ANÁLISE COMPARATIVA DA VIDA DAS FERRAMENTAS DE CORTE ALISADORA (WIPER) E CONVENVIONAL (STANDARD) NO TORNEAMENTO DE ACABAMENTO DO AÇO SAE 4140

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1 7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 7 th BRAZILIAN CONGRESS ON MANUFACTURING ENGINEERING 15 a 19 de abril de 213 Penedo, Itatiaia RJ - Brasil April 15 th to 19 th, 213 Penedo, Itatiaia RJ Brazil ANÁLISE COMPARATIVA DA VIDA DAS FERRAMENTAS DE CORTE ALISADORA (WIPER) E CONVENVIONAL (STANDARD) NO TORNEAMENTO DE ACABAMENTO DO AÇO SAE 414 André João de Souza, ajsouza@ufrgs.br Alexandre Souza Azambuja, alexandre.azambuja@ufrgs.br Marcelo Souza de Mello, marcelo.souza@ufrgs.br Guilherme Cortelini da Rosa, guilherme.cortelini@ufrgs.br Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, Departamento de Engenharia Mecânica DEMEC, Rua Sarmento Leite, 425 Centro CEP: Porto Alegre, RS. Resumo: Os processos de usinagem de alto desempenho procuram associar os parâmetros ótimos de corte e a máxima taxa de remoção de material com ferramenta mais adequada, controlando o estado da superfície usinada. Neste trabalho, pretendeu-se avaliar de maneira comparativa a vida das ferramentas convencional (standard) e alisadora (wiper) com raio de quina r =,4 mm no torneamento de acabamento do aço SAE 414. Ensaios preliminares (corte a seco) mostraram que a rugosidade média R a = (1,99,17) m foi obtida com ferramenta convencional usando velocidade de corte v c = 515 m/min, avanço f =,15 mm/volta e profundidade de corte a p =,5 mm, enquanto que com a ferramenta alisadora, dobrando-se tanto o avanço (f =,3 mm/volta) quanto a profundidade de corte (a p = 1, mm), obteve-se R a = (1,67,18) m. A metodologia de análise consistiu de ensaios de vida com os parâmetros supramencionados em que foram feitas medições de rugosidade da peça e de desgastes das ferramentas até que se atingiram valores que pudessem comprometer o desempenho do processo. O tempo decorrido até a falha foi o tempo de vida da ferramenta. Pretendeu-se com isso determinar a viabilidade da aplicação da wiper na situação descrita. Palavras-chave: torneamento de acabamento, ferramentas standard e wiper, rugosidade da superfície usinada. 1. INTRODUÇÃO O torneamento de acabamento é a operação final, sendo em alguns casos a única operação. A prioridade é a qualidade final da superfície e as tolerâncias dimensionais da peça. Para esta etapa do processo, a combinação de avanço e profundidades de cortes reduzidas com altas velocidades de corte, conforme Diniz et al. (21) produz uma quantidade razoável de cavaco sem que haja influencia da vibração na remoção do sobremetal da peça. Thomas (1982) define como etapas importantes em qualquer processo de usinagem a definição dos parâmetros de entrada (material da peça e suas características; geometria e material da ferramenta; potência e rigidez da máquina ferramenta; parâmetros de usinagem), pois quando escolhidos erroneamente, geram falhas na ferramenta como desgaste precoce ou até quebra, além de peças com acabamento impróprio. A geometria da ferramenta é o conjunto de propriedades geométricas que a define composta por arestas, ângulos, raio de ponta (r ) etc. As definições destas características estão presentes na norma NBR 6163 (ABNT, 199). Machado et al. (29), explica que as características de formação de cavaco, a durabilidade da ferramenta, a potência exigida e o acabamento superficial são afetadas pela escolha da geometria da ferramenta. O presente trabalho baseia-se nos estudos comparativos entre as ferramentas standard e wiper realizados por Geier et al.( 211), Geier e Souza (211) e Mello et al. (212) e na continuidade desta pesquisa. Geier et al. (211) apresentaram inicialmente a relação entre as rugosidades média (R a ) e total (R t ) e a taxa de remoção de material (Q) para as ferramentas citadas, utilizando corpos de prova dos aços, SAE 12, SAE 145 e SAE 414 trefilados a frio. Em seguida, Geier e Souza (211) investigaram o desempenho dessas ferramentas de dois fabricantes no torneamento de acabamento do aço SAE 414 para dois raios de ponta (r =,4 e,8 mm) e quatro avanços (f =,75,,15,,225 e,3 mm/volta) em relação aos parâmetros de rugosidade R a, R t e R a /R t. Verificaram, dentre outras coisas, que para r =,4 mm e f =,3 mm/volta foi possível obter superfícies usinadas com valores de R a inferiores a,9 μm para a ferramenta wiper e próximos de 2,5 μm para a standard. Depois, Mello et al. (212) apresentaram equações empíricas que descrevem a textura superficial obtida no torneamento de acabamento do SAE 414, através dos parâmetros de rugosidade R a e R t a partir de diferentes combinações de avanço f e raio de ponta r com vistas a obter a melhor correlação possível em operações de corte para a geração de baixos valores de rugosidade.

