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2 5-1 ÍNDICE LISTA DE FIGURAS... 3 LISTA DE TABELAS... 6 I - META 6: ANÁLISE BIOLÓGICO-PESQUEIRA DA PESCA DE ARRASTO... 8 I-1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO CRONOGRAMA... 8 I-2. METODOLOGIA EMPREGADA I-3. RECURSOS ENVOLVIDOS I-4. DIFICULDADES ENCONTRADAS E FORMAS DE SUPERAÇÃO I-5. EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA COM SEU DESENVOLVIMENTO II - RESULTADOS ALCANÇADOS E PRODUTOS II-1. SÍNTESE SOBRE A ESPÉCIE-ALVO II-2. FAUNA ACOMPANHANTE II-2.1. CAMARÕES (DENDROBRANQUIATA) II-2.2. ICTIOFAUNA II-2.3 DEMAIS FAUNAS (CARCINOFAUNA, MALACOFAUNA, CNIDOFAUNA E EQUINOFAUNA). 26 II-3. ESFORÇO DE PESCA II-3.1. COMUNIDADES II-4. ESTIMATIVA DE ABUNDÂNCIA _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

3 5-2 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas II-5. ANÁLISE DOS DADOS DE CAPTURA E ESFORÇO NA PESCA DE ARRASTO DE CAMARÃO...4 II-5.1. COMPARATIVO ENTRE AS TAXAS DE CAPTURA MÉDIA DIÁRIA POR EMBARCAÇÃO PARA O CAMARÃO SETE-BARBAS, ANTES E APÓS SER DESVINCULADO DO PERÍODO DE DEFESO ENTRE OS MESES DE MARÇO A MAIO...52 III. DISCUSSÃO...54 III-1. ESPÉCIE-ALVO: CAMARÃO SETE-BARBAS (X. kroyeri)...54 III-2. FAUNA ACOMPANHANTE...61 III-3. RENDIMENTOS...71 III-4. ESTIMATIVA DE ESTOQUE...76 IV CONCLUSÕES...77 V - RECOMENDAÇÕES...79 VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...83 ANEXOS...92 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

4 5-3 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Variação mensal em número médio de exemplares (a) e em biomassa média (b) da ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas na Baía de Tijucas Figura 2. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) reportados pelas embarcações que desembarcaram nas diferentes localidades da Baía de Tijucas SC. Barras representam o Erro Padrão. 3 Figura 3. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos nas diferentes áreas de pesca (pesqueiros) da Baía de Tijucas e arredores. Barras representam o Erro Padrão Figura 4. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos mensalmente pelas embarcações que desembarcaram nas localidades da Baía de Tijucas SC. Barras representam o Erro Padrão Figura 5. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos por embarcações de diferentes níveis de participação nos desembarques totais (representados em %) registrados nas localidades da Baía de Tijucas SC. Barras representam o Erro Padrão Figura 6. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos por embarcações de diferentes potências de motor, comprimentos e presença ou não de casario. Barras representam o Erro Padrão Figura 7. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos sob influência de tempo chuvoso, ensolarado e nublado e _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

5 5-4 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas condições de mar agitado, moderado e calmo. Barras representam o Erro Padrão...35 Figura 8. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos sob influência de diferentes direções de ventos e maré. Barras representam o Erro Padrão...36 Figura 9. Coeficientes obtidos pelo Modelo Linear Generalizado aplicado ao LN kg/h do camarão-sete-barbas Figura 1. Produção mensal, em kg, das capturas de camarões (considerando todas as espécies) pela frota de arrasteiros da Baía de Tijucas...43 Figura 11. Produção mensal, em kg, das capturas de camarões (excluindo as capturas de camarão sete-barbas) pela frota de arrasteiros da Baía de Tijucas...44 Figura 12. Avaliação trimestral, em percentual, das produções de camarões na Baía de Tijucas Figura 13. Análise comparativa, em kg, das capturas totais de camarão rosa versus capturas de camarão rosa associado às capturas de camarão sete-barbas conjuntamente...46 Figura 14. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de junho, julho e agosto de Figura 15. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de setembro, outubro e novembro de _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

6 5-5 Figura 16. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de dezembro de 24, janeiro e fevereiro de Figura 17. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de março, abril e maio de Figura 18. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de junho e julho de Figura 19. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de março, abril e maio de 25 e _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

7 5-6 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas LISTA DE TABELAS Tabela 1. Relação das espécies de camarões capturadas na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na baía de Tijucas Tabela 2. Relação das espécies de peixes capturadas na pesca do camarão sete-barbas na baía de Tijucas...21 Tabela 3. Participação em número de exemplares e biomassa (g) das espécies mais abundantes da ictiofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas...23 Tabela 4. Relação das espécies da fauna acompanhante (Carcinofauna, Malacofauna, Cnidofauna e Equinofauna) capturadas na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na baía de Tijucas...26 Tabela 5. Proporção entre um kilograma de camarão sete-barbas e as demais faunas Tabela 6. Estimativas de biomassa total (± IC 95%) de camarão setebarbas estimadas para os meses de junho/4, janeiro/5 e junho/5 pelo método da área varrida, e respectivos percentuais de remoção pela pesca. Estimativas realizadas utilizando coeficientes de eficiência de captura de 4% e 1%...4 Tabela 7. Produções mensais, em kg, das espécies de camarões capturadas pela modalidade do arrasto com rede de portas para cada localidade monitorada...42 Tabela 8. Números médios, máximos e mínimos de dias trabalhados por mês pela frota arrasteira de cada uma das localidades monitoradas _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

8 5-7 Tabela 9. Número e percentual das embarcações em atividade, nos anos de 24 e 25, na pesca de arrasto de camarões nas comunidades (localidades) do entorno da Baía de Tijucas Tabela 1. Amplitude de comprimentos totais do camarão sete-barbas, em mm, para ambos os sexos, de acordo com bibliografias Tabela 11. Tamanho de primeira maturação em cm, do camarão setebarbas, para ambos os sexos, de acordo com a literatura... 6 Tabela 12. Comparação entre o número de espécies da fauna acompanhante do camarão sete-barbas registrado por BRANCO & VERANI (26) e para a Baía de Tijucas, durante o projeto Pesca Responsável na baía de Tijucas Tabela 13. Comparação entre a proporção dos diferentes grupos presentes na pesca camarão sete-barbas registrado por BRANCO & VERANI (26) e para a Baía de Tijucas, durante o projeto Pesca Responsável na baía de Tijucas. Proporção em kg Tabela 14. Comparação entre os números de espécies de ictiofauna acompanhante na pesca de arrasto de camarão em diferentes áreas _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

9 5-8 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas I - META 6: ANÁLISE BIOLÓGICO-PESQUEIRA DA PESCA DE ARRASTO O objetivo da meta foi obter informações quanto ao ciclo de vida, parâmetros populacionais, padrões de recrutamento e migração dos camarões capturados pela pesca de arrasto, além de estimar o esforço de pesca aplicado na captura de camarão e respectiva abundância. Também objetivou-se caracterizar a fauna acompanhante aproveitada e rejeitada na modalidade em questão. Supervisão técnica: Roberto Wahrlich (CTTMar/UNIVALI) Especialistas colaboradores: Joaquim O. Branco(CTTMar/UNIVALI) Maurício Hostim-Silva (CTTMar/UNIVALI) Paulo Ricardo Pezzuto (CTTMar/UNIVALI) I-1. ATIVIDADES ORIGINALMENTE PREVISTAS E RESPECTIVO CRONOGRAMA Seriam realizadas amostragens mensais com embarcações e petrechos da própria frota local, que seriam realizadas acompanhando as atividades normais de pescadores selecionados nas comunidades. Estas amostragens seriam utilizadas para estimativa da quantidade e tipo do rejeito à bordo (e suas variações temporais), o qual incluiria frações menores e não comerciais das espécies de camarões, outros invertebrados e peixes em geral. Em cada viagem, além da obtenção dos dados pesqueiros, seria guardado e levado ao laboratório o conteúdo total produzido em um dos lances de pesca (ou uma parcela aleatória do _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

10 5-9 mesmo), bem como o conteúdo referente a outro lance após o respectivo material ter sido selecionado pelo pescador de acordo com seus próprios critérios. As amostragens deveriam ser mantidas durante o período de defeso, visando acompanhar os padrões biológico-pesqueiros das espécies envolvidas e avaliar quais populações de camarões que realmente estariam sendo protegidas. A cada 15 dias seriam adquiridas 6 amostras de 1 kg de camarão junto aos produtores para estudo biológico-populacional (2 amostras para cada Colônia de Pescadores). Seria anotado o peso da amostra e da captura total para posterior estimativa do número total de indivíduos capturados por classe de tamanho. Tal amostra seria mantida congelada pela Colônia de Pescadores e retirada tão cedo quanto possível pela equipe de apoio técnico para análise em laboratório. Em laboratório, os camarões seriam identificados, medidos e analisados quanto ao estágio de maturação. Os demais itens seriam identificados em grandes grupos e pesados para análise do percentual de participação na constituição do rejeito. As distribuições de freqüência de tamanhos dos camarões antes e após a seleção seriam comparadas, permitindo assim uma análise das variações temporais no aproveitamento comercial da captura. Para cada exemplar de camarão seriam registrados a espécie, o sexo, comprimento da carapaça (Lc) em milímetros e o peso total (Wt) em gramas. O estágio de maturação dos machos seria determinado pela união dos lóbulos do petasma e das fêmeas pela coloração e desenvolvimento das gônadas. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

11 5-1 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas O tamanho de primeira maturação (Lc 5%), que corresponde ao percentual de 5% de indivíduos adultos na população, seria determinado usando fêmeas em maturação, maturas e desovadas, e os machos com os lóbulos do petasma unidos. Seria calculada a distribuição de freqüência relativa acumulada dos organismos nessas categorias por classe de tamanho. Os valores de freqüência relativa acumulada seriam então linearizados através da transformação em probitos sendo então calculada uma regressão linear por mínimos quadrados entre os comprimentos da carapaça e os percentuais linearizados para a estimativa do Lc 5%. O período de desova seria determinado pela freqüência mais elevada de fêmeas com gônadas maduras, apresentado em histogramas mensais para as diversas áreas. Para verificar a possível diferença entre a proporção de sexos durante os meses, por classe de comprimento e estágio de maturação, seria utilizado o teste do X 2. Também seria calculada a variação temporal, por área e espécie, o percentual de indivíduos jovens e maturos nas capturas comerciais. Os histogramas de distribuição de comprimento serão utilizados para comparar a estrutura das populações nas áreas de captura, em conjunto com a relação peso/comprimento calculada para cada sexo. A partir das informações pesqueiras obtidas durante as entrevistas no momento do desembarque (ver Meta 2, Encarte 1), seriam extraídas diversas medidas potencialmente relevantes ao cálculo do esforço de pesca como, por exemplo: duração total da viagem, em horas; horas de arrasto; distância do pesqueiro; comprimento da embarcação; potência do motor; tipo de embarcação, etc. A análise do esforço de pesca teria como objetivo principal de avaliar as variáveis pesqueiras responsáveis pela captura obtida. Essas variáveis seriam assim as integrantes de uma _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

12 5-11 medida adequada de esforço de pesca, além de serem utilizadas para o entendimento da dinâmica da pescaria. Essa análise seria desenvolvida com prioridade para a pesca de arrasto do camarão, porém abordagens similares poderiam ser posteriormente desenvolvidas para as outras artes de pesca monitoradas. Os dados de captura e esforço de pesca serão analisados através de um método de regressão linear múltipla, que permite analisar a relação entre uma única variável dependente e diversas variáveis independentes, identificando quais destas explicam de forma mais significativa a variação da variável dependente. Este método prevê a observação inicial do grau de relação entre as variáveis envolvidas, através da construção de uma matriz de correlação de Pearson e, posteriormente o desenvolvimento de um modelo estatístico. A aplicação do modelo ainda permitiria evidenciar quantas e quais variáveis são responsáveis pela variação das capturas. Os padrões espaço-temporais de variação de abundância dos camarões seriam analisados utilizando-se um modelo linear generalizado (MLG), no qual as taxas individuais de captura (p.ex. quilos por hora de arrasto) são explicadas por variáveis que levem em consideração a abundância do recurso no espaço e no tempo, assim como variáveis referentes às características das embarcações que influenciem no poder de captura das mesmas. Desta forma pode-se suprimir a utilização de índices como o CPUE (captura por unidade de esforço) que requerem uma padronização prévia do esforço empregado. O método proporciona um índice de abundância já corrigido pelas variações individuais do poder de pesca. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

13 5-12 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Essa análise seria desenvolvida para cada localidade da Baía de Tijucas, considerando períodos de pesca (meses, trimestres etc...) e pesqueiros, e/ou para todas as localidades em conjunto, as quais passariam então a ser consideradas áreas dentro do modelo. Isso seria possível sempre que sejam reunidas variáveis como comprimento do barco e potência do motor que possam ser incorporadas ao modelo de forma a corrigir as variações da taxa de captura oriundas dos diferentes poderes de pesca das diferentes embarcações. Seriam ainda analisados aspectos biológicos das várias espécies de camarões presentes na captura. Estas análises teriam o intuito de verificar a existência de padrões geográficos distintos e que possam, por um lado, vir a ser importantes na definição de futuras estratégias de manejo na Baía de Tijucas, e por outro, avaliar a efetividade das medidas ora vigentes. Cronograma original: Bimestres Atividade Campanhas de amostragem na pesca de arrasto Análise de dados biológico-pesqueiros da pesca de arrasto Unidade de Medida Quantidade 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º campanha 12 X X X X X X relatório 1 X X X X X X I-2. METODOLOGIA EMPREGADA Em novembro de 24 foram iniciados os embarques para amostragem da pesca de arrasto de camarão. Foram realizadas de uma a três saídas mensais com embarcações e petrechos da própria frota, com acompanhamento das atividades normais de pesca. As embarcações _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

14 5-13 utilizadas são típicas da pesca de arrasto realizada no interior da Baía de Tijucas, tendo como alvo o camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri). Este tipo de embarcação apresenta motorização de hp e opera duas redes de portas de forma simultânea (arrasto duplo). As amostragens foram utilizadas para determinação da composição das capturas e estimativa da quantidade e tipo do rejeito a bordo (e suas variações temporais), incluindo frações menores e não comerciais das espécies de camarões, outros invertebrados e peixes em geral. Em cada viagem, além da obtenção dos dados pesqueiros, o conteúdo total produzido em um dos lances de pesca foi levado a laboratório. De uma rede foi retido todo produto do lance de pesca (ou uma parcela aleatória do mesmo), enquanto que da outra rede foi retido somente a fração selecionada pelo pescador de acordo com seus próprios critérios. Em caso de que o volume de camarão obtido no lance amostrado fosse menor que 2 kg, adquiriu-se do pescador 1 kg de camarão no final da viagem de pesca. O material coletado durante a saída foi conservado em gelo até estocagem específica para triagem em laboratório. Em contrapartida às amostras coletadas e à presença de um pesquisador a bordo foi ofertado ao pescador entre 2 e 4 litros de óleo diesel por saída de pesca. As amostragens foram mantidas durante o período de defeso (1 o de março a 31 de maio), através de autorização específica cedida pelo IBAMA (Anexo 5.2), visando acompanhar a sazonalidade dos padrões biológicopesqueiros do camarão sete-barbas e avaliar quais populações/espécies que estariam sendo protegidas pela paralisação da pesca. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

15 5-14 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas I-3. RECURSOS ENVOLVIDOS As atividades de campo foram realizadas por dois oceanógrafos contratados com recursos do Projeto, com a participação de um estagiário. Nas triagens e análises em laboratórios, houve o envolvimento de outros dois estagiários contratados pelo Projeto. Os trabalhos desenvolvidos envolveram a utilização do veículo do Projeto (Fiat Dobló MEH-7532) e embarcações artesanais de pescadores. A documentação das amostragens foi realizada com uma máquina fotográfica digital e planilhas específicas e a marcação dos locais dos arrastos com auxílio de um receptor GPS. O combustível para o veículo e para as embarcações dos pescadores, bem como as despesas com alimentação nas saídas de campo foram custeadas com recursos do Projeto. I-4. DIFICULDADES ENCONTRADAS E FORMAS DE SUPERAÇÃO Da mesma maneira que na Meta 4, houve uma dificuldade de se iniciar a série de embarque, pois nos primeiros meses havia resistência dos pescadores em aceitar o embarque de técnicos vinculados ao Projeto. Como as saídas envolviam coletas, alguns pescadores esperavam alugar a embarcação para a Universidade, o que não era o objetivo do trabalho pois se necessitava acompanhar uma saída regular de pesca e só se necessitava coletar a produção de um arrasto. Procurou-se identificar pescadores que estivessem mais interessados na proposta do Projeto para trabalhar na superação das resistências iniciais e se estabeleceu uma cota de óleo combustível a título de ressarcimento do arrasto perdido ou como uma gratificação. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

16 5-15 Outro problema que estava por ocorrer era a concessão da autorização para pesca científica no período de defeso que iniciaria em 1 o de março. A solicitação foi protocolada no IBAMA/CEPSUL em 2 de janeiro, sendo informado de que não havia previsão para concessão da autorização, pois o IBAMA aguardava há meses uma determinação do Ministério do Meio Ambiente. Esta autorização foi obtida somente no início de abril, após a publicação da Instrução Normativa MMA n o 4/25. I-5. EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA COM SEU DESENVOLVIMENTO Com a consolidação da confiança entre a equipe técnica e um grupo de pescadores de arrasto as dificuldades iniciais de acompanhar as saída de pesca foram vencidas. A partir desta conquista, diversos pescadores passaram a contribuir efetivamente na execução do Projeto, viabilizando embarques para amostragens na maioria das localidades abrangidas pelo Projeto. II - RESULTADOS ALCANÇADOS E PRODUTOS Ao total, foram realizadas 2 saídas para amostragem das capturas da pesca de arrasto direcionada ao camarão sete-barbas. A primeira saía ocorreu em 23 de novembro de 24, tendo sido fundamental para ajustes na metodologia. No mês de dezembro não houve saídas por causa da paralisação de praticamente toda a frota camaroeira da Baía de Tijucas pelo menos até o dia 23 daquele mês, devido aos baixíssimos rendimentos _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

17 5-16 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas da pescaria. A partir de janeiro de 25 até dezembro do mesmo ano as saídas de pesca foram efetuadas mensalmente. De acordo com as características obtidas através da análise da pesca de arrasto na Baía de Tijucas prevista na meta 6 do projeto, esta arte de pesca apresenta baixa seletividade, possuindo como característica marcante a captura de grandes quantidades de invertebrados e peixes, muitas vezes rejeitados e descartados pelo seu pequeno tamanho ou por não haver mercado para a sua comercialização. O camarão sete-barbas, devido a sua abundância, desempenha um importante papel sócioeconômico para diversas comunidades do entorno da baía de Tijucas, os quais retiram o sustento de seus familiares utilizando embarcações de pequeno porte e atuando em regiões mais próximas da costa. Os resultados analisados estão embasados em dados coletados nas campanhas de amostragem biológica da pesca de arrasto dirigida ao camarão sete-barbas, durante o período de novembro de 24 a janeiro de 26, executadas pelos Laboratórios de Biologia e de Ciências Ambientais do CTTMar e apresentados em formato de relatórios por seus responsáveis (Anexos 5.3; 5.4 e 5.5). A análise do esforço de pesca foi obtida a partir das informações pesqueiras coletadas durante as entrevistas no momento do desembarque, contempladas pela meta 2 do presente projeto, durante o período de junho de 24 a agosto de 25, e posteriormente analisadas por especialistas do Laboratório de Oceanografia Biológica (Anexos 5.6 e 5.7). Dados de registro de captura coletados durante o monitoramento pesqueiro também foram considerados, a fim de respaldar as conclusões. A partir das estimativas de biomassa total e das estatísticas de produção (desembarque), foram _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

18 5-17 também calculadas as taxas de remoção da biomassa disponível pelas frotas de arrasto que operam na baía de Tijucas. A análise biológico-pesqueira consistiu no conhecimento sobre o ciclo de vida da espécie-alvo, parâmetros populacionais, padrões de recrutamento e migração dos camarões, avaliação da fauna acompanhante e rejeição da pesca de arrasto e estimativa de esforço de pesca aplicado na captura de camarão e estimativa de abundância por área varrida. II-1. SÍNTESE SOBRE A ESPÉCIE-ALVO Durante o período, a proporção entre machos e fêmeas de camarão sete-barbas ficou em 38,6% e 61,94% respectivamente, indicando uma dominância das fêmeas na população. Em relação ao tamanho, constatouse um significativo predomínio de fêmeas sobre os machos nas classes de 4,, 5,, 6,, 11, e 12, cm. A amplitude de variação do comprimento nos machos foi de 4, a 12, cm e a do peso de,51 a 1,73g e crescimento alométrico negativo b=2,9694. Para as fêmeas, o comprimento variou de 3, a 14, cm; o peso entre,2 e 16,56g e crescimento alométrico negativo b=2,9469. Em relação as flutuações da estrutura da população, durante novembro de 24 registrou-se uma pequena ocorrência de camarões juvenis, com um aumento gradativo em janeiro e fevereiro, seguido de oscilação até abril, ausência em junho e maiores contribuições de julho a setembro. Nos meses de outubro e novembro registrou-se a participação de exemplares adultos, principalmente fêmeas, e em dezembro a ausência _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

19 5-18 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas total de espécimes de ambos os sexos para a baía de Tijucas; verificando o recrutamento de juvenis em janeiro de 26. Ainda em relação as flutuações da estrutura da população, constatou-se através da contagem de número de exemplares que compuseram 1, kg de camarão sete-barbas, que as maiores taxas de captura de juvenis ocorreram nos meses de janeiro/5 e 6. A curva de maturação gonadal obtida através dos valores médios mensais do IGS sugerem que o camarão sete-barbas apresenta um período reprodutivo longo, com dois picos de desova: o primeiro entre maio a junho e o segundo e mais intenso de outubro a janeiro. Em relação à captura por unidade de esforço (CPUE), as maiores taxas foram registradas nos meses de fevereiro, abril e maio (pico de captura). O tamanho de primeira maturação (Lc 5%) não foi determinado pelos especialistas devido à dificuldade de se manter os indivíduos intactos com o processo de resfriamento. II-2. FAUNA ACOMPANHANTE II-2.1. CAMARÕES (DENDROBRANQUIATA) Em 26 lances de pesca direcionada ao camarão sete-barbas, acompanhados durante o período de amostragem, foram capturados 1 espécies de camarões, pertencentes a 6 famílias. Destas, apenas 5 apresentaram valor comercial: camarão rosa, branco, barba-ruça e vermelho; porém foram pouco representados nas amostragens (Tabela 1). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

20 5-19 Das espécies acompanhantes capturadas, apenas o camarão branco teve ocorrência regular nas amostragens (segundo metodologia de ANSARI et al, 1995), sendo que as demais foram consideradas ocasionais. Tabela 1. Relação das espécies de camarões capturadas na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na baía de Tijucas. Família Espécie Nome Popular N Penaeidae Farfantepenaeus brasiliensis camarão rosa 6 Farfantepenaeus paulensis camarão rosa 32 Lithopenaeus schmitti camarão branco/legítimo 37 Artemesia longinaris camarão barba-ruça/ferrinho 281 Trachypenaeus constrictus (sem denominação popular) 6 Lismatidae Exhippolysmata oploforoides camarão espinho 124 Sergestidae Acetes americanus americanus (sem denominação popular) 39 Solenoceridae Pleoticus muelleri camarão vermelho/santana 541 Sicyoniidae Sycione dorsalis camarão pedra 97 Alpheidae Alpheus sp. camarão estalo 1 II SÍNTESE DAS ANÁLISES PARA OS DEMAIS CAMARÕES Farfantepenaeus paulensis (camarão rosa): Os machos dominaram nas classes de 8,, 1, e 13, cm e as fêmeas nos 11, cm. Padrão de crescimento: alométrico negativo para os machos e isométrico para as fêmeas. Ocorrência da espécie apenas no mês de março. Lithopenaeus schmitti (camarão branco/legítimo): os machos ocorreram nas classes de 1, a 16, e 18, cm e predominaram sobre as fêmeas nos 13, a 16, cm; enquanto nos 11, cm as fêmeas dominaram. Padrão de crescimento: alométrico positivo nos machos e alométrico negativo para as fêmeas. Registraram-se oscilações nas capturas, com os maiores valores em março, abril e julho. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

21 5-2 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Artemesia longinaris (camarão barba-ruça): as fêmeas foram maiores e predominaram acima dos 7, cm, enquanto que os machos predominaram apenas nos 3, cm. Padrão de crescimento: alométrico negativo para ambos os gêneros. Maiores registros de ocorrência nos meses de novembro/4, abril e outubro. Exhippolysmata oploforoides (camarão espinho): apenas um exemplar macho foi capturado. As fêmeas foram mais abundantes na classe de 4, cm. Padrão de crescimento: alométrico negativo para as fêmeas. Registro de ocorrência nos meses de nov/4 e setembro a dezembro. Pleoticus muelleri (camarão vermelho/santana): a partir dos 8, cm não ocorreram machos. Predomínio significativo das fêmeas sobre os machos nas classes de 6, e 7, cm. Padrão de crescimento: alométrico negativo para machos e fêmeas. Ocorrência da espécie em nov/4, setembro, outubro e dezembro/5. Sycione dorsalis (camarão pedra): mesma amplitude de variação de comprimento para a espécie, onde os machos predominaram nas classes de 3, e 5, cm, e as fêmeas nos 4, cm. Padrão de crescimento: alométrico positivo para machos e alométrico negativo para fêmeas. Ocorrência da espécie em nov/4, setembro e outubro. II PROPORÇÃO ENTRE CAMARÃO SETE-BARBAS E DEMAIS CAMARÕES Para cada kilograma de camarão sete-barbas capturado, registraram-se,14 kg de outras espécies de camarões. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

