Novas regras relativas à circulação de bens e documentos de transporte

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1 ABRIL 2ª QUINZENA ANO 81º 2013 N º 8 4,00 euros (IVA incl.) Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa DE GRC CEM NORTE Novo regime em vigor a partir de 1 de julho Novas regras relativas à circulação de bens e documentos de transporte Todos os bens em circulação em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de IVA deverão ser acompanhados de documentos de transporte, conforme estabelece o Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho. No entanto, as regras e procedimentos previstos no regime dos bens em circulação foram profundamente alteradas pelo Decreto-Lei nº SUMÁRIO Legislação Lei n.º 27/2013, de 12.4 (Atividade de comércio a retalho não sedentária exercida por feirantes e vendedores ambulantes - novo regime jurídico). 309 Despacho n.º 3376/2013, de 4.3 (Branqueamento de capitais - controlo dos montantes de dinheiro líquido que entram ou saem da União Europeia através do território nacional - novo formulário da declaração de dinheiro líquido) Resoluções administrativas e Informações vinculativas IRC: entidades que não exerçam a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola - entrega da declaração periódica de rendimentos modelo Imposto sobre veículos: procedimentos a aplicar na admissão temporária de veículos afetos a uso profissional (art. 39º do CISV) IRC: Processo Especial de Revitalização Imposto do Selo: contrato de mútuo destinado a financiar as obras de construção Obrigações fiscais do mês e informações diversas 294 a 299 Trabalho e Segurança Social Informações Diversas a 322 Sumários do Diário da República /2012, de 24 de agosto (Boletim do Contribuinte, 2013, pág. 650), tendo, em consequência, sido criadas novas obrigações e procedimentos para os sujeitos passivos de IVA. O objetivo primordial das novas medidas é assegurar e garantir às autoridades um controlo mais eficaz das trocas comerciais, minimizando a viciação e ocultação de documentos. As novas regras que alteram de forma significativa os procedimentos de emissão dos documentos de transporte têm sido contestadas por alguns operadores económicos de diversos quadrantes invocando dificuldades de adaptação ou falta de condições técnicas para proceder em conformidade com as normas e tramitação definidas. Nesse sentido, de forma a permitir uma melhor adaptação dos agentes económicos às novas regras aplicáveis aos bens em circulação e por razões operacionais relacionadas com o novo sistema de comunicação por transmissão eletrónica de dados, foi agora determinado pela Portaria nº 161/12013, de 23 de abril, que o novo regime apenas entrará em vigor no dia 1 de julho de 2013 (em vez do dia 1 de maio). A mesma portaria, que será publicada no próximo número, estabelece, para além do previsto no DL nº 147/2003, um conjunto de regras que devem ser observadas relativamente ao funcionamento da comunicação eletrónica do transporte de mercadorias estabelecendo ainda a exclusão de obrigação de comunicação à AT dos documentos de transporte nos casos em que o adquirente seja consumidor final. (Continua na pág. 298)

2 294 PAGAMENTOS EM MAIO Boletim do Contribuinte OBRIGAÇÕES EM MAIO I R S (Até ao dia 20 de maio) Entrega do imposto retido no mês de abril sobre rendimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS. Entrega do imposto retido no mês de abril sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões com excepção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente). I R C (Até ao dia 20 de maio) Entrega das importâncias retidas no mês de Abril por retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 94º do CIRC. Entrega da declaração periódica de rendimentos Modelo 22, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades sujeitas a IRC cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil. (Até ao dia 31 de maio) I V A - Entrega do imposto liquidado no mês de março pelos contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 10 de maio)* - Entrega do imposto liquidado no 1º trimestre de 2013 pelos contribuintes de periodicidade trimestral do regime normal. (Até ao dia 15 de maio)* - Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do imposto apurado relativo ao 1º trimestre de 2013 (Até ao dia 20 de maio).* A obrigação de envio da declaração periódica do IVA subsiste caso no período em referência não haja operações tributáveis. (art. 67º, nº 1, do Código do IVA) - Pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a efetuar nos balcões dos serviços de finanças ou dos CTT ou ainda (para importâncias não superiores a ,00), através do multibanco, correspondente ao imposto apurado na declaração respeitante a março, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 15 de maio) SEGURANÇA SOCIAL (De 10 a 20 de maio) - Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao mês de abril de IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de maio) Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação IUC relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de maio. IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 20 de maio) Entrega do Imposto do Selo retido no mês de abril mediante Documento de Cobrança. IRS Declaração modelo 3 Até ao dia 31 de Maio deve ser efetuada a entrega da declaração Modelo 3, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos com rendimentos das Categoria A (trabalho dependente), B (empresariais e profissionais), E (capitais), F (prediais), G (mais-valias) e H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias no estrangeiro, terão de preencher o Anexo J. Se tiverem benefícios fiscais, deduções à coleta, acréscimos ou rendimentos isentos sujeitos a englobamento, apresentarão, com a declaração, o Anexo H. Entidades emitentes de vales de refeição Entrega da declaração Modelo 18, até ao dia 31 de maio, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades emitentes de vales de refeição. IVA Entrega da declaração recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros estados-membros no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art. 6º do Código do IVA e o montante das transmissões intracomunitárias a incluir não exceda euros (art. 30º do RITI) no trimeste em curso ou em qualquer um dos 4 trimestes anteriores. (Até ao dia 20 de maio) IMT Os notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades e profissionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem actos ou contratos sujeitos a registo predial devem submeter, até ao dia 15 de cada mês, à Autoridade Aduaneira e Tributária (AT), os seguintes elementos: a) Em suporte eletrónico (Modelo11), uma relação dos atos ou contratos sujeitos a IMT, ou dele isentos, efetuados no mês antecedente, contendo, relativamente a cada um desses atos, o número, data e importância dos documentos de cobrança ou os motivos da isenção, nomes dos contratantes, artigos matriciais e respetivas freguesias, ou menção dos prédios omissos; b) Cópia das procurações que confiram poderes de alienação de bens imóveis em que, por renúncia ao direito de revogação ou cláusula de natureza semelhante, o representado deixe de poder revogar a procuração, bem como dos respetivos substabelecimentos, referentes ao mês anterior; c) Cópia das escrituras ou documentos particulares autenticados de divisões de coisa comum e de partilhas de que façam parte bens imóveis.