2 Por fim, o objetivo deste trabalho é avaliar comparativamente o desempenho das ferramentas convencional (standard) e alisadora (wiper) com r =,4 mm no torneamento de acabamento a seco do aço SAE 414, a partir da aquisição direta de valores de rugosidade (peça) e de desgaste (ferramenta de corte) após cada passe de usinagem Ferramentas Convencional (Standard) e Alisadora (Wiper) O aumento do raio de ponta da ferramenta a torna mais resistente, porém acarreta aumento da vibração devido ao maior atrito causado pela maior área de contato entre peça e ferramenta. O acabamento da superfície depende muito da relação entre avanço (f) e raio de ponta (r ε ). Por sua vez, esta relação contribui diretamente para a rugosidade da peça, podendo ser descritas pela Equação 3.2, sendo este o menor valor de rugosidade possível no processo de torneamento (Diniz et al., 21; Machado et al., 29; Kalpakjian e Schmid, 21). 1 f Rt 8r f 125 r 2 2 (1) Uma pastilha convencional tem raio de ponta único [vide Fig. (1b)], que pode variar de,1 a 2,4 mm. Além disso, a rugosidade está diretamente relacionada ao avanço utilizado. Os insertos wiper são pastilhas de alta produtividade usadas em operações de semiacabamento e acabamento em usinagem. Podem ser aplicadas em torneamento com altas taxas de avanço, sem perder a capacidade de gerar bom acabamento superficial, nem a capacidade de quebrar cavacos. Estas ferramentas possuem uma alteração na geometria, mais especificamente no raio de ponta (Fig. 1a), de modo que tanto os valores de avanço (f) quanto de profundidade de corte (a p ) possam ser o dobro dos valores usados nas ferramentas convencionais sem depreciar o acabamento superficial da peça (Sandvik, 212). Ainda de acordo com o Sandvik (212), o raio de ponta em uma pastilha alisadora (wiper) tem sua construção utilizando de 3 a 9 raios diferentes. Isso aumenta o comprimento de contato das pastilhas e o efeito das faixas de avanço ou a superfície de um modo positivo. Segundo estudo comparativo realizado por Grzesik e Wanat (26) sobre o acabamento gerado em processos de torneamento de materiais endurecidos, as superfícies usinadas apresentam valores similares de rugosidade para ambas as geometrias de ferramenta quando utilizado avanço f =,1 mm/volta para standard e f =,2 mm/volta para wiper. A Figura (1b) mostra a comparação da rugosidade quando utilizadas as duas ferramentas. Standard Wiper Figura 1. Geometria da ferramenta: raios (r e r ) e faces planas na ponta do inserto wiper, comparação entre as geometrias standard e wiper (Mello, et al., 212) Vida da Ferramenta de Corte A vida de uma ferramenta de corte é medida pelo tempo no qual ela efetivamente trabalha entre duas afiações sucessivas ou a troca da aresta de corte do inserto. Machado et al. (29) dizem que por maior que seja a dureza e a resistência ao desgaste das ferramentas e por menor que seja a resistência mecânica da peça, a ferramenta sempre sofrerá desgaste e em algum momento precisará ser substituída. Isto se dá porque durante a usinagem, a ferramenta é exposta a uma combinação de fatores de origem abrasiva, mecânica, química e térmica. Já que os materiais da peça e da ferramenta não são homogêneos, os desgastes e as avarias podem ser observados na ferramenta durante o seu uso. Diniz et al. (21) citam que para operações de acabamento, o fim de vida de uma ferramenta de corte pode ser definido quando não é mais possível conseguir tolerâncias apertadas ou o acabamento requerido na superfície usinada da peça, devido principalmente ao desgaste de flanco V B na superfície de folga da ferramenta. Para Ferraresi (1977), a ferramenta deve ser substituída antes de atingir valores que possam originar quebra da aresta de corte, pois esta, não terá condições de satisfazer as exigências impostas de tolerâncias e acabamento. O desgaste é definido pela norma ISO 3685 (1993) como a mudança da forma original da ferramenta durante o corte, resultante da perda gradual de material. A progressão do desgaste apresenta-se como uma falha contínua e progressiva e em proporções pequenas, podendo ocorrer por vários mecanismos entre os quais a deformação plástica. Por ser um processo contínuo, o comportamento do desgaste pode ser modelado matematicamente ao longo do seu progresso, até o dano completo da ferramenta (Machado et al., 29).