22 5-21 II-2.2. ICTIOFAUNA Em 26 lances de pesca acompanhados durante o período, foram capturados 8338 exemplares entre peixes pelágicos e demersais, pertencentes a 25 famílias e distribuídas em 44 espécies, totalizando 73,66 kg de biomassa (Tabela 2). Das 25 famílias coletadas, quatro representaram 85,5% do total de exemplares capturados. A família Sciaenidae foi responsável por 61,3% do número total de peixes capturados, seguidos da Clupeidae (14,6%), Carangidae (5,71%) e Engraulidae (4,16%); enquanto que as 21 famílias restantes, denominadas outras (Tabela 2), contribuíram em conjunto com apenas 14,5% do número total de espécimes da ictiofauna. A tabela 3 mostra a contribuição em número de exemplares e biomassa das espécies mais abundantes da ictiofauna. Das cinco espécies dominantes, quatro pertencem à família Sciaenidae e uma à Clupeidae. Stellifer rastrifer contribui com 32,86% em número de indivíduos, seguido de Pellona harroweri (14,31%), Paralonchurus brasiliensis (11,92%), Stellifer stellifer (6,72%) e Isopisthus parvipinnis (4,91%). Para a biomassa, obteve-se o mesmo padrão, com exceção de P. brasiliensis, que ocupou o segundo lugar, superando P. harroweri. A tabela 2 indica que Stellifer rasfrifer foi à espécie que participou com maior número de exemplares e biomassa. Tabela 2. Relação das espécies de peixes capturadas na pesca do camarão sete-barbas na baía de Tijucas. Família Espécie Nome Popular N Achiridae Achirus lineatus Sola 2 Ariidae Cathorops spixii Bagre amarelo 8 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

23 5-22 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Genidens barbus Bagre branco 196 Genidens genidens Bagre favudo 57 Batrachoididae Porichthys porosissimus Sapo luminoso 262 Carangidae Chloroscombros chrysurus Palombeta 19 Selene setapinnis Galo 92 Selene vomer Galo de penacho 277 Clupeidae Harengula clupeola Sardinha cascuda 2 Sardinella brasiliensis Sardinha verdadeira 27 Pellona harroweri Sardinha-mole 1193 Cynoglossidae Symphurus tesselatus Língua de sogra 87 Engraulidae Lycengraulis grossidens Manjuvão 172 Cetengraulis edentulus Manjuvinha 176 Ephippidae Chaetodipterus faber Enxada 2 Gerreidae Eucinostomus melanopterus Escrivão 1 Haemulidae Pomadasys corvinaeformis Corcoroca 1 Orthopristis ruber Corcoroca 1 Monocanthidae Stephanolepis hispidus Peixe porco 3 Muraenidae Gymnotorax ocellatus Moréia pintada 1 Ophicthidae Ophichthus gomesii Cobra dáguá 12 Paralichthydae Etropus crossotus Linguado 1 Citharichthys spilopterus LInguado 96 Phycidae Urophycis brasiliensis Abrótea 39 Pomatomidae Pomatomus saltator Enchova 1 Sciaenidae Isopisthus parvinnis Pescadinha/tortinha 49 Larimus breviceps Oveva 17 Macrodon ancylodon Pescada foguete 152 Menticirrhus americanus Papa terra 1 Micropogonias furnieri Corvina 159 Stellifer rastrifer Cangoá 274 Stellifer stellifer Cangoá 56 Stellifer brasilienis Cangoá 74 Paralonchurus brasilienis Maria Luiza 994 Scombridae Scomberomorus cavalla Cavala 1 Serranidae Diplectrum radiale Aipim 1 Stromateidae Peprilus paru Gordinho 61 Synodontidae Synodus foetens Peixe lagarto 1 Tetradontidae Sphoeroides greely Baiacu 4 Sphoeroides spengleri Baiacu 1 Sphoeroides testudineus Baiacu 2 Lagocephalus laevigatus Baiacu arara 44 Trichiuridae Trichiurus lepturus Espada 288 Triglidae Prionotus punctatus Cabrinha 11 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

24 5-23 Tabela 3. Participação em número de exemplares e biomassa (g) das espécies mais abundantes da ictiofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas. Família/Espécie Nome popular N % Biomassa % Clupeidae Pellona harroweri Sardinha mole , ,3 14,57 Sciaenidae Paralonchurus brasiliensis Maria Luiza , ,94 14,77 Isophistus parvipinnis Pescadinha/tortinha 49 4,91 288,81 3,91 Stellifer stellifer Cangoá 56 6,72 344,62 4,67 Stellifer rastrifer Cangoá , ,23 21,39 Total , ,9 59,32 II SÍNTESE DA ESTRUTURA DE COMPRIMENTO DAS ESPÉCIES MAIS ABUNDANTES Pellona harroweri (sardinha mole): observou-se uma distribuição de freqüência polimodal, sendo as modas nas classes de 6,, 9,, 11, cm e menos representativas nas classes de 15, e 19, cm. A amplitude do comprimento total variou de 3, a 19, cm e o comprimento total médio foi de 9,2 cm. Paralonchurus brasiliensis (maria luiza): apresentou amplitude de comprimento total entre 3, a 29, cm. A distribuição de freqüência apresentou tendência do tipo polimodal, sendo que a moda mais representativa ocorreu na classe de 1, cm e o comprimento total médio da espécie foi de 1, cm. Isopisthus parvipinnis (pescadinha/tortinha): também apresentou distribuição de freqüência polimodal, com picos mais representativos nas _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

25 5-24 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas classes de 6, e 9, cm. A amplitude de comprimento total variou entre 4, e 21, cm, com comprimento total médio de 8, cm. Stellifer stellifer (cangoá): o comprimento variou entre 4, e 17, cm, apresentando uma distribuição de freqüência polimodal, sendo que a moda mais representativa ocorreu na classe de 7, cm. O comprimento total médio da espécie foi de 7, cm. Stellifer rastrifer (cangoá): ocupou o primeiro lugar em número de indivíduos e biomassa. A distribuição de freqüência de comprimento total dessa espécie foi do tipo unimodal na classe de 8, cm. Sua amplitude de comprimento variou de 4, a 21, cm e seu comprimento total médio foi de 7,3 cm. II FLUTUAÇÕES SAZONAIS DA ICTIOFAUNA A figura 1 mostra a variação do número médio de exemplares capturados e a biomassa média ao longo do período de coleta. Para o número de exemplares, as maiores contribuições ocorreram nos meses de janeiro, seguido de um declínio em fevereiro, novo incremento no mês de março e queda gradativa até dezembro, intercalado por pequenas oscilações nos meses de julho e outubro. Para a biomassa, observou-se flutuações sazonais mais acentuadas, onde registrou-se pico de captura para o mês de janeiro (6,42 kg) e menores capturas em junho (,89 kg). Numa análise geral, verificou-se que a ictiofauna acompanhante apresentou maiores contribuições em exemplares e biomassa no início do _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

26 5-25 verão (janeiro) e menores capturas nos meses da primavera (outubro, novembro e dezembro). N 12 (a) N/4 J F M A M J J A S O N D meses (b) Captura média mensal (kg) N/4 J F M A M J J A S O N D meses Figura 1. Variação mensal em número médio de exemplares (a) e em biomassa média (b) da ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas na Baía de Tijucas. II PROPORÇÃO ENTRE CAMARÃO SETE-BARBAS E PEIXES Para cada kilograma de camarão sete-barbas capturado, registraram-se,59 kg de peixes. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

27 5-26 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas II-2.3 DEMAIS FAUNAS (CARCINOFAUNA, MALACOFAUNA, CNIDOFAUNA E EQUINOFAUNA) Foram capturados 1718 exemplares pertencentes à 11 espécies e ao grupo dos cnidários (composta por água-viva e anêmona), totalizando em biomassa 18,73 kg (Tabela 4). Tabela 4. Relação das espécies da fauna acompanhante (Carcinofauna, Malacofauna, Cnidofauna e Equinofauna) capturadas na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na baía de Tijucas. Família Espécie Nome Popular N CNIDARIA água viva 9 anêmona 16 MOLLUSCA/ GASTROPODA Nassariidae Buccinanops gradatum concha 85 Olividae Olivancillaria urceus concha 32 MOLLUSCA/ CEPHALOPODA Loligonidae Loligo sanpaulensis lula 328 CRUSTACEA/ MALACOSTRACA Calappidae Hepatus pudibundus caranguejo 32 Leucossidae Persephona mediterranea caranguejo 15 Persephona punctata caranguejo 1 Majidae Libinia spinosa caranguejo aranha 22 Portunidae Callinectes danae siri-azul 176 Callinectes ornatus siri-azul 684 EQUINODERMATA Astropectinidae Astropecten marginatus estrela-do-mar 115 Luidiidae Luidia senegalensis estrela-do-mar 14 Considerando separadamente cada grupo, registraram-se para os Crustáceos 6 espécies de caranguejos e siris, pertencentes a 4 família; onde os siris-azul foram os mais representativos. Para o grupo dos Moluscos a contribuição foi de 3 espécies, pertencentes a 3 famílias, com predomínio de lulas. Em relação aos Equinodermos, capturou-se duas espécies de estrela-do-mar, com dominância de Astropecten marginatus. E _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

28 5-27 para o grupo dos Cnidários, foram capturados poucos exemplares de água viva e anêmonas, não identificadas ao nível de espécie. Destas espécies capturadas, Buccinanops gradatum, Loligo sanpaulensis, Persephona punctata, Callinectes danae, Callinectes ornatus, Astropecten marginatus e anêmona apresentaram ocorrências regulares nas amostragens segundo metodologia de ANSARI et al (1995). II SÍNTESE DAS ESPÉCIES CONSIDERADAS REGULARES NAS AMOSTRAGENS Buccinanops gradatum (concha): esta espécie ocorreu durante todo o período, exceto nos meses de janeiro e junho. As maiores contribuições foram registradas nos meses primavera (outubro, novembro e dezembro). Loligo sanpaulensis (lula): apresentou oscilação na distribuição, com registro de maiores capturas em número de exemplares e biomassa, nos meses de agosto e setembro. Persephona punctata (caranguejo): foi a mais representativa em peso durante os meses de outubro a janeiro/6. Pico de captura em número de exemplares no mês de março. Callinectes danae (siri-azul): segunda espécie mais abundante em biomassa e em número de indivíduos. Pico de captura no mês de junho. Callinectes ornatus (siri-azul): predomínio em número de exemplares em maio e junho, e em biomassa nos meses de setembro a janeiro. Astropecten marginatus (estrela-do-mar): pico de captura no mês de fevereiro e ausência de exemplares nos meses de inverno (julho, agosto e setembro). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

29 5-28 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Anêmona: ocorrência durante todo o ano, com exceção do mês de julho. Pico de captura no mês de fevereiro. II PROPORÇÃO ENTRE CAMARÃO SETE-BARBAS E DEMAIS FAUNAS A proporção entre um kilograma da espécie alvo para os diferentes grupos é apresentada na tabela 5. Tabela 5. Proporção entre um kilograma de camarão sete-barbas e as demais faunas. camarão sete-barbas/cnidofauna camarão sete-barbas/carcinofauna camarão sete-barbas/equinofauna camarão sete-barbas/malacofauna 1/,1 kg 1/,11 kg 1/,1 kg 1/,2 kg II-3. ESFORÇO DE PESCA A análise do esforço de pesca teve como objetivo principal avaliar as variáveis pesqueiras responsáveis pela captura obtida na pesca de arrasto direcionado ao camarão sete-barbas. Essas variáveis foram utilizadas para o entendimento da dinâmica da pescaria em questão. A partir das informações pesqueiras obtidas durante as entrevistas no momento do desembarque, foram extraídas diversas medidas potencialmente relevantes ao cálculo do esforço de pesca como: comprimento da embarcação; potência do motor; tipo de embarcação, etc. A análise, através da aplicação de um modelo matemático específico permitiu evidenciar quantas e quais variáveis são responsáveis pela variação das capturas. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

30 5-29 Os padrões espaço-temporais de variação de abundância dos camarões foram analisados utilizando-se um modelo linear generalizado (MLG), no qual as taxas individuais de captura (p.ex. quilos por hora de arrasto) foram explicadas por variáveis que levaram em consideração a abundância do recurso no espaço e no tempo, assim como variáveis referentes às características das embarcações que influenciaram no poder de captura das mesmas. Essa análise foi desenvolvida para cada localidade da Baía de Tijucas, considerando períodos de pesca e pesqueiros. A seguir são apresentados os rendimentos obtidos, por itens analisados. II-3.1. COMUNIDADES De acordo com a figura 2: Os maiores rendimentos (1-12 kg/h) foram obtidos pelos desembarques realizados nas comunidades de Calheiros e Ganchos de Fora. Os menores rendimentos (cerca de 3 Kg/h) foram obtidos pelos desembarques realizados na localidade de Canto dos Ganchos. Ganchos do Meio, Tijucas, Sta. Luzia e Zimbros tiveram rendimentos similares (5 6 Kg/h). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

31 5-3 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas kg/hora Calheiros Canto dos Ganchos Canto Grande Ganchos de Fora Ganchos do Meio Sta. Luzia Tijucas Zimbros Localidade Figura 2. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) reportados pelas embarcações que desembarcaram nas diferentes localidades da Baía de Tijucas SC. Barras representam o Erro Padrão. II-3.2. ÁREAS DE PESCA (PESQUEIROS) De acordo com a figura 3: Os rendimentos mais baixos (3 4 kg/h) foram obtidos nas áreas do Baixio, Baía de Tijucas e Baías de Zimbros. Os rendimentos mais elevados (8 12 kg/h) foram obtidos nos pesqueiros de Macuco, Costeira dos Ganchos, ponta do Bota e Mar de Fora. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

32 5-31 kg/hora Baixio Macuco Costeira dos Ganchos Pesqueiro Ponta do Bota Ilha do Arvoredo Mar de Fora Figura 3. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos nas diferentes áreas de pesca (pesqueiros) da Baía de Tijucas e arredores. Barras representam o Erro Padrão. II-3.3. SAZONALIDADE De acordo com a figura 4: Rendimentos mostram uma forte sazonalidade. Entre Julho e Janeiro os rendimentos são muito baixos, não ultrapassando 4 kg/ hora. Entre fevereiro e junho os rendimentos sofrem um incremento considerável, sendo máximos (entre kg/h) em abril e maio. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

33 5-32 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas 25 2 kg/hora Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Mês Figura 4. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos mensalmente pelas embarcações que desembarcaram nas localidades da Baía de Tijucas SC. Barras representam o Erro Padrão. II-3.4. EMBARCAÇÕES De acordo com a figura 5: Observa-se um crescente nos rendimentos em embarcações que tiveram maior participação. Porém naquelas com maior participação (>3% dos desembarques) o rendimento decai. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

34 kg/hora <5% 5-2% 2-3% >3% Participação da embarcação nos desenbarques totais Figura 5. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos por embarcações de diferentes níveis de participação nos desembarques totais (representados em %) registrados nas localidades da Baía de Tijucas SC. Barras representam o Erro Padrão. As embarcações com casario, potência de motor superior a 2 Hp e maiores que 8,5 m apresentaram rendimentos ligeiramente maiores que aquelas sem casarios, motores com potência inferior a 2HP e menores que 8,5 m (Figura 6). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

35 5-34 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas kg/hora <2 HP >2HP Potência do Motor kg/hora <8,5 m >8,5 m Comprimento da embarcação kg/hora Sem casario Presença de Casario Com casario Figura 6. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos por embarcações de diferentes potências de motor, comprimentos e presença ou não de casario. Barras representam o Erro Padrão. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

36 5-35 II-3.5. CONDIÇÕES AMBIENTAIS De acordo com a figura 7: Viagens de pesca sob condições de mar agitado e tempo chuvoso mostraram rendimentos ligeiramente maiores que em condições de tempo bom e mar calmo Rendimentos ligeiramente mais elevados foram obtidos sob influência de ventos do quadrante NE E e SW-W o mesmo se observando em relação ao sentido de fluxo da maré (Figura 8). kg/hora Chuvoso Ensolarado Nublado kg/hora Agitado Moderado Calmo Clima Condições do Mar Figura 7. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos sob influência de tempo chuvoso, ensolarado e nublado e condições de mar agitado, moderado e calmo. Barras representam o Erro Padrão. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

37 5-36 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas W-NW NW-N N-NE NE-E SW-W E-SE S-SW SE-S Vento Maré Figura 8. Rendimentos médios de camarão-sete-barbas (em Kg/hora de arrasto) obtidos sob influência de diferentes direções de ventos e maré. Barras representam o Erro Padrão. II-3.6. EFICIÊNCIA E ABUNDÂNCIA De acordo com a figura 9: A eficiência das viagens de pesca desembarcadas nas localidades de Ganchos (Calheiros + Ganchos de Fora + Ganchos do Meio) foi 2 a 4% superior às das demais localidades. As menos eficientes foram as viagens desembarcadas em Tijucas. A abundância do camarão-sete-barbas nas áreas de pesca de Mar de Fora, Macuco e Costeira dos Ganchos foram 65%, 3% e 19% maiores que no área do Baixio respectivamente. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

38 5-37 A Baía de Zimbros apresentou as menores abundâncias, sendo 36% inferior à área de Baixio e 1% inferior ao Mar de Fora O outono é o período de maior abundância de camarão-sete-barba sendo 37%, 94% e 13% maior que no verão, no inverno e na primavera, respectivamente. As embarcações com comprimento superior a 8,5m foram 14% mais eficiente que as menores. As embarcações com e sem casario tiveram praticamente a mesma eficiência As embarcações que participaram mais do que 5% nos desembarques totais tiveram eficiências muito similares e em torno de 3% inferiores àquelas que participaram menos de 5% dos desembarques. Este é o resultado mais surpreendente. A influência do clima e da maré foi mínima na variação do CPUE. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

39 5-38 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas 1,2 1 Coeficientes,8,6,4,2 Ganchos Cto. Dos Ganchos Zimbros Sta. Luzia Tijucas Localidades Coeficientes 1,8 1,6 1,4 1,2 1,8,6,4,2 Baixio Baía de Tijucas Baía de Zimbros Macuco Costeira dos Ganchos Mar de Fora Pesqueiros Coeficientes 1,6 1,4 1,2 1,8,6,4,2 Jan-Mar Abr-Jun Jul-Set Out-Dez Trimestres Figura 9. Coeficientes obtidos pelo Modelo Linear Generalizado aplicado ao LN kg/h do camarão-sete-barbas. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

40 5-39 II-4. ESTIMATIVA DE ABUNDÂNCIA A estimativa de estoque foi obtida através dos registros de capturas em kg por horas trabalhadas, a eficiência das redes, a velocidade de arrasto em nós, o comprimento médio de tralha superior das redes de arrasto e o coeficiente de abertura das redes; parâmetros os quais foram convertidos e resultaram em biomassa disponível por áreas. A metodologia aplicada foi o método da área varrida, o qual visou obter estimativas de biomassa média por quilômetro quadrado. Essas estimativas foram realizadas para três meses distintos: junho/4, janeiro/5 e junho/5, selecionados com base nos seguintes critérios: a) corresponderem a períodos de elevada ou reduzida produção desembarcada; b) corresponderem a períodos próximos ou afastados do término do defeso aplicado à espécie até então. As estimativas finais de biomassa obtidas com os parâmetros utilizados para cada mês estão apresentadas na tabela 6, e a fim de comparar, são apresentadas também as estimativas obtidas com eficiência igual a 1, ou seja, 1% de capturabilidade. Os meses de janeiro e junho de 25 apresentaram valores extremos de abundância, seguindo o comportamento observado nos desembarques. Dependendo da eficiência de captura utilizada, as biomassas mínimas variaram entre 15,6 e 38,9 toneladas em janeiro de 25 e as máximas entre 221,4 e 539,3 toneladas em junho do mesmo ano. Considerando os três meses analisados, os percentuais médios de remoção da biomassa disponível pela _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

41 5-4 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas pesca variaram de um mínimo de 23,9% (±,8 DP) a um máximo de 59,% (±,19 DP). Tabela 6. Estimativas de biomassa total (± IC 95%) de camarão sete-barbas estimadas para os meses de junho/4, janeiro/5 e junho/5 pelo método da área varrida, e respectivos percentuais de remoção pela pesca. Estimativas realizadas utilizando coeficientes de eficiência de captura de 4% e 1%. Eficiência 4% Eficiência 1% Biomassa Total IC inf IC sup Biomassa Total IC inf IC sup jun jun jan jan jun jun Remoção Remoção jun-4 24,2% 3,6% 2,% jun-4 6,4% 76,6% 49,9% jan-5 15,7% 19,5% 13,1% jan-5 39,1% 48,7% 32,7% jun-5 31,8% 86,1% 19,5% jun-5 77,5% 29,7% 47,5% II-5. ANÁLISE DOS DADOS DE CAPTURA E ESFORÇO NA PESCA DE ARRASTO DE CAMARÃO A pesca de arrasto com rede de portas, praticada pela frota artesanal da Baía de Tijucas é dirigida às capturas dos camarões setebarbas Xiphopenaeus kroyeri, branco Litopenaeus schmitti, rosa Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis, vermelho Pleoticus muelleri e ferrinho Artemesia longinaris. Essa pesca ocorre tanto no interior da baía como em mar aberto em áreas adjacentes, sendo as áreas preferenciais delimitadas pela profundidade limite da isóbata dos 3 metros. A partir das informações pesqueiras obtidas durante as entrevistas no momento do desembarque (Encarte 1 Meta 2), foram extraídas diversas medidas potencialmente relevantes à análise da captura e esforço da pesca de arrasto de camarões. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

42 5-41 Os padrões sazonais da variação da abundância dos camarões foram obtidos para cada localidade monitorada da Baía de Tijucas e para todas as localidades em conjunto, através das informações das produções mensais dos camarões: sete-barbas, branco, rosa, vermelho e ferrinho (Tabela 1). Dentre as comunidades monitoradas, a comunidade de Zimbros/Morrinhos foi a que capturou a maior quantidade de camarões no período, sendo esta de kg, seguida em ordem decrescente pela comunidade de Santa Luzia ( kg), Tijucas (46.52 kg), Canto dos Ganchos (44.62 kg), Ganchos de Fora ( kg), Canto Grande ( kg), Calheiros ( kg) e Ganchos do Meio ( kg). Ressalta-se que embora seja sabido que a comunidade de Ganchos do Meio trabalhe quase que exclusivamente no arrasto de camarão, os dados apresentados, não demonstraram a realidade da pesca local, tal fato foi decorrente única e exclusivamente devido a problemas de monitoramente e baixa adesão dos pescadores desta localidade (Tabela 7). Os dados de produção apresentados tornaram evidente que o grande direcionamento da frota arrasteira da Baía de Tijucas esta direcionada à captura do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri, praticamente ao longo de todo o ano, com período de maior biomassa desembarcada para os meses de fevereiro e junho. Valores totais entre os meses de março a maio demonstraram-se pouco representativos, uma vez que coincidiam com o período de defeso, fazendo desta forma, com que muitos dos pescadores não fornecessem informações quanto a suas capturas no período (Tabela 7 e Figura 1). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

43 5-42 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Tabela 7. Produções mensais, em kg, das espécies de camarões capturadas pela modalidade do arrasto com rede de portas para cada localidade monitorada. Entre os meses de agosto a janeiro houve uma grande contribuição na biomassa desembarcada, decorrente das capturas dos camarões: vermelho Pleoticus muelleri e ferrinho Artemesia longinaris, coincidindo com o provável período de safra destas espécies (Figura 11). Geralmente estes recursos são capturados nas áreas adjacentes a baía, ou seja, ao _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

44 5-43 largo da Ilha de Florianópolis, mais precisamente no pesqueiro denominado ponta do Bota (porção norte da ilha de Florianópolis.) Kg jun/4 jul/4 ago/4 set/4 out/4 nov/4 dez/4 jan/5 fev/5 mar/5 abr/5 mai/5 jun/5 camarão rosa camarão branco camarão vermelho camarão ferrinho vermelho + sete-barbas vermelho + ferrinho camarão sete-barbas vermelho + sete-barbas + ferrinho rosa + branco ferrinho + sete-barbas rosa + sete-barbas Figura 1. Produção mensal, em kg, das capturas de camarões (considerando todas as espécies) pela frota de arrasteiros da Baía de Tijucas. A Figura 1 evidenciou a grande representatividade da captura do camarão sete-barbas perante as demais espécies. Já na Figura 11, observa-se que excluindo a produção obtida na região para o camarão sete-barbas, as produções dos camarões vermelho e ferrinho, despontam como de maior representatividade, no período mencionado (agosto a janeiro). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

