ESTUDO DA VARIABILIDADE DA POSIÇÃO E DA NEBULOSIDADE ASSOCIADA À ZCIT DO ATLÂNTICO, DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA DE 1998 E 1999 NO NORDESTE DO BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTUDO DA VARIABILIDADE DA POSIÇÃO E DA NEBULOSIDADE ASSOCIADA À ZCIT DO ATLÂNTICO, DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA DE 1998 E 1999 NO NORDESTE DO BRASIL"

Transcrição

1 Revista Brasileira de Meteorologia, v.19, n.1, 23-34, 2004 ESTUDO DA VARIABILIDADE DA POSIÇÃO E DA NEBULOSIDADE ASSOCIADA À ZCIT DO ATLÂNTICO, DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA DE 1998 E 1999 NO NORDESTE DO BRASIL MICHELINE DE SOUSA COELHO*, MANOEL A. GAN 1 e JORGE C. CONFORTE 1 *Presente filiação: Instituto Nacional de Meteorologia INMET 1 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Caixa Postal , São José dos Campos-SP, Brasil alonso@cptec.inpe.br Recebido Novembro Aceito Outubro 2003 RESUMO Estuda-se a variabilidade da posição e da nebulosidade associada à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) do Atlântico durante a estação chuvosa (março e abril) de 1998 (El niño) e 1999 (La niña) do nordeste do Brasil. Utilizaram-se imagens dos satélites METEOSAT6 e GOES8, dados de Radiação de Ondas Longas (ROL) da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), além da umidade específica e as componentes zonal e meridional do vento do conjunto de dados da Reanálise do National Centers for Enviromental Prediction (NCEP). A área escolhida para identificação da ZCIT abrange o setor entre 5 N-5 S e 10 E -48 W. Verificou-se que no ano de 1998, a convecção associada a ZCIT posicionou-se um pouco mais ao norte, enquanto que em 1999 a convecção esteve um pouco mais ao sul em relação à climatologia. Quanto à intensidade da convecção, esta se mostrou mais enfraquecida em março de 1998 e em abril de Já em março de 1999 e em abril de 1998 a convecção mostrouse mais intensa. Através das imagens de satélite observou-se que as maiores variações latitudinais da posição da nebulosidade associada à ZCIT, ocorreram na costa africana. Essa variação foi de 9 para norte no período de 25 a 27 de abril de 1999 e de 8 para sul nos períodos de 26 a 31 de março de 1999 e de 27 a 31 de março de Verificou-se também que a ZCIT apresenta pontos de inflexão sobre o Oceano Atlântico Tropical, localizados em 35 W, 30 W, 28 W, 25 W, 20 W, 10 W e 15 W. Notou-se durante o período de estudo quatro padrões na nebulosidade da ZCIT: a ZCIT dupla tradicional (ao sul da banda principal), a ZCIT dupla ao norte da banda principal e bifurcações na extremidade oeste e leste da ZCIT. Utilizando filtro de Lanczons entre dias, nos dados diários de ROL, verificaram-se propagações para leste com velocidade de fase em torno de 7,0 e 5,3 m/s, concordando com as características de uma onda de Kelvin. Ocorreram também a presença de propagação da nebulosidade para oeste, indicando uma onda de Rossby equatorial com velocidade em torno de 7,8 m/s. Palavras-chave: Zona de convergência intertropical, nebulosidade, propagação. ABSTRACT: A STUDY OF THE POSITION AND THE CLOUDINESS VARIABILITY OF THE ATLANTIC OCEAN ITCZ DURING THE 1998 AND 1999 RAINY SEASON OVER NORTHEAST BRAZIL The position and the cloudiness variability of the Atlantic Ocean ITCZ during the 1998 (El Niño) and 1999 (La Niña) rainy season (March and April) over Northeast Brazil is studied. We use METEOSAT6 and GOES8 satellite picture, outgoing longwave radiation (OLR) data from NOAA, and specific humidity and both zonal and meridional wind from the National Centers for Environmental Prediction (NCEP) re-analises dataset. The area that was chosen for the ITCZ identification is among 5 N-5 S and 10 E -48 W. The ITCZ convection associated was positioned a little bit to north during 1998 (El niño) year, while in 1999 (La niña) the convection was a little bit to south as it is compared with the climatology. The convection was weaker in March 1998 and April 1999 and more intense during March 1999 and April The largest latitudinal variations of the ITCZ position happened over the African coast and it was 9 northward in April 1999 from 25 to 27 and 8 southward in March 1999 from 26 to 31 and from 27 to 31. The ITCZ also presents inflection points over the Tropical Atlantic Ocean, located in 35 W, 30 W, 28 W, 25 W, 20 W, 10 W and 15 W. During this study four ITCZ cloudiness patterns were observed: the traditional double ITCZ (to south of the main band), double ITCZ to north of the main band and ITCZ bifurcation in the west or east extreme. Using days Lanczons filter for ROL daily data, eastward propagations with phase speed around 7.0 and 5.3 m/s were observed, according to the characteristics of a wave of Kelvin. The westward cloudiness propagation was also noted with speed around 7.8 m/s that indicates an Equatorial Rossby wave. Key words: Intertropical convergence zone, clouds, propagation.

2 24 Manoel A. Gan et al. Volume 19(1) 1. INTRODUÇÃO A região tropical tem uma função essencial na circulação geral da atmosfera, pois compreende mais da metade da superfície da Terra e concentra a maior parte de energia do planeta, tendo um relevante papel na troca desta energia (Riehl, 1962). Entretanto, apesar da importância dessa região na circulação geral da atmosfera, ainda não há uma teoria completa que explique os movimentos tropicais, como existe a teoria quase-geostrófica para os sistemas de latitudes médias (Holton, 1992). Nos trópicos, o armazenamento de energia potencial disponível é muito pequeno devido ao fraco gradiente de temperatura (com exceção da África equatorial) e de pressão (com exceção dos ciclones tropicais), sendo o calor latente a principal fonte de energia dos distúrbios tropicais (Pálmer 1952). A maior parte do calor latente liberado nos trópicos provém de nuvens convectivas, que são basicamente circulações em escala cúmulos. Como a atmosfera tropical é condicionalmente instável, é necessária uma interação da circulação de escala cúmulos com a grande escala, para esta gerar convergência de massa nos baixos níveis e, por conseqüência, um levantamento forçado até um nível que torne a parcela instável. Por sua vez, os cúmulos fornecem o calor necessário para a redução de pressão na superfície, continuando a convergência de umidade necessária para forçar a convecção cumulus. A interação cooperativa entre a convecção cúmulos e uma perturbação de grande escala é conhecida por CISK (Conditional Instability of the Second Kind) (Holton, 1992). Vários sistemas meteorológicos são observados na região tropical, contribuindo para alterações no clima e no tempo nessa região. Dentre eles, destacam-se os Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM), os Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN), os Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL) ou Ondas de Leste, e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Este último sistema tem uma influência primordial no clima de várias regiões nos trópicos, como por exemplo, no norte da Região Nordeste do Brasil (NEB), onde a estação chuvosa depende fortemente da posição da ZCIT. A ZCIT apresenta uma estrutura que consiste em um conjunto de características, tais como: zona de confluência dos ventos alísios (ZCA) de sudeste (SE) e nordeste (NE), região do cavado equatorial, zona de máxima temperatura da superfície do mar (TSM) e banda de cobertura de nuvens convectivas. A primeira idéia sobre a formação da ZCIT era de que todas essas características ficavam sobrepostas numa mesma faixa de latitude. Essa idéia foi mudada por Hastenrath e Lamb (1977), Hastenrath e Heller (1977) e Estoque e Douglas (1978), os quais mostraram que essas zonas não se apresentam sobre a mesma faixa de latitude e sim próximas umas das outras interagindo entre si. Esse conjunto de características que formam a ZCIT possui um deslocamento latitudinal no decorrer do ano, estando em latitudes mais ao sul (aproximadamente 1 S) nos meses de março e abril, e latitudes mais ao norte (aproximadamente 8 N) nos meses de agosto e setembro, mostrando assim, a variabilidade sazonal da ZCIT (Uvo, 1989). A posição da ZCIT em um dado mês está relacionada a fatores de grande escala, pois a circulação geral determina principalmente a posição da ZCA. Uvo (1989) observou uma variabilidade intra-sazonal da posição da ZCIT, principalmente em torno de 10 a 20 dias e de 30 a 50 dias. Observações da posição da ZCIT mostram que esta possui uma grande oscilação diária, pentadal ou semanal em sua posição meridional (climanálise, 1989). Essa variação na posição da ZCIT pode resultar em períodos de estiagem ou de chuvas intensas sobre o sertão nordestino durante a estação chuvosa (Kousky, 1985). Esses períodos acontecem quando a banda convectiva associada a ZCIT desloca-se alguns graus de latitude para o norte ou para o sul, respectivamente, durante um pequeno período da estação. Uvo (1989) observou que em fevereiro a banda de nuvens convectivas associada a ZCIT dá um salto de 1,5 de latitude para o norte, durante quatro ou cinco pentadas, retornando posteriormente ao curso normal para o sul. Este salto, quando ocorre, prejudica a estação chuvosa no NEB. Observações diárias de imagens de satélite mostraram que, principalmente nos meses de verão e outono do Hemisfério Sul (HS), a banda convectiva associada à ZCIT apresenta intensificações na nebulosidade que se propaga de leste para oeste, resultando em períodos de maior intensidade de precipitação no norte e nordeste do Brasil (Yamazaki e Rao, 1977; Chan 1990; Espinoza 1996; Mota 1997). Essas intensificações são conhecidas como DOL, os quais se iniciam com o aumento da convecção sobre a África Central Oeste (extremidade leste da ZCIT) e propaga-se para oeste. Em dois ou três dias, o DOL atinge o NEB quando a ZCIT alcança sua posição mais ao sul, aumentando consideravelmente a precipitação na região. Outro fator observado que aumenta a precipitação na região é o aparecimento de uma banda dupla de nebulosidade na ZCIT. Quando isso ocorre por mais de dois dias, corresponde a anos de maior índice de precipitação (Uvo, 1989). A ZCIT dupla é um fenômeno esporádico, ainda pouco estudado, que acontece geralmente ao sul da banda convectiva principal, nos primeiros meses do ano (fevereiro, março e abril) não permanecendo por muito tempo (Uvo, 1989). Devido à nebulosidade e a posição da ZCIT apresentarem uma variabilidade espacial e temporal, pretende-se fazer um estudo observacional dessa variabilidade, identificando o deslocamento diário da ZCIT, assim como os padrões típicos da nebulosidade associada durante as estações chuvosas de 1998 e Para tanto serão utilizados os dados de Radiação de Ondas Longas (ROL) e as imagens do satélites METEOSAT 6 e GOES DADOS E METODOLOGIA 2.1. Dados Utilizados dados: Neste estudo são utilizados os seguintes conjuntos de Média diária de ROL derivadas de satélites meteorológicos cedidos pelo National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) com resolução 2,5 x 2.,5 para um período de 21 anos (1979 até 1999).

