Assunto: Procedimento do concurso público para a atribuição de licença de exploração de circuito turístico em autocarro, na cidade de Guimarães
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- Mafalda Canela Vasques
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1 Assunto: Procedimento do concurso público para a atribuição de licença de exploração de circuito turístico em autocarro, na cidade de Guimarães CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito e objetivo 1. O presente clausulado visa definir o procedimento e critérios para a atribuição de licença de exploração de circuito turístico em autocarro, nos termos do Regulamento para a atribuição de circuito turístico no concelho de Guimarães e, subsidiariamente, das normas gerais de contratação pública. 2. A exploração do circuito turístico será realizada em regime de exclusividade, pelo período de dois anos, por forma a garantir um serviço de qualidade e referência. Artigo 2.º Júri O júri do concurso é constituído por três elementos, presidido pelo Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que poderá delegar esta competência no Vereador com competências delegadas, e por dois vogais, sem prejuízo de, por questões logísticas ou de funcionalidade, poder ser prestado apoio por quaisquer outros funcionários municipais ou de, em caso de falta ou impedimento de qualquer dos membros efetivos, o Presidente da Câmara designar um substituto. CAPÍTULO II CONDIÇÕES DE EXPLORAÇÃO SECÇÃO I - Do autocarro turístico Artigo 3.º Circuito e pontos de paragem 1. O circuito e pontos de paragem processam-se de acordo com o traçado constante do Anexo I. 2. A Câmara poderá introduzir alterações no percurso preconizado em caso de interesse público ou pedido do concessionário, mediante despacho favorável do vereador responsável pelo Departamento de Cultura, Turismo e Juventude. Divisão de Cultura e Turismo pág. 1 / 7 Mod. 238/SQ 2
2 3. A realização de festividades ou eventos ocasionais, como as festas Gualterianas, Feira Afonsina, ou espectáculos de rua, poderá obrigar a suspensão ou alteração do percurso, mediante comunicação do Município, com uma antecedência não inferior a 48 horas. 4. As paragens coincidirão, preferencialmente, com os locais atualmente existentes para o transporte público de passageiros. Nos casos em que estas não existam, as paragens serão sinalizadas para o efeito, nos termos do Regulamento de Sinalização de Trânsito. 5. Os pontos de paragem deverão ser alvo de personalização pelo concessionário, mediante aprovação prévia da Câmara. Artigo 4.º Condicionantes à circulação 1. A circulação deverá processar-se de forma a evitar o constrangimento do tráfego, no estrito cumprimento do Código da Estrada. 2. É proibido o estacionamento do autocarro na via pública, exceto quando autorizado pela Câmara Municipal. 3. Os condutores afetos ao circuito deverão estar habilitados para a condução do veículo. Artigo 5.º Veículo 1. O autocarro deverá ser do tipo panorâmico, preferencialmente descapotável, com lotação não superior a 26 lugares. 2. Por forma a minimizar o impacto da circulação no centro da Cidade, designadamente ao nível das emissões de poluentes, o autocarro deverá respeitar, no mínimo, as normas EURO IV relativas à emissão de poluentes, ou, preferencialmente, autocarro com motor elétrico ou híbrido. 3. A viatura deverá estar identificada e personalizada com o serviço prestado e os locais da Cidade visitados mais relevantes, sendo expressamente proibida a afixação de publicidade. 4. O autocarro deverá possuir informação áudio, pelo menos, nos idiomas Português, Espanhol, Francês, Inglês e Alemão, e, eventualmente, vídeo, sobre a história, a cultura e os pontos de maior interesse visitados. Divisão de Cultura e Turismo pág. 2 / 7 Mod. 238/SQ 2
3 SECÇÃO II Disposições comuns Artigo 6.º Horário de funcionamento do circuito O horário de funcionamento do circuito é, preferencialmente, o ano inteiro, pelo período das 10h00 às 20h00, todos os dias da semana ou, no mínimo, o período da páscoa (duas semanas antes e uma depois) e de 1 de junho a 30 setembro. A sua atribuição ou alteração obedecerá aos termos do artigo 29.º do Regulamento para a atribuição de circuitos turísticos no concelho de Guimarães. Artigo 7.º Cartão de identificação dos condutores 1 - O titular da licença de exploração será responsável pela emissão do cartão de identificação do condutor. 2 - No exercício da sua atividade o condutor do veículo deverá utilizar cartão de identificação, de forma bem visível, onde constem os seguintes elementos: a) Nome e fotografia, tipo passe e fundo liso; b) Identificação do titular da licença de exploração. Artigo 8.º Tabela de preços A tabela de preços inicial, bem como as alterações subsequentes, carecem de comunicação prévia ao Município. Artigo 9.º Bilhetes Os títulos de transporte devem obedecer às normas legais em vigor. Artigo 10.º Deveres do titular da licença Constituem deveres do titular da licença de exploração cumprir e fazer cumprir pelos seus colaboradores as determinações do presente clausulado, o Regulamento para a atribuição de circuito turístico no concelho de Guimarães e as demais disposições legais. Artigo 11.º Dos condutores 1. Os condutores deverão possuir traje adequado, sujeito a aprovação prévia da Câmara Municipal. 2. O uso de traje alternativo poderá excepcionalmente ser autorizado, mediante solicitação do interessado. Divisão de Cultura e Turismo pág. 3 / 7 Mod. 238/SQ 2
