Ictioplâncton na Unidade de Conservação Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Áreas Costeiras Adjacentes, Santa Catarina, Brasil.

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL Ictioplâncton na Unidade de Conservação Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Áreas Costeiras Adjacentes, Santa Catarina, Brasil Thais Rutkowski Itajaí, 31 de julho, 2009

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL Ictioplâncton na Unidade de Conservação Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Áreas Costeiras Adjacentes, Santa Catarina, Brasil Thais Rutkowski Dissertação apresentada à Universidade do Vale do Itajaí, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental. Orientador: Dr. Paulo Ricardo Schwingel Co-Orientador: MSc. Marcelo Rodrigues Ribeiro Itajaí, 31 de julho, 2009

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4 À minha Família, que sempre me apoiou, nos inúmeros momentos bons e mesmo naqueles que nem sempre é bom ser lembrado. Ao meu pai Nilton, minha mãe Cleusa, meu irmão Jefferson, e ao mais novo membro, meu marido Fernando, que sempre me deu força para seguir minha jornada profissional. Com todo amor e carinho que dedico esta dissertação a vocês!!!! i

5 Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior Dalai Lama ii

6 AGRADECIMENTOS Gostaria de deixar registrado meus sinceros agradecimentos a inúmeras pessoas que contribuíram de certa forma, direta ou indiretamente, para a realização desta dissertação. Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao meu orientador Dr. Paulo Ricardo Schwingel, por me orientar. Obrigada por todos os ensinamentos, tanto os científicos como os do cotidiano, e principalmente por me ensinar que ter Paciência é uma grande virtude. Ao meu amigo e co-orientador Msc. Marcelo Rodrigues Ribeiro, por continuar contribuindo em minha formação profissional, e acima de tudo, me proporcionar o prazer de trabalhar naquilo que me especializei e adoro, o Ictioplâncton. Ao amigo Renan Todesco pela essencial ajuda na execução do trabalho, Obrigada!!!! Também gostaria de agradecer a ajuda das amigas Bárbara Sant Ana e Clarissa De Lucca. Ao José Bicca e amiga Renata Assunção por toda a infra-estrutura das amostragens na RBMA, e a todos que contribuíram nas realizações das coletas das áreas costeiras adjacentes. Gostaria de agradecer a Camila Speck, pelos campos realizados na Reserva durante o ano de 1997/1998. Aos colegas do LOB, por todo o tempo em que passamos juntos, proporcionando muitas recordações boas. Gostaria de deixar um agradecimento especial aos amigos que estiveram ao meu lado durante este período, por fazerem destes dias momentos únicos. Deus, Obrigada!!!!! iii

7 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS...iii SUMÁRIO... iv LISTA DE FIGURAS... v LISTA DE TABELAS...viii LISTA DE APÊNDICE... ix RESUMO... x ABSTRACT... xi 1 INTRODUÇÃO RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO (RBMA) ÁREAS COSTEIRAS ADJACENTES À RBMA OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS MATERIAIS E MÉTODOS AMOSTRAGEM PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS ANÁLISE DOS DADOS RESULTADOS RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO (RBMA) Variação Espaço-Temporal da distribuição e abundância do Ictioplâncton Campanha de 1997/ Campanha de 2007/ Análise dos Parâmetros Ambientais Estrutura da comunidade do Ictioplâncton de 1997/1998 versus 2007/ Índices de Riqueza, Diversidade e Equitabilidade Análise de Agrupamento ÁREAS COSTEIRAS ADJACENTES À RBMA Variação Espaço-Temporal da distribuição e abundância do Ictioplâncton Índices de Riqueza, Diversidade e Equitabilidade Análise de Agrupamento Análise dos Parâmetros Ambientais COMPARAÇÃO ENTRE AS COMUNIDADES ICTIOPLANCTÔNICAS DA RESERVA BIOLÓGICA MARINHA DO ARVOREDO E DAS ÁREAS COSTEIRAS ADJACENTES Índices de Riqueza, Diversidade e Equitabilidade Análise de Agrupamento DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE iv

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Localização da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Áreas Costeiras Adjacentes (Baía de Tijucas, Praia dos Ingleses e Praia da Joaquina), Estado de Santa Catarina, Brasil... 5 Figura 2: Localização dos pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) nos períodos 1997/1998 (A7-A12) e 2007/2008 (A1-A12)... 9 Figura 3: Localização dos pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), em 2007.Nota: Baía de Tijucas (Z1-Z17), Praia dos Ingleses (I0-I8) e Praia da Joaquina (J0-J8) Figura 4: Densidades de ovos de peixes nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Figura 5: Densidades de larvas de peixes nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Figura 6: Densidades de ovos de Sardinella brasiliensis nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 7: Densidades de ovos de Engraulidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Figura 8: Densidades de larvas de peixes de Engraulidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o inverno de Figura 9: Densidades de larvas de peixes de Clupeidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) durante o verão de 1998 para as espécies: (a) Sardinella brasiliensis e (b) Opisthonema oglinum Figura 10: Densidades de larvas de peixes de Blenniidae da espécie Hypleurochilus fissicornis, nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Figura 11: Densidades de larvas de peixes de Blenniidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 12: Densidades de larvas de peixes de Sciaenidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Figura 13: Densidades de ovos de peixes nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 14: Densidades de larvas de peixes nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 15: Densidades de ovos de Sardinella brasiliensis nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 16: Densidades de ovos de Engraulidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 17: Densidades de larvas de Engraulidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 18: Densidades de larvas de Gerreidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 19: Densidades de larvas de Clupeidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no verão de 2008 para as espécies: (a) Opisthonema oglinum e (b) Harengula clupeola Figura 20: Densidades de larvas de Scartella cristata (Blenniidae) em 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 21: Densidades de larvas de Hypleurochilus fissicornis (Blenniidae) em 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o verão de Figura 22: Densidades de larvas de Gobiidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 23: Densidades de larvas de Carangidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o verão de 2008 paras as espécies: (a) Chloroscombrus chrysurus, (b) Oligoplites sp. e (c) Selene sp v

9 Figura 24: Densidades de larvas de Sciaenidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b)verão de Figura 25: Densidades de larvas de Paralichthyidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para a espécies de Paralichthys sp. no inverno de 2007 (a) e para a espécie Etropus crossotus no verão de 2008 (b) Figura 26: Transparência da água nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 27: Diagrama TS na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 28: Análise de componentes principais, com parâmetros abióticos e dados bióticos, para a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, durante o ano de 2007/ Figura 29: Índices de Riqueza de Margalef, de Diversidade de Shannon e Weaver (H ) e de Equitabilidade de Pielou (J ), para o inverno e verão dos anos de 1997/1998 e 2007/ Figura 30: Análise de agrupamento das abundâncias dos taxa da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, para o inverno e verão dos anos de 1997/1998 e 2007/ Figura 31: Densidades de ovos de peixes nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outonoinverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera Figura 32: Densidades de larvas de peixes nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outonoinverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera Figura 33: Densidades de ovos de peixes de Sardinella brasiliensis nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) inverno-primavera Figura 34: Densidades de ovos de peixes de Engraulidae nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera Figura 35: Densidades de larvas de Engraulidae nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera Figura 36: Densidades de larvas de Sciaenidae nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera Figura 37: Densidades de larvas de Carangidae da espécie Chloroscombrus chrysurus, nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) primavera Figura 38: Densidades de larvas de Carangidae da espécie Oligoplites sp., nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 39: Densidades de larvas de Gobiidae, nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) invernoprimavera Figura 40: Densidades de larvas de Haemulidae, nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c)inverno-primavera e (d) primavera Figura 41: Densidades de larvas de Clupeidae, durante o verão, nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) Clupeidae, (b)harengula clupeola e (c)opisthonema oglinum Figura 42: Índice de Riqueza de Margalef, para cada estação do ano (verão, outono-inverno, invernoprimavera e primavera) de 2007, em cada Área Costeira Adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, sendo elas: Baía de Tijucas, Praias dos Ingleses e da Joaquina Figura 43: Índice de Diversidade de Shannon e Weaver, para cada estação (verão, outono-inverno, inverno-primavera e primavera) do ano de 2007, em cada Área Costeira Adjacente a Reserva vi

10 Biológica Marinha do Arvoredo, sendo elas: Baía de Tijucas, Praias dos Ingleses e da Joaquina Figura 44: Índice de Equitabilidade de Pielou, para cada estação do ano (verão, outono-inverno, inverno-primavera e primavera) de 2007, em cada Área Costeira Adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, sendo elas: Baía de Tijucas, Praias dos Ingleses e da Joaquina Figura 45: Análise de agrupamento da abundância dos taxa para as três Áreas Costeiras Adjacentes Reserva Biológica Marinha do Arvoredo durante cada estação (verão, outono-inverno, invernoprimavera e primavera) do ano de Figura 46: Transparência da água nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera Figura 47: Diagrama TS para a Baía de Tijucas, área costeira adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para (a) verão, (b) outono-inverno e (c) inverno-primavera. 67 Figura 48: Diagrama TS para a Praia dos Ingleses, área costeira adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para (a) verão, (b) outono-inverno, (c) invernoprimavera e (d) primavera Figura 49: Diagrama TS para a praia da Joaquina, área costeira adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para (a) verão, (b) outono-inverno e (c) primavera Figura 50: Análise de componentes principais, com parâmetros abióticos e dados bióticos, para a Baía de Tijucas, área costeira adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de Figura 51: Análise de componentes principais, com parâmetros abióticos e dados bióticos, para Praia dos Ingleses, área costeira adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de Figura 52: Análise de componentes principais, com parâmetros abióticos e dados bióticos, para Praia da Joaquina, área costeira adjacente a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de Figura 53: Variação sazonal dos Índices de (a) Riqueza de Margalef; (b) Diversidade de Shannon e Weaver e (c) Pielou, para cada área amostrada durante o inverno e verão 2007/2008 na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, e verão e outono-inverno de 2007 nas Áreas Costeiras Adjacentes Figura 54: Variação sazonal dos Índices de (a) Riqueza de Margalef; (b) Diversidade de Shannon e Weaver e (c) Pielou, para cada área amostrada durante o inverno e verão 2007/2008 na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, e verão e inverno-primavera de 2007 nas Áreas Costeiras Adjacentes Figura 55: Análise de agrupamento das densidades das espécies para o verão de 2008 da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e para o verão de 2007 para as três Áreas Costeiras Adjacentes a esta unidade de conservação Figura 56: Análise de agrupamento das densidades das espécies para o inverno de 2007 da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e para o outono_inverno e inverno-primavera de 2007 para as três Áreas Costeiras Adjacentes a esta unidade de conservação vii