45 5-44 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Kg jun/4 jul/4 ago/4 set/4 out/4 nov/4 dez/4 jan/5 fev/5 mar/5 abr/5 mai/5 jun/5 camarão rosa camarão branco camarão vermelho camarão ferrinho vermelho + sete-barbas vermelho + ferrinho vermelho + sete-barbas + ferrinho rosa + branco ferrinho + sete-barbas rosa + sete-barbas Figura 11. Produção mensal, em kg, das capturas de camarões (excluindo as capturas de camarão sete-barbas) pela frota de arrasteiros da Baía de Tijucas. A avaliação trimestral da produção dos camarões, quando analisada em percentual, auxilia na identificação dos padrões sazonais e da variação específica da biomassa capturada (Figura 12). Observa-se que a Figura 12 reforça as informações mencionadas nas Figuras 1 e 11, de que a captura do camarão sete-barbas foi apenas suplantada nos meses de setembro, outubro e novembro pelos camarões vermelho e ferrinho. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

46 % 9 % 8 % 7 % 6 % 5 % 4 % 3 % 2 % 1 % % jun/ jul/ ago set/ o ut/ no v dez/ jan/ fev mar/ abr/ mai camarão sete barbas camarão vermelho + ferrinho camarão branco camarão vermelho + sete barbas camarão vermelho camarão ferrinho camarão ro sa camarão ferrinho + sete barbas Figura 12. Avaliação trimestral, em percentual, das produções de camarões na Baía de Tijucas. Nota-se na Figura 12, que nos meses que compreendiam o período de defeso (mar/abr/mai), as únicas espécies capturadas foram o camarão sete-barbas e camarão rosa, porem este fato foi decorrente do direcionamento de parte da frota à captura do camarão sete-barbas e parte da frota à captura do camarão rosa. Mesmo sabendo que tal atividade no período mencionado era ilegal. Se considerarmos a análise comparativa entre as capturas totais de camarão rosa versus capturas do camarão rosa associado às capturas de camarões sete-barbas conjuntamente, nota-se que estas, quando presentes, ocorreram em baixos números, ou seja, apenas 37 desembarques de um total de aproximadamente 14. desembarques monitorados, representando também uma baixa biomassa capturada (Figura 13). Deixando claro que ambas as espécies possuem áreas de ocorrência distintas. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

47 5-46 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Kg jun/jul/ago set/out/nov dez/jan/fev m ar/abr/m ai cam arão rosa cam arão rosa (7 barbas) Figura 13. Análise comparativa, em kg, das capturas totais de camarão rosa versus capturas de camarão rosa associado às capturas de camarão sete-barbas conjuntamente. Buscando avaliar a periodicidade mensal da pesca do arrasto de camarão, realizaram-se análises quanto à movimentação dos barcos, desta referida frota, para as comunidades monitoradas, considerando o número de dias trabalhados mês (Tabela 8). Analisando o número médio total de dias trabalhados por localidade, observa-se que a comunidade de Santa Luzia desponta com maior média geral de dias trabalhados no período, seguida pelas comunidades de Canto dos Ganchos, Canto Grande, Zimbros/Morrinhos, Calheiros, Tijucas, Ganchos de Fora e Ganchos do Meio. A movimentação de barcos nos meses de março, abril e maio foram desconsideradas devido à baixa confiabilidade das informações coletadas. Os valores médios de dias trabalhados por mês aparentaram-se baixos, mas se considerarmos o número máximo de dias trabalhados, juntamente a tais valores, pode-se inferir que há uma parcela de pescadores, embora pequena, como demonstra os valores médios, que possui a pesca do arrasto de camarão como atividade exclusiva. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

48 5-47 O dimensionamento do tamanho da frota do arrasto de camarões, em número de embarcações por localidade (comunidade) é apresentado na Tabela 9. Tabela 8. Números médios, máximos e mínimos de dias trabalhados por mês pela frota arrasteira de cada uma das localidades monitoradas. Tabela 9. Número e percentual das embarcações em atividade, nos anos de 24 e 25, na pesca de arrasto de camarões nas comunidades (localidades) do entorno da Baía de Tijucas. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

49 5-48 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas A frota de arrasteiros da comunidade de Zimbros/Morrinhos apresentou-se como a maior, em número de embarcações, representando 23,29%; enquanto que a comunidade de Calheiros apresentou a menor frota (3,65%) (Tabela 9). Para melhor compreender as informações mencionadas nas Tabelas 8 e 9, é importante conhecer o tamanho de cada comunidade e a influência da atividade da pesca do arrasto de camarões nestas. O rendimento e o esforço diário da frota dirigida à captura do camarão sete-barbas foi avaliado através dos dados de desembarques monitorados das capturas diárias, a taxa de captura diária por embarcação em kg médio/dia/barco e número de embarcações trabalhando por dia, por trimestre (Figuras 14, 15, 16 e 17) e por bimestre (Figura 18). Captura média diária de 7 barbas jun/jul/ago 24 Kg médio dias nº embarcações Kg médio jun/jul/ago nº emb. jun/jul/ago Figura 14. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de junho, julho e agosto de 24. Através da Figura 14, que mostra um elevado número de embarcações em atividade no dia 1 de junho de 24, em virtude da reabertura legal da pesca do arrasto devido ao término do período de defeso, demonstra que neste dia havia 16 embarcações em atividade, _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

50 5-49 cuja taxa média de rendimento de captura/dia/barco foi superior aos 1 kg. Nos dias subseqüentes houve uma gradativa diminuição do número de embarcações em atividade proporcionalmente a diminuição das taxas médias de rendimento de captura/dia/barco, ambas variáveis, apresentaram oscilações ao longo deste respectivo mês, sendo que no dia 31 de junho havia aproximadamente 25 embarcações cuja taxa média de rendimento diário por barco ficou próxima dos 25 kg. Nos meses subseqüentes, julho e agosto houve flutuações no número de embarcações dia, não excedendo o número máximo de 4 barcos, porém as taxas médias de captura diária por barco obtiveram valores máximos próximos ou inferiores aos 3 kg. Captura média diária de 7 barbas set/out/nov 24 Kg médio dias nº embarcações kg médio set/out/nov nº embarcação set/out/nov Figura 15. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de setembro, outubro e novembro de 24. Nos meses de setembro, outubro e novembro como mostram a Figura 15, se mantiveram as baixas taxas médias de captura diária por barco, as baixas taxas podem ter sido a conseqüência para o baixo número de barcos em atividade diária nesta modalidade de pesca, como _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

51 5-5 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas constatado no mês de novembro; o número máximo de barcos trabalhando por dia neste respectivo trimestre, não ultrapassou 3 embarcações. Captura média diária de 7 barbas dez/jan/fev 24/25 Kg médio Nº embarcações dias kg médio dez/jan/fev nº embarcação dez/jan/fev Figura 16. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de dezembro de 24, janeiro e fevereiro de 25. O mesmo panorama observado na Figura 15 se manteve para o mês de dezembro (Figura 16). Porém, analisando a Figura 16, observa-se a partir de janeiro, um gradual aumento no número de embarcações trabalhando por dia, embora as taxas de rendimento médio diário se mantiveram flutuantes, vindo apenas a apresentar uma maior estabilidade a partir do mês de fevereiro. Por algum motivo, não identificado, embora as taxas médias de rendimento diário por barco para o mês de fevereiro sejam representativas, observa-se uma oscilação, embora com tendência ascendente no número de barcos em atividade por dia. Nota-se que no último dia de pesca antes do período de defeso (29 de fevereiro), o rendimento se equipara ao observado no dia 1 de junho de 24, apresentado na Figura 14. As taxas de captura média diária para o camarão sete-barbas continuaram sendo monitoradas para uma pequena parcela de _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

52 5-51 embarcações que participaram através do fornecimento de informações pesqueiras do período do defeso dos camarões (Figura 17). Captura média diária de 7 barbas mar/abr/mai 25 Kg médio dias nº de embarcações Kg médio mar/abr/mai nº embarcação mar/abr/mai Figura 17. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de março, abril e maio de 25. Ao observar a Figura 17, fica claro que os maiores rendimentos ocorreram nestes respectivos meses, entre março a maio, porem embora as taxas médias de capturas diária fiquem próximas dos 14 kg/barco em determinados dias, para explicar este elevado rendimento, não se deve considerar fatores como a diminuição do esforço em número de embarcações, pois este fato decorre principalmente do receio dos pescadores em participar do monitoramento neste período em virtude dos órgãos de fiscalização (Ibama e Polícia Ambiental) e não do número real de embarcações em atividade. O baixo número de embarcações em atividade, demonstrado na Figura 17, refere-se ao pequeno número de pescadores que optaram pela continuidade do fornecimento de suas informações quanto às capturas realizadas, como mencionado anteriormente. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

53 5-52 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Kg médio Captura média diária de 7 barbas jun/jul dias nº embarcações Kg médio jun/jul 25 nº embarcação jun/jul 25 Figura 18. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de junho e julho de 25. Em junho de 25 a taxa de captura média/dia/barco, em kg, chegou a exceder no dia 7 do referido mês a taxa de 16 kg (Figura 18). Se compararmos as taxas de captura obtidas para os meses de julho de 24 (Figura 14) e julho de 25 (Figura 18) nota-se que houve um melhor rendimento diário neste último ano. II-5.1. COMPARATIVO ENTRE AS TAXAS DE CAPTURA MÉDIA DIÁRIA POR EMBARCAÇÃO PARA O CAMARÃO SETE-BARBAS, ANTES E APÓS SER DESVINCULADO DO PERÍODO DE DEFESO ENTRE OS MESES DE MARÇO A MAIO Para efeito comparativo entre a taxa de captura média/dia/barco, do camarão sete-barbas nos meses de março, abril e maio de 25 (época em que esta espécie compunha a lista de espécies submetidas ao período de defeso) com o mesmo período do ano de 26 (no qual esta espécie já havia sido desvinculada do período citado) foram realizadas comparações _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

54 5-53 entre as taxas de captura média/dia/barco, em kg, neste período entre os respectivos anos. (Figura 19). Observando a Figura 19, nota-se um significativo aumento no número de embarcações em atividade de 25 para 26; este fato ocorreu principalmente devido a legalidade da pesca neste último ano (desvinculação do camarão sete-barbas do período de defeso), e não de que em 25 não havia embarcações em atividade, como mencionado anteriormente. Captura média diária de 7 barbas mar/abr/mai 25 Kg médio dias nº de embarcações Kg médio mar/abr/mai nº embarcação mar/abr/mai Captura média diária de 7 barbas mar/abr/mai 26 Kg médio dias nº de embarcações Kg médio mar/abr/mai nº embarcação mar/abr/mai Figura 19. Taxa de captura média diária do camarão sete-barbas por embarcação e respectivos números totais de barcos em atividade por dia, referentes aos meses de março, abril e maio de 25 e 26. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

55 5-54 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Outro fato identificado através da análise comparativa, foi de que as taxas médias de captura diária por embarcação não apresentaram valores médios tão elevados, como os observados no mesmo período em 25; certamente a queda desta taxa, de 25 para 26, foi decorrente do maior número de desembarques controlados. Deve-se considerar com cautela os valores apresentados para o mês de maio de 26, uma vez que o monitoramento dos desembarques controlados neste mês foi realizado apenas com os pescadores do município de Tijucas. III. DISCUSSÃO III-1. ESPÉCIE-ALVO: CAMARÃO SETE-BARBAS (X. kroyeri) De acordo com a literatura disponível, em geral a população de camarão sete-barbas mantém o equilíbrio na população entre sexos de 1:1 (BRANCO, 25; COELHO & SANTOS, 1993; SEVERINO-RODRIGUES et al., 1993). Porém, para NATIVIDADE (26), as freqüências de machos e fêmeas não se mantiveram nesta proporção em cerca de metade do período de estudos realizados no litoral do PR. De acordo com SENORET (1974) apud NAKAGAKI & NEGREIROS-FRANZOSO (1998), as proporções sexuais do camarão sete-barbas não se mantêm homogêneas ao longo do ano. BRANCO (25) atribui isso à distribuição segregada dos sexos em alguns meses do ano; enquanto WENNER (1972) apud NAKAGAKI & NEGREIROS-FRANZOSO (1998) relaciona essas desproporções possivelmente a mortalidade por sexo, migrações, utilização diferenciada de habitats, recursos alimentares e períodos reprodutivos. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

56 5-55 Para a Baía de Tijucas, os resultados demonstraram predominância das fêmeas, corroborando com os resultados obtidos por TREMEL (1969) e PIETZSCH & NETO (1974/75) para a mesma área de estudo. De acordo com BOSCHI (1969) apud BRANCO et al., (1999), as fêmeas da família Penaeidae atingem sempre comprimentos totais superiores aos machos. Os comprimentos totais do camarão sete-barbas descritos em trabalhos realizados em áreas mais próximas do presente estudo variam entre 4 e 16 mm para fêmeas e 3 a 13 mm para machos, conforme apresentado na tabela 1. Tabela 1. Amplitude de comprimentos totais do camarão sete-barbas, em mm, para ambos os sexos, de acordo com bibliografias. Local Autor Fêmeas Machos < > < > Baía de Tijucas, SC TREMEL (1969) Itajaí, SC BRANCO et al., (1999) Penha, SC BRANCO (1999) Litoral do PR NATIVIDADE (26) Para o Projeto Pesca Responsável na baía de Tijucas, os comprimentos totais, máximos e mínimos de fêmeas e machos oscilaram entre 3 a 14 mm e 4 a 12 mm respectivamente, correspondendo com os trabalhos descritos na literatura. Ainda sobre trabalhos realizados na mesma área, PIETZSCH & NETO (1974/75) realizaram coletas nos meses de março e julho e obtiveram valores ainda menores para o tamanho mínimo de comprimento total da espécie (25 mm), porém não há indicações no texto a qual sexo se refere este valor. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

57 5-56 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Segundo BRANCO et al., (1999), a relação peso/comprimento é utilizada para facilitar a estimativa do peso de um exemplar, através do conhecimento do seu comprimento, sendo muito utilizada em estudos de dinâmica populacional. Os camarões Peneídeos apresentam em geral uma tendência de comprimento alométrico diferenciado entre os sexos (BRANCO, 25). De acordo com BENEDITO-CECÍLIO & AGOSTINHO (1997), o crescimento isométrico significa que o incremento em peso acompanha o crescimento em comprimento. No alométrico positivo, há um incremento em peso maior que em comprimento, enquanto que no alométrico negativo, há um incremento em peso menor que em comprimento. Estudos de BRANCO (1999) na região de Penha, SC, revelaram que os machos de camarão sete-barbas apresentam padrão isométrico e as fêmeas apresentam crescimento alométrico negativo. Entretanto para a Baía de Tijucas, a relação peso/comprimento apresentou um padrão de crescimento do tipo alométrico negativo para ambos os sexos. Estudos de BRANCO et al., (1994) demonstram que as curvas de crescimento em peso do camarão sete-barbas, sugerem que os machos crescem mais rapidamente que as fêmeas, alcançando em média, menos peso para a mesma classe de comprimento. Sobre as flutuações da estrutura da população, a distribuição depende de vários fatores ambientais, como a disponibilidade de alimento, o tipo de sedimento, a salinidade, a profundidade e a temperatura (BOSCHI, 1963 apud NATIVIDADE, 26); e comportamentos de migrações podem influenciar na sua distribuição espaço-temporal (DALL et al., 199 apud NATIVIDADE, 26). _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

58 5-57 De acordo com VIEIRA (1947) & IWAI (1973), informações sobre o ciclo de vida do camarão sete-barbas indicam que não existem migrações de recrutamento ao estoque adulto, possibilitando ocorrência de juvenis e adultos na mesma área de coleta. Este padrão foi encontrado por BRANCO et al., (1999) e BRANCO (25). Porém, estudos de NATIVIDADE (26), no litoral do PR revelam uma população estratificada verticalmente, onde regiões mais rasas e próximas à desembocadura de estuários podem ser os hábitats preferenciais de crescimento do camarão sete-barbas, e as áreas mais profundas, com maior transparência da água e salinidades, podem ser locais preferidos para a maturação sexual e desova. Tal fato pode ser assumido para a Baía de Tijucas, levando-se em consideração o conhecimento empírico dos pescadores envolvidos no Projeto Pesca Responsável, onde os mesmos relatam que exemplares juvenis de setebarbas são mais comumente encontrados na área conhecida como Baixio, de baixa profundidade e grande turbidez, influenciada diretamente pela desembocadura do rio Tijucas. Enquanto exemplares de maior tamanho, são mais freqüentemente encontrados em áreas mais externas e profundas, como no pesqueiro Macuco e Mar de Fora. Sobre o período de desova do camarão sete-barbas, estudos de BRANCO (25) descrevem um período reprodutivo longo, com a existência de dois picos de desova: o primeiro e mais intenso durante a primavera (outubro a dezembro) e o segundo, menos acentuado, no outono (abril-maio). NATIVIDADE (26) encontrou pra o litoral do PR o mesmo padrão reprodutivo de dois picos. GRAÇA-LOPES (1996) também descreve dois picos de desova para o litoral de SP, embora invertidos, onde o pico mais acentuado ocorre durante o outono (maio) e o segundo, _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

59 5-58 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas na primavera (outubro). De acordo com COELHO & SANTOS (1993), para a região nordeste do Brasil, a principal época de reprodução do setebarbas provavelmente ocorra entre os meses de dezembro e abril. Porém, é consenso entre pesquisadores que a espécie apresenta reprodução mais intensa para a região sul, entre os meses de primavera (TREMEL, 1969; BRANCO, 25; NATIVIDADE, 26), corroborando com os resultados obtidos para o presente estudo. Para GARCIA (1988), os diferentes períodos reprodutivos encontrados na bibliografia provavelmente sejam decorrentes da variação da temperatura da água, a qual exerce papel relevante no ciclo de vida dos peneídeos, ocasionando crescimento sazonal nas áreas onde as diferenças são pronunciadas. TREMEL (1969) observou que nos meses de abril a julho, os camarões são menores, necessitando de um maior número de exemplares para completar um kg. No presente estudo, a análise mensal de número de camarões sete-barbas contidos em um kg demonstraram que as maiores taxas de captura de juvenis ocorreram nos meses de janeiro/5 e janeiro/6, sugerindo que o recrutamento pesqueiro se dê neste mês. Segundo SANTOS & COELHO (1998), informações sobre o recrutamento pesqueiro ajudam a identificar o período em que indivíduos jovens passam a ser mais vulneráveis aos aparelhos de pesca. Esses mesmo autores, identificaram para Pernambuco, dois picos de recrutamento pesqueiro para o camarão sete-barbas, sendo o principal nos meses de junho e agosto e o secundário entre janeiro e fevereiro. Para a foz do rio São Franscisco (AL/SE) o pico principal foi identificado como março e abril, e o secundário am agosto e setembro. Enquanto que SANTOS et al., (21) apresentou para o litoral de Sergipe o período entre fevereiro e maio e em setembro _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

60 5-59 para os machos e de março a junho e em setembro para as fêmeas de sete-barbas. Segundo SANTOS (1997) apud SANTOS et al., (21), medidas de defeso em períodos de pico de recrutamento tem sido empregado com sucesso no gerenciamento da pesca de peneídeos, quer seja na recuperação dos estoques, ou nos ganhos econômicos obtidos pelo incremento em peso de captura. Porém, deve-se levar em conta ainda, o recrutamento biológico, determinado em função do potencial reprodutivo da espécie em questão. Para o presente estudo, o recrutamento biológico foi evidenciado no mês de novembro. Os maiores índices de IGS foram registrados em outubro e novembro, reforçando o que foi determinado na IN nº 91 de 6 de fevereiro de 26, que estabelece a proibição da pesca do camarão sete-barbas de 1º de outubro a 31 de dezembro. Estudos de SANTOS et al., (21) determinaram o período de recrutamento biológico para o camarão sete-barbas entre abril e junho e em setembro. Ressalta-se ainda que diversos estudos demonstram que as maiores taxas de captura do camarão sete-barbas ocorrem nos meses de fevereiro a maio de cada ano (TREMEL, 1969; EPAGRI/IBAMA, 1995; BRANCO et al., 1999; BRANCO, 25 e NATIVIDADE, 26). Tal fato, associado com a fundamentação biológica apresentada (principal período reprodutivo durante os meses de primavera) e a não ocorrência do camarão setebarbas juntamente com o camarão rosa (BRANCO & FRACASSO, 24), respaldam a alteração da antiga portaria (IN nº 74 de 13 de fevereiro de 21) que proibia a pesca do camarão sete-barbas durante os meses de março, abril e maio. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

61 5-6 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Em relação ao tamanho de 1º maturação (Lc5%), para o presente estudo não foi determinado, porém, ressalta-se que esta informação é de extrema importância, pois fornece a informação básica para determinar o tamanho mínimo de captura do camarão sete-barbas e assim, dimensionar o tamanho de malha das redes utilizadas na sua captura, além de permitir saber em que estrato populacional a pesca de arrasto vem atuando. O tamanho de primeira maturação encontrado na bibliografia para o camarão sete-barbas está apresentado na tabela 11. Tabela 11. Tamanho de primeira maturação em cm, do camarão sete-barbas, para ambos os sexos, de acordo com a literatura. Local Autor Fêmeas Machos BRANCO et al., Itajaí, SC (1999) Penha, SC BRANCO (1999) comprimento total: 9, comprimento carapaça: 1,71 comprimento total: 7,9 comprimento carapaça: 1,6 comprimento total: 7,4 comprimento carapaça: 1,39 comprimento total: 7,3 comprimento carapaça: 1,42 Os valores apresentados por BRANCO (1999) no quadro II foram alcançados com idade em torno dos 6 meses, e a partir do comprimento total de 12, cm, todos os camarões sete-barbas já eram considerados adultos. Para BRANCO et al., (1999), os valores foram atingidos com idade em torno dos 6 a os 8 meses, sendo que a partir do comprimento total de 11, cm, os camarões já eram considerados adultos. Na literatura, alguns trabalhos apresentam ainda a expectativa de vida para o camarão sete-barbas, onde BRANCO et al., (1999), descreve que o comprimento máximo pode ser atingido com cerca de 12 meses de idade. DALL et al., (199) descreve que o ciclo de vida dos peneídeos tem dois estágios, onde o larval leva de 2 a 3 semanas, e o adulto, de 8 a 2 meses ( 1 ano e 9 meses), enquanto IWAI (1973) defende que os _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

62 5-61 camarões do gênero Peneus apresentam um ciclo de vida variando de 16 a 5 meses ( 1 ano e 4 meses a 4 anos e 2 meses). III-2. FAUNA ACOMPANHANTE A fauna capturada na pesca do camarão sete-barbas é caracterizada por uma grande multiplicidade faunística, sendo composta por crustáceos, peixes, moluscos, equinodermos e cnidários (RODRIGUES et al., 1985; BRANCO, 1999). Geralmente a participação dessa fauna nos arrastos é elevada, superando a quantitade de camarões em condições de comercialização (COELHO et al., 1986). Essa fauna capturada além de diminuir a seletividade da rede, ocupando espaço, acaba sendo devolvida morta ao mar, por tratar-se de espécies sem valor de mercado ou por ser composta por exemplares de pequeno tamanho de algumas espécies de interesse econômico (BRANCO, 1999). Em relação aos grupos integrantes da fauna acompanhante, BRANCO & VERANI (26b) ressalta que os peixes são os mais abundantes e de maior interesse econômico. Alguns autores (COELHO et al., 1986; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93) defendem que a pesca de arrasto é predatória e realizada freqüentemente em áreas consideradas criadouros de diversas espécies de peixes juvenis. RODRIGUES et al., (1985) ainda enfatiza que se desconhece até que ponto a grande mortalidade dessa fauna afetará o equilíbrio ecológico das áreas de pesca. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

63 5-62 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Para o presente estudo, a fauna acompanhante da pesca de arrasto direcionada ao camarão sete-barbas foi representada por 67 espécies, sendo 44 pertencentes ao grupo dos peixes (Ictiofauna), 16 ao grupo dos crustáceos (Carcinofauna), 3 ao grupo dos moluscos (Malacofauna), duas para os Cnidários (Cnidofauna) e mais duas para os equinodermos (Equinofauna). Estudos de BRANCO & VERANI (26), na região de Penha/SC, durante os anos de 1996 a 22 demonstram uma oscilação no número total de espécies capturadas (Tabela 12) e da proporção do camarão setebarbas e sua fauna acompanhante, em kg (Tabela 13). Tabela 12. Comparação entre o número de espécies da fauna acompanhante do camarão sete-barbas registrado por BRANCO & VERANI (26) e para a Baía de Tijucas, durante o projeto Pesca Responsável na baía de Tijucas. GRUPOS Tijucas Cnidofauna Malacofauna Carcinofauna Equinofauna Ictiofauna TOTAL Comparando os dados obtidos pelo projeto Pesca Responsável na Baía de Tijucas e para a região de Penha/SC (BRANCO & VERANI, 26), verifica-se que o número total de espécies se equipara somente ao período de Analisando cada grupo de espécies separadamente, no geral, a diversidade de espécies é sempre menor para a baía de Tijucas, exceto para o grupo dos peixes, que superaram com 44 espécies, sendo que o maior valor alcançado para a Penha foi no período de -1, com 43 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

