PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/jan/CMT/ct/smf

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1 A C Ó R D Ã O 3ª Turma GMAAB/jan/CMT/ct/smf RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO SOB A ÉGIDE DA LEI /2014. PROCESSO ANTERIOR À LEI Nº /2017. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O item I da Súmula 219 do TST é taxativo ao estipular que: "Na, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, 1º, da Lei nº 5.584/1970)", entendimento ratificado pela Súmula 329. Extrai-se do acórdão regional que o reclamante não se encontra assistido pelo sindicato da sua categoria profissional. Logo, não estando satisfeitos os dois requisitos mencionados, concomitantemente, não há como manter a condenação ao pagamento de honorários advocatícios. Recurso de revista conhecido por contrariedade à Súmula 219, I, do TST e provido. HORAS EXTRAS - ACORDO DE COMPENSAÇÃO. PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS. COMPENSAÇÃO CLÁSSICA (INEXISTÊNCIA DE BANCO DE HORAS). SÚMULA 85/IV/TST. COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO. Ressalta-se que, embora o inciso I da Súmula 85/TST preceitue a possibilidade de a compensação de jornada ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva, o inciso IV do referido verbete sumular dispõe que a prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Correta, portanto, a decisão Regional, no aspecto em que entendeu pela invalidade do acordo de compensação de jornada, em

2 fls.2 decorrência da prestação habitual de horas extras, conforme delineado no acórdão recorrido (Súmula 85, IV/TST). Ademais, diante das premissas fáticas delineadas no acórdão recorrido, impõe-se reconhecer que a pretensão recursal encontra óbice na Súmula 126 do TST, haja vista a impossibilidade de revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos. Não se constata, no recurso de revista, demonstração de jurisprudência dissonante específica sobre o tema, de interpretação divergente de normas regulamentares ou de violação direta de dispositivo de lei federal ou da Constituição da República, nos moldes das alíneas "a", "b" e "c" do artigo 896 da CLT. Recurso de revista não conhecido. INDENIZAÇÃO DE DESPESAS PELA LAVAGEM DE UNIFORME - VESTIMENTA DE PADRÃO COMUM, QUE PODE SER LAVADA EM CONJUNTO COM OUTRAS ROUPAS DE USO DIÁRIO DA PESSOA. A controvérsia nos autos é saber de quem é a responsabilidade pelo custo da lavagem do uniforme, se do empregado ou do empregador. Não consta no acórdão regional que a lavagem importasse em utilização de produtos especiais. Esta Terceira Turma, após intenso debate, consagrou o entendimento de que, somente nos casos em que seja obrigatória a utilização de vestimentas que não se enquadrem naquelas usualmente adotadas pelo empregado no cotidiano, específicas para determinadas atividades, e que ainda requeiram um cuidado especial para sua higienização, a responsabilidade pelas despesas decorrentes de sua lavagem correrá por conta do empregador, visto que é dele o risco do empreendimento, na forma do art. 2º da CLT. A jurisprudência atual desta Corte vem se firmando no sentido de que a indenização

3 fls.3 pela lavagem de uniforme só se justifica quando se tratar de traje especial, vinculado ao tipo de atividade desenvolvida pelo empregado, que não se equiparam com o vestuário de uso comum ou cotidiano. Assim, a indenização deferida ao empregado referente à lavagem de uniforme comum, cuja lavagem possa se fazer em casa junto com as demais roupas de uso diário da pessoa, nos termos da jurisprudência atual desta Corte, não encontra respaldo no art. 2º da CLT. Precedentes. Recurso de revista conhecido por divergência jurisprudencial e provido. CONCLUSÃO: Recurso de revista parcialmente conhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente MUNICÍPIO DE LAJEADO e Recorrido ACÁCIO NELSON GALL. O e. TRT da 4ª Região, no acórdão às págs , negou provimento ao recurso ordinário do réu e deu parcial provimento ao recurso ordinário do autor. Dessa decisão as partes opuseram embargos de declaração. O Tribunal Regional acolheu os embargos declaratórios do autor para, conferindo-lhes efeito modificativo, acrescer à condenação o pagamento de indenização pelos gastos de lavagem de uniforme no valor de R$30,00 mensais. O réu interpõe recurso de revista às págs e O Tribunal Regional, com base no princípio da unirrecorribilidade, admitiu o primeiro recurso de revista por meio da r. decisão monocrática às págs Não foram apresentadas contrarrazões ao recurso de revista, conforme certidão à pág O douto Ministério Público do Trabalho opinou pelo conhecimento e provimento parcial do recurso de revista, a fim de que