3 Junho 2004 Revista Brasileira de Meteorologia 25 Imagens do satélite METEOSAT6 e GOES8 do canal IR, para os horários das 0600, 1200 e 1800 UTC, e também do canal visível para 12UTC. Estes dados foram obtidos do Centre de Météorologie Spatiale de Meteo-France (SATMOS), para os meses de março e abril dos anos de 1998 e 1999 Dados médios diários da umidade específica e das componentes zonal e meridional do vento em ponto de grade de 2,5 x 2,5 de latitude por longitude nos níveis de 925, 850 e 700 hpa, pertencentes ao conjunto de reanálise do National Centers for Environmental Prediction (NCEP). O período de estudo escolhido inicia-se em 01 de março e termina em 30 de abril dos anos de 1998 e 1999, por representarem anos de EL Niño e de La Niña, respectivamente. A área selecionada para identificação da ZCIT se estende entre 5 N-5 S e de 10 E -48 W Metodologia Os padrões de nebulosidade e a posição da ZCIT foram identificados utilizando os dados diários de ROL e as imagens de satélite. Inicialmente, calculou-se a média climatológica mensal e posteriormente a média mensal de ROL para os meses de março e abril de 1998 e Em seguida, fez-se o cálculo da anomalia de ROL para os meses de estudo. Utilizou-se o pacote gráfico Grid Analysis and Display System (GrADS) para elaborar as figuras. Os gráficos de saída foram apresentados apenas com valores de ROL inferiores a 240 W/m -2, por representarem nebulosidade convectiva nos trópicos (Kousky, 1985). A posição diária da ZCIT foi determinada de forma subjetiva utilizando imagens do satélite METEOSAT6 no canal infravermelho, para o horário das 1800 UTC, pois neste horário a convecção foi melhor observada. Nesta etapa foram traçadas linhas representando a ZCIT usando como referencial o centro dos aglomerados convectivos associados à ZCIT. Para facilitar a medição da variação da posição da nebulosidade associada a ZCIT, dividiu-se a região de atuação desse sistema em três áreas: Costa do Nordeste (40 W-30 W), Atlântico Central (30 W-20 W) e Costa da África (20 W-10 W). Com isso, convencionou-se que os valores positivos (negativos) representam deslocamento para norte (para sul). Além do deslocamento foram observados também alguns padrões na nebulosidade associada à ZCIT. Identificou-se também as ondas equatoriais que atuaram na região da ZCIT utilizando o mesmo critério de Kiladis (1998), o qual associou a convecção profunda à propagação dessas ondas, utilizando seções de longitude versus tempo de dados diários filtrados de ROL. Desta forma, construiu-se diagramas de Hovmoller (seções longitude x tempo), com valores médios para a faixa latitudinal entre 5 N- 5 S para os meses de março e abril dos anos de 1998 e Para eliminar ondas de várias freqüências, utilizou-se o filtro de Lanczon (Duchon, 1979) para filtrar as oscilações em torno de dias, uma vez que, neste intervalo as ondas de Kelvin e de Rossby Equatorial podem ser observadas melhor. Maiores Fig. 1: Função resposta versus período do filtro Lanczos passa banda, com as freqüências de corte f c1 = 1/20 (dia 1 ) f c2 = 1/10 (dia 1 ) e 48 funções peso. detalhes do filtro de Lanczon podem ser obtidos em Duchon (1979). A função resposta do filtro usado nesta trabalho pode ser verificada na Figura RESULTADOS Climatologicamente a nebulosidade convectiva associada a ZCIT encontra-se nos meses de março e abril sobre todo o Oceano Atlântico Tropical, desde o NEB até a África, em uma faixa de latitude de aproximadamente 6 N- 5 S (Figura 2). Neste dois meses, essa banda convectiva localizada sobre a região costeira nordestina e africana, confunde-se com a convecção tropical sobre os continentes, sendo difícil a identificação da posição da ZCIT. Sobre o oceano, a identificação da posição da ZCIT se torna mais fácil, pois a convecção observada está relacionada com a própria ZCIT. Nota-se que a banda convectiva da ZCIT apresenta-se inclinada em relação ao Equador, desde o NEB até a costa africana, concordando com os resultados obtidos por alguns autores como, por exemplo, Satyamurti et al. (1998). No mês de março (Figura 2a), a ZCIT tem por característica o acoplamento com a convecção tropical da América do Sul e também com os sistemas frontais no HS,

4 26 Manoel A. Gan et al. Volume 19(1) (Oliveira, 1981). Em geral nesse mês, o acoplamento favorece que a grande parte do NEB (principalmente o setor oeste) esteja com valores de ROL abaixo de 240 W/m 2, indicando precipitação convectiva sobre o Vale do São Francisco, oeste da Bahia, sertão da Paraíba e de Pernambuco, e os estados do Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará. No Maranhão, os valores são menores e variam de 180 a 220 W/m 2. Valores de ROL maiores do que 240 W/m 2 foram observados em uma pequena região da área de estudo. Em abril (Figura 2b), a convecção na Região Nordeste esteve deslocada para o noroeste e os valores de ROL ficaram maiores do que 240 W/m 2 na região sul e sudoeste do Nordeste, porém, a ZCIT não apresentou mudanças significativas no seu posicionamento e na convecção associada. Na média mensal de ROL para março de 1998 (Figura 3a), a ZCIT apresenta-se de forma similar ao observado na climatologia, porém menos convectiva. Contudo, a convecção nos estados do Maranhão, Ceará e Piauí ficaram com valores entre 180 e 240 W/m 2. No restante da região, os valores foram maiores do que 240 W/m 2. Analisando as anomalias mensais de precipitação (ver climanálise, 1998), verificou-se que as chuvas ficaram abaixo da normal nesse mês. Com isso, pode-se dizer que os altos valores de ROL no sertão nordestino e a pouca nebulosidade associada a ZCIT, devem estar relacionados com o ramo descendente da circulação de Walker, uma vez que o fenômeno El Niño atuou em 1998 (Nobre et al., 2000). Em março de 1999 (Figura 3b) a ZCIT esteve com mais atividade convectiva em relação à climatologia (Figura 2a). Neste mês as chuvas ficaram acima da média no norte do Maranhão e do Rio Grande do Norte, e no noroeste do Piauí e do Ceará (climanálise, 1998). Nas outras áreas localizadas no norte do Nordeste, as anomalias de precipitação foram negativas, indicando que as chuvas ficaram abaixo da média climatológica. Ao se comparar a média mensal de OLR em março de 1998 (Figura 3a) com a de março de 1999 (Figura 3b), verifica-se que a convecção esteve mais fraca ao norte e em uma região mais estreita em março de A ZCIT em abril de 1998 (Figura 3c) apresenta-se mais convectiva do que na climatologia. Verifica-se também um núcleo de valores de ROL abaixo de 220 W/m 2 sobre o oceano. Neste mês, a ZCIT apresentou-se deslocada para norte próximo ao NEB, e apenas o estado do Maranhão apresentou valores de ROL menores que 240 W/m 2. Nos demais estados nordestinos os valores de ROL foram maiores que 240 W/m 2. Ao contrário de abril de 1998, a nebulosidade convectiva sobre o continente se formou em uma área maior do que no mês de abril de 1999 (Figura 3d). Sobre o Maranhão, norte do Piauí e do Ceará os valores de ROL foram menores que 240 W/m 2, possivelmente devido a ZCIT estar posicionada um pouco mais ao sul em relação à climatologia. Mesmo assim, a precipitação ficou abaixo da normal segundo o Climanálise (1999). Em abril de 1998 (Figura 3c) a ZCIT posicionou-se um pouco mais ao norte, principalmente na área que abrange o NEB, quando comparada a abril de 1999 (Figura 3d). Esse fato pode ter favorecido a ocorrência de anomalia negativa de precipitação na Região Nordeste. No entanto, a ZCIT estava mais organizada e com valores menores de ROL em abril de 1998 do que em abril de 1999 (Figura 3d). Comparando as figuras 2 e 3, verifica-se que durante o ano de 1998 (El Niño), a convecção associada a ZCIT posicionou-se mais ao norte, enquanto que em 1999 (La Niña) a convecção esteve mais ao sul do que o normal. Nota-se também que a convecção encontrou-se mais fraca em março de 1998 e em abril de Em março de 1999 e em abril de 1998 a convecção ao longo da ZCIT mostrou-se mais intensa, pois apresentou núcleo com baixos valores de ROL. A Figura 4a apresenta as anomalias mensais de ROL para o mês de março de Observa-se nesta figura anomalias a) b) Figura 2: Média climatológica de ROL (W/m 2 ) para o período de 21 anos ( ) para: a) mês de março, b) mês de abril.

5 Junho 2004 Revista Brasileira de Meteorologia 27 a) b) c) d) Figura 3: Média mensal de ROL (W/m 2 ) para: a) março de 1998, b) março de 1999, c) abril 1998, d) abril de a) b)

