MINORIAS ÉTNICAS NA AMAZÔNIA: ÍNDIOS E NEGROS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA

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1 MINORIAS ÉTNICAS NA AMAZÔNIA: ÍNDIOS E NEGROS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE RESISTÊNCIA Marília Ferreira Emmi 1 INTRODUÇÃO Refletir sobre a situação de exclusão social de índios e negros na Amazônia nos dias atuais é não somente reconhecer que as raízes desse processo encontram-se na formação do Estado brasileiro, como também reconhecer a existência de um processo de resistência dessas minorias que vem ganhando força no sentido de questionar o lugar de subalternidade que lhes foi reservado nos diferentes pactos de poder. Desde o pacto colonial, na situação de escravos, passando pelo período imperial, quando após a abolição conviveu-se com a ambigüidade de ao mesmo tempo esconder / integrar as minorias à nação brasileira, os diversos segmentos que compunham a sociedade eram diluídos na noção de povo. A perspectiva integracionista, influenciada pelas teorias de assimilação e aculturação tiveram continuidade no período republicano. As minorias seriam absorvidas, não lhes sendo reconhecida a condição de unidades culturais distintas (SEYFERTH, 2005). O princípio do nacionalismo apoiado na perspectiva do caldeamento (de raças e culturas) e do branqueamento (como negação da contribuição africana), vai conformar o mito da democracia racial, ideologia que durante muito tempo serviu de base para a negação da existência de discriminação racial no Brasil. Porém, diferentes formas de preconceito que motivaram a exclusão social permaneceram na sociedade brasileira. Só muito recentemente com a Constituição de 1988 é que se viu assegurado, em termos legais, o direito à diferença com o reconhecimento da diversidade cultural e étnica. Entretanto, ainda que esse direito tenha sido reconhecido por lei, os índios e os negros (sobretudo os quilombolas), populações portadoras de sabedoria e valores estranhos ao atual modelo de sociedade, ainda lutam para conseguir uma visibilidade social enquanto minorias culturalmente diferenciadas. Percebe-se a ausência de políticas públicas que ultrapassem o mero assistencialismo e que contemplem de modo eficaz, por exemplo, seus direitos à terra, educação, saúde. Esse não reconhecimento dos direitos e a resultante situação de exclusão vem tendo como resposta dessas minorias um processo de construção de identidades que se expressa ainda que em gradações e em ritmos diferentes - nas reações isoladas ou coletivas(situações de enfrentamento) e atualmente na organização de associações, na participação de fóruns, conferências e congressos onde formulam suas propostas visando garantir os seus direitos, seu espaço social, bem como o reconhecimento de sua distintividade cultural. Há uma luta constante objetivando por fim à invisibilidade social, econômica, cultural e política a que essas minorias Socióloga, professora e pesquisadora do NAEA/UFPA.Colaboraram no levantamento de dados os estudantes de Ciências Sociais Ana Paula Campos Barra e Felipe Escher 1

2 foram submetidas ao longo da história, contribuindo desse modo para um processo de construção de identidade étnica. Segundo Castells, todo processo de construção de identidades sempre ocorre em um contexto marcado por relações de poder desiguais. Esse autor identifica...uma identidade legitimadora; introduzida pelas instituições dominantes da sociedade no intuito de expandir e racionalizar sua dominação em relação aos atores sociais; uma identidade de resistência: criada por atores que se encontram em posições/ condições desvalorizadas e/ ou estigmatizadas pela lógica da dominação,construindo, assim, trincheiras de resistência e sobrevivência com base em princípios diferentes dos que permeiam as instituições da sociedade, ou mesmo opostos a estes últimos e uma identidade de projeto : quando os atores sociais, utilizando-se de qualquer tipo de material cultural ao seu alcance, constroem uma nova identidade capaz de redefinir sua posição na sociedade e, ao fazê-lo, de buscar a transformação de toda a estrutura social.(castells,2002: 24) Tomando como referência essa classificação de Castells, considera-se que atualmente as populações indígenas e as negras (ainda que em tempos e situações diferenciadas) vem construindo uma identidade de resistência que se expressa no questionamento da situação de exclusão e de inferioridade (espaço social, político, econômico e cultural subalterno) que lhes foi reservado pelo modelo político e econômico vigente, identidade legitimadora. Essa busca de redefinição de sua relação com os demais segmentos étnicos presentes na sociedade brasileira visa lançar as bases, para um longo e difícil processo de construção de uma identidade de projeto. A situação atual de dois grupos de minorias étnicas na Amazônia, os negros e os índios constitui o eixo principal da reflexão desenvolvida neste texto. Como toda minoria étnica, esses grupos apresentam atributos que os distinguem da maioria da população com experiências históricas singulares, a adesão a certas tradições e peculiar atribuição de significados (identificação simbólica da finalidade da ação), os quais são referidos na literatura especializada como traços culturais (POUTIGNAT, 1998). Por outro lado, eles se encontram numa posição social de dominados, vivenciando em seu cotidiano situações de discriminação e sobretudo compartilhando uma história de resistência à dominação imposta pelo modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado brasileiro. 2 OS ÍNDIOS NA AMAZÔNIA : DE MAIORIA A MINORIA, UM PROCESSO DE INTEGRAÇÃO À MARGEM DO SISTEMA. Nos primórdios da ocupação da Amazônia pelos europeus, estimativas baseadas em documentos e pesquisas arqueológicas atestam que a população indígena na região amazônica era de aproximadamente três a cinco milhões de pessoas. Entre 1750 e 1850, afirma antropólogo Moreira Neto que essa população registrou um decréscimo acentuado, tendo passado de maioria a minoria na Amazônia. (NETO, 1988). O principal fator responsável por essa situação pode ser creditado às conseqüências do projeto colonial implantado, no qual tinham lugar as guerras, a escravidão, as ideologias religiosas e a proliferação de doenças até então desconhecidas para os índios. Na segunda metade do século XIX, a repressão à Cabanagem teve grande contribuição à redução dessa população. Como estratégia de sobrevivência muitos povos refugiaram-se nas terras firmes 2

