UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA PRISCILLA DA SILVA ROCHA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA PRISCILLA DA SILVA ROCHA MITOS GREGOS: O TEOR SAGRADO DAS HÍDRIAS DE DORA FERREIRA DA SILVA UBERLÂNDIA 2009

2 PRISCILLA DA SILVA ROCHA MITOS GREGOS: O TEOR SAGRADO DAS HÍDRIAS DE DORA FERREIRA DA SILVA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras, Curso de Mestrado em Teoria Literária do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras. Área de concentração: Teoria Literária Orientadora: Profª. Drª. Enivalda Nunes Freitas e Souza UBERLÂNDIA 2009

3 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) R672m Rocha, Priscilla da Silva, Mitos gregos : o teor sagrado das Hídrias de Dora Ferreira da Silva / Priscilla da Silva Rocha f. Orientadora: Enivalda Nunes Freitas e Souza. Dissertação (mestrado) Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Letras. Inclui bibliografia. 1. Silva, Dora Ferreira da, Hídrias - Crítica e interpretação - Teses. 2. Mitologia na literatura - Teses. 3. Poesia brasileira - Teses. I. Souza, Enivalda Nunes Freitas e. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Letras. III. Título. CDU: 869.0(81) Elaborado pelo Sistema de Bibliotecas da UFU / Setor de Catalogação e Classificação

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5 Para Mamãe. Companheira nos momentos de escrita solitária, nos de angústia profunda e também nos de alegria por cada pequena conquista. À senhora todo meu amor.

6 AGRADECIMENTOS Àquele que vive em mim, Jesus. Fonte de toda graça, pela qual sou livre e na qual encontrei inspiração, não só para escrever, mas para viver em lirismo constante, ainda que existam percalços. À Mamãe. Pelo amor incondicional, os cuidados ilimitados e a permanente presença. Por ter me motivado nos momentos em que pensei em desistir e por me dar a certeza de que estará sempre ao meu lado. Por ser uma professora que ama e orgulha-se de sua profissão, movendo em mim o desejo de seguir trilha idêntica, apesar dos empecilhos. Ao Papai. Por acreditar em mim e por me ensinar o caminho da realização de sonhos, mostrando-me que dele fazem parte dificuldades e obstáculos, mas que todos podem ser vencidos se o anseio pelo alvo for maior que o medo de não atingi-lo. Ter a certeza do seu amor por mim ajudou-me a dissipar todos os temores. Ao meu irmão Joaquim Júnior. Pela amizade que o fez vibrar comigo em todas as minhas vitórias, fossem elas grandes ou pequenas. Por acreditar nos meus sonhos e se orgulhar de mim até quando eu mesma não era capaz disso. À minha irmã Jhully. Por, mesmo sem saber, ter-me inspirado a seguir em frente em meus estudos quando decidiu estudar Letras. Saber que fui para ela exemplo motivoume a prosseguir. Aos meus irmãozinhos Vitória e Marcos Paulo. Por encherem minha vida de alegria e esperança com seu amor puro, tenro e verdadeiro. Lembrar dos seus rostinhos nos momentos solitários dava-me energia para continuar. À Carla, minha boadrasta. Pelo incentivo ilimitado e pela amizade sincera. A seriedade e o afinco com os quais tem se dedicado à vida acadêmica ainda na graduação infundiram em mim o desejo de continuar pesquisando. Um exemplo a ser seguido. Ao Valério. Por ter, ao chegar em minha vida, iluminado a caminhada quando nela já quase não havia mais luz, ainda que estivesse apenas na metade. Por ter me incentivado

7 a prosseguir, demonstrando ter orgulho das minhas escolhas. Tê-lo ao meu lado é um grande presente. Aos meus amigos, André Victor e Carolina Moraes. Por interessarem-se pela minha pesquisa, ainda que não tivesse conexão com suas áreas de atuação. Por ouvirem os meus lamentos e por terem me dado suporte nos momentos de angústia e aflição. Por terem compreendido todas as minhas ausências com amizade verdadeira e fraternal. À minha querida orientadora, Prof. Dra. Enivalda Nunes Freitas e Souza. Por ter acreditado em meu potencial como pesquisadora, mesmo sabendo que minha experiência acadêmica era irrisória. Por ter-me apresentado Dora Ferreira da Silva, dando-me assim a oportunidade de realizar um trabalho prazeroso e relevante. Por ter me conduzido com destreza pelos áridos caminhos do amadurecimento crítico. À colega e eterna professora Soraya Borges Costa. Por ter me dado direção quando eu caminhava errante na busca por um lugar na Academia. Sua ajuda foi imprescindível na elaboração do Projeto de Pesquisa e não fosse sua liberalidade em auxiliar, eu provavelmente não teria chegado até aqui. Às amigas que fiz no Mestrado, Fabiana, Karyne, Lívia e Simone. Por terem tornado a caminhada mais leve. Pelo companheirismo nos momentos de leitura, de descontração, de angústia e de vitória. Pela amizade que me ensinou a crescer como profissional e como pessoa. Às colegas da Área de Línguas Estrangeiras da ESEBA, Isabella, Quênia, Selma e Vilminha. Pelo incentivo, pela camaradagem, pelos auxílios profissionais e pelas ricas trocas, através das quais tenho me desenvolvido como professora, pesquisadora e mulher. Aos professores Elaine, Irley, Ivan e Ivonete do Mestrado em Teoria Literária. Por terem compartilhado seus conhecimentos de forma tão generosa, alargando meus horizontes intelectuais e auxiliando-me em minha pesquisa, lendo com carinho meus trabalhos e fazendo a eles sugestões preciosas. A todos os meus amigos e familiares, que de maneira direta ou indireta fazem parte dessa conquista.