3 Nas ferramentas de metal duro com cobertura, segundo Diniz et al. (21), VB cresce lentamente em virtude da alta resistência ao desgaste das camadas de cobertura da ferramenta até atingir valores na ordem de,3 a,4 mm, enquanto que o desgaste de cratera é muito pequeno ou inexistente. Após o desgaste das camadas de cobertura, o corte passa a ser realizado pelo substrato da ferramenta, que possui menor resistência ao desgaste fazendo VB crescer mais rapidamente, atingindo valores da ordem de,8 a 1, mm em um tempo muito curto. Os parâmetros de maior influência na progressão do desgaste VB são a velocidade de corte (v c ), o avanço (f) e a profundidade de corte (a p ), respectivamente nessa ordem. Assim, o impacto no tempo de vida causado por um acréscimo de 1% em v c é muito maior do que ocorreria se f fosse alterado na mesma proporção. Isso ocorre, pois quanto maior v c, maior o calor conferido ao processo, sem acrescer área da seção de corte. Já quando aumentado f, aumenta-se a quantidade de calor, porém aumentando a área da ferramenta que o recebe (Diniz et al., 21) Rugosidade e Acabamento Superficial O estudo do acabamento torna-se importante nos casos em que se exige boa precisão no ajuste entre peças unidas, e naqueles em que a precisão dimensional e de forma não são satisfatórias para garantir a funcionalidade do conjunto. O objetivo de um processo de usinagem é obter uma superfície técnica que apresente fatores superficiais (textura) e subsuperficiais (integridade) apropriados, a fim de garantir segurança, confiabilidade e longa vida ao componente fabricado (Mesquita, 1992). Quando analisadas em detalhes, as superfícies técnicas resultantes do processo de corte exibem irregularidades finas ou erros microgeométricos formados por sulcos ou marcas deixadas pela ferramenta que atuou sobre tal superfície. A estas irregularidades dá-se o nome de rugosidade. A rugosidade gerada na usinagem é mais influenciada pelo processo que pela máquina. Fatores que podem contribuir com a sua formação: marcas da quina da ferramenta ou de fragmentos da mesma, as quais podem apresentar natureza periódica para alguns processos e aleatória para outros; geração de rebarba do material durante a operação; restos de aresta postiça de corte de uma ferramenta na superfície usinada; forma geométrica do quebra-cavaco na quina da ferramenta (Machado et al. 29). Dentre outros, os parâmetros utilizados no presente trabalho para avaliar a textura da superfície usinada são a rugosidade média e a rugosidade total. Rugosidade Média (R a ) é a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas dentro do percurso de medição L, apresentada na Fig. (2) e calculada pela Eq. (2): 1 1 f f Ra P( x) dx Ra 32,75 L 18 3 r r L 2 2 (2) Figura 2. Rugosidades R a e R t em um perfil de superfície P(x) de uma amostra de comprimento de medição l m (adaptado de Mello et al., 212). Rugosidade total (R t ) é a amplitude pico a pico, ou seja, a delimitação dada pela maior altura de pico e pela maior profundidade de vale do perfil dentro do percurso de medição (Fig. 2). Mello et al. (212) determinaram empiricamente as Eq. (3) e (4) para calcular, respectivamente, a rugosidade média R a [m] e a rugosidade total R t [m] para a ferramenta wiper, com f [mm/volta] e r [mm]. r Ra,52 3,56 f 2,12 (3) Rt,664 4,4, r f f (4)

4 Cada processo garante uma precisão sob determinadas condições de usinagem. Na Tabela (1), Álvares (21) mostra a classe de tolerância (IT) e a rugosidade média (R a ) que podem ser obtidas por torneamento e retificação na usinagem de superfície cilíndrica externa. Tabela 1. Precisão e acabamento superficial obtidos nos processos de torneamento e retificação de uma superfície cilíndrica externa (Álvares, 21). Processo Operação Classe de Tolerância (IT) Rugosidade R a [m] Torneamento Retificação Desbaste Semiacabamento ,5 1 Acabamento 7 9 1,25 2,5 Ultraprecisão 5 6,8-1,25 Desbaste 7 9,63,8 Semiacabamento 6 7,16,63 Acabamento 5 6,8,16 2. MATERIAIS E MÉTODOS O procedimento experimental consistiu basicamente em ensaios de longa duração aplicando ferramentas convencionais e alisadoras no torneamento de acabamento a seco em corpos de prova de aço SAE 414. Foram realizados cortes longitudinais externos utilizando o torno CNC Mazak QTN 1-II (Fig. 3). Medições periódicas do desgaste da ferramenta e da rugosidade da