Decreto-Lei n.º 61/2011 de 06 de Maio. A nova lei das Agências de Viagens e Turismo
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- Bárbara Estrada Carvalhal
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2 A nova lei das Agências de Viagens e Turismo
3 Transposição da Directiva Comunitária n.º 2006/123/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 12 de Dezembro Decreto-lei n.º 92/2010 de 26 de Julho Transposição sectorial para a actividade das p ç p Agências de viagens e turismo através do Decreto-lei 61/2011 de 06
4 A nova lei das Agências de Viagens e Turismo Revoga o Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Entra em vigor 30 dias após a sua publicação As agências têm um ano para se adaptar à nova lei nomeadamente para realizar a contribuição inicial para o FGVT
5 Aspectos Inovadores Abertura da actividade a pessoas singulares Distinção entre agencias vendedoras e organizadoras Diminuição do numero de requisitos para acesso à actividade; Diminuição do valor da taxa administrativa a pagar para 1.500,00; Eliminação do capitulo referente às relações entre agências; Criação do Fundo de garantia em substituição da caução; Accionamento do Fundo através das decisões do Provedor do Cliente Manutenção do regime de exclusividade em vigor, sem prejuízo da abertura do sistema aos denominados portais turísticos para venda de produtos que não viagens organizadas.
6 Comparativo Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Vs Decreto-lei n.º 61/2011 de 06
7 Quem pode exercer a actividade? Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Pessoas colectivas Pessoas colectivas Pessoas singulares
8 Tipos de Agências Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Agências de Viagens sem distinção entre retalhista e operador Agências de Viagens Vendedoras (retalhistas) Agências de Viagens Organizadoras (Operadores)
9 Exclusividade Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Todas as actividades id d constantes t Manutenção do regime de do art.º 2.º do Diploma (entre exclusividade em vigor, sem Outras, reservas de serviços em prejuízo da abertura do sistema aos empreendimentos turísticos, venda de denominados portais turísticos bilhetes e reservas de qualquer meio para venda de produtos que não de transporte). viagens organizadas.
10 Requisitos de Acesso à Actividade Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Concessão de Alvará Ser uma cooperativa, estabelecimento individual de responsabilidade limitada ou sociedade comercial que tenha por objecto o exercício daquela actividade e um capital social mínimo realizado de ; Prestação das garantias exigidas por este diploma; Mera Inscrição no Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo (RNAVT) Subscrição do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT) Contratação de um seguro de responsabilidade civil Comprovação da idoneidade comercial do titular do estabelecimento em nome individual de responsabilidade limitada, dos directores ou gerentes da cooperativa e dos administradores ou gerentes da sociedade requerente
11 Tramitação de processo para início da actividade Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Decreto-lei n.º 61/2011 de Agosto 06 Inicio de actividade depende de concessão de licença (Alvará) a conceder pelo T.P apos observância dos requisitos legais; A tramitação do processo só implica o inicio da actividade quando tiver sido regularmente paga a taxa ( ,00) e se no prazo fixado na lei (10 dias úteis após entrega do processo devidamente instruído) o Turismo de Portugal não se tiver pronunciado. Mera Comunicação prévia regularmente realizada com pagamento de taxa administrativa ( 1.500,00). A entrega das garantias e o pagamento das taxas é suficiente para inicio da actividade; Criação de um sistema de apoio à inscrição no RNAVT sem interferência no inicio da actividade desde que a comunicação tenha sido regularmente efectuada e a taxa paga. Elevado numero de documentação a ser apresentada com o processo (identificação dos requerentes; identificação dos estabelecimentos; identificação dos administradores; declarações de idoneidade, etc)
12 Impossibilidade de exercício de actividade Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Dissolução ou insolvência; Se a agência não iniciar a actividade no prazo de 90 dias após a emissão do alvará; Havendo falência; Se a agência cessar a actividade por um período superior a 90 dias sem justificação atendível; Se deixar de se verificar algum dos requisitos it legais para a concessão da licença; Se a agência não entregar no Turismo de Portugal, I. P., o comprovativo de que as garantias exigidas se encontram em vigor Cessão da actividade por um período superior a 90 dias sem justificação atendível; Incumprimento da obrigação anual de entrega ao T.P de comprovativos de que as garantias exigidas sem encontram em vigor; Não reposição de valores do FGVT; Verificação de irregularidades graves na gestão da empresa ou incumprimento grave perante fornecedores ou consumidores, de modo a por em risco os interesses deste ou as condições normais de funcionamento do mercado das Agências de Viagens
13 Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Empresas estabelecidas noutro Estado da União Europeia Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 As agências de viagens e turismo estabelecidas noutro Estado Membro da União Europeia podem abrir sucursais em Portugal, sendo dispensadas as formalidades exigidas pelo direito nacional para a constituição de empresas. Sem prejuízo das obrigações internacionais do Estado Português, são aplicáveis à abertura das sucursais as normas sobre licenciamento de agências de viagens e turismo; Actividade exercida livremente sem prejuízo da apresentação de comprovativo de contratação de garantias equivalentes às prestadas em Portugal O pedido deve ser instruído com um certificado emitido pela entidade competente do país onde se encontra situada a sede da sociedade, comprovando que esta se encontra habilitada ao exercício da actividade de encontra habilitada ao exercício da actividade de agência de viagens e turismo e a demais documentação referida no art.º 6 alíneas c) a e);
14 Das Garantias Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Sistema de Caução; Subscrição do Fundo de Garantia de Viagens e Seguro de Responsabilidade Turismo (FGVT) Civil Seguro de Responsabilidade civil
15 Caução VS Fundo de Garantia de Viagens e Turismo
16 ANTIGO REGIME CAUÇÃO A caução poderia ser prestada por seguro caução, garantia bancária, depósito bancário ou títulos da dívida pública portuguesa. A Caução cobria o reembolso dos montantes entregues pelos clientes e o reembolso das despesas suplementares suportadas pelos clientes em consequência da não prestação dos serviços ou da sua prestação defeituosa; O montante garantido através da caução era de 5% do valor das vendas de viagens organizadas efectuadas pela agência no ano anterior. O montante garantido por cada agência não poderia, em caso algum, ser inferior a , nem superior a As agências deveriam enviar ao Turismo de Portugal, I. P., até 15 de Julho de cada ano, os documentos exigidos no diploma para prova do valor de vendas de viagens organizadas.