64 5-63 espécies. De acordo com RUFFINO & CASTELLO (1992/93), a composição dos grupos taxonômicos que integram a fauna acompanhante pode variar em função da área de pesca, profundidade e época do ano. Tabela 13. Comparação entre a proporção dos diferentes grupos presentes na pesca camarão sete-barbas registrado por BRANCO & VERANI (26) e para a Baía de Tijucas, durante o projeto Pesca Responsável na baía de Tijucas. Proporção em kg. GRUPOS Tijucas Sete-barbas:Cnidofauna 1/3,218 1/7,615 1/,899 1/2,294 1/5,14 1/1,47 1/,1 Sete-barbas:Malacofauna 1/,227 1/,144 1/,45 1/,491 1/,767 1/,14 1/,2 Sete-barbas:Carcinofauna 1/1,222 1/7,16 1/2,39 1/1,86 1/2,486 1/,7 1/,29 Sete-barbas:Equinofauna 1/,8 1/,5 1/,221 1/,229 1/,84 1/,3 1/,1 Sete-barbas:Ictiofauna Sete-barbas:Mat. orgânica Sete-barbas:Mat. inorgânica 1/3,918 1/2,76 1/,398 1/8,191 1/3,297 1/,428 1/3,736 1/,651 1/,72 1/4,874 1/,179 1/,413 1/6,855 1/,511 1/,512 1/1,25 1/,27 1/,179 1/, TOTAL 1/8,671 1/19,436 1/9,25 1/9,751 1/8,497 1/3,572 1/,88 Em relação à proporção de camarão sete-barbas e sua fauna acompanhante, no geral, a proporção é sempre consideravelmente menor para a baía de Tijucas, exceto para Sete-barbas/Equinofauna (1/,1 kg) que superou os valores alcançado para a Penha, embora sutilmente, somente no período de (1/,5). Sendo assim, essa diferença no número de espécies capturadas e na proporção em kg entre os grupos e a espécie alvo, para a baía de Tijucas, pode ser atribuída a dois possíveis fatores: às áreas de amostragens, onde para a Penha eram áreas pré-determinadas e monitoradas a 6 anos initerruptavelmente; enquanto que para a baía de Tijucas, as áreas eram típicas de pesca (pesqueiros), escolhidas aleatoriamente, onde quem determinava era o pescador-colaborador do dia da amostragem, o qual optava pela área de maior captura provável, segundo seu conhecimento _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

65 5-64 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas empírico. Portanto, as amostragens, uma vez que foram efetuadas em áreas típicas de pesca, possivelmente atuaram em locais de maior concentração de camarões sete-barbas, os quais quando em abundância, ocorrem mais limpos, ou seja, sem ou com pouca captura de fauna acompanhante, fato este, que pode justificar a diferença encontrada entre a baía de Tijucas e a Penha/SC. Outra hipótese razoável, seria que a atividade pesqueira na baía de Tijucas pode estar afetando a diversidade faunística local e respectiva biomassa, uma vez que há muitas embarcações atuando na baía constantemente. Em relação ao grupo dos crustáceos, com 16 espécies, registraramse 1 espécies de camarões, onde destas, apenas 5 apresentaram valor comercial: camarão rosa (duas espécies), camarão branco/legítimo, camarão barba-ruça/ferrinho e camarão vermelho/santana. Sobre o camarão rosa, embora tenham sido capturados na área de pesca do camarão sete-barbas, a captura foi insignificante durante todo o período (N=38). RODRIGUES et al., (1985) encontrou o mesmo padrão em estudos de levantamento das espécies de camarões presentes na captura do camarão sete-barbas no litoral de São Paulo. Este autor atribui ao fato do camarão rosa possuir hábitos noturnos, enquanto o camarão setebarbas seja de hábitos diurnos. Porém, deve-se considerar ainda que além do período de captura ser diferente, a pesca do camarão rosa é efetuada com petrechos (redes e embarcações) diferenciados dos utilizados na pesca do sete-barbas, além da profundidade dos pesqueiros serem distintas. Tal fato reforça os critérios utilizados na desvinculação do defeso do camarão sete-barbas, pela IN nº 91 de 6 de fevereiro de 26. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

66 5-65 Para o camarão branco, embora tenha sido considerada a única espécie de ocorrência regular no período de coleta, a mesma contribuiu com poucos indivíduos (N=37). Vale ressaltar que esta espécie possui um dos maiores valores econômicos por kg capturado, geralmente não sofrendo nenhum tipo de beneficiamento (descascamento). O camarão barba-ruça/ferrinho foi a terceira espécie mais abundante, sendo superada apenas pela espécie-alvo e pelo camarão vermelho. Esta espécie foi capturada apenas nos meses de primavera (novembro/4, outubro, novembro e dezembro), onde em todos os meses, exceto nov/5 superou a quantidade da espécie-alvo. Segundo os pescadores envolvidos no presente projeto, esta espécie ocorre misturada ao camarão sete-barbas, e possui valor comercial semelhante ao mesmo. De acordo com RODRIGUES et al., (1985), as causas dessa supremacia temporária do camarão barba-ruça/ferrinho são desconhecidas, entretanto, em estudos realizados no litoral de SP, foi evidenciado uma predominância deste camarão nos meses de fevereiro e abril, não influenciando no aumento da produção total por unidade de esforço, sugerindo que tenha ocorrido um deslocamento do camarão sete-barbas da área de pesca em questão. Para a baía de Tijucas, nos meses de ocorrência do camarão barba-ruça/ferrinho, esta predominância também foi evidenciada, sendo que no mês de dezembro/5 nenhum exemplar de camarão sete-barbas foi capturado. Em relação ao camarão vermelho/santana, o qual foi a espécie mais abundante em número de exemplares, o mesmo padrão encontrado para o barba-ruça/ferrinho foi evidenciado, onde registrou-se a ocorrência em novembro/4, setembro, outubro e dezembro, com predomínio sobre o _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

67 5-66 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas sete-barbas em praticamente todos os meses, sendo as maiores capturas registradas em dezembro/5, onde nenhum exemplar de sete-barbas foi registrado. Ainda em relação aos crustáceos, os resultados demonstraram a ocorrência de 4 espécie de caranguejos e duas de siris-azuis, todos sem valor de mercado no âmbito geral. Destas espécies, os siris ocorreram regularmente, e embora a sua carne não seja comercializada, mulheres e crianças da comunidade de Santa Luzia/Porto Belo capturam esta espécie através da modalidade de puçá para venda da carapaça à restaurantes locais, os quais utilizam esta estrutura nos adornos de seus petiscos conhecidos como casquinha de siri. Essas carapaças são tratadas artesanalmente, dissecadas, lavadas e secas ao sol, e posteriormente vendidas por cerca de R$ 1, a dúzia (informação obtida em comunicação pessoal com a comunidade). Assim, o descarte de siris-azuis observado na pesca de arrasto poderia ser minimizado, através da reversão do destino, uma vez que a espécie é tida como fonte de renda para uma das comunidades de entorno da baía de Tijucas. Sobre as espécies capturadas no grupo dos Cnidários (água viva e anêmonas), Moluscos (conchas e lulas) e Equinodermos (estrelas-do-mar), nenhuma espécie apresentou valor comercial; entretanto, sabe-se que as lulas capturadas, são às vezes selecionadas para servir de isca natural na captura de peixes utilizando-se do petrecho linha e anzol, porém, esta utilização é feita geralmente pelo próprio pescador de arrasto, ou por algum familiar ou colega, não havendo mercado instituído para esse item, exceto no caso dos pescadores que possuem estabelecimento/comércio de pescados, onde durante a época de veraneio, são procurados por turistas _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

68 5-67 que praticam a pesca esportiva ou de lazer nas ilhas próximas, e adquirem as lulas como iscas para a linha e anzol. Para o grupo dos peixes, foram registradas 44 espécies. Para BRANCO (1999), o número de espécies da ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas oscila entre as regiões, com tendência a um incremento do Sul para o Sudeste do Brasil. A tabela 14 apresenta uma comparação entre o número de espécies obtidas em diferentes regiões, de acordo com a literatura. Tabela 14. Comparação entre os números de espécies de ictiofauna acompanhante na pesca de arrasto de camarão em diferentes áreas. Local Autor Nº de espécies Barra do Rio Grande/RS RUFFINO & CASTELLO (1992/93) 47 Barra do estuário da Lagoa dos Patos/RS PEREIRA (1994) 55 Baía de Tijucas/SC PIETZSCH & NETO (1974/75) 21 Penha/SC BRANCO (1999) 41 Penha/SC BAIL & BRANCO (23) 37 Baía de Guaratuba/PR CHAVES & CÔRREA (1998) 6 Baía de Santos/SP PAIVA-FILHO & SCHMIEGELOW (1986) Baía de Santos/SP GIANNINI & PAIVA-FILHO (199) 92 Baía de Santos e Praia de Perequê/SP RODRIGUES & MEIRA (1988) 33 Litoral de São Paulo COELHO et al., (1986) 77 Litoral de São Paulo GRAÇA-LOPES (1996) 62 Litoral do Rio de Janeiro ARAÚJO et al., (1998) 97 Balneário de Itaoca, Itapemirim/ES PINHEIRO et al., (25) 57 Foz do Rio São Francisco (Alagoas/Sergipe) 55 TISCHER & SANTOS (21) 18 Pontal do Peba/AL SANTOS et al., (1998) 61 Tamandaré/ PE SANTOS et al., (1998) 6 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

69 5-68 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Quatro famílias representaram 85,5% do total de exemplares, onde a família Sciaenidae dominou tanto em número de exemplares, quanto em biomassa. A dominância desta família é relatada para diversas regiões costeiras do sudeste/sul do Brasil (COELHO et al.,1986; PAIVA-FILHO & SCHMIEGELOW,1986; GIANNINI & PAIVA-FILHO, 199; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93; SANTOS et al., 1998; BRANCO, 1999; KRUL, 1999; HOSTIM-SILVA et al., 22; BAIL & BRANCO, 23; BRANCO & VERANI, 26b). COELHO et al., (1986) sugere que tal fato decorre provavelmente de que as espécies da família Sciaenidae são mais comumente encontradas no estrato demersal do ambiente costeiro. MENEZES & FIGUEIREDO (198) citam que espécies dessa família são típicas em águas rasas com fundos de areia ou lama, coincidindo com o tipo de substrato da área de pesca, onde atuam a frota do camarão sete-barbas na baía de Tijucas. Cinco espécies dominaram as amostragens realizadas pelo projeto Pesca Responsável na Baía de Tijucas, sendo 4 pertencentes à família Sciaenidae: maria luiza, duas espécies de cangoás e a pescadinha/tortinha, e outra à família Clupeidae (sardinha mole). A análise da distribuição de freqüência por classe de comprimento efetuada para os dados obtidos no Projeto Pesca Responsável, e a sobreposição dos tamanhos de primeira maturação descritos na literatura para as espécies em questão, observa-se que a pesca de arrasto direcionada ao camarão sete-barbas na baía de Tijucas incide mais sobre o estoque juvenil das espécies de peixes predominantes. Para os cangoás Stellifer rastrifer, COELHO et al., (1985) estabeleceu o tamanho de 1º maturação em 9,5 cm pra fêmeas e 9,7 cm para os machos. Para S. stellifer, ALMEIDA (22) descreve o tamanho médio em torno de 7,5 cm para fêmeas e 8,1 cm _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

70 5-69 para machos. Já para a maria luiza (Paralonchurus brasiliensis), TINOCO (22) obteve 14,8 cm para as fêmeas e 15, cm para os machos. Enquanto que para a pescadinha/tortinha (Isophistus parvipinnis), COELHO et al., (1988) estabeleceu o comprimento de 1º maturação em 1,7 cm para ambos os sexos. Não foi encontrado na literatura o Lc5% para a sardinha mole (Pellona harroweri). A constatação de uma maior incidência da pesca de arrasto com portas direcionada a captura de camarões sobre peixes juvenis já era esperada, devido ao tamanho de malha utilizada nas redes empregadas. As profundidades das áreas de pesca também podem acarretar em maiores capturas de indivíduos pequenos, pois diversas espécies de peixes juvenis utilizam áreas mais rasas como criadouros (COELHO et al., 1986; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93). Numa análise geral das espécies capturadas, detecta-se que aproximadamente 2 espécies ocorreram ocasionalmente, corroborando com vários autores que apresentam que apenas uma parcela de espécies domina em número e biomassa, sendo a ictiofauna constituída na sua maioria por espécies ocasionais (COELHO et al.,1986; PAIVA-FILHO & SCHMIEGELOW,1986; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93; ARAÚJO et al., 1998; BRANCO, 1999; HOSTIM-SILVA et al., 22; BAIL & BRANCO, 23). Ressalta-se que das espécies capturadas na baía de Tijucas, apenas os bagres (N=261), a enchova (N=1), a pescada foguete (N=152), o papa-terra (N=1), a corvina (N=159) e a cavala (N=1) possuem algum valor comercial. Destas, a captura mais expressiva se deu sob os bagres, sendo que estes são alvo de capturas e comércio apenas para a _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

71 5-7 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas comunidade de Tijucas e Santa Luzia, as quais atuam na modalidade de rede de emalhar mais intensamente, principalmente Tijucas. Outro fato que deve ser considerado é em relação a captura elevada dos Cangoás e Maria Luiza, as quais são agrupadas e consideradas como mistura. Estas espécies em geral não possuem valor comercial, por serem em média de pequeno tamanho são capturadas e descartadas, exceto exemplares de maiores comprimentos, os quais são separados e aproveitados eventualmente para o próprio consumo das famílias de pescadores. Porém, durante a execução do Projeto Pesca Responsável e monitoramento da atividade pesqueira, percebeu-se a pesca de arrasto de parelha praticada por algumas embarcações da comunidade se Zimbros e Canto Grande. Esta prática visa a captura da mistura (cangoás e maria luizas), as quais são adquiridas por peixarias do município de Bombinhas, a R$,5/kg em média. Essas capturas são sazonais (geralmente ocorrendo no período dito como miséria da pesca do sete-barbas, que abrange os meses de agosto a dezembro, de acordo com os pecadores), atingindo capturas de até 1 kg de mistura/dia de arrasto ( 8 horas). Tal atividade é criticada pelas outras comunidades de entorno da baía, as quais julgam ser uma atividade depredatória das comunidades de peixes e camarões presentes na baía, e responsável pela queda na produção pesqueira local nos últimos anos. Segundo pescadores da comunidade de Santa Luzia, a população de cangoás vem diminuindo progressivamente ao longo dos anos, chegando a interromper uma tradição local, onde se realizava a Festa do Cangoá anualmente. Fato esse, atribuído à atividade de arrasto de parelha, que desde 2 vem sendo praticada na baía. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

72 5-71 III-3. RENDIMENTOS De acordo com as análises, os maiores rendimentos (kg/hora de arrasto) foram registrados para as comunidades de Calheiros e Ganchos de Fora. Tal fato pode ser atribuído aos pesqueiros que estas comunidades geralmente optam por trabalhar, os quais são mais externos à baía, com maiores abundâncias de camarões sete-barbas. Pesqueiros como a Ilha Grande, Costeira dos Ganchos e Ponta do Bota era freqüentemente procurados por estas comunidades. A comunidade de Canto dos Ganchos foi a que apresentou menores rendimentos, tal fato pode ser atribuído às áreas de pesca utilizadas por pescadores desta localidade, os quais concentram suas atividades em áreas de baixa produtividade camaroeira dentro da baía de Tijucas, em especial na área denominada baixio, a qual é geograficamente mais próxima de Canto dos Ganchos. De acordo com informações levantadas, nesta área ocorrem camarões de pequeno tamanho, o que pode estar influenciando no baixo rendimento detectado para esta comunidade. Ressalta-se que a área do baixio está fechada para a prática de arrasto de acordo com o plano de manejo da RBMA. Em relação as demais comunidades (Ganchos do Meio, Tijucas, Santa Luzia e Zimbros), estas mantiveram rendimentos similares, provavelmente devido as áreas de pesca em que trabalhavam, atuando em pesqueiros como o Mar de Fora, Macuco e baía de Tijucas. É sabido também que a comunidade de Ganchos do Meio optava muitas vezes pelo pesqueiro da Ponta do Bota. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

73 5-72 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Em relação aos rendimentos médios obtidos pelos pesqueiros analisados, o Mar de Fora foi o que indicou maiores índices de rendimento, seguido da Ponta do Bota, Macuco e Costeira dos Ganchos. Isso pode ser atribuído ao fato de que áreas mais externas e profundas são locais de ocorrência mais elevada de exemplares de maior tamanho, corroborando com estudos de GRAÇA-LOPES (1996) e NATIVIDADE (26). Enquanto em áreas de baixa profundidade e grande turbidez são capturados geralmente indivíduos jovens de sete-barbas, os quais não contribuem muito em biomassa, esse fato pode ser constatado para a baía de Tijucas, onde os menores rendimentos foram obtidos nas áreas do baixio, baía de Tijucas e baía de Zimbros. Os rendimentos em kg/hora de arrasto sazonalmente apresentaram o mesmo padrão descrito por diversos autores (TREMEL, 1969; EPAGRI/IBAMA, 1995; BRANCO et al., 1999; BRANCO, 25;NATIVIDADE, 26), os quais relatam que as maiores taxas de captura ocorrem nos meses de fevereiro a maio, inclusive trabalhos efetuados na mesma área de estudo por TREMEL (1969), ou seja, há mais de 3 décadas, as maiores capturas de sete-barbas são registradas para a mesma época dos anos. A sazonalidade do camarão sete-barbas é marcante, com picos de captura nos meses de março, abril e maio, seguida de queda gradativa, onde as menores taxas ocorreram nos meses de inverno e primavera (julho a dezembro), período este chamado pelos pescadores de miséria, onde os rendimentos não ultrapassaram 4 kg/hora de arrasto, e em muitas vezes, o gasto de óleo despendido para alcançar esses valores ultrapassaria o lucro, não compensando o esforço despendido para um dia de pesca com tais rendimentos, principalmente para embarcações com características de potência de motor mais elevada. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

74 Ressalta-se que a taxa de rendimento médio diário de camarão sete-barbas /barco foi obtida diariamente para todo o período de coleta de dados do presente projeto, e é melhor discutida no Parecer técnico sobre os resultados obtidos com a coleta de dados de captura e esforço na pesca de arrasto de camarão, realizada pelo Oc. Ricardo M. da S. Hoinkis. Informações sobre o conhecimento tradicional dos pescadores que estiveram envolvidos no projeto Pesca Responsável, coletadas durante as oficinas de DRP desenvolvidas na meta 9, revelam o mesmo padrão de sazonalidade para a espécie em questão, e estão disponibilizados no relatório da referida meta. Até janeiro de 26, os pescadores de diversas regiões reivindicavam a mudança do período de defeso, onde pela IN nº 74 de 13 de fevereiro de 21, proibia a pesca do camarão sete-barbas no período de 1º de março a 31 de maio, o qual coincidia justamente com a época de maiores taxas de capturas desta espécie. Entretanto, este ano, após inúmeras manifestações sociais, abaixo-assinados encaminhados, reuniões e pareceres técnicos, a IN nº 74 foi revogada, e o período de defeso foi instituído para os meses de outubro, novembro e dezembro, conforme IN nº 91 de 6 de fevereiro de 26. Analisando os rendimentos obtidos por embarcações e seus respectivos desembarques, observou-se que há um acréscimo no rendimento à medida que ocorre uma maior contribuição dos dados de desembarque. Porém, nas que mais participaram, os valores de rendimento decaíram. Quanto às características da frota, as embarcações maiores e mais potentes apresentaram rendimentos ligeiramente superiores, entretanto, 5-73 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

75 5-74 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas gastos em combustível (óleo diesel) podem não compensar o rendimento obtido pela comercialização da captura. Sobre as condições ambientais, em geral, os rendimentos médios de camarões sete-barbas são mais elevados em dias chuvosos, com condição de mar agitado, sob influência de ventos de sudoeste e lestada; dias com essas condições podem ser menos convidativos para a atividade de pesca, fazendo com que o número de embarcações em atividade seja relativamente menor, aumentando ligeiramente a captura de sete-barbas por barco arrasteiro, uma vez que há menos barcos disputando o mesmo recurso. Outra hipótese é de que essas condições marítimas podem estar removendo o sedimento, tornando os camarões mais susceptíveis a captura. A aplicação do Modelo Linear Generalizado, o qual utilizou-se das seguintes variáveis: locais de desembarque, experiência, pesqueiro, trimestre e comprimento das embarcações (> 8,5 e <8,5), revelou que as viagens de pesca desembarcadas nas comunidades de Calheiros, Ganchos de Fora e Ganchos do Meio foram mais eficientes, indicando possivelmente que pescadores desta comunidade possuem um maior conhecimento em pesca, seja em relação as áreas de maior abundância em camarão setebarbas, seja em relação ao domínio da arte. Ao contrário da comunidade de Tijucas, onde os coeficientes revelaram que as viagens menos eficientes foram desembarcadas nesta comunidade. Levando-se em conta que muitas embarcações tijucanas trabalham restritas aos limites da baía, preferencialmente na área do baixio, tais rendimentos já eram de se esperar, uma vez que estas áreas não são abundantes em biomassa de camarão sete-barbas. Ressalta-se ainda que a pesca nesta comunidade é uma atividade relativamente recente. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

76 5-75 Sobre a abundância do camarão sete-barbas, esta se revelou maior nas áreas mais externas da baía, sendo os pesqueiros: Mar de fora e Macuco, os mais significativos. Áreas mais profundas, com transparência d água e salinidades maiores são mais produtivas em termos de biomassa (NATIVIDADE, 26). A baía de Zimbros apresentou os menores índices de abundância, provavelmente devido ao fato de que os pescadores (principalmente da comunidade de Zimbros/Morrinhos e Canto Grande) respeitam esta área, a qual é considerada pela maioria como local de criação dos camarões, além de estar fechada para a prática de arrasto, conforme determinação do Plano de Manejo da RBMA. O Modelo Linear Generalizado comprovou novamente a sazonalidade da abundância do camarão sete-barbas para a baía de Tijucas, onde o pico de captura ocorre durante o outono, corroborando com inúmeros trabalhos realizados na costa sudeste e sul do Brasil. Considerando as participações dos registros de desembarques/barco, percebe-se que quem desembarcou menos, teve maior eficiência nas suas capturas. Esse resultado primeiramente poderia nos levar a acreditar que houve falhas nas amostragens, entretanto, considerando que o projeto mantinha uma sistemática de coleta de dados diariamente, descarta-se essa hipótese. Porém, analisando as peculiaridades da pesca de arrasto na baía de Tijucas, detectadas ao longo do projeto, evidenciou-se que tal fato pode ser decorrente das embarcações que trabalham nesta modalidade/atividade esporadicamente. Tal fato foi percebido em campo e provavelmente será detectado no diagnóstico sócio-econômico, onde se constatou que uma parcela dos pescadores atua na pesca industrial _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

77 5-76 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas (traineiras), e quando ocorre o período de defeso da sardinha, tais pescadores atuam na pesca artesanal, realizando algumas poucas viagens. Outro caso evidenciado, é que há pescadores que atuam na pesca de arrasto somente durante o período de defeso do camarão, o qual ocorria até 25, nos meses de março, abril e maio, onde foram registradas as maiores taxas de captura da espécie, proporcionando poucas viagens, porém eficientes em termos de biomassa capturada. III-4. ESTIMATIVA DE ESTOQUE De acordo com as análises (Anexo 5.7) ao considerar as drásticas reduções nos desembarques após os picos de produção evidenciados nos meses de junho, pode-se concluir que: a) ou os valores estimados para a eficiência próxima de 1% são mais coerentes, implicando a remoção da maioria da biomassa disponível à pesca em cerca de 3 dias, ou b) o camarão sete-barbas exibe um nível de mobilidade extremo, implicando a imigração de cerca de dois terços da sua biomassa para áreas inacessíveis à frota arrasteira sediada na Baía de Tijucas no mesmo intervalo de tempo. De qualquer modo ainda que se possa considerar como coerentes as estimativas para níveis de eficiência iguais a 4%, vale mencionar que a remoção de quase um quarto da biomassa disponível em prazo igual a um mês confere à frota um elevado poder de pesca. De fato, se essa biomassa permanecesse por 12 meses disponível à pesca com uma taxa mensal de remoção de 25%, ao final de um ano a frota teria removido um total de 96% da biomassa inicial, sem contar com a mortalidade natural. Ou seja, sobraria apenas 4% de biomassa, a qual seria responsável pelo sucesso da _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

78 5-77 manutenção da espécie para o ano seguinte, ou seja, a biomassa pontecialmente desovante dependeria deste valor. Deve-se considerar ainda que esta biomassa desovante está sujeita a processos naturais, como morte natural e predação, indicando que o sucesso reprodutivo e respectiva manutenção do estoque de camarão sete-barbas para o próximo ano seria incerto. Por fim, ressalta-se que há muitas embarcações atuando na pesca de arrasto nesta região, onde os próprios pescadores participantes do Projeto Pesca Responsável relatam que vêem observando um incremento desta frota anualmente; e caso não seja controlado este aumento de esforço de pesca, o camarão sete-barbas pode ser dizimado na baía. IV CONCLUSÕES As análises biológicos-pesqueiras revelaram que o camarão setebarbas apresenta para proporção entre machos e fêmeas, estrutura da população, período reprodutivo e sazonalidade das capturas, os mesmos padrões encontrados em estudos realizados para a espécie em diferentes regiões do sul e sudeste do Brasil. A fauna acompanhante capturada caracterizou-se por 67 espécies de peixes e macroinvertebrados bentônicos. Destas, 44 espécies pertencem ao grupo dos peixes, 16 espécies ao grupo dos crustáceos (sendo 1 espécies de camarões), duas espécies representantes dos cnidários, três do grupo dos moluscos e duas dos equinodermos. Das 67 espécies capturadas, apenas 11 apresentaram algum valor comercial, sendo elas: os camarões rosa (duas espécies), branco/legítimo, _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