3 OBRIGAÇÕES EM MAIO Boletim do Contribuinte 295 Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do art.º 53.º que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA. IRS Declaração Mensal de Remunerações Entrega, até ao dia 10 de maio, da Declaração Mensal de Remunerações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior. IVA Declaração periódica Regime mensal Envio, até ao dia 10 de maio, da Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em março. IVA Declaração periódica Regime trimestral Entrega, até ao dia 15 de maio da Declaração Periódica, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal trimestral, relativa às operações efetuadas no 1.º trimestre. IVA Decalaração recapitulativa Até ao dia 20 de maio Entrega da Declaração Recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do art.º 6.º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de IVA Comunicação de faturas emitidas Comunicação, até ao dia 27 de maio, por transmissão eletrónica de dados dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento, estável ou domicílio fiscal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA. IVA Pequenos retalhistas Até ao dia 20 de maio Entrega, da Declaração Modelo P2 ou da guia Modelo 1074, pelos retalhistas sujeitos ao regime de tributação previsto no art.º 60.º do CIVA, consoante haja ou não imposto a pagar, relativo ao 1.º Trimestre. IVA Pedido de restituição Até ao dia 31 de maio Entrega, por transmissão eletrónica de dados, do pedido de restituição de IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos ou, se em período inferior, desde que termine em 31 de dezembro do ano civil imediatamente anterior e o valor não seja inferior a 50, tal como refere o Decreto-Lei n.º 186/2009, de 12 de agosto. Autoridade Tributária encerra atividade de empresas e contribuintes singulares A Autoridade Tributária encerrou a atividade a mais de 30 mil contribuintes (trabalhadores independentes e empresas) que não entregavam as declarações de rendimentos ou de IVA há mais de dois anos. Em causa estão 9955 empresas e contribuintes singulares que não entregaram as declarações em 2011 e De acordo com o artigo 83º do CPPT e 34º do Código do IVA, a Autoridade Tributária pode encerrar a atividade dos contribuintes que não entreguem as declarações de rendimentos e quando não existam sinais de atividade nem a intenção de as continuar a desenvolver. As declarações de cessação de atividade são divulgadas no Portal das Finanças. Isto porque, a partir do momento em que é declarada a cessação de atividade, os contribuintes deixam de poder continuar a operar e os seus clientes deixam de poder declarar as compras como custos para efeitos fiscais.