superfície usinada foram realizadas e os valores devidamente registrados. Figura 3. Torno CNC Mazak QTN 1-II; Corpo de prova fixado para realização da operação Caracterização do Corpo de Prova O aço SAE 414 é considerado um aço de médio carbono, possui,4% de carbono, apresenta características de alta temperabilidade, má soldabilidade e usinabilidade razoável, além de boa resistência à torção e à fadiga. Possui baixa dureza e resistência à tração, porém excelente resistência ao choque e elevado alongamento e perita lamelar que é responsável pela dureza do material e apresenta uma resistência à tração superior à ferrita, porém possui menor ductilidade. É empregado em peças que exigem elevada dureza, resistência e tenacidade, sendo assim, muito utilizado pela indústria automotiva. Conforme Chiaverini (28), este aço possui melhor usinabilidade com estrutura perlítica lamelar e esferoidita grosseira. Neste trabalho foi utilizado o SAE 414 laminado a quente, por ser um aço amplamente usado pela indústria e que apresenta características metalúrgicas as quais propiciam o desgaste prematuro das ferramentas de corte. A sua composição química é apresentada na Tab. (2), conforme a norma SAE-J44 (Gerdau, 23). Tabela 2. Composição química do aço SAE 414 (Gerdau, 23) % C % Mn % P (Máx) % S (Máx) % Cr % Mo % Si,38,43,75 1,,3,4,8 1,1,15,25,15,35

5 Com o objetivo de verificar a homogeneidade do aço, foi realizado ensaio de dureza Brinell, utilizando um durômetro Reicherter D736, encontrando-se o valor médio de 26 HB. O valor para tensão de escoamento (σ esc = 2 MPa) foi retirado de Matweb (212). Outro fator metalúrgico que tem grande influência na usinabilidade é a microestrutura. A Figura (4) mostra a do material usado no trabalho vista pelo microscópio Pantec MMI 2, com ampliação 2x e ataque em Nital 5%. Foi observada no núcleo a presença de perlita e em menor quantidade ferrita com estrutura de grãos poligonais. Na periferia, observou-se a ocorrência de descarbonetação originada no processo de laminação a quente. Já as dimensões do corpo de prova são indicadas na Fig. (5). Para obtê-las, as peças inicialmente com diâmetro de 65 mm e comprimento cerca de 8 mm foram preparadas em um torno convencional efetuando a remoção da carepa (corte longitudinal), o faceamento (corte radial) e o furo de centro para a fixação no torno CNC entre placa e ponto. Figura 4. Microestrutura do aço SAE 414 com ampliação 2x: núcleo; periferia. Figura 5. Dimensões do corpo de prova de aço SAE 414 (em milímetros) Propriedades da Ferramenta de Corte Nos experimentos foram usados insertos com formato triangular básico negativo (T-Max P), raio de ponta r =,4 mm e quebra-cavacos para torneamento de acabamento (PF e WF), além de cobertura MTCVD (do inglês Medium Temperature Chemical Vapor Deposition) de TiCN/Al 2 O 3 /TiN (GC4215) (Fig. 6). TNMG TNMX Figura 6. Insertos utilizados: geometria convencional (Standard); geometria alisadora (Wiper). O sistema de fixação do inserto no suporte é do tipo cunha-grampo para minimizar as vibrações. O portaferramentas MTJNL 22K utilizado possui ângulo de posição r = 93. A Tabela (3) mostra as especificações recomendadas pelo fabricante para os insertos standard e wiper para definir os parâmetros de máquina (v c, f e a p ) utilizados nos experimentos. Tabela 3. Especificações das ferramentas utilizadas (Sandvik, 212). Porta Ferramenta Inserto Especificação ISO MTJNL 22K 16M1 standard wiper TNMG PF 4215 TNMX WF 4215 Parâmetros Recomendados Parâmetros Intervalos de Uso v c [m/min] ( ) f [mm/volta] (,7,3) a p [mm] (,25 1,5) v c [m/min] (415 57) f [mm/volta] (,8,3) a p [mm] (,2 3,)

6 2.3. Definição dos Parâmetros de Corte Para as geometrias standard (S) e wiper (W) realizaram-se dois ensaios de longa duração em torneamento no torno CNC empregando-se os mesmos parâmetros (Tab. 4). Tabela 4. Parâmetros de Corte Utilizados. Ensaios v c [m/min] f [mm/volta] a p [mm] e 515,15,5 e 515,3 1, A velocidade de corte foi mantida constante (v c = 515 m/min). Nos ensaios e, os parâmetros usados foram avanço f =,15 mm/volta e profundidade de corte a p =,5 mm. Nos ensaios e, utilizaram-se os dobros do avanço (f =,3 mm/volta) e da profundidade de corte (a p = 1, mm) para ambos Descrição dos Procedimentos de Medições de Falhas No decorrer do processo para as quatro situações, o inserto utilizado e a