17 Novo Regime Fundo de Garantia de Viagens e Turismo O Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT) é autónomo, responde solidariamente pelo pagamento dos créditos de consumidores decorrentes do incumprimento de serviços contratados às agências de viagens e turismo cobrindo as mesmas situações prevista anteriormente para a caução. Ficam excluídos do âmbito do FGVT o pagamento dos créditos dos consumidores relativos à compra isolada de bilhetes de avião, quando a não concretização da viagem não seja imputável às agências de viagens e turismo envolvidas. A gestão do FGVT cabe ao Estado, representado pelo T.P, com o apoio de um Conselho Geral (representantes das agências de viagens e turismo e dos consumidores). As agências de iagens e t rismo contrib em para o FGVT com os seg intes alores As agências de viagens e turismo contribuem para o FGVT com os seguintes valores: 6.000,00, as agências vendedoras; ,00, as agências organizadoras e as que sejam simultaneamente vendedoras e organizadoras.
18 Novo Regime Fundo de Garantia de Viagens e Turismo Os valores são prestados deforma progressiva: prestação de uma contribuição inicial no valor de para as agências vendedoras e de 5.000,00 para as agências organizadoras ou vendedoras e organizadoras com a inscrição no RNAVT. Contribuições anuais de valor equivalente a 0,1% do volume de negócios da agência no ano imediatamente anterior. O pagamento das prestações anuais inicia-se no ano seguinte ao do pagamento da contribuição inicial e mantém-se até que a soma da contribuição inicial e das contribuições anuais prestadas perfaça o valor total da contribuição devida pela agência O valor da contribuição i anual é entregue ao Turismo de Portugal, I.P. até ao dia 31 de Agosto, e é devidamente comprovado mediante acesso ao IES da empresa. Quando o fundo atinja um valor inferior a ,00 as agências são notificadas para retomarem o pagamento da contribuição prevista (0.1%) até que o FGVT atinja um valor mínimo de ,00.
19 Antigo Regime Modo de accionamento da caução Os clientes interessados em accionar a caução deveriam requerer ao Turismo de Portugal, I. P., que demandasse a entidade garante, apresentando: Sentença judicial transitada em julgado, da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida; Decisão arbitral; Requerimento solicitando intervenção da Comissão Arbitral, nos termos do artigo seguinte, instruído com os elementos comprovativos dos factos alegados (no prazo de 20 dias úteis após o fim da viagem).
20 Novo Regime Modo de accionamento do Fundo de Garantia de Viagens e Turismo Os consumidores interessados em obter a satisfação de créditos resultantes do incumprimento de contratos celebrados com agências de viagens e turismo podem accionar o FGVT, devendo requerer ao Turismo de Portugal, I.P. apresentando: Sentença judicial ou decisão arbitral transitada em julgado, da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida; Decisão do Provedor do Cliente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida, desde que aquele esteja registado no sistema de registo voluntário de procedimentos de resolução extrajudicial de conflitos de consumo instituído pelo Decreto-Lei n.º 146/99, de 4 ; Requerimento solicitando a intervenção da comissão arbitral (a agência deixou de ser membro da Comissão) a que se refere o artigo seguinte, instruído com documentos comprovativos dos factos alegados (no prazo de 30 dias após o fim da viagem) Quando haja pagamento por parte do FGVT as agências de viagens e turismo devem repor o montante utilizado no prazo máximo de 60 dias a contar do pagamento.
21 Das Garantias : Seguro de Responsabilidade Civil Decreto-lei n.º 209/97 de 13 de Agosto Decreto-lei n.º 61/2011 de 06 Seguro de Responsabilidade Seguro de Responsabilidade Civil de ,68 civil de ,00 Os riscos cobertos são os mesmos
22 Outras matérias relevantes: Retirada de todo o capitulo referente às relações entre agências e empreendimentos turísticos ti e entre agências. Retirada da obrigação de acompanhamento por guia interprete nas visitas a monumentos nacionais e centros históricos, pois a obrigação acaba por decorrer de outros diplomas legais.
23 Disposições finais e transitórias: As agências de viagens licenciadas à data consideram-se se inscritas no RNAVT, sendo-lhes automaticamente atribuído e comunicado o numero de inscrição, desde que se mantenham válidas as garantias em vigor; A contribuição i inicial i i para o FGVT será prestada no prazo de um ano a contar da entrada em vigor do diploma. As cauções mantêm-se em vigor até à prestação da contribuição inicial.
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