4 296 INFORMAÇÕES DIVERSAS IRS Alterações na tributação de subsídios a bombeiros e bolsas a atletas O Governo enviou à Assembleia da República uma Proposta de Lei que procede à alteração ao Código do IRS, mais precisamente ao seu artigo 12º. Com as alterações propostas pretende-se clarificar que as compensações e subsídios postos à disposição dos bombeiros voluntários que prestam serviço durante o período de férias e descanso, no âmbito do dispositivo especial de combate a incêndios, não estão sujeitos a tributação em sede de IRS. Por outro lado, é também feita uma clarificação no respeitante às bolsas atribuídas aos praticantes de alto rendimento desportivo, pelo Comité Paralímpico de Portugal, no âmbito do contrato-programa de preparação para os Jogos Surdolímpicos, e dos respetivos prémios atribuídos por classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo, submetendo-se ao mesmo regime dos restantes atletas paralímpicos. O essencial das BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO. Da autoria de Luis Castañeda. P.V.P.: 8.90 Páginas: 120 P.V.P.: 8.90 Páginas: 176 Compre já em encomendas@vidaeconomica.pt Boletim do Contribuinte Direitos de autor Lei do OE alargou isenção de IVA O Governo manteve para 2013 a isenção de IVA relativamente aos direitos de autor, tendo mesmo procedido ao alargamento de tal isenção. O art. 195º da Lei do Orçamento do Estado para o corrente ano Lei nº 64-B/2012, de (Bol. do Contribuinte, 2013, supl. 1ª quinz. janeiro), alterou o nº 16 do art. 9º do Código do IVA, referente à isenção de IVA nas operações internas de transmissão de direitos de autor e autorização para a utilização de obra intelectual. Assim, está isenta de IVA nas operações internas a transmissão do direito de autor e a autorização para a utilização da obra intelectual, definidas no Código de Direito de Autor, quando efetuadas pelos próprios autores, seus herdeiros ou legatários, ou ainda por terceiros, por conta deles (autores). E, ao contrário do que previa a anterior redação do nº 16 do art. 9º do Código do IVA, (resultante da Lei do OE para 2012) em 2013, se o autor for uma pessoa coletiva poderá igualmente beneficiar da isenção. Refira-se que em 2011, a redação daquele preceito não excluía expressamente a isenção de IVA quando o autor fosse pessoa coletiva, tendo, assim, naquele ano, beneficiado de isenção de IVA. Na sequência destas constantes alterações da norma de isenção de IVA, veio a Assembleia da República recomendar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) uma total clarificação da questão de isenção de IVA quanto aos direitos de autor, devendo, segundo a Resolução nº 40/2013, de 3.4, ficar assegurado igual tratamento aos diversos agentes, independentemente da natureza jurídica do titular dos direitos, isto é, sem se fazer distinção entre autor pessoa singular ou pessoa coletiva. Novo regime de venda e consumo de bebidas alcoólicas No próximo dia 1 de Maio entra em vigor o novo regime de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e em locais abertos ao público, aprovado pelo DL n.º 50/2013, de 16.4 Uma das novidade deste regime é a proibição agora introduzida de venda de bebidas alcoólicas entre as 0 e as 8 horas, com exceção dos estabelecimentos comerciais de restauração ou de bebidas, dos situados em portos e aeroportos em local de acessibilidade reservada a passageiros e dos de diversão noturna e análogos. Outra medida importante traduz-se em aumentrar a idade mínima legal de consumo. Assim, é proibido facultar, independentemente de objetivos comerciais, vender ou, com objetivos comerciais, colocar à disposição, em locais públicos e em locais abertos ao público: - Bebidas espirituosas, ou equiparadas, a quem não tenha completado 18 anos de idade; - Todas as bebidas alcoólicas, espirituosas e não espirituosas, a quem não tenha completado 16 anos de idade;

5 INFORMAÇÕES DIVERSAS - Todas as bebidas alcoólicas, espirituosas e não espirituosas, a quem se apresente notoriamente embriagado ou aparente possuir anomalia psíquica. Por outro lado, é proibida a disponibilização, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas: - Nas cantinas, bares e outros estabelecimentos de restauração ou de bebidas, acessíveis ao público, localizados nos estabelecimentos de saúde; - Em máquinas automáticas; - Em postos de abastecimento de combustível localizados nas autoestradas ou fora das localidades; - Em qualquer estabelecimento, entre as 0 e as 8 horas, com exceção dos estabelecimentos comerciais de restauração ou de bebidas; dos estabelecimentos situados em portos e aeroportos em local de acessibilidade reservada a passageiros; e dos estabelecimentos de diversão noturna e análogos. A violação destas regras constitui contra-ordenação punível com coima dos 500 aos Agentes de execução Regulamento da Caixa de Compensações O Regulamento nº 132/2013, de 9.4 (2ª série do DR), veio disciplinar a gestão da caixa de compensações, os pagamentos aos agentes de execução dos valores que lhe forem devidos por deslocações e a cobrança das permilagens devidas pelos agentes de execução, ou seja, os valores devidos à caixa de compensações nos processos executivos ou declarativos intentados entre 15 de setembro de 2003 e 30 de março de Prevê-se a possibilidade de serem devolvidos valores que, por lapso do agente de execução, tenham sido indevidamente pagos. Importa referir que o Decreto-Lei nº 4/2013, de 11.1, que aprovou um conjunto de medidas urgentes de combate às pendências em atraso no domínio da ação executiva, tornou conveniente a aprovação de novos regulamentos das caixas de compensações, que adequem a regulamentação existente a este diploma, de modo a cumprir os objetivos de extinção de processos por falta de impulso do exequente. Assim, o novo regulamento da caixa de compensações dos agentes de execução, que mantém, em regra, as normas constantes do Regulamento nº 481/2011, de 11.8 (2ª série do DR), vem reforçar a existência de critérios de transparência da atividade e de igualdade entre os membros da Câmara dos Solicitadores que exercem a especialidade de agente de execução. Com a nova regulamentação introduz-se ainda um princípio de diferenciação entre os que cumprem as suas obrigações legais e estatutárias, nomeadamente no que se refere ao pagamento dos valores em dívida à caixa de