6 28 Manoel A. Gan et al. Volume 19(1) c) d) Figura 4: Anomalia mensal de ROL (W/m 2 ) para: a) março de 1998, b) março de 1999, c) abril de 1998, d) abril de negativas de ROL posicionadas mais para o norte, indicando a posição da ZCIT. Nota-se também núcleos de anomalia negativa de ROL na região central do Oceano Atlântico Sul e Norte. No entanto, nos campos de anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) (Figuras não mostradas), não são observados valores positivos anômalos, o que justificaria a ZCIT estar deslocada para norte. Em março de 1999 (Figura 4b), a ZCIT ficou com valores anômalos negativos de ROL, desde a costa nordestina até a costa africana e entre as latitudes de 4 N-4 S. Neste campo, a anomalia chegou a valores menores do que -20 W/m 2 no núcleo convectivo. Na Figura 4c, correspondente ao campo de anomalia de ROL para abril de 1998, nota-se que a banda convectiva posicionou-se zonalmente mais ao norte do que na climatologia, e apresenta valores entre -15 e -5 W/m 2, nos núcleos convectivos. Em abril de 1999 (Figura 4d), a nebulosidade associada à ZCIT aparece em forma de blocos, mas é possível verificar que a ZCIT posicionou-se um pouco mais ao sul. Em geral, no ano de 1998 (1999), a ZCIT posicionou-se mais ao norte (ao sul) em relação a climatologia, esse resultado também foi verificado por Frank (1983) em anos de El Niño (La Niña). Sobre o continente, os campos de anomalia de ROL mostram, tanto em 1998, ano de El Niño, como em 1999, ano de La Niña, (Fig. 4), anomalias positivas de ROL sobre o NEB. Em março de 1998 (Fig. 4a), nota-se um centro com valores maiores do que 10W/m 2 cobrindo grande parte da Região Nordeste. Em 1999 (Fig.4b), para esse mesmo mês, as anomalias positivas de ROL atingiram uma área menor do que no ano anterior e a predominância é de anomalias negativas. Isso significa que no ano de El Niño (1998), a convecção em boa parte do NEB foi menor que no ano de La Niña (1999). Em abril de 1999 (Fig. 4d), a anomalia positiva sobre o NEB foi menor quando comparada ao mês de abril de 1998 (Fig. 4c). Sobre a Região NEB observa-se um núcleo de anomalia positiva em torno de 10 W/m 2, em toda sua área em abril de Em abril de 1999, a anomalia positiva cobriu uma área menor e o Estado do Maranhão ficou com anomalias negativas em torno de -15W/m 2. Nos demais estados nordestinos, as anomalias de ROL ficaram positivas, abaixo de 10W/m Variação da posição da nebulosidade associada a ZCIT Neste item identificou-se a posição diária da ZCIT traçando-se linhas nas imagens de satélite para o horário das 18:00 UTC, tendo como referencial o centro dos aglomerados convectivos associados à ZCIT. Essa variação foi considerada positiva quando o deslocamento foi para o norte, e negativa para o sul. Na Tabela 1, pode-se verificar os valores máximos de deslocamento norte-sul da ZCIT, para até cinco dias. Notase que as maiores variações ocorreram nas extremidades da ZCIT, ou seja, próximo à costa da África e/ou próximo à costa nordestina. Sobre o Atlântico Central essa variação foi menor. No entanto, em todo o período de estudo, verificouse que em alguns dias ocorreram variações maiores ou iguais sobre o Atlântico Central do que sobre as duas áreas costeiras referidas anteriormente. De uma forma geral, as máximas variações para norte ocorridas na costa do nordeste aconteceram em um período de 24 horas, sendo que o máximo deslocamento, em torno de +8.5 lat, ocorreu durante o período de 19 a 20 de março de Nesta região, as maiores variações para sul ocorreram tanto em um como em três dias. Essa variação foi em torno de 6.5 lat para sul nos períodos de 27 a 28 de março de 1998 e de 27 a 30 de março de Sobre o Oceano Atlântico Central, a máxima variação para norte ocorreu de 07 a 10 de março de 1999, em torno de +6 lat. Entretanto, a máxima variação para sul ficou em torno de -5 lat em 15 a 17 de março de 1998 e em 17 a 18 de março de A costa da África foi a região onde ocorreram as maiores variações, tanto para norte como para sul. No período de 25 a 27 de abril de 1999 essa variação foi de +9 lat para norte. De 26 a 31 de março de 1999 e de 27 a 31

7 Junho 2004 Revista Brasileira de Meteorologia 29 Costa do Nordeste (40 W-30 W) (graus de latitude) Atlântico Central (30 W-20 W) (graus de latitude) Costa da África (20 W-10 W) (graus de latitude) Dias de máxima variação Dias de máxima variação Dias de máxima variação Variação em 1 dia 27 a 28/03/1998-6,5 19 a 20/03/ ,5 17 a 18/03/1998-5,0 02 a 03/03/ ,0 17 a 18/03/1998-7,0 18 a 19/03/ ,0 Variação em 2 dias 17 a 19/03/ a 29/03/ a 06/03/ a 06/04/ ,0 15 a 17/03/1998-5,0 25 a 27/04/ a 17/03/ ,0 13 a 15/04/ a 31/03/1999-4,5 25 a 27/04/ ,0 Variação em 3 dias 27 a 30/03/1998-6,5 19 a 22/04/ ,0 01 a 04/03/1998-4,5 07 a 10/03/ ,0 13 a 16/03/1999-7,5 07 a 10/03/ ,5 Variação em 4 dias 07 a 11/04/1998-5,0 19 a 23/04/ ,5 19 a 23/04/ ,5 01 a 05/04/1998-4,0 27 a 31/03/1999-8,0 07 a 11/03/ ,5 Variação em 5 dias 07 a 12/04/ a 29/04/1998-2,5 19 a 24/04/ ,5 26 a 31/03/1999-4,0 19 a 24/04/ ,5 26 a 31/03/1999-8,0 07 a 12/03/ ,5 Tabela 1: Variação máxima diária da posição da nebulosidade associada a ZCIT Padrões de nebulosidade da ZCIT Março de (dias) Abril de (dias) Março de (dias) Abril de (dias) ZCIT dupla ao sul da banda principal 03 06, 22, 23, 24, 25 10, 11, 30 11, 17, 18, 19, 24 ZCIT dupla ao norte da banda principal - 04, 05, 13 02, 20, 21 20, 26 Bifurcações no setor leste Bifurcações no setor oeste 31 18, 19 22, 23, 25, Tabela 2: Padrões de nebulosidade observados na ZCIT

8 30 Manoel A. Gan et al. Volume 19(1) de março de 1999 a variação foi de - 8 lat para o sul. Nesta análise da posição da nebulosidade associada à ZCIT foi possível verificar, durante o período de estudo, que a mesma apresenta um ponto de inflexão (local em que a ZCIT muda de posição) sobre o Oceano Atlântico. Este ponto ocorreu na maioria das vezes em 25 W. Os pontos de inflexão foram também observados em outras longitudes em março de 1998 em 35 W, 28 W, 25 W e 10 W, em abril de 1998 em 25 W e 10 W, em março de 1999 em 30 W, 20 W e 15 W e em abril de 1999 em 25 W, 20 W e 15 W Padrões de nebulosidade na região da ZCIT A análise das imagens diárias de satélite do METEOSAT6 no canal infravermelho, para os horários de 06:00, 12:00 e 18:00 UTC e do canal visível para as 12:00 UTC, mostrou que apenas nos dias 02 e 05 de março e 30 de abril de 1998, não houve nebulosidade convectiva associada à ZCIT. No mês de abril de 1998, a convecção ficou mais persistente do que no mês de março do mesmo ano, pois esteve presente em quase todos os dias, exceto no dia 30. Em 1999, verificouse que além da nebulosidade associada à ZCIT atuar todos os dias dos meses de março e abril, essa nebulosidade estendeu-se sobre o NEB na maioria desses dias. Após a análise subjetiva de cada dia do período de estudo, verificou-se vários padrões de nebulosidade associada à ZCIT, apresentados na Tabela 2. Observou-se algumas particularidades na configuração da convecção: a presença da ZCIT dupla ao sul e ao norte da banda principal e bifurcações no sistema, tanto na extremidade oeste como na extremidade leste. Nesta análise, notou-se que em situações de ZCIT dupla ao norte, a nebulosidade associada a ZCIT secundária, apresentava configuração zonal e paralela à principal. Analisando-se a Tabela 2, observa-se que em março de 1998 a nebulosidade da ZCIT apresentou configurações diferentes em apenas dois dias: no dia 31/03/1998 ocorreu bifurcação no setor oeste da ZCIT, e no dia 03/03/1998 observase a presença da ZCIT dupla ao sul da banda principal. Abril de 1998 foi o mês em que a ZCIT apresentou maior número de padrões diferentes. Neste mês, a ZCIT dupla ao sul apareceu durante 5 dias (06, 22, 23, 24, e 25), a ZCIT dupla ao norte durante três dias (04, 05 e 13). No que diz respeito às bifurcações, essas ocorreram nos dias 18, 19 e 26 de março de Convém destacar que apenas neste mês, durante todo o período de estudo, foi possível verificar bifurcações no setor leste da ZCIT no dia 26 de abril de Março de 1999 foi o mês que em ocorreu maior número de dias com a presença de bifurcações na nebulosidade da ZCIT, surgindo nos dias 22, 23, 25 e 26. Em todos esses dias, as bifurcações apareceram na parte oeste do sistema. Neste mês, a ZCIT dupla ao sul apareceu nos dias 10, 11 e 30, e a ZCIT dupla ao norte nos dias 02, 20 e 21. A ZCIT ao norte da banda principal, geralmente tem configuração zonal e quase paralela à principal. Além dessas configurações, observou-se que no dia 21 (figura não mostrada) a nebulosidade ao norte da banda principal mostrava-se em forma de V invertido, caracterizando uma onda de leste. Esta configuração também foi encontrada por Simpson et al. (1968). Em abril de 1999, a ZCIT dupla ao sul apareceu durante cinco dias (11, 17, 18, 19 e 24) e a ZCIT ao norte apareceu nos dias 20 e 26. No dia 4 desse mês, observa-se uma bifurcação no setor oeste da ZCIT. Nas imagens de satélite mostradas na Fig.5 pode-se notar alguns exemplos de padrões de nebulosidade. A Fig. 5a mostra um padrão de ZCIT dupla ao sul da banda principal. A aparição da banda de nebulosidade ao sul da banda principal não é muito comum, e é um fenômeno ainda pouco estudado (Uvo, 1989). Para verificar-se como a circulação atmosférica comportou-se neste dia, foi realizada a análise os campos de ventos em 925, 850 e 700 hpa (figuras não mostradas). No nível de 925 hpa, verifica-se uma área de convergência na região onde se localiza a banda de nebulosidade da ZCIT principal. Na área da ZCIT secundária há também uma pequena região de convergência, porém não bem definida, afinal esta banda de nebulosidade apresenta-se em uma escala menor. Na Fig. 5b, a ZCIT dupla parece ao norte da banda principal. Além disso, a ZCIT principal aparece em forma de onda, sugerindo a interação de uma onda de leste no sistema. Nos campos de vento em 925 hpa e 850 hpa não foi possível verificar nenhuma alteração significativa nos ventos que explicasse essa configuração da nebulosidade. No entanto, no campo de 700 hpa, nota-se uma ondulação na região da ZCIT. Além disso, o fluxo de umidade em 925 hpa aparece mais intenso nas áreas onde se verifica maior concentração da nebulosidade (Figuras não mostradas). Na Fig. 5c observa-se um caso representativo de bifurcação no oeste da ZCIT. Entretanto, o campo de ventos não mostra as causas da ocorrência dessa bifurcação. Na Fig. 5d observa-se a ZCIT bifurcada na extremidade leste. Analisando os campos de vento em 925 hpa (figura não mostrada), verifica-se que próximo à costa africana, os ventos enfraquecem entre 20 W-10 W, exatamente na região da bifurcação. Fora dessa região, os ventos apresentam-se mais intensos. Isso mostra que o enfraquecimento dos ventos nesta área gera uma convergência de massa favorecendo a bifurcação na extremidade leste da ZCIT Análise da propagação de ondas na região da ZCIT Algumas das variabilidades observadas na nebulosidade na seção anterior, associada à ZCIT foram geralmente causadas pelas ondas equatoriais que se propagaram ao longo desse sistema. Através de diagramas do tipo Hovmoller de ROL pode-se identificar a direção e a velocidade da propagação da convecção. Esses diagramas (figura 6) foram plotados para a média de ROL entre de 5 N- 5 S. Observa-se também, que a convecção esteve presente em toda faixa longitudinal, desde 80 W até 10 E, durante março e abril de 1998 e Sobre o Oceano Atlântico, a convecção