8 (...) As imagens não falam. Os conceitos calaram. Aprenderemos a arte veneranda e finda de fazer mosaicos? Lutaremos com os ícones, iconoclastas?(...) (SILVA, 1999, p. 78)

9 RESUMO O objetivo desta pesquisa está em se investigar parte do imaginário mítico da poeta e tradutora paulista Dora Ferreira da Silva ( ) a partir da análise de poemas retirados do livro Hídrias (2004) e de alguns outros livros da autora. Os poemas escolhidos têm como tema a mitologia greco-romana e seus personagens, cujas histórias são recontadas liricamente pela escritora. Dora Ferreira da Silva resgata a noção de sacralidade que carrega a tradição mítica e demonstra como o homem não é, definitivamente, um ser uno, formado simplesmente a partir do pensamento racional, mas, ao contrário, é extremamente subjetivo e simbólico e passa, necessariamente, pelas vias imaginárias para se constituir como ser completo. A teoria do imaginário, de Gilbert Durand, que valoriza a subjetividade humana e seu aspecto imaginativo, foi usada como base teórica para este trabalho e mostra como o homem será sempre incompleto se não carregar consigo imagens, símbolos, arquétipos e mitos, temas estudados também por Carl Gustav Jung e Mircea Eliade, em cujas fontes bebeu Durand e que têm também parte de suas obras utilizadas como base teórica deste trabalho. O mito de Perséfone é recorrente em toda a obra de Dora Ferreira da Silva e ela o escolheu como sendo seu favorito. Através da análise de poemas que têm como personagem principal essa deusa, investiga-se ainda neste trabalho, resguardando a distância entre biografia e ficção, a relação existente entre a personagem do mito e a poeta. PALAVRAS-CHAVE: Dora Ferreira da Silva, lírica brasileira, mitos, literatura

10 ABSTRACT The purpose of the present work is to investigate a part of the mythical imaginary of the poet and translator from São Paulo Dora Ferreira da Silva ( ). It will be done from the analysis of poems which were chosen from the book Hídrias (2004) and from some this author s other books. The themes of the poems which were chosen are the Greek mythology and its characters, whose stories are retold in a lyrical way by the writer. Dora Ferreira da Silva brings back the meaning of sacrality that the mythical tradition carries with itself, she also demonstrates as the man is not, definitely, a being which is formed only by the rational thought, but, otherwise, he is extremely subjective and symbolic and goes through, necessarily, the imaginary ways to constitute himself as a complete being. The theory of the imaginary, by Gilbert Durand, that values the human subjectivity and its imaginative aspect was used as a theoretical base for this work and shows how the man will be always incomplete if he does not carry with himself images, symbols, archetypes and myths, themes which are also studied by Carl Gustav Jung and Mircea Eliade, in whose fountains Durand drank and who have part of their works used as theoretical base of this study as well. The myth of Persephone is recurrent in all Dora Ferreira da Silva s work and she chose it as her favorite. Through the analysis of poems which have this goddess as the main character, we also investigate in this work, observing the distance between biography and fiction, the relationship that there was between the Persephone and the poet. KEYWORDS: Dora Ferreira da Silva, Brazilian poetry, myths, literature.

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 DORA FERREIRA DA SILVA E A CRÍTICA DO IMAGINÁRIO: UM PENSAMENTO SIMBÓLICO Um percurso poético permeado pelo sentido do sagrado Amor e Morte em Afrodite Hídrias Principais aspectos da teoria do imaginário CAPÍTULO 2 LÍRICO E MÍTICO: POSTURAS QUE SE APROXIMAM Mito e sacralidade Mito e literatura Mitos, arquétipos e inconsciente coletivo Dora Ferreira da Silva, Mircea Eliade e Carl Gustav Jung: vínculos pelo transcendente Mitologia grega A Sibila Narciso (II) CAPÍTULO 3 NOS PASSOS DE PERSÉFONE Mãe e filha Koré X Perséfone: um rito iniciático O simbolismo da passagem no mito de Perséfone Perséfone: arquétipo da dualidade humana Perséfone O poema Hades Hécate CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO ANEXO

12 INTRODUÇÃO O imaginário tem sido amplamente estudado pela Antropologia, Psicologia, Sociologia, Etnologia, dentre outras disciplinas, e o que atrai tantos interesses é o estudo dos mitos, dos símbolos e de sua importância na relação homem/cosmos, isto é, como as configurações simbólicas formatam as maneiras de pensar, bem como as práticas sociais que instituem o homem e seu meio. Na obra As Estruturas Antropológicas do Imaginário, Gilbert Durand conceitua o imaginário como o conjunto das imagens e relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens. (DURAND, 2002, p. 18). Isso significa que o imaginário não é apenas fantasia delirante e desprovida de valor, ele vai além e tem importância idêntica àquela dada, desde Aristóteles, ao pensamento lógico-racional, pois é através de imagens que grandes temas, isto é, temas recorrentes em todos os tempos e em inúmeras e diferentes sociedades, se convergem e se organizam, é através delas que o homem cria simbolismos para explicar o que não consegue pela via racionalizante. O estudo do imaginário voltado para a literatura inicia-se a partir de Bachelard e sua fenomenologia dinâmica. O autor francês vê na poesia o melhor meio para que as imagens produzidas pela psique humana sejam exteriorizadas. A partir dele o poema deixa de ser objeto de simples fruição para tornar-se meio de conhecimento: O objeto poético, devidamente dinamizado por um nome cheio de ecos, será, a nosso ver, um bom condutor do psiquismo imaginante. (BACHELARD, 1990, p. 5). Isso mostra como os estudos feitos no campo da teoria do imaginário podem enriquecer e trazer descobertas aos estudos literários. Dentro da antropologia do imaginário o mito é elemento fundamental; formado por schèmes, arquétipos e símbolos ele aparece em todas as culturas e épocas, demonstrando o poder e a importância da imaginação humana. Por causa disso, são profundas suas afinidades com a poesia: A afinidade entre mito e poesia se encontra na dimensão simbólica de que se reveste a linguagem nessas produções, ou, melhor dito: nelas a linguagem volta ao seu estado natural. (MELLO, 2002, p. 46). Ambos brotam de profundas emoções humanas que são simbolicamente expressadas, representadas através de uma linguagem metafórica e imagética e através de símbolos arquetípicos. A aproximação entre mito e poesia pode ser verificada na obra da escritora paulista Dora Ferreira da Silva. Nascida em Conchas, São Paulo, no dia 1 de julho de 1918, a autora, lamentavelmente, ainda é pouco conhecida nos meios acadêmicos, apesar da vasta obra e da qualidade de sua poesia, pela qual, aliás, recebeu por três vezes o prêmio Jabuti, e uma

