Programa Acompanhamento

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1 Programa Acompanhamento Atividade de Continuidade Jardins de Infância da Rede Privada Instituições Particulares de Solidariedade Social Relatório Jardim de Infância do Centro Paroquial de Seia

2 Designação: Centro Paroquial de Seia Endereço: Quinta da Carvalha Código Postal: Concelho: Seia Telefone: Data da intervenção: 2 e 3 de novembro de 2017 Neste relatório apresentam-se os resultados do trabalho desenvolvido pelo Jardim de Infância do Centro Paroquial de Seia para ultrapassar as fragilidades identificadas no decurso da atividade Jardins de Infância da Rede Privada - Instituições Particulares de Solidariedade Social, realizada nos dias 28 a 31 de março de Este relatório está disponível para consulta na página da IGEC. INTENCIONALIDADE EDUCATIVA Planeamento e avaliação Comunicação e articulação Aprofundar a coerência interna entre o planeamento, a prática pedagógica e a avaliação; Planear a avaliação como uma forma de conhecimento direcionado para a ação, para que a informação recolhida fundamente o desenvolvimento do currículo e, simultaneamente, sustente a análise e a reflexão das práticas pedagógicas; Avaliar as crianças com recurso a uma abordagem descritiva procurando fundamentar e valorizar os seus progressos. Os projetos curriculares de grupo, elaborados para o ano letivo , evidenciam maior coerência, especialmente no que se refere à caracterização dos grupos de crianças, à organização do ambiente educativo de acordo com os objetivos e interesses das crianças, e ao nível da articulação curricular dos conteúdos e objetivos; Apesar de estarem previstos nos projetos curriculares de grupo momentos de reflexão com as crianças sobre as atividades realizadas, considera-se que estes podem ser diários, envolvendo as crianças na avaliação das suas aprendizagens para que sejam agentes ativos no processo do planeamento da ação; 2

3 Foram elaborados instrumentos que permitem partilhar com os pais/encarregados de educação, de forma descritiva, a avaliação das crianças, evidenciando os seus progressos, nas diferentes áreas de conteúdo. ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO Organização do estabelecimento educativo Constituir grupos heterogéneos (crianças com diferentes idades) proporcionando diversas ocasiões de aprendizagens; Definir, no Regulamento Interno, as competências da Diretora Pedagógica; Explicitar os critérios de constituição dos grupos fundamentando a opção pedagógica; Garantir que o horário da natação ocorra em período não letivo, dado que se trata de uma atividade paga pelos pais e da qual nem todas as crianças usufruem; Respeitar as orientações emanadas pelo Ministério da Educação para a educação préescolar, não aplicando sistemas de gestão de qualidade que contrariem essas mesmas orientações. Foram constituídos três grupos de crianças, respetivamente, de 3, 4 e 5 anos; contudo a variação etária entre as crianças de um mesmo grupo é, em alguns casos, de mais de um ano; As competências da direção pedagógica já estão explicitadas no novo regulamento interno; Os critérios definidos para a constituição dos grupos prendem-se, de acordo com a direção pedagógica, com o facto de as crianças serem acompanhadas desde a creche pela mesma educadora, privilegiando-se assim a continuidade da relação pedagógica e interpessoal; Uma vez que a atividade de natação continua a ocorrer na componente educativa/letiva, considera-se que este aspeto deverá continuar a ser objeto de melhoria; A avaliação das crianças de acordo com o sistema de gestão da qualidade não é coerente com as orientações curriculares para a educação pré-escolar. Assim, este aspeto continua a ser de melhorar, ainda que a informação partilhada com os pais e encarregados de educação já se focalize nos progressos das aprendizagens das crianças nas áreas de conteúdo. 3

4 Organização do ambiente educativo da sala Grupo Espaço e materiais Tempo Dotar a área da biblioteca com maior diversidade de livros e equipa-la com outros suportes de leitura e imagens, como revistas, panfletos e catálogos; Repensar a organização do espaço como expressão das intenções da educadora e da dinâmica dos diferentes grupos, dotando-o de material desafiador que desperte a curiosidade e a descoberta; Garantir que todas as crianças usufruam de cinco horas diárias de trabalho pedagógico planeado, concretizado e avaliado. A área da biblioteca apresenta já uma maior diversidade de suportes escritos e o espaço está mais acolhedor e envolvente; A organização das salas de atividades permite às crianças desenvolverem atividades de forma mais livre e autónoma, no entanto, considera-se ainda necessário proporcionar às crianças a utilização de material reciclável diversificado, intencionalmente organizado, que permita o desenvolvimento da criatividade e imaginação, contando com a participação e envolvimento das crianças; As atividades de educação física e inglês continuam a ser desenvolvidas na componente letiva. Contudo, neste ano letivo, para além de gratuitas, são planeadas, desenvolvidas e avaliadas com a educadora titular do grupo, integrando deste modo o projeto curricular. ÁREAS DE CONTEÚDO Formação Pessoal e Social Expressão e Comunicação Educação Física Educação Artística Linguagem Oral e Abordagem à Escrita Matemática 4