3 dos altos dos rios, mas tiveram que conviver com a invasão de seus territórios durante o ciclo da borracha. Mais recentemente, com a expansão capitalista para a Amazônia, e a implantação de grandes projetos econômicos assistiu-se novo capítulo no massacre aos povos indígenas respondidos por reações e resistências de diferentes formas. A abertura de estradas como a Belém Brasília, a Trasamazônica e a Perimetral Norte atingiram duramente, entre outros os povos, Waimiri-Atroari, Yanomami, Arara, Parakanã, Cinta Larga e Nambikwara. Esse massacre foi tão acentuado que chegou-se a estimar que esses povos seriam exterminados no fim da década de Mas a tendência passou a ser revertida a partir dos anos 70, conforme apontou o antropólogo Egon Heck: Desde então, a luta dos povos indígenas foi conquistando espaços territoriais que permitiram o crescimento demográfico, e os próprios índios começaram a apresentar levantamentos demográficos, desmentindo os dados oficiais que subestimavam a população. Povos que mantinham sua identidade oculta sentiram-se encorajados a assumi-la publicamente e as estatísticas começaram a registrar uma numerosa população indígena nos centros urbanos( HECK,2005). 2.1 Quantos são os índios na Amazônia? Como não existe um censo indígena no Brasil, as estimativas globais, por serem feitas de acordo com os critérios das instituições que os produzem, apresentam dados diferentes. O censo demográfico do IBGE baseia-se na autodeclaração e classifica os índios em urbanos e rurais. Segundo esse instituto, a população indígena no Brasil em 2000 era de pessoas e na Amazônia (Região Norte) pessoas. Por outro lado, para a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que só considera como índios os que habitam as reservas (portanto não contabiliza os que moram nas cidades) a população indígena no Brasil estimada para 2005, seria de aproximadamente 410 mil e na Amazônia mil pessoas. Para o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), instituição ligada à Igreja católica, que desde à década de 70 assiste os povos indígenas em questões referentes à terra, educação e saúde entre outras, o critério principal é a auto-identificação dos indígenas o que incluiria os índios aldeados, os das cidades, os resistentes e os isolados. O referido instituto estima a população indígena na Amazônia em aproximadamente 208 mil pessoas. Os índios, em sua maioria, vivem em aldeias compartilhando num dado território, de uma organização social e cultural da etnia à qual pertencem, eles podem ainda participar da organização social de sua etnia vivendo em pequenos povoados pertencentes a vários municípios da Amazônia. Por outro lado, existe uma população indígena que não vive mais nas aldeias ou lá nunca viveu.essa mora na cidade onde a organização social difere daquela da aldeia. Seu território na cidade pode corresponder ao bairro ou ainda, a apenas a um pequeno espaço, onde têm como vizinhos seus familiares e outros indivíduos não indígenas. Esses índios vivem e trabalham na cidade desenvolvendo atividades diversas, porém mantém sua identidade e pontos de ligação com seus locais de origem, neste caso, as aldeias (PATRÍCIO, 2006). 3

4 Existem ainda na Amazônia, povos indígenas que são comumente chamados isolados, sem contato, ou livres. Estes, por terem vivenciado experiências traumáticas com as frentes de expansão, adotaram como estratégia de sobrevivência o afastamento da sociedade. Segundo informações do CIMI existem aproximadamente 60 povos indígenas nessa situação, dos quais cerca de 17 estão seriamente ameaçados de extinção. Eles se encontram principalmente em Rondônia e no sul do Amazonas. No Pará, tem -se conhecimento da existência de cerca de 8 povos isolados ( Uruahá Prainha, Marapiri/Urucuriana, da Desordem, do Anfrísio, do Ipitinga, do Bacajá, do Cachorro e Capoto). Além dos mencionados, ainda existem povos indígenas chamados de resistentes, ressurgidos ou emergentes. São grupos que em anos recentes passaram a reivindicar oficialmente a condição de indígenas no Brasil. Durante muito tempo, uns negaram a identidade por medo da discriminação, outros se isolaram ou se integraram a outros povos para continuar existindo. A maioria deles encontra-se no Nordeste. Na Amazônia, são conhecidos os casos do povo Náua, no Acre e dos Tupinambá, Maitapu, Apium e um grupo Munduruku na região do Alto Rio Tapajós no estado do Pará.(ISA, 2006). Segundo dados de IBGE, no conjunto da população brasileira, a Região Norte concentra 78,31% dos índios que vivem no meio rural e 21,6 % dos que vivem nas cidades. A tabela abaixo apresenta a distribuição da população indígena (urbana e rural) nos estados da Região Norte. TABELA 1 - População residente autodeclarada indígena na Região Norte Estados População Rural População Urbana No. absoluto % No. absoluto % TOTAL Amazonas , , Roraima , , Pará , , Acre , , Rondônia , , Tocantins , , Amapá , , TOTAL , , Fonte: IBGE, Esses dados do IBGE relativos ao Censo de 2000, ainda que não incluam todos os povos indígenas, revelam que é significativa a presença dessas populações no meio urbano, sobretudo nos estados de Rondônia, Tocantins e Pará. Essa presença deverá ser considerada pelo poder público destinando-lhes um atendimento diferenciado sobretudo quanto à saúde, educação e geração de emprego e renda. 2.2 A presença dos indígenas no meio urbano paraense 4

5 O Censo de 2000 registra que no Estado do Pará, o maior contingente da população autodeclarada indígena no meio urbano residia em Jacareacanga, Oriximiná, Ananindeua, Ourilândia do Norte, Aveiro, Santarém e Altamira. Na região Metropolitana de Belém (Belém, Ananindeua, Marituba, Benevudes e Santa Bárbara) autodeclararam-se indígenas pessoas. A tabela abaixo apresenta a distribuição por municípios na RMB. TABELA 2 - População indígena residente na Região metropolitana de Belém Município Total % Belém ,88 Ananindeua ,47 Marituba 194 3,62 Benevides 49 0,92 Santa 6 0,11 Bárbara RMB ,00 Fonte: IBGE, Censo Um levantamento realizado no primeiro semestre de 2006 em Belém, pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (Almeida, 2006) identificou os seguintes bairros como áreas de moradia de indígenas: Agulha, Tapanã, Benguí Cabanagem, Una, Marambaia, Sacramenta, Telégrafo, Marco, Canudos, Terra Firme, Guamá e Cremação. Os índios pertenciam às etnias: Apalay, Tembé, Karipuna, Galibi-Maruorno, Munduruku e Juruna. Segundo esse estudo, a maioria dos índios é filiada à Associação dos Indígenas da Região Metropolitana de Belém. Essa associação que surgiu em 2001 com a denominação de Associação dos Indígenas de Belém AIB, tem como principal objetivo a luta pelo reconhecimento da identidade indígena na cidade.é uma luta permanente, uma vez que até mesmo para garantir atendimento em repartições públicas, é exigida a mediação de entidades de representação de suas aldeias de origem. A Funai não os reconhece como índios e portanto não têm direito às políticas públicas destinadas aos índios aldeados. 2.3 Quantos são os povos indígenas na Amazônia? Aqui também se observam, pelos mesmos motivos anteriormente mencionados, discrepâncias entre os dados da FUNAI e os do CIMI. A Funai reconhece a existência de 161 grupos indígenas na Região Norte com uma população estimada de índios, conforme a tabela abaixo: TABELA 3 - Grupos indígenas na Amazônia (Região Norte) 5