4 fls.4 se excluam da condenação os honorários advocatícios e a indenização por lavagem de uniforme. É o relatório. V O T O O recurso de revista é tempestivo, está subscrito por procuradora do Município de Lajeado devidamente habilitada (Súmula 436/TST) e isento de preparo (artigos 790-A da CLT e 1º, IV, do DL 779/69), motivo pelo qual passo à análise dos pressupostos específicos do apelo. 1 CONHECIMENTO 1.1 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS O reclamado sustenta que o reclamante não está assistido por sindicato profissional. Indica violação do artigo 14 da Lei 5.584/70 e contrariedade às Súmulas 219 e 329 do TST e OJ 305 da SBDI-1/TST. Transcreve arestos. O Tribunal Regional assim decidiu: 5. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS O reclamante não se conforma com o indeferimento dos honorários assistenciais em razão da ausência de credencial sindical. Transcreve jurisprudência sobre o tema. Na esteira do previsto no art. 5, LXXIV, da Constituição Federal, entende-se aplicável à hipótese o disposto na Lei n 1.060/50, que assegura o acesso dos necessitados ao Judiciário sem qualquer ônus, dispensando-os do pagamento de custas, honorários advocatícios e qualquer outra despesa processual. Mesmo nas hipóteses em que o trabalhador tenha recebido, ou receba, atualmente, salário superior a dois salários mínimos, é suficiente para a concessão da assistência judiciária gratuita, e por consequência, para alicerçar a condenação dos honorários advocatícios, a declaração de situação econômica que não permita seja tal despesa arcada sem prejuízo do sustento

5 fls.5 próprio ou da família (art. 2, parágrafo único, c/c o art. 11), invocando-se, por igual, a Lei n 5.584/70. Todo o cidadão trabalhador tem o direito de acessar a Justiça, tendo o Estado, em contrapartida, por imposição constitucional, o dever de concedê-lo. No caso, foi declarada nos autos a condição de insuficiência econômica (fl. 04-v), sendo devidos os honorários advocatícios de 15% sobre o valor bruto da condenação. Por último, registro não haver ofensa às orientações insertas nas Súmulas n s 219 e 329 do TST, bem como na O.J. n 305 da SDI-I do TST. Dou provimento ao recurso para condenar o reclamado ao pagamento de honorários advocatícios de 15% sobre o valor bruto da condenação. Vejamos. O item I da Súmula 219 do TST é taxativo ao estipular que: "Na, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, 1º, da Lei nº 5.584/1970)", entendimento ratificado pela Súmula 329. Extrai-se do acórdão regional que o reclamante não se encontra assistido pelo sindicato da sua categoria profissional. Logo, não estando satisfeitos os dois requisitos mencionados, concomitantemente, não há como manter a condenação ao pagamento de honorários advocatícios. Conheço do recurso de revista por contrariedade à Súmula 219, I, do TST. 1.2 HORAS EXTRAS - ACORDO DE COMPENSAÇÃO - PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS - COMPENSAÇÃO CLÁSSICA (INEXISTÊNCIA DE BANCO DE HORAS) - SÚMULA 85/IV/TST - COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO O réu alega que o artigo 7 da Constituição Federal criou a possibilidade da transação bilateral, mediante acordo escrito

6 fls.6 entre as partes, por se tratar de condição mais benéfica ao trabalhador. Aduz que procedia de acordo com a legislação e a jurisprudência majoritária. Requer, caso seja mantido o entendimento do Regional, que a nulidade do acordo de trabalho, tendo em vista a atividade insalubre e a existência de trabalho extraordinário, seja aplicada tão somente após o cancelamento da Súmula nº 349 do TST. (pág. 410). Aponta violação do artigo 7º, XIII, da CF/88. O Tribunal Regional assim decidiu: HORAS EXTRAS. REGIME COMPENSATÓRIO SEMANAL Investe o reclamado contra a condenação em horas extras. Defende a validade do regime compensatório semanal ajustado por meio de acordo individual de trabalho, nos termos da Súmula 85 do TST. Aduz que o trabalho em alguns sábados e domingos não caracteriza habitualidade na prestação de horas extras. O autor foi contratado pelo Município em 01 de julho de 1999, na função de Operador de Máquina Pesada. O contrato permanece em vigor. O reclamante labora em regime compensatório para a supressão do trabalho aos sábados, conforme previsão contida no acordo individual de trabalho (fl. 31). Contudo, para que o sistema seja considerado válido, não é possível a prestação habitual de horas extras. O autor estava submetido a jornada diária das 7h30min às 11 h 30min e das 13h10min às 18h, de segunda a quinta-feira, e das 07h30min às 13h30min, na sexta-feira. Tal como apontado na sentença, as horas extras prestadas em sábados, domingos e feriados eram lançadas na folha "Registro de Horas Extras - SOSUR", pelo menos a partir de 2013 (fls. 96/97). Compulsando os cartões-ponto, verifico ter o autor trabalhado em inúmeros sábados, e inclusive em domingos, o que, por si só, torna irregular a forma de compensação adotada. Ademais, no caso específico do autor, ele trabalhava em condições insalubres, o que, na forma do art. 60 da CLT, invalida qualquer acordo que não observa os seus ditames, a despeito do cancelamento da Súmula n 349 do TST. Assim, tenho por inválido o regime de compensação semanal, o que autoriza o pagamento do adicional sobre as horas que foram irregularmente compensadas, conforme item III da Súmula n 85 do TST, e, para as que por