peça usinada foram supervisionados constantemente através da medição periódica (a cada passe da ferramenta, que corresponde ao comprimento usinado de 5 mm) a fim de avaliar os desgastes e/ou avarias na ferramenta de corte e de rugosidades (R a e R t ) na superfície do corpo de prova. Para examinar a falha da ferramenta por desgastes, foi utilizado o microscópio digital USB Dino-Lite modelo AM- 413ZT, com resolução de 124 x 768 e ampliação de 55x (Fig. 7). Para a realização da medição de desgastes na ferramenta, o inserto foi retirado da porta-ferramenta (fixado na máquina-ferramenta) e colocado em um suporte projetado e fabricado para posicioná-lo sempre na mesma posição, com objetivo de adquirir imagens e realizar as medições com auxílio de um software dedicado. Figura 7. Microscópio Dino-Lite AM-413ZT; Interface do software dedicado para aquisição das imagens. Já a medição de rugosidade da superfície do corpo de prova foi feita através do rugosímetro portátil Mitutoyo modelo SJ-21 com resolução de,1 µm (Fig. 8a). Para a realização da medição, o corpo de prova também é removido do torno CNC e fixado em uma base magnética para a realização da leitura dos valores de rugosidade (Fig. 8b). As leituras foram retiradas em três planos defasados entre si de 12º. Figura 8. Rugosímetro Mitutoyo SJ-21; Rugosímetro em operação.

7 VB C [mm] VB C [mm] 7 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O D E E N G E N H A R I A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 5 a 1 9 d e A b r i l d e P e n e d o, I t a t i a i a - RJ 3. RESULTADOS E ANÁLISES Os resultados obtidos no torneamento a seco do aço SAE 414 com as ferramentas de geometria convencional (standard) e alisadora (wiper) foram avaliados de forma comparativa sob dois aspectos: análise da rugosidade gerada na peça; e análise dos desgastes das ferramentas Análise da Rugosidade Gerada na Peça A primeira análise realizada foi em relação ao acabamento superficial da peça usinada, mais especificamente as rugosidades média (R a ) e total (R t ). A Figura (9a) mostra os gráficos das rugosidades médias e a Fig. (9b) das rugosidades totais obtidas nos Ensaios / e /. Ao observar as duas figuras, verificam-se comportamentos similares. Desta forma, as prováveis explicações são as mesmas. 8 Rugosidade Média (R a ) vs Comprimento Usinado (L) L [mm] 4 Rugosidade Total (R t ) vs Comprimento Usinado (L) L [mm] Figura 9. Comparativo de rugosidades entre as ferramentas standard e wiper para os parâmetros da Tab. (4): rugosidade média (R a ); rugosidade total (R t ). A tendência normal de um ensaio de vida de ferramenta é que, conforme o uso do inserto, o acabamento da superfície usinada da peça piore, ou seja, a rugosidade aumente. É possível visualizar essa tendência nos gráficos de e da Fig. (1). No entanto, apesar do comprovado aumento do desgaste da ferramenta com o proceder dos passes [vide Fig. (11), item 3.2], este comportamento não pôde ser observado pelos gráficos de e. Uma possível explicação para este fato está na geometria do cavaco gerado: menores valores de f e a p (Situação 1 ) fazem com que o cavaco seja mais largo e menos espesso e, portanto, mais difícil de se quebrar. Com o desgaste da ferramenta, a geometria da aresta de corte é modificada. Como este cavaco se quebra com mais dificuldade e a aresta desgastada modifica o enrolamento do cavaco, este se volta para a peça e é esmagado pela ferramenta de corte, prejudicando o acabamento da superfície usinada. Assim, a rugosidade aumenta com o aumento do desgaste. Para a Situação 2, mesmo com maiores valores de desgaste, isto não se verifica, pois o cavaco é menos largo e mais espesso e, por isso, mais fácil de quebrar. Outra explicação menos provável seria a relação entre raio de ponta e a profundidade de corte. Verifica-se que uma relação a p /r = 1,25 (pequena Situação /) pode promover uma curvatura lateral do cavaco, afastando-o da superfície usinada, enquanto que uma relação a p /r = 2,5 (grande Situação /) pode gerar uma curvatura lateral somada a uma curvatura vertical, fazendo com que o cavaco vá de encontro à superfície de folga da ferramenta, prejudicando o acabamento. Ainda com relação aos gráficos da Fig. (9), para ambas as ferramentas pode-se observar um aumento dos valores de rugosidade da Situação 1 para a Situação 2, por motivos óbvios (R a f 2 ).