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Datas e números de amostragens na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante os períodos de verão e inverno Tabela 2: Datas e números das amostragens nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante os períodos de verão, outono, inverno e primavera... 8 Tabela 3: Abundâncias numéricas e densidades de ovos e larvas de peixes (n/m³), para cada ponto amostral, durante o inverno de 1997 e o verão de 1998 na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) Tabela 4: Famílias de larvas de peixes coletadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 1997 e verão de 1998, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³. Nota: NI= não identificados Tabela 5: Espécies de larvas de peixes identificadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 1997 e verão de 1998, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³ Tabela 6: Abundâncias numéricas e densidades de ovos e larvas de peixes (n/m³), para cada ponto amostral, durante o inverno de 2007 e o verão de 2008 na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) Tabela 7: Famílias de larvas de peixes coletadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 2007 e verão de 2008, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³. Nota: NI= não identificados Tabela 8: Espécies de larvas de peixes coletadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 2007 e verão de 2008, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³ Tabela 9: Valores salinidade (S) e temperatura (T C) nos 12 pontos amostrais analisados na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o inverno de 2007 e verão de Tabela 10: Tabela de Tuckey para densidade de ovos na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo Tabela 11: Tabela de Tuckey para densidade de larvas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. 36 Tabela 12: Abundâncias numéricas e densidades de ovos e larvas de peixes (n/m³), para cada ponto amostral durante o ano de 2007 nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) Tabela 13 Famílias de larvas de peixes coletadas para cada Área Costeira Adjacente à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) durante o ano de 2007, com suas respectivas abundâncias totais e densidades médias por 10 m³. Nota: NI= não identificados, SI= sem informação Tabela 14: Espécies de larvas de peixes coletadas para cada Área Costeira Adjacente à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) durante o ano de 2007, com suas respectivas abundâncias totais e densidades médias por 10 m³. Nota: SI= sem informação Tabela 15: Tabela de Tuckey para densidade de ovos na Praia dos Ingleses. Nota: V= verão; OI= outono-inverno; IP= inverno-primavera; V= verão Tabela 16: Tabela de Tuckey para densidade de ovos na Praia da de ovos na Praia da Joaquina. Nota: V= verão; OI= outono-inverno; IP= inverno-primavera; V= verão Tabela 17 : Tabela de Tuckey para densidade de larvas na Praia dos Ingleses. Nota: V= verão; OI= outono-inverno; IP= inverno-primavera; V= verão Tabela 18: Tabela de Tuckey para densidade de larvas na Praia da Joaquina. Nota: V= verão; OI= outono-inverno; IP= inverno-primavera; V= verão Tabela 19: Valores de salinidade (S) e temperatura (T C) nos 35 pontos amostrais analisados nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o ano de Tabela 20: Sumário de estudos sobre o ictioplâncton, realizados na costa sudeste e sul do Brasil, com dados do período de amostragem, amostrador e resultados da participação de cada família em percentagem ou densidade das principais famílias identificadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e nas Áreas Costeiras Adjacentes. Nota: * apud Katsuragawa et al., viii

12 LISTA DE APÊNDICE Apêndice 1:Lista taxonômica das larvas de peixes encontradas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Áreas Costeiras Adjacentes, SC, Brasil ix

13 RESUMO A Ilha do Arvoredo (Santa Catarina, Brasil) e sua região de entorno foram definidas como Unidade de Conservação (UC), na Categoria de Reserva Biológica, em As Reservas Biológicas são áreas protegidas que possuem preservação completa e permanente da flora e fauna local, contribuindo assim para o aumento da abundância e diversidade das espécies. Neste sentido, a presente pesquisa teve como objetivo analisar as variações interanuais e sazonais das densidades do ictioplâncton na região da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) e das Áreas Costeiras Adjacentes, verificando suas relações com as variáveis ambientais. A comunidade ictioplanctônica foi amostrada, no inverno e verão para as campanhas de 1997/1998 e de 2007/2008 na RBMA, e durante as quatro estações do ano de 2007 nas Áreas Costeiras Adjacentes (Baía de Tijucas, Praia dos Ingleses e Praia da Joaquina). Os ovos e larvas de peixes foram coletados com uma rede tipo WP-2, de 200 m de abertura de malha, com um fluxômetro acoplado para medir o volume de água filtrado, e as amostras foram conservadas em formol a 4%. Em laboratório, o ictioplâncton foi triado, quantificado e identificado ao menor taxon possível. Os parâmetros físico-químicos da água (temperatura e salinidade) foram registrados por sonda (CTD), e a transparência da água foi obtida por Disco de Secchi. A área de estudo, no ano de 2007/2008, recebeu influencia de três massas de água, (i) Água Costeira (AC) durante o ano todo, (ii) Água Subtropical de Plataforma (ASP) no inverno e (iii) Água Central do Atlântico Sul (ACAS) principalmente no verão. A comunidade do ictioplâncton foi representada por 33 taxa pertencentes a 20 famílias, sendo Blenniidae, Carangidae, Clupeidae, Engraulidae, Gerreidae, Gobiidae, Haemulidae, Paralichthyidae e Sciaenidae as mais abundantes. Na RBMA, observou-se para os dois períodos, semelhança nos índices ecológicos com os maiores valores de riqueza e de diversidade ocorrendo no verão. A análise de agrupamento demonstrou similaridade entre os anos, indicando que a comunidade ictioplanctônica manteve-se com os mesmos taxa e respectivas abundâncias para amostragens realizadas com um intervalo de 10 anos. A composição taxonômica da RBMA apresentou baixa similaridade com a das Áreas Costeiras Adjacentes, caracterizando a reserva como um ambiente distinto apesar de sua proximidade com a região costeira. x

14 ABSTRACT Arvoredo Island (Santa Catarina, Brazil) and its surrounding area were defined as Conservation Unit (CU) in the category of Biological Reserve in Biological Reserves are protected areas that have complete and permanent preservation of local flora and fauna, thus contributing to the increase of abundance and diversity of species. This research aimed at analyzing the interannual and seasonal variations of ichthyoplankton densities at Arvoredo Marine Biology Reserve (RBMA) and Adjacent Coastal Areas, and their relationship with environmental variables. Ichthyoplanktonic community was sampled in winter and summer for the years 1997/1998 and 2007/2008 in RBMA, and during the four seasons in 2007 in Adjacent Coastal Areas (Tijucas` Bay, Ingleses Beach and Joaquina Beach). Fish eggs and larvae were sampled using a WP-2 net, 200 m mesh size. A flowmeter was used to measure the water volume filtered, and samples were preserved in formalin at 4%. At the laboratory, ichthyoplankton was sorted, quantified and identified to the lowest taxon possible. Physical and chemical water parameters (temperature and salinity) were recorded by probe (CTD), and water transparency was obtained by Secchi disk. The study area, at the year of 2007/2008, was influenced by three water mass, (i) Coastal Water (CW) throughout the year, (ii) Subtropical Shelf Water (STSW) during the winter and (iii) South Atlantic Central Water (SACW) mainly in summer. Ichthyoplanktonic community was represented by 33 taxa belonging to 20 families, in which Blenniidae, Carangidae, Clupeidae, Engraulidae, Gerreidae, Gobiidae, Haemulidae, Paralichthyidae and Sciaenidae were the most abundant. At RBMA, similarity on the ecological index was observed for the two periods analysed, with highest values of richness and diversity occurring in the summer. Cluster analysis showed similarity between years, denoting that ichthyoplanktonic community has maintained the same taxa and abundances for samples taken with an interval of 10 years. Taxonomic composition of RBMA presented low similarity to Adjacent Coastal Areas, featuring the reserve as a distinct habitat despite its proximity to the coast. xi

15 1 INTRODUÇÃO Organismos planctônicos são classificados em fitoplâncton ou zooplâncton, que possuem pouca ou nenhuma capacidade de locomoção. Os organismos zooplanctônicos podem ser classificados em holoplâncton, que tem todo o ciclo de vida no plâncton, ou meroplâncton, que possuem apenas uma fase do ciclo de vida no plâncton. O ictioplâncton, ovos e larvas de peixes, se classifica na categoria de organismos meroplanctônicos (Ciechomski, 1981). Os estudos do ictioplâncton começaram no final do século XIX, porém no Brasil as pesquisas sobre esta parcela do plâncton iniciaram apenas na década de 1960 envolvendo estudos sobre a distribuição e abundância de ovos e larvas de peixes, avaliação de recursos pesqueiros e da biomassa desovante, descrição das fases embrionária e larval, estimativas do crescimento larval e de mortalidade, entre outros (Katsuragawa et al., 2006). Uma das primeiras pesquisas realizadas no Brasil foi feita por Matsuura (1972), que descreveu o desenvolvimento de ovos da sardinha-cascuda (Harengula pensacolae). Este autor também estudou a variação das larvas de peixes coletadas no sul do Brasil, durante o período de 1969 a 1971, no qual foi verificado a distribuição e abundância de ovos e larvas da sardinhaverdadeira (Sardinella brasiliensis), tendo sido descrito todo seu ciclo de vida, além da respectiva influência dos fatores oceanográficos sobre sua reprodução e desova (Matsuura, 1977a, 1977b, 1998). Na região Sudeste-Sul do Brasil, de 1985 a 1991, foram realizadas amostragens sistemáticas, onde Katsuragawa & Matsuura (1990) apresentaram a distribuição diária de larvas de peixes comparando coletas de superfície com coletas oblíquas, e Matsuura et al. (1993) descreveram a distribuição e abundância de duas espécies de Bregmacerotidae. Kurtz & Matsuura (1994), em outro trabalho, analisaram o desenvolvimento larval de quatro espécies de linguados da família Cynoglossidae. Matsuura & Kitahara (1995) mostraram a distribuição horizontal e vertical dos ovos e larvas da anchoita (Engraulis anchoita) no Cabo de Santa Marta Grande (SC). Itagaki (1999), durante três verões consecutivos, observou a distribuição larval sobre a plataforma continental do Sudeste. No Estado de Santa Catarina os estudos com o ictioplâncton ocorrem em regiões costeiras, como áreas estuarínas, litorâneas e em enseadas. Rutkowski (2005) descreveu as comunidades do ictioplâncton e suas relações com os parâmetros ambientais, na Enseada da Armação de Itapocoroy. Na Baía da Babitonga trabalhos, como quali-quantitativo do ictioplâncton (Costa, 2007) e variações temporais e 1

16 espaciais na composição do ictioplâncton na Baía da Babitonga (Souza-conceição, 2008), foram realizados para diferentes praias estuarinas. Malanski et al. (2008) descreveram a comunidade ictioplânctonica na Baía Sul (Florianópolis) e Macedo-Soares et al. (2009) realizaram estudos da distribuição espaço-temporal de ovos e larvas de peixes na Lagoa de Ibiraquera. O litoral catarinense situa-se numa faixa de transição entre os climas tropical e subtropical e é influenciado por duas correntes marinhas, a Corrente do Brasil (CB), com águas quentes vindas do Norte até a região da Convergência Subtropical, onde encontra a Corrente das Malvinas, que é caracterizada por águas frias provenientes do Sul. A Corrente do Brasil traz a Água Tropical (AT), massa de água quente e salina que ocupa a camada superficial e é formada pela intensa radiação solar e excesso de evaporação, sendo considerada pobre em relação a produção biológica. A Corrente das Malvinas traz do sul a Água Sub-Antártica (ASA), caracterizada pelos baixos valores de temperatura e salinidade, bem como altas concentrações de clorofila-a e de zooplâncton, recebendo também aportes da Bacia do Rio da Prata e da Lagoa dos Patos. A Água Central do Atlântico Sul (ACAS) é formada na convergência subtropical (Garcia, 1998; Carvalho et al., 1998; Castro et al., 2006). A ocorrência de diferentes massas de água possibilitam a existência de uma grande biodiversidade na região (Hostim-Silva et al., 2006). A presença da ACAS sobre a plataforma continental da região Sudeste-Sul e sua ressurgência eventual ao longo da costa contribuem para o aumento da produtividade local. Este fenômeno altera a estrutura taxonômica do fitoplâncton, contribuindo no aumento da produção pesqueira, pois o ciclo de vida de alguns peixes (sardinha, atum, bonito) estão evidentemente associados à produção primária (Lasker, 1978 apud Brandini, 1990; Matsuura, 1986; Hostim-Silva et al., 2006). Rutkowski (2005) evidenciou, na Enseada de Itapocory (Penha/SC), uma relação entre a estratégia de desova dos peixes e a dinâmica das massas de água da região, onde as maiores densidades de larvas de peixes ocorreram especialmente quando ACAS foi registrada. A biodiversidade de peixes demersais e pelágicos é relativamente uniforme entre grandes regiões no qual o endemismo é baixo (<5%) e restrito às espécies recifais. Na região Sudeste-Sul do Brasil, a ictiofauna marinha é considerada rica e inclui Chondrichthyes (tubarões e raias) e Osteichthyes (peixes ósseos), compreendendo espécies de peixes tropicais e temperadas (MMA/IBAMA, 2004; Lowe-McConnell, 1999; Amaral & Jablonski, 2005). Por outro lado, a ação antrópica, principalmente a degradação de habitats, sobre-explotação de 2