6 Estados Número de grupos População Acre Amapá Amazonas Pará Rondônia Roraima Tocantins TOTAL Fonte: FUNAI Segundo esses dados, o Pará conta com cerca de 34 (21,12%) dos grupos e (12,37%) da população, que se encontram na jurisdição das cinco administrações regionais da FUNAI localizadas em: Altamira, Belém, Itaituba, Marabá e Redenção. Os 34 grupos indígenas reconhecidos pela Funai no Pará são: Amanayé, Anambé, Apiaká, Arara, Araweté, Assurini, Atikum, Guajá, Guarani, Himarimã, Hixkaryána, Juruna, Karafawyána, Karajá, Katwena, Kaxuyana, Kayabi, Kayapó, Kreen-Akarôre, Kuruáya, Mawayãna, Munduruku, Parakanã, Suruí, Tembé, Timbira, Tiriyó, Turiwara, Wai-Wai, Waiãpi, Wayana-Apalai, Xeréu e Xipaya. Essas 34 etnias englobam índios que vieram de outras regiões como os Guarani, que residem próximo à Jacundá e os Atikum que estão localizados na região de Marabá. Por outro lado, para o CIMI, na Amazônia vivem aproximadamente 180 povos, espalhados em vários municípios paraenses, dos quais 26 vem sendo acompanhados pelo CIMI- Norte II, em questões referentes à terra, educação, saúde e formação a serviço da autonomia dos povos indígenas A tabela abaixo apresenta esses 26 povos indígenas com a localização e respectiva população: TABELA 4 - Povos indígenas no Pará 6

7 Povo Terra indígena Município População Amanayé Amanayé, Barreirinha, Saraua Goianésia do Pará, Paragominas, 204 Ipixuna do Pará Anambé Anambé Moju 132 Arara Arara, Cachoeira Seca do Iriri Altamira, Medicilândia, Uruará e 194 Rurópolis Arapium Arapium,Cobra Santarém, Margens do rio Tapajós 300 Grande,Mirixim,Rio Maró, São João Araweté Araweté Altamira e Senador José Porfírio 239 Asurini Trocará e Koatinemo Tucuruí e Senador José Porfírio 393 Cara Preta Baixo Tapajós I, Cara Preta, Aveiro, Tapajós, Margens do s/inf Muratuba do Pará Tapajós, Santarém Gavião Mãe-Maria Bom Jesus do Tocantins 340 Juruna Pakiçamba Senador José Porfírio 21 Karafawyana s/inf s/inf s/inf Katuena s/inf s/inf s/inf Kaxuyana Nhamundá-Mapuera Óbidos s/inf Kayapó (*) Kayapó São Félix do Xingu e Senador 5174 José Porfírio Kuruaya Kuruaya Altamira 107 Mawaiãna s/inf s/inf s/inf Maytapu Baixo Tapajós I Aveiro Tapajós s/inf Munduruku Praia do Índio, Mangue, Itaituba 1967 Munduruku e Sai Cinza Parakanã Apitereua, Parakanã Altamira, São Félix do Xingu, 672 Itupiranga, Novo Repartimento Panará Panará Altamira 200 Suruí Sororó São João do Araguaia 202 Tembé Tembé e Turé Mariquita Tomé-Açu,Paragominas, Santa 485 Luzia do Pará e Nova Esperança do Piriá Tiriyó Parque Tumucumaque Alenquer, Oriximiná e Óbidos 380 Tupaiu Amina, Aningualzinho, Tupaiu Margens do Rio Tapajós s/inf Wai Wai Nhamundá/Mapuera Óbidos s/inf Wayana- Rio Paru de Leste e Parque Monte Alegre, Almerim e 415 Apalaí Tumucumaque Alenquer, Oriximiná e Óbidos Xipaia-Curaia Curuá Altamira 147 Zo é Zo é Óbidos e Alenquer 178 Fonte: Cimi Norte II (*) Sub-grupos: Gorotire, Kuben-Kran-Kêi, Kokraimoro, Mekranoti, kubenkokre, Kararaô, Xikrin 7

8 2.4 As terras indígenas: a luta pela demarcação O eixo principal das lutas indígenas tem sido a busca pelo reconhecimento e demarcação de suas terras, das terras de seus ancestrais. A regularização dos territórios indígenas por meio da demarcação significa muito mais do que a manutenção de sua cultura e modo de se relacionar com a natureza, o que está em jogo é a sua própria sobrevivência, o que os têm motivado a assumir ao longo da história várias formas e estratégias de luta visando a demarcação. A Constituição Federal de 1988 reconheceu como sendo posse permanente dos povos indígenas, as terras tradicionalmente por eles ocupadas. Essas terras são bens da União e são inalienáveis e indisponíveis e os direitos sobre elas imprescritíveis. Entretanto para que uma comunidade indígena possa ter direitos sobre uma determinada área, segundo o que prescreve o parágrafo 1º. do artigo 231 da Constituição Federal, o poder público deverá identificá-la e delimitá-la, realizar a demarcação física de seus limites, de registrá-la em cartório e protegê-la. A FUNAI reconhece a existência de 611 terras indígenas no Brasil apresentando a seguinte situação: TABELA 5 - Terras Indígenas no Brasil Situação Total % Em estudo ,13 Delimitada 33 5,40 Declarada 30 4,91 Homologada 27 4,42 Regularizada ,14 Total Fonte: Funai maio / Segundo esses dados 65,14% das terras indígenas já concluíram seu processo demarcatório com o devido registro nos Cartórios de Registro de Imóveis dos Municípios onde estão situados e no Departamento de Patrimônio da União, estando portanto regularizadas. Encontram-se em processo de regularização (em diferentes fases) 14,73 % e 123 delas, 20,13% ainda não iniciaram o processo de demarcação. Por outro lado, O CIMI, baseado em outros critérios entre os quais o auto-reconhecimento pelos indígenas de suas terras e utilizando outra metodologia de classificação, aponta a existência de 850 terras indígenas no Brasil, com a situação apresentada no quadro abaixo: 8