7 fls.7 ventura excederem ao regime, são devidas horas extras, conforme itens III e IV, tal como decidido na origem. Nego provimento. Vejamos. Ressalta-se que, embora o inciso I da Súmula 85/TST preceitue a possibilidade de a compensação de jornada ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva, o inciso IV do referido verbete sumular dispõe que a prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Correta, portanto, a decisão do Regional, no aspecto em que entendeu pela invalidade do acordo de compensação de jornada, em decorrência da prestação habitual de horas extras, conforme delineado no acórdão recorrido (Súmula 85, IV/TST). Ademais, diante das premissas fáticas delineadas no acórdão recorrido, impõe reconhecer que a pretensão recursal encontra óbice na Súmula 126 do TST, haja vista a impossibilidade de revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos. Ressalte-se que as vias recursais extraordinárias para TST não traduzem terceiro grau de jurisdição; existem para assegurar a imperatividade da ordem jurídica constitucional e federal, visando à uniformização jurisprudencial na Federação. Por isso seu acesso é notoriamente restrito, não sendo possível cognição ampla. Não se constata, no recurso de revista, demonstração de jurisprudência dissonante específica sobre o tema, de interpretação divergente de normas regulamentares ou de violação direta de dispositivo de lei federal ou da Constituição da República, nos moldes das alíneas "a", "b" e "c" do artigo 896 da CLT. Ante o exposto, não conheço do recurso de revista INDENIZAÇÃO DE DESPESAS PELA LAVAGEM DE UNIFORME Nas razões recursais o réu alega que lavagem do uniforme do Reclamante não ultrapassa os limites das regras básicas de higiene pessoal e as despesas inerentes não ultrapassam aquelas que ele

8 fls.8 teria com a limpeza de suas próprias roupas. Colaciona arestos para confronto de teses. O Tribunal Regional assim decidiu: 4. LAVAGEM DE UNIFORME O reclamante requer a reforma da sentença em relação ao pagamento de indenização pelos gastos efetuados com a manutenção do uniforme (lavagem). Incontroverso o fornecimento de uniforme pelo reclamado (calça, camiseta e jaleco), que, no entanto, nega a exigência quanto ao uso deste. No entanto, sendo essencial para a realização das atividades laborais, e ônus da empregadora a manutenção do uniforme, que não pode ser transferido ao empregado, pois com isso estaria assumindo também os riscos do negócio. Além disso, embora a prova emprestada convencionada pelas partes mostre-se controvertida, a testemunha Ricardo Conceição confirma que era exigido o uso de uniforme, embora não houvesse fiscalização, Assim, dou provimento ao recurso do reclamante para condenar a reclamada ao pagamento de indenização pelos gastos com a lavagem do uniforme no valor de R$ 30,00 mensais. Complementado pelos embargos de declaração: O reclamante aponta omissão no julgado, ao argumento de que não constou no decisum o provimento do recurso para acrescer à condenação o pagamento de indenização pelos gastos com lavagem de uniforme. Analiso. De fato foi dado provimento ao recurso ordinário do reclamante, tendo sido a reclamada condenada ao pagamento da indenização pelos gastos com lavagem de uniformes, sem que tenha constado no decisum. Assim, acolho os embargos de declaração para, conferindo efeito modificativo ao julgado acrescer ao decisum o seguinte comando no provimento do recurso ordinário do reclamante: Por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso do reclamante para acrescer à condenação o pagamento de indenização pelos gastos com a lavagem de uniforme no valor de R$30,00 mensais.