17 estoques pesqueiros, introdução de espécies exóticas, turismo desordenado e poluição, são considerados uma grande ameaça a biodiversidade marinha e costeira. A criação de reservas marinhas aparece como uma possibilidade para garantir a manutenção da biodiversidade e, principalmente, para servir como reservatório biológico, de forma a garantir o recrutamento e facilitar a recolonização de áreas adjacentes sob exploração (Amaral & Jablonski, 2005). Neste sentido, foram incluídas no Brasil, dezesseis áreas desta categoria de Unidade de Conservação (UC), entre as quais cinco encontram-se na região Sudeste-Sul do País. No Estado de Santa Catarina está localizada a Reserva Extrativista Marinha de Pirajubaé e a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (IBAMA, 2006). Reserva Biológica Marinha é uma região onde a preservação é completa e permanente, contribuindo assim para o aumento da abundância e diversidade das espécies, além de permitir que os organismos atinjam maiores idades e produzam maior quantidade de juvenis. A importância destas regiões pode ser avaliada por diversos fatores, sendo um deles a comunidade ictiológica (Brasil, 2000; Hostim-Silva et al., 2006). 1.1 Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) foi criada em 12 de março de 1990 através do Decreto Federal nº /90. Diversos fatores justificam a importância desta reserva, são eles de ordem arqueológica, ecológica, social, e estratégica. Esta UC é descrita como importante área de reprodução e crescimento de diversas espécies, sendo um dos poucos locais conhecidos de nidificação dos trinta-réis (Sterna spp.), reprodução e refúgio de fragatas (Fragata magnificiens), além da existência de Mata Atlântica bem preservada (IBAMA, 2006). A implantação da RBMA teve início em junho de 1991 e até 1995 passou por operações de fiscalização, monitoramento e educação ambiental. Em 1995, a RBMA começou a ser fiscalizada pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental de Santa Catarina. Em 1996 foi elaborado um Plano de Ação Emergencial para a RBMA e em 1999 foi designada como área prioritária para a conservação de costões rochosos, aves e plantas marinhas na região sul do Brasil. Na gestão da UC, a relação com a comunidade de entorno é um ponto de conflito, Esse fato está associado à interdição da zona de amortecimento para a pesca de juvenis que afeta tanto a produção industrial (proibição da captura de isca viva), quanto a 3

18 artesanal (proibição da pesca de camarão e peixes), além da prática de caça submarina e de mergulhos turísticos (IBAMA, 1996; Wahrlich, 1999; MMA/IBAMA/FATMA, 2003). A RBMA localiza-se a 11 km ao Norte da Ilha de Santa Catarina, nas coordenadas à S e à W (Figura 1). Esta região abrange uma extensa área do Oceano Atlântico com hectares e compreende um pequeno arquipélago composto pelas Ilhas do Arvoredo, Galé, Deserta e Calhau de São Pedro (IBAMA, 2006). A Ilha do Arvoredo é a maior da reserva, com 270 hectares de terreno acidentado que alcança 300 metros acima do nível do mar. A ilha é cercada por costões formados por rochas graníticas e sem praia arenosas, sendo que a 10 metros de profundidade encontram-se cavernas submarinas onde habitam peixes de diversas espécies. A Ilha da Galé, situada ao norte da reserva, possui recifes de corais localizados a uma profundidade de 12 metros, aumentando a importância da conservação da área. A Ilha Deserta é a menor da reserva, estando localizada a três quilômetros da Ilha do Arvoredo. As duas ilhotas do Calhau de São Pedro estão localizadas entre as Ilhas da Galé e do Arvoredo, ficando distante dessa última 5 km a noroeste. Estas ilhotas não possuem praia nem vegetação e são formadas por rochas (Hostim-Silva.& Barreiros, 2007). Na RBMA, Hostim-Silva et al. (2006) listou algumas espécies recifais que foram registradas nas ilhas, descrevendo a ocorrência de 157 espécies, distribuídas em 60 famílias e 13 ordens, entre elas, raias (Narcine brasiliensis, Aetobatus narinari), moréias (Gymnothorax moringa, G. funebris), cavalo-marinho (Hippocampus reidi), robalo (Centropomus undecimalis), mero (Epinephelus itajara), badejo (Mycteroperca acutirostris), peixe-lagarto (Synodus synodus), anchova (Pomatomus saltatrix), peixe-borboleta (Chaetodon striatus), peixe-anjo (Holocanthus ciliaris), sargentinho (Abudefduf saxaiilis), maria-da-toca (Labrisomus nuchipinnis), macaco-ouro (Parablennius marmoreus), barracuda (Sphyraena barracuda) e baiacu (Acanthostracion quadricornis). 4

19 Figura 1: Localização da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Áreas Costeiras Adjacentes (Baía de Tijucas, Praia dos Ingleses e Praia da Joaquina), Estado de Santa Catarina, Brasil. 1.2 Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA A Baía de Tijucas, incluindo a Enseada de Zimbros, encontra-se situada no litoral centro-norte de Santa Catarina, entre as coordenadas à S e à W (Figura 1). O clima é temperado úmido, com temperatura média anual de 19,5 C e pluviosidade anual média de 1600 mm. O vento do quadrante sudoeste predomina no outono e inverno, e do quadrante nordeste na primavera e verão. A baía apresenta profundidade entre 7 e 10 metros, e sedimento constituído por frações finas, principalmente silte e argila. O Rio Tijucas despeja neste ambiente sua carga sedimentar contendo nutrientes de origem continental, favorecendo o desenvolvimento da fauna marinha. Desde o início do século XIX, a biota é explorada pela maricultura e pesca artesanal, associadas ao mexilhão Perna perna, camarões e peixes (Diagnóstico Ambiental, 2007). A Praia dos Ingleses, localizada no nordeste da Ilha de Santa Catarina entre as coordenadas 27º24 59 à 27º26 38 S e 48º24 11 à 48º22 14 W (Figura 1), possui uma 5

20 extensão de metros. A praia é considerada semiexposta, tendo o sedimento composto por areia fina (Faraco, 2003). Esta praia já foi considerada um centro de pesca, porém atualmente a atividade pesqueira está reduzida. A Praia da Joaquina, localizada na região sudoeste da Ilha de Santa Catarina, entre as coordenadas ,48 à ,18 S e ,21 à ,13 W (Figura 1), possui uma extensão de metros. Nesta região o vento predominante ao longo de todo ano é o de quadrante norte e a corrente possui direção dominante para Sudeste com velocidade de 0,10 à 0,99m/s (Santos,1995 apud Faraco, 2003). A comunidade ictiológica das três Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA apresentadas acima, foram descritas por Rodrigues et al., 2007, 2008a, 2008b. Na Enseada de Zimbros as famílias de peixes mais abundantes no verão de 2007 foram Sciaenidae, Clupeidae e Paralichthydae, representando 83,7% do total. Com relação a Praia dos Ingleses, os autores, descreveram que no ano de 2007 estiveram presentes na região 26 famílias, onde Sciaenidae destacou-se com um total de 86%, com as quatro espécies mais abundante: Stellifer rastrifer, S. stellifer, Paralonchurus brasiliensis e Cynoscion striatus. Para a Praia da Joaquina, o levantamento da comunidade de peixes, apresentou no ano de 2007, a ocorrência de 18 famílias, sendo a família Sciaenidae a mais abundante (58%), seguida por Stromateidae (25%). Considerando o conhecimento das comunidades ictiofaunísticas, encontradas tanto na RBMA quanto nas Áreas Costeiras Adjacentes, constata-se a existência de uma lacuna no conhecimento do ictioplâncton, fato que dificulta um entendimento sobre a importância destes ambientes para o estabelecimento das comunidades de peixes na região. Assim, dúvidas como: Quais espécies compõem o ictioplâncton na área da RBMA e Áreas Costeiras Adjacentes?; Como varia sazonalmente a abundância do ictioplâncton em cada um destes ambientes?; Quais massas de água influenciam a região?; e Como parâmetros abióticos podem influenciar a densidade de ovos e larvas nestes ambientes marinhos?, são perguntas, que se respondidas, podem estabelecer diretrizes para a conservação destes ambientes. 6

21 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral O objetivo principal deste trabalho é estudar a variação espaço-temporal do ictioplâncton da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) e de três Áreas Costeiras Adjacentes, localizadas na costa de Santa Catarina, Brasil. 2.2 Objetivos Específicos a) Analisar a variação espaço-temporal da densidade, composição e abundância da comunidade do ictioplâncton encontrada na RBMA nos anos de 1997/1998 e 2007/2008; b) Analisar a variação espaço-temporal da densidade, composição e abundância da comunidade do ictioplâncton encontrada nas Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA no ano de 2007; c) Descrever as massas de água identificadas na região durante o ano de 2007 e de 2008; d) Estudar a relação dos parâmetros abióticos com as densidades de ovos e larvas de peixes nos ambientes estudados; e) Analisar a comunidade do ictioplâncton amostrada na RBMA comparativamente aquela amostra nas Áreas Costeiras Adjacentes. 7

22 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Amostragem As amostragens foram realizadas, na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) e em Áreas Costeiras Adjacentes: Baía de Tijucas, Praia dos Ingleses e Praia da Joaquina. A comunidade planctônica foi coletada, durante o período diurno, em 6 pontos amostrais distribuídos dentro da RBMA na campanha de 1997/1998 e em 12 pontos na campanha de 2007/2008 (Tabela 1; Figura 2). Nas Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, o plâncton foi amostrado no ano de 2007 em 35 pontos amostrais, sendo: 17 pontos na Baía de Tijucas, 9 pontos na Praia dos Ingleses e 9 pontos na Praia da Joaquina (Tabela 2; Figura 3). A profundidade local da área de estudo foi de 6 à 37 metros na RBMA e de 2 á 34 metros nas Áreas Costeiras Adjacentes. Tabela 1: Datas e números de amostragens na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante os períodos de verão e inverno. Campanha Amostral Data Pontos Amostrais Inverno 14/08/ (A7-A12) Verão 14/08/ /01/ /02/ (A1-A12) 06 (A7-A12) 12 (A1-A12) Tabela 2: Datas e números das amostragens nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante os períodos de verão, outono, inverno e primavera. Campanha Amostral Data Área Pontos Amostrais Verão Outono/Inverno Inverno/Primavera Primavera 28/02-02/03/ /03/ /03/ /06/ /07/ /06/ /10/ /09/ /10/ /11/ /12/2007 Tijucas Ingleses Joaquina Tijucas Ingleses Joaquina Tijucas Ingleses Joaquina Ingleses Joaquina 17 (Z1-Z17) 09 (I0-I8) 09 (J0-J8) 17 (Z1-Z17) 09 (I0-I8) 09 (J0-J8) 17 (Z1-Z17) 09 (I0-I8) 09 (J0-J8) 09 (I0-I8) 09 (J0-J8) 8

23 Figura 2: Localização dos pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) nos períodos 1997/1998 (A7-A12) e 2007/2008 (A1-A12). Figura 3: Localização dos pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), em 2007.Nota: Baía de Tijucas (Z1-Z17), Praia dos Ingleses (I0-I8) e Praia da Joaquina (J0-J8). 9