4 3. São deveres dos condutores: a) Usar de delicadeza, civismo e correcção ética para com o público; b) Usar os trajes aprovados pelo Município; c) Apresentarem-se, sempre que estejam em atividade, munidos do cartão de identificação; d) Conduzir, de forma diligente, o veículo. CAPÍTULO II PROCEDIMENTO Artigo 12.º Elementos a constar da candidatura A candidatura deverá ser instruída com os seguintes elementos: a) Fotocópia do Cartão do Cidadão ou do Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte, se o candidato for pessoa singular; b) Certidão do registo comercial atualizada, se o candidato for pessoa colectiva; c) Documento comprovativo de se encontrar regularizada a sua situação relativamente às contribuições para a Segurança Social ou documento de autorização de consulta; d) Documento comprovativo de se encontrar em situação regularizada relativamente a impostos ao Estado ou documento de autorização de consulta; e) Licenciamento para o exercício da atividade de animação turística; f) Termo de responsabilidade, emitido pelo requerente da licença, atestando a aptidão dos condutores para a condução do veículo; g) Documento comprovativo de que é titular de alvará emitido pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P., para o exercício da atividade de transportador público rodoviário de passageiros. Artigo 13.º Prazo 1. A licença será atribuída em regime de exclusividade, pelo período de dois anos. 2. Após aquele período, a licença poderá ser renovada anualmente, mediante requerimento do interessado, com a antecedência mínima de 60 dias antes do seu termo, ainda que condicionada à, eventual, alteração do seu clausulado. 3. A licença de exploração é titulada pelo respetivo alvará, emitido pelo prazo de um ano, renovável por igual período, nos termos do artigo 4.º do Regulamento para a atribuição de circuitos turísticos no concelho de Guimarães. Divisão de Cultura e Turismo pág. 4 / 7 Mod. 238/SQ 2
5 Artigo 14.º Adjudicação 1. Os concorrentes ao circuito em autocarro turístico que garantam o cumprimento dos requisitos atrás discriminados, serão ordenados de acordo com os critérios: i.período de operacionalização durante todo o ano 60%; período da páscoa (duas semanas antes e uma depois) e de 1 junho a 30 setembro 40%; ii.tarifário economicamente mais vantajoso para os clientes, na modalidade de bilhete de 2 ou mais dias 10%; iii.características do autocarro proposto: com motor elétrico ou híbrido - 30%; respeitando, no mínimo, as normas EURO IV relativas à emissão de poluentes 20%; Art.º 15.º Início de atividade 1. Após a adjudicação, o adjudicado fica obrigado a dar início à atividade no prazo de 60 dias. Contudo, mediante acordo entre as partes, poderá determinar-se outro julgado conveniente (ano civil, período estival, etc). 2. Em caso de incumprimento dos prazos estipulados no número anterior, a adjudicação ficará sem efeito. Art.º 16.º Cedência 1. A concessão é intransmissível, por ato entre vivos, total ou parcialmente, sem prévia autorização do Presidente da Câmara, ou do Vereador com poderes delegados. 2. A autorização da cedência depende, entre outros: a) Da regularização das obrigações económicas para com a Câmara Municipal; b) Do preenchimento, pelo cessionário, das condições do presente procedimento, bem como do Regulamento para a atribuição de circuitos turísticos no concelho de Guimarães. Artigo 17.º Obrigações do adjudicatário Constituem obrigações do concessionário: a) Ser detentor de um seguro de responsabilidade civil, incluindo ocupantes dos veículos e terceiros; b) Solicitar o licenciamento municipal do veículo afeto à exploração do circuito turístico; Divisão de Cultura e Turismo pág. 5 / 7 Mod. 238/SQ 2
6 c) Providenciar a aquisição, manutenção e conservação do veículo afeto à concessão, bem como todas as obrigações legais à sua circulação; d) Proceder à instalação, manutenção, limpeza e conservação da sinalética identificativa dos pontos de paragem; e) Suportar todas as despesas inerentes à exploração da concessão. Artigo 18.º Taxas 1. À exploração da concessão serão aplicadas as seguintes taxas: i. Emissão ou renovação da licença para a exploração de circuito turístico em autocarro 1.500,00 / veículo / ano; ii. Vistoria do veículo afeto à exploração de circuito turístico 35,00 / veículo; 2. O não pagamento das taxas constitui fundamento de denúncia do direito de ocupação. Artigo 19.º Disposições finais Em tudo o que não esteja especialmente previsto, aplica-se o Regulamento para a atribuição de circuito turístico no concelho de Guimarães, bem como, com as necessárias adaptações, o regime previsto no Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto, e demais legislação complementar. Divisão de Cultura e Turismo pág. 6 / 7 Mod. 238/SQ 2
7 ANEXO 1 Divisão de Cultura e Turismo pág. 7 / 7 Mod. 238/SQ 2
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