PREPARAÇÃO DE JUMPERS EM TORRES DE ANCORAGEM DE 138 KV, PARA MANOBRAS DE ABERTURA E FECHAMENTO EM REGIME ENERGIZADO, COM SISTEMA PINO E BUCHA.
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1 CTEEP COMPANHIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA BRASIL PREPARAÇÃO DE JUMPERS EM TORRES DE ANCORAGEM DE 138 KV, PARA MANOBRAS DE ABERTURA E FECHAMENTO EM REGIME ENERGIZADO, COM SISTEMA PINO E BUCHA Santa Bárbara D Oeste, 18 de agosto de Rod SP306 km 2,5 bairro Cabreúva, Santa Bárbara D Oeste S.P. Brasil cx. postal 154 tel.: fax: mnascimento@cteep.com.br PREPARAÇÃO DE JUMPERS EM TORRES DE ANCORAGEM DE 138 KV, PARA MANOBRAS DE ABERTURA E FECHAMENTO EM REGIME ENERGIZADO, COM SISTEMA PINO E BUCHA. MARCO ANTÔNIO DO NASCIMENTO, ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA CTEEP COMPANHIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL MANUTENÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO RESUMO Este trabalho tem a finalidade de apresentar as vantagens de se modificar e melhorar o sistema utilizado na preparação de jumpers para abertura e fechamento em regime energizado nas linhas de transmissão de 138 kv, da CTEEP - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista. Visando facilitar o processo de abertura e fechamento, os jumpers foram preparados com patilhas e parafusos, para possibilitar a execução dos serviços com a LT energizada ( FOTO 1 ). PALAVRAS-CHAVE Abertura e fechamento de jumpers. Sistema pino e bucha. HISTÓRICO A abertura e fechamento de jumpers em linhas de transmissão tem sido muito utilizada nas instalações da CTEEP face ao grande número de ramais existentes em suas instalações. Nas linhas de responsabilidade de manutenção da Divisão de Transmissão Santa Bárbara TCB, existem 25 ramais.com as restrições operacionais crescentes, a execução destas manobras em regime energizado vem sendo cada vez mais convenientes. FOTO 1 - PATILHAS No entanto, o sistema mencionado apresenta diversas dificuldades que serão comentadas a seguir. Diante disso, propôs-se nova metodologia para a realização dos serviços.
2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA ATUALMENTE UTILIZADO PATILHAS Na abertura dos jumpers, em regime energizado, 03 (três) eletricistas são necessários no corpo da torre ( FOTO 2 ): - 01 eletricista com o gancho espiral acoplado em bastão universal de 8 pés; - 01 eletricista com a chave catraca acoplada em bastão universal de 08 pés. FOTO 3 FECHAMENTO DO JUMPER EM REGIME ENERGIZADO ( SISTEMA DE PATILHAS ) Além da queda de peças e parafusos inerentes ao processo, outro inconveniente é a dificuldade de se montar arruelas de pressão com as porcas, para garantir o aperto do conjunto de patilhas. DESCRIÇÃO DO NOVO SISTEMA PROPOSTO PINO E BUCHA FOTO 2 ABERTURA DO JUMPER EM REGIME ENERGIZADO ( SISTEMA DE PATILHAS ) Nesta manobra, quedas de ferramentas e peças tais como porcas, arruelas e parafusos são freqüentes, em função da metodologia utilizada. No fechamento dos jumpes com a LT energizada, 04 (quatro) eletricistas são necessários no corpo da torre ( FOTO 3 ): - 01 eletricista com a espina acoplada em bastão universal de 08 pés; - 01 eletricista com o alicate multi-angular acoplado em bastão de 08 pés, para colocar o parafuso nos furos ; - 01 eletricista com o soquete acoplado em bastão de 08 pés para atarraxar a porca no parafuso. Devido às dificuldades encontradas no sistema atual, propôs-se um novo sistema de acoplamento Pino e Bucha ( FOTO 4 ). As cabeças dos parafusos dos conectores foram instaladas com suas posições voltadas para a torre, com o objetivo de facilitar o uso das ferramentas especiais, quando as manobras forem executadas em regime energizado. Um colar, na cor vermelha, foi pintado em cada pino, para facilitar a visualização que garanta uma perfeita penetração e seguridade de bom contato na conecção. Com o novo sistema, somente 02 (dois) eletricistas são necessários no corpo da torre ( FOTO 5 A e B): - 01 eletricista com a chave catraca acoplada em bastão universal de 08 pés.