79 5-78 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas vermelho/santana, ferrinho/barba-ruça, e os peixes bagres, anchova, pescada foguete, papa terra, corvina e cavala. As viagens de pesca desembarcadas nas comunidades de Calheiros, Ganchos de Fora e Ganchos do Meio foram as mais eficientes, enquanto as desembarcadas em Tijucas revelaram-se as menos eficientes. As áreas de pesca mais abundantes em camarões sete-barbas foram os pesqueiros: Mar de Fora e Macuco, e a menos produtiva a baía de Zimbros. Enquanto que os rendimentos de captura de camarões setebarbas são geralmente mais elevados em dias chuvosos, com condições de mar agitado, sob influência de ventos de sudoeste e lestada e em outubro ocorre o período de maior abundância de camarão sete-barbas. As embarcações que desembarcaram menos, ou seja, efetuaram poucas viagens, obtiveram maior eficiência nas capturas. A frota arrasteira das comunidades de entorno da baía esta atuando no limite do estoque de camarão sete-barbas disponível na baía de Tijucas. A análise dos resultados obtidos com a coleta de dados de captura e esforço revelou que a pesca artesanal de arrasto de camarão nas comunidades do entorno da Baía de Tijucas baseia-se na exploração de um pequeno conjunto de espécies-alvo, onde a captura é quase que exclusivamente dirigida ao camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri. A captura desta espécie, juntamente as capturas dos camarões vermelho Pleoticus muelleri e ferrinho Artemesia longinaris são marcadamente sazonais e de extrema relevância a estas comunidades. As capturas de camarão rosa Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis associadas às capturas de camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri conjuntamente mostraram-se insignificantes. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

80 5-79 Há uma pequena parcela de pescadores destas comunidades, que apresentaram exclusividade na atividade da pesca do arrasto com redes de portas. As melhores taxas médias de rendimento diário da captura do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri ocorreram entre os meses de fevereiro a junho. O melhor rendimento observado no mês de julho de 25 se comparado ao mesmo mês do ano anterior, decorre segundo relatos dos pescadores das comunidades monitoradas, da elevada abundância do recurso se comparada há anos anteriores. Aparentemente as taxas diárias de capturas médias por embarcação não diferiram para o camarão sete-barbas, antes e após ser desvinculado do período de defeso. V - RECOMENDAÇÕES A eficiência da captura da espécie alvo está relacionada com a presença de exemplares da fauna acompanhante, onde, de acordo com GRAÇA-LOPES (1996), ocorre uma competição pela ocupação do espaço da rede, um aumento de peso morto para o barco tracionar e uma diminuição da seletividade do aparelho por obstrução das malhas. Para isso, evitar a mortalidade de peixes jovens é melhorar a eficiência de captura e rentabilidade da atividade. A utilização de dispositivos para redução da fauna acompanhante é uma medida de manejo perfeitamente aplicável. De acordo com VIANNA (21), para uma administração pesqueira ser eficiente, ela deve passar _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

81 5-8 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas inicialmente pelo gerenciamento do petrecho de captura em questão e não unicamente pela espécie-alvo. GRAÇA-LOPES (1996) revela que experimentos com espantadores (franjas na porta da rede de arrasto) diminuíram em 5% a captura de fauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas e camarão branco. VIANNA (21) apresenta um trabalho desenvolvido na Lagoa dos Patos (RS), onde se conseguiu reduzir em mais de 5% a captura de fauna acompanhante na pesca do camarão rosa pela rede modelo aviãozinho, sem perda na produção da espécie-alvo. Outra sugestão seria a utilização de tamanho de malhas maiores na porção superior do corpo da rede, visando permitir o escape da ictiofauna sem comprometer a captura da espécie-alvo. De acordo com os preceitos estabelecidos no Código de Conduta para uma Pesca Responsável, organizado pela FAO (1995), sobre a seletividade das artes de pesca, os Estados deveriam exigir que as artes, métodos e práticas de pesca sejam, na medida do possível, suficientemente seletivas para minimizar os desperdícios, as rejeições, as capturas de espécies objeto de pesca, tanto de espécies de peixes como de outras espécies, e os efeitos sobre as espécies associadas ou dependentes e que a finalidade dos regulamentos correspondentes não se desvirtuem por artifícios técnicos. Neste sentido, os pescadores deveriam cooperar no desenvolvimento de artes e métodos de pesca seletivos. Os Estados deveriam velar para que sejam postas à disposição de todos os pescadores as informações sobre novos adiantos e requerimentos. Com o objetivo de melhorar a seletividade, os Estados, ao elaborarem as suas leis e regulamentos, deveriam ter em conta as diversas artes, métodos e estratégias de pesca seletivas disponíveis pela indústria. Os Estados e as _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

82 5-81 instituições competentes deveriam colaborar no desenvolvimento de metodologias uniformes para a investigação sobre seletividade das artes e métodos de estratégias de pesca. Os estados deveriam estimular a cooperação internacional no que se refere aos programas de investigação sobre a seletividade de artes de pesca, métodos e estratégias de pesca, a difusão de resultados desses programas de pesquisa e a transferência de tecnologia. Com isso, recomendam-se medidas que venham a minimizar a ação deletéria da pesca de arrasto, como: 1. uso de dispositivos de escape nas redes de arrasto; 2. uso de tamanho de malhas maiores no corpo da rede, a fim de aumentar a seletividade da rede; 3. aumentar o tamanho de malha do ensacador, a fim de minimizar a captura de camarões jovens; 4. limitar o esforço de pesca através do controle do número de barcos arrasteiros na área em questão; 5. delimitar áreas de exclusão da prática de arrasto. Ressalta-se que o plano de manejo da RBMA já contempla áreas fechadas para esta modalidade na baía de Tijucas; 6. balizar as áreas fechadas para a prática de arrasto, a fim de auxiliar os pescadores na sua identificação e limitação espacial/geográfica. Por fim, recomenda-se criar um sistema contínuo do controle dos desembarques pesqueiros artesanais na região, pois todo o conhecimento e informações gerados foram oriundos deste tipo de fonte primária, _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

83 5-82 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas necessitando, portanto uma série temporal mais longa, e se possível permanente. Segundo o Código de Conduta da FAO (1995), os Estados deveriam reconhecer que a pesca responsável requer sólida base científica, que deverá estar disponível para os administradores pesqueiros e outras partes interessadas na tomada de decisões; e ainda, todos os envolvidos no ordenamento pesqueiro deveriam adotar, em um marco normativo, jurídico e institucional adequado, medidas para a conservação e o uso sustentável, a longo prazo, dos recursos pesqueiros. As medidas de conservação e ordenamento, tanto se aplicadas em escala local, nacional, sub-regional ou regional, deveriam alem de basearem-se nos dados científicos mais fidedignos disponíveis, estar concebidas para garantir a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

84 VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5-83 ALMEIDA, L. R. & BRANCO, J. O. 22. Aspectos biológicos de Stellifer stellifer (Bloch) na pesca artesanal do camarão sete-barbas, Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina, Brasil. Revta. bras. Zool. 19 (2): ANSARI, Z. A.; CHATTERFI, A.; INGOLE B. S.; SREEPADA, R. A.; RIVONKAR, C. U. & PARULEKAR, A.H. Community structure and seazonal variation of inshore demersal fish community at Goa, west of India. Estuar.coast.Shelf.Sci., V.41, p , ARAÚJO, F. G.; CRUZ-FILHO, A. G.; AZEVÊDO, M. C. C. & SANTOS, A. C. A Estrutura da comunidade de peixes demersais da Baía de Sepetiba, RJ. Rev. bras. Biol., 58 (3): BAIL, G. C. & J.O. BRANCO. 23. Ocorrência, abundância e diversidade da ictiofauna na pesca do camarão sete-barbas, na Região de Penha, SC. Notas Téc. FACIMAR, Itajaí, 7: BENEDITO-CECÍLIO, E., AGOSTINHO, A. A Estrutura das populações de peixes do reservatório de segredo. In: AGOSTINHO, A. A.; GOMES, L.C. (Ed). Reservatório de Segredo: bases ecológicas para o manejo. Maringá: Eduem, cap.7, p _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

85 5-84 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas BRANCO, J. O.; LUNARDON-BRANCO, M. J. & DE FINIS, A Crescimento de Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (CRUSTÁCEA: NATANTIA: PENAEIDAE) da Região de Matinhos, Paraná, Brasil. Arq. Biol. Tecnol., Curitiba, 37 (1): 1-8. BRANCO, J. O Biologia do Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeidae), análise da fauna acompanhante e das aves marinhas relacionadas a sua pesca, na região de Penha, SC, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de São Carlos, SP, 147 p. BRANCO, J. O.; LUNARDON-BRANCO, M. J.; SOUTO, F. X. & GUERRA, C. R Population Structure of Sea-Bob-Shrimp Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) in Itajaí-Açú Outfall, SC, Brazil. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, 42 (1): BRANCO, J. O. & H. A. A. FRACASSO, 24. Ocorrência e abundancia da carcinofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller) (Crustácea, Decapoda), na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 21 (2): BRANCO, J. O. 25. Biologia e pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller) (Crustacea, Penaeidae), na Armação do Itapocoroy, Penha, SC. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, PR. 22 (4): _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

86 5-85 BRANCO, J. O.; VERANI, J. R. 26. Pesca do camarão sete-barbas e sua fauna acompanhante, na Armação do Itapocoroy, Penha, SC. In: BRANCO, Joaquim Olinto; MARENZI, Adriano W. C. (Org.). Bases ecológicas para um desenvolvimento sustentável: estudos de caso em Penha, SC Editora da UNIVALI, Itajaí, SC. p BRANCO, J. O.; VERANI, J. R. 26b. Análise quali-quantitativa da ictiofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas, na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, PR. 23 (2): CHAVES, P. T. C. & CÔRREA, M. F. M Composição ictiofaunística da área de manguezal da Baía de Guaratuba, Paraná, Brasil. Revta. bras. Zool. 15 (1) COELHO, J. A. P.; GRAÇA-LOPES, R.; RODRIGUES, E. S. & PUZZI, A Relação peso-comprimento e tamanho de início de primeira maturação gonadal para o Sciaenidae Stellifer rastrifer (JORDAN, 1889), no litoral de São Paulo. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 12 (2): COELHO, J. A. P.; PUZZI, A. GRAÇA-LOPES, R.; RODRIGUES, E. S. & PRETO JR., O Análise da rejeição de peixes na pesca artesanal dirigida ao camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) no litoral do estado de São Paulo. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 13 (2): _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

87 5-86 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas COELHO, J. A. P.; GRAÇA-LOPES, R.; RODRIGUES, E. S. & PUZZI, A Aspectos biológicos e pesqueiros de Isopisthus parvipinnis (Cuvier, 183), Teleostei, Perciformes, Sciaenidae, presente no rejeitado da pesca artesanal dirigida ao camarão sete-barbas (São Paulo, Brasil). Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 15 (1): COELHO, P. A. & SANTOS, M. C. F Época da reprodução do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Penaeidae) na região de Tamandaré, PE. Bol. Técn. Cient. CEPENE, Rio Formoso, 1(1): DALL, W.; HILL, B. J.; ROTHLISBERG, P.C.; STAPLES, D.J The biology of the Penaeidae. In: BLAXTER, J.H.S.; SOUTHWARD, A. J. (Ed.) Adv. Mar Biol. San Diego. Academic press, V.27, 489p. EPAGRI/IBAMA Situação sócio-econômica dos pescadores artesanais que operam na pesca de arrasto de camarões de Santa Catarina. Florianópolis, 17 p. (Mimeo). FAO Código de Conduta para uma Pesca Responsável. Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Roma. GARCIA, S Tropical penaeid praws. In: Fish population dynamics. Gulland, J.A. (ed.) John Wiley & Sons Ltd. P _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

88 5-87 GIANNINI, R. & PAIVA-FILHO, A. M Os Sciaenidae (Teleostei: Perciformes da Baía de Santos (SP), Brasil. Bolm. Inst. Oceanogr., São Paulo, 38 (1): GRAÇA-LOPES, R A pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri, HELLER (1862) e sua fauna acompanhante no litoral do Estadao de São Paulo. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista, SP, 96 p. HOSTIM-SILVA, M.; VICENTE, M. J. D.; FIGNA, V. & ANDRADE, J. P. 22. Ictiofauna do rio Itajaí-Açú, Santa Catarina, Brasil. Notas Téc. Facimar, 6: IWAI, M Pesca exploratória e estudo biológico sobre o camarão na costa Centro/Sul do Brasil com o Navio Oceanográfico Prof. W. Besnard em SUDELPA / IOUSP, São Paulo, 71 p. KRUL, R Interação de aves marinhas com a pesca de camarão no litoral paranaense. Dissertação de Mestrado. Curitiba, 154 p. MENEZES, N. A. & FIGUEIREDO, J. L Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil: IV Teleostei (3). São Paulo: Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, 96 p. NAKAGAKI, J. M. & NEGREIROS-FRANSOZO, M. L Population biology of Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: PENAEIDAE) _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

89 5-88 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas from Ubatuba Bay, São Paulo, Brazil. Journal of Shellfish Research, Vol. 17, No. 4, NATIVIDADE, C. D. 26. Estrutura Populacional e Distribuição do camarão sete-barbas Xiphoepenaeus kroyeri (Heller,1862) (Decapoda: Penaeidae) no litoral do Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, PR, 76 p. PAIVA-FILHO, A. M. & SCHMIEGELOW, J. M. M Estudo sobre a ictiofauna acompanhante da pesca do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) nas proximidades da Baía de Santos SP. I Aspectos quantitativos. Bolm. Inst. Oceanogr., São Paulo, 34 (único): PEREIRA, L. E Variação diurna e sazonal dos peixes demersais na barra do estuário da lagoa dos Patos, RS. Atlântica, Rio Grande, 16: PIETZSCH, L. L. & NETO, F. M. O. 1794/75. Sobre a pesca e a biologia dos camarões comerciais na baía de Tijucas Santa Catarina Brasil. Telatório Mensal ARCAPESC. Governo do estado de SC. PINHEIRO, H.T.; PINTO, A. S. S.; MARTINS, A. S. 25. Ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas no Balneário de Itaoca, Itapemirim, ES. In: Anais do II Congresso Brasileiro de Oceanografia. Vitória, ES, 9 a 12 de outubro. RODRIGUES, E. S.; GRAÇA-LOPES, R.; PITA, J. B. & COELHO, J. A Levantamento das espécies de camarão presentes no produto da pesca _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

90 5-89 dirigida a camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri Heller, 1862) no estado de São Paulo, Brasil. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 12 (4): RODRIGUES, E. S. & MEIRA, P. T. F Dieta alimentar de peixes presentes na pesca dirigida ao camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) na Baía de Santos e Praia do Perequê, estado de São Paulo, Brasil. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 15 (2): RUFFINO, M. L. & CASTELLO, J. P. 1992/93. Alterações na ictiofauna acompanhante da pesca do camarão barba-ruça (Artemesia longinaris) nas imediações da Barra de Rio Grande, Rio Grande do Sul Brasil. Nerítica, Curitiba, 7 (1-2): SANTOS, M. C. F & COELHO, P. A Recrutamento pesqueiro de Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustácea Decapoda: Penaeidae) na Plataforma Continental dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe Brasil. Bolm. Téc Cient. CEPENE, Tamandaré/PE, v. 6, p , SANTOS, M. C. F.; FREITAS, A. E. T. S. & SILVA, M. M Composição da ictiofauna acompanhante da pesca de camarão em Tamandaré/ PE e Pontal do Peba/ AL. Bolm. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré, 6 (1):47-6. SANTOS, M. C. F.; RAMOS, I. C. & FREITAS, A. E. T. de S. 21. Análise de produção e recrutamento do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

91 5-9 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas kroyeri (Heller, 1862) (Crustácea: Decapoda: Penaeidae), no litoral do estado de Sergipe Brasil. Bol. Técn. Cient. CEPENE, Tamandaré, 9(1): SEVERINO-RODRIGUEZ, E.; PITA, J. B.; GRAÇA LOPES R.; COELHO, J. A. P. & PUZZI, A Aspectos biológicos e pesqueiros do camarão setebarbas (Xiphopenaeus kroyeri) capturado pela pesca artesanal no litoral do estado de São Paulo. B. Inst. Pesca. 19(1) : TINOCO, R. V. 22. Aspectos da população e reprodução de Paralonchurus brasiliensis Steindachner, 1875 (Perciformes Sciaenidae) no litoral centro-norte catarinense. Trabalho de graduação. Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí. 39 p. TISCHER, M. & SANTOS, M. C. F. 21. Algumas considerações sobre a ictiofauna acompanhante da pesca de camarões na foz do rio São Francisco (Alagoas/Sergipe Brasil). Bolm. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré, 9 (1): TREMEL, E Recursos camaroneiros da Costa de Santa Catarina, Brasil: resultados preliminares da pesquisa sobre o camarão-sete-barbas. Documentos Técnicos Carpas, Rio de Janeiro, 21: 1-6. VIANNA, M. 21. Camarão: pescado objetivo ou captura acessória? Sugestões para o gerenciamento da pescaria. Notas Téc. FACIMAR, Itajaí, 5: _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

92 5-91 VIEIRA, B. B Observações sobre a maturação de Xiphopenaeus kroyeri no litoral de São Paulo. Bol. Mus. Nacional, Rio de Janeiro, 74: _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

93 5-92 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas ANEXOS ANEXO 5.1. REGISTROS FOTOGRÁFICOS ILUSTRATIVOS DA META 6. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

94 Anexo 5.1 _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

95 5-94 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

96 Anexo 5.2 ANEXO 5.2. AUTORIZAÇÃO ESPECÍFICA CEDIDA PELO IBAMA. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

97 Anexo 5.3 ANEXO 5.3. CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA DE CAMARÕES NA PESCA DO CAMARÃO SETE-BARBAS NA BAÍA DE TIJUCAS. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

98 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR - CTTMar LABORATÓRIO DE BIOLOGIA ANEXO CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA DE CAMARÕES NA PESCA DO CAMARÃO SETE-BARBAS NA BAÍA DE TIJUCAS. Responsáveis técnicos: HÉLIO AUGUSTO ALVES FRACASSO JOAQUIM OLINTO BRANCO

99 3-2 INTRODUÇÃO A atividade pesqueira na Baía de Tijucas é realizada em escala artesanal há cerca de 2 anos. Desde então, se estabeleceram ao redor da Baía diversas comunidades pesqueiras, que hoje compõem os núcleos de Canto Grande, Zimbros, Santa Luzia, Barra do Rio Tijucas, Canto dos Ganchos, Ganchos do Meio e Ganchos de Fora. Não há dados oficiais disponíveis sobre o número pescadores, embarcações, produção desembarcada e valor da produção, porém é notória a importância social e econômica da atividade pesqueira para as comunidades locais. Apesar de sua importância, a pesca na Baía de Tijucas apresenta aspectos conflitivos com a legislação pesqueira, além de ocorrer na Zona de Amortecimento da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. No litoral catarinense, a maioria dos camarões capturados pela pesca artesanal pertence à família Penaeidae, destacando-se o camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri, Heller 1862), o camarão barba-ruça (Artemesia longinaris, Bate 1888) e o camarão vermelho (Pleoticus muelleri, Bate 1888) (BRANCO, 25). Esses camarões em conjunto, nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, contribuíram em 199 com aproximadamente 6,% em peso e 24,% em valor econômico total do pescado (VALENTINI et al., 1991). Já no ano de 2, a frota industrial de arrasto duplo que atua em Santa Catarina desembarcou um total de 35.34kg de camarão sete-barbas, sendo este superado pelo camarão barba-ruça e santana, com e 1.68t respectivamente (GEP/CTTMar, 2). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

100 3-3 O camarão sete-barbas apresenta ampla distribuição geográfica no Atlântico Ocidental, ocorrendo da Carolina do Norte (EUA) ao Estado de Santa Catarina (BR) (HOLTHUIS, 198), e atualmente estendendo-se até o Rio Grande do Sul (DÍNCAO et al. 22). Possui crescimento rápido e um ciclo de vida em torno de 18 meses (NEIVA & WISE, 1963), habitando águas costeiras rasas com fundo de areia e lama com até 3 metros de profundidade (IWAI, 1973). Ao contrário do que ocorre com outras espécies da família Penaeidae, como Farfantepenaeus paulensis e Farfantepenaeus brasiliensis, que habitam estuários e lagoas quando juvenis e mar aberto quando adultos, enquanto que o camarão setebarbas não depende de estuários para o desenvolvimento de juvenis (SANTOS, 1978). Esta espécie não apresenta estratificação populacional, sendo comum a ocorrência de juvenis e adultos na mesma área (IWAI, 1973). Entretanto, para alguns autores a presença desta espécie em zonas estuarinas está associada à penetração de cunha salina (HOLTHUIS, 1959 in BRANCO, 1999). No nordeste brasileiro, a pesca de arrasto motorizado em embarcação artesanal teve início em 1969 ao largo da foz do rio São Francisco, no Pontal do Peba, AL. No Estado do Piauí, estima-se que a produção de X. kroyeri em 1994 atingiu cerca de 145 toneladas, correspondendo a 6,5% do total desembarcado pela frota artesanal, sendo que 9% desse recurso foi proveniente da cidade de Luís Correia (COELHO & SANTOS, 1994/95). No litoral baiano esse recurso atinge valores superiores a 9% de produção da pesca artesanal de camarão, sendo que no município de Caravelas, litoral baiano, é uma das principais atividades econômicas, responsável pelo emprego direto de 664 pescadores (SANTOS & IVO, 2). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

101 3-4 No Estado de São Paulo, o camarão sete-barbas é a espécie mais explorada (NAKAGAKI & NEGREIROS-FRANSOZO, 1998), sendo o item dominante na megafauna bentônica da Plataforma Continental desse Estado (PIRES, 1992). Essa espécie destaca-se na produção pesqueira do litoral paulista, tanto em volume de desembarque como em valor monetário (RODRIGUEZ et al., 1985). No município de Penha, SC, a pesca artesanal deste recurso, é realizada com embarcações de pequeno porte, que atuam entre 5, a 2, metros de profundidade, operando com duas redes-de-arrasto-com-portas sendo este método de pesca conhecido como arrasto duplo. A pesca artesanal do camarão sete-barbas na área em estudo é denominada pesca de sol a sol, com início das atividades ao amanhecer e encerramento antes do por do sol (BRANCO, 1999). Devido às características da embarcação e ao sistema de conservação do pescado, as capturas estão restritas a zona costeira. Neste contexto, o presente projeto propõe a coleta e sistematização de dados ambientais e pesqueiros com o envolvimento dos usuários e demais membros da comunidade local para a elaboração de um plano de gestão participativa para o uso dos recursos pesqueiros, considerando as premissas da Agenda 21 e do Código de Conduta para a Pesca Responsável. Ações de educação ambiental e mobilização social estão previstas para a estruturação de um Conselho da Pesca para a Baía de Tijucas, como instância participativa de gestão compartilhada (com o Poder Público) dos recursos pesqueiros. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

102 3-5 MATERIAIS E MÉTODOS Trabalho de Campo As amostragens foram efetuadas a bordo dos barcos da frota artesanal que atuam na Baía de Tijucas, sendo que, a metodologia estará disponível no relatório pertinente a essa meta. Os camarões coletados foram acondicionados em sacos plásticos, etiquetados por área de coleta e mantidos em caixa de isopor com gelo. A terminologia Dendrobranquiata que será utilizada neste documento refere-se a todos os camarões acompanhantes na pesca da espécie-alvo, Xiphopenaeus kroyeri. Trabalho de Laboratório No laboratório do CTTMar / UNIVALI, o produto de cada arrasto foi triado e separado por espécie, sendo registrados o sexo, comprimento total (Lt) em cm e o peso total (Wt) em gramas. Do total de camarões coletados, foi retirada uma sub-amostra representativa (1,kg) para a realização da biometria, quando abaixo desse valor, as amostras eram processadas integralmente. Para cada exemplar de Xiphopenaeus kroyeri capturado foi registrado o sexo, comprimento total (Lt) e do cefalotórax (Lc) em cm através de ictiômetro e paquímetro, e o peso total (Wt) em gramas. Foram selecionados 2,kg de camarões e separadas as fêmeas para retirada das gônadas, sendo estas pesadas com auxílio de balança de precisão de décimo de grama, além dos outros procedimentos anteriormente citados. O estágio de Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