5 Criar oportunidades às crianças de produção, criação e fruição de múltiplas técnicas com recurso a diferentes suportes com dimensões e texturas diversificadas. Proporcionar ambientes ricos em oportunidades de interação com a leitura e a escrita, promovendo o interesse e o envolvimento das crianças neste domínio. Os trabalhos das crianças expostos nas salas de atividades revelam que as crianças são mais envolvidas na sua produção, considerando-se, contudo, que a expressão livre e de iniciativa das crianças deve ser mais valorizada em detrimento das fichas de trabalho e das propostas das educadoras. Foi possível observar a introdução de um cavalete de pintura, que permite a realização desta atividade de forma livre e autónoma; Os espaços destinados ao desenvolvimento de atividades no domínio da linguagem oral e abordagem à escrita estão mais organizados, nomeadamente, a área da biblioteca, embora possam ainda ser enriquecidos com materiais e instrumentos que incentivem as crianças na aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e capacidades neste domínio, como registos das suas observações, recolha de rimas encontradas pelas crianças, livros construídos pelas mesmas, cadernos e canetas, etc.. Conhecimento do Mundo Introdução à metodologia científica Abordagem às ciências Mundo tecnológico e utilização das tecnologias Apetrechar a área das ciências com materiais diversos que incentivem à exploração e experimentação de materiais naturais, da vida corrente e específicos. As salas de atividades contemplam espaços destinados ao desenvolvimento de atividades na área do conhecimento do mundo, contudo estes poderão ser enriquecidos com mais materiais pedagógicos que proporcionem às crianças múltiplas oportunidades de aprendizagem, nomeadamente: experimentar, pesquisar, consultar, medir, pesar, registar, etc.. As salas foram também equipadas com um computador para as crianças utilizarem em atividades, orientadas e/ou autónomas, de pesquisa, de escrita e de jogos didáticos, proporcionando-lhes outras aprendizagens em vários domínios do saber. 5

6 CONTINUIDADE EDUCATIVA E TRANSIÇÔES Transição para a educação pré-escolar Transição para a escolaridade obrigatória Realizar atividades conjuntas com o 1.º ciclo do ensino básico, que promovam a articulação curricular, de modo a facilitar a transição e a sequencialidade educativa entre estes dois níveis. No projeto curricular do grupo de 5 anos prevê-se a participação das crianças em algumas atividades conjuntas com os alunos do 1.º ciclo do ensino básico, nomeadamente na Biblioteca do Centro Escolar de Seia, e a realização de atividades de âmbito curricular, ao longo do ano letivo, a fim de facilitar a integração das crianças da educação pré-escolar e assegurar a continuidade educativas entre os dois níveis de educação e ensino. Relativamente aos aspetos a corrigir identificados na atividade inicial: Foi corrigido um aspeto. Não foi corrigido: A natação continua a realizar-se no horário destinado à componente letiva. O Jardim de Infância deverá desenvolver esta atividade na componente de apoio à família, evitando que a mesma ocorra no tempo destinado à componente letiva, cumprindo com o estipulado no artigo 16.º da Lei n.º 5/97, de 1 de fevereiro, e com o enunciado na Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, de 10 de outubro conjugado com n.º 1 do artigo 77.º e o Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensino Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, republicado pelo Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 146/2013, de 22 de outubro. Data: 3/11/2017 A inspetora: Beatriz Amaral 6