13 11 premiação (Prêmio Machado de Assis) da Academia Brasileira de Letras pelo livro Poesia Reunida (1999). Além de poeta, Dora Ferreira da Silva 1 era tradutora, ela traduziu autores como Rilke, Hölderlin, e Jung, só para citar os mais famosos e sua tradução de Elegias do Duíno de Rilke, feita quando a poeta tinha apenas 28 anos, lhe valeu numerosos elogios da crítica. DFS era admirada por nomes de relevo como Carlos Drummond de Andrade, José Paulo Paes e João Guimarães Rosa. A autora faleceu aos 87 anos, na tarde de 6 de abril de 2006 em São Paulo. O imaginário de DFS está intimamente imbricado com a Grécia e o Mediterrâneo, fontes inspiradoras não só por estarem relacionadas com as origens da poeta (sua avó materna era grega) e da própria poesia, mas também por sua força arquetípica, descoberta por DFS ao envolver-se com a tradução de obras de Carl Gustav Jung. Sua relação com a Grécia e o mundo helênico era intensa e apaixonada e ia além da aproximação genética. Em entrevista ao site WebLivros DFS disse: Quando estive em Delphos, não vi nenhum turista, de tão forte que é a Grécia para mim. Só vi os turistas depois, nas fotografias. Lá em Delphos tive a impressão de que, se ficasse um, dois meses, nunca mais voltaria. (SILVA, 1999). A poeta sempre enfatizou a forte influência que o mundo helênico exercia sobre ela própria e também sobre seus escritos. Embora os temas da mitologia grega sejam tão recorrentes, a obra de DFS não é formada apenas por poemas em que tal temática prevalece, mas a presença do mundo clássico pode ser percebida em todos os seus livros. Nos poemas em que há predominância dos temas helênicos o que a poeta faz é recontar os mitos, demonstrando através deles como determinados acontecimentos míticos referem-se a uma realidade humana e contribuindo para que o lirismo de seus poemas repercuta na interioridade do ser. Com essa poeta os mitos ganham novos contornos e a energia simbólica dos tempos arcaicos é renovada. Através de seus escritos percebe-se a atemporalidade da qual é revestida a mitologia e como os personagens criados pelos gregos, séculos antes de Cristo, podem simbolizar a vida humana em qualquer tempo ou lugar. A obra de DFS é carregada de verdadeira poesia e dicção poética (expressão utilizada por Luiz Alberto Machado Cabral para descrever a obra da autora na introdução que fez a Hídrias). Além disso, como se demonstrará neste trabalho, a poeta resgata sempre em seus escritos o sentido do sagrado, o qual não pode ser desvencilhado do mito, já que este existe permeado por aquele. A sacralidade é uma das mais marcantes características da obra 1 Para que a leitura da dissertação seja facilitada, todas as vezes em que, a partir desse momento, se fizer referência à Dora Ferreira da Silva, o nome da autora será identificado pelas iniciais de seu nome, isto é, DFS.

14 12 de DFS, a recorrência aos mitos já demonstra essa especificidade, já que, essencialmente, a mitologia carrega em si aspectos hierofânicos. Mircea Eliade assim definiu o termo sagrado e é sob estes aspectos que o termo deve ser interpretado ao longo deste trabalho: O sagrado manifesta-se sempre como uma realidade de uma ordem inteiramente diferente da das realidades naturais (...). A primeira definição que pode dar-se ao sagrado, é que ele se opõe ao profano (...). O homem toma conhecimento do sagrado porque este se manifesta, se mostra como algo absolutamente diferente do profano. A fim de indicarmos o ato da manifestação do sagrado propusemos o termo hierofania. Este termo exprime apenas o que está implicado em seu conteúdo etimológico, a saber, que algo de sagrado se nos revela. (ELIADE, 1992, p. 12 e 13) Os mitos são sagrados justamente por manifestarem-se como uma realidade completamente diferente das realidades naturais. Os mitos existem exatamente para explicar a realidade natural inexplicável e são, por isso, hierofânicos, isto é, manifestações do sagrado, de acordo com a nomenclatura dada por Eliade. A poesia de DFS é marcadamente povoada pela presença de imagens simbólicas e arquetípicas, por isso seu imaginário mítico é tão vasto e rico. Desta forma, recorrer-se-á à crítica do imaginário, sistematizada por Gilbert Durand, para atuar como apoio na análise de sua poesia. Além da obra de Durand, a de autores como Mircea Eliade e Carl Gustav Jung, pioneiros no estudo de temas essenciais à crítica do imaginário, como mitos e arquétipos, servirão de suporte teórico fundamental para o desenvolvimento desta pesquisa. O eixo central do trabalho terá como objeto o último livro publicado pela autora, Hídrias, de 2004, pelo qual DFS recebeu o terceiro Jabuti. Nesse livro a relação da poeta com a cultura helênica é mais fortemente explicitada, pois é formado apenas por poemas em que a temática grega prevalece. Três dos poemas analisados ao longo dessa dissertação não estão entre os publicados em Hídrias, são eles: Afrodite, Retrato de C. G. Jung e Mãe e filha. O primeiro é de Talhamar (1982), mas, como será melhor explicado posteriormente, há uma versão quase idêntica desse poema publicada em Hídrias, com o título A deusa ; o segundo é do livro Jardins (esconderijos) (1979) e foi inserido nesta dissertação para demonstrar o grande apreço que DFS tinha pela vida e obra do psicanalista suíço Carl Gustav Jung; o terceiro é do livro Poemas da estrangeira de 1995, a razão para a escolha deste poema está em sua temática. Mãe e filha, além de tratar do universo helênico retoma, dentro deste universo, o mito de Perséfone e a relação que essa personagem mantém com sua mãe, a também deusa Deméter. Veremos ao longo deste trabalho que DFS elegeu o mito de Perséfone como seu mitologema, isto é, ele foi escolhido como um mito central dentro da obra da autora e o poema Mãe e filha demonstra essa escolha feita.