9 Junho 2004 Revista Brasileira de Meteorologia 31 a) b) c) d) Figura 5: Imagens de satélite representativas dos padrões de nebulosidade para: a) ZCIT dupla ao sul da banda principal, b) ZCIT dupla ao norte da banda principal, c) Bifurcações ao oeste, d) Bifurcações ao leste. mostrou-se mais intensa no ano de 1999 (Figura. 6b). Contudo nesses gráficos aparecem oscilações de vários períodos e diferentes direções de propagação. Por isso a necessidade de filtrar os dados de ROL na tentativa de separar essas oscilações. A série dos dados utilizada para filtragem começa em 01 fevereiro de 1998 e termina 31 de maio de Essa série mais longa é necessária para evitar a perda dos extremos ao se passar o filtro. Na Fig. 7a (seção longitude x tempo), representativa do ano de 1998, observa-se altos valores de anomalia de ROL na região entre 80 W-40 W, tanto positivos quanto negativos, propagando-se para leste, exceto no período de 16 a 30 de abril de 1998, o qual apresenta propagações para oeste. Neste ano, as propagações da convecção não foram grandes sobre o Atlântico Central, enquanto na região próxima à África esses valores de anomalias de ROL ficaram em torno de 20W/m 2

10 32 Manoel A. Gan et al. Volume 19(1) a) b) Figura 6: Diagrama Hovmoller de ROL (W/m 2 ) para uma média latitudinal entre 5 N-5 S: a) ano de 1998, b) ano de a) b) Figura 7: Seção latitude versus tempo de anomalia de ROL (W/m2) em uma média na faixa latitudinal 5 N-5 S filtrada para período de dias, para: a) março e abril de 1998, b) março e abril 1999.

11 Junho 2004 Revista Brasileira de Meteorologia 33 e a propagação nesta região foi predominante para oeste. Na região do Atlântico Central a convecção diminuiu, voltando a aparecer mais intensa próxima aos continentes africano e sul americano. Para o período de 13 a 25 de março de 1998, calculouse a velocidade de fase da convecção que propagou de 70 W para 15 W (ΔS = 7150km) em um período de 288 horas. Neste caso, a velocidade de fase foi de aproximadamente 7,0 m/s. Observou-se também no período de 02 a 14 de março, oscilações propagando-se para leste, desde 75 W até 25 W, com velocidade de 5,3 m/s. Nestes dois períodos, verificou-se que essas velocidades de fase estão dentro do observado para uma onda de Kelvin (Matsuno, 1966, Wallace e Kousky, 1968). Outras ondas deslocaram-se para oeste, a maior propagação observada foi de 70 W até 10 E, no período de 08 a 22 de abril de 1998, com velocidade de fase de 7,8 m/s, apresentando características de uma onda de Rossby equatorial (Matsuno, 1966). No ano de 1999 (Figura. 7b) as propagações sobre o oceano Atlântico apresentaram valores de anomalia de ROL maiores do que no ano anterior. Próximo à África, os valores foram mais intensos do que em outras regiões. Verifica-se também que durante o período de 26 de março até 30 de abril, as propagações foram mais lentas entre 80 W-20 W, não aparecendo de forma clara a direção da propagação da nebulosidade. No período de 01 a 26 de março, houve propagações para leste sobre toda região desde 80 W-10 E. 4. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da climatologia de 21 anos de dados de ROL verificou-se que a banda convectiva associada a ZCIT apresenta-se inclinada em relação ao Equador, desde a costa nordestina até a costa africana. Nota-se também que sobre o oceano torna-se mais fácil a identificação da nebulosidade associada a ZCIT. Nas áreas costeiras da África como a do Nordeste, a convecção associada a ZCIT confunde-se com a convecção continental dificultando sua localização. Verificando a média mensal de ROL para os meses de março e abril de 1998 e de 1999, notou-se que em 1998 (El niño) a convecção associada à ZCIT posicionou-se um pouco mais ao norte, enquanto que em 1999 (La niña) a convecção esteve um pouco mais ao sul, quando comparada com a climatologia. Quanto à intensidade da convecção, esta se mostrou mais enfraquecida em março de 1998 e em abril de 1999, e mais intensa em março de 1999 e em abril de No que se refere à variação latitudinal da posição da nebulosidade associada à ZCIT, observou-se que a maior variação ocorrida na costa nordestina foi de em torno de 8,5 para norte do dia 19 para o dia 20/03/1998. Nesta mesma região, as maiores variações para sul foram em torno de 6,5 e ocorreram em um período de um e de três dias (27 à 28 de março de 1998 e no período de 27 à 30 de março de 1998). No Atlântico Central, a máxima variação para norte ocorreu entre 07 à 10/03/1999 em torno de 6, e a máxima variação para sul ficou em torno de 5 (15 à 17/03/1998). A costa africana foi a região onde ocorreram as maiores variações, tanto para norte como para sul. No período de 25 à 27/04/1999 essa variação foi de 9 para norte, e em 26 à 31/03/1999 e 27 à 31/03/1999 foi de 8 para sul. Ainda com respeito à análise da nebulosidade associada a ZCIT, verificou-se durante o período de estudo, que a ZCIT apresenta um ponto de inflexão sobre o Oceano Atlântico. Este ponto ocorre na maioria das vezes em 25 W. Além do ponto de inflexão nessa longitude, foi observado em março de 1998 outros pontos de inflexão em 35 W, 28 W, 25 W e 10 W, em abril desse mesmo ano em 25 W e 10 W, em março de 1999 em 30 W, 20 W e 15 W, e em abril de 1999,em 25 W, 20 W e 15 W. Analisando as imagens diárias de satélite observouse alguns padrões de nebulosidade associada à ZCIT, tais como: a ZCIT dupla ao sul da banda principal, a ZCIT dupla ao norte da banda principal, e bifurcações na ZCIT, tanto na extremidade oeste com também na extremidade leste. Os dados diários de ROL filtrados entre dias mostraram propagações para leste da nebulosidade, com velocidade de fase em torno de 7,0 e 5,3 m/s, concordando com as características de uma onda de Kelvin (Matsuno, 1966, Wallace e Kousky, 1968). Notou-se também o deslocamento da nebulosidade para oeste no ano de 1998, apresentando características de uma onda de Rossby equatorial com velocidade também em torno de 7,8 m/s. 5. AGRADECIMENTOS À CAPES pela concessão da bolsa de mestrado para o primeiro autor, ao Centre de Météorologie Spatiale de Meteo-France pelas imagens de satélite e ao National Centers for Environmental Prediction pelas reanálises. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAGÃO, J. O. R. A influência dos Oceanos Atlântico e Pacífico sobre a circulação atmosférica e a chuva na região Semi-Árida do Nordeste do Brasil: simulação e observação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 9., 1996, Campos do Jordão. Anais... São José dos Campos: INPE, v. 1, p CAVALCANTI, I. F. A. Um estudo sobre interações entre sistemas de circulação de escala sinótica e circulações locais f. Dissertação (Mestrado em Meteorologia) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos. (INPE TDL/097). CHAN, C. S. Análise de distúrbios ondulatórios de leste sobre o Oceano Atlântico Equatorial Sul f. Dissertação (Mestrado em Meteorologia) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos. (INPE TDL/437).

12 34 Manoel A. Gan et al. Volume 19(1) DUCHON, C. Lanczons filtering in one and two dimensions. Journal of Applied Meteorology, v. 18, p , Aug ESPINOZA, E. S. Distúrbios nos ventos de leste no Atlântico Tropical Dissertação (Mestrado em Meteorologia) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos. (INPE TDI/598). ESTOQUE, M. A.; DOUGLAS, M. Structure of the Intertropical Zone over the GATE area. Tellus, v. 30, n. 1, p , FRANK, M. W. The Structure and energetics of the East Atlantic Intertropical Convergence Zone. Journal of the Atmospheric Sciences, v. 40, n. 8, p , Aug HASTENRATH, S.; LAMB, L. Some aspects of circulation and climate over the eastern equatorial Atlantic. Monthly Weather Review, v. 105, n. 8, p , HASTENRATH, S.; HELLER, L. Dynamics of climatic hazards in Northeast Brazil. Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society, v. 103, n. 435, p , HOLTON, J R. An introduction to dynamic meteorology. San Diego: Academic Press, c p. (International Geophysics Series, 48). KILADIS, George N. Convectively coupled equatorial waves: analysis of clouds and temperature in the wavenumberfrequencia domain. Journal of the Atmospheric Sciences, v. 56, n. 3, p , Apr KOUSKY, V. E. Atmospheric circulation changes associated with rainfall anomalies over Tropical Brazil. Monthly Weather Review, v. 113, n. 11, p , MATSUNO, T. Quasi-geostrophic motions in the equatorial area. Journal of Meteorological Society of Japan, v. 44, p , MOTA, G. V. Estudo observacional de distúrbios ondulatórios de leste no Nordeste brasileiro f. Dissertação (Mestrado em Meteorologia) - Instituto Astronômico e Geofísico, Universidade de São Paulo, São Paulo. NOBRE, P.; MELO, A. B. C.; BEZERRA, P. C. Oscilações intrasazonais nos trópicos e variações pluviométricas sobre o Nordeste do Brasil em In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 11., 2000, Rio de Janeiro. Anais: a meteorologia brasileira além do ano Rio de Janeiro: Sbmet, p , CL CD-ROM. OKLAOMA, R. E. Spatial evolutions of the active convective patterns across the equatorial eastern Africa Region during Northern Hemisphere spring season using outgoing long wave radiation records. Meteorology and Atmospheric Physics, v. 66, p , OLIVEIRA, L. L. Zona de Convergência do Atlântico Sul e suas influências no regime de precipitação no nordeste do Brasil f. Dissertação (Mestrado em Meteorologia)-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos. (INPE TDL/074). PÁLMER, C. E. Meteorology tropical. Quarterly Journal Royal Meteorological Society, v. 18, n. 1, p , July RIEHL, H. Meteorologia tropical. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, Cap. 5; 8; 9, p ; SATYAMURTY, P.; NOBRE, C.A.; SILVA DIAS, P. L. Tropics - South America. In: KAROLY, D. J. (Ed.); VINCENT, D. G. (Ed.). Meteorology of the Southern Hemisphere. Boston: American Meteorological Society, Cap. 3, p (Meteorological Monographs, 49). SIMPSON, J.; KUMMEROW, W. C.; TAO, K.; ADLER, R. F. On the tropical rainfall Measuring Mission (TRMM). Meteorology and Atmospheric Physics, v. 60, p , UVO, C. B. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e sua relação com a precipitação da Região Norte do Nordeste Brasileiro f. Dissertação (Mestrado em Meteorologia) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos. (INPE TDL/378). YAMAZAKI, Y.; RAO, V. B. Tropical cloudiness over South Atlantic Ocean. Journal of Meteorological Society of Japan, v. 55, n. 2, p , 1977.

