A Psicopatologia e a Psicoterapia pela ótica da PSICOTERAPIA COGNITIVA NARRATIVA

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1 A Psicopatologia e a Psicoterapia pela ótica da PSICOTERAPIA COGNITIVA NARRATIVA Autores: Lina Sue Matsumoto Videira & Prof. Dr. Óscar F. Gonçalves lina.sue@hotmail.com

2 1. INTRODUÇÃO: A metáfora narrativa adotada por diferentes escolas terapêuticas, na busca de compreender o indivíduo, seu disfuncionamento psicológico e a formulação psicoterapêutica. A narrativa instrumento fundamental = entender a maneira como o homem constrói e organiza sua experiência e o seu conhecimento. Desta forma, a psicopatologia poderia ser vista como uma ficção narrativa e a psicoterapia como uma criação narrativa?

3 2. HISTÓRIA: A psicopatologia cresceu ao redor da histeria uns a viam como um produto da imaginação, outros fabulavam sobre sua etiologia biológica. Charcot a hipnose produziria os sintomas da histeria (eventual produto dos próprios mecanismos de ideação ). Surgia o dilema (até hoje) as doenças psicopatológicas não era verdadeiramente uma doença, ou, era uma doença sem doença, ou, uma doença que residia unicamente nos sintomas físicos ou psicológicos que a ideação produzia. Talvez a dificuldade em separar o factual do ficcional em psicopatologia, se explique na curiosa instabilidade nos sistemas diagnósticos.

4 APA - 1ª versão DSM classificação oficial psiquiátrica, produzindo, numerosos sistemas pretensamente universais, de classificação das doenças mentais. Hipnose surge instigador das novas psicoterapias, um modo de, por meio da sugestão, tratar a doença da sugestão nasce a psicoterapia como uma criação narrativa para resolver as problemáticas ficções narrativas do paciente. Psicoterapias não nascem como uma cura no sentido estrito, mas a verdade é que as próprias patologias a que se dirigiam não eram, também elas, doenças no sentido estrito talvez explique como a psicoterapia rapidamente se ramificou numa incomparável produção criativa, e, em menos de 100 anos, mais de 500 tipos distintos foram criados.

5 3. DISCUSSÃO: De acordo com o indivíduo, a sociedade, a época e a cultura, haverá a alternância de vários sistemas de representações de doenças, que se entrelaçam e coexistem. O pensamento científico (e o popular ), escreveram ao longo do curso da história narrativas com infinitas variações. Categor ias Ano de Publicaçã o Nº de páginas DSM-I DSM-II DSM-III DSM-III-R DSM-IV DSM-IV-TR DSM-V (?) (?) (?) Mais de mil páginas separam o DSM-I (1952) do DSM-V (previsão 2012) e mais de 500 psicoterapias coexistem desde Charcot.

6 4. CONCLUSÃO: O fato da psicopatologia ser altamente ficcionável abre uma porta de esperança. Talvez que a psicopatologia resulte, não da existência de um mecanismo interno (biológico ou psicológico) subjacente, mas sim da própria construção narrativa do paciente. Aquilo que hoje designamos de psicoterapia como prática clínica, poderá ser substituído por formas de conceber a intervenção clínica à luz do paradigma da criação O objetivo da psicoterapia não é curar uma doença ou resolver um problema, mas sim expandir os processos de construção narrativa dos pacientes na direção de níveis mais sofisticados e complexos de expressão.

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8 5. BIBLIOGRAFIA: Abreu. C. N. (2005). Teoria do Apego Fundamentos, Pesquisas e Implicações Clínicas. São Paulo: Casa Psicólogo. Abreu, C. N. & Roso, M. (e cols.). (2003) Psicoterapias Cognitiva e Construtivista Novas Fronteiras da Prática Clínica. Porto Alegre: Artmed. Pilgrim, D. (2007). Key Concepts in Mental Health. London: Sage Publications. Bentall, R. P. (2004). Madness Explained : Psychosis and Human Nature. London: Penguin Books. Gonçalves, O. F. (1998). Psicoterapia Cognitiva Narrativa Manual de Terapia Breve. Campinas: Editorial Psy. Gonçalves, O. F. & Gonçalves, M. M. (Coord.). (2007). Psicoterapia, Discurso e Narrativa: A construção conversacional da mudança. Coimbra: Ed.Quarteto.

9 MUITO GRATA PELA SUA ATENÇÃO! Lina Sue Matsumoto Videira Psicóloga, colaboradora do -IPq-HC-FMUSP, professora de Psicoterapia Cognitiva na Universidade Paulista-UNIP, com aprimoramento em Transtornos Alimentares (-IPq-HC-FMUSP), especializanda no Curso Avançado de Terapias Cognitivas (IPq-HC-FMUSP) e especializanda no Teste de Rorschach(Sociedade Rorschach de São Paulo).