9 fls.9 Vejamos. Extrai-se do acórdão recorrido a assertiva de que o uso de uniforme pelo empregado era uma exigência do Município, mas também depreende-se do próprio acórdão o fato de que o reclamante exercia a função de Operador de Máquina Pesada. A atividade de Operador de Máquina Pesada não demanda o uso de vestimentas especiais, que fujam do padrão comum de uso diário, tais quais as que se utilizam em indústrias de laticínios, frigoríficos, laboratórios ou hospitais. Dessa forma, conheço do recurso de revista, nesse aspecto, por divergência jurisprudencial (acórdão TRT 9ª Região, pág. 472). 2 - MÉRITO HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Demonstrada a contrariedade à Súmula 219 do TST, na medida em que o reclamante não está assistido pelo sindicato de classe, o provimento do recurso de revista é medida que se impõe. Assim, DOU PROVIMENTO ao recurso para excluir da condenação o pagamento dos honorários advocatícios INDENIZAÇÃO DE DESPESAS PELA LAVAGEM DE UNIFORME A controvérsia nos autos é saber de quem é a responsabilidade pelo custo da lavagem do uniforme, se do empregado ou do empregador. Não consta no acórdão regional que a lavagem importasse em utilização de produtos especiais. Esta Terceira Turma, após intenso debate, consagrou o entendimento de que, somente nos casos em que seja obrigatória a utilização de vestimentas que não se enquadrem naquelas usualmente adotadas pelo empregado no cotidiano, específicas para determinadas atividades, e que ainda requeiram um cuidado especial para sua higienização, a responsabilidade pelas despesas decorrentes de sua

10 fls.10 lavagem correrá por conta do empregador, visto que é dele o risco do empreendimento, na forma do art. 2º da CLT. Sendo assim, há que se observar a jurisprudência atual desta Corte, que vem se firmando no sentido de que a indenização pela lavagem de uniforme só se justifica quando se tratar de traje especial, vinculado ao tipo de atividade desenvolvida pelo empregado, que não se equipara com o vestuário de uso comum ou cotidiano. Assim já se pronunciou, inclusive, a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais desta Corte: LAVAGEM E HIGIENIZAÇÃO DE UNIFORMES DE USO OBRIGATÓRIO. RESSARCIMENTO DE DESPESAS. INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS. 1. À semelhança do que se dá em relação à conservação e à manutenção de equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho (artigo 458, 2º, I, da CLT), as despesas inerentes à lavagem e higienização dos uniformes de uso obrigatório constituem ônus do empregador, em caso em que, por imposição da natureza do serviço, a utilização compulsória e o necessário asseio atendem primariamente aos interesses da empresa, indústria de laticínios. 2. Embargos das Reclamadas de que se conhece, por divergência jurisprudencial, e a que se nega provimento. (TST-E-RR , Redator Ministro: João Oreste Dalazen, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, DEJT 03/11/2015). (grifei) Quando se tratar de uniforme comum, cuja lavagem possa ser realizada em conjunto com as demais roupas de uso diário da pessoa, não há que se falar em indenização pela lavagem. Nesse sentido são os seguintes julgados: INDENIZAÇÃO PELA LAVAGEM DE UNIFORME. CRITÉRIOS DE INCIDÊNCIA. Sendo o uniforme similar àquelas roupas que o trabalhador usa no cotidiano, sem peculiaridades e gastos adicionais para a sua higienização, não há como atribuir-se ao empregador a responsabilidade por essa despesa. Recurso de revista não conhecido.

11 fls.11 (TST-RR , Ac. 3ª Turma, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, DEJT 24/03/2017). RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS Nºs /2014 E /2015. INDENIZAÇÃO PELA LAVAGEM DE UNIFORME. A obrigatoriedade do uso do uniforme fornecido pelo empregador e a respectiva higienização pelo empregado, por si só, não implicam transferência dos riscos da atividade econômica para o trabalhador. Recurso de revista conhecido e desprovido. (TST-RR , Ac. 3ª Turma, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 03/03/2017). Assim, a indenização deferida ao empregado referente à lavagem de uniforme comum, cuja lavagem possa se fazer em casa junto com as demais roupas de uso diário da pessoa, nos termos da jurisprudência atual desta Corte, não encontra respaldo no art. 2º da CLT. Assim, dou provimento ao recurso de revista para excluir da condenação o pagamento de indenização pela lavagem de uniforme. ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de revista somente quanto aos temas HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS por contrariedade à Súmula nº 219 deste c. Tribunal e INDENIZAÇÃO DE DESPESAS PELA LAVAGEM DE UNIFORME por divergência jurisprudencial, e, no mérito, dar-lhe provimento para excluir da condenação o pagamento dos honorários advocatícios e o pagamento de indenização pela lavagem de uniforme. Brasília, 23 de maio de Firmado por assinatura digital (MP /2001) ALEXANDRE AGRA BELMONTE Ministro Relator