24 O plâncton foi amostrado com uma rede tipo WP-2 de dois metros de comprimento, com malha de 200 µm e 30 cm de diâmetro de boca e equipada com fluxômetro para medir o volume de água filtrado. Os arrastos foram executados de forma horizontal de superfície a uma velocidade aproximada de dois nós, com duração de 2 minutos para as amostragens realizadas na RBMA durante o inverno de 2007 e o verão de 2008 e nas Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA durante o ano de Nas amostragens na RBMA durante o inverno de 1997 o arrasto teve a duração de 5 minutos, e no verão de 1998 de 4 minutos. Após o arrasto, o plâncton coletado foi imediatamente fixado a bordo com solução de formol em água do mar (4%). Os registros dos parâmetros físico-químicos foram obtidos apenas nas amostragens realizadas nos anos de 2007 e Os dados de temperatura, salinidade e densidade, foram registrados com uma sonda do tipo CTD SAIV A/S (modelo SD 202), permitindo a caracterização da coluna d água em cada ponto amostral. A transparência da água foi obtida com o auxílio de um Disco de Secchi. 3.2 Processamento das Amostras Em laboratório as amostras foram triadas em placas de Bogorov sob microscópios estereoscópios binoculares, onde foram separados e quantificados os ovos e larvas de peixes. As identificações do ictioplâncton, ao menor taxon possível, foram realizadas com auxílio de referências bibliográficas especializadas (e.g. Russell, 1976; Fahay, 1983; Leis & Rennis, 1983; Leis & Trnski, 1989; Ré, 1999; Moser, 1996). As massas de água foram classificadas de acordo com Castro et al. (2006) e Piola et al. (2000), onde a Água Costeira (AC) é descrita com salinidade inferior a 34; a Água Central do Atlântico Sul (ACAS) com temperaturas inferiores a 20 C e salinidades entre 35 e 36,4; e a Água Subtropical de Plataforma (ASP) com temperaturas entre 14 e 20 C e salinidades entre 34,15 e Análise dos Dados Para a análise espaço-temporal da distribuição e abundância do ictioplâncton foram obtidas as densidades de ovos e larvas de peixes em número de organismos por 10 metros cúbicos (n /10m³) e confeccionados mapas dos totais das respectivas distribuições horizontais. Definiu-se que serão descritas as distribuições espaciais e sazonais das famílias com abundância superior a 4% do total amostrado, para cada período estudado. A análise de componentes principais (Canônica) foi aplicada levando-se em consideração os dados bióticos (densidade de ovos e densidade de larvas), juntamente com os 10

25 parâmetros abióticos (salinidade, temperatura, transparência da água e profundidade). Estas análises geraram um sistema reduzido de coordenadas que explica a maior parte da variância dos dados, sendo que o eixo 1 maximiza as variâncias mais importantes e o eixo 2 captura o restante das variâncias (Valentin, 2000). Com o intuito de caracterizar a estrutura da comunidade ictioplanctônica, foram utilizados os Índices de Riqueza de Margalef, Diversidade de Shannon e Weaver e Equitabilidade de Pielou, tal como proposto por Omori & Ikeda (1984). O Índice de Riqueza de Margalef (RM) é dado pela equação: S 1 RM = LN( n) onde S é o número de categorias taxonômicas (taxa) e o n é o número total de indivíduos coletados de todas as categorias taxonômicas. O Índice de Diversidade de Shannon e Weaver (H ) é dado pela equação: H ' = s P Ln i= 1 ( i Pi onde: P i é a proporção do número de indivíduos da espécie i em relação ao número total de indivíduos de todas as categorias taxonômicas (ni/n). O Índice de Equitabilidade de Pielou (J ) é dado pela equação: H ' J ' =. Ln( S) Para verificar diferenças significativas (p<0,05) nas densidades de ovos e larvas de peixes da RBMA entre o inverno e verão, e os períodos 1997/1998 e 2007/2008, aplicou-se a análise ANOVA Multifatorial, (fator Ano e Período). Para as Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, foi utilizado ANOVA unifatorial (fator Período), separadamente para cada área, afim de identificar as diferenças sazonais entre as densidades. Os dados que não apresentaram homogeneidade das variâncias, através do teste de Bartlett, foram transformados com log 10 (x+1) para uma menor discrepância dos dados analisados. Para os dados que mesmo após a transformação não apresentaram homocedasticidade, aplicou-se o teste não paramétrico de Kruskal Wallis (Zar, 1984). A análise de agrupamento foi usada para identificar quais pontos amostrais e áreas estudadas são similares, baseado na abundância dos diferentes taxa que compõem a comunidade ictioplanctônica. A similaridade é medida utilizando a Distância Euclidiana e o Método de Ligação de Ward. As análises foram realizadas no programa STATISTICA 6.0. ) 11

26 4 RESULTADOS Os resultados são descritos separadamente para a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) e para as Áreas Costeiras Adjacentes. Na RBMA os resultados do ictioplâncton são apresentados para as duas campanhas (1997/1998 e 2007/2008), e os parâmetros abióticos para a campanha de 2007/2008. Os dados do ictioplâncton e os parâmetros abióticos do ano de 2007 das Áreas Costeiras Adjacentes, são descritos juntamente entre as três áreas: Baía de Tijucas, Praia dos Ingleses e Praia da Joaquina. 4.1 Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) Variação Espaço-Temporal da distribuição e abundância do Ictioplâncton Campanha de 1997/1998 Durante o período amostrado, foram coletados na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) um total de 2138 ovos e 45 larvas na amostragem de inverno de 1997, e 449 ovos e 33 larvas no verão de 1998 (Tabela 3). Os ovos de peixes distribuíram-se, no inverno, com altas densidades ao longo da reserva, destacando-se o ponto amostral próximo a Ilha Deserta (A11) (612,26 ovos/10m³) (Tabela 3; Figura 4a). No verão as densidades foram menores, obtendo média de 20,73 ovos/10m³ (EP ± 10,95), com máxima no ponto amostral próximo da Ilha Deserta (A12) (62,22 ovos/10m³) (Tabela 3; Figura 4b). As larvas de peixes apresentaram no inverno densidade média de 3,67 larvas/10m³ (EP ± 1,51), destacando o ponto amostral próximo a Ilha Deserta (A11) (10,06 larvas/10m³) (Tabela 3; Figura 5a). No verão as densidades variaram de 0,65 à 4,08 larvas/10m³, onde a mínima ocorreu no ponto amostral próximo a Ilha do Arvoredo (A8) e a máxima próximo a Ilha Deserta (A12) (Tabela 3; Figura 5b). 12

27 Tabela 3: Abundâncias numéricas e densidades de ovos e larvas de peixes (n/m³), para cada ponto amostral, durante o inverno de 1997 e o verão de 1998 na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC). Inverno 1997 Verão 1998 Ponto Ovos Larvas Densidade Densidade Ovos Larvas Densidade Densidade Amostral (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) A ,66 3, ,28 1,53 A ,72 1, ,62 0,65 A ,58 0, ,72 0,82 A ,49 2, ,97 1,97 A ,26 10, ,57 1,08 A ,13 3, ,22 4,08 Total χ 180,64 χ 3, χ 20,73 χ 1,69 Figura 4: Densidades de ovos de peixes nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de

28 Figura 5: Densidades de larvas de peixes nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Os ovos de peixes foram separados em dois taxa, espécie Sardinella brasiliensis (Clupeidae) e família Engraulidae, além de serem classificados na categoria não identificados (NI). Os ovos de S. brasiliensis ocorreram somente na amostragem de verão, com 28,9% de abundância e distribuíram-se principalmente na porção ao sul da reserva, atingindo densidade máxima de 30,65 ovos/10m³ no ponto amostral próximo a Ilha Deserta (A12) (Figura 6). Figura 6: Densidades de ovos de Sardinella brasiliensis nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de

29 Os ovos da família Engraulidae ocorreram, no inverno, em toda a área amostrada atingindo abundância de 95,2% e densidade média de 172,45 ovos/10m³ (EP ± 84,72) com máxima de 590,71 ovos/10m³ no ponto amostral próximo a Ilha Deserta (A11) (Figura 7a). No verão os ovos desta família ocorreram em três pontos amostrais distribuídos na porção ao sul da reserva, obtendo densidade máxima no ponto próximo a Ilha Deserta (A12) (17,11 larvas/10m³) (Figura 7b). Figura 7: Densidades de ovos de Engraulidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de As larvas de peixes ocorreram com 9 famílias, tendo espécies pertencentes ao comportamento pelágico, demersal e recifal. Carangidae, Clupeidae, Engraulidae, e Sphyraenidae pertencem ao comportamento pelágico; Blenniidae, Gobiidae e Syngnathidae ao comportamento recifal, Sciaenidae e Paralichthyidae ao comportamento demersal (Apêndice 1). No inverno foram identificadas 4 famílias: Blenniidae, Engraulidae, Paralichthyidae e Sciaenidae, as larvas não identificadas (NI) ocorreram com 8,9%. A família Engraulidae foi a mais abundante atingindo 62,2% (Tabela 4). No verão, as larvas identificadas pertenceram à 7 famílias: Blenniidae, Carangidae, Clupeidae, Gobiidae, Sciaenidae, Sphyraenidae e Syngnathidae. A família mais abundante foi Clupeidae (39,4%), seguida pelas famílias Blenniidae e Sciaenidae (ambas com 9,1%), sendo que as larvas NI representaram 27,3% (Tabela 4). 15

30 Tabela 4: Famílias de larvas de peixes coletadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 1997 e verão de 1998, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³. Nota: NI= não identificados Inverno 1997 Verão 1998 Famílias % média/10m³ % média/10m³ Blenniidae 15,6 0,59 (EP ± 0,23) 9,1 0,15 (EP ± 0,11) Carangidae 0,0 0,00 6,1 0,12 (EP ± 0,08) Clupeidae 0,0 0,00 39,4 0,56 (EP ± 0,45) Engraulidae 62,2 2,20 (EP ± 0,60) 0,0 0,00 Gobiidae 0,0 0,00 3,0 0,07 (EP ± 0,07) Paralichthyidae 4,4 0,24 (EP ± 0,24) 0,0 0,00 Sciaenidae 8,9 0,32 (EP ± 0,11) 9,1 0,15 (EP ± 0,11) Sphyraenidae 0,0 0,00 3,0 0,05 (EP ± 0,05) Syngnathidae 0,0 0,00 3,0 0,08 (EP ± 0,08) NI 8,9 0,35 (EP ± 0,24) 27,3 0,51 (EP ± 0,14) As larvas das famílias Blenniidae, Carangidae, Clupeidae, Paralichthyidae, Sphyraenidae e Syngnathidae foram identificadas ao menor taxon. A família Blenniidae foi representada, no inverno e verão, pela espécie Hypleurochilus fissicornis. As famílias Carangidae, Sphyraenidae e Syngnathidae estiveram presentes no verão, com as espécies, Chloroscombrus chrysurus, Sphyraena sp. e Syngnathus elucens, respectivamente. As larvas de Clupeidae ocorreram no verão, sendo identificadas Sardinella brasiliensis e Opisthonema oglinum. A família Paralichthyidae, presente no inverno, foi representada pela espécie Etropus crossotus (Tabela 5). Tabela 5: Espécies de larvas de peixes identificadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 1997 e verão de 1998, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³. Inverno 1997 Verão 1998 Famílias Espécies % média/10m³ % média/10m³ Blenniidae Hypleurochilus fissicornis 15,6 0,59 (EP ± 0,23) 3,0 0,04 (EP ± 0,04) Carangidae Chloroscombrus chrysurus 0,0 0,00 6,1 0,12 (EP ± 0,08) Clupeidae Sardinella brasiliensis 0,0 0,00 36,4 0,52 (EP ± 0,46) Clupeidae Opisthonema oglinum 0,0 0,00 3,0 0,05 (EP ± 0,05) Paralichthyidae Etropus crossotus 4,4 0,24 (EP ± 0,24) 0,0 0,00 Sphyraenidae Sphyraena sp. 0,0 0,00 3,0 0,05 (EP ± 0,05) Syngnathidae Syngnathus elucens 0,0 0,00 3,0 0,08 (EP ± 0,08) 16

31 As famílias acima de 4% de abundância relativa, durante o ano de 1997/1998, foram Engraulidae (35,9%), Clupeidae (16,7%), Blenniidae (12,8%) e Sciaenidae (9,0%). A família Engraulidae ocorreu apenas no inverno distribuindo-se em toda a área amostrada, com densidade média de 2,20 larvas/10m³ (EP ± 0,60) (Figura 8, Tabela 4). A família Clupeidae ocorreu no verão, onde a espécie Sardinella brasiliensis esteve presente na porção ao sul da reserva, em dois pontos amostrais representando 36,4% de abundância relativa (Figura 9a; Tabela 5). Opisthonema oglinum ocorreu no ponto amostral próximo a Ilha Deserta (A11) com densidade de 0,27 larvas/10m³ (Figura 9b; Tabela 5). Figura 8: Densidades de larvas de peixes de Engraulidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o inverno de

