela o documento oficial de prestação de contas. O ex-governador e atual senador pelo PSDB Aécio Neves, que se coloca como possível candidato à presidência da República no ano que vem, entrou com um recurso negando a legitimidade da ação, e pedindo para que o processo fosse extinto. Em sua defesa, alegou, primeiro, que o MP não teria competência para entrar com a ação, pois apenas a Procuradoria Geral do Estado poderia propor ações contra o Governo do Estado. Tentou ainda explicar que os recursos 3,5 bilhões, metade do orçamento geral para a saúde no período seriam recursos da própria Copasa, para investimentos que a empresa, de capital misto, faria em obras de saneamento no estado. Apesar de ser lei, o Governo de Minas Gerais, dos anos de 2003 a 2008, não cumpriu essa norma básica. E pior: colocou na sua prestação de contas o investimento de R$ 3, 5 bilhões em saúde na conta da Copasa Neste mês, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais não aceitou os termos de defesa dos réus. Os desembargadores entenderam que cabia ao MP entrar com a ação, pois Aécio não era mais governador no período (a ação começou a correr em dezembro de 2010). Mais importante que isso, reconheceram que a denúncia do MP estava correta, e que não foram investidos os 12% constitucionais previstos para a saúde. Consideraram que há indicativos suficientes que as pessoas indiciadas cometeram mesmo o desvio, lesivo para o estado de Minas Gerais. De forma unânime, os magistrados concluem que não houve transferência de recursos para a Copasa, como tentava justificar o ex-governador, não passando de artifício (fraude contábil, segundo o autor da ação) utilizado pela Contadora-Geral do Estado, com o aval do Governador do Estado. Josely Ramos Pontes explica que foi feita uma fraude contábil, ou seja, foi contada uma mentira, para fechar as contas. Enganaram os órgãos de fiscalização e a população o tempo inteiro Isso quer dizer que eles concordam com a denúncia de que quase 50% do financiamento da saúde se perdeu em alguma manobra criada pelos gestores do estado. Esse dinheiro, então, nunca chegou à sua destinação, ou seja, serviços para a população de Minas Gerais. Eles apontam ainda a gravidade dessa lesão ao Estado, pois o recurso deveria ser destinado para reduzir doenças, Antonio Cruz/ABr O ex-governador e atual senador pelo PSDB Aécio Neves possibilitar o acesso universal e igualitário a todos, como forma de inclusão social e preservação do direito fundamental que é a saúde, uma das razões de ser do Estado e fundamento da República. A promotora Josely Ramos, que ficou dois anos preparando a ação, ou seja, juntou todas as informações possíveis para comprovar a denúncia, garante que esse recurso não existia na Copasa. Segundo a promotora, a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) demonstrou que não havia esse aporte bilionário na empresa, que certamente faria diferença para seus investidores privados. A Advocacia Geral da União (AGU) também comprovou que esse recurso não chegou à Copasa e, por fim, a própria empresa nega que tenha existido esses R$ 3,5 bilhões em seus balanços. Investimentos e demandas Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto no Estado de Minas Gerais (Sindágua/MG), os investimentos da Copasa nos últimos anos não ultrapassa a casa de R$ 900 milhões por ano. Em 2008, por exemplo, foram investidos R$ 805 milhões no estado. SES/MG Pelas contas do Sindicato, ao menos R$ 1 bilhão foi desviado por ano da saúde Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, de 2008, Minas Gerais ficou abaixo da média nacional em número de municípios com tratamento de esgoto: 22,7%, contra 28,5 da média nacional ou os 78,4% do estado de São Paulo. Mas há ainda outras demandas. Segundo o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (Seis), da Fundação João Pinheiro, referente aos anos de 2008 e 2009, em 53 sedes municipais do estado as pessoas recebem água sem qualquer tipo de tratamento. A pesquisa mostra ainda que 32% da população do estado não era ainda atendida pela rede de esgotamento sanitário. E dos 68,2% atendidos, há variações consideráveis entre os municípios e regiões. Esgoto tratado, então, está ausente em mais de 75% dos municípios mineiros. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais não aceitou os termos de defesa dos réus. Os desembargadores entenderam que cabia ao MP entrar com a ação, pois Aécio não era mais governador Os dados se referem a anos posteriores ao suposto investimento de R$ 3,5 bilhões da Copasa em obras para saneamento. Para uma dimensão do que o montante poderia significar, o Governo de Minas Gerais anunciou neste ano o investimento de R$ 100 milhões no Projeto Estruturador Saneamento de Minas, para executar obras de saneamento básico na zona rural do estado. Esse recurso será investido até O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, aponta que o desvio pode ser ainda maior. Pelas contas do Sindicato, ao menos R$ 1 bilhão foi desviado por ano da saúde, o que daria seis bilhões que não foram investidos. Entra na conta recursos investidos na previdência do servidor, dos militares. É uma ação de lesa-pátria, e quem paga é o povo mineiro, destaca. Próximos passos Com a decisão do Tribunal de Justiça, o processo segue em tramitação na 5ª Vara da Fazenda. O recurso dos réus foi negado, em uma decisão muito contundente do TJ. O processo não parou, pedi o depoimento da Contadora Geral do Estado, que, até agora, não prestou todas as informações. Vai ser feita também uma perícia contábil, que não deve demorar muito, pois já foi feita para a constituição da ação. A fase mais complicada do processo se encerra agora. Creio que até o final do ano já esteja pronto para julgamento, defende Josely. Queremos que seja apurado o caso e responsabilizados os responsáveis pelo desvio. A pressão da sociedade vai fazer com que essas ações tenham agilidade Caso sejam condenados, as penas para os réus Aécio Neves e Maria da Conceição Barros Rezende podem incluir pagamento de multa e perda dos direitos políticos. Josely explica ainda que essa simulação utilizada pelo governo não deixou de acontecer. Ela está preparando uma outra ação, desta vez investigando o período de 2008 a 2001, contra o governador Antonio Anastasia, que também não aplica o mínimo exigido na saúde de Minas Gerais. Renato Barros, presidente do Sindi-Saúde, afirma que o sindicato também vem acompanhado os valores de aplicação da saúde, para averiguar se a Emenda 29 vem sendo cumprida. Para nós como cidadãos e como trabalhadores em exercício da função pública, é um dever saber se está sendo cumprido o que determina a Constituição. Queremos que seja apurado o caso e responsabilizados os responsáveis pelo desvio. A pressão da sociedade vai fazer com que essas ações tenham agilidade para que sejam punidos os responsáveis e para que não ocorram fatos similares, defende. (Portal Minas Livre)