POSIÇÕES DO CAVADO EQUATORIAL E DA FAIXA DE MÁXIMA TSM NO ATLÂNTICO TROPICAL.

POSIÇÕES DO CAVADO EQUATORIAL E DA FAIXA DE MÁXIMA TSM NO ATLÂNTICO TROPICAL. POSIÇÕES DO CAVADO EQUATORIAL E DA FAIXA DE MÁXIMA TSM NO ATLÂNTICO TROPICAL. Jamilly Leite Dias (1); José Ivaldo Barbosa de Brito (2) (Universidade Federal de Campina Grande, UFCG/PB, jamillyleited@gmail.com¹,

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL NO VERÃO E OUTONO DE 1998.

CARACTERÍSTICAS DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL NO VERÃO E OUTONO DE 1998. CARACTERÍSTICAS DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL NO VERÃO E OUTONO DE 1998. Nuri Calbete (nuri@cptec.inpe.br), Iracema F.A.Cavalcanti (iracema@cptec.inpe.br), Mario F.L.Quadro (mario@cptec.inpe.br) Centro

Leia mais

MONITORAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) ATRAVÉS DE DADOS DE TEMPERATURA DE BRILHO (TB) E RADIAÇÃO DE ONDA LONGA (ROL)

MONITORAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) ATRAVÉS DE DADOS DE TEMPERATURA DE BRILHO (TB) E RADIAÇÃO DE ONDA LONGA (ROL) MONITORAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) ATRAVÉS DE DADOS DE TEMPERATURA DE BRILHO (TB) E RADIAÇÃO DE ONDA LONGA (ROL) David Mendes, Cristopher A. C. Castro, Hélio Camargo Jr., Marcos

Leia mais

Zona de Convergência Intertropical - ZCIT. ica/aula15/aula15.html

Zona de Convergência Intertropical - ZCIT.  ica/aula15/aula15.html Zona de Convergência Intertropical - ZCIT http://master.iag.usp.br/ensino/sinot ica/aula15/aula15.html ITCZ AMS (Also called ITCZ, equatorial convergence zone.) The axis, or a portion thereof, of the broad

Leia mais

ATUAÇÃO DO PAR ANTICICLONE DA BOLÍVIA - CAVADO DO NORDESTE NAS CHUVAS EXTREMAS DO NORDESTE DO BRASIL EM 1985 E 1986

ATUAÇÃO DO PAR ANTICICLONE DA BOLÍVIA - CAVADO DO NORDESTE NAS CHUVAS EXTREMAS DO NORDESTE DO BRASIL EM 1985 E 1986 ATUAÇÃO DO PAR ANTICICLONE DA BOLÍVIA - CAVADO DO NORDESTE NAS CHUVAS EXTREMAS DO NORDESTE DO BRASIL EM 1985 E 1986 Monica Cristina Damião 1 Maria Regina da Silva Aragão 2 Iracema F. A. Cavalcanti 3 ABSTRACT

Leia mais

DESTREZA DO MODELO GLOBAL DE PREVISÃO DO TEMPO CPTEC/INPE NA DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO DA ZCIT

DESTREZA DO MODELO GLOBAL DE PREVISÃO DO TEMPO CPTEC/INPE NA DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO DA ZCIT DESTREZA DO MODELO GLOBAL DE PREVISÃO DO TEMPO CPTEC/INPE NA DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO DA ZCIT Prakki Satyamurty (saty@cptec.inpe.br), Luis G. G. de Gonçalves (lgustavo@cptec.inpe.br), José R. Rozante (rozante@cptec.inpe.br),

Leia mais

ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA POSIÇÃO DA ZCIT NO ATLÂNTICO EQUATORIAL E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O NORDESTE DO BRASIL

ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA POSIÇÃO DA ZCIT NO ATLÂNTICO EQUATORIAL E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O NORDESTE DO BRASIL ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA POSIÇÃO DA ZCIT NO ATLÂNTICO EQUATORIAL E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O NORDESTE DO BRASIL Anna Bárbara Coutinho de Melo Laboratório de Meteorologia, Recursos Hídricos e Sensoriamento

Leia mais

Zona de Convergência Intertropical - ZCIT. ica/aula15/aula15.html

Zona de Convergência Intertropical - ZCIT.  ica/aula15/aula15.html Zona de Convergência Intertropical - ZCIT http://master.iag.usp.br/ensino/sinot ica/aula15/aula15.html ITCZ AMS (Also called ITCZ, equatorial convergence zone.) The axis, or a portion thereof, of the broad

Leia mais

Análise de Distúrbios Ondulatórios de Leste que Afetam o Nordeste Brasileiro: Um Estudo de Caso

Análise de Distúrbios Ondulatórios de Leste que Afetam o Nordeste Brasileiro: Um Estudo de Caso Análise de Distúrbios Ondulatórios de Leste que Afetam o Nordeste Brasileiro: Um Estudo de Caso GALDINO VIANA MOTA e ADILSON WAGNER GANDÚ Instituto Astronômico e Geofísico - Universidade de São Paulo ABSTRACT

Leia mais

INFLUÊNCIA DO EL NIÑO NO COMPORTAMENTO PLUVIOMÉTRICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE O ANO DE 1998

INFLUÊNCIA DO EL NIÑO NO COMPORTAMENTO PLUVIOMÉTRICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE O ANO DE 1998 INFLUÊNCIA DO EL NIÑO NO COMPORTAMENTO PLUVIOMÉTRICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO DURANTE O ANO DE 1998 Ioneide Alves de SOUZA, Francinete Francis LACERDA, José Oribe Rocha ARAGÃO, Geber Barbosa de A. MOURA,

Leia mais

MARÇO DE 2000, MÊS ANÔMALO DE CHUVAS NOS ESTADOS DE LESTE DO NORDESTE: UM ESTUDO DE CASO

MARÇO DE 2000, MÊS ANÔMALO DE CHUVAS NOS ESTADOS DE LESTE DO NORDESTE: UM ESTUDO DE CASO MARÇO DE 2000, MÊS ANÔMALO DE CHUVAS NOS ESTADOS DE LESTE DO NORDESTE: UM ESTUDO DE CASO Monica Cristina Damião (monica@cptec.inpe.br), Prakki Satyamurty (saty@cptec.inpe.br) e Nuri O. Calbette (nuri@cptec.inpe.br)

Leia mais

EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO SOBRE O SUL DO NORDESTE

EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO SOBRE O SUL DO NORDESTE EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITAÇÃO SOBRE O SUL DO NORDESTE Rosane Rodrigues Chaves Iracema Fonseca Albuquerque Cavalcanti Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Centro de Previsão de Tempo e Estudos

Leia mais

VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O SUL DO NORDESTE BRASILEIRO ( ) PARTE 1 ANÁLISE ESPACIAL RESUMO

VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O SUL DO NORDESTE BRASILEIRO ( ) PARTE 1 ANÁLISE ESPACIAL RESUMO VARIABILIDADE DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O SUL DO NORDESTE BRASILEIRO (1979-1997) PARTE 1 ANÁLISE ESPACIAL ROSANE RODRIGUES CHAVES 1 IRACEMA F. A. CAVALCANTI 2 RESUMO Com o objetivo de conhecer as características

Leia mais

A ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL SOBRE O OCEANO ATLÂNTICO: CLIMATOLOGIA

A ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL SOBRE O OCEANO ATLÂNTICO: CLIMATOLOGIA XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002 A ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL SOBRE O OCEANO ATLÂNTICO: CLIMATOLOGIA Anna Bárbara Coutinho de Melo, Paulo Nobre, David Mendes e Marcus

Leia mais

EVENTOS ZCAS NO VERÃO 2005/2006 E SUAS RELAÇÕES COM AS OSCILAÇÕES INTRASAZONAIS

EVENTOS ZCAS NO VERÃO 2005/2006 E SUAS RELAÇÕES COM AS OSCILAÇÕES INTRASAZONAIS EVENTOS ZCAS NO VERÃO 2005/2006 E SUAS RELAÇÕES COM AS OSCILAÇÕES INTRASAZONAIS Felipe Marques de Andrade 1, Antônio do Nascimento Oliveira 1, Edilson Marton 2 RESUMO Este trabalho tem como objetivo entender

Leia mais

EVENTOS DE CHUVAS INTENSAS EM PERNAMBUCO DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA DE FEVEREIRO A MAIO DE 1997: UM ANO DE TRANSIÇÃO

EVENTOS DE CHUVAS INTENSAS EM PERNAMBUCO DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA DE FEVEREIRO A MAIO DE 1997: UM ANO DE TRANSIÇÃO EVENTOS DE CHUVAS INTENSAS EM PERNAMBUCO DURANTE A ESTAÇÃO CHUVOSA DE FEVEREIRO A MAIO DE 1997: UM ANO DE TRANSIÇÃO Francinete Francis Lacerda, M.Sc.(1); Ricardo de Sousa Rodrigues, M.Sc.; José Oribe Rocha

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARÇO DE 2015 Março de 2015 não foi regular. O mês começou apresentando episódios significativos

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO MAIO DE 2015 A intensificação do fenômeno El Niño - Oscilação Sul (ENOS),

Leia mais

BOLETIM PROJETO CHUVA - 22 DE JUNHO DE 2011

BOLETIM PROJETO CHUVA - 22 DE JUNHO DE 2011 BOLETIM PROJETO CHUVA - 22 DE JUNHO DE 2011 Condições Climáticas Na carta de Temperatura da Superfície do Mar (TSM), que pode ser analisado através da Figura 1a, são observadas anomalias positivas de TSM