15 13 Os versos do poema a seguir, de Hídrias, cujo tema é Apolo, sugerem que a poeta, ao falar desse deus, discorre sobre a importância da poesia para a existência humana, como manifestação do que é sagrado e transcendente: Apolo Hiperbóreo Ele ama a distância além do inverno onde não declinam a luz radiosa e os cantos. Quando se afasta, pássaros silenciam e a fonte em Delfos quase se extingue. Lobos uivam. Imensa é a noite fria em sua ausência. Mas ouve! O jubiloso peã de novo repercute nas pedras brilhantes. Corpos e olivais dourados revivem na dança: o Citaredo retorna coroado de folhas. (SILVA, 2004, p. 37) Apolo foi conhecido na mitologia como sendo, entre outras atribuições, o deus da profecia, da poesia e das artes. Filho de Zeus e Leto, nasceu de um parto gêmeo com a deusa Ártemis. Foi, desde o nascimento, adorado por seres míticos chamados Hiperbóreos, que o levaram a seu país assim que Leto lhe deu à luz. Como deus de artes e poesia ele as representa onde quer que vá e sua ausência significa pesar e angústia, sentimentos que a falta de tais elementos traz aos homens. No poema de DFS o deus Apolo mistura-se à sua atribuição de divindade da poesia. O eu-lírico o vê como sendo a própria arte poética, sem a qual Imensa é a noite fria. Os dois primeiros versos falam a respeito do lugar onde o deus prefere estar, isto é, longe do frio e triste inverno, onde a luz radiosa do sol (outra das atribuições de Apolo é ser considerado o deus do sol) nunca se põe e onde a música é constante. A presença do deus é fundamental para que haja vida em meio aos homens, pois como disse Octavio Paz A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de salvar o mundo. (...) exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. (PAZ, 1982, p. 15). O eu-lírico sabe o quão importante é a arte poética aos homens e lamenta os momentos em que Apolo se afasta, levando consigo toda a magia essencial que é inerente à poesia. Sem Apolo o poeta vê-se órfão, incapaz de escrever e exercer seu papel de profeta no mundo, pois é do deus que irradia tal capacidade. No Dicionário da mitologia grega e romana (2005), Pierre Grimal afirma que o lugar para onde Apolo foi levado assim que nasceu, o país dos Hiperbóreos, tem o céu sempre límpido. Diz ainda o autor que em tal lugar foi celebrado ao deus um culto contínuo, sem interrupções, durante todo o ano em que ele lá permaneceu. O eu-lírico sabe que o país dos

16 14 Hiperbóreos é amado por Apolo, ali a celebração à arte poética é constante e reverente e o sol nunca se põe. Mas ele também sabe o quanto a presença do deus, no poema corporificando a própria poesia, é necessária aos mortais. Sem ela tudo se silencia, os pássaros se calam, as fontes secam, ouve-se apenas o uivo solitário de lobos na noite fria. Sem Apolo o poeta se cala, sem a sua benção ele não é capaz de se manifestar. A poesia está intimamente ligada ao sagrado. A divindade grega a ela se mistura e a ausência de Apolo traz como consequência a ausência poética. DFS sempre creu em tal aproximação e por isso a manifesta em seus escritos líricos. Em entrevista dada à Revista Pena Azul a autora disse: Nós não podemos perder de vista o valor mágico das palavras, que constroem nossas idéias, que buscam rumos novos, que fazem preservar nossas sensibilidades. Nós que fazemos da palavra o grande esforço da consciência, temos que ter em vista sempre a esperança de que o caminho não se diluiu. Vale a pena percorrermos o mundo da palavra, da poesia, indagando-nos sobre tudo e todos, para que a palavra possa nos dar uma aproximação dos grandes segredos que compõem a nossa vida. (SILVA, 1989) DFS nunca deixou de acreditar que Apolo voltaria. O eu-lírico de Apolo Hiperbóreo endossa tal esperança, pois quando o deus retorna, peãs, hinos cantados em honra a Apolo, repercutem em júbilo. As pedras, que são normalmente opacas, tornam-se brilhantes. Homens e a natureza unem-se em regozijo, dançando em forma de celebração. Apolo, o citaredo cantor que toca a cítara retorna a seu lugar de origem. A poesia é restituída ao poeta, os homens podem de novo alegrar-se. A presença poética traz vida, brilho, dança, alegria. Descrevendo a volta de Apolo do país dos Hiperbóreos, assim diz Pierre Grimal: Regressou depois à Grécia e chegou a Delfos em pleno verão, por entre festas e cânticos. Até a natureza está em festa em sua honra: as cigarras e os rouxinóis cantam, as fontes são mais cristalinas. (GRIMAL, 2005, p. 32). DFS usa o acontecimento mítico para invocar a importância sagrada da poesia na vida humana em todos os tempos. Longe da poesia não há vida e seu regresso é motivo de júbilo e celebração, ela reina como Apolo, coroado de flores. Existia uma forte ligação entre DFS e o sol, representado por Apolo. O deus do sol e da poesia exercia sobre a autora um fascínio poético, como ela mesma declarou ao ser entrevistada: Sou uma adoradora do sol, acredito na sua dignidade. Eu não sinto o sol como um astro que vai me queimar a pele, eu o sinto como Apolo. (SILVA, 1989). Para DFS a relação com a natureza era sagrada em todos os níveis e toda essa sacralidade passava pela poesia. Apolo Hiperbóreo demonstra que o lugar onde DFS quer estar é aquele onde estão presentes o sol (Apolo) e a magia da poesia, onde não declinam a luz radiosa e os cantos.

17 15 Dizer que poesia e mito são revelação é pertinente, pois o homem revela-se através dos símbolos que deles fazem parte e, ao mesmo tempo, descobre-se. O que DFS faz é recriar liricamente a tradição mítica. Ela aproxima ainda mais dois tipos de criação humana (poesia e mito) que já têm afinidade natural. A crítica do imaginário resgata esse lado do pensamento humano, o lado simbólico, imaginário, que faz parte das origens do homem e que nunca deixou de ser a ele essencial. Esse lado do pensamento humano não pode existir sem a presença da poesia. Assim, se dentro da teoria do imaginário proposta por Gilbert Durand os mitos e as representações arquetípicas e simbólicas têm importância fundamental, já que estão na base do imaginário humano, e se DFS foi uma poeta que dedicou grande parte de sua produção aos poemas inspirados na mitologia helênica, rica por conter em sua base os mais variados arquétipos e símbolos, pode-se dizer que o estudo desses poemas à luz da teoria do imaginário é um desafio coerente e instigante. O estudo do imaginário só é possível a partir do entendimento de elementos fundamentais como o schème, o arquétipo, o símbolo e o mito. A compreensão de tais elementos faz com que a teoria proposta por Durand, e usada como base teórica deste trabalho, tenha relevante sentido. Vejamos, portanto, sua significação: Schème: É anterior à imagem, corresponde a uma tendência geral dos gestos, leva em conta as emoções e as afeições. Ele faz a junção entre os gestos inconscientes e as representações. (PITTA 2, 2005, p. 18). Exemplo: à dominante postural (verticalidade da postura humana) correspondem os schèmes da subida e da caída, ao gesto de engolir, os do aconchego e da intimidade. Arquétipo: Esquemas ou potencialidades funcionais que determinam inconscientemente o pensamento (DURAND, 2002, p. 30). O significado atribuído por Durand a arquétipo surgiu a partir do conceito dado ao termo por Jung, isto é, imagens primordiais localizadas no inconsciente coletivo. (JUNG, 1964, p. 67). Maria Zaira Turchi, estudiosa da obra de Durand, assim define o arquétipo: É a imagem primordial, unívoca e adequada ao schème. Constitui a junção entre o imaginário e os processos racionais. (TURCHI, 2003, p. 28). Exemplos: o schème da subida será representado pelos arquétipos do chefe, do alto; o do aconchego pelos arquétipos da mãe, do alimento. 2 Danielle Perin Rocha Pitta é professora responsável pelo núcleo de estudos sobre o imaginário na Universidade Federal de Pernambuco. A autora é a mais conhecida discípula de Durand no Brasil e seu livro Iniciação à teoria do imaginário de Gilbert Durand é uma compilação à teoria sistematizada pelo filósofo. O livro traz, de maneira simples, todos os conceitos estabelecidos pelo antropólogo francês.