10 10 de 2 a 8 de maio de 2013 brasil Alta dos preços dos alimentos está ligada ao agronegócio ECONOMIA Para o economista Guilherme Delgado, o aumento dos juros para controlar a inflação tem custos econômicos e sociais José Coutinho Júnior de São Paulo (SP) OLHA O MEU CORDÃO! Tomates! Estou usando ouro, disse a apresentadora Ana Maria Braga, do programa Mais Você, da Rede Globo, no dia 10 de abril. Ela proferiu essa frase e fez o programa inteiro usando um colar feito de tomates, em protesto ao aumento do preço. Diversas piadas em relação ao preço alto do tomate se espalharam pela internet nas últimas semanas. Muito se discutiu na imprensa sobre a alta do preço, alardeando o crescimento da inflação provocado pela alta dos alimentos e que o aumento na taxa de juros seria a medida principal no controle da inflação. Para o economista Guilherme Delgado, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o aumento dos juros para controlar a inflação tem custos econômicos e sociais. O uso político da alta do tomate para forçar o aumento de juros se torna mais evidente ao analisar a queda brusca do preço do fruto A elevação da taxa de juros Selic pelo governo (de 7,25% a 7,5%) não tem nenhum efeito do ponto de vista da contenção inflacionária, mas atende a apetites midiáticos e simbólicos. A linha de contenção da demanda via elevação de juros e redução do gasto social aparece como uma forma de conter a inflação, mas tem custo de muitos empregos e desaceleração econômica. Não me parece que seja essa a via que o governo está seguindo, acredita. O uso político da alta do tomate para forçar o aumento de juros se torna mais evidente ao analisar a queda brusca do preço do fruto. A inflação do tomate em março foi de 122,13%, sendo que no meio de abril o preço já havia caído mais de 75%. Além disso, a farinha de trigo teve um aumento de preço maior que o tomate (151,39%) por conta da seca no nordeste, e não recebeu tanta atenção dos analistas e da mídia quanto o tomate. O tomate é um produto de cultivo cíclico de 90 dias. Se está faltando no mercado é porque os agricultores não estão plantando. O preço que estava muito alto começa a diminuir quando o plantio novo chega. A produção do tomate não é relevante para explicar a pressão inflacionária, porque senão temos um discurso puramente sazonal. Todas as economias do mundo, em todas as épocas, tem problemas sazonais. E isso não é causa de inflação, afirma Delgado. Gerson Teixeira, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), concorda. Existe sim um problema de pressão dos preços dos alimentos, mas o tomate foi usado como um vilão para pressionar o governo a aumentar a Selic. O impacto do preço do tomate na taxa de inflação é mínimo, em torno de 0.2%. Política Agrária Os especialistas avaliam que a alta inflacionária dos alimentos se deve, em grande parte, à política agrícola adotada pelo governo brasileiro, que prioriza as exportações do agronegócio em vez do abastecimento interno. Dados da Abra apontam que, de 1990 para 2011, as áreas plantadas com alimentos básicos como arroz, feijão, mandioca e trigo declinaram, respectivamente, 31%, 26%, 11% e 35%. Já as de produtos do agronegócio exportador, como cana e soja, aumentaram 122% e 107%. Precisamos pensar melhor em como atender a demanda interna e externa para resguardar a estabilidade de preços nos produtos alimentares. Hoje, pensamos em resolver o equilíbrio externo, exportar a qualquer custo para obter superávit na balança comercial e o menor déficit possível na balança corrente. E o resíduo das exportações fica com o mercado interno para resolver as questões de estabilidade. Essa equação está equivocada e precisa ser reformulada, afirma Delgado. Esse cenário faz com que o Brasil dependa de importações de alimentos básicos para suprir seu mercado interno. No ano passado, o país importou 334 milhões de dólares em arroz, equivalente a 50% do valor aplicado no custeio da lavoura em nível nacional. No caso do trigo, o valor das importações foi de 1,7 bilhão de dólares, duas vezes superior ao destinado para o custeio da lavoura, e a produção de mandioca atualmente é a mesma de Para controlar os preços e garantir o abastecimento interno, o governo começa a adotar a criação de estoques reguladores por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção do tomate não é relevante para explicar a pressão inflacionária, porque senão temos um discurso puramente sazonal Essas reservas permitem ao governo intervir caso o preço dos alimentos esteja fora do padrão determinado, e comprar ou vender esses alimentos, com ênfase especial nos que compõem a cesta básica para equilibrar os valores. Segundo Gerson Teixeira, os estoques são estratégicos. Deixamos de estocar na década de 1990, pois prevalece até hoje a tese neoliberal da autorregulação do mercado. Qual o resultado? Não temos estoques de alimentos capazes de impedir a alta dos preços. A política de estoques regulares e estratégicos é fundamental. A presidenta Dilma assinou uma medida importante em fevereiro, criando um conselho interministerial para formar estoques públicos de alimentos. É uma medida extremamente necessária nesses tempos de volatilidade do mercado agrícola, defende. Existe sim um problema de pressão dos preços dos alimentos, mas o tomate foi usado como um vilão para pressionar o governo a aumentar a Selic Elza Fiúza/ABr Tomate não é o vilão: produção do alimento não explica a pressão inflacionária Fortalecimento da agricultura A agricultura familiar e os assentamentos da reforma agrária, de acordo com dados do Censo Agropecuário de 2006, ocupam 30% das terras agricultáveis