3 Nestas operações, com o novo sistema e a nova metodologia utilizada,verificou- se que as ocorrências de quedas de ferramentas e peças, praticamente deixaram de acontecer. SISTEMA PINO E BUCHA CONFECÇÃO E TESTES FOTO 4 VISTA DO CONJUNTO, EM DETALHE. Na concepção da conexão pino e bucha, utilizamos conectores reto para pinos 30 mm e luva de emenda para cabo 336,4 MCM (Oriole), com um pequeno rebaixo no seu diâmetro (1 mm) para possibilitar o encaixe, e pino usinado a partir de tarugo de alumínio ( FOTO 6 ). FOTO 6 CORPO DE TESTES FOTO 5 A POSIÇÃO DOS BASTÕES ISOLANTES. Como na abertura, o fechamento do jumper também requer somente 02 (dois) eletricistas no corpo da torre, utilizando das mesmas ferramentas e bastões. ENSAIOS DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DAS CONEXÕES Os testes de resistência ôhmica realizados nas conexões comprovam a eficiência da condutibilidade elétrica, pois estão todos abaixo do referencial recomendado ( 100 mω.). ( TABELA 1 ) TABELA 1 RESISTÊNCIA ÔHMICA Luva cabo : 42 mω Luva pino : 49 mω Bucha - pino : 68 mω Conector - cabo : 62 mω ENSAIOS DE ESCORREGAMENTO SOB TRAÇÃO REALIZADOS NA CONEXÃO PINO/BUCHA FOTO 5 B FECHAMENTO DO JUMPER Pela curva apresentada, quando exprimimos graficamente os resultados obtidos nos ensaios de escorregamento sob tração, podemos concluir que não se faz necessário grandes torques de aperto para garantir uma boa conexão entre as partes. ( TABELA 2 E GRÁFICO 1 )
4 TORQUE ( kg. m ) TRAÇÃO ( kgf ) Recomendado TABELA 2- ESCORREGAMENTO SOB TRAÇÃO Tração (kgf) TORQUE ( kg. m ) GRÁFICO 1 GRÁFICO RESULTANTE MONITORAMENTO TÉRMICO Ensaios de termovisão trimestrais não detectaram nenhum aquecimento. ( FOTO 7 ) RESULTADOS OBTIDOS Uma das vantagens mais expressivas obtidas com o novo método é a redução do número de eletricistas necessários para a execução dos serviços, que no caso da abertura passou de 3 (três) para 2 (dois) ou seja, 33% menos. No caso do fechamento o número de eletricistas diminuiu de 4 (quatro) para 2 (dois), ou seja, 50% menos. Além desta redução de homens/hora foram obtidas outras vantagens, tais como: menor exposição a riscos e menores possibilidades de perda de peças. Outra vantagem significativa verificada na utilização do novo sistema foi a redução da média do tempo efetivo de execução dos serviços, que diminuiu de 30 minutos por fase para 15 minutos por fase. (TABELA 3 ) TABELA 3 COMPARATIVO ( HOMEM / HORA ) Método atual Método proposto Tempo ( h/fase) 0,5 0,25 Tempo total ( h ) 1,5 0,75 n o de eletricistas nas Fechamento Abertura manobras Hh total Abert + Fech 10,5 3 CONCLUSÃO Considerando o custo de 1 homem/hora de eletricista, com todos os encargos legais, custa para a Empresa, em média de R$ 27,91 ( vinte e sete Reais e noventa e um Centavos ), pode-se fazer uma comparação: Na utilização do método proposto teremos uma economia para a empresa de aproximadamente 71,4 % do custo atual [ 1- ( 3 Hh 10,5 Hh ) ] x 100, ou seja, um serviço que custa R$ 293,06 ( duzentos e noventa e três reais e seis centavos ) com pessoal ( 10,5 Hh x R$ 27,91 ), passaria a custar R$ 83,73 ( oitenta e três reais e setenta e três centavos ) ( 3 Hh x R$ 27,91 ); portanto, uma economia de R$ 209,33 ( duzentos e nove reais e trinta e três centavos ) por manobra. FOTO 7 MONITORAMENTO TÉRMICO Com base nas últimas programações de serviços da TCB Divisão de Transmissão Santa Bárbara, são realizadas anualmente 26 ( vinte e seis ) manobras de abertura e fechamento de
5 jumper em regime de linha energizada, em média. Com a utilização da metodologia proposta, estima-se uma redução de 195 Hh, o que representa uma economia da ordem de R$ 5.442,58 ( cinco mil, quatrocentos e quarenta e dois reais e cinqüenta e oito centavos ) por ano, somente com mão - de - obra. Convém citar que os eletricistas destacaram a simplicidade, rapidez e praticidade com que a metodologia proposta para o serviço é executada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) Anauate, Sérgio. Projeto Mecânico de Linhas de Transmissão; (2) Catalogo Conectores SADE; (3) Catalogo Conectores PLP.
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