18 16 Símbolo: Em A imaginação simbólica, Durand recorre à concepção dada por Lalande para explicar melhor o símbolo: qualquer signo concreto que evoca, por meio de uma relação natural, algo ausente ou impossível de perceber. (DURAND, 2000, p. 10). Em As estruturas antropológicas do imaginário ele diz: Quando os arquétipos ligam-se a imagens muito diferenciadas pelas culturas e nas quais vários schèmes se vêm imbricar, encontramo-nos em presença do símbolo. (DURAND, 2002, p. 63). Pode-se exemplificar da seguinte forma: o schème da descida e o arquétipo da mãe permanecem imutáveis, porém, o símbolo que os demarca transforma-se em túmulo, em caverna ou em leite e mel. Mito: Sistema dinâmico de símbolos, arquétipos e schèmes, sistema dinâmico que, sob o impulso de um schème, tende a compor-se em narrativa. (DURAND, 2002, p. 63). Diz Danielle Pitta (2005) que o mito deve estabelecer as relações entre o universo como um todo, entre o universo e os homens e entre os homens entre si. Diz também a autora: É ainda função do mito fornecer modelos de comportamento, ou seja, permitir a construção individual e coletiva da identidade. É assim que uma filha de Maria e uma filha de Iemanjá não terão nem a mesma visão de mundo nem o mesmo comportamento. As duas, entretanto, participarão da imagem arquetípica da Grande Mãe. (PITTA, 2005, p. 18, 19) A partir desses conceitos e definições introdutórios, pode-se dizer que esta pesquisa justifica-se face à oportunidade de se conhecer melhor a obra de uma importante escritora brasileira, que ainda não foi devidamente valorizada pelos meios acadêmicos literários, oportunidade ainda que se estende à compreensão dos fenômenos mítico e simbólico presentes em sua poesia. A abordagem do imaginário e sua íntima conexão com o texto lírico elucidam uma rica multiplicidade de sentidos que poderão ser descobertos a partir da pesquisa proposta. Acredita-se na pertinência do trabalho em pauta no sentido ainda de que ele possa contribuir para o aprofundamento dos estudos sobre a articulação entre imaginário e texto poético. Além disso, espera-se que a pesquisa coopere para que haja um maior interesse nos meios acadêmicos brasileiros, sobretudo os literários, pelos estudos acerca da teoria do imaginário e também acerca da vasta obra de DFS. No primeiro capítulo, intitulado Dora Ferreira da Silva e a crítica do imaginário: um pensamento simbólico, apresentar-se-á o caminho trilhado pela autora em todo seu percurso como poeta. Essa trilha terá início no trabalho de DFS como tradutora, passará por todos os seus livros e pela temática predominante em cada um deles detendo-se especialmente em Hídrias (2004), escolhido como corpus deste trabalho. Finalmente, far-se-á a apresentação de dois livros póstumos da escritora, publicados pelo Instituto Moreira Salles. A relação da autora com o universo grego e a importância fundamental desse universo em sua obra,

19 17 também serão assuntos abordados nesse capítulo e exemplificados a partir da análise de dois poemas escolhidos com tal propósito. Falar-se-á ainda sobre os principais autores lidos pela escritora e as influências recebidas através de tais leituras. Além disso, explicitar-se-á, sobretudo, a respeito do sentido do sagrado que permeia abundantemente toda a sua poesia e a relação intensa existente entre a autora e tal sacralidade. Evidentemente, todo o percurso acima descrito não será feito de maneira detalhada ou pormenorizada, afinal cada um dos livros escritos por DFS e citados nesse primeiro capítulo traria elementos que excederiam o suficiente para a escritura de um novo trabalho de dissertação. Terão ainda enfoque no capítulo em questão alguns dos principais pressupostos teóricos da antropologia do imaginário defendidos por Gilbert Durand, que abarcam cada um dos regimes desenvolvidos pelo autor (diurno e noturno) e as subdivisões do regime noturno, que pode ser sintético ou místico. A partir da compreensão do que for explicitado sobre a teoria do imaginário, será possível perceber o quanto ela se ajusta e traz esclarecimentos úteis para que o objetivo deste trabalho seja alcançado, isto é, investigar, a partir da análise de poemas previamente selecionados, parte do imaginário mítico de DFS. No segundo capítulo, denominado Lírico e mítico: posturas que se aproximam, a conexão entre mito e poesia, já citada no primeiro capítulo, será melhor esclarecida. Far-se-á um trajeto através dos misteriosos e instigantes caminhos míticos, passando pelo detalhamento da questão da sacralidade mítica. Tudo isso culminará na manifesta afinidade que existe entre mito e literatura e, consequentemente, mito e poesia. Também será vista neste capítulo a posição da psicanálise junguiana no que diz respeito ao mito e sua ligação com os conceitos de arquétipo e inconsciente coletivo. Todos esses suportes teóricos, juntamente com a teoria do imaginário, contribuirão para a leitura da obra de DFS, tão influenciada pelo universo mítico grego, o qual será também brevemente analisado no capítulo em questão. A relevância da mitologia e cultura helênicas para a sociedade ocidental será explicitada, e ainda a grande influência que aquela exerceu sobre esta. Além disso, a maneira como o mito se encaixa dentro da teoria do imaginário será também explanada nesse capítulo. Para tanto, a análise de poemas de DFS em que a temática grega é centralizada será fundamental. Por eles será possível demonstrar tanto a atemporalidade mítica quanto a importância do mundo clássico na vida e obra da autora, que foi capaz de recontar os mitos mantendo sua essência, usando para isso a afinidade existente entre eles e o texto lírico. No terceiro e último capítulo, intitulado Nos passos de Perséfone, as reflexões centrar-se-ão no mito grego de Perséfone e sua recorrência dentro da obra de DFS. Por reiteradas vezes a poeta referiu-se ao fascínio que esse mito exerceu sobre ela. Resguardando