compensações, sendo bloqueado o acesso aos serviços que não sejam essenciais à Boletim do Contribuinte 297 tramitação processual àqueles que não contribuem para a sua manutenção. Por seu lado, o Regulamento nº 133/2013, de 9.4 (2ª série do DR), disciplina a gestão da caixa de compensações, os pagamentos aos agentes de execução dos valores que lhe forem devidos por deslocações e a cobrança das permilagens devidas pelos agentes de execução, isto é, os valores devidos no âmbito dos processos executivos e providências cautelares intentados a partir de 31 de março de Com este regulamento mantém-se uma solução de cobrança automática da caixa de compensações, de forma a diminuir de forma acentuada o tempo despendido pelo agente de execução na liquidação e pagamento dos valores devidos. Importa ter presente que subsistem dois regimes específicos, um para os processos posteriores a 31 de março de 2009 e anteriores a 14 de abril de 2013 (data de entrada em vigor do Regulamento nº 133/2013) e um segundo regime para os processos posteriores a esta data. Prevê-se a possibilidade de o agente de execução alterar a declaração que tenha efetuado, solicitando a devolução de valores que tenham sido indevidamente pagos. Regulamento das contas-clientes O Regulamento nº 128/2013, de 8.4 (2ª série do DR), alterou o Regulamento das contas-clientes dos agentes de execução, constante do Regulamento nº 386/2012, de 30.8 (2º Série do DR). Este último Regulamento, que estabelece as normas a que deve obedecer a abertura, movimentação, gestão e encerramento das contas-clientes dos agentes de execução, não prevê o modo de movimentação das contas-clientes de executados em caso de impossibilidade da plataforma informática de suporte ao sistema de pagamentos. Assim, com a referida alteração visa-se criar um mecanismo específico para a realização de movimentos das contas- -clientes de executados a crédito ou a débito, prevendo-se ainda o modo de registo de ambos os tipos de movimentos e garantindo-se a intervenção do órgão de fiscalização. Segundo as novas regras, verificando-se a impossibilidade de movimentação a crédito na conta-clientes de executados, em virtude de indisponibilidade do sistema de pagamentos que perdure por mais de 48 horas, o agente de execução deverá notificar a entidade pagadora para proceder ao pagamento através de depósito autónomo. Tratando-se de impossibilidade de movimentação a débito da conta-clientes de executados, por período superior a 48 horas, o agente de execução solicita por escrito ao órgão de fiscalização autorização para a prática de tal ato, indicando: - o número do processo judicial; - a conta que pretende ver debitada; - a conta bancária de destino; - a identificação das partes; - a conta corrente da qual resultem os movimentos a débito realizados e o saldo que pretende ver transferido. Posteriormente à receção do pedido, o órgão de fiscalização remete o pedido de transferência à entidade bancária onde esteja sediada a conta-clientes. Os movimentos a débito e a crédito realizados nos termos descritos devem ser registados pelo agente de execução no SISAAE/GPESE no prazo de 24 horas após a disponibilização no sistema do extrato bancário atualizado.

6 298 INFORMAÇÕES DIVERSAS IVA Novas regras relativas à circulação de bens e documentos de transporte em vigor a partir de 1 de julho (Continuação da pág. 293) Tais documentos de transporte devem, a partir do dia 1 de julho de 2013, ser emitidos por uma das seguintes vias: - Eletrónica, garantindo a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo; - Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela AT Autoridade Tributária e Aduaneira; - Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico; - Diretamente no Portal das Finanças; - Em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e tipograficamente Com exceção dos documentos emitidos por via eletrónica, os demais documentos de transporte têm de ser processados em 3 exemplares. Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à Autoridade Tributária os elementos constantes dos documentos de transporte, antes do início do transporte. Nos casos dos documentos emitidos por via eletrónica, se o transportador possuir o código fornecido pela AT, fica dispensado da impressão do documento de transporte. A comunicação à AT dos elementos dos referidos documentos processados deverá ser obrigatoriamente feita da seguinte forma: - Nos casos em que o documento de transporte é emitido em papel: através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5º dia útil seguinte; - Nos demais casos por transmissão eletrónica de dados para a Autoridade Tributária. - Nos casos de inoperacionalidade do sistema informático de comunicação (devidamente comprovado pelo operador): através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5º dia útil seguinte. Não sendo feita esta comunicação, os documentos consideram-se não emitidos. Porém, esta comunicação não é obrigatória para os sujeitos passivos que: - no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham obtido um volume de negócios inferior ou igual a 100 mil euros. Boletim do Contribuinte - emitam documentos de transporte por via eletrónica e disponham de código fornecido pela Autoridade Tributária. Os transportadores que transportem bens de entidades que emitam documentos de transporte por via eletrónica devem exigir-lhe o código atribuído pela AT. As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não-aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado. Por outra parte, e tendo em conta as alterações introduzidas em sede de IVA relativamente aos documentos de transporte, foi publicada a Portaria nº 160/2013, de 23 de abril, que introduz alterações à Portaria n.º 321-A/2007, de 26 de março, que cria o ficheiro modelo de auditoria tributária e altera também a Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, que regulamenta a certificação prévia dos programas informáticos de faturação do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas. No próximo número voltaremos com mais esclarecimentos quanto às novas regras e procedimentos relativos à circulação de bens e documentos de transporte e que entram em vigor em 1 de Julho próximo. (O Decreto-Lei nº 147/2003, de 11.7, alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto e Lei do OE de 2013 será publicado no próximo número do Boletim do Contribuinte) Novo regime do processo de inventário em vigor em setembro de 2013 No dia 2 de Setembro do corrente ano entra em vigor a Lei n.