32 Figura 9: Densidades de larvas de peixes de Clupeidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) durante o verão de 1998 para as espécies: (a) Sardinella brasiliensis e (b) Opisthonema oglinum. A família Blenniidae ocorreu nos dois períodos amostrais, sendo que a maioria das larvas foram representadas pela espécie Hypleurochilus fissicornis. No inverno foi observada em quatro pontos amostrais destacando-se o próximo da Ilha Deserta (A11), onde atingiu densidade de 1,43 larvas/10m³ (Figura 10a). Por outro lado, no verão, algumas larvas desta família não foram identificadas a nível de espécie, com distribuição no ponto amostral próximo a Ilha do Arvoredo (A8) (Figura 11), já a larva da espécie H. fissicornis esteve presente no ponto próximo a Ilha Deserta (A12), com 0,25 larvas/10m³ (Figura 10b). A família Sciaenidae foi encontrada no inverno, com densidade média de 0,32 larvas/10m³ (EP ± 0,11) com uma máxima de 0,72 larvas/10m³ (A11) (Figura 12a; Tabela 4). No verão, a família foi identificada na região ao sul da reserva com média de 0,15 larvas/10m³ (EP ± 0,11) (Figura 12b; Tabela 4). 18

33 Figura 10: Densidades de larvas de peixes de Blenniidae da espécie Hypleurochilus fissicornis, nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de Figura 11: Densidades de larvas de peixes de Blenniidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de

34 Figura 12: Densidades de larvas de peixes de Sciaenidae nos 6 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 1997 e (b) verão de

35 Campanha de 2007/2008 Na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) coletou-se um total de 24 ovos e 63 larvas durante o inverno de 2007, e 60 ovos e 126 larvas no verão de 2008 (Tabela 6). No inverno as densidades de ovos ocorreram com baixos valores apresentando média de 2,48 ovos/10m 3 (EP ± 0,63), onde as maiores foram observadas nos pontos amostrais próximos as Ilhas do Arvoredo (A8) e da Galé (A10) com 5,01 e 6,11 ovos/10m 3, respectivamente (Tabela 6; Figura 13a). Na amostragem de verão foi registrada densidade média de 7,12 ovos/10m 3 (EP ± 1,39), com os valores mais altos ocorrendo no norte da reserva próximo a Ilha da Galé (A10) com 18,01 ovos/10m 3 (Tabela 6; Figura 13b). Tabela 6: Abundâncias numéricas e densidades de ovos e larvas de peixes (n/m³), para cada ponto amostral, durante o inverno de 2007 e o verão de 2008 na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC). Inverno 2007 Verão 2008 Ponto Ovos Larvas Densidade Densidade Ovos Larvas Densidade Densidade Amostral (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) A ,25 3, ,12 2,71 A , ,88 2,88 A ,96 2, ,11 9,16 A , ,36 10,99 A ,44 15, ,95 30,58 A , ,72 11,43 A , ,67 A , ,59 9,53 A ,12 22, ,84 15,05 A ,11 15, ,01 21,29 A ,26 2, ,67 44,51 A ,76 3, ,2 21,04 Total χ 2,48 χ 6, χ 7,12 χ 15,15 As larvas de peixes distribuíram-se no período de inverno com densidade média de 6,83 larvas/10m³ (EP ± 2,06), apresentando os maiores valores na porção norte da área de estudo, onde atingiram até 22,44 larvas/10m³ (A9), entretanto não foram registradas larvas próximo da Ilha do Arvoredo (A7 e A8) (Tabela 6; Figura 14a). Por outro lado, no verão, as larvas distribuíram-se ao longo de toda a região amostrada, com densidade média de 15,15 larvas/10m³ (EP ± 3,62). A menor densidade observada foi na Ilha do Arvoredo (A7) (2,67 larvas/10m³) e a maior na Ilha Deserta (A11) (44,51 larvas/10m³) (Tabela 6; Figura 14b). 21

36 Figura 13: Densidades de ovos de peixes nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Figura 14: Densidades de larvas de peixes nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de Dois taxa de ovos de peixes foram classificados, a espécie Sardinella brasiliensis (Clupeidae) e a família Engraulidae, sendo que foram separados os ovos não identificados (NI). Os ovos de S. brasiliensis ocorreram apenas na amostragem de verão de 2008, quando distribuíram-se praticamente em toda a área de estudo, com uma abundância relativa de 21,7% e densidade máxima de 4,12 ovos/10m³ entre as ilhas da RBMA (A4) (Figura 15). Durante a amostragem de inverno de 2007, os ovos da família Engraulidae representaram 12,5% de abundância relativa e densidade máxima de 2,22 ovos/10m 3 no ponto amostral mais ao norte da reserva (A5) (Figura 16a). No verão, a abundância relativa de Engraulidae diminui para 5%, com distribuição restrita na porção sudeste da reserva (Figura 16b). 22

37 Figura 15: Densidades de ovos de Sardinella brasiliensis nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 16: Densidades de ovos de Engraulidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de

38 As larvas foram classificadas em 15 famílias (Apêndice 1), divididas em espécies pelágicas, demersal e recifais. As larvas de espécies de comportamento pelágico foram representadas por Clupeidae, Engraulidae, Carangidae, Gerreidae, Mugilidae, Sphyraenidae e Trichiuridae. Com relação ao comportamento recifal foram identificadas as famílias Synodontidae, Serranidae, Labrisomidae, Blenniidae e Gobiidae. Os indivíduos representados pelo comportamento demersal foram Haemulidae, Sciaenidae e Paralichthyidae. No inverno, as larvas coletadas pertenceram a 5 famílias, tendo Engraulidae como a mais abundante, representando 90,5% de abundância relativa, seguida pelas famílias Sciaenidae com 3,2%, e Blenniidae, Labrisomidae e Paralichthyidae com 1,6%. Na amostragem de verão foram observadas as 15 famílias descritas anteriormente, com as maiores densidades médias para Gerreidae (3,66 larvas/10m³), Clupeidae (1,89 larvas/10m³), Engraulidae (1,89 larvas/10m³), Blenniidae (1,51 larvas/10m³), Carangidae (1,14 larvas/10m³) e Gobiidae (1,13 larvas/10m³) (Tabela 7). Tabela 7: Famílias de larvas de peixes coletadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 2007 e verão de 2008, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³. Nota: NI= não identificados Inverno 2007 Verão 2008 Famílias % média/10m³ % média/10m³ Blenniidae 1,6 0,07 (EP ± 0,07) 9,5 1,51 (EP ± 0,75) Carangidae 0,0 0,00 7,1 1,14 (EP ± 0,43) Clupeidae 0,0 0,00 13,5 1,89 (EP ± 0,64) Engraulidae 90,5 6,16 (EP ± 2,09) 11,9 1,89 (EP ± 1,05) Gerreidae 0,0 0,00 24,6 3,66 (EP ± 1,51) Gobiidae 0,0 0,00 7,1 1,13 (EP ± 0,61) Haemulidae 0,0 0,00 0,8 0,12 (EP ± 0,12) Labrisomidae 1,6 0,16 (EP ± 0,16) 3,2 0,47 (EP ± 0,29) Mugilidae 0,0 0,00 1,6 0,23 (EP ± 0,15) Paralichthyidae 1,6 0,10 (EP ± 0,10) 5,6 0,90 (EP ± 0,44) Sciaenidae 3,2 0,25 (EP ± 0,17) 4,8 0,70 (EP ± 0,21) Serranidae 0,0 0,00 1,6 0,23 (EP ± 0,16) Sphyraenidae 0,0 0,00 0,8 0,08 (EP ± 0,08) Synodontidae 0,0 0,00 4,0 0,62 (EP ± 0,40) Trichiuridae 0,0 0,00 0,8 0,13 (EP ± 0,13) NI 1,6 0,09 (EP ± 0,09) 3,2 0,46 (EP ± 0,34) 24

39 Para as larvas amostradas das famílias Blenniidae, Carangidae, Clupeidae, Labrisomidae, Mugilidae, Paralichthyidae, Sphyraenidae, Synodontidae e Trichiuridae foi possível a identificação ao nível de espécie. A família Blenniidae esteve presente com duas espécies, Scartella cristata, ocorrendo nos dois períodos sazonais, e Hypleurochilus fissicornis, no verão. A família Carangidae ocorreu no verão com 3 espécies, sendo elas: Chloroscombrus chrysurus, Oligoplites sp., Selene sp. A família Clupeidae esteve presente no verão com duas espécies, Opisthonema oglinum e Harengula clupeola. As larvas da família Labrisomidae só foram identificadas ao nível de espécie no verão, sendo representadas por Malacoctenus delalandii. A família Mugilidae foi identificada pela espécie Mugil sp., e as larvas de Paralichthyidae representadas por Paralichthys sp. (inverno) e por Etropus crossotus (verão). As famílias Sphyraenidae, Synodontidae e Trichiuridae ocorreram no verão e foram representadas pelas espécies Sphyraena sp., Synodus intermedius e Trichiurus lepturus, respectivamente (Tabela 8). Tabela 8: Espécies de larvas de peixes coletadas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), durante o inverno de 2007 e verão de 2008, com porcentagem de participação e densidades médias por 10 m³. Inverno 2007 Verão 2008 Famílias Espécies % média/10m³ % média/10m³ Blenniidae Scartella cristata 1,6 0,07 (EP ± 0,07) 4,8 0,76 (EP ± 0,23) Blenniidae Hypleurochilus fissicornis 0,0 0,00 4,8 0,75 (EP ± 0,64) Carangidae Chloroscombrus chrysurus 0,0 0,00 2,4 0,39 (EP ± 0,22) Carangidae Oligoplites sp. 0,0 0,00 4,0 0,64 (EP ± 0,38) Carangidae Selene sp. 0,0 0,00 0,8 0,11 (EP ± 0,11) Clupeidae Opisthonema oglinum 0,0 0,00 4,8 0,69 (EP ± 0,40) Clupeidae Harengula clupeola 0,0 0,00 8,7 1,20 (EP ± 0,54) Labrisomidae Malacoctenus delalandii 0,0 0,00 2,4 0,36 (EP ± 0,28) Mugilidae Mugil sp. 0,0 0,00 1,6 0,23 (EP ± 0,15) Paralichthyidae Paralichthys sp 1,6 0,10 (EP ± 0,10) Paralichthyidae Etropus crossotus 0,0 0,00 5,6 0,90 (EP ± 0,44) Sphyraenidae Sphyraena sp. 0,0 0,00 0,8 0,08 (EP ± 0,08) Synodontidae Synodus intermedius 0,0 0,00 4,0 0,62 (EP ± 0,40) Trichiuridae Trichiurus lepturus 0,0 0,00 0,8 0,13 (EP ± 0,13) 25

40 As famílias coletadas na campanha de 2007/2008 com abundância relativa acima de 4%, foram descritas separadamente, sendo elas: Engraulidae (38,1%), Gerreidae (16,4%), Clupeidae (8,9%), Blenniidae (6,9%), Carangidae (4,8%), Gobiidae (4,8%), Sciaenidae (4,2%) e Paralichthyidae (4,2%). Engraulidae foi a mais abundante durante o período amostrado, no inverno, as larvas distribuíram-se em toda a área amostrada, destacando-se a região norte da reserva com 22,44 larvas/10m³ (A9) (Figura 17a). Entretanto, no verão, as larvas desta família estiveram presentes em cinco pontos amostrais, com a maior densidade ocorrendo próximo a Ilha Deserta (A11) (12,28 larvas/10m³) (Figura 17b). Figura 17: Densidades de larvas de Engraulidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de A família Gerreidae ocorreu apenas na amostragem de verão, onde as larvas distribuíram-se na porção centro-leste da região de estudo, com as máximas densidades no ponto amostral ao norte da reserva (A5) e próximo a Ilha Deserta (A11), com respectivamente 15,29 e 12,28 larvas/10m³ (Figura 18). A família Clupeidae foi representada por duas espécies, Opisthonema oglinum e Harengula clupeola, ambas presentes na amostragem de verão com abundância relativa de 3,1 e 5,8%, respectivamente. A espécie O. oglinum esteve presente em três pontos amostrais, distribuídos ao norte da área de estudo, e suas densidades foram 4,12 (A4); 2,78 (A5) e 1,37 (A9) larvas/10m³ (Figura 19a). A espécie H. clupeola apresentou densidade média de 1,20 larvas/10m³ (EP ± 0,54), não demonstrando um padrão na sua distribuição espacial (Figura 19b). 26