103 3-6 maturação dos machos foi determinado pela união dos lóbulos do petasma conforme Pérez Farfante (197) in BRANCO (1999); nas fêmeas pela coloração e desenvolvimento das gônadas (VIEIRA, 1947). O tamanho de primeira maturação de 7,3cm para machos e 7,9cm para fêmeas, estimado por BRANCO (25) na Armação do Itapocoroy, foi o menor encontrado na literatura disponível, assim sendo, foi utilizada a média (7,6cm) entre os sexos para avaliar o impacto da pesca na população da Baía de Tijucas. O tempo estimado para o individuo dessa espécie alcançar esse tamanho é de 6 a 8 meses (BRANCO et al., 1999), e de acordo com MELLO (1973), estudando exemplares adultos de Penaeus paulensis, obteve comprimento assintótico total de 16,5 cm nos machos e de 21,5 cm nas fêmeas, com idade de 3 meses. Análise dos dados Os dados foram analisados com o auxílio de pacotes estatísticos do tipo Micro Office Excel em microcomputadores, onde foi calculada a captura por unidade de esforço (CPUE kg) por tempo de arrasto (h) para as áreas e estações do ano. Para verificar as diferenças entre os sexos durante os meses e por classe de comprimento, conforme VAZZOLER, 1996, foi utilizado o teste do χ 2 (qui-quadrado) com nível de significância de 5% e n-1 grau de liberdade (SANTOS, 1978), sendo que, a análise de variância (ANOVA) (SOKAL & ROHLF, 1969) foi aplicada para comparar a CPUE de camarão sete-barbas nas diferentes áreas ao longo do período de estudo. A relação peso/comprimento foi estimada para machos e fêmeas através da equação (SANTOS, 1978): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

104 3-7 Wt = φ Lt θ, onde: φ fator de condição; θ constante da relação peso/comprimento. O índice gonadossomático (IGS) foi obtido através da expressão: IGS = Wg / Wt. 1 (VAZZOLER, 1996). Em seguida foram estimados os valores médios mensais deste índice. No mês de maio, as amostras foram danificadas, sendo assim apenas foram consideradas seu peso total e proporção sexual. RESULTADOS Foram realizados 26 lances de pesca e capturados 142,2 kg de camarões, com o registro de seis famílias, 1 gêneros e 11 espécies, sendo realizada a biometria de 8161 indivíduos; apenas seis destas, apresentaram algum valor comercial, sendo que a proporção entre camarão sete-barbas e fauna dendrobranquiata foi de 7,15:1 kg respectivamente (Tab. I). De acordo com esta mesma tabela, as fêmeas foram maiores e com maior massa corporal em quase todas espécies, exceto em Lithopenaeus schmitti, Trachypenaeus constrictus e Sycione dorsalis; as espécies de maior valor econômico, camarões rosa (Farfantepenaeus brasiliensis e F. paulensis) e branco (L. schmitti) foram pouco representados nas amostragens (,7,,39 e,45%, respectivamente), enquanto que a espécie-alvo foi a predominante na área e período de estudo (61,51%). Segundo a tabela II, duas espécies foram de ocorrência regular, X. kroyeri e L. schmitti, enquanto que as demais foram ocasionais nas coletas; F. brasiliensis, F. paulensis, T. constrictus e Alpheus sp. foram registradas apenas uma vez durante o período de estudo. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

105 3-8 Tab. I. Relação das espécies integrantes da fauna dendrobranquiata acompanhante na pesca artesanal do camarão sete-barbas, no período de dezembro/4 a janeiro/6. N = número de indivíduos estudados; Lt (cm) = comprimento total; Wt(g) = peso total; < = menor valor; > = maior valor; Méd = média e Desvpad = desvio padrão. Lt (cm) Wt (g) Taxon Sexo Med± N < > Med±Desvpad < > Desvpad Penaeidae Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1817) M 11,4 13,1 12,3±,9 11,2 15,6 13,7±2,2 3 F 7,7 13,8 1,±3,3 3,8 12,2 6,9±4,6 3 Farfantepenaeus paulensis (Pérez Farfante,1967) M 8,1 13,1 1,7±1,5 4,9 16,6 9,8±3,8 1 F 8,2 14,5 11,1±1,6 4,1 22,6 1,9±4,6 22 Lithopenaeus schmitti (Burkenroad,1936) M 1,5 18,2 14,4±1,7 8,2 47,6 24,4±9,1 22 F 6,6 17,7 12,5±3,2 1,9 48,1 17,3±12,1 15 Artemesia longinaris Bate, 1888 M 3,8 9,8 6,±,9,23 3,39,9±,4 439 F 3,5 11,5 7,±1,4,22 5,22 1,4±,8 99 Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) M 4,7 12,2 8,5±1,5,51 1,73 3,8±2, 1911 F 3 14,5 8,5±2,1,2 16,56 4,1±3, 319 Trachypenaeus constrictus (Stimpson, 1874) M 4,5 6,2 5,1±,9,6 1,8 1,±,7 3 F 3,5 4,5 4,1±,5,3,6,5±,2 3 Lismatidae Exhippolysmata oploforoides Holtuis, 1948 M 3,6,4 1 F 3,5 6,2 4,7±,8,26 1,57,7±,3 72 Sergestidae Acetes americanus americanus 39 Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

106 3-9 Ortmann,1893 Solenoceridae Pleoticus muelleri (Bate, 1888) M 4 7,8 5,4±,6,44 4,5 2,3±1,4 442 F 3,8 11 6,5±1,2,31 11,13 1,2±,5 16 Sicyoniidae Sycione dorsalis (Bate, 1888) M 2,6 5,8 4,2±,5,16 2,23,8±,5 42 F 2 5,6 4,2±,7,19 1,71,8±,3 55 Alpheidae Alpheus sp. M F 4,71 1 TOTAL 8161 Tab. II. Relação do número de exemplares capturados na pesca dirigida ao camarão setebarbas por mês de coleta. M= machos e F= fêmeas. F. E. T. b r F. p L. s A. lo X. c o o pl P. S. a a kr of m d c n n si ul o o u or Alpheus h gi st li e y r el s sp. m n ri e n er oi le al it ar ct n si i d ti is u si s e s ri is s s M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F N/ J F M A M 59 5 J J A S O N D/ J Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

107 3-1 Fauna acompanhante As figuras 1 a 6 indicam a distribuição por classe de comprimento total (Lt) em cm por percentual (%) (1a), a relação peso/comprimento (1b) e a CPUE (kg/h) (1c) de machos e fêmeas das espécies que compuseram a fauna acompanhante na pesca artesanal do camarão setebarbas na Baía de Tijucas. Os machos de F. paulensis dominaram significativamente nas classes de 8,, 1 e 13, cm, já as fêmeas nos 11,cm (Fig. 1a), com um padrão de crescimento relativo do tipo alométrico negativo nos machos (Wt =,16 Lt 2,892, r 2 =,957) e isométrico nas fêmeas (Wt =,63 Lt 3,71, r 2 =,9898) (Fig. 1b). Essa % F paulensis Machos = 1 35 Femeas = 22 3 espécie foi captura apenas em março * (Fig. * 1c) (a) % 15 F paulensis Machos = 1 35 * * 1 * * Femeas = * Wt Wt =,16 Lt 2,6912 Wt Wt =,63 Lt 3,71 18 machos 1 25 r 2 =,957 fêmeas r 2 =, Lt Wt Wt =,16 Lt 2,6912 Wt Wt =,63 Lt 3, machos 25 r 2 =,957 fêmeas r 1 =,9898 (b) Lt Lt CPUE 5 2,4 (c),35 Lt Lt ,3 * (a) Lt (b) CPUE,25,4,2,35,15,3,1,25,5,2,15,1,5 (c) N J F M A M J J A S O N D J Meses Convênio MMA/FNMA n º 25/23 N J F M A M J J A S O N D J Meses Anexo 5.4

108 3-11 Fig. 1. Distribuição de machos e fêmeas da classe de comprimento (Lt) de F. paulensis em cm por percentual (%) (a), relação peso comprimento (b) e CPUE (Kg/h) (c) da fauna dendrobranquiata acompanhante na Baia de Tijucas. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). De acordo com a figura 2a, os machos de L. schmitti ocorreram nas classes de 1, a 16, e 18, cm e predominaram significativamente sobre as fêmeas nos13 a 16 cm, ocorrendo uma inversão nos 11, cm a favor das fêmeas, com um padrão de crescimento relativo do tipo alométrico positivo nos machos (Wt =,48 Lt 3,1849 e o r 2 =,989) e alométrico negativo para fêmeas (Wt =,82 Lt 2,961 e r 2 =,9845) (Fig. 2b), com oscilações na captura ao longo dos meses, com os maiores valores registrados em março, abril e julho e os menores em maio e setembro (Fig. 2c). % L schimit Machos = 22 3 Femeas = * * * * (a) 15 1 * Lt Wt Wt =,48 Lt 3,1849 Wt Wt =,82 Lt 2, machos r 2 6 =,989 fêmeas r 2 =,9845 (b) Lt Lt CPUE,2 (c),18,16,14,12,1,8,6,4,2 Meses N J F M A M J J A S O N D J Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

109 3-12 Fig. 2. Distribuição de machos e fêmeas da classe de comprimento (Lt) em cm de L. schmitti por percentual (%) (a), relação peso comprimento (b) e CPUE (Kg/h) (c) da fauna dendrobranquiata acompanhante na Baia de Tijucas. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). As fêmeas de A. longinaris foram maiores e predominaram acima dos 7, cm, enquanto que os machos, apenas nos 3,cm (Fig. 3a), com um padrão de crescimento relativo do tipo alométrico negativo nos machos (Wt =,69 Lt 2,792 e o r 2 =,892) e fêmeas (Wt =,8 Lt 2,6139 e r 2 =,918) (Fig. 3b) com os maiores registros de CPUE em dezembro, abril e outubro e os menores em setembro, novembro e dezembro (Fig. 3c). % A longinaris Machos = Femeas = * * * * Lt (a) Wt Wt =,69 Lt 2,792 Wt Wt =,8 Lt 2,6139 r 2 =,892 6 r 4 machos fêmeas 2 =,918 (b) 3, , ,5 2 1, Lt Lt CPUE 2,5 (c) 2 1,5 1,5 N J F M A M J J A S O N D J Meses Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

110 3-13 Fig. 3. Distribuição de machos e fêmeas da classe de comprimento (Lt) em cm de A. longinaris por percentual (%) (a), relação peso comprimento (b) e CPUE (Kg/h) (c) da fauna dendrobranquiata acompanhante na Baia de Tijucas. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). Enquanto que em Exhippolysmata oploforoides os machos ocorreram apenas nos 3, cm (Fig. 4a), com um padrão de crescimento relativo do tipo alométrico negativo para as fêmeas (Wt =,131 Lt 2,4742, r 2 =,6961) (Fig. 4b) com ocorrência em dezembro e ausência de janeiro/5 a agosto e janeiro/6 e acréscimos graduais de setembro a dezembro (pico de abundância) (Fig. 4c). 1,8 1,6 1,4 1,2 1,8,6,4,2 Wt (b) fêmeas % E oploforoides femeas = 72 1 machos = Lt Wt =,131 Lt 2,4742 r 2 =,6961 Lt 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 Fig. 4. Distribuição de machos e fêmeas da classe de comprimento (Lt) em cm de E. oploforoides por percentual (%) (a), relação peso comprimento (b) e CPUE (Kg/h) (c) da,25,2,15,1,5 CPUE (a) N J F M A M J J A S O N D J (c) Meses Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

111 3-14 fauna dendrobranquiata carcinofauna acompanhante na Baia de Tijucas. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). A figura 5a indica que não ocorreram machos de P. muelleri a partir dos 8 cm, e que ocorreu predomínio significativo das fêmeas sobre estes nos 6, e 7, cm, com um padrão de crescimento relativo do tipo alométrico negativo nos machos (Wt =,69 Lt 2,792 e o r 2 =,892) e fêmeas (Wt =,1 Lt 2,8594 e r 2 =,8971), com a ocorrência desta espécie em dezembro/4, setembro, outubro e dezembro/5 (Fig. 5c). % P muelleri Machos = Femeas = 161 (a) 5 4 * 3 2 * Lt Wt 4,5 machos Wt =,12 Lt 2,8172 r 2 =,78 Wt 12 fêmeas Wt =,1 Lt 2,8594 r 2 =,8971 (b) 4 3, , ,5 4 1, Lt Lt 6 CPUE (c) N J F M A M J J A S O N D J Meses Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

112 3-15 Fig. 5. Distribuição de machos e fêmeas da classe de comprimento (Lt) em cm de P. muelleri por percentual (%) (a), relação peso comprimento (b) e CPUE (Kg/h) (c) da fauna dendrobranquiata acompanhante na Baia de Tijucas. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). De acordo com a Fig. 6a, os machos e fêmeas de S. dorsalis tiveram a mesma amplitude de variação, com o predomínio dos machos nas classes de 3, e 5, cm e das fêmeas nos 4, cm, com um padrão de crescimento relativo do tipo alométrico positivo nos machos (Wt =,61 Lt 3,333 e o r 2 =,9515) e negativo nas fêmeas (Wt =,284 Lt 2,2435 e r 2 =,7988) (Fig. 6b) com os registros de captura em dezembro, setembro e outubro (Fig. 6c) % S dorsalis Machos = 42 Femeas = 55 * (a) * * Lt Wt 2,5 machos Wt =,61 Lt 3,333 r 2 =,9515 1,8 1,6 Wt fêmeas Wt =,284 Lt 2,2435 r 2 =,7988 (b) 2 1,4 1,5 1,2 1 1,8,6,5, Lt, Lt CPUE (c),12,1,8,6,4,2 N J F M A M J J A S O N D J Meses Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

113 3-16 Fig. 6. Distribuição de machos e fêmeas da classe de comprimento (Lt) em cm de S. dorsalis por percentual (%) (a), relação peso comprimento (b) e CPUE (Kg/h) (c) da fauna dendrobranquiata acompanhante na Baia de Tijucas. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). Espécie-alvo Xiphopenaeus kroyeri Proporção sexual Durante o período de estudo, foram analisados 52 exemplares de X. kroyeri, sendo que os machos e as fêmeas representaram 38,6% e 61,94% do total capturado respectivamente, indicando uma dominância das fêmeas na população. Ao analisar a abundância de camarões ao longo do ano através do teste do χ 2, observaram-se diferenças significativas a favor dos machos apenas em novembro/4, enquanto que as fêmeas predominaram nos meses de janeiro/5, abril, agosto e janeiro/6 (Fig. 7). % X kroyeri M 9 F 8 * 7 * * * * * N/4 J F M A M J J A S O N D J/6 Meses Fig. 7 Freqüência percentual da ocorrência de machos e fêmeas de X. kroyeri, durante o período de novembro/4 a janeiro/6. * = diferença significativa (χ 2 = p <,5). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

114 3-17 As distribuições de freqüências relativas totais mostram que ocorreram camarões numa amplitude de variação entre 3, e 14, cm (fêmeas) e entre 4, e 12,cm (machos). As fêmeas predominaram significativamente, de acordo com o χ 2, nas classes de 4,, 5,, 6,, 11, e 12,cm (Fig. 8). % Machos = Femeas = * * * * * Lt Fig. 8 Freqüência percentual da ocorrência de machos e fêmeas de X. kroyeri, durante o período de estudo. * = diferença significativa (x 2 = p <,5). Estrutura sazonal de comprimentos A figura 9 mostra as distribuições de freqüência das classes de comprimento totais de machos e fêmeas, ao longo do período de estudo. Durante novembro/4 foi registrada uma pequena ocorrência de camarões juvenis, com um aumento gradativo em janeiro e fevereiro e oscilação até abril, seguido de ausência em junho e chegando as maiores contribuições de julho a setembro. Em outubro e novembro ocorreu participação de adultos, principalmente das fêmeas, sendo que, em dezembro não foram capturados camarões sete-barbas na região e em janeiro registrado o Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

115 3-18 recrutamento de juvenis. As modas de freqüência mais altas foram registradas em dezembro/4, março, junho, outubro e novembro, e as menores em janeiro/5, abril e junho (Fig. 9). Para avaliar as flutuações na estrutura da população, foi também, computado mensalmente o número de indivíduos que compuseram 1, kg de camarões nas amostragens totais na Baia de Tijucas, com acréscimo de dezembro a janeiro, onde foi constatado as maiores taxa de captura de exemplares juvenis, com queda gradativa até os menores valores em junho, com oscilações de julho a setembro e elevações até janeiro (Fig. 1). Relação peso / comprimento Os valores de peso total foram lançados em gráfico em função dos valores do comprimento total, para os sexos separados, indicando uma boa aderência dos pontos entre as variáveis, o que foi corroborado pelos valores do coeficiente de determinação (r 2 ), com crescimento alométrico negativo, resultando nas equações: Wt =,6 Lt 2,9694 e o r 2 =,9338 para machos e Wt =,62 Lt 2,9469 e r 2 =,9488 para fêmeas (Fig. 11). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

116 % Novembro 4 Machos = % Fêmeas = Janeiro Lt Machos = 263 Fêmeas = 456 % Fevereiro Machos = 24 Fêmeas = % 3 Abril Machos = 415 Fêmeas = Lt Lt Lt % Julho Machos = Fêmeas = % Agosto Machos = 72 4 Fêmeas = % Março Machos = 131 % 4 Fêmeas = % Setembro Machos = Fêmeas = Outubro Lt Lt Lt Machos = 62 Fêmeas = 95 % Novembro Machos = Fêmeas = Lt 1 5 Lt % Junho Machos = 53 6 Fêmeas = Lt % Janeiro Machos = 139 Femeas = Lt Lt Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

117 3-2 Fig. 9. Distribuição de comprimento total da população de X. kroyeri, durante dezembro/4 a janeiro/6. As linhas tracejadas indicam o tamanho de primeira maturação. 12 N Meses N/4 J/5 F M A M J J A S O N D J/6 Fig. 1. Número de indivíduos por quilograma coletado ao longo do período de amostragem. As barras verticais indicam o desvio padrão das médias. 12 Wt machos Wt =,6 Lt 2,9694 r 2 =, Lt Wt femeas Wt =,62 Lt 2,9469 r 2 =, Lt Fig. 11. Relação Peso / Comprimento para X. kroyeri. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

118 3-21 Aspectos reprodutivos A Figura 12 mostra a curva de flutuação média mensal, onde os valores de IGS indicam a ocorrência de um período reprodutivo longo, com a presença de dois picos de desova, o primeiro entre maio a junho, e o segundo e mais intenso, de outubro a janeiro/6. 3,5 IGS , , ,5 N/4 J F M A M J J A S O N D/5 J/6 Meses Fig. 12 Variação mensal do IGS, durante o período de dezembro/4 a janeiro/6. As barras verticais indicam o desvio padrão das médias. Captura por unidade de esforço De acordo com a Figura 13, as maiores taxas mensais em CPUE de camarão sete-barbas, capturados no período de coleta na Baia de Tijucas ocorreram nos meses de fevereiro, abril e maio (pico de abundância); com variações sazonais no estoque que está sujeito a captura na área de estudo. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

119 3-22 CPUE (kg/h) N/4 J F M A M J J A S O N D/5 J/6 Meses Figura 13. Variação media mensal da CPUE (kg/h) de X. kroyeri durante o período de estudo. As barras verticais indicam o desvio padrão das médias. DISCUSSÃO A pesca de arrasto de camarões é considerada predatória e desestabilizadora das comunidades bentônicas, sendo freqüentemente realizada em criadouros de diversas espécies de interesse econômico (BRANCO & FRACASSO, 24). Apesar de não ter sido estudada a fauna acompanhante neste estudo, a carcinofauna registrada foi diversificada e sem valor econômico. As espécies de alto valor comercial, como os camarões rosa e branco, foram de ocorrência restrita, corroborando o encontrado por BRANCO & FRACASSO, 24. De acordo com BRANCO (25) a literatura disponível sobre a proporção sexual de camarão sete-barbas é restrita, sendo que a média anual nos desembarques na região da Armação do Itapocoroy, Tamandaré, PE, (COELHO & SANTOS, 1993), São Paulo (SEVERINO- RODRIGUES et al. 1993) foi de 1:1, com período de alternância entre os Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

120 3-23 sexos ao longo dos meses. SIGNORET (1974), descreve que a população de X. kroyeri na Laguna de Términos, México, não apresenta homogeneidade entre machos e fêmeas, e no presente estudo, as fêmeas predominaram nas amostragens, mas estas flutuações podem ser atribuídas, em parte, a distribuição segregada dos sexos em alguns meses do ano (BRANCO, 25). De acordo com BOSCHI (1969) in BRANCO et al. (1999), as fêmeas da família Penaeidae sempre atingem comprimento totais superior aos machos. Na Foz do Rio Itajaí-Açú, conforme os mesmos autores, os valores de comprimento total foram 12,cm para machos e 14,cm para fêmeas. Segundo NASCIMENTO & POLI (1996), que trabalharam na Baia de Tijucas, obtiveram para a espécie um comprimento total máximo de 15, cm, enquanto que atualmente foi registrado 12,2 para machos e 14,5 cm para as fêmeas. Na população da Armação do Itapocoroy, os resultados obtidos elevam o tamanho da população para 13, e 16, cm, respectivamente, sendo que, estas variações provavelmente estão associadas à distribuição geográfica, crescimento diferenciado, disponibilidade de alimento e principalmente, aumento do esforço de pesca (BRANCO, 25). De acordo com BRANCO (1999), os machos da população de X. kroyeri na Armação do Itapocoroy predominam nas classes de 7,cm e as fêmeas nas classes de 5,, 12, e 13,cm, com modas variando entre 7, e 12,cm. No presente estudo as fêmeas predominaram nas classes de 4,, 5,, 6,, 11, e 12,cm, apresentando distribuição unimodal, com modas variando entre 7, e 9,cm, corroborando os resultados obtidos por BRANCO (1999). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

121 3-24 As informações disponíveis sobre o ciclo de vida de X. kroyeri indicam que não existem migrações de recrutamento ao estoque adulto, possibilitando a ocorrência de juvenis e adultos na mesma área de coleta (VIEIRA, 1947, IWAI, 1973). Padrão semelhante foi encontrado neste estudo, corroborando o encontrado por BRANCO (25), demonstrando que a estrutura sazonal de comprimento da população é mantida em função dos eventos de ciclo de vida da espécie. Os histogramas das distribuições das classes de comprimento mostram que, indivíduos adultos predominam sobre os juvenis, contrariando o registrado para a espécie na região de Caravelas (Bahia) (SANTOS & IVO, 2) e na maioria das populações naturais (BRANCO, 25). A relação peso/comprimento tem sido utilizada para facilitar a estimativa do peso de um exemplar através do seu comprimento; esta relação é amplamente empregada em estudos de dinâmica populacional (BRANCO, 1999). A forma de crescimento de uma espécie é importante no estudo do ciclo de vida de uma população (VAZZOLER, 1996). De acordo com BRANCO (1999), os camarões da família Penaeidae, em geral apresentam tendência de crescimento alométrico, com diferença entre os sexos. Assim, a relação peso/comprimento para X. kroyeri, apresentou tendência exponencial, com padrão de crescimento alométrico negativo. Entretanto, BRANCO (1999) descreve que na Armação do Itapocoroy, os machos de X. kroyeri apresentaram padrão isométrico, enquanto nas fêmeas o padrão foi mantido. De acordo com BRANCO (25), a população de X. kroyeri na Armação do Itapocoroy apresentou um amplo período de desova, com a existência de dois picos de desova, o primeiro e principal ocorre na primavera, e o segundo no outono, corroborando o presente estudo. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

122 3-25 A maior parte das espécies mostra uma periodicidade no processo reprodutivo, com início do desenvolvimento gonadal em uma época anterior àquela de reprodução. Quando as condições ambientais forem favoráveis à fecundação e desenvolvimento da prole, completam a maturação gonadal, com uma disponibilidade de oxigênio dissolvido suficiente e menores riscos de predação sobre a prole (VAZZOLER, 1996). De acordo com COELHO & SANTOS (1993), no Nordeste do Brasil a principal época de reprodução de X. kroyeri, provavelmente ocorra entre dezembro e abril. Entretanto para VIEIRA (1947), essa espécie apresenta um período de reprodução mais intenso durante os meses de setembro a março; as fêmeas de X. kroyeri apresentam um desperdício dos espermatóforos através dos processos de ecdise que a espécie apresenta, assim há a necessidade de uma nova cópula pré-desova. GRAÇA-LOPES (1996) também descreve dois picos de desova para a população de X. kroyeri no litoral de São Paulo. Durante o outono, no mês de maio, ocorreu um pico mais acentuado, e o outro na primavera, em outubro. Ainda de acordo com o mesmo autor, o pico de desova que ocorreu em maio deve-se ao recrutamento, enquanto o pico de outubro deve-se às prováveis concentrações de parcelas da população para cópula e desova. Os resultados obtidos na Armação do Itapocoroy demonstram que as maiores taxas de captura ocorreram entre dezembro a maio, com os picos anuais alternando-se entre março e abril (BRANCO, 25), corroborando os dados do presente estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

123 3-26 Apesar de serem obtidos resultados consistentes e satisfatórios, este estudo apresenta alguns ruídos causados possivelmente, pela troca de área de amostragem, diferentes embarcações e apetrechos de pesca, bem como a potência do motor utilizado. As maiores taxas de captura ocorreram nos meses de fevereiro a maio, período do antigo defeso, e em contrapartida, o período de maiores índices do IGS foram registrados em outubro e novembro, reforçando o que foi determinado na nova portaria sobre o defeso do camarão setebarbas, (decreto n 5583, de 16 de novembro de 25, processo IBAMA/SC n /25-35, que proíbe a pesca de 1 de outubro a 31 de dezembro) estipulada através dos trabalhos descritos no litoral brasileiro, principalmente os realizados com série temporal, como o de BRANCO (25). BRANCO (25) indica dimensões preocupantes com relação ao impacto da pesca artesanal do camarão sete-barbas na Armação do Itapocoroy. Conforme o autor, na maioria dos estudos, os dados disponíveis não determinam os reais impactos biológicos e ecológicos desta modalidade pesqueira. Portanto, através dos resultados obtidos neste trabalho, a limitação do esforço e a correta utilização da ferramenta de defeso, poderá estabelecer um nível máximo de esforço compatível com a preservação dos estoques explorados na Baía de Tijucas. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