do país, mas produzem 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. Dessa forma, as políticas para fortalecer a agricultura familiar são uma alternativa para controlar a alta dos preços dos alimentos, garantir o abastecimento interno e diminuir a dependência externa do Brasil em relação aos alimentos básicos. Os assentamentos de reforma agrária e o campesinato em geral tém uma especialização na produção de alimentos. Esse setor, se for devidamente fomentado, pode produzir em grande quantidade os produtos da cesta básica. É uma via importante e necessária a ser trabalhada. Mas não me parece que o governo esteja muito atento a isso, pois para ele o agronegócio resolve tudo, o que não é verdade, afirma Guilherme Delgado. Gerson Teixeira acredita que para alterar este cenário, é preciso incluir os camponeses no meio de produção rural, mas qualificá-los para que sua produção possa se diferenciar da do agronegócio, pois os incentivos oferecidos hoje fazem com que muitos produtores deixem de produzir os alimentos da cesta básica para plantar as commodities valorizadas no mercado internacional. No Brasil, assistimos à passividade e um recuo inexplicável na execução da reforma agrária, que é crucial para o incremento massivo da produção alimentar O que precisa ser feito mesmo é rever a política agrícola e fazer a reforma agrária. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) está completamente esgotado. Ele realizou uma política de inclusão social nas políticas agrícolas, que aproximou a agricultura familiar do agronegócio. Precisamos rever essa política e colocar o Pronaf não como uma estratégia de inclusão, mas de diferenciação para habilitar realmente o agricultor a produzir alimentos de qualidade, propõe Teixeira. Dados do Pronaf revelam que, ao comparar 2003 com 2012, o número de operações de custeio de arroz com agricultores familiares declinou de para (-77.4%). No caso do feijão, o número de contratos de custeio pelo Pronaf reduziu de para (-81%). Os contratos para o custeio da mandioca caíram de para (-69%), e para o custeio de milho declinaram de para (-44%). Teixeira demonstra preocupação com o futuro da agricultura brasileira, diante do quadro de ameaças de mudanças climáticas, em um cenário de enormes desafios para a alimentação de uma população mundial crescente e de expansão da urbanização: No Brasil, assistimos à passividade e um recuo inexplicável na execução da reforma agrária, que é crucial para o incremento massivo da produção alimentar. É inacreditável que não vejam que o agronegócio corre sérios riscos de colapso nesse ambiente, conclui. (Página do MST- EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL A COOPERATIVA CENTRAL DE REFORMA AGRARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO CCA/SP, com sede à Alameda Olga, 399, Barra Funda, São Paulo SP, por sua Diretora Presidente Srta. ROSELY MARIA PAINI, na forma do Art. 51 do Estatuto Social, CONVOCAR seu cooperados para a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada na data de 13 de maio de às 15 hs em sua sede social situada à Alameda Olga, 399, Barra Funda, São Paulo-SP, em primeira convocação com 2/3 (dois terços) do número de cooperados em condição de voto, em segunda convocação Às 16:00 hs com a metade mais um dos cooperados em condições de voto e, em terceira convocação às 17:00 hs com 30% (trinta por cento) dos cooperados em condições de voto, afim de deliberarem a seguinte Pauta do Dia: Adequação do Estatuto social ao Novo Código Civil Lei nº de 10 de janeiro de 2002; Outros Assuntos de Interesse da Sociedade. São Paulo SP, 23 de abril de ROSELY MARIA PAINI Diretor Presidente

11 cultura de 2 a 8 de maio de Os caminhos da esquerda na cultura ENTREVISTA A jornalista Vera Gertel contextualiza a efervescência do teatro brasileiro antes e depois do golpe de 1964, fala das contradições políticas de Getúlio, e descreve porque optou em enfrentar a ditadura Eduardo Campos Lima de São Paulo (SP) O LIVRO UM gosto amargo de bala, autobiografia da atriz, jornalista e militante Vera Gertel, narra uma parte importante da história da esquerda brasileira entre os anos 1930 e Filha de militantes do Partido Comunista, desde a juventude Vera atuou na esfera cultural, fundando com os companheiros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Vianna Filho com quem foi casada o Teatro Paulista do Estudante (TPE), ainda nos anos Trabalhou como atriz no Teatro de Arena de São Paulo, com o qual o TPE se fundiu, e juntou-se ao Centro Popular de Cultura (CPC), iniciativa de radicalização política impulsionada por artistas e intelectuais comunistas, no começo dos anos de Após o golpe de 1964, aproximou-se da luta armada, dando apoio à ação de antigos companheiros como Joaquim Câmara Ferreira, seu padrinho, e Carlos Marighella. Nessa fase, iniciou sua carreira de jornalista e deixou de atuar nos palcos. Em entrevista ao Brasil de Fato, Vera Gertel faz uma análise dos caminhos da esquerda, na cultura e na política, antes e depois do golpe de Brasil de Fato A Ditadura Vargas inspira, muitas vezes, visões ambíguas na esquerda, já que foi um período em que houve alguns avanços importantes na área trabalhista e, ao mesmo tempo, um forte anticomunismo. Que balanço você faz da relação do PCB com Getúlio Vargas? Vera Gertel Não é uma pergunta fácil de responder. Primeiro, porque eu era muito menina, sequer militava. Segundo, só a distância no tempo nos permite uma análise política mais condizente com a realidade vivida na época. Getúlio se inspirava no fascista italiano Mussolini para implantar um nacional socialismo de direita e, portanto, nada democrático, com controle sobre sindicatos pelegos. Ao mesmo tempo, os comunistas exigiam, sob a sigla da Aliança Nacional Libertadora (ANL), um programa bem mais amplo, como anulação das dívidas das nações, nacionalização das empresas públicas, distribuição de terras latifundiárias para os camponeses e proteção ao pequeno e médio proprietário. A ANL era uma frente ampla e para que tudo isso existisse seria necessário um grande apoio popular, do qual Getúlio tinha medo, por receio ao comunismo. A fim de atingir um público mais popular, iam fazer teatro nas favelas em cima de um caminhão, mas na verdade não conseguiam conscientizar ninguém Do