9 TABELA 6 - Terras indígenas no Brasil (atualização em 11/08/2006) Fonte: CIMI/2006 Situação Brasil Amazônia No. % No. % Registradas , ,75 Homologadas ,75 Declaradas 33 3, ,75 Identificadas 47 5, ,00 A identificar , ,5 Sem providencias , ,25 Reservadas/Dominiais 34 4,00 4 1,00 Total Esses dados mostram que no Brasil.apenas 38,24% das terras indígenas tiveram, o procedimento administrativo de demarcação concluído. Das 400 terras indígenas reconhecidas pelo CIMI na Amazônia..44,75.% concluíram o processo demarcatório com o registro no Departamento do Patrimônio da União e nos Cartórios de Registro de Imóveis dos Municípios onde estão localizados.observa-se que 21,5% do total das terras ou 86 delas, ainda não tiveram seus limites declarados através de Portaria do Ministro da Justiça. Quanto às terras sem providências, isto é, aquelas que são contabilizadas pelos povos indígenas, mas que não são reconhecidas pela Funai, perfazem na Amazônia 15,25% do total. Em todos os fóruns, em todas as manifestações públicas os povos indígenas questionam a lentidão e os entraves do processo de regularização de suas terras, o que tem constituído de maneira permanente um ponto de pauta de suas reivindicações. Quanto ao Estado do Pará, o Programa Raízes da Secretaria Executiva de Justiça do Governo do Estado do Pará sistematizou dados referentes às 64 terras indígenas. Esses dados são apresentados na tabela abaixo: TABELA 7 - Terras Indígenas no Pará 9

10 Terra Indígena Grupo Indígena Pop. Município Área Situação/Etap a Alto Rio Guamá Tembé, 922 Nova Esperança Regularizada Timbira, Urubu Kaapor do Piriá, Paragominas, Santa Luzia do Pará Amanayé Amanayé 66 Goianésia do 0 Confirmada Pará Amina Tupaiu Itamarati 0 Confirmada Anambé Anambé 120 Moju Regularizada Andirá-Marau Satere-Mawe Aveiro, Itaituba Regularizada Aningalzinho Tupaiu Santarém 0 Confirmada Apyterewa Parakanã 219 Altamira, Delimitada São Félix do Xingu Arara Arara 135 Altamira, Brasil Regularizada Novo, Medicilândia, Uruará Araweté Igarapé Araweté 247 Altamira, Regularizada Ipixuna São Félix do Xingu, Senador José Porfírio Badjonkore Kayapó 82 Cumaru do Homologada Norte, São Félix do Xingu Baixo Tapajós Munduruku, Santarém 0 Confirmada Tupinambá, Cara Preta Baixo Tapajós II Munduruku, 0 Aveiro 0 Confirmada Maytapu, Cara Preta Barreirinha Amanayé 73 Paragominas Declarada Baú Menkrangnotí 65 Altamira Declarada Borari de Borari 0 Santarém 0 Confirmada Alter do Chão Bragança Munduruku 0 Belterra Confirmada Brinco das Moças Cumaruara 0 Santarém 0 Confirmada Cachoeira Seca Arara 56 Altamira, Placas, Declarada 10

11 Cayabi Apiaká/Koyabi, Kayabi, Munduruku Uruará 297 Jacareacanga Regularizada Cobra Grande Arapiun 0 Santarém 0 Confirmada Juruna do Km 17 Juruna 34 Vitória do 0 Confirmada Xingu Karajá Santana Karajá 74 Santa Maria das Regularizada do Araguaia Barreiras Kararaô Kararaô 28 Altamira Regularizada Kayapó Kayapó Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu Regularizada Km 43 Munduruku 0 Itaituba 0 Confirmada Koatinemo Asuriní 89 Altamira, Regularizada Senador José Porfírio Kuruáya Kuruáya 107 Altamira Declarada Las Casas Kayapó 0 Floresta do Delimitada Araguaia, Pau d Arco, Redenção Mãe Maria Gavião 340 Bom Jesus do Tocantins Maia Arara 0 Senador José Porfírio Maranduba Karajá 31 Santa Maria das Barreiras Marituba Mundurukú 0 Santarém e Belterra Menkragnotí Menkrangnotí 626 Altamira, Regularizada 0 Confirmada 389 Declarada 0 Confirmada Regularizada São Félix do Xingu Mirixipi Arapiun Santarém 0 Confirmada Munduruku Munduruku Jacareacanga Homologada Muratuba do Pará Tupinambá, 0 Santarém 0 Confirmada Cara Preta Nhamundá/Mapuera Hixkaryana, Faro, Oriximiná Regularizada Waiwái Nova Jacundá Guarani Mbyá 0 Rondon do Pará 417 Homologada 11

12 Nova Vista Arapiun Santarém 0 Confirmada Pacajá Asuriní 0 Portel Confirmada Panará Panará 337 Altamira, Regularizada Paquiçamba Juruna 32 Vitória do Xingu Regularizada Parakanã Parakanã 422 Itupiranga, Novo Regularizada Repartimento Parque do Apalaí, Alenquer, Regularizada Tumucumaque Wayana Almeirim, Laranjal do Jari, Óbidos, Oriximiná Pimental Munduruku 0 Itaituba, Trairão 0 Confirmada Praia do Índio Munduruku 69 Itaituba 31 Homologada Praia do Mangue Munduruku 97 Itaituba 31 Homologada Rio Maró Arapiun 0 Santarém 0 Confirmada Rio Paru D'Este Apalaí, Wayana 134 Alenquer, Almeirim, Regularizada Monte Alegre Sai-Cinza Munduruku 873 Jacareacanga Regularizada São João Arapiun 0 Santarém 0 Confirmada São Luiz do Tapajós Munduruku 0 Itaituba 0 Confirmada Sarauá Amanayé 0 Ipixuna do Pará Delimitada Sororo Aikewar 190 Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia Regularizada Takuara Munduruku 0 Belterra Confirmada Tembé Tembé 41 Tomé-Açu Regularizada Trincheira Bacaja Apiterewa, Araweté, Asuriní, Xikrin Regularizada 308 Altamira, Anapu, São Félix do Xingu, Senador José Porfírio Trocará Asuriní 239 Baião, Tucuruí Regularizada Trombetas Mapuera Karafawyana, 700 Faro, Oriximiná Confirmada Waiwái Ture/Mariquita Tembé 20 Tomé-Açu 146 Regularizada jurídicature/mariquita Tembé 0 Tomé-Açu 587 Homologada II Xikrin do Rio Catete Xikrin 575 Água Azul do Norte, Parauapebas Regularizada 12