º 23/2013, de 5.3, que aprova o novo regime jurídico do processo de inventário, alterando, em conformidade, o Código Civil, o Código do Registo Predial, o Código do Registo Civil e o Código de Processo Civil. Este novo regime não será aplicável aos processos de inventário que se encontrem pendentes à data da sua entrada em vigor ( ). A publicação deste novo regime representa a concretização da Lei n.º 29/2009, de 29.6, que já havia aprovado o novo Regime de Inventário, mas que acabou por nunca ter entrado em vigor, ou, melhor, ter produzido qualquer efeito jurídico. O regime ora aprovado tem os objetivos de desjudicializar e de desmaterializar o processo de inventário através do afastamento da competência dos tribunais nesta matéria, da maximização da prática de atos por meios eletrónicos e da atribuição da competência da respetiva tramitação aos cartórios notariais. De acordo com o novo regime de inventário, o processo de inventário e partilha por óbito passará a ser realizado nos cartórios notariais sediados no município do lugar da abertura da sucessão; a apresentação do requerimento de inventário, da oposição, bem como dos subsequentes atos, realizar-se-ão, sempre que possível, por meios electrónicos. A sua informação fiscal on-line

7 INFORMAÇÕES DIVERSAS Boletim do Contribuinte 299 Revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo (OIC) Tribunal Constitucional considera derrama municipal como imposto autónomo Empresas com prejuízos fiscais são obrigadas a pagar derrama Tendo sido levantadas várias querelas jurídicas sobre o facto de as empresas com prejuízos fiscais se encontrarem obrigadas ao pagamento da derrama municipal, o Tribunal Constitucional foi obrigado a pronunciar-se sobre o assunto, decidindo no sentido de que o facto de as empresas com prejuízos fiscais serem obrigadas a pagar taxa adicional ao IRC não viola os princípios fundamentais. De acordo com o acórdão nº 197/2013, de 9.4, do TC, a tradição fiscal de permitir aos municípios a cobrança de uma derrama sobre o IRC é já antiga, mas, a partir de 2007, através da Lei das Finanças Locais, ela passou a ser calculada sobre o lucro tributável, em vez de incidir, como até aí, sobre a matéria coletável (a mesma base do IRC). O objetivo desta mudança (da coleta para o lucro tributável) foi imunizar a derrama a flutuações conjunturais e às amortizações de prejuízos fiscais. Esta nova fórmula de cálculo implica contudo que uma empresa que não pague IRC num determinado exercício, por ter prejuízos fiscais de anos anteriores a abater, seja obrigada a pagar esta taxa. É entendimento dos juízes do TC que a derrama é definida como um imposto autónomo, que depende da vontade dos municípios. Se há analogia com o IRC, é somente por razões de simplicidade no seu cálculo, mas isso não significa que possam ser confundidos. Além disso, embora a tributação pelo lucro real seja a regra, ela admite desvios, e estes não são suficientemente fortes para que se considere que há uma violação de princípios constitucionais. A reforma do IRC, que se encontra nas mãos de um grupo de trabalho liderado por Lobo Xavier, pode acabar com as derramas (municipal e estadual), pois pretende-se que o IRC fique reduzido a uma taxa única. Se do lado dos municípios ela constitui uma importante fonte de receita, e faz parte da tradição tributária ao nível local, do lado de quem defende a sua extinção, a derrama é vista como um tributo complexo e um ónus injustificado sobre as empresas. Segundo o FMI, Portugal é um dos poucos países da União Europeia que cobra IRC a nível local, com a agravante de ser um pequeno país a fazê-lo. No dia 9 do corrente mês de Abril entrou em vigor a Lei n.º 23/2013, de 8.4, que concede ao Governo, pelo prazo de 180 dias, autorização para proceder à revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo (constante do DL n.º 252/2003, de 17.10). Essa revisão prende-se com os requisitos de acesso e exercício das atividades relacionadas com a gestão de OIC e atividades profissionais conexas e com o regime sancionatório aplicável às disposições previstas nesse regime. A revisão, ora autorizada, deverá passar pela adoção de um novo regime jurídico dos organismos de investimento coletivo e a introdução de alterações pontuais ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e ao Código dos Valores Mobiliários. IRS Declaração modelo 3 Pensionistas - rendimentos da categoria H Como é já amplamente conhecido, os prazos para apresentação da declaração anual de rendimentos que estão ainda em curso são: - entrega, até ao dia 30 de abril, da Declaração de rendimentos Modelo 3, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos com rendimentos da Categoria A (trabalho dependente) e H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias provenientes do estrangeiro, terão de preencher o Anexo J; se tiverem Benefícios Fiscais, deduções à coleta, acréscimos ou rendimentos isentos sujeitos a englobamento, apresentarão, com a declaração, o Anexo H. - entrega, até ao dia 30 de Abril, da Declaração de rendimentos Modelo 3, em suporte de papel, com anexos, pelos sujeitos passivos com rendimentos das Categoria A (trabalho dependente), E (capitais), F (prediais), G (mais-valias) ou H (pensões). Se tiverem auferido rendimentos destas categorias, no estrangeiro, juntarão à declaração o Anexo J. Se tiverem benefícios fiscais, deduções à coleta, acréscimos ou rendimentos isentos sujeitos a englobamento, apresentarão, com a declaração, o Anexo H (ou até ao próximo dia 31 de maio, caso seja entregue por transmissão eletrónica de dados). Os titulares de rendimentos da categoria H de montante superior a 4104, 00, ainda que não tenham outros rendimentos, estão obrigados à entrega da declaração modelo 3 relativa ao ano de 2012, conforme decorre da conjugação do disposto nos artigos 53 e 58º do Código do IRS, com o art. 111 da Lei n 64-B/2011, de 30 de dezembro (OE 2012). Rendimentos do trabalho independente - Instruções de preenchimento ao anexo B Na página seguinte é reproduzido o atual modelo do anexo B da declaração modelo 3 do IRS, bem como as respetivas instruções para preenchimento.