Leia mais

PRECIPITAÇÃO CLIMATOLÓGICA NO GCM DO CPTEC/COLA RESOLUÇÃO T42 L18. Iracema F. A. Cavalcanti CPTEC/INPE ABSTRACT

PRECIPITAÇÃO CLIMATOLÓGICA NO GCM DO CPTEC/COLA RESOLUÇÃO T42 L18. Iracema F. A. Cavalcanti CPTEC/INPE ABSTRACT PRECIPITAÇÃO CLIMATOLÓGICA NO GCM DO CPTEC/COLA RESOLUÇÃO T L1 Iracema F. A. Cavalcanti CPTEC/INPE ABSTRACT Climatological precipitation from an integration of 11 years using CPTEC/COLA GCM is analysed

Leia mais

Desenvolvimento da atividade convectiva organizada pela extremidade da zona frontal, sobre a Região Nordeste do Brasil

Desenvolvimento da atividade convectiva organizada pela extremidade da zona frontal, sobre a Região Nordeste do Brasil Desenvolvimento da atividade convectiva organizada pela extremidade da zona frontal, sobre a Região Nordeste do Brasil Maicon Eirolico Veber Mestrando em Meteorologia, (ICAT- UFAL) Instituto de Ciências

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Condição de neutralidade do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico e Chuvas

Leia mais

RELAÇÃO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL SOBRE A OCORRÊNCIA DE SISTEMAS FRONTAIS AUSTRAIS ATUANTES NO BRASIL

RELAÇÃO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL SOBRE A OCORRÊNCIA DE SISTEMAS FRONTAIS AUSTRAIS ATUANTES NO BRASIL RELAÇÃO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL SOBRE A OCORRÊNCIA DE SISTEMAS FRONTAIS AUSTRAIS ATUANTES NO BRASIL Hudson Ellen Alencar Menezes, José Ivaldo Barbosa de Brito, Lindenberg Lucena

Leia mais

1 Mestranda (CNPq) do Programa de Pós-graduação em Meteorologia/Universidade Federal de

1 Mestranda (CNPq) do Programa de Pós-graduação em Meteorologia/Universidade Federal de Análise dos Eventos Extremos de Chuva ocorridos em Maio de 06 em Salvador Fernanda Gonçalves Rocha 1, Maria Regina da Silva Aragão 2, Magaly de Fátima Correia 3, Heráclio Alves de Araújo 4 1 Mestranda

Leia mais

Monica Cristina Damião Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos CPTEC

Monica Cristina Damião Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos CPTEC UMA ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO NO SEMI-ÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL EM CASOS DE JANEIROS SECOS E CHUVOSOS E SUA ASSOCIAÇÃO COM A CHUVA OBSERVADA NOS MESES DE FEVEREIRO A MAIO Monica Cristina Damião Centro

Leia mais

INFLUÊNCIA DO ANTICICLONE SUBTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL NOS VENTOS DA AMÉRICA DO SUL

INFLUÊNCIA DO ANTICICLONE SUBTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL NOS VENTOS DA AMÉRICA DO SUL INFLUÊNCIA DO ANTICICLONE SUBTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL NOS VENTOS DA AMÉRICA DO SUL Bruna Andrelina Silva¹; Michelle Simões Reboita²; Raniele Fátima Pinheiro³ ¹brunaandrelina@gmail.com; ²reboita@gmail.com;

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As chuvas que ocorreram no mês de maio de 2018 ficaram acima da média histórica no extremo

Leia mais

AS ESTIAGENS NO OESTE DE SANTA CATARINA ENTRE

AS ESTIAGENS NO OESTE DE SANTA CATARINA ENTRE AS ESTIAGENS NO OESTE DE SANTA CATARINA ENTRE 22-26 Fábio Z. Lopes 1, Maria Laura G. Rodrigues 2 1,2 Epagri/Ciram, Florianópolis - SC, Br. fabio@epagri.rct-sc.br, laura@epagri.rct-sc.br. RESUMO: O presente

Leia mais

VARIABILIDADE INTERANUAL E SAZONAL DA ATIVIDADE CONVECTIVA SOBRE A AMÉRICA DO SUL UTILIZANDO DADOS DIGITAIS DE IMAGENS DE SATÉLITE

VARIABILIDADE INTERANUAL E SAZONAL DA ATIVIDADE CONVECTIVA SOBRE A AMÉRICA DO SUL UTILIZANDO DADOS DIGITAIS DE IMAGENS DE SATÉLITE VARIABILIDADE INTERANUAL E SAZONAL DA ATIVIDADE CONVECTIVA SOBRE A AMÉRICA DO SUL UTILIZANDO DADOS DIGITAIS DE IMAGENS DE SATÉLITE Eduardo Batista de Moraes Barbosa Centro de Previsão de Tempo e Estudos

Leia mais

EPISÓDIO DE UMA PERTURBAÇÃO ONDULATÓRIA DOS ALÍSIOS NO LITORAL ORIENTAL DO NORDESTE. Raimundo Jaildo dos Anjos 1

EPISÓDIO DE UMA PERTURBAÇÃO ONDULATÓRIA DOS ALÍSIOS NO LITORAL ORIENTAL DO NORDESTE. Raimundo Jaildo dos Anjos 1 RESUMO EPISÓDIO DE UMA PERTURBAÇÃO ONDULATÓRIA DOS ALÍSIOS NO LITORAL ORIENTAL DO NORDESTE Raimundo Jaildo dos Anjos 1 Ventos de sudeste, muita umidade e eventos de chuvas intensas são algumas das características

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO Condições do tempo no Estado do Maranhão em Janeiro de 2011 Considerado

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Climatologicamente, o mês de dezembro marca o período de transição entre

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As chuvas ficaram abaixo da média histórica em quase todo o Estado do

Leia mais

AVALIAÇÃO DA PRÉ-ESTAÇÃO CHUVOSA DE 1997/98 PARTE I: DISTRIBUIÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO ESTADO DO CEARÁ

AVALIAÇÃO DA PRÉ-ESTAÇÃO CHUVOSA DE 1997/98 PARTE I: DISTRIBUIÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO ESTADO DO CEARÁ AVALIAÇÃO DA PRÉ-ESTAÇÃO CHUVOSA DE 1997/98 PARTE I: DISTRIBUIÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO ESTADO DO CEARÁ José M. Brabo Alves (1), Everaldo B. Souza, Namir Mello, Antonio G. Ferreira, Rubenaldo A. Silva, Meiry

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Chuvas foram predominantes em todo o Estado do Maranhão devido ao período

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Fevereiro de 2018 foi um mês bastante chuvoso em quase todo o Brasil.

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A Zona de Convergência Intertropical atuou ao norte de sua posição climatológica

Leia mais

BOLETIM PROJETO CHUVA 14 DE JUNHO DE 2011

BOLETIM PROJETO CHUVA 14 DE JUNHO DE 2011 BOLETIM PROJETO CHUVA 14 DE JUNHO DE 2011 Condições Climáticas O campo de Temperatura da Superfície do Mar (TSM), que pode ser analisado através da Figura 1, mostra anomalias positivas de TSM sobre o Atlântico

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As massas de ar quente e seco começam a ganhar força no mês de julho

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Chuvas em todo o Estado do Maranhão em fevereiro de 2016 foram determinantes

Leia mais

VARIABILIDADE DO VENTO NO AEROPORTO DE PETROLINA: UMA ANÁLISE PARA O MÊS DE JANEIRO

VARIABILIDADE DO VENTO NO AEROPORTO DE PETROLINA: UMA ANÁLISE PARA O MÊS DE JANEIRO VARIABILIDADE DO VENTO NO AEROPORTO DE PETROLINA: UMA ANÁLISE PARA O MÊS DE JANEIRO Alexsandra Barbosa Silva¹, Maria Regina da Silva Aragão², Magaly de Fatima Correia², Gabrielle Bezerra Oliveira 3 1 Bolsista

Leia mais

Modulação espacial de episódios de ZCAS durante o verão austral

Modulação espacial de episódios de ZCAS durante o verão austral Modulação espacial de episódios de ZCAS durante o verão austral Felipe Marques de Andrade 1, Edilson Marton 2, José A. Aravéquia 3 1, 3 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Rodovia Presidente

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As chuvas de novembro de 2016 se concentraram no centro-sul do Maranhão,

Leia mais

CLIMATOLOGIA ENERGÉTICA DA REGIÃO PREFERENCIAL DOS VÓRTICES CICLÔNICOS DE ALTOS NÍVEIS (VCAN) E DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT)

CLIMATOLOGIA ENERGÉTICA DA REGIÃO PREFERENCIAL DOS VÓRTICES CICLÔNICOS DE ALTOS NÍVEIS (VCAN) E DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) CLIMATOLOGIA ENERGÉTICA DA REGIÃO PREFERENCIAL DOS VÓRTICES CICLÔNICOS DE ALTOS NÍVEIS (VCAN) E DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) Lígia Alves da Silva 1,2 e Prakki Satyamurty 2,3 1 Laboratoire

Leia mais

ATUAÇÃO DE UM SISTEMA FRONTAL NA ESTAÇÃO SECA DO NORDESTE DO BRASIL. Lizandro Gemiacki 1, Natalia Fedorova 2

ATUAÇÃO DE UM SISTEMA FRONTAL NA ESTAÇÃO SECA DO NORDESTE DO BRASIL. Lizandro Gemiacki 1, Natalia Fedorova 2 ATUAÇÃO DE UM SISTEMA FRONTAL NA ESTAÇÃO SECA DO NORDESTE DO BRASIL Lizandro Gemiacki 1, Natalia Fedorova 2 RESUMO. Foi estudado um caso de um sistema frontal que se deslocou até o NEB. Esse sistema causou

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O Maranhão foi o estado que mais apresentou focos de queimadas no Brasil

Leia mais

RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLANTICO TROPICAIS E A PRECIPITAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE ARARIPINA (SERTÃO PERNAMBUCANO)

RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLANTICO TROPICAIS E A PRECIPITAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE ARARIPINA (SERTÃO PERNAMBUCANO) RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLANTICO TROPICAIS E A PRECIPITAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE ARARIPINA (SERTÃO PERNAMBUCANO) FLAVIANO FERNANDES FERREIRA (1), PATRICE ROLAND DA SILVA

Leia mais

EVENTO EXTREMO DE CHUVA EM CABACEIRAS (PB) EM

EVENTO EXTREMO DE CHUVA EM CABACEIRAS (PB) EM EVENTO EXTREMO DE CHUVA EM CABACEIRAS (PB) EM 2008 Bruno dos Santos Guimarães 1, Renato Vieira Costa 1, Luiz Carlos Baldicero Molion², Igor Madson Fernandes dos Santos³ e Arthur Lucas Bernardo Melo 1 1

Leia mais

Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 4. Conclusão 5. Referências Bibliográfias Agradecimentos

Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 4. Conclusão 5. Referências Bibliográfias Agradecimentos DISTRIBUIÇÃO DO VENTO COLETADO A BORDO DO NAVIO OCEANOGRAFICO ANTARES NA ÁREA NORTE DO PROGRAMA REVIZEE NOS PERÍODOS CHUVOSO DE 1995 E MENOS CHUVOSO DE 1997. Gláucia Miranda Lopes Júlia Clarinda Paiva