13 Xipaya Kuruáya, 47 Altamira Delimitada Xipaya Zo'e Zo'é 178 Alenquer, Declarada Óbidos Fonte: Programa Raízes/ Segundo esses dados, as 64 terras indígenas arroladas perfazem uma área de hectares, com uma população de índios. Quanto à situação jurídica, 25 terras (39%) tiveram seu processo de demarcação concluído, enquanto que 39 terras (61%) encontram-se em diferentes etapas do processo de regularização. 2.5 Os índios e as políticas públicas: a saúde indígena As políticas de saúde indígena, antes competência da FUNAI, desde 1999, passaram a ser coordenadas pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Os atendimentos diretos nas aldeias são executados pelos municípios e por entidades credenciadas. Esse atendimento se dá por meio de 34 Distritos Sanitários Indígenas os DSEIs, que funcionam como um subsistema de atenção à saúde indígena, onde cada rede do serviço de saúde está articulada com o Sistema Único de Saúde- SUS. Na Amazônia estão situados 21 DSEIs. Segundo a Funasa, o funcionamento dos DSEIs é baseado nos seguintes princípios: 1) Considerar os próprios conceitos de saúde e doença da população e os aspectos intersetoriais de seus determinantes; 2)ser construído coletivamente a partir de um processo de planejamento participativo; 3) possuir instâncias de controle social formalizados em todos os níveis de gestão. Os serviços de saúde são prestados na própria aldeia/comunidade e contam com a atuação dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS), que estão sempre vinculados ao Posto de Saúde. Estes são responsáveis pela manutenção dos casos mais simplificados, como acompanhamento de gestantes, primeiros socorros, vacinação e supervisão de tratamentos. Os casos que necessitem de atendimentos especializados são encaminhados para os pólosbase que contam com médicos, enfermeiros, dentistas e auxiliares de enfermagem. Os pacientes que não puderem ser atendidos nos pólos-base - por demandarem disposições de alta complexidade - são encaminhados para os serviços especializados na sede dos municípios mais próximos, em hospitais regionais. Há também para suporte da saúde, as Casas do Índio que funcionam como facilitadoras do acesso da população aos serviços terceirizados do SUS. Essas casas têm função de agendar serviços, dar suporte aos tratamentos e viabilizar o transporte. Elas não têm função assistencial de saúde, portanto não possuem vínculo com o SUS. Segundo a FUNASA, as principais atribuições das Casa do Índio são:1) receber pacientes e seus acompanhantes encaminhados pelos DSEIs; 13

14 2)alojar e alimentar pacientes e seus acompanhantes, durante o período de tratamento; 3)estabelecer os mecanismos de referência e contra-referência com a rede SUS;4) prestar assistência de enfermagem aos pacientes pós-hospitalização e em fase de recuperação; 5) acompanhar os pacientes para consultas, exames subsidiários e internações hospitalares;6) fazer contra-referência com os Distritos Sanitários e articular o retorno dos pacientes e acompanhantes aos seus domicílios, por ocasião da alta. No Estado do Pará existem 8 Casas do Índio subordinadas aos Distritos Sanitários Especiais ou aos Pólos -Base: Casa do Índio de Icoaraci /DSEI- GUATOC, Casa do Índio de Altamira/ DSEI- Altamira ; Casa do Índio do Tapajós/ DSEI- Tapajós; Casa do Índio Kaiapó/ DSEI- Kaiapó; Casa do Índio de Marabá/Pólo Marabá; Casa do Índio de Paragominas/Pólo Paragomonas; Casa do Índio de Oriximiná/Pólo Oriximiná; Casa do Índio de Santarém/Pólo Santarém. Em 2004, em decorrência de greves de funcionários da Funasa e por pressão dos índios insatisfeitos com o gerenciamento de verbas destinadas ao atendimento da saúde indígena, houve uma redefinição de papéis e metas para esse setor: Ficaram sob responsabilidade da Funasa a gestão dos serviços de saúde nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), a gerência das Casas de Saúde do Índio, a aquisição de medicamentos, combustíveis, transporte, equipamentos e realização de obras de saneamento enquanto que a contratação e capacitação das equipes multidisciplinares de saúde, a distribuição dos medicamentos e a compra dos insumos usados nas aldeias permaneceram sob a responsabilidade das entidades e municípios conveniados (CARVALHO,2005). Para os índios, o maior problema do subsistema de saúde está na forma como a política é gerida. Para eles, a burocracia, o autoritarismo, o desrespeito e o desconhecimento da questão indígena pelos organismos responsáveis impedem o desenvolvimento da proposta de DSEIs. A política de terceirização de serviços com ONGs e prefeituras causa atraso na aplicação de verbas, resultando na interrupção dos serviços de atendimento à saúde por falta de recursos. Nesse sentido os índios reivindicam: participação efetiva dos indígenas nas tomadas de decisões, já que os conselhos têm atuado de forma meramente figurativa; a melhor formação dos Agentes Indígenas de Saúde, pois estes devem assegurar a atenção diferenciada à saúde indígena; o reconhecimento e o atendimento pela Funai e Funasa dos índios urbanos, que são duplamente discriminados, uma vez que não têm acesso a esse atendimento. (CARVALHO, 2005). 2.6 Os índios e as políticas públicas: a educação escolar indígena Desde que se tornou um direito das populações indígenas e, até há bem pouco tempo, a educação escolar indígena era voltada para a integração dos índios à sociedade nacional, baseando-se nos conceitos de catequização e civilização. Esses princípios estão expressos no Estatuto do Índio, Lei 6001/73: a educação do índio será orientada para a integração e comunhão nacional. 14

15 Com o advento da Constituição Federal de 1988, foi reconhecido aos povos indígenas o direito de terem respeitadas suas diferenças socioculturais, suas organizações e costumes. Com isso, todas as leis referentes à educação escolar indígena, devem estar de acordo com os artigos 210 e 231 desse instrumento legal, que asseguram às comunidades indígenas o direito ao uso da língua materna e dos processos de aprendizagem adequados à sua cultura, ou seja, uma educação diferenciada (SILVA, 2003). Esse texto constitucional também garantiu aos povos indígenas o direito ao uso de suas línguas de origem, e processos próprios de aprendizagem, dispositivos que dão sustentação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a qual assegura aos povos indígenas educação escolar bilíngüe e intercultural. Antes responsabilidade da FUNAI, através do Decreto no. 26/91, passou a constituir atribuição do Ministério da Educação a coordenação das ações da educação indígena, cuja execução tornou-se responsabilidade das Secretarias Estaduais e Munnicipais de Educação. O Conselho Nacional de Educação através da Resolução 03/99 criou as categorias escola indígena e professor indígena além de definir suas competências. (SANTOS, 2003). No Estado do Pará a educação escolar indígena desenvolve-se no âmbito das unidades escolares vinculadas às redes Municipais e Estadual de Ensino do Sistema Educacional Público do Pará. O sistema possui 90 escolas indígenas, localizadas nas aldeias pertencentes a sete Pólos de Atendimento Pedagógico Indígena. Em 2005 foram matriculados nessas escolas alunos. O corpo docente é formado por 326 professores, sendo 169 índios e 157 não-índios. Quanto à escolaridade, 72 são de nível superior, 170 médio e 84 fundamental. Segundo dados da Coordenadoria de Educação Inclusiva CEINC, da Secretaria Executiva de Educação do Pará, essas escolas indígenas estão localizadas em 23 municípios, atendendo 37 diferentes povos indígenas, como se pode visualizar na tabela abaixo: TABELA 8 - Escolas Indígenas do Pará Pólo Municípios Povos Escola Aluno 15