meu ponto de vista, que não sou historiadora, ele acabou metendo os comunistas na cadeia para poder seguir sozinho sua linha de caudilho. Afinal, sempre foi um deles. Donde a relação de Getúlio com o PCB ter sido sempre ambígua. De um lado, Getúlio ditador, pondo partidos e líderes populares na cadeia. De outro, os comunistas, com uma orientação dita internacionalista mas, que na verdade, seguia diretrizes de Moscou. E em outros momentos, em que Getúlio não só precisava como merecia o apoio dos comunistas, estes, por erro histórico, apoiaram sua renúncia, que resultou em seu suicídio. Desde muito jovem, sua militância foi ligada ao comitê cultural do PCB. Quais eram as perspectivas de trabalho dos comunistas para a área da Arquivo Vera Gertel Reprodução Eles Não Usam Black-tie, com Lélia Abramo, em montagem de 1958 cultura, na década de 1950? Havia uma linha clara? Não. O PCB não tinha uma linha clara para a cultura. Acontecia de haver comunistas dentro da cultura e das artes brasileiras. E, portanto, uma visão mais revolucionária. Foi o que aconteceu com nossa célula cultural, da qual fazíamos parte eu, Oduvaldo Vianna Filho e Gianfrancesco Guarnieri, que passou a ter a atenção do Partido a partir do momento em que fomos atuar no teatro. Não chegou a ser uma diretriz do Partido, mas era um campo em que nós, comunistas, atuamos. O que liam e debatiam os jovens artistas e militantes do Teatro Paulista do Estudante, em um tempo de influxo, no Brasil, de teóricos marxistas fundamentais? O que nós líamos e debatíamos naquele processo de aprendizado sobre como atuar politicamente dentro do teatro era uma mistura impressionante. De Marx a Lukács, Brecht e Piscator, todos os mestres do chamado teatro atuante e popular. O teatro feito para pensar, sem perder de vista seu entretenimento. Quer dizer, ninguém vai ao teatro só para pensar. É preciso fazer o espectador pensar enquanto ele se delicia com o que se passa num palco ou numa arena. Jean Paul Sartre também foi um grande complicador, porque sua filosofia, em termos grosseiros, privilegiava o indivíduo mais que o coletivo. Mas ao mesmo tempo ele era um tremendo intelectual atuante, que comparecia aos protestos e desfilava pelas ruas com estudantes, etc. Remontagem de Eles Não Usam Black Tie dirigida por Paulo José em 1965 Dedicatória do livro de Marighella Arquivo Vera Gertel A fusão com o Teatro de Arena de São Paulo determinou que tipo de transformações no trabalho e nas perspectivas do TPE? De início, a fusão não implicou em nada que tivesse a ver com nossa visão de teatro político e popular. Fazíamos peças, comédias, bem aburguesadas, apenas para distrair o público e fazer render uma bilheteria da qual sobrevivíamos, ganhando um salário mínimo. Isso na década de O que não impedia que autores como Guarnieri e Vianna começassem a escrever peças mais condizentes com o que pensavam que devia ser denunciado. Assim, com a montagem de Eles não usam black-tie, do Guarnieri, em que o protagonista é um fura-greve que mora na favela, pela primeira vez no teatro brasileiro estávamos falando do povo e não das elites. Como se dava a relação entre os integrantes do Teatro de Arena, do CPC e do MCP? Qual avaliação você faz, hoje, das formulações e da prática dessas três propostas da esquerda cultural do início dos anos 1960? O Teatro de Arena de São Paulo nada teve a ver com a formação dos Centros Populares de Cultura (CPCs), a não ser o fato de alguns de seus membros, como Oduvaldo Vianna Filho e Chico de Assis, serem oriundos do Arena e fundarem no Rio de Janeiro o primeiro CPC, ligado à UNE. Apesar de o Teatro de Arena viajar por todo o Brasil, levando teatro a seus nichos mais recônditos, a lugares em que sequer tinham visto um circo, Vianna considerava que ele era muito pequeno para ser popular. Restou saber o que fosse verdadeiramente um teatro popular. A fim de atingir um público mais popular, iam fazer teatro nas favelas em cima de um caminhão, mas na verdade não conseguiam conscientizar ninguém. Mas não havia só teatro nos CPCs, havia o CPC volante, que saiu pelo Brasil fundando outros CPCs estudantis. Havia coleções de livros populares sobre nossos maiores problemas nacionais, cinema politizante e muito mais. Quando veio o golpe de 1964 eu, por exemplo, ensaiava no teatro que a UNE estava construindo, em sua famosa sede da Praia do Flamengo, uma peça do Vianna sobre reforma agrária, chamada Os Azeredo mais os Benevides, sob a direção de Nelson Xavier, outro oriundo do Teatro de Arena de São Paulo. Toda a análise da conjuntura política e militar feita pelo Partidão mostrou-se uma verdadeira piada Você relata que o PCB estabeleceu como reação ao golpe de 1964 a tática de recuo organizado. Os artistas e intelectuais que passaram a se manifestar em termos de claro recuo revisionista, a partir dali, o fizeram motivados pela determinação do Partido? Os comunistas pertencentes ao Partido sempre obedeceram suas ordens. Nunca esta premissa me pareceu tão verdadeira quanto a obediência a um partido. Mas não deixava de haver descontentamento, porque todos os seus militantes acreditaram nas palavras do Comitê Central de que o Jango tinha um esquema militar suficiente para impedir qualquer golpe de Estado. Não tinha. Àquela altura, a direita era mais forte e apoiada pela política de segurança do continente latinoamericano exigida pelos EUA, dentro do contexto da Guerra Fria. Após o golpe, um importante setor do PCB, capitaneado por militantes históricos como Joaquim Câmara Ferreira e Marighella, adere à luta armada. Por que você se aproximou desse grupo? Eu me aproximei das facções de luta armada que saíram do Partidão porque a falta de preparo deste para reagir ao golpe me deixou envergonhada. Toda a análise da conjuntura política e militar feita pelo Partidão mostrou-se uma verdadeira piada. Tínhamos então que ser muito ingênuos para acreditar naquilo, naquele tal esquema militar legalista das Forças Armadas. Todos que saíram do Partidão para a luta armada se sentiram traídos por um Comitê Central absolutamente incompetente. Em uma época em que o capital passava a exercer controle pesado sobre os meios de comunicação que ainda por cima sofriam censura do regime, como se dava o trabalho do jornalista? Jornalistas amigos meus ou