41 Figura 18: Densidades de larvas de Gerreidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de Figura 19: Densidades de larvas de Clupeidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no verão de 2008 para as espécies: (a) Opisthonema oglinum e (b) Harengula clupeola. 27

42 A família Blenniidae esteve presente nos dois períodos amostrados. Durante o período de inverno, esta família foi representada pela espécie Scartella cristata, com densidade de 0,85 larvas/10m³ no ponto amostral mais costeiro (A1) (Figura 20a). No verão S. cristata apresentou densidades similares entre os pontos, variando de 0 à 1,90 larvas/10m³ (Figura 20b), e a espécie Hypleurochilus fissicornis distribuiu-se na Ilha Deserta com 7,67 (A11) e 1,31 larvas/10m³ (A12) (Figura 21). Figura 20: Densidades de larvas de Scartella cristata (Blenniidae) em 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de As famílias Carangidae e Gobiidae estiveram presentes apenas na amostragem de verão. A família Gobiidae distribuiu-se nas Ilhas do Arvoredo e Deserta, atingindo nesta última densidade de 6,14 larvas/10m³ (A11) (Figura 22). A família Carangidae foi representada por três espécies: Chloroscombrus chrysurus, que distribuiu-se em três pontos amostrais, tendo a máxima densidade ao sul da área de estudo (A6) (1,90 larvas/10m³) (Figura 23a); Oligoplites sp. ocorreu ao norte da região (A5) (4,17 larvas/10m³) (Figura 23b); e Selene sp., ocorreu com baixa densidade estando presente apenas no ponto mais costeiro (A1) (1,35 larvas/10m³) (Figura 23c). 28

43 Figura 21: Densidades de larvas de Hypleurochilus fissicornis (Blenniidae) em 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o verão de Figura 22: Densidades de larvas de Gobiidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para o verão de

44 As famílias Sciaenidae e Paralichthyidae ocorreram nos dois períodos amostrados, ambas com abundância relativa de 4,2%. No inverno a família Sciaenidae distribuiu-se em dois pontos amostrais, atingindo a máxima densidade no ponto amostral próximo a Ilha Deserta (A12) (1,88 larvas/10m³) (Figura 24a). Na amostragem de verão, esta família manteve densidades similares entre os pontos, com média de 0,70 larvas/10m³ (EP ± 0,21) (Figura 24b). A família Paralichthyidae ocorreu, no inverno, apenas ao sul da região estudada, representada pela espécie Paralichthys sp, com densidade de 1,20 larvas/10m³ (A6). (Figura 25a). No verão, a espécie Etropus crossotus, apresentou densidade média de 0,90 larvas/10m³ (EP ± 0,44), com valor máximo próximo a Ilha da Galé (A9) (4,10 larvas/10m³) (Figura 25b). Figura 23: Densidades de larvas de Carangidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o verão de 2008 paras as espécies: (a) Chloroscombrus chrysurus, (b) Oligoplites sp. e (c) Selene sp. 30

45 Figura 24: Densidades de larvas de Sciaenidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b)verão de Figura 25: Densidades de larvas de Paralichthyidae nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para a espécies de Paralichthys sp. no inverno de 2007 (a) e para a espécie Etropus crossotus no verão de 2008 (b). 31

46 4.1.2 Análise dos Parâmetros Ambientais Na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA) a transparência da água, para o inverno de 2007 e o verão de 2008, registrou média de 5,17 (EP ± 0,15) e 7,00 (EP ± 0,61) metros de profundidade, respectivamente. No inverno a transparência foi similar entre os pontos amostrais, tendo o menor valor (4,00 metros) próximo a Ilha da Galé (A9) (Figura 26a). No período amostral de verão a menor transparência (2,50 metros) foi obtida no ponto mais costeiro (A1), e as maiores nos pontos entre Ilhas (A2 e A4) (10,00 metros) e na Ilha Deserta (A11 e A12) (8,50 metros) (Figura 26b). Figura 26: Transparência da água nos 12 pontos amostrais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de No inverno a salinidade da água registrou mínima de 27,80 e máxima de 35,77 nos pontos amostrais entre Ilhas (A3 e A4), no verão os valores mínimo e máximo também foram registrados no ponto entre Ilhas (A4 e A5), 28,96 e 35,53, respectivamente (Tabela 9). A temperatura atingiu no ponto entre Ilhas (A4), 19,48 C no inverno e 26,79 C no verão (Tabela 9). 32

47 Tabela 9: Valores salinidade (S) e temperatura (T C) nos 12 pontos amostrais analisados na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) para o inverno de 2007 e verão de Inverno 2007 Verão 2008 Ponto Amostral S S T C T C S S T C T C Mínima Máxima Mínima Máxima Mínima Máxima Mínima Máxima A 1 28,58 33,84 15,57 17,6 29,95 34,91 20,81 26,48 A 2 29,33 35,10 15,44 18,58 33,44 35,30 20,02 26,54 A 3 27,80 35,40 15,27 18,98 30,51 35,43 18,32 26,46 A 4 28,3 35,77 15,23 19,48 28,96 35,53 18,21 26,79 A 5 28,17 35,69 15,20 19,33 33,05 35,53 18,41 25,91 A 6 29,89 34,94 15,36 18,42 33,01 25,08 19,12 26,52 A 7 29,3 29,72 15,67 16,02 33,99 34,20 25,10 26,63 A 8 30,08 31,45 15,86 16,37 34,12 34,16 25,36 25,67 A 9 28,47 32,77 15,22 16,59 33,39 33,72 24,85 25,22 A 10 29,51 34,39 15,71 18,09 32,75 34,76 21,45 25,62 A 11 29,32 32,83 15,70 17,07 33,54 34,47 23,40 25,92 A 12 29,87 35,35 15,98 18,81 34,28 35,06 20,55 25,98 Através do diagrama TS observou-se, para a área de estudo, a existência de três massas de água durante o inverno de 2007 e o verão de 2008: Água Central do Atlântico Sul (ACAS), Água Subtropical de Plataforma (ASP) e a Água Costeira (AC). No inverno, a ASP foi registrada abaixo dos 25 metros de profundidade, com temperatura variando de 17,3 a 19,4 C e salinidade entre 33,6 e 35,7, e a AC com temperaturas e salinidades variando, respectivamente, de 15,2 a 17,4 C, e 27,8 a 33,4 (Figura 27a). No verão esta massa d água foi caracterizada por temperaturas variando entre 24,3 e 26,7 C e salinidades entre 28,9 e 33,9, e a ACAS, ocorreu abaixo de 25 metros de profundidade, com temperaturas e salinidades variando entre 18,2 e 18,9 C, 35,2 e 35,5 respectivamente (Figura 27b). A análise de componentes principais realizada na RBMA para o ano de 2007/2008, demonstrou, entre os dois eixos principais, 64,9%, observando-se claramente uma sazonalidade entre as estações do ano. As maiores densidades do ictioplâncton ocorreram no verão juntamente com as maiores salinidade de fundo e transparência da água, sendo explicado pelo eixo 1 (42,7%) (Figura 28). 33

48 superfície 29 (a) inverno/ metros -10 metros metros -20 metros temperatura (T C) ASP -25 metros -30 metros -35 metros -40 metros AC salinidade superfície (b) verão/ metros -10 metros -15 metros -20 metros temperatura (T C) AC -25 metros -30 metros -35 metros -40 metros ACAS salinidade Figura 27: Diagrama TS na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC), para: (a) inverno de 2007 e (b) verão de

49 PCA RBMA 1.3 profundidade S% fun. Axis dens. L A3_i_07 A4_i_07 A4_v_08 A3_v_08 A12_i_07 A5_v_08 A2_i_07 A5_i_ A6_i_07 A10_i_07 Secchi A6_v_08 A9_i_07 A2_v_08 A12_v_08 dens. O A1_i_07 A10_v_08 A11_v_ A11_i_ A1_v_ T C sup. 1.3 A7_i_07 A8_i_ A9_v_08 A7_v_08 A8_v_08 T C fun. S% sup Vector scaling: 1,81 Axis 1 Figura 28: Análise de componentes principais, com parâmetros abióticos e dados bióticos, para a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, durante o ano de 2007/

50 4.1.3 Estrutura da comunidade do Ictioplâncton de 1997/1998 versus 2007/2008 Na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA), as densidades de ovos mostraram diferenças significativas para os períodos de inverno de 1997, verão de 1998, inverno de 2007 e verão de 2008 (graus de liberdade= 1; F= 12,11; p= 0,002) (Tabela 10). Com relação às larvas, as densidades indicaram diferenças significativas entre os verões de 1998 e 2008 (graus de liberdade= 1; F= 5,88; p= 0,02) (Tabela 11). Tabela 10: Tabela de Tuckey para densidade de ovos na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. inverno/97 verão/98 inverno/07 verão/08 inverno/97 verão/98 0,0021 inverno/07 0,0002 0,2810 verão/08 0,0003 0,6364 0,9134 Tabela 11: Tabela de Tuckey para densidade de larvas na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. inverno/97 verão/98 inverno/07 verão/08 inverno/97 verão/98 0,805 inverno/07 0,998 0,707 verão/08 0,060 0,009 0,085 Índices de Riqueza, Diversidade e Equitabilidade Os Índices de Riqueza de Margalef e de Diversidade de Shannon e Weaver seguiram os mesmos padrões ao longo dos anos amostrados (1997/1998 e 2007/2008), demonstrando dois picos, de riqueza e de diversidade, nos verões de 1998 e O Índice de Equitabilidade de Pielou permaneceu similar entre os períodos amostrais, com o valor mais baixo no inverno de 2007 (Figura 29). 36

51 6 5 4 RM H' J' Índices inverno/97 inverno/07 estação do ano Figura 29: Índices de Riqueza de Margalef, de Diversidade de Shannon e Weaver (H ) e de Equitabilidade de Pielou (J ), para o inverno e verão dos anos de 1997/1998 e 2007/

52 Análise de Agrupamento As composições da comunidade ictioplanctônica entre os dados de 1997/1998 e 2007/2008 da RBMA formaram 2 grupos distintos, um compreendendo o inverno de 1997 e 2007 (G1), e o outro os verões de 1998 e 2008 (G2). Entre as similaridades de verão, observou-se um grupo bem característico que compreendeu os pontos amostrais da Ilha Deserta, e o ponto localizado ao leste da Ilha da Galé para os dois anos (Figura 30). pontos amostrais A7_i_97 A10_i_97 A11_i_97 A12_i_97 A9_v_08 A8_i_97 A9_i_97 A9_i_07 A10_i_07 A11_i_07 A7_v_98 A12_v_98 A10_v_98 A11_v_98 A10_v_08 A12_v_08 A11_v_08 A8_v_98 A12_i_07 A9_v_98 A7_v_08 A8_v_08 G1 G distância euclidiana Figura 30: Análise de agrupamento das abundâncias dos taxa da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, para o inverno e verão dos anos de 1997/1998 e 2007/2008. Nota: A xx = ponto amostral; i= inverno; v= verão; G x = grupo 38