16 Altamira Altamira Arara, Aeweté, Assurini, Juruna, Kuruaya, Kararao,Parakanã, Xipaia e Xicrin do Bacajá Belém Capitão Poço Paragominas Tomé-Açu Jacareacang a Marabá s s Tembé Jacareacanga Munduruku Bom Jesus J do Tocantins Ipixuna do Pará Itupiranga Jacundá Moju Paragominas Parauapebas São João do Araguaia Tacuruí Anambé, Assurini, Amanayé, Guarani, Karajé, Kuycat^jê, Parakatêjê, Parakanã, Suruí, Atikum e Xikrin do Catete. Oriximiná Oriximiná Wai-Wai, Tiryó, Hixkaryano, Katwena,Kaxyian, Mawayna, Xereu, Wayana, Tuanayana e Cikyana Redenção Santarém Bannach Cumarú do Norte Ourilândia do Norte Pau D arco São Félix do Xingu Aveiro Belterra Santarém Kayapó Cara Preta, Maitipu, Tupaiú e Tupinambá Total Fonte:CEINC/SEDUC (adaptado pelo autor) A Secretaria de Educação através da Escola Itinerante de Formação de Professores Índios no Pará, vem desenvolvendo um curso de formação e capacitação de professores (índios e nãoíndios) envolvidos com a educação escolar indígena. Esse curso, em nível médio é ministrado nos pólos e aldeias. Atualmente há 169 professores índios matriculados no referido curso. 16

17 2.7 A violência contra os povos indígenas Ao longo da história, as populações indígenas vêm sendo submetidas a situações de violência cujas causas encontram-se principalmente no desrespeito aos direitos constitucionais dos territórios indígenas.esse desrespeito se manifesta através dos erros no estabelecimento dos limites territoriais em detrimento das pretensões indígenas, nos conflitos com setores econômicos da sociedade brasileira e na ineficiência de políticas de assistência aliada a agressões e várias formas de preconceito. Um documento elaborado em 2005 pelo CIMI apresenta dados sobre vários tipos de violência a que os índios são submetidos: conflitos relativos a direitos territoriais, invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais, danos diversos e agressões ao patrimônio. Uma síntese dessa situação de violência em anos recentes encontra-se no quadro abaixo: TABELA 9 - Invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio. Estados Município Terra indígena Povo Tipo de dano Ano Rondônia Candeias Karitiana Queima do habitat natural

18 Rondônia Mirante da Serra, Jaru, Monte Negro Uru Eu Wau Wau Uru Eu Wau Wau Caça ilegal e retirada de madeira Pará Santarém Açaizal Munduruku Assoreamento e contaminação de igarapé; desmatamento de mata ciliar Roraima Normandia Raposa Serra do Sol Acre Acre Marechal Thaumaturgo,Rodrigues Alves, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul e Tarauacá Acre Nukini, Arara do Alto Juruá Arara do Alto Juruá, Jaminawa do Igarapé Preto Campinas, Jaminawa/Arara do Rio Bagé e Kaxinawa Ashaninka do Breu Wapixana, Mukuxi, Ingarikó,Taurepang Nukini, Apolima- Arara, Arara e Kaxinawa Apolima-Arara, Arara, Jaminawa, Nukini e Nawa Katukina, Pano, Arara do Acre, Jaminawa e Kaxinawa Destruição e incêndio das casas e plantações Caça ilegal 2005 Invasão possessória Caça ilegal para retirada de peles de animais Amazonas Boca do Acre Igarapé de Jamamadi Invasão 2005 Lurdes possessória Amazonas Maraã e Santa Isabel do Maraã/Urubaxi Kanamari, Pesca ilegal 2005 Rio Negro Morcego e Makú Pará Ipixuna do Pará Saraua Amanayé Pesca ilegal 2005 Pará Óbidos Z oé Z óé i índios Retirada de 2005 isolados madeira Roraima Boa Vista São Marcos Makuxi e Invasão 2005 Wapixana possessória Tocantins Itacajá e Gioatins Kraholândia Krahô Caça ilegal 2004 Tocantins Tacantinópolis e Apinayé Apinayé Pesca 2005 Maurilândia predatória Fonte: CIMI, Observa-se que essas situações conflitivas, que nesse período ocorreram em 20 territórios envolvendo 23 povos indígenas, são recorrentes tanto em relação às terras quanto aos povos atingidos.por outro lado esses dados não expressam a violência cotidiana a que esse povos são submetidos. 18

19 2.8 Formas de resistência dos povos indígenas: do conflito aberto à organização em associações Ao longo da história, a resistência dos povos indígenas manifestou-se de diferentes formas que variaram desde as fugas, o conflito aberto, os enfrentamentos, os bloqueamentos de rodovias, às ocupação de prédios públicos, entre outras. As condições objetivas de que dispunham para enfrentar as situações adversas que se sucederam, como a escravidão, passando pela disseminação de doenças, o descaso do poder público até o crescente avanço de grupos econômicos sobre suas terras que determinaram a opção por uma ou outra forma. Começando com reações de resistência mais pontuais é a partir dos anos 70, que essa resistência vai se tornar cada vez mais coletiva. É o momento em que acontecem os primeiros encontros de povos indígenas para discussão de problemas comuns relacionados a seus territórios. Mas, é no início dos anos 80 que começam a surgir as primeiras associações.esse movimento vai ganhado expressão e no fim do ano 2000, já existiam na Região Norte 247 organizações indígenas, com a seguinte distribuição: Acre 32, Amapá 6, Amazonas 114, Pará 22, Roraima 20, Rondônia 39 e Tocantins 14 (ISA, 2006). O quadro abaixo apresenta as organizações, o povo indígena e o município sede no Estado do Pará. TABELA 10 - Organizações indígenas no Pará Nome Povo Indígena Município sede AGITARGMA-Associação do Grupo indígena Tembé do Alto Rio Guamá Tembé Belém 19