20 18 a distância entre biografia e ficção, tentar-se-á esclarecer, quando possível, a forte relação existente entre a personagem do mito que pode ser Koré, nome da deusa quando jovem e ingênua, ou Perséfone, o nome que ganhou ao tornar-se esposa de Hades e a poeta. DFS declarou, em entrevista dada à revista Cult em maio de 1999, que a relação existente entre Koré/Perséfone e Hades era um de seus mitologemas, isto é, tal relação é uma parte importante do mito que a atraiu peculiarmente. Nessa pesquisa serão feitas análises de poemas de DFS, especificamente de Hídrias, em que o mito de Perséfone aparece e, a partir deles, procurar-se-á entender a importância dessa personagem dentro da obra da autora, e como ela e todas as outras figuras míticas que fazem parte de sua história são arquetípicas e atemporais, podendo simbolizar aspectos da vida humana presentes em qualquer tempo e lugar. As diferenças existentes entre Koré e Perséfone e a dualidade inerente à personagem, que é ao mesmo tempo duas e uma, serão também observadas a partir dos poemas. Além disso, os papéis desempenhados por Hades e Deméter, personagens essenciais para o entendimento do mito, serão também analisados à luz do texto de DFS, bem como o papel de Hécate, esquecida em grande parte das versões do mito, mas lembrada pela autora em um dos poemas de Hídrias, que trata do rapto de Perséfone. A obra de DFS, mesmo quando representada apenas pelos poemas em que a autora se vale dos mitos gregos para poetizar, é ampla, verticalizada, profunda. Assim, não se pretende a partir dessa dissertação de mestrado abarcar tudo o que a autora escreveu envolvendo o universo helênico, pretende-se um caminho de análise e interpretação que permita fazer com que a densidade simbólica e imaginária do livro Hídrias seja percebida, valorizada e, principalmente, fruída pelos antigos e novos leitores da obra da poeta paulista. A partir dos poemas escolhidos para serem analisados como corpus desta pesquisa, será possível verificar a qualidade existente nos escritos de DFS e a capacidade que a autora teve de recontar os mitos gregos através de sua poesia, mostrando a atemporalidade neles existente, sem que se perdesse a suavidade lírica de seus escritos.

21 19 CAPÍTULO 1 DORA FERREIRA DA SILVA E A CRÍTICA DO IMAGINÁRIO: UM PENSAMENTO SIMBÓLICO 1.1 Um percurso poético permeado pelo sentido do sagrado Constança Marcondes César, estudiosa da vida e obra do casal Vicente e Dora Ferreira da Silva, disse a respeito desta em artigo escrito para a Revista Agulha: Numa primeira etapa do seu itinerário, Dora Ferreira da Silva retoma os mitos gregos e procura, na perspectiva de um neo-paganismo, a celebração do sagrado, o mito vivo, a proximidade com Deus através da pluralidade dos deuses. É na tradição arcaica, précristã, dos deuses gregos, que a poeta reencontra, num tempo de crise e secularização, a poderosa presença do sagrado. (CÉSAR, 2007) A própria DFS declarou suas impressões a respeito da necessidade do sagrado na vida do homem atual: Acho que o papel do poeta é parecido com o daqueles que levam a tocha na Olimpíada. Mesmo que o mundo esteja dessacralizado, temos que acreditar que a vida é forte, transforma-se e cria novas saídas. Penso na imagem de uma flor brotando nos interstícios de uma pedra. Acredito nas diversas manifestações do divino, no anima mundi. Temos que viver este não-ser, esta noite, esta dor como uma passagem. A fidelidade de cada um a si mesmo é o que se pede. Dar o pouco que se tem, ser fiel à voz interior, é o que se pede aos poetas na tentativa de suprir essa carência dos deuses. (SILVA, 1999) Foi dessa maneira, crendo que o sagrado se manifesta através da poesia, e exercendo papel de profeta nesse contexto, que DFS aparece na cena literária nacional em 1970, através do livro de poemas Andanças, cujas poesias foram escritas por ela desde Andanças foi publicado em edição própria, mas não deixou de ser, por isso, valorizado, já que por ele DFS recebeu o primeiro dos três prêmios Jabuti que acumulou ao longo de sua trajetória como poeta. A respeito de Andanças, diz Vilém Flusser em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo em 28/02/1971 e republicado na fortuna crítica do livro Poesia Reunida: As nobres páginas que são a quinta essência de um labor poético (...). Quinta essência no sentido de purificação e destilação impiedosa e pia, e também no sentido de fragrância concentrada de uma vida de extraordinária sensibilidade. (FLUSSER, 1999, p. 416). DFS só começou a publicar seus poemas dez anos após a morte de seu marido, o filósofo Vicente Ferreira da Silva, com quem viveu por 23 anos e teve uma única filha. Vicente faleceu precocemente em um trágico acidente automobilístico. A residência do casal na rua José Clemente em São Paulo era um centro irradiador de cultura, onde muitas reuniões