53 4.2 Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA Variação Espaço-Temporal da distribuição e abundância do Ictioplâncton Nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (RBMA), o ictioplâncton foi coletado, durante o ano de 2007, nas estações de verão, outono-inverno, inverno-primavera e primavera. No verão, um total de 379 ovos de peixes foram registrados em toda a área amostrada, no qual as menores abundâncias ocorreram nas áreas protegidas da Baía de Tijucas (Enseada de Zimbros), e as maiores foram registradas na Praia dos Ingleses e na Praia da Joaquina, atingindo um máximo de 232,73 ovos/10m³ (J3) (Tabela 12; Figura 31a). Na amostragem de outono-inverno foi coletado um total de 1235 ovos, no qual concentraram-se principalmente nos pontos costeiros protegidos da Baía de Tijucas (Enseada de Zimbros), atingindo densidade máxima de 2.053,76 ovos/10m³ (Z2). A Praia dos Ingleses e a Praia da Joaquina foram caracterizadas pelas menores densidades, variando de 0 a 167,03 ovos/10m³ (Tabela 12; Figura 31b). Durante o período de inverno-primavera foi amostrado um total de 2317 ovos, no qual estiveram presentes em toda a região de estudo, com densidades variando entre 0 e 1.291,74 ovos/10m³. De maneira geral, a Baía de Tijucas apresentou variações mais acentuadas entre os pontos amostrais, com as menores densidades ocorrendo nos pontos mais costeiros (Tabela 12; Figura 31c). Na amostragem de primavera de 2007 coletou-se um total de 290 ovos, onde os menores valores ocorreram na Praia da Joaquina, e os maiores na Praia dos Ingleses atingindo 162,17 ovos/10m³ (I6) (Tabela 12; Figura 31d). 39

54 Tabela 12: Abundâncias numéricas e densidades de ovos e larvas de peixes (n/m³), para cada ponto amostral durante o ano de 2007 nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC). Nota: Pontos amostrais= Baía de Tijucas (Z1-Z17); Praia dos Ingleses (I0-I8); Praia da Joaquina (J0-J8) SI= sem informação Ponto Amostral Verão 2007 Outono-Inverno 2007 Inverno-Primavera 2007 Primavera 2007 Ovos Larvas Densidade Densidade Ovos Larvas Densidade Densidade Ovos Larvas Densidade Densidade Ovos Larvas (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) (n) (n) (ovos/10m³) (larvas/10m³) (n) (n) Z ,00 0, ,20 2, ,00 18,43 SI SI SI SI Z ,00 1, ,76 2, ,00 5,50 SI SI SI SI Z ,00 0, ,26 0, ,00 2,07 SI SI SI SI Z ,00 0, ,10 3, ,95 13,09 SI SI SI SI Z ,79 3, ,00 0, ,79 22,94 SI SI SI SI Z ,68 16, ,37 23, ,05 2,83 SI SI SI SI Z ,00 2, ,05 5, ,46 4,86 SI SI SI SI Z ,79 2, ,90 0, ,00 5,72 SI SI SI SI Z ,48 0, ,87 9, ,84 15,23 SI SI SI SI Z ,81 35, ,32 3, ,30 0,00 SI SI SI SI Z ,96 5, ,91 2, ,96 4,36 SI SI SI SI Z ,71 14, ,49 2, ,09 4,35 SI SI SI SI Z ,30 21, ,24 0, ,75 7,29 SI SI SI SI Z ,77 30, ,73 0, ,84 7,42 SI SI SI SI Z ,00 13, ,00 1, ,16 2,30 SI SI SI SI Z ,88 15, ,24 0, ,18 0,00 SI SI SI SI Z ,59 42, ,00 1, ,04 1,61 SI SI SI SI Densidade Densidade (ovos/10m³) (larvas/10m³) I ,29 25, ,65 0, ,53 4, ,40 0,00 I ,44 36, ,43 0, ,83 5, ,67 0,00 I ,42 27, ,01 0, ,71 22, ,69 0,00 I ,67 39, ,82 0, ,70 0, ,91 5,81 I ,82 35, ,03 0, ,41 1, ,61 0,00 I ,58 65, ,42 1, ,75 5, ,84 0,00 40

55 Tabela 12 (cont.) Verão 2007 Outono-Inverno 2007 Inverno-Primavera 2007 Primavera 2007 Ponto Amostral Ovos (n) Larvas (n) Densidade (ovos/10m³) Densidade (larvas/10m³) Ovos (n) Larvas (n) Densidade Densidade (ovos/10m³) (larvas/10m³) Ovos (n) Larvas (n) Densidade (ovos/10m³) Densidade (larvas/10m³) Ovos (n) Larvas (n) Densidade Densidade (ovos/10m³) (larvas/10m³) I ,86 32, ,48 0, ,62 3, ,17 7,21 I ,84 16, ,90 1, ,19 5, ,67 1,14 I ,89 55, ,95 0, ,04 4, ,81 4,56 J ,29 0, ,00 0, ,74 40, ,00 10,14 J ,60 50, ,00 0, ,12 0, ,84 7,03 J ,72 12, ,00 2, ,95 0, ,00 7,56 J ,73 22, ,85 3, ,68 0, ,32 0,00 J ,64 10, ,00 0, ,40 0, ,07 1,54 J ,84 5, ,00 12, ,89 0, ,00 0,00 J ,00 0, ,71 0, ,12 0, ,57 3,85 J ,09 14, ,00 0, ,45 0, ,92 0,00 J ,59 13, ,76 5, ,99 1, ,88 0,00 Total χ 22,06 χ 19, χ 87,01 χ 2, χ 120,90 χ 6, χ 19,47 χ 2,71 41

56 No verão de 2007, as larvas de peixes ocorreram, com um total de 333 indivíduos e as maiores densidades estiveram presentes na Praia dos Ingleses, atingindo a máxima de 65,78 larvas/10m³ (I5). Este período se destacou em relação as outras estações do ano, onde as densidades de larvas diminuíram para as três Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA (Tabela 12; Figura 32a). No outono-inverno coletou-se um total de 40 larvas, com a máxima na Baía de Tijucas (23,37 larvas/10m³) (Z6) (Tabela 12; Figura 32b). No inverno-primavera as larvas estiveram presentes com um total de 143 organismos, com os maiores valores sendo observados na Baía de Tijucas e na Praia dos Ingleses, atingindo 22,94 (Z5) e 22,97 (I2) larvas/10m³, respectivamente (Tabela 12; Figura 32c). Na amostragem de primavera foram coletadas 34 larvas, variando de 0 à 10,14 larvas/10m³, atingindo a máxima densidade na Praia da Joaquina (J0) (Tabela 12; Figura 32d). SI Figura 31: Densidades de ovos de peixes nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera. Nota: SI= sem informação 42

57 SI Figura 32: Densidades de larvas de peixes nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera. Nota: SI= sem informação Os ovos coletados no ano de 2007, foram classificados em dois taxa e uma categoria NI (não identificados). A espécie Sardinella brasiliensis (Clupeidae) ocorreu nas amostragens de verão, com 12,9% de abundância relativa, onde as maiores densidades ocorreram na Baía de Tijucas (Figura 33a). Nas demais amostragens, esta espécie não foi amostrada com importância, sendo registrada a ocorrência de larvas durante o invernoprimavera na Praia dos Ingleses (Figura 33b). A família Engraulidae ocorreu nos quatros períodos amostrados, sendo que no verão os ovos estiveram presentes apenas na Baía de Tijucas, com baixas densidades (2,36 ovos/10m³) (Z10) e 1,0% de abundância relativa (Figura 34a). No outono-inverno esta família distribuiu-se, na Baía de Tijucas e na Praia dos Ingleses, com 6,6% de abundância relativa e densidade variando de 0 à 158,24 ovos/10m³ (Figura 34b). No inverno-primavera os ovos 43

58 distribuíram-se nas três Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, com abundância relativa elevada (24,8%), destacando-se a Praia dos Ingleses e a Praia da Joaquina, com 140,56 ovos/10m³ (I0) e 121,10 ovos/10m³(j0), respectivamente (Figura 34c). Na amostragem de primavera os ovos de Engraulidae foram restritos para a Praia dos Ingleses, com densidade de 1,12 ovos/10m³ (I5) (Figura 34d). Figura 33: Densidades de ovos de peixes de Sardinella brasiliensis nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) inverno-primavera. Durante o ano de 2007, foram identificadas 17 famílias de larvas, nas Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, sendo 7 taxa de comportamento pelágico Bregmacerotidae, Carangidae, Clupeidae, Engraulidae, Gerreidae, Mugilidae e Myctophidae; 4 taxa de comportamento demersal Haemulidae, Sciaenidae, Cynoglossidae e Paralichthyidae e 6 taxa de comportamento recifal Blenniidae, Gobiidae, Labrisomidae, Pomacentridae, Serranidae e Syngnathidae (Apêndice 1). Na amostragem de verão, foram observadas 14 famílias, sendo Engraulidae, Sciaenidae e Carangidae as mais abundantes. As famílias Clupeidae, Bregmacerotidae e Labrisomidae, ocorreram apenas durante o período de verão, e as duas últimas famílias foram amostradas na Baía de Tijucas. No outono-inverno as famílias identificadas foram Blenniidae, Engraulidae, Haemulidae, Myctophidae e Sciaenidae. Myctophidae esteve presente somente durante esta campanha, na Baía de Tijucas, e as famílias Blenniidae e Haemulidae ocorreram na Baía de Tijucas (Tabela 13). 44

59 SI Figura 34: Densidades de ovos de peixes de Engraulidae nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outonoinverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera. Nota: SI= sem informação Na amostragem de inverno-primavera identificou-se 8 famílias, sendo que Syngnathidae só foi amostrada neste período, entretanto as famílias Engraulidae, Gobiidae e Sciaenidae, destacaram-se como as mais abundantes entre as Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA. As famílias Blenniidae, Gobiidae, Mugilidae, Haemulidae e Syngnathidae ocorreram na Baía de Tijucas, e Gerreidae foi amostrado na Praia dos Ingleses. Na primavera as larvas foram classificas em 10 famílias, onde Engraulidae ocorreu com abundância de 61,8% e densidade média de 1,66 larvas/10m³ (EP ± 0,78) na Praia dos Ingleses e 1,59 larvas/10m³ (EP ± 0,82) na Praia da Joaquina. A família Pomacentridae foi amostrada somente neste período do ano, na Praia dos Ingleses, atingindo densidade média de 0,16 larvas/10m³ (EP ± 0,17) (Tabela 13). 45