124 3-27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSCHI, E. E Estudo biológico pesquero del camarón Artemesia longinaris Bate, de Mar del Plata. Boln. Biol. Mar., Mar Del Plata, Argentina, 18: BRANCO, J. O Biologia do Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda : Penaeidae), análise da fauna acompanhante e das aves marinhas relacionadas a sua pesca, na região de Penha, SC, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de São Carlos, SP, 147 p. BRANCO, J. O.; Lunardon-Branco, M. J.; Souto, F. X. & Guerra, C. R Estrutura Populacional do Camarão Sete-Barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862), na Foz do Rio Itajaí-Açú, Itajaí, SC, Brasil. Brazilian Archives of Biology and Technology, 42(1): BRANCO, J. O. 25. Biologia e pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri (Heller) (Crustácea, Penaeidae), na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 22 (4): BRANCO, J. O. & H. A. A. FRACASSO, 24. Ocorrência e abundancia da carcinofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller) (Crustácea, Decapoda), na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 21 (2): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

125 3-28 COELHO, P. A. & SANTOS, M. C. F Época da reprodução do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Penaeidae) na região de Tamandaré, PE. Técn. Cient. CEPENE, Rio Formoso, 1(1): COELHO, P. A. & SANTOS, M. C. F. 1994/1995. A pesca de camarões marinhos ao largo da foz do São Francisco (AL/SE). Trabalhos Oceanográficos da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 23, GEP/CTTMar. 2. Boletim estatístico da pesca industrial de Santa Catarina: Ações Prioritárias ao desenvolvimento da pesca e aqüicultura no Sul do Brasil. UNIVALI, 61p. GRAÇA-LOPES, R A pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri, HELLER (1862) e sua fauna acompanhante no litoral do Estadao de São Paulo. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista, SP, 96 p. HOLTHUIS, L. B Shrimp and prawns of the world. Na annoted catalogue of species of interest to fisheries. FAO Fish. Synop., 125(1): IWAI, M Pesca exploratória e estudo biológico sobre o camarão na costa Centro/Sul do Brasil com o Navio Oceanográfico Prof. W. Besnard em SUDELPA / IOUSP, São Paulo, 71 p. MELLO, J. T. C Estudo populacional do "camarão-rosa" Penaeus brasiliensis (Latreille, 1817) e Penaeus paulensis Perez Farfante Bol. Inst. Pesca, São Paulo, 2 (2): NAKAGAKI, J. M. & NEGREIROS-FRANSOZO, M. L Population biology of Xiphopenaeus kroyeri (HELLER, 1862) (DECAPODA: Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

126 3-29 PENAEIDAE) from Ubatuba Bay, São Paulo, Brazil. Journal of Shellfish Research, Vol. 17, No. 4, NASCIMENTO, P. A. M. & POLI, C. R Curva de crescimento do camarão sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862), na Baía de Tijucas Santa Catarina. In: Anais do I Seminário sobre Ciências do Mar da UFSC.(1): NEIVA, G. S. & WISE, J. P The biology and fishery of the sea bob shrimp of Santos Bay, Brazil. Proc. Gulf. Caribb. Fish. Inst., 16: PIRES, A. M. S Structure and dynamics of benthic megafauna on the continental shelf offshore of Ubatuba, southeastern Brazil. Mar. Ecol. Prog. Ser. 86: RODRIGUEZ, E. S.; GRAÇA-LOPES, R.; PITA, J. B. & COELHO, J. A. P Levantamento das espécies de camarão presentes no produto da pesca dirigida ao camarão set-barbas (Xiphopenaeus kroyeri Heller, 1862) no estado de São Paulo, Brasil. Bol. Inst. Pesca. 12(4) SANTOS, E. P Dinâmica da População do Camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) na Baía de Santos. Pesca Pesquisa, 2(2): SANTOS, M. C. F. & IVO, C. T. C. 2. Pesca, Biologia e Dinâmica Populacional do Camarão Sete-Barbas, Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (CRUSTACEA: DECAPODA: PENAEIDAE), capturado em frente ao município de Caravelas (BAHIA BRASIL). Bol. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré, v.8, SEVERINO-RODRIGUEZ, E.; PITA, J. B.; GRAÇA LOPES R.; COELHO, J. A. P. & PUZZI, A Aspectos biológicos e pesqueiros do Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

127 3-3 camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) capturado pela pesca artesanal no litoral do estado de São Paulo. B. Inst. Pesca. 19(1) : SIGNORET, M Abundancia, tamaño y distribución de camarones (Crustacea, Penaeidae) de la Laguna de Términos, Campeche y su relación con algunos factores hidrológicos. Ann. Inst. Biol., Univ. Nal. Autón. México 45, Ser. Zoología : SOKAL, R. R. & ROHLF, F. J Byometry, the principles and practies of statistics in biological research. W.H. Freeman and Co., San Francisco. 776p. VALENTINI, H.; D INCAO, F.; RODRIGUES, L. F.; NETO, J. E. R. & DOMIT, L. G Análise da pesca do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Atlântica, Rio Grande, 13(1): VAZZOLER, A. E. A. de M Biologia da reprodução de peixes teleósteos: teoria e prática. Maringá: EDUEM, 169p. VIEIRA, B. B Observações sobre a maturação de Xiphopenaeus kroyeri no litoral de São Paulo. Bol. Mus. Nacional, Rio de Janeiro, 74: Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

128 Anexo 5.4 ANEXO 5.4. CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA ACOMPANHANTE DA PESCA DO CAMARÃO SETE-BARBAS NA BAÍA DE TIJUCAS. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

129 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR - CTTMar LABORATÓRIO DE BIOLOGIA ANEXO FAUNA ACOMPANHANTE DO CAMARÃO SETE-BARBAS Responsáveis técnicos: MARCOS SIQUEIRA BOVENDORP JOAQUIM OLINTO BRANCO

130

131 5-3 1.Introdução A pesca de camarões no litoral de Santa Catarina exerce papel relevante no contexto econômico, histórico, social e cultural (Branco, 1999). A pesca vem sendo, há muito tempo, uma atividade responsável pelo sustento de grande parte da população mundial (Marchesin & Rui, 1985 in Oliveira, 1988). Embora no Brasil, a pesca artesanal seja uma atividade importante, pois abastece local e regionalmente os mercados de pescados, tem recebido ao longo do tempo poucos incentivos governamentais já que constitui uma das principais atividades para uma expressiva parcela da população litorânea (Cabral, 1997). Nas pescarias de arrasto da frota artesanal, uma parcela significativa da fauna capturada é devolvida ao mar, seja por tratar-se de espécies sem valor comercial ou de indivíduos pequenos das espécies de interesse econômico. A maioria dos exemplares devolvidos ao mar já está morta, sendo denominada de rejeito ou descarte (Branco, 1999). A fauna rejeitada nessa atividade de pesca é bastante diversificada, constituída de peixes, crustáceos, moluscos, equinodermatas e cnidários, dentre outros (Branco, 1999). A participação dessa fauna no produto dos arrastos é freqüentemente elevada, superando consideravelmente a quantidade de camarão em condições de comercialização (Coelho et al. 1986; Branco, 1996). Dentre os grupos integrantes da fauna acompanhante, os peixes são os mais abundantes e de maior interesse econômico (Branco & Verani, 26). No Brasil, em especial no Estado de Santa Catarina, a análise da rejeição da fauna acompanhante é bastante incipiente, dessa maneira, Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

132 5-4 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas estudos quali-quantitativos da fauna acompanhante associados a estudos do comportamento biológico do camarão sete-barbas, são de fundamental importância, visto que os arrastos são realizados freqüentemente em criadouros de diversas espécies de interesse econômico. Além disso, a pesca de arrasto é considerada uma arte de captura predatória e desestabilizadora das comunidades bentônicas (Branco & Verani, 26). 2. Materiais e Métodos Foram realizadas coletas durante o período de Janeiro/25 a Janeiro/26, sendo os meses que ocorria mais de uma coleta, foram somados os dados e feito a média dos mesmos para o mês, no entanto a coleta realizada no mês de novembro/24 foi utilizada somente como amostra piloto. A escolha das áreas de pesca foram aleatórias, na Baía Tijucas, SC em embarcações da pesca do camarão sete-barbas das cidades e comunidades e que utilizam a baía como área de pesca. Na obtenção do material foram utilizadas duas redes de arrasto com portas, tracionadas por baleeira, com velocidade aproximada de 3, nós, sendo que a fauna acompanhante e a espécie alvo capturada foram separadas e acondicionada em sacos plásticos etiquetados, armazenado em caixas de monobloco e resfriada com gelo, a coleta e o processamento do material biológico seguiram metodologia de BRANCO (1999). No laboratório do Campus I da UNIVALI a ictiofauna e a espécie alvo capturada foram separadas da análise da fauna acompanhante sendo está identificada e separada por espécies ou ao menor nível taxonômico Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

133 5-5 possível, através de bibliografias especializadas, em seguida registrado o número total de indivíduos e pesados com balança de precisão de,1g. As espécies foram classificadas segundo a sua ocorrência segundo (ANSARI et al, 1995), sendo r = regular, com ocorrência de (9 a 12 meses), s = sazonal (6 a 8 meses) e o = ocasional (1 a 5 meses). A carcinofauna correspondente aos camarões, foi analisada junto com a espécie alvo, visto que o profissional detinha maior conhecimento sobre os camarões. A análise dos dados foi efetuada com o auxílio de pacotes estatísticos em microcomputadores. 3. Resultados e discussão Foi capturado um total de 1718 indivíduos pertencentes à 11 espécies e ao grupo dos cnidários (composta por água-viva e anêmona), totalizando em biomassa 18,73 kg(tab I). A proporção da captura da espécie alvo para a sua fauna acompanhante (cnidofauna carcinofauna, equinofauna, e malacofauna) foi de (1:,5; 1:,57; 1:,68; 1:,85; 1:,65) repectivamente, totalizando para essas faunas 1:,1318. BRANCO E VERANI (26), para a região da penha encontrou uma variação de 67 a 82 espécies na fauna acompanhante incluindo a ictiofauna. O grupo da fauna acompanhante com maior contribuição em biomassa e números de exemplares nas capturas, durante o período de amostragem foi a Carcinofauna com 9,36% (Fig. 1), sendo as espécies mais representativas foram o siri-azul, Calinectes ornatus com 684 exemplares e uma biomassa total 6, kg, seguido do Callinectes dannae Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

134 5-6 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas com 176 e 4,82 kg respectivamente (Tab. I). Os demais grupos, contribuíram com apenas 3,71% do total da fauna acompanhante analizada, representando 5,32 kg do peso total (Fig. 2). Na região da Armação do Itapocoroy, Bail (23) verificou que a contribuição da carcinofauna foi de 18% para a pesca do camarão sete-barbas. Tabela I. Relação das espécies de macroinvertebrados e suas respectivas freqüências no período de coleta na região da Baía de Tijucas, SC, durante janeiro/25 a janeiro/26. A ocorrência das espécies está representada por r = regular (9 a 12 meses), s = sazonal (6 a 8 meses) e o = ocasional (1 a 5 meses). Família/Espécie 25 N Biomassa ocorrêcia CNIDARIA água viva 9,44 o anêmona 16,58 r MOLLUSCA/ GASTROPODA Nassariidae Buccinanops gradatum (Deshayes, 1844) 85,81 r Olividae Olivancillaria urceus (Röding, 1798) 32,35 o MOLLUSCA/ CEPHALOPODA Loligonidae Loligo sanpaulensis (Brakoniecki, 1984) 328 1,75 r CRUSTACEA/ MALACOSTRACA Calappidae Hepatus pudibundus (Herbst, 1785) 32,84 s Leucossidae Persephona mediterranea (Herbst, 1794) 15,9 s Persephona punctata (Linnaeus, 1758) 1 1,28 r Majidae Libinia spinosa (H. Milne Edwards, 1834) 22,39 o Portunidae Callinectes danae (Smith, 1869) 176 4,82 r Callinectes ornatus (Ordway, 1863) 684 6, r Astropectinidae Astropecten marginatus (Gray, 184) 115,54 r Luidiidae Luidia senegalensis (Lamarck, 1816) 14,84 o Total ,73 Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

135 5-7 As espécies que apresentaram ocorrências regulares durante o ano foram Buccinanops gradatum (Deshayes, 1844), Loligo sanpaulensis (Lula) (Brakoniecki, 1984), Persephona punctata (garanguejo aranha) (Linnaeus, 1758), Callinectes danae (siri-azul)(smith, 1869), Callinectes ornatus (siriazul)(ordway, 1863), Astropecten marginatus (estrela do mar)(gray, 184) e anêmona, que não foi identificada a nível de espécie. Estas espécies foram capturadas em trabalhos de arrasto do camarão-sete barbas nas regiões sul e sudeste do litoral brasileiro (Branco & Fracasso, 24, Graça-Lopes et al; 22), (Nagakaki et al; 1995). Contribuição em número de exemplares X. Kroyeri 86,93 Crustacea 9,36 Cephalopoda 1,22 Echinodermata,97 Gastropoda,81 Cnidaria, % Figura 1. Participação em número de exemplares dos grupos pertencentes à fauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baía de Tijucas, SC. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

136 5-8 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Contribuição em biomassa X. Kroyeri 124,6 Crustacea 13,41 Cephalopoda 1,75 Echinodermata 1,39 Gastropoda 1,16 Cnidaria 1, Figura 2. Contribuição em quilogramas dos grupos pertencentes à fauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baía de Tijucas, SC. Kg As figuras de 3 a 9 mostram as variações mensais da captura das espécies que apresentaram distribuição de ocorrência regular no presente estudo. Na figura 3, a maior captura de anêmonas concentrou-se no mês de fevereiro e ausência em julho, contribuindo no ano com 16 indivíduos e um peso de,58 kg (Tab. I). Bail (23) encontrou valores semelhantes no trabalho realizado na região da Penha, SC, o que corrobora com os valores obtidos para anêmona na Baía de Tijucas, SC. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

137 5-9 N anêmona Número Biomassa Kg 3,14 25,12 2,1 15,8,6 1,4 5,2 J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses Figura 3. Variações mensais da anêmona na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baía de Tijucas, SC. A espécie Buccianops gradatum não foi verificada para os meses de janeiro/5 e junho/5, porem nos demais meses apresentou valores de peso e número de indivíduos para setembro/25 a janeiro/26, (Fig. 4 ). Isto pode ser explicado pelas amostragens efetuadas aleatoriamente na baía de Tijucas, abrangendo áreas distintas nos meses em questão. Sua captura anual foi de 85 exemplares, com uma biomassa de,81 kg (Tab. I). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

138 5-1 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas N Buccinanops gradatum Número Biomassa Kg ,11,1,9,8,7,6,5,4,3,2,1 J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses Figura 4. Variações mensais da B. gradatum na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baía de Tijucas, SC. Na região da Penha, Bail (23), registrou a ocorrência de 7 indivíduos de L. sanpaulensis, porém na baía de Tijucas foram capturados um número superior de exemplares (328), totalizando 1,8 kg no ano (Tab. I), com picos em agosto e setembro e ausência em julho (Fig. 5). Este valor pode estar sendo influenciado pelas amostragens aleatórias. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

139 5-11 N Loligo sanpaulensis Número Biomassa ,45,4,35,3,25,2,15,1,5 J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses Figura 5. Variações mensais da L. sanpaulensis na pesca artesanal do camarão setebarbas, na região da Baía de Tijucas, SC. Persephona Punctata foi à espécie mais representativa em peso nos meses de outubro a janeiro/26, com um pico de captura em número de exemplares no mês de março/25, estes valores podem estar indicando uma maior ocorrência de juvenis em março (Fig. 6). A captura anual totalizou 1 indivíduos, atingindo uma biomassa total de 1,28 kg (tab. i). Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

140 5-12 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas N Persephona punctata Número Biomassa Kg ,55,5,45,4,35,3,25,2,15,1,5 J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses Figura 6. Variações mensais da P. punctata na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baia de Tijucas, SC. Para Callinectes ornatus, as maiores biomassas ocorreram em setembro/25 a janeiro/26 e uma baixa captura, sendo em abril, maio e julho uma alta taxa de captura e uma biomassa reduzida, demonstrando assim que a alta captura é nos indivíduos de pequeno porte (juvenis) e a alta biomassa e pequena captura nos adultos (fig.7). Branco & Lurnadon-Branco (1993), encontraram para os meses de setembro à janeiro um incremento de juvenis na população de Matinhos, PR, e captura de adultos para os outros meses, corroborando com o comportamento e biologia da espécie para a baía de Tijucas. Foi a espécie que apresentou maiores números, tanto em indivíduos quanto em peso. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

141 5-13 N Callinectes ornatus Número Biomassa Kg J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses 1,2 1,1 1,9,8,7,6,5,4,3,2,1 Figura 7. Variações mensais da C.ornatus na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baia de Tijucas, SC. O siri-azul Callinectes dannae foi a segunda espécie que mais contribuiu em biomassa e número de exemplares na fauna acompanhante analisada da pesca do camarão sete barbas. as maiores capturas, tanto em biomassa, quanto em número de indivíduos ocorreram em junho e as menores capturas em setembro. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

142 5-14 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas N Callinectes danae Número Biomassa Kg J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses 1,2 1,1 1,9,8,7,6,5,4,3,2,1 Figura 8. Variações mensais da C.danae na pesca artesanal do camarão sete-barbas, na região da Baia de Tijucas, SC. Já a Astropecten Marginatus (fig.9) apresentou uma captura de 115 indivíduos e uma biomassa de,54 kg, com pico de captura em fevereiro e ausência nos meses de julho, agosto e setembro. Bail, (23) encontrou valores semelhantes para as áreas de trabalho na região da Penha, o que corrobora com o presente estudo. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

143 5-15 N Astropecten marginatus Número Biomassa Kg ,165,15,135,15,9,75,45,3,15 J/5 F M A M J J A S O N D J/6 meses,18,12,6 Figura 9. Variações mensais da A. marginatus na pesca artesanal do camarão setebarbas, na região da Baia de Tijucas, SC. 4. Considerações Finais Segundo BRANCO (25) os dados disponíveis na maioria dos estudos com relação ao impacto da pesca artesanal do camarão setebarbas na Armação do Itapocoroy, não determinam os reais impactos ecológicos desta modalidade pesqueira. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

144 5-16 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas 5. Referências Bibliográficas ANSARI, Z. A.; CHATTERFI, A.; INGOLE B. S.; SREEPADA, R. A.; RIVONKAR, C. U. & PARULEKAR, A.H. Community structure and seazonal variation of inshore demersal fish community at Goa, west of India. Estuar.coast.Shelf.Sci., V.41, p , COELHO, J.A.P.; A. PUZZI; R. GRAÇALOPES; E.S. RODRIGUES & O. PRETO JR análise da rejeição de peixes na pesca artesanal dirigida ao camarão sete-barbas (xiphopenaeus kroyeri) no litoral do estado de são paulo. Boletim do Instituto de Pesca, são paulo, 13(2): BAIL, G. C. 23. Aspectos sócio-econômicos da Pesca do Camarão Sete-Barbas (Xiphopenaeus kroyeri), Fauna Acompanhante e suas Relações com as Aves Marinhas na Região de Penha, SC. Relatório Final - PIBIC, Universidade do Vale do Itajaí, Santa Catarina. BRANCO, J. O. & LUNARDON-BRANCO, M. J. 1993a. Aspectos da biologia do Callinectes ornatus ORDWAY, 1863 (DECAPODA, PORTUNIDAE) na Região de Matinhos, Paraná, Brasil. Arq. Biol. Tecnol. 36 (3): BRANCO, J. O.; VERANI, J. R. 26. Análise quali-quantitativa da ictiofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas, na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, PR. 23 (2): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

145 5-17 BRANCO, J Ciclo e ritmo alimentar de Callinectes danae SMITH, 1869 (DECAPODA, PORTUNIDAE) na Lagoa da Conceição, Florianópolis, SC. Arq. Biol. Tecnol., Curitiba, 39 (4): BRANCO, J. O Biologia do Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Decapoda: Penaeidae), análise da fauna acompanhante e das aves marinhas relacionadas a sua pesca, na região de Penha, SC, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de São Carlos, SP, 147p. BRANCO, J. O. & FRACASSO, H. A. 24. Biologia populacional de Callinectes ornatus (Ordway) na Armação do Itapocoroy, Penha, SC. Rev. Bras. de Zoo. 21(1):91-96, 24 PEREZ-FARFANTE, I Srhimps and prawns. In: Fisher, W. (Ed.). FAO species identifications sheets for fishery proposes. Western Central Atlantic (Fishery Area 31), Rome: FAO. Vol. 6. NAGAKAKI, J.M.; M.L. NEGREIROS-FRANSOZO & A. FRANSOZO Composição e abundância de camarões marinhos (Crustacea, Decapoda, Penaeidae) na Enseada de Ubatuba, Ubatuba (SP), Brasil. Arquivo de Biologia e Tecnologia, Curitiba, 38 (2): MELO, G.A.S Manual de identificação dos Brachyura (caranguejos e siris) do litoral brasileiro. São Paulo: Plêiade/FAPESP. 64p. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

146 5-18 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas GRAÇA-LOPES, R.; A. PUZZI; E. SEVERINO-RODRIGUES; A.S. BARTOLOTTO; D.S.F. GUERRA & K.T.B. FIGUEIREDO. 22. Comparação entre a produção de camarão sete-barbas e de fauna acompanhante pela frota de pequeno porte sediada na Praia de Perequê, Estado de São Paulo, Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, 28(2): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.4

147 Anexo 5.5 ANEXO 5.5. CARACTERIZAÇÃO DA ICTIOFAUNA NA PESCA DO CAMARÃO SETE-BARBAS NA BAÍA DE TIJUCAS. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

148 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR - CTTMar LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA E EXTENSÃO PESQUEIRA ANEXO CARACTERIZAÇÃO DA ICTIOFAUNA ACOMPANHANTE NA PESCA DO CAMARÃO SETE-BARBAS NA BAÍA DE TIJUCAS, SC. Responsável técnica: GISLEI CIBELE BAIL

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150 5-3 APRESENTAÇÃO Este trabalho apresenta características da ictiofauna presente na Baía de Tijucas, onde a atividade da pesca camaroeira é regular. Esta arte de pesca apresenta baixa seletividade, possuindo como característica marcante a captura de grandes quantidades de invertebrados e peixes, muitas vezes rejeitados e descartados pelo seu pequeno tamanho ou por não haver mercado para a sua comercialização. A ictiofauna acompanhante da pesca do camarão forma em todo o mundo um conhecido e discutido recurso que tende a ser subutilizado em muitas áreas do mundo e totalmente utilizado em outras. O camarão sete-barbas, devido a sua abundância, desempenha um importante papel sócioeconômico para diversas comunidades de pescadores artesanais do litoral brasileiro, os quais retiram o sustento de seus familiares utilizando embarcações de pequeno porte e atuando em regiões mais próximas da costa. Foram realizados acompanhamentos mensais da atividade pesqueira de arrasto, entre novembro/24 a janeiro/26, em áreas distribuídas na Baía de Tijucas, decidida pelo pescador colaborador no dia da amostragem, entre as isóbatas de 3,5 e 35 metros de profundidade. As capturas obtidas foram triadas pelo acadêmico Jonas Rodrigues Leite, sob orientação do professor Dr. Maurício Hostim-Silva, onde obteve-se dados quali-quantitativos das espécies. Posteriormente os dados receberam tratamento, sendo analisada a diversidade, abundância, flutuações sazonais, bem como a proporção de camarão sete-barbas/ictiofauna acompanhante. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

151 5-4 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas RESULTADOS Em 26 lances de pesca acompanhados durante o período, foram capturados 8338 exemplares entre peixes pelágicos e demersais, pertencentes a 25 famílias e distribuídas em 44 espécies (Tab. I). Tabela I. Relação das espécies de peixes acompanhantes na pesca artesanal do camarão sete-barbas, durante o período de dezembro/4 a janeiro/6. N = número de indivíduos capturados, Biomassa total capturada, Lt (cm) < e >= comprimento total mínimo e máximo. Biomassa Lt < Família Espécie Nome Popular N Lt > (cm) (g) (cm) Achiridae Achirus lineatus Sola 2 17,84 9,1 4,2 Ariidae Cathorops spixii Bagre amarelo 8 63,7 13,5 5,5 Genidens barbus Bagre branco ,75 27, 4, Genidens genidens Bagre favudo ,9 23, 5, Batrachoididae Porichthys porosissimus Sapo luminoso ,86 29, 4,5 Carangidae Chloroscombros chrysurus Palombeta 19 42,27 13,4 4,3 Selene setapinnis Galo ,88 12,6 3,2 Selene vomer Galo de penacho ,92 14,9 3,7 Clupeidae Harengula clupeola Sardinha cascuda 2 5,3 7, 6,8 Sardinela brasiliensis Sardinha verdadeira 27 67,3 15, 5, Pellona harroweri Sardinha-mole ,3 18,8 3, Cynoglossidae Symphurus tesselatus Língua de sogra ,33 16,2 7,9 Engraulidae Lycengraulis grossidens Manjuvão ,12 17,5 5,3 Cetengraulis edentulus Manjuvinha ,61 16,5 3,8 Ephippidae Chaetodipterus faber Enchada 2 61,68 9,5 8,7 Gerreidae Eucinostomus melanopteros Escrivão 1 39,6 15,2 15,2 Haemulidae Pomadasys corvinaeformis Corcoroca 1 16,19 1,5 1,5 Orthopristis ruber Corcoroca 1 233,81 26,2 26,2 Monacantidae Stephanolepis hispidus Peixe porco 3 35,85 11,5 2, Muraenidae Gymnotorax ocellatus Moréia pintada 1 24,12 45,5 38,3 Ophicthidae Ophichthus gomesii Cobra dáguá ,5 51,2 5,6 Paralichthydae Etropus crassotus Linguado 1 14,92 9,3 9,3 Citharichthys spilopterus Linguado ,85 17,8 5, Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