8 VB C [mm] 7 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O D E E N G E N H A R I A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 5 a 1 9 d e A b r i l d e P e n e d o, I t a t i a i a - RJ Já com relação às classes de tolerância e valores de rugosidade média R a, duas situações distintas são observadas: 1. Com uma confiança de 95%, os valores de rugosidade encontrados para as situações [R a = (1,21 ±,24) µm], [R a = (1,86 ±,4) µm] e [R a = (2,32 ±,13) µm] no comprimento usinado de 15 mm refletem uma situação de acabamento em torneamento, mencionada na Tabela 3.1, mostrando que a textura obtida é compatível com a classificação estabelecida. 2. O valor de rugosidade encontrado para a situação [R a = (7,43 ±,8) µm, 95% de confiança] no comprimento usinado de 15 mm cogita uma situação de semiacabamento em torneamento, mencionada na Tabela 3.1, indicando que a textura obtida não é compatível com a denominação PF (finish) da ferramenta TNMG. De acordo com Sandvik, 212, as ferramentas wiper foram projetadas para operar com o dobro dos valores de avanço (f) e profundidade de corte (a p ) usados nas ferramentas standard, sem depreciar o acabamento superficial da peça. Esta tendência pôde ser observada durante os ensaios e pode ser vista na Fig. (9), onde o ensaio com os parâmetros dobrados da wiper () apresenta desempenho similar ao da ferramenta standard (). Em componentes que exijam menor responsabilidade, a medição da rugosidade média R a pode ser a única a ser considerada. Porém, ao utilizar valores médios, podem-se esconder diferenças grandes entre picos e vales que, em algumas condições, podem levar ao colapso do componente usinado. Para evitar este problema, a medição da rugosidade total R t mostra-se importante, pois não se restringe à amostra dos valores. Geier e Souza (211) mostraram através de Análise de Variância que a variação da geometria da ferramenta tem efeito significativo sobre a relação entre a rugosidade média e a total da superfície usinada. Assim, a Fig. (1a) ilustra os gráficos das relações entre as rugosidades média e total obtidas nos Ensaios / e /. Pode-se observar que a relação entre as rugosidades média e total se mantém relativamente estável para a geometria standard ( e ), ou seja, não há aumento ou diminuição significativa do valor de R a /R t ao longo do comprimento usinado L. Já para a geometria wiper, observa-se para um aumento da relação com o aumento de L e para uma diminuição. Isto pode mostrar que a alteração da relação R a /R t com o desgaste da ferramenta [vide Fig. (11)] é mais sensível com a utilização da ferramenta alisadora. De modo a comprovar a eficácia destas estimativas propostas por Mello et al. (212), a Fig. (1b) ilustra os valores obtidos experimentalmente e os calculados pelas Eq. (1) e (2) (standard) e pelas Eq. (3) e (4) (wiper). Considerando diferentes classes de rugosidade conforme Kalpakjian e Schmid (21) N7 = (1,2,4) µm, N8 = (2,4,8) µm e N1 = (9,4 3,1) µm, os valores estimados e reais de rugosidade média R a nos Ensaios / e / encontram-se dentro da faixa delimitada pelos valores limítrofes, respectivamente, em N8, N7, N1 e N8, mostrando que a estimativa é satisfatória. Além disso, de acordo com Álvares (21), os mesmos valores estimados e reais (médios) encontram-se na mesma faixa de classificação de operação, respectivamente, acabamento, ultraprecisão, semiacabamento e acabamento.,3 Razão R a /R t vs Comprimento Usinado (L),2, L [mm] Comparação entre Valores Reais e Estimados de Rugosidade 35 32,98 Valores de Rugosidade ,13 12,64 1,19 9,83 7,43 7,22 7,3 5,94 6,1 2,32 1,21 1,86 1,8 2,45,97 Ra Ra-est Rt Rt-est Parâmetros de Rugosidade Figura 1. Comparativo de rugosidades entre as ferramentas standard e wiper para os parâmetros da Tab. (4): relação R a /R t ; valores experimentais (R a e R t ) e teóricos (R a-est e R t-est ).

