RESUMO REFERENTE A PALESTRA PROFERIDA NO SENGE/RJ EM 10 DE NOVEMBRO DE 2014
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- Otávio Corte-Real Marinho
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1 CURSO DE INSTALAÇÕES DE GÁS RESUMO REFERENTE A PALESTRA PROFERIDA NO SENGE/RJ EM 10 DE NOVEMBRO DE 2014 Gás Natural Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) Considerações gerais objetivando à uma inspeção de segurança equilibrada e com pleno conhecimento das novas práticas executivas adotadas por empresas concessionárias, distribuidoras e instaladores. Uma instalação de gás até 20 ou 25 anos atrás, caracterizava-se por uma canalização construída em geral em aço galvanizado, quase sempre embutida, com poucos trechos aparentes e com todo o seu receituário de execução e dimensionamento obtido de uma forma geral pelo RIP (Regulamento de Instalação Predial de Gás Canalizado). No RIP encontrávamos e encontramos ainda, detalhes construtivos de cabines ou armários de medidores, bastante espaçosos, cabendo desta forma e quase sempre, vários tipos e tamanhos de medidores, medidores estes que com o avanço da tecnologia, passariam a ser bem menos robustos e mais leves que os antigos, além de esquemas de ramificações internas das edificações, tabelas de dimensionamentos diversas, tanto para tubulações em aço como em cobre e várias outras informações. Alguns destes detalhamentos demonstrados lá no RIP estão exemplificados a seguir: EX. 1- Detalhe de cotas para cabine de medição: 1
2 EX. 2- Esquema para obtenção de ventilações superiores EX. 3- Esquema para obtenção de ventilações inferiores EX. 4- Tabela de dimensionamento de tubulações 2
3 TUBOS DE AÇO - DIMENSIONAMENTO PARA EDIFICAÇÕES COM RAMIFICAÇÕES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS Tal padrão de execução de instalação ainda muito utilizado, mas basicamente por empresas que projetam ou executam instalações em novas edificações (em construção), teve adicionado à ele, um novo padrão visual e com novos conceitos ou procedimentos, baseados em normas técnicas internas criadas pelas companhias concessionárias estaduais (CEG no RJ) e aceitas pelas companhias distribuidoras de GLP também. São as instalações executadas de forma aparente (externas), normalmente em tubulações de cobre, devendo estes novos padrões serem do conhecimento geral de técnicos que venham a realizar inspeções nas instalações de gás nas edificações e que se constituem em novidades para grande parte das pessoas, apesar de vir sendo utilizada há vários anos. Estas normas não estão disponíveis para o público em geral, são destinadas exclusivamente aos contratados da companhia concessionária, que executam de forma terceirizada para a própria concessionária estes novos padrões, já existindo várias centenas delas em vários municípios do estado. Tais padrões modificam também e bastante, os padrões (dimensões e cotas) antigos de montagem de abrigos/armários de medidores, com economia de espaço utilizado para isso nas edificações. A seguir algumas fotos de instalações executadas por este formato : -Nova instalação aparente em cobre e novo armário de medição em edificação: 3
4 _Trecho de instalação aparente em cobre, em área externa (totalmente ao tempo) em condomínio residencial horizontal: - Instalação aparente em conjunto residencial, destinado ao consumo de GLP, com medição individualizada (o abrigo de medidores à esquerda é alimentado por central de botijões de GLP): Os novos padrões já citados, preveem também a aceitação e instalação de armários de medidores em áreas comuns livres das coberturas de edificações, desde que se tome os cuidados a seguir: O acesso aos abrigos deve permanecer desimpedido, para facilidade de inspeção e marcação do consumo. Recomenda-se que o acesso aos abrigos seja por escada fixa não apoiada em escadas de emergência ou antecâmaras de incêndio. Recomenda-se para abrigos de medidores localizados em coberturas, cujo acesso seja através de escada tipo marinheiro, possuam guarda-corpo de proteção contra queda a partir de 2,00 m de altura. 4
5 INSPEÇÃO NAS INSTALAÇÕES Dividimos em 4 compartimentos principais uma instalação de gás, para informarmos as observações e procedimentos mínimos que devamos ter para uma inspeção: Abrigos, armários ou cabines de medidores Ramais internos- trecho do ramal de ligação com a rede externa que se encontra no interior da edificação- anterior ao medidor Ramificações internas- canalizações entre cada medidor e pontos de consumo no interior dos imóveis Aparelhos de utilização de gás e adequações do ambiente- fogões, aquecedores, fornos, caldeiras, estas últimas mais comuns em instalações comerciais e outros equipamentos residenciais e comerciais. 1- ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE MEDIDORES A área total das aberturas para ventilação das caixas de proteção ou abrigos- mínimo 1/10 (um décimo) da área da planta baixa do compartimento. As caixas de proteção ou armários de medidores localizados nos andares para gás natural devem ser ventiladas através de aberturas localizadas na parte inferior das portas (fresta mínima de 1 cm de altura) e por outra abertura na parte superior da caixa de proteção ou cabine, comunicando diretamente com o exterior ou através de duto vertical adjacente, este com a menor das dimensões igual ou superior a 7 cm (pode ser em tubo PVC). A área total das aberturas para ventilação, incluindo fresta e o duto, deve ser no mínimo igual a 1/10 (um décimo) da área da planta baixa do compartimento. Neste caso, o duto vertical adjacente deve comunicar com o exterior através da extremidade superior. As caixas de proteção ou armários de medidores localizados nos andares para gás liquefeito do petróleo devem ser ventiladas através de aberturas localizadas na parte superior das portas (fresta mínima de 1 cm de altura) e por outra abertura na parte inferior da caixa de proteção ou cabine, comunicando diretamente com o exterior ou através de duto vertical adjacente, este com a menor das dimensões igual ou superior a 7 cm (pode ser em tubo PVC). A área total das aberturas para ventilação, incluindo fresta e o duto, deve ser no mínimo igual a 1/10 (um décimo) da área da planta baixa do compartimento. Neste caso, o duto vertical adjacente deve comunicar com o exterior através da extremidade inferior. Outras não conformidades relatadas pelo RIP, devem ser levadas em consideração, como a proibição de entulhos, materiais inflamáveis, hidrantes, botijão ou qualquer outro que possa provocar centelha, etc no interior do abrigo, além de proibição de qualquer dispositivo elétrico, devendo sua iluminação se necessária, ser à prova de explosão, com plaqueta fixa ao corpo da lâmpada indicando a norma NBR Cuidados adicionais devam ser tomados em se apontar escapamentos em seu interior em qualquer componente, principalmente aqueles referentes a utilização de GLP, bastante suscetíveis a essas ocorrências. 5
6 Valem para abrigos de reguladores de pressão os mesmos cuidados e observações dos abrigos de medidores, inclusive ventilação interna. 2- Ramais internos É proibida a passagem de ramal por tubos de lixo, dutos de ar condicionado, no interior de cisternas, dutos de água pluvial ou esgoto, em dormitórios e ainda: Em compartimentos não ventilados. Em qualquer vazio a não ser que amplamente ventilado. Em poços de elevadores. Deve estar protegido contra choques e estar em boas condições aparentes, não apresentando oxidações, amassamentos, nem escapamentos localizados, devendo estar pintado de amarelo nos trechos aparentes. Valem as mesmas observações para o trecho de ramal de GLP entre centrais de GLP e armários de medidores. 3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS Proibição de passagem de instalação em ambiente não ventilado e por dutos de lixo. A instalação deverá estar em perfeito estado, não se admitindo imperfeições físicas quaisquer. Obrigatório distância mínima de 20 cm de instalação para qualquer tubulação ou equipamento elétrico, principalmente nos casos de pontos e trechos aparentes, mais fáceis de serem constatados. Espaçamento adequado entre suportes de instalação aparente e fixação firme. No caso de instalações deste tipo, estas deverão estar pintadas em amarelo, ou em caso de outra cor ter adesivos GÁS ao longo de sua extensão. Não se admite qualquer trecho da canalização em PVC. Para uma inspeção rigorosa e completa, devem ser submetidas a testes de estanqueidade com ar comprimido à pressão de operação do gás, para verificação quanto a presença de fugas (escapamentos). 4- APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS E ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES Todos aparelhos devem ter registros próprios. Tais registros devem ser do tipo esfera, não se admitindo outro tipo. Ligações de pontos de gás aos aparelhos, por meio de tubos flexíveis que cumpram os requisitos da norma NBR e com sua inscrição em seu corpo. Aparelhos de gás somente em locais com ventilação permanente, de acordo como preconizado pelo RIP (mínimos de 600 cm2 ventilação superior e 200 cm2 ventilação inferior) e não podem ter escapamentos de gás ou vazamentos em qualquer de seus componentes. Fogões com mais de 360 kcal/min deve ter instalação complementada com coifa ou exaustor. Em instalações comerciais principalmente, nas quais normalmente encontramos ambientes e aparelhos diversos daqueles existentes em instalações residenciais, considera-se como área mínima total de ventilação, o resultado da seguinte equação: área de vent (cm2)=2,5xconsumo de todos os aparelhos em kcal/min.) Aquecedores obrigatoriamente com chaminé (exceto aquecedor de circuito fechado) com trecho vertical mínimo de 35 cm, e sempre ascendente, indo diretamente ao exterior, sendo provida em sua extremidade final de terminal T, sendo seu diâmetro de acordo com o que dispõe o RIP e normas referentes. 6
7 Volume mínimo de banheiros com aquecedor é de 6m3. Devem ser realizados testes de monóxido de carbono nos ambientes portadores de aparelhos a gás de acordo com as normas vigentes. PRINCIPAIS NORMAS APLICÁVEIS ABNT NBR 14177:2008 Tubo flexível metálico para instalações de gás combustível de baixa pressão. ABNT NBR 15923:2011 Inspeção de rede de distribuição interna de gases combustíveis em instalações residenciais e instalação de aparelhos a gás para uso residencial. Procedimento. ABNT NBR 13103:2013 Instalação de aparelhos a gás para uso residencial- Requisitos. ABNT 15526:2012 Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais- projeto execução. ABNT NBR 13523:2008 Central de gás liquefeito de petróleo. ABNT NBR 5580:2013 Tubos de aço carbono para usos comuns na condução de fluidos. ABNT 15345:2013 Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre- Procedimento. ABNT 13206:2013 Tubos de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de fluidos- Requisitos Regulamento de Instalações Prediais- RIP- Decreto de 10/07/1997 Realizado por Eng. Civil José Aurelio Bernardo Pinheiro FIM XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 7
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