estavam alijados do jornalismo ou se sentiam enormemente frustrados com seu trabalho sob censura. Sabia-se das coisas, mas à boca pequena, sem poder publicar. Isso facilitava enormemente à repressão prender, torturar, matar e desaparecer com militantes políticos. Um terrorismo de Estado implantouse após o AI-5, cujo objetivo era eliminar qualquer traço de esquerda do país. E depois que acabaram com a luta armada, partiram para cima do Partidão com sua linha pacífica, eliminando vários de seus líderes históricos. Mas até hoje, acredite ou não, há comunistas do Partidão que culpam os da luta armada pela violência que se instalou no país. Como se os que militavam contra a ditadura, que foram torturados, mortos ou desapareceram, fossem os verdadeiros culpados pela violência que a repressão instalou no Brasil. Segundo eles, se todos tivessem aderido a uma linha pacífica contra os militares, eles não teriam radicalizado. Dá até vontade de rir. Só não sabem como explicar porque o terrorismo de Estado partiu depois para os comunistas de linha pacífica. Ignoram inteiramente as maquinações da CIA, de um Kissinger e de um Nixon apoiando todos os golpes de direita no continente latino-americano. O que a ditadura militar representou para a cultura e para a vida intelectual brasileira? O pior atraso que poderia haver política e artisticamente para um povo. A juventude em geral não se interessa por política ou pelos rumos que o país está tomando. Noventa por cento do teatro brasileiro é uma bobagem, com raras e honrosas exceções, e o mesmo pode-se dizer de seu cinema. Houve um retrocesso da vida intelectual na imprensa. Antigamente, tínhamos Segundos Cadernos de jornais com uma variedade impressionante de temas interessantes sobre filosofia, política, cultura, ensaios etc. Hoje só temos funk, rock, matérias sobre blockbusters, artistas de novelas, fofocas e vai por aí. Não sou sectária, há lugar para tudo, mas francamente, por que não contratar jornalistas de Segundo Caderno um pouco mais interessados em cultura e menos em frescuras? Serviço Um gosto amargo de bala. Editora Civilização Brasileira, 272 p. Divulgação

12 12 de 2 a 8 de maio de 2013 cultura Espectador ativo OPINIÃO Na presença do público durante a realização da obra, o questionamento se torna possível e desejável Márcio Boaro LEMBRO-ME DE UM FILME de 2003, hollywoodiano, com um enredo que me deixou surpreso. A história se passa na Idade Média e mostra um grupo (uma trupe de comediantes) que apresenta autos bíblicos pelo interior da Inglaterra. Quando o mentor da trupe morre, seu filho, o sucessor, conversa com os outros e decidem tentar algo novo, mas o quê? Estão em um vilarejo controlado por um barão, existe uma feira, algum comércio, mas a estrutura social é feudal. Conversam com os moradores, ficam sabendo de um crime e ouvem a versão oficial do ocorrido: um adolescente foi morto por uma mulher que era acusada de bruxaria. A trupe resolve encenar a esta história. Ao apresentá-la para o público, ficam surpresos, pois os moradores, ao verem a encenação, recusam a história oficial e começam a apontar os seus problemas. Os atores abandonam seu roteiro e passam a encenar o que está sendo narrado pelos moradores. Ao reunir as visões dos moradores, conclui-se que o adolescente foi morto pelo barão, que ele havia abusado do menino, inventado a história e culpado a pária do vilarejo. A população que assiste ao espetáculo se revolta e toma o castelo. Se o cinema apresenta obras acabadas, a internet já demonstrou que a televisão, como o rádio, podem ser veículos de duas mãos O filme retrata um momento em que a produção artística ajudou a questionar o meio social onde as pessoas estavam inseridas. A peça fez com que o público deixasse de ser consumidor; ao participar da produção, as pessoas deixaram de ser espectadoras e passaram a ser colaboradoras. O contraditório em minha experiência é que o público do cinema é espectador por definição passivo. No século passado, o cinema, o rádio e a televisão fizeram o teatro se rever, buscar na sua raiz a sua reinvenção. Com a internet, a indústria cultural, que sem- Os trabalhadores dos demais meios de produção cultural têm muito o que aprender com os coletivos teatrais pre se desenvolveu em sincronia com um mercado comprador, vive uma crise semelhante à que o teatro viveu durante o século XX. Vivemos um momento em que a indústria cultural passa pela transformação mais profunda, uma coisa que não parecia ser possível aconteceu, os meios de reprodução em grande escala das obras deixaram o Olimpo do grande capital e se aproximaram da população. Além disto, mesmo a produção de filmes pode ser realizada por qualquer pessoa que tenha uma boa ideia, acesso a um celular, e à internet. O que foi o motivo do teatro se rever há cem anos, continua a ser e se reafirma: o teatro é uma arte em que o espectador deve ser questionado e deixar a passividade por excelência, pela sua característica básica. Na presença do público durante a realização da obra, o questionamento se torna possível e desejável. Hoje temos acesso a custo baixo a quase qualquer obra cinematográfica, temos acesso a informações de todos os tipos, temos como produzir e divulgar vídeos rapidamente, as linguagens tendem a se transformar. O teatro que conhece sua própria história pode vir a ser uma legítima referência para se questionar o que está sendo proposto na obra durante sua realização e o público ter uma atitude ativa. Este tipo de teatro passa a ser necessário urgente. Não vou falar das produções que insistem em querer disputar com a indústria cultural um jogo perdido, como dizia Brecht quando falava deste tipo de produções há 80 anos: tem consequências tremendas, que não são suficientemente tidas em conta. Pensando possuir um aparelho que na realidade os possui, [os artistas de teatro] defendem um aparelho que já deixaram de controlar, que já deixou de ser, como ainda julgam, um meio para os produtores, para se tornar um meio contra os produtores. Se é possível que os coletivos teatrais renovem a sua linguagem com experiências multimídia, também é possível que os trabalhadores da indústria cultural aprendam com estes coletivos as formas de se organizar para produzir obras que contemplem a participação crítica dos espectadores, pois os meios técnicos estão totalmente disponíveis. Se o cinema apresenta obras acabadas, a internet já demonstrou que a televisão, como o rádio, podem ser veículos de duas mãos. Ao teatro cabe mergulhar em sua história e exercitar com o público a sua capacidade de questionar, de interferir na obra e deixar de considerar natural aquilo que lhe é apresentado. Os trabalhadores dos demais meios de produção cultural têm muito o que aprender com os coletivos teatrais. Márcio Boaro é diretor da Cia. Ocamorana. br dahmer PALAVRAS CRUZADAS Horizontais: 1.Bloco regional criado em 2010 formado por 33 países das Américas (excluindo apenas os Estados Unidos e o Canadá) Camas de hospital A vaca muge e o gato (?). 