PLANO REGIONAL DE FORMAÇAO
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- Eliza Isadora Filipe
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1 PLANO REGIONAL DE FORMAÇAO INTRODUÇÃO A Direcção da ARBL assumiu a formação como objectivo prioritário para o seu mandato. Um projecto consolidado para a formação implica a observância de um conjunto de requisitos como seja a adopção de um modelo pedagógico, a obrigatoriedade dos cursos serem ministrados por formadores credenciados, a definição do número de horas de formação para cada módulo, um controlo eficaz e rigoroso sobre o cumprimento destes requisitos pelos responsáveis pelos projectos a apoiar. A política da ARBL para o apoio à formação tem sido amplamente divulgada nas reuniões que temos mantido com os clubes, que contribuiram bastante para o enriquecimento das ideias que lançámos a debate. Em linhas gerais o projecto da ARBL vai dividir-se em 3 áreas de acção: Bridge Júnior e Universitário, Bridge Sénior, Formação a novos praticantes (Iniciação). De uma forma sucinta iremos desenvolver cada uma das áreas, contando com a vossa colaboração crítica para melhorar o documento. Obrigado.
2 BRIDGE JÚNIOR E UNIVERSITÁRIO Trata-se de uma área fundamental para a divulgação da modalidade. Mesmo correndo o risco de se tratar de um universo mais ou menos volátil, é evidente a vantagem em desenvolver projectos nesta área, independentemente de haver ou não retorno imediato. No que diz respeito ao bridge universitário, entendemos que as abordagens que têm sido feitas ao longo dos anos precisam ser profundamente alteradas. Os contactos com as estruturas responsáveis nas Universidades é um passo necessário, mas a divulgação junto dos estudantes tem de ser feita in loco, com demonstrações práticas e desafios para serem de imediato actores e não meros espectadores. A mera colocação de cartazes e abertura de inscrições para cursos de bridge nunca se traduziu em resultados visíveis. Assim sendo, a ARBL está disponível para desenvolver projectos junto das Universidades, promovendo jornadas de divulgação e demonstração e para comparticipar nas despesas de implementação deste tipo de acções. Da parte da FPB já obtivémos a disponibilidade para acções comuns, com partilha de recursos e responsabilidades. Dada a especificidade do projecto, tentaremos constituir um grupo de trabalho com monitores, estudantes mandatários das iniciativas nas respectivas universidades e representantes da ARBL e FPB, na perspectiva de vir a constituir um núcleo com autonomia para desenvolver um programa de criação de pólos universitários, com estruturas competitivas e pedagógicas próprias. A ARBL disponibilizará apoios para as acções de formação, seja na comparticipação de despesas com a contratação de monitores, seja no apoio à aquisição de material pedagógico ou logístico.
3 Confluentes na idade dos praticantes, os projectos de bridge júnior que venham a ser desenvolvidos nos clubes contarão igualmente com apoios da ARBL dentro dos parâmetros já definidos para a área universitária. Consideramos que a organização de iniciativas competitivas especificamente destinadas a este universo de novos praticantes é prioritária para a consolidação de um projecto de formação. As estruturas da FPB e ARBL orientadas para a formação estão já a trabalhar em conjunto e pretendem contar com a adesão dos clubes a estes projectos, nomeadamente no envolvimento dos seus praticantes e quadros de formação nos grupos de trabalho a criar. BRIDGE SÉNIOR Por muitos motivos esta é uma área absolutamente prioritária para o bridge. Para além dos inúmeros benefícios que a prática do bridge proporciona a pessoas neste escalão etário, há a considerar que estamos a falar de um universo que tem tempo para gastar e que precisa encontrar soluções para preencher esse tempo. Por outro lado, se olharmos para a visibilidade que o desenvolvimento de projectos nesta área pode trazer ao bridge desportivo, facilmente se compreende o interesse em dedicar uma particular atenção a este domínio. A abordagem deverá ser essencialmente feita nas Universidades e Academias Seniores, onde inclusive já existem experiências e contactos. O caminho é criar novos pólos, mas tal como no caso das Universidades, os projectos têm de ser desenvolvidos nos locais. Ou seja, estes universos têm, numa primeira fase, de desenvolver a sua actividade na sua área de conforto. Temos recebido bastantes contributos e ideias e contamos com a experiência de praticantes responsáveis por projectos de grande sucesso e
4 estamos confiantes que esta é uma área onde, em curto prazo, poderemos conseguir retornos importantes. Daremos em breve início aos contactos com as Universidades Seniores, onde pretendemos organizar iniciativas de demonstração do jogo. Tal como no caso dos mais jovens, a ARBL está disponível para apoiar projectos de formação em Universidades Seniores. No processo de contactos vamos solicitar ao Núcleo Bridge da Cruz Vermelha, ao Centro Engenheiro Álvaro de Sousa, ao Núcleo de Bridge CBL e ao Sem Trunfo CBP a colaboração já prometida para por em marcha um projecto consistente para este escalão etário. BRIDGE ESCOLAR Na década de 90 o bridge escolar conheceu o seu período dourado, com a integração do bridge no Desporto Escolar e uma intensa actividade que envolveu pais, professores e várias dezenas de jovens praticantes em vários pontos do País. A importância do investimento nesta área pode não ser perceptível no imediato, mas é fundamental num projecto de formação por vários motivos. Desde logo o envolvimento da Escola, com a conquista de pais e professores e alunos para uma actividade com evidentes vantagens no desenvolvimento dos jovens. Mas também a visibilidade que traz para o bridge. Neste sentido, a ARBL está disponível para, em conjunto com a FPB se envolver em projectos que levem de novo o bridge para a Escola. ACÇÕES DE FORMAÇÃO PARA NOVOS PRATICANTES (INICIAÇÃO) Estas acções serão desenvolvidas nos clubes em função das políticas próprias de cada um. A ARBL está disponível para colaborar em apoio técnico, seja formação de monitores, seja em apoios para aquisição de material pedagógico.