22 20 com intelectuais, artistas plásticos, religiosos e professores universitários aconteciam. Desses encontros nasceram duas revistas bastante expressivas: Diálogo, que tinha um enfoque mais filosófico, e Cavalo Azul (nome inspirado na mitologia etrusca, segundo a qual os cavalos azuis é que conduziam as almas para o mundo dos mortos), mais voltada para a poesia e a literatura. Essa revista foi idealizada por DFS dois anos após a morte de Vicente e teve colaborações de Anatol Rosenfeld, o já citado Vilém Flusser, dentre outros, e serviu para DFS divulgar sua poesia em um círculo mais amplo, assim como a de outros poetas da mesma época. Esse período foi muito importante para que DFS decidisse publicar seus escritos. DFS ainda é mais conhecida por seu trabalho como tradutora do que como poeta. Sua erudição vem da quantidade de leituras que fez desde a adolescência. Só traduzia os autores que lia e admirava, portanto, no topo da lista de suas leituras estão Rilke, Hölderlin, Valery e Jung, assim como Saint-John Perse, San Juan de la Cruz, T. S. Eliot, Arthur Rimbaud e Fernando Pessoa. Seus autores brasileiros prediletos receberam homenagens em seus livros. Com Carlos Drummond de Andrade a poeta trocava correspondências, João Guimarães Rosa foi homenageado em um número da revista Diálogo, colaborou na Cavalo Azul e foi algumas vezes às reuniões na rua José Clemente. Cecília Meireles e Clarice Lispector foram também admiradas pela autora. Percebe-se que DFS foi muito influenciada pelos autores alemães, especialmente Rilke (assim como a maior parte dos poetas que vieram depois dele na literatura universal). Um estudo comparado entre os escritos de ambos traria rica contribuição aos estudos literários. É a partir de seu segundo livro, Uma via de ver as coisas (1973), que as temáticas e características que viriam marcar a obra poética de DFS são mais amplamente expostas: a musicalidade dos versos, a predileção pelas formas livres e um pensamento permeado pela emoção, pelo espanto e pelo sentido do sagrado: Uma via de ver as coisas exprime contensão dentro do ritmo. As palavras fluidificamse, imantadas. Há nelas uma vibração interior que capta o incomunicável nessas vias abertas de acesso ao inexprimível, ao recôndito, à visão interiorizada. E eis que a visão interiorizada se completa em visão integrada. (CANNABRAVA, 1999, p. 435) DFS tem a capacidade, e isso pode ser observado em toda a sua obra, de dar acesso, através de sua poesia, ao inexprimível, ao sagrado. A poeta consegue criar verdadeiramente uma nova via de ver as coisas, seus poemas trazem sempre algo novo, diferente do que já foi dito, e isso poderá ser verificado a partir das análises que serão feitas ao longo deste trabalho. No universo de DFS, como já disse Vilém Flusser, tudo é novo: podemos dizer que os poemas surpreendem e fascinam como tudo o que ainda não foi descoberto. (FLUSSER, 1999, p. 422).

23 21 O terceiro livro da poeta paulista é Menina Seu Mundo (1976), cujo título já exprime a delicadeza e sensibilidade pueris que poderão ser encontradas no interior da obra. O universo infantil emerge através dos poemas sem que se perca a força do sagrado, característica inerente à obra de DFS. Pelo mundo da menina passeiam plumas, joaninhas, formigas, cigarras e outros bichos, além da esperança; todos eles, segundo disse Dalila L. Pereira da Costa na apresentação do livro, surgem em toda sua pureza, orvalhados pela realidade originária do ato mesmo da criação. (COSTA, 1999, p. 113). Jardins (esconderijos) (1979) é o quarto dos nove livros que DFS publicou em vida. Nele o sentido do sagrado continua, assim como a recorrência aos mitos gregos, que aparecem desde Andanças e é uma das características mais fortes e patentes da obra da autora. Nesse livro DFS canta o Jardim, com todo o seu simbolismo, canta as flores (rosas, papoulas, magnólias), os pássaros, os insetos, e outros elementos que compõem um jardim e seus esconderijos, sempre trazendo à tona o novo através de imagens inesperadas. Ainda em Jardins DFS faz honrosas homenagens àqueles que, como ela, souberam expressar poeticamente o mundo, como Eliot, Pessoa, Cecília Meireles, dentre outros. Por Talhamar (1982), seu quinto livro, DFS recebeu menção honrosa no Pen Club. Em Talhamar, assim como em Hídrias (2004), o universo grego predomina. A maior parte dos poemas trata de momentos na vida de deuses e heróis gregos, ou de algum elemento que fazia parte daquele mundo. Diz José Augusto Seabra sobre o livro: Povoada de mitos e de deuses, a poesia de Talhamar mergulha em raízes dionizíacas, mas embebe-se, embebeda-se de luz apolínea. (SEABRA, 1999, p. 463). O filósofo português Agostinho da Silva, amigo íntimo de DFS e frequentador assíduo das reuniões em sua casa, em carta escrita à poeta, sobre Talhamar, disse: Teu livro é de uma beleza tal que ninguém a não ser um grande Poeta ou um crítico de gênio, o que é o mesmo, ousaria prefaciá-lo. Tudo o que de mais profundo teve a Grécia e não o foi na luminosidade da arte ou no esplendor racional claro e veladamente se expõe no que nestas páginas é ode ou peã ou elegia, e do passado interroga o futuro. (SILVA, 1999, p. 468) O seguinte livro escrito pela poeta de Conchas foi Retratos da origem de Muitos disseram que com Retratos DFS atingira o ponto mais alto de sua poesia, tamanha a erudição e sensibilidade ali encontradas. Na verdade esse não foi o ápice da autora, DFS superou-se em obras futuras. Os poemas de Retratos da origem diferenciam-se sob o ponto de vista estético e estrutural daqueles de livros anteriores, têm um caráter narrativo e, como o nome do livro já diz, retrata aspectos das origens da autora, como a série de poemas intitulada Crônica dos Bulliarattis, Bulliaris, Bugliari, povo cigano-grego-calabrez, do qual, segundo José Paulo

24 22 Paes (1999), DFS descende. Há também inúmeros poemas dedicados a Conchas - cidade natal da autora e, como não poderia deixar de ser, aparece no livro a temática grega, através da reestruturação dos mitos e do aparecimento de personagens da mitologia helênica em alguns poemas. Com Retratos da origem mais uma vez DFS surpreendeu seus leitores e críticos. No poema Conchas III, pode-se apreciar parte dessa origem que DFS intentou retratar: Ela nasceu em Conchas poemas incompletos Pai: moreno e violeiro morto na jovem estação Deixou viúva duas filhas Mãe: ítalo-greco-albanesa entenda quem puder Rezava orações contra tempestades no mar e fechava a cruz da direita para a esquerda (...) (SILVA, 1999, p. 217) Em 1995 a autora lança Poemas da estrangeira. Nele DFS volta ao jardim de Jardins (esconderijos) (1979) confirmando o que disse Gerardo Mello Mourão na introdução de Poesia Reunida (1999): O poema de DFS é permanente e fluvial, seu acontecimento heraclítico, sempre outro e sempre o mesmo. (MOURÃO, 1999, p. 25). Ela volta a falar dos jardins, dos pássaros e dos elementos a eles ligados, sempre com o inegável sentido do sagrado o próprio jardim é arquétipo ligado à sacralidade e também explicitado a partir dos mitos gregos. Em Poemas da estrangeira encontramos ainda alguns poemas escritos por DFS em alemão, língua que dominava (como sabido, ela traduziu Rilke e Hölderlin) e apreciava, traduzidos para o português por seu amigo e crítico Vilém Flusser. São poemas originalmente escritos para Talhamar e Jardins (esconderijos). DFS escreve em outro idioma e fala sobre a Grécia com propriedade, como se fosse uma estrangeira, vinda de lá. Alemã, grega, brasileira, quem era DFS afinal? Verdadeiramente ela podia ser todas em uma só, conseguia reunir características alemãs, gregas e brasileiras, além de inúmeras outras, que serão descobertas ao longo deste trabalho. Diz Gilberto Kujawski em crítica feita a Jardins (esconderijos): Dora cultiva um jardim secreto onde a terra é a infância, e se completa com o céu no mesmo contínuo, sem ruptura nem oposição. Jardim encantado cheio de esconderijos que levam diretamente ao país do mito, e onde as fontes cantam as origens, as flores sussurram augúrios, o vento procede do Éden e as árvores falam do reino das sombras. Nesse jardim alquímico a terra e o céu não se negam, mas se conjugam; corpo e alma, vida e morte, o próximo e o distante não se excluem, mas se acoplam um com o outro. (KUJAWSKI, 1999, p. 465) Poemas da estrangeira proporcionou a DFS seu segundo Prêmio Jabuti.