2.Como a camisa com gola é popularmente chamada Uma das formas de abreviatura para risadas na linguagem da internet Olha. 3.Desde o início do ano, já chega a 40 o número dos que foram resgatados na capital paulista submetidos a condições análogas à escravidão. 4.Ala de um hospital para onde são levados os pacientes em estado crítico Divisão principal de uma peça de teatro Nome, nos Estados Unidos, de um exame equivalente ao vestibular O teólogo Leonardo Boff nasceu neste estado (sigla). 5.Forma italiana de chamar a avó Indica anterioridade e é seguido de hífen Único estado (sigla) que tem sua capital totalmente no hemisfério Norte. 6.A favor de Pacote de direitos e garantias trabalhistas que completa 70 anos do dia 1º de maio Estado (sigla) em que os povos Munduruku e Tapajó realizaram protestos contra a presença da Força Nacional de Segurança. 7.O Carnaval também é chamado desta forma Uma das formas do artigo o, em italiano Liga de ferro misturada com carbono. 8.Lavrar a terra A do Borel, no Rio de Janeiro, acaba de completar 10 anos 9. Diz-se de algo que se lembra de memória, mas que na verdade tem sua origem na palavra coração, em latim, de (?) Conteúdo. 10.O de tucum usado por muitos religiosos e militantes representa o casamento com a justiça social. 11.Por ano, são mais de 2,3 milhões de pessoas que morrem devido a doenças e a (?) de trabalho Nome do sucessor de Hugo Chávez na Venezuela. Verticais: 1. Setor alvo de campanha de democratização. 2.Sigla do estado de Tocantins. 3.João (?), fotógrafo do Brasil de Fato, ligado a movimentos sociais, que teve o nome proposto para rebatizar o MIS de Campinas. 4. Movimento político da esquerda cristã que teve como predecessor a Ação Católica. 5.Parcela,quinhão Polícia Federal. 6.Sigla do estado de Rondônia El (?), guerreiro castelhano vivido por Charlton Heston no cinema. 7.Domínio completo do mercado, geralmente pela união de várias empresas em cartéis ou trustes. 9.Situação vivida por países europeus Sigla do estado do Acre Partido da presidenta Dilma. 10.Doença do aparelho respiratório Existe. 11.País europeu berço do Movimento 5 Estrelas Carta do baralho. 12.Sigla de acordo internacional entre países para concessão de benefícios comerciais. 13.Morro localizado na Tijuca (RJ) onde quatro jovens foram assassinados por PMs em 2003 Cada uma das partes ou unidades de algo. 14.Vasilha de barro ou metal para cozer alimentos. 15.Seu avanço ameaça terras indígenas em todo o Brasil. 16.Que ou quem é alvo de processo judicial. 17.As de rapina são carnívoras com bicos recurvados e pontiagudos. 18.Situação análoga a que são submetidos trabalhadores imigrantes em confecções clandestinas em São Paulo Horizontais: 1.Celac Macas Mia. 2.Polo Rs Vê. 3.Imigrantes. 4.UTI Ato SAT SC. 5.Nona Pré RR. 6.Pró CLT PA. 7.Folia Il Aço. 8.Arar Chacina. 9.Cor Teor. 10.Anel. 11.Acidentes Maduro. Verticais: 1.Comunicação. 2.TO. 3.Zinclar. 4.AP. 5.Cota PF. 6.RO Cid. 7.Monopólio. 9.Crise AC PT. 10.Asma Há. 11.Itália Ás. 12.TLC. 13.Borel Item. 14.Panela. 15.Mineração. 16.Réu. 17.Aves. 18.Escravidão.

13 américa latina de 2 a 8 de maio de A ligação de Cartes com paraísos fiscais PARAGUAI Pai do recém-eleito presidente do Paraguai e mais quatro diretores do seu banco criaram uma conta secreta nas Ilhas Cook, revelam documentos Marina Walker Guevara e Mabel Rehnfeldt DOCUMENTOS obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (Icij, na sigla em inglês) revelam que funcionários do alto escalão do banco paraguaio de Horacio Manuel Cartes, presidente recém eleito no Paraguai pelo partido Colorado, operavam uma instituição financeira secreta num paraíso fiscal do Pacífico Sul. O pai de Cartes, Ramón Telmo Cartes Lind, e outros quatro executivos do paraguaio Banco Amambay S.A. criaram o Amambay Trust Bank Ltd. em 1995 nas Ilhas Cook, uma pequena cadeia de atóis e afloramentos vulcânicos a mais de 6 mil quilômetros de distância do país vizinho ao Brasil. Dono de uma empresa produtora de cigarros, tanto Horacio Cartes como o Banco Amambay, de sua propriedade e com sede em Assunção, foram investigados recentemente por lavagem de dinheiro em uma operação da DEA, a agência antidrogas americana, de acordo com telegramas diplomáticos vazados pelo WikiLeaks em Não foi a única vez em que o Banco Amambay e seus funcionários foram manchete por suposta lavagem de dinheiro embora as acusações nunca tenham levado a prisões. Em março deste ano, o chefe da agência de investigação de lavagem de dinheiro do governo paraguaio afirmou que o banco estava sendo investigado junto com outras instituições financeiras por transferências ilegais de dinheiro ao exterior. No dia seguinte 22 de março o funcionário do governo se retratou e disse que houve uma confusão. O banco Amambay negou qualquer envolvimento em atividades criminais. Dono de uma empresa produtora de cigarros, Cartes foi investigado recentemente por lavagem de dinheiro em uma operação da DEA Um banco sem sede O banco das Ilhas Cook, Amambay Trust Bank Ltd., parece não ter sede nem equipe, mas tem uma licença bancária que permite realizar transações financeiras como um banco normal. No seu pedido de licença, a instituição afirma que sua intenção é fornecer serviços bancários a investidores que precisam financiar alternativas indisponíveis em bancos locais do Paraguai. Esse documento faz parte de um vazamento de 2,5 milhões de documentos sobre paraísos fiscais pelo Icij. Os acionistas do banco offshore eram Ramón Cartes pai do presidente eleito e Guiomar De Gásperi, presidente e vice-presidente, respectivamente, do