8 300 Boletim do Contribuinte IRS - DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS MODELO 3 - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO - ANEXO B (Aprovado pela Portaria n.º 421/2012, de 21.12) INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO ANEXO B Destina-se a declarar rendimentos empresariais e profissionais (categoria B), ainda que sujeitos a tributação autónoma, tal como são definidos no artigo 3º do Código do IRS, que devam ser tributados segundo o regime simplificado, bem como os decorrentes de atos isolados e os referidos no nº 3 do artigo 38º do mesmo diploma. QUEM DEVE APRESENTAR O ANEXO B O titular de rendimentos tributados na categoria B (rendimentos empresariais e profissionais), o cabeça de casal ou administrador de herança indivisa que produza rendimentos dessa categoria, nas seguintes situações: - Quando se encontre abrangido pelo regime simplificado (inclui a opção de tributação pelas regras da categoria A); - Quando os rendimentos resultem da prática de acto isolado tributado na categoria B; - Quando forem obtidos ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes de capital a que se refere o n.º 3 do artigo 38.º do Código do IRS. Este anexo é individual e, em cada um, apenas podem constar os elementos respeitantes a um titular, o qual deverá englobar a totalidade dos rendimentos obtidos em território português, sendo os obtidos fora deste declarados, exclusivamente, no anexo J. A obrigação de apresentação deste anexo manter-se-á enquanto não for declarada a cessação de atividade ou não transitar para o regime de contabilidade organizada. QUANDO E ONDE DEVE SER APRESENTADO O ANEXO B Nos prazos e locais previstos para apresentação da declaração de rendimentos modelo 3, da qual faz parte integrante. QUADRO 1 - REGIME SIMPLIFICADO / ATO ISOLADO NATUREZA DOS RENDIMENTOS Os campos 01 e 02 não podem ser assinalados simultaneamente. Campo 01 - É assinalado por quem exerce a actividade e está abrangido pelo regime simplificado, ainda que o titular dos rendimentos opte pela aplicação das regras da categoria A. Campo 02 - É assinalado se a totalidade do rendimento declarado no quadro 4 for proveniente de ato isolado. Campos 03 e 04 - Deve ser assinalado o campo correspondente à natureza dos rendimentos declarados. Se o titular dos rendimentos exercer simultaneamente as actividades agrupadas nos campos 03 e 04 deverá assinalar os dois campos, identificando as atividades, através dos respetivos códigos, nos campos 10, 11 e 12 do quadro 3A. QUADRO 3 - IDENTIFICAÇÃO DO(S) SUJEITO(S) PASSIVO(S) A identificação dos sujeitos passivos (campos 06 e 07) deve respeitar a posição assumida para cada um no quadro 3A do rosto da declaração modelo 3. QUADRO 3A -IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR DOS REN- DIMENTOS Campo 08 - Destina-se à identificação fiscal do titular dos rendimentos declarados (sujeito passivo A, sujeito passivo B ou dependente). Campo 09 - É reservado à identificação da herança indivisa, feita através da indicação do número de identificação equiparado a pessoa coletiva que lhe foi atribuído (NIPC), quando for assinalado o campo 1, não devendo ser preenchido o campo 08. Podem ser simultaneamente preenchidos os campos 10, 11 e 12 se forem exercidas, pelo titular dos rendimentos, as diferentes atividades neles referidas. QUADRO 4 - RENDIMENTOS BRUTOS OBTIDOS EM TER- RITÓRIO PORTUGUÊS Devem ser declarados os rendimentos brutos, quer sejam provenientes de atos isolados ou do exercício de atividades profissionais ou empresariais, os quais serão indicados nos subquadros 4A ou 4B, conforme a sua natureza. Os titulares deficientes com grau de incapacidade permanente igual ou superior a 60% deverão, igualmente, declarar o total dos rendimentos brutos auferidos, sendo a parte dos rendimentos isenta assumida automaticamente na liquidação do imposto. A determinação do rendimento tributável cabe, exclusivamente, à Administração Tributária, a qual fará a aplicação dos coeficientes previstos no art. 31º do Código do IRS. Estes não serão aplicados na determinação do rendimento líquido quando for efetuada a opção pelas regras da categoria A. Se for efetuada a opção pelas regras da categoria A serão consideradas apenas as despesas declaradas no campo 407 com as limitações previstas no art. 25º do CIRS, cuja discriminação deve ser efetuada no Quadro 9. Consideram-se rendimentos provenientes de ato isolado os que não resultem de uma prática previsível ou reiterada. Na determinação do rendimento líquido proceder-se-á da seguinte forma: - Se o rendimento for igual ou inferior a ,00 será aplicado o coeficiente que lhe corresponder; - Se o rendimento for superior a ,00 serão considerados os encargos comprovadamente indispensáveis à sua obtenção de acordo com as regras aplicáveis no regime de contabilidade. Os encargos devem ser indicados nos campos 406 ou 413 e 407 ou 414 sendo estes últimos discriminados no quadro 9. Na transmissão onerosa de direitos reais sobre bens imóveis o valor de realização a considerar será o valor de venda ou, se superior, o valor patrimonial definitivo que serviu de base para efeitos de IMT, ou que serviria no caso de não haver lugar a essa liquidação (art. 31.