152 Phycidae Urophycis brasiliensis Abrótea ,61 16,1 6,5 Pomatomidae Pomatomus saltator Enchova 1 27,75 14,6 14,6 Sciaenidae Isopisthus parvipinnis Pescadinha ,81 2,7 3,6 Larimus breviceps Oveva 17 72,74 1,5 3,7 Macrodon ancylodon Pescada foguete ,23 18,5 3, Menticirrhus americanus Papa terra 1 36,37 31,5 31,5 Micropogonias furnieri Corvina ,9 17,1 5, Stellifer rastrifer Cangoá ,23 2,6 1,5 Stellifer stellifer Cangoá ,62 16,7 4, Stellifer brasilienis Cangoá 74 62,86 16,9 4,1 Paralonchurus brasilienis Maria Luiza ,94 29, 2,3 Scombridae Scomberomorus cavalla Cavala 1 16,86 14,5 14,5 Serranidae Diplectrum radiale Aipim 1 155,66 21,1 21,1 Stromateidae Peprilus paru Gordinho ,45 18,5 3, Synodontidae Synodus foetens Peixe lagarto 1 65,45 21,6 21,6 Tetradontidae Sphoeroides greely Baiacu 4 546,24 26, 8,1 Sphoeroides spengleri Baiacu 1 9,26 8, 6,5 Sphoeroides testudineus Baiacu 2 253,42 23,2 5,7 Lagocephalus laevigatus Baiacu arara 44 31,22 1,5 3,8 Trichiuridae Trichiurus lepturus Espada ,25 79,5 8,9 Triglidae Prionotus punctatus Cabrinha ,72 15, 6,6 5-5 CONTRIBUIÇÃO EM NÚMERO DE EXEMPLARES E BIOMASSA Das 25 famílias coletadas, quatro representaram 85,5% do total de exemplares capturados (Fig. 1). A família Sciaenidae foi responsável por 61,3% do número total de peixes capturados, seguidos da Clupeidae (14,6%), Carangidae (5,71%) e Engraulidae (4,16%); enquanto que as 21 famílias restantes, denominadas outras (Tab. I), contribuíram em conjunto com apenas 14,5% do número total de espécimes da ictiofauna (Fig. 1). Em relação ao peso, quatro famílias somaram 71,45% da biomassa total (Fig. 2). A família Sciaenidae superou as demais, com 5,42%, seguida da Clupeidae (14,66%), Carangidae (3,28%) e Engraulidae Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

153 5-6 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas (3,8%) (Fig. 2). As demais famílias representaram 28,56% da biomassa total capturada. Contribuição em número de indivíduos Sciaenidae 61,3% Outras 14,5% Clupeidae 14,6% Carangidae 5,71% Engraulidae 4,16% Figura 1. Contribuição em número de indivíduos das principais famílias da ictiofauna acompanhante na pesca artesanal do camarão sete-barbas. Contribuição em biomassa Sciaenidae 5,42% Outras 28,56% Clupeidae 14,66% Carangidae 3,28% Engraulidae 3,8% Figura 2. Contribuição em biomassa das principais famílias da ictiofauna acompanhante na pesca artesanal do camarão sete-barbas. A tabela II mostra a contribuição em número de exemplares e biomassa das espécies mais abundantes da ictiofauna. Das cinco espécies dominantes, quatro pertencem à família Sciaenidae e uma à Clupeidae. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

154 Stellifer rastrifer contribui com 32,86% em número de indivíduos, seguido de Pellona harroweri (14,31%), Paralonchurus brasiliensis (11,92%), Stellifer stellifer (6,72%) e Isopisthus parvipinnis (4,91%). Para a biomassa, obteve-se o mesmo padrão, com exceção de P. brasiliensis, que ocupou o segundo lugar, superando P. harroweri. A tabela II, indica que Stellifer rasfrifer foi à espécie que participou com maior número de exemplares e biomassa. 5-7 Tabela II. Participação em número de exemplares e biomassa (g) das espécies mais abundantes da ictiofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas. Nome Família/Espécie popular N % Biomassa % Clupeidae Pellona harroweri Sardinha mole , ,3 14,57 Sciaenidae Paralonchurus brasiliensis Maria Luiza , ,94 14,77 Isophistus parvipinnis Pescadinha 49 4,91 288,81 3,91 Stellifer stellifer Cangoá 56 6,72 344,62 4,67 Stellifer rastrifer Cangoá , ,23 21,39 Total , ,9 59,32 ESTRUTURA DE COMPRIMENTO DAS ESPÉCIES MAIS ABUNDANTES Para a análise de distribuição do comprimento total, consideraram-se apenas as espécies mais representativas (Tab. II). Para P. harroweri, observou-se uma distribuição de freqüência polimodal, sendo as modas nas classes de 6,, 9,, 11, cm e menos representativas nas classes de 15, e 19, cm. A amplitude do Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

155 5-8 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas comprimento total variou de 3, a 19, cm e o comprimento total médio foi de 9,2 cm (Fig. 3). N N = 1193 Lt M = 9, Lt (cm) Figura 3. Distribuição de freqüência por classe de comprimento total para P. harroweri. Paralonchurus brasiliensis apresentou amplitude de comprimento total entre 3, a 29, cm. A distribuição de freqüência apresentou tendência do tipo polimodal, sendo que a moda mais representativa ocorreu na classe de 1, cm e o comprimento total médio da espécie foi de 1, cm (Fig. 4). N 2 18 N = 994 Lt M = 1, Lt (cm) Figura 4. Distribuição de freqüência por classe de comprimento total para P. brasiliensis. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

156 5-9 Isopisthus parvipinnis também apresentou distribuição de freqüência polimodal, com picos mais representativos nas classes de 6, e 9, cm. A amplitude de comprimento total variou entre 4, e 21, cm (Fig. 5), com comprimento total médio de 8, cm. N 9 8 N = 49 Lt M = 8, Lt (cm) Figura 5. Distribuição de freqüência por classe de comprimento total para I. parvipinnis. Para Stellifer stellifer o comprimento variou entre 4, e 17, cm, apresentando uma distribuição de freqüência polimodal, sendo que a moda mais representativa ocorreu na classe de 7, cm. O comprimento total médio da espécie foi de 7, cm (Fig. 6). N N = 56 Lt M = 7, Lt (cm) Figura 6. Distribuição de freqüência por classe de comprimento total para S. stellifer. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

157 5-1 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas Stellifer rastrifer ocupou o primeiro lugar em número de indivíduos e biomassa. A figura 7 mostra que a distribuição de freqüência de comprimento total dessa espécie foi do tipo unimodal na classe de 8, cm. Sua amplitude de comprimento variou de 4, a 21, cm e seu comprimento total médio foi de 7,3 cm (Fig. 7). N 12 1 N = 274 Lt M = 7, Lt (cm) Figura 7. Distribuição de freqüência por classe de comprimento total para S. rastrifer. FLUTUAÇÕES SAZONAIS DA ICTIOFAUNA A figura 8 mostra a variação do número médio de exemplares capturados e a biomassa média ao longo do período de coleta. Para o número de exemplares, as maiores contribuições ocorreram nos meses de janeiro, seguido de um declínio em fevereiro, novo incremento no mês de março e queda gradativa até dezembro, intercalado por pequenas oscilações nos meses de julho e outubro. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

158 Para a biomassa, observou-se flutuações sazonais mais acentuadas, onde registrou-se pico de captura para o mês de janeiro (6,42 kg) e menores capturas em junho (,89 kg) Numa análise geral, verificou-se que a ictiofauna acompanhante apresentou maiores contribuições em exemplares e biomassa no início do verão (janeiro) e menores capturas nos meses da primavera (outubro, novembro e dezembro). N 12 (a) N/4 J F M A M J J A S O N D meses (b) Captura média mensal (kg) N/4 J F M A M J J A S O N D meses Figura 8. Variação mensal em número médio de exemplares (a) e em biomassa média (b) da ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas na Baía de Tijucas. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

159 5-12 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas PROPORÇÃO ENTRE CAMARÃO SETE-BARBAS E ICTIOFAUNA Para cada kg de camarão sete-barbas capturado, registraram-se,59 kg de peixes (Tab. III). Tabela III. Proporção das Ictiofauna capturada na pesca de arrasto dirigida ao camarão sete-barbas, na Baía de Tijucas. Relação Proporção (kg) Camarão sete-barbas: Ictiofauna 1:,59 DISCUSSÃO A fauna capturada na pesca do camarão sete-barbas é caracterizada por uma grande multiplicidade faunística, sendo composta por crustáceos, peixes, moluscos, equinodermos e cnidários (RODRIGUES et al., 1985; BRANCO, 1999). Geralmente a participação dessa fauna nos arrastos é elevada, superando a quantitade de camarões em condições de comercialização (COELHO et al., 1986). Essa fauna capturada além de diminuir a seletividade da rede, ocupando espaço, acaba sendo devolvida morta ao mar, por tratar-se de espécies sem valor de mercado ou por ser composta por exemplares de pequeno tamanho de algumas espécies de interesse econômico (BRANCO, 1999). Em relação aos grupos integrantes da fauna acompanhante, BRANCO & VERANI (26b) ressalta que os peixes são os mais abundantes e de maior interesse econômico. Alguns autores (COELHO et al., 1986; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93) defendem que a pesca de arrasto é predatória e realizada Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

160 freqüentemente em áreas consideradas criadouros de diversas espécies de peixes juvenis. RODRIGUES et al., (1985) ainda enfatiza que se desconhece até que ponto a grande mortalidade dessa fauna afetará o equilíbrio ecológico das áreas de pesca Para o presente estudo, a fauna acompanhante da pesca de arrasto direcionada ao camarão sete-barbas foi representada por 44 espécies pertencentes ao grupo dos peixes (Ictiofauna). Para BRANCO (1999), o número de espécies da ictiofauna oscila entre as regiões, com tendência a um incremento do Sul para o Sudeste do Brasil. A tabela IV apresenta uma comparação entre o número de espécies obtidas em diferentes regiões, de acordo com a literatura. Tabela IV. Comparação entre os números de espécies de ictiofauna acompanhante na pesca de arrasto de camarão em diferentes áreas. Local Autor Nº de espécies Barra do Rio Grande/RS RUFFINO & CASTELLO (1992/93) 47 Barra do estuário da Lagoa dos Patos/RS PEREIRA (1994) 55 Baía de Tijucas/SC PIETZSCH & NETO (1974/75) 21 Penha/SC BRANCO (1999) 41 Penha/SC BAIL & BRANCO (23) 37 Baía de Guaratuba/PR CHAVES & CÔRREA (1998) 6 Baía de Santos/SP PAIVA-FILHO & SCHMIEGELOW (1986) 55 Baía de Santos/SP GIANNINI & PAIVA-FILHO (199) 92 Baía de Santos e Praia de Perequê/SP RODRIGUES & MEIRA (1988) 33 Litoral de São Paulo COELHO et al., (1986) 77 Litoral de São Paulo GRAÇA-LOPES (1996) 62 Litoral do Rio de Janeiro ARAÚJO et al., (1998) 97 Balneário de Itaoca, Itapemirim/ES PINHEIRO et al., (25) 57 Foz do Rio São Francisco (Alagoas/Sergipe) TISCHER & SANTOS (21) 18 Pontal do Peba/AL SANTOS et al., (1998) 61 Tamandaré/ PE SANTOS et al., (1998) 6 Quatro famílias representaram 85,5% do total de exemplares, onde a família Sciaenidae dominou tanto em número de exemplares, quanto em biomassa. A dominância desta família é relatada para diversas regiões costeiras do sudeste/sul do Brasil (COELHO et al.,1986; PAIVA-FILHO & Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

161 5-14 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas SCHMIEGELOW,1986; GIANNINI & PAIVA-FILHO, 199; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93; SANTOS et al., 1998; BRANCO, 1999; KRUL, 1999; HOSTIM-SILVA et al., 22; BAIL & BRANCO, 23; BRANCO & VERANI, 26b). COELHO et al., (1986) sugere que tal fato decorre provavelmente de que as espécies da família Sciaenidae são mais comumente encontradas no estrato demersal do ambiente costeiro. MENEZES & FIGUEIREDO (198) citam que espécies dessa família são típicas em águas rasas com fundos de areia ou lama, coincidindo com o tipo de substrato da área de pesca, onde atuam a frota do camarão sete-barbas na baía de Tijucas. Cinco espécies dominaram as amostragens realizadas pelo projeto Pesca Responsável na Baía de Tijucas, sendo 4 pertencentes à família Sciaenidae: maria luiza, duas espécies de cangoás e a pescadinha/tortinha, e outra à família Clupeidae (sardinha mole). A análise da distribuição de freqüência por classe de comprimento efetuada para os dados obtidos no Projeto Pesca Responsável, e a sobreposição dos tamanhos de primeira maturação descritos na literatura para as espécies em questão, observa-se que a pesca de arrasto direcionada ao camarão sete-barbas na baía de Tijucas incide mais sobre o estoque juvenil das espécies de peixes predominantes. Para os cangoás Stellifer rastrifer, COELHO et al., (1985) estabeleceu o tamanho de 1º maturação em 9,5 cm pra fêmeas e 9,7 cm para os machos. Para S. stellifer, ALMEIDA (22) descreve o tamanho médio em torno de 7,5 cm para fêmeas e 8,1 cm para machos. Já para a maria luiza (Paralonchurus brasiliensis), TINOCO (22) obteve 14,8 cm para as fêmeas e 15, cm para os machos. Enquanto que para a pescadinha/tortinha (Isophistus parvipinnis), COELHO et al., (1988) estabeleceu o comprimento de 1º maturação em Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

162 1,7 cm para ambos os sexos. Não foi encontrado na literatura o Lc5% para a sardinha mole (Pellona harroweri) A constatação de uma maior incidência da pesca de arrasto com portas direcionada a captura de camarões sobre peixes juvenis já era esperada, devido ao tamanho de malha utilizada nas redes empregadas. As profundidades das áreas de pesca também podem acarretar em maiores capturas de indivíduos pequenos, pois diversas espécies de peixes juvenis utilizam áreas mais rasas como criadouros (COELHO et al., 1986; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93). Numa análise geral das espécies capturadas, detecta-se que aproximadamente 2 espécies ocorreram ocasionalmente, corroborando com vários autores que apresentam que apenas uma parcela de espécies domina em número e biomassa, sendo a ictiofauna constituída na sua maioria por espécies ocasionais (COELHO et al.,1986; PAIVA-FILHO & SCHMIEGELOW,1986; RUFFINO & CASTELLO, 1992/93; ARAÚJO et al., 1998; BRANCO, 1999; HOSTIM-SILVA et al., 22; BAIL & BRANCO, 23). Ressalta-se que das espécies capturadas na baía de Tijucas, apenas os bagres (N=261), a enchova (N=1), a pescada foguete (N=152), o papa-terra (N=1), a corvina (N=159) e a cavala (N=1) possuem algum valor comercial. Destas, a captura mais expressiva se deu sob os bagres, sendo que estes são alvo de capturas e comércio apenas para a comunidade de Tijucas e Santa Luzia, as quais atuam na modalidade de rede de emalhar mais intensamente, principalmente Tijucas. Outro fato que deve ser considerado é em relação a captura elevada dos Cangoás e Maria Luiza, as quais são agrupadas e consideradas como mistura. Estas espécies em geral não possuem valor comercial, por serem em média de pequeno tamanho são capturadas e descartadas, Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

163 5-16 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas exceto exemplares de maiores comprimentos, os quais são separados e aproveitados eventualmente para o próprio consumo das famílias de pescadores. Porém, durante a execução do Projeto Pesca Responsável e monitoramento da atividade pesqueira, percebeu-se a pesca de arrasto de parelha praticada por algumas embarcações da comunidade se Zimbros e Canto Grande. Esta prática visa a captura da mistura (cangoás e maria luizas), as quais são adquiridas por peixarias do município de Bombinhas, a R$,5/kg em média. Essas capturas são sazonais (geralmente ocorrendo no período dito como miséria da pesca do sete-barbas, que abrange os meses de agosto a dezembro, de acordo com os pecadores), atingindo capturas de até 1 kg de mistura/dia de arrasto ( 8 horas). Tal atividade é criticada pelas outras comunidades de entorno da baía, as quais julgam ser uma atividade depredatória das comunidades de peixes e camarões presentes na baía, e responsável pela queda na produção pesqueira local nos últimos anos. Segundo pescadores da comunidade de Santa Luzia, a população de cangoás vem diminuindo progressivamente ao longo dos anos, chegando a interromper uma tradição local, onde se realizava a Festa do Cangoá anualmente. Fato esse, atribuído à atividade de arrasto de parelha, que desde 2 vem sendo praticada na baía. Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

164 5-17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, L. R. & BRANCO, J. O. 22. Aspectos biológicos de Stellifer stellifer (Bloch) na pesca artesanal do camarão sete-barbas, Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina, Brasil. Revta. bras. Zool. 19 (2): ANSARI, Z. A.; CHATTERFI, A.; INGOLE B. S.; SREEPADA, R. A.; RIVONKAR, C. U. & PARULEKAR, A.H. Community structure and seazonal variation of inshore demersal fish community at Goa, west of India. Estuar.coast.Shelf.Sci., V.41, p , ARAÚJO, F. G.; CRUZ-FILHO, A. G.; AZEVÊDO, M. C. C. & SANTOS, A. C. A Estrutura da comunidade de peixes demersais da Baía de Sepetiba, RJ. Rev. bras. Biol., 58 (3): BAIL, G. C. & J.O. BRANCO. 23. Ocorrência, abundância e diversidade da ictiofauna na pesca do camarão sete-barbas, na Região de Penha, SC. Notas Téc. FACIMAR, Itajaí, 7: BENEDITO-CECÍLIO, E., AGOSTINHO, A. A Estrutura das populações de peixes do reservatório de segredo. In: AGOSTINHO, A. A.; GOMES, L.C. (Ed). Reservatório de Segredo: bases ecológicas para o manejo. Maringá: Eduem, cap.7, p Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

165 5-18 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas BRANCO, J. O Biologia do Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 18 2) (Decapoda: Penaeidae), análise da fauna acompanhante e das aves marinhas relacionadas a sua pesca, na região de Penha, SC, Brasil. Tese de Doutorado. Universidade de São Carlos, SP, 147 p. BRANCO, J. O.; VERANI, J. R. 26b. Análise quali-quantitativa da ictiofauna acompanhante na pesca do camarão sete-barbas, na Armação do Itapocoroy, Penha, Santa Catarina. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, PR. 23 (2): CHAVES, P. T. C. & CÔRREA, M. F. M Composição ictiofaunística da área de manguezal da Baía de Guaratuba, Paraná, Brasil. Revta. bras. Zool. 15 (1) COELHO, J. A. P.; GRAÇA-LOPES, R.; RODRIGUES, E. S. & PUZZI, A Relação peso-comprimento e tamanho de início de primeira maturação gonadal para o Sciaenidae Stellifer rastrifer (JORDAN, 1889), no litoral de São Paulo. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 12 (2): COELHO, J. A. P.; PUZZI, A. GRAÇA-LOPES, R.; RODRIGUES, E. S. & PRETO JR., O Análise da rejeição de peixes na pesca artesanal dirigida ao camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) no litoral do estado de São Paulo. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 13 (2): COELHO, J. A. P.; GRAÇA-LOPES, R.; RODRIGUES, E. S. & PUZZI, A Aspectos biológicos e pesqueiros de Isopisthus parvipinnis (Cuvier, 183), Teleostei, Perciformes, Sciaenidae, presente no rejeitado da pesca Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

166 artesanal dirigida ao camarão sete-barbas (São Paulo, Brasil). Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 15 (1): GIANNINI, R. & PAIVA-FILHO, A. M Os Sciaenidae (Teleostei: Perciformes da Baía de Santos (SP), Brasil. Bolm. Inst. Oceanogr., São Paulo, 38 (1): GRAÇA-LOPES, R A pesca do camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri, HELLER (1862) e sua fauna acompanhante no litoral do Estadao de São Paulo. Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista, SP, 96 p. HOSTIM-SILVA, M.; VICENTE, M. J. D.; FIGNA, V. & ANDRADE, J. P. 22. Ictiofauna do rio Itajaí-Açú, Santa Catarina, Brasil. Notas Téc. Facimar, : KRUL, R Interação de aves marinhas com a pesca de camarão no litoral paranaense. Dissertação de Mestrado. Curitiba, 154 p. MENEZES, N. A. & FIGUEIREDO, J. L Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil: IV Teleostei (3). São Paulo: Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, 96 p. PAIVA-FILHO, A. M. & SCHMIEGELOW, J. M. M Estudo sobre a ictiofauna acompanhante da pesca do camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) nas proximidades da Baía de Santos SP. I Aspectos quantitativos. Bolm. Inst. Oceanogr., São Paulo, 34 (único): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

167 5-2 Encarte 5 Pesca Responsável na Baía de Tijucas PEREIRA, L. E Variação diurna e sazonal dos peixes demersais na barra do estuário da lagoa dos Patos, RS. Atlântica, Rio Grande, 1 : PIETZSCH, L. L. & NETO, F. M. O. 1794/75. Sobre a pesca e a biologia dos camarões comerciais na baía de Tijucas Santa Catarina Brasil. Telatório Mensal ARCAPESC. Governo do estado de SC. PINHEIRO, H.T.; PINTO, A. S. S.; MARTINS, A. S. 25. Ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão sete-barbas no Balneário de Itaoca, Itapemirim, ES. In: Anais do II Congresso Brasileiro de Oceanografia. Vitória, ES, 9 a 12 de outubro. RODRIGUES, E. S.; GRAÇA-LOPES, R.; PITA, J. B. & COELHO, J. A Levantamento das espécies de camarão presentes no produto da pesca dirigida a camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri Heller, 1862) no estado de São Paulo, Brasil. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 12 (4): RODRIGUES, E. S. & MEIRA, P. T. F Dieta alimentar de peixes presentes na pesca dirigida ao camarão sete-barbas (Xiphopenaeus kroyeri) na Baía de Santos e Praia do Perequê, estado de São Paulo, Brasil. Bolm. Inst. Pesca, São Paulo, 15 (2): RUFFINO, M. L. & CASTELLO, J. P. 1992/93. Alterações na ictiofauna acompanhante da pesca do camarão barba-ruça (Artemesia longinaris) nas imediações da Barra de Rio Grande, Rio Grande do Sul Brasil. Nerítica, Curitiba, 7 (1-2): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

168 SANTOS, M. C. F & COELHO, P. A Recrutamento pesqueiro de Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustácea Decapoda: Penaeidae) na Plataforma Continental dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe Brasil. Bolm. Téc Cient. CEPENE, Tamandaré/PE, v. 6, p , SANTOS, M. C. F.; FREITAS, A. E. T. S. & SILVA, M. M Composição da ictiofauna acompanhante da pesca de camarão em Tamandaré/ PE e Pontal do Peba/ AL. Bolm. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré, (1):47-6. TINOCO, R. V. 22. Aspectos da população e reprodução de Paralonchurus brasiliensis Steindachner, 1875 (Perciformes Sciaenidae) no litoral centro-norte catarinense. Trabalho de graduação. Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí. 39 p. TISCHER, M. & SANTOS, M. C. F. 21. Algumas considerações sobre a ictiofauna acompanhante da pesca de camarões na foz do rio São Francisco (Alagoas/Sergipe Brasil). Bolm. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré, 9 (1): Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Anexo 5.5

169 Anexo 5.6 ANEXO 5.6. DINÂMICA DA BIOMASSA DO CAMARÃO SETE-BARBAS (XIPHOPENAEUS KROYERI) NA BAÍA DE TIJUCAS E PADRÕES ASSOCIADOS À EFICIÊNCIA DAS FROTAS PESQUEIRAS. _ Convênio MMA/FNMA n º 25/23 Meta 6

170 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR - CTTMar LABORATÓRIO DE OCEANOGRAFIA BIOLÓGICA ANEXO DINÂMICA DA BIOMASSA DO CAMARÃO SETE-BARBAS (XIPHOPENAEUS KROYERI) NA BAÍA DE TIJUCAS E PADRÕES ASSOCIADOS À EFICIÊNCIA DAS FROTAS PESQUEIRAS Responsável técnico: JOSÉ ANGEL ALVAREZ PEREZ

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