Banco Amambay. Ramón Cartes morreu em Hoje seu filho, Horacio Cartes, é chefe do conglomerado de negócios da família, que além do Banco Amambay também inclui uma fábrica de cigarros e vários empreendimentos agrícolas. Cartes também é presidente de um popular time de futebol. O colorado apenas se afastou dos negócios da família para concorrer à presidência e diz que continuará longe enquanto comandar o país. O banco das Ilhas Cook, que funcionou até 2000, não está listado no website oficial, entre as mais de 20 empresas que o Grupo Cartes diz ter possuído desde O atual presidente do Banco Amambay, Hugo Portillo, não respondeu às perguntas enviadas pelo Icij; contatado pelos repórteres, Horácio Cartes também não quis fazer comentários. Um ex-diretor da entidade offshore que não trabalha mais no Banco Amambay, Mariano Roque Alonso, disse ao Icij que não se lembra de um banco offshore ou de ter qualquer conexões com ele. Nós nunca nem consideramos uma operação como essa, diz ele. Jorge Raúl Corvalán Mendoza, presidente do Banco Central do Paraguai, que fiscaliza instituições financeiras, diz que desde meados dos anos de 1990 a legislação das Ilhas Cook requer dos bancos uma permissão antes de abrir subsidiárias, inclusive em locais offshore. Corvalán, que se tornou chefe do Banco Central em 2008, diz que não sabia da existência do Amambay Trust Bank Ltd nas Ilhas Cook. Eu não tenho conhecimento do que aconteceu nos anos de 1990, afirma. Já que Ramón Cartes e De Gásperi foram listados como os únicos acionistas no Amambay Trust Bank Ltd nas Ilhas Cook, parece que seria uma empresa separada, mais do que uma subsidiária formal do Banco Amambay. Abrindo o banco secreto Em janeiro de 1995, um advogado do escritório americano Coudert Brothers abordou a empresa offshore Portcullis TrustNet para criar uma empresa nas Ilhas Cook para um grupo de clientes paraguaios. Naqueles anos, as Ilhas Cook tinham começado a construir Reprodução Reprodução de detalhe de propaganda do Banco Amanbay uma reputação um paraíso fiscal competitivo, com uma legislação que favorece o sigilo bancário. Os clientes em questão eram diretores do banco paraguaio fundado apenas três anos antes, o Banco Amambay S.A. Na época em que a entidade nas Ilhas Cook foi criada, o Paraguai embarcava em uma grande crise financeira alimentada pela corrupção generalizada, o que resultou numa fuga de capitais e no fechamento de vários bancos. Os paraguaios chamaram a empresa secreta das Ilhas Cook de Amambay Trust Bank Ltd e se registraram para receber uma licença bancária do Conselho Monetário das Ilhas Cook. Em cartas simultâneas ao Departamento do Tesouro das Ilhas Cook e ao procurador-geral do país, a equipe da Trust- Net afirma que os advogados do Coudert Brothers indicaram-nos que não têm ressalvas quanto aos clientes. Ainda assim, regulamentações locais requerem que a Interpol certifique se os funcionários do banco são idôneos. A checagem do histórico dos acionistas Ramón Telmo Cartes e Guiomar De Gásperi e dos diretores Mariano Roque Alonso, Eduardo Campos Marín e Carlos Eduardo Moscarda demorou um pouco, mas saiu limpa. Os documentos mostram que a TrustNet aprovou resoluções que afirmavam que a empresa não realizaria reuniões anuais e que o banco não teria um auditor. O endereço do novo banco era o escritório da TrustNet na principal ilha do arquipélago, Rarotonga. Com a licença bancária aprovada e Cartes e De Gasperi de posse de um milhão de ações cada, o banco estava pronto para funcionar. O banco das Ilhas Cook, Amambay Trust Bank Ltd., parece não ter sede nem equipe, mas tem uma licença bancária que permite realizar transações financeiras Mais investigações Em 1998, um funcionário do Departamento de Estado norteamericano, Jonathan Winer, escreveu um artigo sobre as ameaças dos paraísos fiscais à economia global. Ele dizia que o Departamento de Estado tinha analisado entidades offshore com sede nas Ilhas Cook e descobriu clientes desagradáveis por trás deles. A nossa análise revelou conexões entre o crime organizado dessa nação-estado do tamanho de um vilarejo com a Rússia e alguns dos atores financeiros mais notórios da região do Pacífico asiático. Entre os banqueiros das Ilhas Cook, Winer destacou sem citar os nomes uma notória família italiana, políticos brasileiros investigados por lavagem de dinheiro e também seis paraguaios, vários falantes de russo operando do Chipre e uma série de bancos da Indonésia. O registro do Amambay Trust Bank Ltd como uma empresa nas Ilhas Cook foi cancelado em 23 de maio de No mês seguinte, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) colocou as Ilhas Cook na sua lista negra de lavagem de dinheiro. O Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro da OCDE condenou as leis das Ilhas Cook por excesso de disposições sigilosas que permitem aos donos de empresas e contas offshore se esconderem nas sombras. Ele observou que o governo das ilhas não tinha nenhuma informação relevante sobre aproximadamente empresas internacionais que haviam se registrado e que não havia registro de documentos de identidade dos clientes dos bancos offshore. O Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro da OCDE condenou as leis das Ilhas Cook por excesso de disposições sigilosas As Ilhas Cook ficaram na lista negra da OCDE até Nesse meio tempo, o Paraguai também decidiu limpar suas relações com paraísos fiscais e proibiu bancos que operam no país de fazer negócio com instituições financeiras que apenas existem no papel em jurisdições offshore distantes. Em 2004, o Ministério Público Federal brasileiro acusou quatro diretores do Banco Amambay que tinham sido diretores do banco das Ilhas Cook Ramón Cartes, De Gasperi, Marín and Moscarda de ajudar brasileiros a sonegarem impostos em 1996, no esquema conhecido como as Contas CC5 eram acusados de evadir mais de R$ 600 milhões do país. Eles foram todos absolvidos em 2009 pelo Superior Tribunal de Justiça por falta de provas.(apublica) Marina Walker Guevara é vice-diretora do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). Mabel Rehnfeldt é membro da Icij no Paraguai, e editora do site ABC Digital. Essa reportagem faz parte do Offshore Leaks, o maior vazamento de documentos relativos a paraísos fi scais de todos os tempos.