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL PARA ANOS DE EL NIÑO NA AMÉRICA DO SUL ATRAVÉS DO MODELO ETAHADCM40KM (Cenários presentes e projeções futuras) DANIELA CARNEIRO RODRIGUES 1, NICOLE COSTA

Leia mais

Resumo. 1. Introdução

Resumo. 1. Introdução Relação entre Temperatura da Superfície do Oceano Atlântico (área do Dipolo) e Pacífico com Anomalias de Precipitação do Setor Leste do Nordeste do Brasil: Parte I Geber Barbosa de A. MOURA*, Francinete

Leia mais

RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLANTICO TROPICAIS E A PRECIPITAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA (SERTÃO PERNAMBUCANO)

RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLANTICO TROPICAIS E A PRECIPITAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA (SERTÃO PERNAMBUCANO) RELAÇÃO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLANTICO TROPICAIS E A PRECIPITAÇÃO NA MICRORREGIÃO DE PETROLINA (SERTÃO PERNAMBUCANO) FLAVIANO FERNANDES FERREIRA (1), PATRICE ROLAND DA SILVA

Leia mais

BOLETIM PROJETO CHUVA 24 DE JUNHO DE 2011

BOLETIM PROJETO CHUVA 24 DE JUNHO DE 2011 BOLETIM PROJETO CHUVA 24 DE JUNHO DE 2011 Condições Climáticas O campo de Temperatura da Superfície do Mar (TSM), que pode ser analisado através da (Figura 1a), mostra anomalias positivas de TSM sobre

Leia mais

ANÁLISE DOS PADRÕES ONDULATÓRIOS DE LESTE NO NORDESTE BRASILEIRO DURANTE O INVERNO DE 1994

ANÁLISE DOS PADRÕES ONDULATÓRIOS DE LESTE NO NORDESTE BRASILEIRO DURANTE O INVERNO DE 1994 ANÁLISE DOS PADRÕES ONDULATÓRIOS DE LESTE NO NORDESTE BRASILEIRO DURANTE O INVERNO DE 1994 Galdino Viana Mota (e-mail: galdinov@ufpa.br) Departamento de Meteorologia Centro de Geociências UFPA Adilson

Leia mais

Análise do aquecimento anômalo sobre a América do sul no verão 2009/2010

Análise do aquecimento anômalo sobre a América do sul no verão 2009/2010 Análise do aquecimento anômalo sobre a América do sul no verão 2009/2010 Rosane Rodrigues Chaves 12 Valdo da Silva Marques 1 Francisca Pinheiro 1 José Carlos Mendonça 1 1 Universidade Estadual do Norte

Leia mais

POSICIONAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL EM ANOS DE EL NIÑO E LA NIÑA

POSICIONAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL EM ANOS DE EL NIÑO E LA NIÑA POSICIONAMENTO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL EM ANOS DE EL NIÑO E LA NIÑA BACELAR, Luiz Carlos Salgueiro Donato¹,²; MARQUES, Júlio Renato³ 1 Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET/MEC/SESu),

Leia mais

EVENTOS SEVEROS NA AMAZÔNIA: ESTUDO DE CASO DE 2 TEMPORAIS QUE ATINGIRAM A REGIÃO URBANA DE MANAUS NOS DIAS 27 E 29 DE ABRIL DE 2011

EVENTOS SEVEROS NA AMAZÔNIA: ESTUDO DE CASO DE 2 TEMPORAIS QUE ATINGIRAM A REGIÃO URBANA DE MANAUS NOS DIAS 27 E 29 DE ABRIL DE 2011 EVENTOS SEVEROS NA AMAZÔNIA: ESTUDO DE CASO DE 2 TEMPORAIS QUE ATINGIRAM A REGIÃO URBANA DE MANAUS NOS DIAS 27 E 29 DE ABRIL DE 2011 Waléria Souza Figueira 1, Mauro Mendonça da Silva 2 1,2 Escola Superior

Leia mais

INFLUÊNCIA DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICO NA VARIABILIDADE DA TEMPERATURA EM BELÉM-PARÁ.

INFLUÊNCIA DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICO NA VARIABILIDADE DA TEMPERATURA EM BELÉM-PARÁ. INFLUÊNCIA DOS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICO NA VARIABILIDADE DA TEMPERATURA EM BELÉM-PARÁ. Daniel Meninéa Santos 1, Pedro Alberto Moura Rolim 2, Tarcísio Schnaider de Oliveira 3 ; Edson José Paulino da

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO Condições do tempo no Estado do Maranhão em Fevereiro de 2011 O mês

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A Zona de Convergência Intertropical continuou atuando ao norte de sua

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O mês de janeiro de 2017 foi marcado, logo na primeira semana, por alguns

Leia mais

ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO ATRAVÉS DOS DADOS DE REANÁLISES PARA O ESTADO DE ALAGOAS

ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO ATRAVÉS DOS DADOS DE REANÁLISES PARA O ESTADO DE ALAGOAS ESTUDO CLIMATOLÓGICO DA VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO ATRAVÉS DOS DADOS DE REANÁLISES PARA O ESTADO DE ALAGOAS Adriano Correia de Marchi 1, Rosiberto Salustiano da Silva Junior 2, Ricardo Ferreira Carlos

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A região noroeste do Estado do Maranhão recebeu os maiores volumes de

Leia mais

Vórtices ciclônicos em altos níveis sobre o Nordeste do Brasil

Vórtices ciclônicos em altos níveis sobre o Nordeste do Brasil Vórtices ciclônicos em altos níveis sobre o Nordeste do Brasil Michelyne Duarte Coutinho de Morais, Manoel Alonso Gan Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DE DISTÚRBIOS ONDULATÓRIOS DE LESTE EM ALCÂNTARA: ESTUDO DE CASO

CARACTERIZAÇÃO DE DISTÚRBIOS ONDULATÓRIOS DE LESTE EM ALCÂNTARA: ESTUDO DE CASO CARACTERIZAÇÃO DE DISTÚRBIOS ONDLATÓRIOS DE LESTE EM ALCÂNTARA: ESTDO DE CASO Gunter de Azevedo Reschke (1); Gilberto Fisch (1) Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (NEMRH-MA) niversidade

Leia mais

INFOCLIMA, Ano 12, Número 01 INFOCLIMA. BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS Ano de janeiro de 2005 Número 01

INFOCLIMA, Ano 12, Número 01 INFOCLIMA. BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS Ano de janeiro de 2005 Número 01 INFOCLIMA BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS Ano 12 13 de janeiro de 2005 Número 01 Previsão de Consenso 1 CPTEC/INPE e INMET para o trimestre fevereiro, março e abril de 2005 PREVISÃO DE CHUVAS VARIANDO

Leia mais

Docente da UFPA e Pós Graduação em Ciências Ambientas (PPGCA).

Docente da UFPA e Pós Graduação em Ciências Ambientas (PPGCA). Jatos de Baixos Níveis e sua Influência na Precipitação da Cidade de Belém-PA: Estudo de casos Priscila Lima Pereira 1 Wesley Rodrigues Santos Ferreira 2 Maria Isabel Vittorino 3 1 Graduada em Meteorologia

Leia mais

VARIABILIDADE DA CHUVA NA REGIÃO CENTRAL DO AMAZONAS: O USO DO SATÉLITE TRMM

VARIABILIDADE DA CHUVA NA REGIÃO CENTRAL DO AMAZONAS: O USO DO SATÉLITE TRMM DO AMAZONAS: O USO DO SATÉLITE TRMM Reumally Nunes de Oliveira Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Geografia - UFAM Universidade Federal do Amazonas reumally@gmail.com Jaci Maria Bilhalva Saraiva

Leia mais

AMBIENTE SINÓTICO ASSOCIADO A EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITACÃO NA REGIÃO LITORÂNEA DO NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE PRELIMINAR.

AMBIENTE SINÓTICO ASSOCIADO A EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITACÃO NA REGIÃO LITORÂNEA DO NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE PRELIMINAR. AMBIENTE SINÓTICO ASSOCIADO A EVENTOS EXTREMOS DE PRECIPITACÃO NA REGIÃO LITORÂNEA DO NORDESTE DO BRASIL: ANÁLISE PRELIMINAR Priscilla Teles de Oliveira 1, Cláudio Moisés Santos e Silva 1,2, Kellen Carla

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Agosto marca o início do período seco no centro-norte do Maranhão. Nessa

Leia mais

Alunos de graduação em Meteorologia da UFPA,

Alunos de graduação em Meteorologia da UFPA, ANÁLISE DO QUADRIMESTRE CHUVOSO DO NORDESTE PARAENSE Frank bruno Baima de Sousa 1, Amanda Souza Campos 2, Antonio José Silva Sousa 3 Adriana Alves de Carvalho 4 1,2 e 4 Alunos de graduação em Meteorologia

Leia mais

USO DE ÍNDICES CLIMÁTICOS PARA IDENTIFICAR EVENTOS DE CHUVA EXTREMA NO INTERIOR SEMI-ÁRIDO SUL DO NORDESTE DO BRASIL (NEB)

USO DE ÍNDICES CLIMÁTICOS PARA IDENTIFICAR EVENTOS DE CHUVA EXTREMA NO INTERIOR SEMI-ÁRIDO SUL DO NORDESTE DO BRASIL (NEB) USO DE ÍNDICES CLIMÁTICOS PARA IDENTIFICAR EVENTOS DE CHUVA EXTREMA NO INTERIOR SEMI-ÁRIDO SUL DO NORDESTE DO BRASIL (NEB) 1 Marley Cavalcante de Lima Moscati (1) e Manoel Alonso Gan (2) RESUMO O objetivo

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE ESCOMAMENTO DA PRECIPITAÇÃO PARA OS ANOS DE LA NIÑA ATRAVÉS DO MODELO ETAHADCM40KM NICOLE COSTA RESENDE 1, DANIELA CARNEIRO RODRIGUES 2 ; PRISCILA TAVARES 3, ANGELICA GIAROLLA 4,

Leia mais

VARIABILIDADE SAZONAL DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA DE MESOESCALA EM BELÉM-PA.