7 NORMATIVOS E ORIENTAÇÕES DE REFERÊNCIA Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, republicado pelo Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 146/2013, de 22 de outubro. Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro Lei-quadro da Educação Pré-Escolar - consagra o ordenamento jurídico da educação pré-escolar, na sequência da Lei de Bases do Sistema Educativo. Decreto-Lei n.º 147/97, de 11 de junho Estabelece o ordenamento jurídico do desenvolvimento e expansão da rede nacional de educação pré-escolar e define o respetivo sistema de organização e financiamento. Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho Homologa as orientações curriculares para a educação pré-escolar que se constituem como uma referência comum para a orientação do trabalho educativo dos educadores de infância. Despacho Conjunto n.º 258/97, de 21 de agosto Define os tipos de equipamento. Define normas de qualidade e segurança do material. Listagem de material mínimo por sala. Despacho Conjunto n.º 268/97, de 25 de agosto Define os requisitos pedagógicos e técnicos para a instalação e funcionamento de jardins de infância da rede nacional. Anexo 1 refere as normas para instalações adaptadas. Anexo 2 refere as normas para construções de raiz. Decreto-Lei n.º 240/2001 de 30 de agosto Aprova o perfil geral de desempenho profissional do educador de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário. Lei n.º 31/2002 de 20 de dezembro Sistema de avaliação da educação e do ensino não superior. Lei n.º 46/2006 de 28 de agosto Proíbe e pune a discriminação em razão da deficiência e da existência de risco agravado de saúde. Decreto-Lei n.º 34/2007 de 15 de fevereiro Regulamenta a Lei n.º 46/2006, de 28 de agosto, estabelecendo as entidades administrativas competentes para procederem à instrução dos processos de contraordenação, bem como a autoridade administrativa que aplicará as coimas e as sanções acessórias correspondentes pela prática de atos discriminatórios. 7

8 Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro (retificado pela Declaração de Retificação n.º 10/2008, de 7 de março), alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio Define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e cooperativo. Decreto-Lei n.º 281/2009 de 6 de outubro Cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce. Portaria n.º 293/2013 de 26 de setembro Alarga o Programa de Apoio e Qualificação do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância. Despacho n.º 925/2017, de 20 de janeiro Delegação de competências no âmbito do ensino particular cooperativo e solidário, alínea a) do n.º 2. Circular n.º17/dsdc/depeb/ Gestão do currículo na educação pré-escolar. Circular n.º 4 DGIDC/DSDC/ Avaliação na educação pré-escolar. Circular n.º5-dge/2015/2555/dseeas, de , clarifica a articulação entre o PEI e o PIIP. DOCUMENTAÇÃO DE APOIO Bertram, Tony e Pascal, Christine. (2009). Manual DQP - Desenvolvendo a Qualidade em Parcerias, adaptação sob coordenação de Júlia Oliveira-Formosinho. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Cardona, Maria João (2007). "A avaliação na educação de infância: as paredes das salas também falam! Exemplo de alguns instrumentos de apoio", Cadernos da Educação de Infância APEI, n.º 81: Cardona, Maria João (coord.); Tavares, Teresa; Uva, Marta e Vieira, Conceição (2010). Guião de Educação Género e Cidadania. Educação Pré-Escolar. Lisboa: Presidência do Conselho de Ministros, Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Cardona, Maria João e Guimarães, Célia Maria (coord.) (2013). Avaliação na Educação de Infância. Viseu: PsicoSoma. Castro, Joana Pacheco de e Rodrigues, Marina (2008). Sentido de Número e Organização e Tratamento de Dados: Textos de apoio para educadores de infância, coordenação de Lurdes Serrazina. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. 8

9 Departamento da Educação Básica (1997). Educação Pré-Escolar: Legislação. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica. Departamento da Educação Básica (1997). Qualidade e Projeto na Educação Pré- Escolar. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica. Departamento da Educação Básica (2002). Organização da Componente de Apoio à Família. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica. Godinho, José Carlos e Brito, Maria José (2010). As Artes no Jardim de Infância: Textos de apoio para educadores de infância, organização de Helena Gil e Isabel Carvalho. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Martins, Isabel et al (2009). Despertar para a Ciência Atividades dos 3 aos 6: Textos de apoio para educadores de infância, coordenação de Isabel Martins. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Mata, Lourdes (2008). A Descoberta da Escrita: Textos de apoio para educadores de infância, coordenação de Inês Sim-Sim. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Mendes, Maria de Fátima e Delgado, Catarina Coutinho (2008). Geometria: Textos de apoio para educadores de infância, coordenação de Lurdes Serrazina. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Sim-Sim, Inês, Silva, Ana Cristina e Nunes, Clarisse (2008). Linguagem e comunicação no jardim de infância: Textos de apoio para educadores de infância, coordenação de Inês Sim-Sim. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Vasconcelos, Teresa (coord.) (2011). Trabalho por projetos na Educação de Infância: mapear aprendizagens, integrar metodologias. Lisboa: Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Direção-Geral da Educação (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré- Escolar 9