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16 16 de 2 a 8 de maio de 2013 internacional No Haiti, o Brasil é só um fantoche ENTREVISTA Próximo de completar nove anos no país, a Minustah mantém a situação de pobreza e censura, assegurando os interesses políticos e econômicos estadunidenses Marcello Casal Jr/ABr Márcio Zonta de Guararema (SP) A MISSÃO de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) completará nove anos em junho. Criada em 2004 pelo Conselho de Segurança da ONU, determinou a ação de tropas estrangeiras no país após o golpe contra o então presidente Bertrand Aristide. Ele foi sequestrado e deposto por forças estadunidenses, sendo obrigado a se exilar na África. Desde então, o Brasil lidera as tropas, que atualmente contam com mais de nove mil soldados de 49 países. Passados nove anos da ocupação militar, o Haiti segue sendo o país mais pobre das Américas: 70% de desemprego e salário médio de 3 dólares/dia. Em contrapartida, a previsão de gastos para manutenção do efetivo militar para o próximo biênio é de 900 milhões de dólares. Em visita oficial ao Brasil, o senador haitiano Jean Charles Moises, autor de um projeto de lei que pede a saída gradativa das tropas estrangeiras de seu país, fez uma série de denúncias referentes à atuação da Minustah na repressão ao movimento popular e sindical. Uma das ações das tropas é dispersar manifestações populares e acabar com qualquer forma de protesto do povo haitiano, denuncia. Ademais, a Minustah é acusada pelo senador de atos de violência contra jovens e mulheres (no âmbito sexual neste caso) por todo o país, além de contribuir com a proliferação de epidemias. Ajudou a agravar a epidemia de cólera no Haiti, doença trazida pelo batalhão do Nepal, que já matou 8 mil e contaminou 700 mil haitianos descreve. Uma das ações das tropas é dispersar manifestações populares e acabar com qualquer forma de protesto do povo haitiano Para Jean, o papel das tropas estrangeiras no Haiti é assegurar o domínio político e econômico de outros países por intermédio da intervenção militar. Quem ocupou realmente o Haiti foram os Estados Unidos, França e Canadá. O Brasil é só um fantoche. Por isso estamos em campanha para sensibilizar os dirigentes latino-americanos para que ajudem incidir sobre a situação da retirada das tropas no país, explica. No encontro que teve com diversos políticos brasileiros em Brasília, Jean tentou alertar sobre a estratégia estadunidense de usar a imagem do Brasil para apaziguar a presença da Minustah no Haiti. Nesse sentido, os estadunidenses foram muito estratégicos, pois, se fosse uma invasão apenas de homens dos Estados Unidos, o povo haitiano se sentiria provocado, mas como existe o exército brasileiro no comando é diferente, porque culturalmente é mais aceitável. Por isso, os Estados Unidos incentivaram o governo brasileiro a enviar tropas para o Haiti, elucida. Ao Brasil de Fato, o senador ainda comenta sobre o alto grau de corrupção no naquele país, da aliança do presidente Michel Martelly com os Estados Unidos, e os motivos que retardam a aprovação de seu projeto de lei para retirada da Minustah do país. Brasil de Fato Como está a tramitação do projeto de lei de sua autoria, que pede a saída gradativa da Minustah do Haiti? Jean Charles Moises O projeto foi aprovado no Senado, mas não foi sancionado pelo presidente, que parece querer a continuação das tropas estrangeiras no Haiti. Qual o interesse do presidente haitiano na continuidade da Minustah no país? O presidente Michel Martelly é aliado dos Estados Unidos e quer as tropas no país para assegurar o saqueio estadunidense sobre nossos recursos naturais. Por exemplo, o ouro, que existe em grande proporção no norte haitiano, está sendo explorado pelas empresas estadunidenses. Nos últimos anos, a expulsão dos camponeses pela Minustah Os gastos referentes a foram de milhões de dólares, e estima-se que para o próximo biênio chegará a 900 milhões em áreas de incidência mineral tem sido constante. A população tem protestado contra o atual governo e a presença das tropas estrangeiras? A população tem retomado algumas formas de manifestação, principalmente diante da postura extremamente direitista do governo de Martelly. Mas uma das ações da tropa é dispersar manifestações populares e acabar com qualquer forma de protesto do povo haitiano. Ainda falta forjarmos um movimento camponês que seja, de fato, revolucionário, e que tenha força para lutar contra as políticas neoliberais que ainda imperam no país. O Haiti segue sendo o país mais pobre das Américas, com índice de 70% de desemprego e salário médio de 3 dólares/dia. A presença da Minustah perpetua essa situação? Sim, porque colabora com a interferência do governo estadunidense no país, que quer fazer do Haiti um grande mercado aberto, além de contribuir ainda mais com a corrupção. Recentemente tivemos um exemplo emblemático de corrupção no país. Conseguimos aprovar um projeto no Senado onde a Petrocaribe [aliança entre países caribenhos com a Venezuela] destinou 30 milhões de dólares para infraestrutura de irrigação e sementes, que beneficiaria os camponeses, mas essa verba foi repassada ilegalmente ao setor privado pelo governo, e a justiça haitiana nada fez. Então a presença militar serve para garantir esse domínio diante de um povo que pode se revoltar a qualquer momento, motivado pelas condições de vida às quais está submetido? A presença estrangeira de tropas militares é justamente para garantir o domínio econômico e político no país. Nesse sentido, os estadunidenses foram muito estratégicos, pois, se fosse uma invasão apenas de homens dos Estados Unidos, o povo haitiano se sentiria provocado. Mas como existe o exército brasileiro no comando é diferente, porque culturalmente é mais aceitável. Por isso, os Estados Unidos incentivaram o governo brasileiro a enviar tropas para o Haiti. Mas, de fato, o comando das tropas é brasileiro? Logicamente que não, quem ocupou realmente o Haiti foram os Estados Unidos, França e Canadá. O Brasil é só um fantoche. Por isso estamos em campanha para sensibilizar os dirigentes latino-americanos para que ajudem incidir sobre a situação da retirada das tropas no país. Na viagem ao Brasil você visitou Brasília e se encontrou com diversos políticos brasileiros, qual a opinião deles sobre os soldados brasileiros no Haiti? A grande maioria de políticos que conversei é favorável à invasão militar estrangeira no país, porque realmente não sabem o que ocorre no Haiti. Eles desconhecem a situação miserável que vive o povo em função dos domínios econômico, político e militar. Inclusive Eduardo Suplicy, com quem conversei Tropas brasileiras patrulham favela de Porto Príncipe também se dizia favorável, mas eu consegui convencê-lo e o mesmo disse que quer ajudar na retirada das tropas. Quantos soldados existem hoje no Haiti a serviço da Minustah e qual o montante de dinheiro gasto com a operação do efetivo? Hoje ocupam o Haiti mil soldados de 49 países. Os gastos referentes a chegaram a milhões de dólares, e estima-se que para o próximo biênio chegará a 900 milhões de dólares. A Minustah é acusada de atos violentos contra jovens e violação sexual infringidas a mulheres por todo o país Quanto o governo haitiano gastaria para manter um exército próprio? Com 10% desse dinheiro gasto hoje, faríamos nosso próprio contingente de soldados que garantiriam a segurança do país. Poderíamos empregar essa verba destinada à Minustah para resolver os problemas de saúde, educação, infraestrutura e emprego do país; o que realmente precisamos. Além do papel de dominação da Minustah sobre o povo haitiano, existem outras denúncias contra a tropa? A Minustah é acusada de atos violentos contra jovens e violação sexual infringidas a mulheres por todo o país. Também ajudou a agravar a epidemia de cólera no Haiti, doença trazida pelo batalhão do Nepal, que já matou 8 mil e contaminou 700 mil haitianos. (Colaborou Paulo Almeida) Jesús Serrano Redondo UN/Minustah Para Jean, Brasil é fantoche da real ocupação estadunidense

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