9 VB C [mm] VB C [mm] 7 º C O N G R E S S O B R A S I L E I R O D E E N G E N H A R I A D E F A B R I C A Ç Ã O 1 5 a 1 9 d e A b r i l d e P e n e d o, I t a t i a i a - RJ 3.2. Análise dos Desgastes das Ferramentas O bom desempenho em relação ao acabamento da superfície usinada gerado pela geometria wiper frente à standard deve-se a influência da geometria de r ε de cada ferramenta. A ferramenta alisadora, por apresentar uma composição com vários raios menores, possibilita uma maior área de contato entre ferramenta e peça, permitindo a geometria wiper trabalhar com valores de f e a p 1% maiores em relação à convencional, proporcionando uma maior taxa de remoção de material sem perda de desempenho no acabamento. Porém, conforme Sandvik ( 212), esta mesma geometria que possibilita à ferramenta alisadora um melhor desempenho de acabamento, ocasiona um maior desgaste da ferramenta. Entretanto, no ensaio realizado, esta informação não foi confirmada, uma vez que, apesar de manter a tendência de aumento do desgaste no decorrer do ensaio, as ferramentas alisadoras sempre mantiveram valores de desgaste de quina VB C inferiores aos das ferramentas convencionais, como mostram os gráficos da Fig. (11).,2 Desgaste de Quina (VB C ) vs Comprimento Usinado (L),2 Desgaste de Quina (VB C ) vs Tempo de Corte (t c ),15,15,1,5,1, L [mm] t c [s] Figura 11. Comparativo do desgaste de quina VB C entre as ferramentas standard e wiper para os parâmetros da Tab. (4) em função: do comprimento usinado; do tempo de corte. Comparando as medições da rugosidade média R a com o desgaste da ferramenta VB C, nota-se que as maiores variações lidas entre um passe e outro para os valores da rugosidade coincidem com os saltos da medição do desgaste, comprovando que este influência diretamente no acabamento superficial da peça usinada. A Figura (12) mostra as fotos dos insertos das duas geometrias (convencional e alisadora) novas e os respectivos desgastes das ferramentas após 13 mm usinados (26 passes) nos Ensaios / e /. standard (c) (e) wiper (d) (f) Figura 12. Ferramentas novas: convencional e alisadora. Ferramentas desgastadas após 13 mm usinados: (c) ; (d) ; (e) ; (f).

10 4. CONCLUSÕES Tendo em vista que os custos das ferramentas alisadoras e convencionais (standard) são iguais, conclui-se que a utilização da ferramenta alisadora (wiper) é economicamente viável, mesmo quando utilizada em condições fora das recomendadas pelo fabricante. Isto vale tanto do ponto de vista do acabamento superficial gerado quanto da vida da ferramenta, que apresenta resultados muito similares quando comparado ao do inserto standard. Utilizando ambas as ferramentas nas condições consideradas ideais pelo fabricante, as duas apresentam bom desempenho, tanto do ponto de vista do acabamento superficial como no desgaste do inserto. Porém, novamente, destaque para a geometria wiper, por promover uma taxa de remoção de material 4 (quatro) vezes maior para um mesmo acabamento (vide Ensaios e ). Até o ponto onde os ensaios foram executados, constatou-se que ocorre um aumento da rugosidade relacionada ao aumento do desgaste na quina da ferramenta para e (condições menos severas). Este afeta as duas geometrias de forma similar (alteração da aresta de corte e dobramento do cavaco), não podendo ser considerado o fator primordial na decisão da escolha do padrão de inserto de usinagem. Já para e (condições mais severas), isto não pode ser efetivamente constatado, visto a uniformidade da rugosidade ao longo do comprimento usinado. 5. AGRADECIMENTOS Agradecimentos a Dana Indústrias Ltda. e a Sandvik Coromant, respectivamente, pelos materiais e ferramentas fornecidos para realização dos ensaios e estudos. 