20 AIP-Associação Indígena Pahyhy p Munduruku da região do Itaituba Médio Tapajós AIP-Associação Indígena Pusuru_ Munduruku Jacareacanga AIPAC-Associação do Povo Anambé do Anambé Cariri AIPAS- Associação Indígena do Povo Aikewara do Sororó Suruí São Domingos do Araguaia AIPASA- Associação Indígena do Povo Amanaye Paragominas Amanaye do Sarawa AIPAT- Associação do Povo Indígena Assurini Assurini do Trocará AIPATAK- Associação Indígena Parkategê Amijip Tár Kuxuwa Gavião Parkategê Bom Jesus do Tocantins AITTA- Associação Indígena dos Tembé de Tembé Tomé-Açu Tomé Açu ANUN- Associação Indígena Anun Maywhy Tembé APIM- Associação dos Povos Indígenas do Wai Wai Oriximiná Mapuera-Ketakronomacho APITO-Associação dos Povos Indígenas do Marabá Tocantins Associação Bep-Nói de Defesa do Xicrin do Xicrin do Catete (Kayapó) Marabá Catete Associação do Povo Indígena Kaapor do Rio Kaapor Paragominas Gurupi Associação do Povo Indígena Tembé Tembé Paragominas Associação Karakekre Xikrin Associação Kamoko-re Kayapó CIEPA- Conselho Indígena Estadual do Pará Santarém CIMAT- Conselho Indígena Munduruku do Munduruku Jacareacanga Alto Tapajós CIMPA- Conselho Indígena Munduruku do Munduruku Pará CITA- Conselho Indígena dos Rios Tapajós e Arapiuns Federação dos Povos Indígenas Kayapó do Kayapó Estado do Pará Fonte: Instituto Socioambiental/ ISA Segundo o antropólogo Bruce Albert, comparando as organizações indígenas que surgiram nos anos 80 na Amazônia, com as que foram criadas a partir dos anos 90, observa-se que as motivações que deram origem e as formas e os objetivos indicam componentes de diferentes fases de um processo de construção de identidade. Enquanto as primeiras eram associações informais, voltadas, essencialmente, para reivindicações territoriais e assistenciais, as que surgiram partir da década de 1990, são associações legalizadas e com estatuto próprio. Se antes as reivindicações eram somente territoriais e legalistas, posteriormente vão se dar em um plano mais amplo, 20

21 buscando situar-se num mercado sobretudo de projetos, no campo internacional, passando assim segundo o antropólogo,de uma etnicidade estritamente política passam a uma etnicidade de resultados (Albert). Atualmente esses povos articulam-se na Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia COICA e na Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira- COIAB, no Grupo de Trabalho Amazônico-GTA e no Fórum Social Pan- Amazônico que constituem redes de resistência e conhecimento visando garantir a sobrevivência dos povos indígenas na Amazônia. 2.8 As reivindicações dos povos indígenas da Amazônia como afirmação de identidade étnica. Em dezembro de 2005, realizou-se em Belém a Conferência Regional dos Povos Indígenas do Pará, Maranhão e Amapá. Participaram da conferência representantes dos seguintes povos indígenas: Amanayê, Anambé, Apalaí, Apiaká, Arapiuns, Arara, Araweté, Assurini, Atikum, Borari, Cara Preta, Curuaya, Galiby-Calinã, Galiby-Marworno, gavião, Guajá, Guajajara, Guarany, Juruna, Kaapor, Kanela, Karipuna, Kayapó, Kaxuiana, Kiricauwá, Maytapu, Munduruku, Palikur, Parakanã, Suruí, Tapajó, Tembé, Timbira, Tirió, Tunayana, Tupaiu, Tupinambá, Waiana, Waiãpi, Xeréu, Xikrin, Xipaya ewai-wai. O documento final do encontro apresenta as principais reivindicações dos povos indígenas distribuídas nos seguintes temas: Autonomia, Autodeterminação, Tutela e Estatuto do Índio; Política Indigenista; Questão Fundiária; 4 Gestão Territorial; Saúde Indígena; Educação Escolar Indígena. A importância das reivindicações contidas no documento está relacionada, não somente com representatividade dos povos participantes da Conferência, como também por seu conteúdo revelar propostas que vão além da busca de soluções para problemas imediatos, mas que sugerem a afirmação de uma identidade étnica.. Quanto à Autonomia, Autodeterminação, Tutela e Estatuto do Ìndio, manifestam-se: a) manifestam-se pela manutenção da tutela enquanto um instrumento jurídico que garanta a proteção mais efetiva aos direitos diferenciados dos povos indígenas (nas áreas da saúde, educação, fundiária, sustentabilidade, etc). Porém ressaltam que alguns aspectos dessa tutela precisam ser revistos, principalmente aqueles que dão margem à interpretação que podem trazer conseqüências prejudiciais aos indígenas; b) pela ampla divulgação por parte do governo de toda legislação indigenista e as políticas públicas em todas as instituições que trabalham direta ou indiretamente com os povos indígenas; c) pela garantia do atendimento diferenciado aos povos indígenas nas aldeias e nas áreas urbanas, obedecendo critérios adotados pelas comunidades indígenas; d) pela criação de programas e mecanismos para a formação e qualificação dos povos indígenas, para estes conhecerem e compreenderem seus direitos, visando garanti-los e defendê-los, elaborando e divulgando, junto aos povos indígenas, materiais e cartilhas didáticos de toda a legislação existente sobre questões 21