60 Tabela 13 Famílias de larvas de peixes coletadas para cada Área Costeira Adjacente à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) durante o ano de 2007, com suas respectivas abundâncias totais e densidades médias por 10 m³. Nota: NI= não identificados, SI= sem informação. Verão 2007 Outono-Inverno 2007 Inverno-Primavera 2007 Primavera 2007 Famílias % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ Tijucas Blenniidae 2,9 0,44(EP ± 0,20) 7,7 0,30(EP ± 0,30) 3,4 0,18(EP ± 0,13) SI Bregmacerotidae 0,7 0,08(EP ± 0,08) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Carangidae 7,2 0,83(EP ± 0,43) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Clupeidae 3,6 0,57(EP ± 0,41) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Cynoglossidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Engraulidae 7,9 0,85(EP ± 0,39) 23,1 0,80(EP ± 0,49) 6,9 0,52(EP ± 0,18) SI Gerreidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Gobiidae 6,5 0,80(EP ± 038) 0,0 0,00 44,8 3,08(EP ± 0,96) SI Haemulidae 5,8 0,79(EP ± 0,54) 7,7 0,25(EP ± 0,18) 3,4 0,20(EP ± 0,15) SI Labrisomidae 0,7 0,08(EP ± 0,08) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Mugilidae 0,7 0,08(EP ± 0,08) 0,0 0,00 2,3 0,14(EP ± 0,10) SI Myctophidae 0,0 0,00 3,8 0,15(EP ± 0,15) 0,0 0,00 SI Paralichthyidae 1,4 0,28(EP ± 0,28) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Pomacentridae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Sciaenidae 56,1 6,44(EP ± 2,71) 34,6 1,04(EP ± 0,37) 31,0 2,20(EP ± 0,59) SI Serranidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI Syngnathidae 0,0 0,00 0,0 0,00 1,1 0,07(EP ± 0,07) SI NI 6,5 0,85(EP ± 0,44) 23,1 0,85(EP ± 0,37) 6,9 0,55(EP ± 0,24) SI Ingleses Blenniidae 1,4 0,52(EP ± 0,36) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Bregmacerotidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Carangidae 23,4 8,02(EP ± 2,11) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Clupeidae 11,3 3,53(EP ± 1,42) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Cynoglossidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Engraulidae 47,5 18,92(EP ± 4,69) 50,0 0,21(EP ± 0,21) 81,5 4,84(EP ± 2,11) 80,0 1,66(EP ± 0,78) Gerreidae 0,7 0,21(EP ± 0,21) 0,0 0,00 5,6 0,39 0,0 0,00 Gobiidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Haemulidae 2,8 0,83(EP ± 0,63) 0,0 0,00 0,0 0,00 6,7 0,13(EP ± 0,13) Labrisomidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Mugilidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 6,7 0,13(EP ± 0,13) Myctophidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Paralichthyidae 2,8 1,04(EP ± 0,42) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Pomacentridae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 6,7 0,16(EP ± 0,16) Sciaenidae 2,8 1,28(EP ± 0,67) 50,0 0,21(EP ± 0,21) 7,4 0,46(EP ± 0,24) 0,0 0,00 Serranidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Syngnathidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 NI 7,1 3,02(EP ± 1,29) 0,0 0,00 5,6 0,37(EP ± 0,25) 0,0 0,00 Joaquina Blenniidae 1,9 0,36(EP ± 0,36) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,3 0,17(EP ± 0,17) Bregmacerotidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Carangidae 11,3 1,51(EP ± 0,80) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,3 0,22(EP ± 0,22) 46

61 Tabela 13 (cont.) Verão 2007 Outono-Inverno 2007 Inverno-Primavera 2007 Primavera 2007 Famílias % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ Clupeidae 9,4 1,22(EP ± 0,54) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Cynoglossidae 1,9 0,31(EP ± 0,31) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,3 0,17(EP ± 0,17) Engraulidae 37,7 5,44(EP ± 2,10) 33,3 0,91(EP ± 0,47) 50,0 4,48(EP ± 4,48) 47,4 1,59(EP ± 0,82) Gerreidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Gobiidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Haemulidae 17,0 1,85(EP ± 0,94) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Labrisomidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Mugilidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Myctophidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Paralichthyidae 1,9 0,36(EP ± 0,36) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,3 0,16(EP ± 0,16) Pomacentridae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Sciaenidae 7,5 1,30(EP ± 0,74) 66,7 1,81(EP ± 1,38) 50,0 0,12(EP ± 0,12) 5,3 0,22(EP ± 0,2) Serranidae 1,9 0,35(EP ± 0,35) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,3 0,16(EP ± 0,16) Syngnathidae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 NI 9,4 1,75(EP ± 1,75) 0,0 0,00 0,0 0,00 21,1 0,65(EP ± 0,46) Dentre as famílias identificadas nas Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, para 9 delas foi possível a identificação a nível de espécie, sendo elas: Scartella cristata, Hypleurochilus fissicornis, Bregmaceros atlanticus, Chloroscombrus chrysurus, Oligoplites sp., Opisthonema oglinum, Harengula clupeola, Symphurus jenynsi, S. trewavasae, Malacotenus delalandii, Mugil sp., Etropus crossotus, E. longimanus, Paralichthys sp. e Syngnathus folletti (Tabela 14). 47

62 Tabela 14: Espécies de larvas de peixes coletadas para cada Área Costeira Adjacente à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) durante o ano de 2007, com suas respectivas abundâncias totais e densidades médias por 10 m³. Nota: SI= sem informação Verão 2007 Outono-Inverno 2007 Inverno-Primavera 2007 Primavera 2007 Famílias Espécies % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ Tijucas Blenniidae Scartella cristata 2,9 0,44 (EP ± 0,20) 7,7 0,30 (EP ± 0,30) 2,3 0,10 (EP ± 0,10) SI SI Blenniidae Hypleurochilus fissicornis 0,0 0,00 0,0 0,00 1,1 0,08 (EP ± 0,08) SI SI Bregmacerotidae Bregmaceros atlanticus 0,7 0,08 (EP ± 0,08) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Carangidae Chloroscombrus chrysurus 5,0 0,60 (EP ± 0,34) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Carangidae Oligoplites sp. 2,6 0,23 (EP ± 0,12) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Clupeidae Opisthonema oglinum 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Clupeidae Harengula clupeola 2,6 0,27 (EP ± 0,16) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Cynoglossidae Symphurus jenynsi 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Cynoglossidae Symphurus trewavasae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Labrisomidae Malacotenus delalandii 0,7 0,08 (EP ± 0,08) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Mugilidae Mugil sp. 0,7 0,08 (EP ± 0,08) 0,0 0,00 2,3 0,14 (EP ± 0,10) SI SI Paralichthyidae Etropus crossotus 1,4 0,28 (EP ± 0,28) 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Paralichthyidae Etropus longimanus 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Paralichthyidae Paralichthys sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 SI SI Syngnathidae Syngnathus folletti 0,0 0,00 0,0 0,00 1,1 0,07 (EP ± 0,07) SI SI Ingleses Blenniidae Scartella cristata 0,7 0,32 (EP ± 0,32) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Blenniidae Hypleurochilus fissicornis 0,7 0,21 (EP ± 0,21) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Bregmacerotidae Bregmaceros atlanticus 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Carangidae Chloroscombrus chrysurus 23,4 8,02 (EP ± 2,11) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Carangidae Oligoplites sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Clupeidae Opisthonema oglinum 1,4 0,42 (EP ± 0,28) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Clupeidae Harengula clupeola 9,2 2,74 (EP ± 1,45) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Cynoglossidae Symphurus jenynsi 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 48

63 Tabela 14(cont.) Verão 2007 Outono-Inverno 2007 Inverno-Primavera 2007 Primavera 2007 Famílias Espécies % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ % média/10m³ Cynoglossidae Symphurus trewavasae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Labrisomidae Malacotenus delalandii 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Mugilidae Mugil sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 6,7 0,13 (EP ± 0,13) Paralichthyidae Etropus crossotus 2,1 0,75 (EP ± 0,39) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Paralichthyidae Etropus longimanus 0,7 0,29 (EP ± 0,29) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Paralichthyidae Paralichthys sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Syngnathidae Syngnathus folletti 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Joaquina Blenniidae Scartella cristata 1,9 0,36 (EP ± 0,36) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,2 0,17 (EP ± 0,17) Blenniidae Hypleurochilus fissicornis 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Bregmacerotidae Bregmaceros atlanticus 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Carangidae Chloroscombrus chrysurus 11,3 1,51 (EP ± 0,80) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,2 0,22 (EP ± 0,22) Carangidae Oligoplites sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Clupeidae Opisthonema oglinum 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Clupeidae Harengula clupeola 9,4 1,22 (EP ± 0,54) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Cynoglossidae Symphurus jenynsi 1,9 0,31 (EP ± 0,31) 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Cynoglossidae Symphurus trewavasae 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 5,2 0,17 (EP ± 0,17) Labrisomidae Malacotenus delalandii 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Mugilidae Mugil sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Paralichthyidae Etropus crossotus 1,9 0,36 (EP ± 0,36) 0,0 0,00 0,0 0,00 5,2 0,16 (EP ± 0,16) Paralichthyidae Etropus longimanus 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Paralichthyidae Paralichthys sp. 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 Syngnathidae Syngnathus folletti 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 0,0 0,00 49

64 No ano de 2007, para as 3 Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, as famílias com mais de 4% foram: Engraulidae (32,9%), Sciaenidae (24,9%), Carangidae (9,1%), Gobiidae (8,7%), Haemulidae (4,9%) e Clupeidae (4,7%). Engraulidae, no verão, distribuiu-se nas três Áreas Costeiras Adjacentes, com as menores densidades ocorrendo na Baía de Tijucas, por outro lado, a Praia dos Ingleses destacou-se com os maiores valores, atingindo 48,62 larvas/10m³ (I5) (Figura 35a). No outono-inverno esta família ocorreu com baixas densidades, as densidades médias foram de 0,80 larvas/10m³ (EP ± 0,49) na Baía de Tijucas, 0,21 larvas/10m³ (EP ± 0,21) na Praia dos Ingleses e de 0,91 larvas/10m³ (EP ± 0,047) na Praia da Joaquina (Figura 35b). Na amostragem de inverno-primavera as larvas de Engraulidae ocorreram principalmente na Praia dos Ingleses, entretanto a máxima densidade ocorreu na Praia da Joaquina (40,37 larvas/10m³) (J0) (Figura 35c). Durante a primavera as larvas desta família ocorreram com baixas densidades, variando de 0 à 6,04 larvas/10m³, no qual observou a mesma tendência entre a Praia dos Ingleses e a Praia da Joaquina (Figura 35d). As larvas da família Sciaenidae distribuíram-se, no verão, nas três Áreas Costeiras Adjacentes à RBMA, destacando-se a Baía de Tijucas com máxima densidade de 41,56 larvas/10m³ (Z17), entretanto na Praia dos Ingleses e na Praia da Joaquina, atingiram 5,26 larvas/10m³ (I8) e 6,32 larvas/10m³ (J1), respectivamente (Figura 36a). No outono-inverno as densidades diminuíram, destacando-se a Praia da Joaquina, onde a máxima foi de 12,69 larvas/10m³ (J5) (Figura 36b). Na amostragem de inverno-primavera as larvas ocorreram com densidade média de 2,20 larvas/10m³ (EP ± 0,49) na Baía de Tijucas, de 0,46 larvas/10m³ (EP ± 0,24) na Praia dos Ingleses e de 0,12 larvas/10m³ (EP ± 0,12) na Praia da Joaquina (Figura 36c). Durante a primavera as larvas de Sciaenidae distribuíram-se apenas na Praia da Joaquina, apresentando densidade de 2,03 larvas/10m³ (J0) (Figura 36d). 50

65 SI Figura 35: Densidades de larvas de Engraulidae nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera. Nota: SI = sem informação A espécie Chloroscombrus chrysurus foi registrada, durante o verão, em toda a área amostrada. Na Baía de Tijucas foram amostradas larvas nos pontos amostrais de maior profundidade, atingindo densidade de 5,32 larvas/10m³ (Z13), na praia da Joaquina as densidades foram baixas, com média de 1,51 larvas/10m³ (EP ± 0,80). A praia dos Ingleses destacou-se com as maiores densidades, atingindo média de 8,02 larvas/10m³ (EP ± 2,11), no qual variou de 0 à 19,31 larvas/10m³ (Figura 37a). Na primavera, esta espécie esteve presente apenas na Praia da Joaquina, representando 5,2% de abundância relativa (Figura 37b). A espécie Oligoplites sp. esteve presente apenas na amostragem de verão, com distribuição na Baía de Tijucas, apresentando densidade máxima de 1,43 larvas/10m³ (Z12) e 2,6% de abundância relativa (Figura 38). 51

66 SI Figura 36: Densidades de larvas de Sciaenidae nos 35 pontos amostrais nas Áreas Costeiras Adjacentes à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC) no ano de 2007 para: (a) verão, (b) outono-inverno, (c) inverno-primavera e (d) primavera. Nota: SI= sem informação A família Gobiidae ocorreu na amostragem de verão e inverno-primavera, em ambos os períodos as larvas distribuíram-se na Baía de Tijucas. No verão as larvas ocorreram principalmente nos pontos amostrais de maior profundidade, com densidade máxima de 5,71 larvas/10m³ (Z12) (Figura 39a). Por outro lado, na amostragem de inverno-primavera, as larvas concentraram-se, com as maiores densidades, nos pontos mais rasos (Enseada de Zimbros), atingindo 12,90 larvas/10m³ (Z1) (Figura 39b). 52

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