5 Podemos ainda considerar apoios extraordinários para projectos de formação específicos que, em nosso entender, constituam um inequívoco contributo para o desenvolvimento da modalidade. MÉTODO PEDAGÓGICO A fase da iniciação ao bridge é fundamental para a conquista de novos praticantes para a modalidade. Sendo evidente a necessidade de se adoptar um método pedagógico único, há que ter espírito aberto para aceitar novas experiências pedagógicas, desde que comprovadas e validadas. É importante que se tenha em conta os universos a que se destinam as diferentes iniciativas de formação, havendo que adaptar timings e conteúdos às características de cada grupo. Sendo certo que a autonomia de um novo praticante para integrar a actividade competitiva requer um tempo médio de 2 anos de formação, é verdade que este é um tempo demasiado longo e que pode ser desmotivador para quem se pretende iniciar no jogo. Há que encontrar soluções que sejam, por um lado, pedagogicamente válidas e, por outro, suficientemente imaginativas para segurar os mais impacientes. A solução pode passar por um primeiro módulo de formação mais curto, com um programa mais reduzido. Existem algumas experiências interessantes nesta área, nomeadamente o método de recrutamento criado pela Federação da Suécia e adoptado pela EBL e que passaremos a incluir na formação de monitores. Isto permite uma entrada mais rápida dos novos praticantes no jogo, aliviando também a carga horária e programática dos módulos seguintes. Os módulos de Iniciação tradicionais continuarão a guiar-se pela base pedagógica do SEF (sistema francês), com os necessários ajustes programáticos.
6 A ARBL irá convidar todos os monitores licenciados na sua área de influência para um encontro onde serão discutidas estas novas ideias para a formação e de onde sairá o modelo pedagógico final. FORMADORES Os formadores terão de ser licenciados pela FPB. A ARBL disponibilizará acções de formação para monitores sem encargos sempre que necessário, desde que os candidatos estejam incluídos em projectos de formação dos respectivos clubes e que sejam respeitados os requisitos pedagógicos definidos. Com tanto por fazer nesta área é importante que os monitores estejam ligados a efectivos projectos de formação nos respectivos clubes. Os recursos humanos são limitados e a sua dispersão em nada contribui para a consolidação de programas de formação de que resulte o aparecimento de novos praticantes. SISTEMA BASE DE MARCAÇÃO A Direcção da ARBL está a elaborar um Sistema Base de Marcação (SBM) que será disponibilizado online, depois de ouvidos os monitores credenciados e em actividade na área geográfica da ARBL. O SBM tentará observar as tendências actuais, dando aos monitores alguma latitude nas opções a escolher para os seus grupos de trabalho. Lembramos, no entanto, que esta fase da formação não pode comportar métodos demasiado complexos, que tornem ainda mais difícil a integração dos novos jogadores na actividade competitiva. TIPOS DE APOIOS Atendendo às múltiplas realidades com que estamos a lidar, dividimos os apoios em diferentes áreas de intervenção. Assim:
7 a) Formação de monitores A ARBL patrocinará gratuitamente todas as acções de formação de monitores que lhe sejam solicitadas, desde que ligadas a efectivos projectos de formação a desenvolver. b) Material pedagógico Disponibilização de manuais de formação, textos de apoio ao praticante, base de dados de mãos para iniciação, etc... c) Comparticipação de despesas com monitores Caso a caso e em função dos projectos apresentados, poderemos comparticipar despesas com contratação de monitores. d) Material desportivo Apoio na aquisição de material desportivo como sejam bidding-boxes, cartas e outro tipo de material comprovadamente destinado a acções de formação. Todos os apoios a conceder pela ARBL serão claramente identificados, justificados e publicados no site da ARBL. Estamos conscientes de estar a gerir um património que é de todos os praticantes e clubes licenciados e assumimos a responsabilidade de utilizar os recursos existentes com total transparência e equidade.
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