22 indígenas; e) pela elaboração de uma proposta de Estatuto dos Povos Indígenas, com a participação efetiva destes, aproveitando as propostas já existentes no Estatuto do Índio em vigor, desde que contemplem a garantia e a defesa dos direitos dos Povos Indígenas, de acordo com o previsto na Constituição Federal de 1988 e na Convenção 169 da OIT. Quanto à Política Indigenista, reivindicam: a) A reestruturação e fortalecimento da FUNAI, com poder de polícia, através do fomento aos recursos orçamentários suficientes para atender às demanda indígenas, garantindo o acompanhamento e a implementação dessas políticas indigenistas, bem como, realizar concursos públicos, sendo que, os mesmos serão diferenciados para o ingresso de indígenas no quadro da FUNAI; b) A criação do Ministério dos povos Indígenas, com a participação efetiva dos indígenas nos assuntos relacionados às políticas indígenas e indigenistas e nos projetos a serem implementados; c) A criação de um Conselho Nacional de Política Indígena, ligado à Presidência da República, com participação exclusiva de indígenas e com poder de decidir e defender os interesses indígenas, através de articulação junto ao Congresso nacional, tendo aquele, autonomia financeira, para poder deliberar, consultar e fiscalizar toda a política indigenista do Estado. Quanto à questão fundiária, as reivindicações são encaminhadas visando : a) a garantia de estudo, demarcação, homologação, ampliação e fiscalização das terras originalmente ocupadas pelos indígenas; garantir estudos antropológicos para todas as terras indígenas, para devolvê-las aos seus donos originários; b) a criação de mecanismo para agilizar todos os processos de demarcação territorial com aproximação entre estados, municípios e a União e com a participação indígena; c) a criação de um programa de demarcação e ampliação nacional de território indígena, com caráter emergencial para áreas que estão sofrendo com posseiros, madeireiros, garimpeiros e outras atividades que comprometam as áreas a serem demarcadas e ampliadas; e) a garantia de que as terras indígenas permaneçam como patrimônio da União. Quanto à gestão territorial, os indígenas reivindicam: a) que o Ministério do Meio Ambiente desburocratize o processo de repasse dos recursos destinados aos projetos para os povos indígenas; b) que os povos indígenas, por meio de suas organizações sociais e suas associações civis, recebam incentivos dos governos municipais, estaduais e federal, para se tornarem auto-sustentáveis; c) que todo e qualquer acesso à biodiversidade e às matérias-primas, conhecimentos tradicionais e patrimônio genético, através da pesquisa e empreendimentos a serem realizados no interior das terras indígenas ou no seu entorno, sejam consultados os povos indígenas em questão, detentores dos saberes tradicionais, para que estes dêem, se lhes convier, o consentimento prévio, livre e informado, sendo garantidos a estes a repartição justa e eqüitativa dos benefícios, conforme os preceitos da Convenção da Diversidade Biológica; d) que seja impedida a construção de barragens, hidrelétricas, rodovias, ferrovias e projetos de grande impacto ambiental nas terras indígenas; e) que sejam incentivados projetos de valorização, revitalização e comercialização do artesanato indígena, com instituições governamentais e não-governamentais. 22

23 Quanto à saúde indígena, reivindicam: a) o fim da terceirização da saúde indígena, que esta seja de responsabilidade diretamente do Governo Federal e que tenha participação indígena na política de planejamento de um novo sistema; b) que as ações da saúde indígena voltem para a FUNAI, com recursos orçamentários, físicos, financeiros e humanos, e que seja feito concurso público diferenciado para indígenas, visando o fortalecimento do órgão; c) criação do departamento de saúde indígena dentro da FUNAI, garantindo poderes de intervenção, controle, planejamento e execução das ações, com a participação efetiva de representantes indígenas e autonomia administrativa, financeira e orçamentária; d) garantia de melhorias na saúde indígena em relação à infra-estrutura, consultas, atendimento educativo, preventivo e emergencial, garantindo o atendimento diferenciado, visando evitar a saída dos indígenas para localidades distantes, e, até mesmo o abandono de suas terras para migrar para os centros urbanos em busca de atendimento médico; e) implementação de políticas de incentivo ao resgate, revitalização e fortalecimento da medicina tradicional dos povos indígenas, remunerando, dando condições e respeitando os trabalhos dos pajés e das parteiras, que curam através de rezas, plantas nativas e rituais espirituais, uma vez que na cultura indígena, existem doenças do corpo e do espírito; f) que seja dado igual tratamento de saúde a todos os indígenas, revogando a portaria 70/2003 Funasa, que dá direito de assistência à saúde apenas aos indígenas que moram nas aldeias, e criar uma portaria que proporcionem o acesso à saúde a todos os indígenas, aldeados ou não. Quanto à educação escolar indígena, reivindicam: a) a garantia de um sistema próprio para a educação escolar indígena em nível federal com recursos específicos, que tenham autonomia pedagógica e administrativa contemplando as especificidades de cada povo, e que seja reconhecido o direito dos povos indígenas de criarem suas próprias instituições de ensino conforme as normas da Lei de Diretrizes Bases da Educação; b) que as ações da Educação indígena voltem a ser geridas pela Funai e que as escolas indígenas sejam reconhecidas e autorizadas pelos Conselhos de Educação nas três esferas: municipal, federal e estadual; c) garantia da implantação de uma educação escolar indígena do ensino fundamental e superior em seu próprio território com educação diferenciada, bilíngüe e de qualidade, visando o fortalecimento, a preservação, e o resgate da cultura indígena; d) garantia de cursos de formação e capacitação continuada e concursos públicos específicos para professores indígenas e garantia da contratação de profissionais reconhecidos pela comunidade que sejam conhecedores da cultura tradicional aptos para ministrar uma educação diferenciada; e) incentivar a educação diferenciada através da criação de material didático específico para promover a recuperação, a preservação e o fortalecimento da cultura indígena; f) reforma, ampliação, e construção de escolas indígenas com garantia de recursos e estrutura para que alunos, professores e profissionais envolvidos na educação indígena freqüentem regularmente a escola: transporte, material escolar e ajuda de custo; g) garantia de vagas nas universidades públicas, bolsas de manutenção e casa de apoio para os estudantes indígenas. (Conferência Regional dos Povos Indígenas do Pa, Ma e Ap, 2005). 23

24 3 NEGROS NA AMAZÔNIA: A DIFÍCIL TRAJETÓRIA EM BUSCA DE UMA IDENTIDADE Os fundamentos coloniais e escravistas que pautaram a sociedade brasileira desde suas origens, relegaram historicamente às populações negras um espaço social subalterno mascarado pela ideologia da democracia racial, o mito de uma nação homogênea, na qual não havia espaço para as diferenças culturais. Só muito recentemente, a partir da Constituição de 1988 é que vai se dar a garantia formal da diversidade étnica e cultural das minorias, entre as quais os negros. Mas, existe ainda uma longa trajetória a percorrer para que seja fortalecida a identidade desses grupos, para que como cidadãos brasileiros possam compartilhar com outros segmentos da sociedade de todas as garantias constitucionais, sem discriminação. Quanto às políticas públicas, verifica-se ainda a prevalência de ações pontuais, tendo como foco fatores étnicos, porém no contexto de outras políticas governamentais como educação, saúde e a política agrária. Segundo o IBGE, que classifica a população brasileira, segundo a cor ou raça em branca, preta, amarela, parda e indígena, em 2000, essa população estava assim distribuída: TABELA 11 - População residente segundo a cor ou raça Brasil Região Norte Pará Cor ou Nº No. No Raça % % % Branca , ,0 1 1, , 10 Preta , , 50 Amarela , Parda , , , 42 Indígena , , 61 Sem declaração , , , 18 Total Fonte : IBGE, Censo Demográfico-2000 (adaptado pelo autor) Como a identificação é baseada na autodeclaração, fica difícil precisar o tamanho da população negra, uma vez que a categoria parda engloba uma gradação de cor de pele, que esconde a identidade étnica dessa população. 24

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