VARIABILIDADE SAZONAL DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA DE MESOESCALA EM BELÉM-PA. VARIABILIDADE SAZONAL DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA DE MESOESCALA EM BELÉM-PA. 1 Sérgio Rodrigo Q. Santos, 2 Maria Isabel Vitorino, 1 Célia Campos Braga e 1 Ana Paula Santos 1 Universidade Federal de Campina

Leia mais

INFLUÊNCIA DE ANO DE LA NINÃ (1996), EL NINÕ (1997) EM COMPARAÇÃO COM A PRECIPITAÇÃO NA MUDANÇA DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO MUNICIPIO DE TERESINA PIAUÍ

INFLUÊNCIA DE ANO DE LA NINÃ (1996), EL NINÕ (1997) EM COMPARAÇÃO COM A PRECIPITAÇÃO NA MUDANÇA DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO MUNICIPIO DE TERESINA PIAUÍ INFLUÊNCIA DE ANO DE LA NINÃ (1996), EL NINÕ (1997) EM COMPARAÇÃO COM A PRECIPITAÇÃO NA MUDANÇA DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO MUNICIPIO DE TERESINA PIAUÍ Virgínia Mirtes de Alcântara Silva 1 ;Raimundo Mainar

Leia mais

ALTA DO ATLÂNTICO SUL E SUA INFLUÊNCIA NA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL

ALTA DO ATLÂNTICO SUL E SUA INFLUÊNCIA NA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL ALTA DO ATLÂNTICO SUL E SUA INFLUÊNCIA NA ZONA DE CONVERGÊNCIA SECUNDÁRIA DO ATLÂNTICO SUL Hudson Ellen Alencar Menezes 1, José Ivaldo Barbosa de Brito 2, Lindenberg Lucena da Silva 3 1 LABMET/UNIVASF,

Leia mais

ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL

ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL ISSN 1983 1501 ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL DO ATLÂNTICO SUL Hudson Ellen Alencar Menezes 1 e José Ivaldo Barbosa de Brito 2 Resumo: Com o objetivo de analisar as características atmosféricas no

Leia mais

VARIABILIDADE NO REGIME PLUVIAL NA ZONA DA MATA E AGRESTE PARAIBANO NA ESTIAGEM DE

VARIABILIDADE NO REGIME PLUVIAL NA ZONA DA MATA E AGRESTE PARAIBANO NA ESTIAGEM DE VARIABILIDADE NO REGIME PLUVIAL NA ZONA DA MATA E AGRESTE PARAIBANO NA ESTIAGEM DE 2012-2016 Autor Everton de Araújo Medeiros 1 Orientador Hermes Alves de Almeida 2 ¹Graduando em Geografia, Universidade

Leia mais

Modulações da ZCAS pelas temperaturas da superfície do mar no Atlântico Sudoeste

Modulações da ZCAS pelas temperaturas da superfície do mar no Atlântico Sudoeste Modulações da ZCAS pelas temperaturas da superfície do mar no Atlântico Sudoeste Paulo Nobre Marta Malagutti Rosane Rodrigues Chaves Marcos Barbosa Sanches Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO Condições do tempo no Estado do Maranhão em Dezembro de 2010 O mês

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O destaque do mês de junho de 2016 foi o episódio de chuva e ventos

Leia mais

ESTUDO DA ESTRUTURA VERTICAL HORIZONTAL DA PRECIPITAÇÃO E DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA NA REGIÃO DA ZCIT

ESTUDO DA ESTRUTURA VERTICAL HORIZONTAL DA PRECIPITAÇÃO E DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA NA REGIÃO DA ZCIT INPE-10287-TDI/906 ESTUDO DA ESTRUTURA VERTICAL HORIZONTAL DA PRECIPITAÇÃO E DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA NA REGIÃO DA ZCIT Micheline de Sousa Coêlho Dissertação de Mestrado do Curso de Pós-Graduação em Meteorologia,

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS DADOS DE PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL PROVENIENTES DE DIFERENTES FONTES DE DADOS RESUMO

AVALIAÇÃO DOS DADOS DE PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL PROVENIENTES DE DIFERENTES FONTES DE DADOS RESUMO AVALIAÇÃO DOS DADOS DE PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL PROVENIENTES DE DIFERENTES FONTES DE DADOS Ana Carolina Vasques 1, Sérgio Henrique Franchito 2, Vadlamudi Brahmananda Rao 3 e Clóvis Monteiro do Espírito

Leia mais

Variabilidade na velocidade do vento na região próxima a Alta da Bolívia e sua relação com a temperatura máxima e mínima no Sul do Brasil

Variabilidade na velocidade do vento na região próxima a Alta da Bolívia e sua relação com a temperatura máxima e mínima no Sul do Brasil Variabilidade na velocidade do vento na região próxima a Alta da Bolívia e sua relação com a temperatura máxima e mínima no Sul do Brasil Luiz Carlos Salgueiro Donato Bacelar¹; Júlio Renato Marques ² ¹Aluno

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As chuvas ocorreram abaixo da média histórica em grande parte do Maranhão.

Leia mais

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS OBSERVADAS NO BRASIL EM 2009

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS OBSERVADAS NO BRASIL EM 2009 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC Rodovia Pres. Dutra, km 40, Cachoeira Paulista, SP, CEP:12630-000 Tel:(012) 3186-8400, fax:(012)

Leia mais

3. Resultados 4. Conclusão 5. Referências Bibliográfias Agradecimentos

3. Resultados 4. Conclusão 5. Referências Bibliográfias Agradecimentos DISTRIBUIÇÃO DA NEBULOSIDADE COLETADA A BORDO DO NAVIO OCEANOGRAFICO ANTARES NA ÁREA NORTE DO PROGRAMA REVIZEE NOS PERÍODOS CHUVOSO DE 995 E MENOS CHUVOSO DE 997. Luiz Fernando Silva Santos Júlia Clarinda

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO FEVEREIRO DE 2015 O mês de fevereiro de 2015 apresentou irregular distribuição de chuva, com déficits

Leia mais

BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS

BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS I N F O C L I M A BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS Ano 11 15 de maio de 2004 Número 5 Previsão de Consenso 1 CPTEC/INPE e INMET PREVISÃO DE TEMPERATURAS VARIANDO DE NORMAL A ABAIXO DA MÉDIA NO SUL DO

Leia mais

ESCALAS DE TEMPO E FREQUÊNCIA DO VENTO NO PÓLO DE PETROLINA: UMA ANÁLISE PARA O MÊS DE JANEIRO

ESCALAS DE TEMPO E FREQUÊNCIA DO VENTO NO PÓLO DE PETROLINA: UMA ANÁLISE PARA O MÊS DE JANEIRO ESCALAS DE TEMPO E FREQUÊNCIA DO VENTO NO PÓLO DE PETROLINA: UMA ANÁLISE PARA O MÊS DE JANEIRO Alexsandra Barbosa Silva¹, Maria Regina da Silva Aragão², Magaly de Fatima Correia² Bolsista CNPq, Programa

Leia mais

Extremos de precipitação mensal sobre a Bacia La Plata e Bacia Amazônica

Extremos de precipitação mensal sobre a Bacia La Plata e Bacia Amazônica Extremos de precipitação mensal sobre a Bacia La Plata e Bacia Amazônica Iracema Fonseca de Albuquerque Cavalcanti Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos.

Leia mais

Estudo de Caso de Chuvas Intensas em Minas Gerais ocorrido durante período de atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul

Estudo de Caso de Chuvas Intensas em Minas Gerais ocorrido durante período de atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul Estudo de Caso de Chuvas Intensas em Minas Gerais ocorrido durante período de atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul Victor Hugo Pezzini de Meireles 1, Eliana Maia de Jesus Palmeira 1 RESUMO

Leia mais

UMA ANÁLISE SINÓTICA DO MÊS DE JANEIRO DE 2005 COM ÊNFASE NO VÓRTICE DO NORDESTE: UM ESTUDO DE CASO.

UMA ANÁLISE SINÓTICA DO MÊS DE JANEIRO DE 2005 COM ÊNFASE NO VÓRTICE DO NORDESTE: UM ESTUDO DE CASO. UMA ANÁLISE SINÓTICA DO MÊS DE JANEIRO DE 2005 COM ÊNFASE NO VÓRTICE DO NORDESTE: UM ESTUDO DE CASO. Virgínia de Fátima Bezerra Nogueira 1, Valner da Silva Nogueira 2 e Gustavo Carlos Juan Escobar 3 RESUMO

Leia mais

MECANISMOS FÍSICOS EM MÊS EXTREMO CHUVOSO NA CIDADE DE PETROLINA. PARTE 2: ANÁLISE DE AGRUPAMENTO

MECANISMOS FÍSICOS EM MÊS EXTREMO CHUVOSO NA CIDADE DE PETROLINA. PARTE 2: ANÁLISE DE AGRUPAMENTO MECANISMOS FÍSICOS EM MÊS EXTREMO CHUVOSO NA CIDADE DE PETROLINA. PARTE 2: ANÁLISE DE AGRUPAMENTO Leandro Fontes de Sousa 1, Maria Regina da Silva Aragão 2, Roberta Everllyn Pereira Ribeiro 1, Jaqueline

Leia mais

Abril de 2011 Sumário

Abril de 2011 Sumário 24 Abril de 2011 Sumário BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO... 2 Boletim do Tempo para 24 de abril (CHUVA)... 2 Previsão do Tempo para 25 de abril (24hr)... 5 Boletim Técnico CPTEC... 6 Nível 250 hpa... 6 Nível 500

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR,

Leia mais

Abril de 2011 Sumário

Abril de 2011 Sumário 10 Abril de 2011 Sumário BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO... 2 Boletim do Tempo para 10 de abril (CHUVA)... 2 Previsão do Tempo para 11 de abril (24hr)... 4 Boletim Técnico CPTEC... 5 Nível 250 hpa... 5 Nível 500

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A ocorrência de chuvas no sul do Estado diminui o número de focos de

Leia mais

VARIABILIDADE DA LARGURA E INTENSIDADE DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL ATLÂNTICA: ASPECTOS OBSERVACIONAIS

VARIABILIDADE DA LARGURA E INTENSIDADE DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL ATLÂNTICA: ASPECTOS OBSERVACIONAIS VARIABILIDADE DA LARGURA E INTENSIDADE DA ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL ATLÂNTICA: ASPECTOS OBSERVACIONAIS Miguel Ângelo Vargas de Carvalho 1 3, Marcos Daisuke Oyama 2 4 1 PCA/ICEA São José dos Campos

Leia mais

ASPECTOS CLIMÁTICOS DA ATMOSFERA SOBRE A ÁREA DO OCEANO ATLÂNTICO SUL

ASPECTOS CLIMÁTICOS DA ATMOSFERA SOBRE A ÁREA DO OCEANO ATLÂNTICO SUL ASPECTOS CLIMÁTICOS DA ATMOSFERA SOBRE A ÁREA DO OCEANO ATLÂNTICO SUL Manoel F. Gomes Filho Departamento de Ciências Atmosféricas Universidade Federal da Paraíba UFPB Campina Grande PB, e-mail mano@dca.ufpb.br

Leia mais