Fig 1. Primeira barra de destaque. Fig 2. Segunda barra de destaque. Fig 3. Terceira barra de destaque. Fig 4. Quarta barra de destaque

Transcrição

1 A presente recensão irá centrar-se na crítica sobre o site de um dos principais canais da televisão portuguesa a TVI. As suas emissões tiveram início no dia 20 de fevereiro de 1993 enquanto estação católica administrada pela Igreja. Foi o desenvolvimento da indústria que levou a que grandes empresas adquirissem a empresa, ficando assim como principais acionistas da mesma. Desde então, e enquanto estação privada, segue diretrizes delineadas pelos grupos económicos responsáveis. O início do milénio desenhou o futuro da estação em termos de programação e do seu crescimento em todos os níveis: audiências, popularidade, aparecimento nas redes sociais e noutras plataformas online. O aparecimento do reality-show mudou totalmente a forma de fazer televisão em Portugal e tudo devido ao interesse superior do canal sediado em Queluz de Baixo e dos diversos grupos económicos que o administram. A forte aposta na ficção nacional e no produto português é outra das grandes imagens de marca que começa agora a ser transportada para outras empresas do setor. São estes os aspetos que marcam a imagem atual da estação, bem como, o respetivo site objeto de análise para esta recensão. A sua plataforma online apresenta várias grelhas de destaque e é maioritariamente preenchida por vídeos que referenciam a oferta da estação nas várias frentes já descritas. Apesar de ser este o principal ponto de referência, há que salientar, ainda, a informação que, apesar de pouca, está também referenciada na página principal. As diversas frentes de destaque têm o intuito de chamar a atenção para os conteúdos do canal que merecem uma maior preocupação por parte dos responsáveis, como é exemplo as novelas e outros programas de entretenimento. Uma utilização abusiva dos produtos e desgastante para a imagem da estação e da respetiva plataforma que se torna demasiadamente monótona e com pouca diversidade de informação. Tendo em conta todos estes factos, impõe-se a pergunta: qual deveria ser a verdadeira função dos sites de um canal generalista? Porque não apostar, em maior escala, nos produtos de informação já que é das mais vistas do país? Estará ser bem utilizado e da forma a colmatar a real necessidade e os interesses do seu público? Depois de uma análise mais detalhada é possível verificar que existe uma baixa expansão de conteúdo, sendo que na sua maioria se tratam de vídeos relacionados a programas do daytime ou até dos mais badalados do momento. A disposição de destaques, como já foi referido, é também

2 abusiva com cinco barras espalhadas por toda a homepage, deixando menos espaço livre a outro tipo de conteúdo que poderia vir a tornar esta uma plataforma mais versátil e eficaz no cumprimento do seu principal objetivo. Fig 1. Primeira barra de destaque Fig 2. Segunda barra de destaque Fig 3. Terceira barra de destaque Fig 4. Quarta barra de destaque

3 Fig 5. Quinta barra de destaque O acesso a outro tipo de informação é também dificultado pela falta de diversidade e ainda pela falta de divulgação da existência de outros conteúdos na respetiva plataforma. Comparativamente aos restantes programas, a informação tem apenas duas hiperligações possíveis, sendo que o restante espaço é dedicado, como já foi referido, a outros conteúdos. Fig 6. Barra que dá acesso a outros conteúdos exteriores à página principal Ao aceder ao site da TVI, deparamo-nos com uma explosão de cores. Vermelho, branco, preto e azul são as cores predominantes, sendo a parte superior do website o foco de incidência das mesmas. Os tons do site vão de encontro às cores do logotipo da TVI. Logotipo esse que foi concebido em Portugal e desenvolvido nos EUA e que tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos.

4 O site facilita o acesso às redes sociais, como é o exemplo do facebook, twitter, canal da TVI no youtube e tvimobile, colocando ao dispor do utilizador, botões interativos correspondentes a cada rede. Este sistema permite ao utilizador um acesso rápido e fácil a todas as redes, à distância de um clique. Relativamente à publicidade presente no site, esta existe, e com algum destaque. Encontra-se na parte superior da página e publicita sobretudo a OLX, estando este anúncio sempre fixo e visível em todas as páginas do site. A restante publicidade apresenta-se apenas na página principal e publicita diversas marcas/empresas. Entre estas marcas encontram-se bancos, lojas de roupa, entre outras. Na nossa opinião o site não é harmonioso devido a vários fatores como, o excesso de cor, o excesso de conteúdos que pode baralhar um pouco quem visita a página web e os inúmeros destaques que esta faz. Quer em formato de imagem quer em formato de vídeo. Torna-se confuso ao olhar.

5 Um dos pontos positivos que podemos destacar é o facto de o site estar em constante atualização com os diretos na televisão. Isto é, quando está a ser transmitido um programa na televisão, vídeos ou noticias a cerca desse mesmo programa são imediatamente colocados online, à disposição de todos. Quer no site quer nas redes sociais. Isto permite uma clara aproximação entre o canal e o espetador/utilizador. Outro dos aspetos que deve ser referenciado é o facto de a disposição da informação na plataforma estar indiscutivelmente associada às audiências e aos resultados que estes alcançam ou que a estação espera que sejam alcançados. A concorrência no horário de transmissão dos programas com maior destaque é dura e mostra-se fixa na liderança o que proporciona uma maior pressão. Os interesses económicos e a importância dos números ultrapassam, por infelicidade, a necessidade do público e os seus interesses enquanto geradores de receitas. Pode-se, por isso, concluir que este não é um dos melhores exemplos no que toca a uma boa prática de utilização da internet para a divulgação de uma certa mensagem a um público cada vez mais internacionalizado e ligado às tecnologias. Os canais, quer sejam eles privados ou não, devem ter em conta a influência dos novos meios de expansão da informação e adaptarem-se a essa realidade. No caso específico da TVI isso não acontece devido a uma fraca diversidade no conteúdo que não engloba todo o público espetador. André Palma nº Ana Rita Sousa nº44582