25 23 Poemas em fuga (1997) é o último livro de DFS que faz parte da coletânea Poesia Reunida (1999), nele ela canta principalmente a música e sua magia, a beleza dos ritmos e melodias e a alegria indizível que trazem as canções. Ana Maria Lisboa de Mello, em seu livro Poesia e imaginário (2002) dedica um capítulo para falar sobre O ritmo no discurso poético, nele ela fala sobre a clara aproximação existente entre música e poesia, retomada por DFS em Poemas em fuga. Mello diz: Embora se saiba que, na poesia primitiva, como a grega, o verso era cantado, os laços entre a poesia e a música se foram desfazendo, e a poesia passou a ser recitada, em vez de cantada, de forma que a união entre o ritmo musical e o da linguagem assentase, principalmente, no parentesco genético. Contudo, embora o ritmo musical e o poético sejam diferentes, eles se constituem como que a alma dessas criações artísticas eis por que a associação continua viva. (MELLO, 2002, p. 127) A associação a respeito da qual se refere Ana Maria Mello é feita com propriedade por DFS no livro em questão. Nele, ela canta ainda os amigos que se foram, inclusive aqueles que não conheceu, mas considera amigos, por tê-los lido ou apreciado verdadeiramente suas obras, como Blake, Rimbaud, Rilke e outros que a ela trouxeram importantes reflexões e inspirações. Além dos já citados livros, DFS publicou também Cartografia do imaginário (2003), título sugestivo dentro da pesquisa em questão, pois a confirma. Não há dúvidas de que DFS valorizava o imaginário humano e nesse livro ela buscou mapeá-lo, cartografá-lo através da poesia. Rodrigo Petrônio, em resenha feita ao livro para a Revista Agulha (Revista eletrônica que faz parte do site Jornal de Poesia ), o chama de mosaico de mitos e diz que todo o livro é composto em um jogo de dualidades fundamentais (...) a dança entre o presente e a memória, entre o eterno e o instante, entre o esteio mítico coletivo no qual a humanidade se ceva e as experiências individuais intransferíveis que compõem o que há de mais genuinamente nosso como indivíduos. Petrônio escolhe a imagem do anjo tangendo um alaúde na capa do livro para iniciar a exposição de seu pensamento: Penso que a aparição do anjo é um acontecimento que remonta ao duplo domínio, à conjunção de vida e morte, transcendência e matéria, e vem sempre associada a uma reprodução do universo humano em uma dimensão maior, algo que estaria no limiar entre o puro Espírito desencarnado e a feição humana talhada na argila (...). É nesse intervalo que Dora compõe seus poemas e abre sua via singular de acesso à poesia. (PETRÔNIO, 2003) Esse intervalo localiza-se entre o tangível e o intangível, entre o material e o transcendente, entre o visível e o invisível. Nesse espaço o poeta é ele mesmo e expõe sem reservas tudo aquilo que deseja o seu imaginário. É desse lugar poético que nasce Cartografia do imaginário, um livro que pretende mapear mistérios da imaginação humana partindo sempre do sagrado, do transcendente. Como ela mesma disse ao apresentar seu livro:

26 24 Cartografia do imaginário é um mapa onírico que abarca tempo e espaço poéticos diferentes. (SILVA, 2003). Tanto é assim que o livro é dividido em quatro partes: a primeira não ganhou título; a segunda, composta por treze pequenos poemas de temática única é Estátuas ; a terceira Do outro lado ; e a quarta e última Poemas vários. Do outro lado trata da mitologia da infância, esse outro lado refere-se, como bem explicou a própria DFS na orelha de seu livro, ao outro lado da rua, que não era atravessável. As Mães proibiam. Tratava-se de uma espécie de rio Lete e o barqueiro era a imagem do atropelamento fatal. (SILVA, 2003). Em Cartografia continua patente a paixão de DFS pelo universo mítico, não apenas no que diz respeito à Grécia, de cujos mitos ela sempre falou em seus poemas, mas também em relação ao Egito e sua mitologia sagrada. Osíris, Horus, Seth, Isis, além dos já familiares à autora, Perséfone, Vênus (Afrodite), Apolo e Dionísio, aparecem como personagens de vários poemas em Cartografia do imaginário. Nesse livro, Osíris, além de ser o deus da morte e da vegetação, é também um menino que vivia Do outro lado e é nessa parte do livro que a mitologia egípcia se funde à mitologia da infância, demonstrando a capacidade da autora de conceber a poesia como um verdadeiro mapa para se percorrer a imaginação humana, indo de mundos existentes a inexistentes, de mundos presentes a mundos passados, todos presentificados pela força do mito. O poema Sob os aros, aqui colocado como objeto de pura fruição, é um exemplo dessa capacidade: Sob os aros... Sob os aros da lua brincávamos na rua: Osíris de ouro claro corria ao meu encalço. Não se sabe o que era aquele ar de primavera subitamente presente entre um e outro. O que o fazia tão belo? Era de um mundo distante além do remoto horizonte. EGIPTO a palavra nos transcendia e subitamente fazia a Noite cair tão perto. E com ela, seu deserto. Osíris começara a ausentar-se da calçada. A Noite o transportara ao nada. (SILVA, 2003, p. 59) A seguinte publicação da autora é Hídrias (2004), eixo central deste trabalho e sobre o qual serão desenvolvidos comentários detalhados mais adiante. DFS deixou ainda três séries de poemas inéditos, a saber, O Leque, Apassionatta e Transpoemas. O Leque foi lançado pelo Instituto Moreira Salles em 04 de dezembro de 2007,

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