º-A do Código do IRS). Neste caso, o valor da transmissão a considerar nos campos 401, 403 ou 410 será o valor patrimonial definitivo, devendo ser preenchido também o Quadro 4D. Se o referido valor patrimonial definitivo vier a ser conhecido após o decurso do prazo legal da entrega da declaração e se for superior ao valor nesta declarado, a declaração de substituição deve ser apresentada durante o mês de janeiro do ano seguinte (n.º 2 do art. 31.º-A do Código do IRS). Quadro 4A - RENDIMENTOS PROFISSIONAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS Devem ser incluídos os rendimentos brutos decorrentes do exercício de atividades profissionais, comerciais e industriais, ou de atos isolados dessa natureza, tal como são definidas nos artigos 3º e 4º do Código do IRS. Campo Destina-se à indicação dos valores respeitantes a prestações de serviços e outros rendimentos, tais como: - Rendimentos da propriedade intelectual ou industrial ou da prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo seu titular originário, que não cumpram os requisitos previstos no art. 58.º do EBF; - Mais-valias apuradas no âmbito das actividades geradoras de rendimentos empresarias e profissionais, definidas nos termos do artigo 46.º do Código do IRC, decorrentes da alienação onerosa e as resultantes da transferência para o património particular dos empresários de quaisquer bens afetos ao ativo da empresa e, bem assim, os outros ganhos ou perdas que, não se encontrando nessas condições, decorram das operações referidas no n.º 1 do art. 10.º do Código do IRS, quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresarias e profissionais; - As importâncias auferidas, a título de indemnização, conexas com a actividade exercida, nomeadamente a sua redução, suspensão e cessação, assim como pela mudança do local do respetivo exercício; - As importâncias relativas à cessão temporária de exploração de estabelecimento;

9 Boletim do Contribuinte 301 IRS - DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS MODELO 3 - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO - ANEXO B (Aprovado pela Portaria n.º 421/2012, de 21.12) Campo Destina-se à indicação da parte não isenta dos rendimentos provenientes da propriedade intelectual que cumpram os requisitos previstos no art. 58.º do EBF, a qual pode ser constituída pelos seguintes valores: a) 50% dos rendimentos da propriedade literária, artística e científica, auferidos por autores residentes em território português que beneficiem da isenção prevista no artigo 58.º do EBF; b) O excesso do valor declarado no quadro 5 do Anexo H, cuja isenção não pode ultrapassar ,00, de acordo com o estabelecido com o n.º 3 do art. 58.º do EBF. Exemplo de preenchimento: Rendimentos da propriedade intelectual , dos quais estão abrangidos pelo disposto no nº 1 do art. 58º do EBF Valores a declarar no anexo B - quadro 4: Campo Campo (correspondente ao total dos rendimentos previstos no nº 1 do art. 58º do EBF) => (valor isento) valor a declarar no anexo H - quadro 5 / campo Campo Deve ser preenchido se tiverem sido obtidos rendimentos decorrentes do exercício de atividades financeiras (CAE iniciado por 64, 65 ou 66) na Região Autónoma dos Açores, conforme Decisão da Comissão Europeia C(2002) 4487, de 11 de Dezembro. Campos 406 e Devem ser indicadas as despesas suportadas se os rendimentos forem provenientes de ato isolado de valor superior a ¼/ ,00. O campo 407 pode ainda ser preenchido para declarar as despesas suportadas nas prestações de serviços, quando efetuadas a uma única entidade e for exercida a opção pelas regras da categoria A. Campo 420 -Destina-se à indicação dos rendimentos decorrentes de prestação de serviços efetuada pelo sócio a uma sociedade de profissionais abrangida pelo regime de transparência fiscal, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 6.º do Código do IRC, como dispõe o n.º 2 do art. 31.º do Código do IRS. Campo Destina-se à indicação de rendimentos prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, nos termos da alínea a) do n.º 2 do art. 3.º do Código do IRS. Campo Destina-se à indicação de rendimentos de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, nos termos da alínea b) do n.º 2 do art. 3.