6. REFERÊNCIAS ABNT, 199, (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR 6163 Conceitos da Técnica de Usinagem: Geometria da Cunha de Corte: Terminologia, São Paulo, 45 p. Álvares, J. A., 21, Estudo Dirigido: Métodos para Projeto, Planejamento do Processo e Fabricação de Peças Assistidos por Computador. Disponível em: < Acesso em: 23 Mai. Chiaverini, V., 28, Aços e Ferros Fundidos: Características Gerais, Tratamentos Térmicos, Principais Tipos, 7. ed., ABM, São Paulo, 599 p. Diniz, A. E., Marcondes, F. C., Coppini, N. L., 21, Tecnologia da Usinagem dos Materiais, 7.ed., Ed. Artiber, São Paulo, 262 p. Ferraresi, D., 1977, Fundamentos da Usinagem dos Metais, Ed. Edgar Blücher, São Paulo, 8 p. Geier, M.; Mello, M. S.; Souza, A. J., 211, Comparação entre Ferramenta Alisadora e Ferramenta Convencional no Torneamento de Acabamento para Aços Baixo Carbono e Baixa Liga. 6º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (Anais do VI COBEF), Abr, Caxias do Sul, RS. Geier, M.; Souza, A. J., 211, Assessment of Surface Roughness in Dry Finish Turning Operations of AISI 414 Steel Using Wiper Cutting Tools. 21st International Congress of Mechanical Engineering (Annals of the XXI COBEM), Oct 24-28, Natal, RN. Gerdau, 23, Manual de Aços, Gerdau Aços Finos Piratini. Disponível em: lmcm1/catalogo_acos_gerdau.pdf. Acesso em: 1 Jun. Grzesik, W., Wanat, T., 26, Surface Finish Generated in Hard Turning of Quenched Alloy Steel Parts Using Conventional and Wiper Ceramic Inserts, International Journal of Machine Tools and Manufacture, Vol. 46, No. 15, pp ISO 3685, 1993, Tool-life Testing with Single-Point Turning Tools, International Organization for Standardization, 2. ed., Genève, Switzerland, 48 p. Kalpakjian, S., Schmid, S.R, 21, Manufacturing Engineering and Technology, 6.ed., Ed. Pearson Prentice-Hall, Upper Saddle River, 1176p. Machado, A. R., Abrão, A. M., Coelho, R. T., Silva, M. B., 29, Teoria da Usinagem dos Materiais, Ed. Edgar Blücher, São Paulo, 384p. Matweb, 212, Online Materials Information Resource, Disponível em: < Acesso em: 26 Abr. Mello, M. S.; Souza, A. J.; Geier, M., 212, Determinação Empírica dos Parâmetros de Rugosidade Ra e Rt Aplicando Ferramenta Alisadora no Torneamento a Seco de Acabamento do Aço AISI 414, 7º Congresso Nacional de Engenharia Mecânica (Anais do VII CONEM), 31 Jul - 3 Ago, São Luís, MA. Mesquita, N.G.M., 1992, Avaliação e Escolha de Uma Superfície Segundo sua Função e Fabricação. Tese de Doutorado, POSMEC, UFSC, Florianópolis, 142p. Sandvik, 212, Manual Técnico de Usinagem, Parte A: Torneamento Geral, Sandvik Coromant, São Paulo, 156 p. Thomas, T. R., 1982, Rough Surface, Longman, London, 261p. 7. DIREITOS AUTORAIS Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluído no seu trabalho.

11 COMPARATIVE ANALYSIS OF WIPER AND STANDARD CUTTING TOOL-LIFE IN FINISH TURNING OF SAE 414 André João de Souza, Alexandre Souza Azambuja, Marcelo Souza de Mello, Guilherme Cortelini da Rosa, Abstract: High-performance machining processes aims to associate the optimal cutting parameters and the maximum material removal rate with the most appropriate tool while controlling the machined surface condition. In this work, the tool-life of standard and wiper cutting tools with corner radius r =.4 mm in dry cutting finishing turning operation of steel SAE 414 is assessed in a comparative way. Preliminary tests (dry cutting) indicated that a roughness average R a = ( ) μm was obtained by a standard cutting tool with cutting speed v c = 515 m/min, feed rate f =.15 mm/rev and depth of cut a p =.5 mm, while doubling both the feed rate (f =.3 mm/rev) and the depth of cut (a p = 1. mm) a result of R a = ( ) μm was attained with the wiper cutting tool. The analysis methodology consisted of tool-life tests with the already mentioned parameters by monitoring both surface finish and tool wear until they reached values that could impair process performance. The elapsed time until failure was the tool lifetime. The aim was to determine the feasibility of wiper cutting tool application in the described situation. Keywords: finish turning, standard and wiper cutting tools, machining surface roughness. RESPONSIBILITY NOTICE The author(s) is (are) the only responsible for the printed material included in this paper.

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