º do Código do IRS. Campo Destina-se à indicação de rendimentos resultantes da atividade de produção de eletricidade por intermédio de unidades de microprodução, cujo regime jurídico se encontra previsto no Decreto-Lei n.º 363/2007, de 2 de novembro, devendo ser declarada a totalidade do rendimento ainda que excluído de tributação em sede de IRS, por ser inferior a euros, conforme dispõe o n.º 6 do art. 12.º do referido diploma. Campo Destina-se à indicação de subsídios destinados à exploração. Campo Destina-se à indicação de subsídios ou subvenções não destinados à exploração. Quadro 4B - RENDIMENTOS AGRÍCOLAS, SILVÍCOLAS E PECUÁRIOS Devem ser indicados os rendimentos brutos decorrentes do exercício de atividades agrícolas, silvícolas e pecuárias ou de atos isolados dessa natureza, tal como são definidas no art. 4º do Código do IRS. Campo Devem indicar-se neste campo os montantes dos subsídios destinados à exploração. Campos 413 e Devem ser indicadas as despesas suportadas se os rendimentos forem provenientes de ato isolado de valor superior a ,00. Campo Destina-se à indicação de subsídios ou subvenções não destinados à exploração. Quadro 4C - OPÇÃO PELA APLICAÇÃO DAS REGRAS DA CATEGORIA A É permitida a opção de tributação pelas regras estabelecidas para a categoria A quando a totalidade dos rendimentos auferidos e declarados no quadro 4 resulte de serviços prestados a uma única entidade e o titular dos rendimentos não tenha optado pelo regime da contabilidade organizada ou não resultem da prática de ato isolado. Este quadro destina-se à formalização dessa opção, a qual se manterá por um período de três anos caso se verifiquem os respetivos pressupostos. No campo 407 devem ser indicadas as despesas suportadas de acordo com o disposto no art. 25.º do Código do IRS que são discriminadas no Quadro 9. Quadro 4D - ALIENAÇÃO DE DIREITOS REAIS SOBRE BENS IMÓVEIS Na primeira parte deste quadro deve indicar no campo 1 ou 2, respetivamente, se houve ou não alienação de direitos reais sobre bens imóveis. Em caso afirmativo deve identificar os prédios ou frações alienados. O total das vendas deve ser indicado separadamente do total das prestações de serviços e de outros rendimentos, sujeitos a imposto, incluindo os que se encontram isentos, obtidos no ano a que se refere a declaração, bem como nos dois anos imediatamente anteriores. Assim, nos campos 1102, 1104 ou 1106 devem ser indicados, para além dos rendimentos previstos nas alíneas b) e c) do n.º 1 do art. 3.º do Código do IRS, também os referidos no seu n.º 2: - Rendimentos prediais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais; - Rendimentos de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresarias e profissionais; - Mais-valias apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos empresarias e profissionais, definidas nos termos do artigo 46.º do Código do IRC, decorrentes da alienação onerosa e as resultantes da transferência para o património particular dos empresários de quaisquer bens afetos ao ativo da empresa e, bem assim, os outros ganhos ou perdas que, não se encontrando nessas condições, decorram das operações referidas no n.º 1 do art. 10.º do Código do IRS, quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresarias e profissionais; - As importâncias auferidas, a título de indemnização, conexas com a atividade exercida, nomeadamente a sua redução, suspensão e cessação, assim como pela mudança do local do respetivo exercício; - As importâncias relativas à cessão temporária de exploração de estabelecimento; - Os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de atividade comercial, industrial, agrícola, silvícola ou pecuária; - Os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de atividade de prestação de serviços, ainda que conexa com qualquer atividade mencionada no ponto anterior; - Microprodução de eletricidade. QUADRO 12 - CESSAÇÃO DA ATIVIDADE Os campos 1ou 2 são de preenchimento obrigatório. Se for assinalado o campo 1 deverá ser indicada a data em que a cessação ocorreu no campo 3. Esta informação não desobriga o titular dos rendimentos da apresentação da declaração de cessação a que se refere o art. 112.º do Código do IRS. No caso de não ter exercido actividade, nem ter obtido quaisquer rendimentos da categoria B, no ano a que respeita a declaração, deve assinalar o campo 4. Assinaturas O anexo deve ser assinado pelo titular dos rendimentos ou por um seu representante ou ges tor de negócios. A falta de assinatura é motivo de recusa da declaração.

10 302 Boletim do Contribuinte R. P. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS AUTORIDADE TRIBUTARIA E ADUANEIRA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS - IRS MODELO 3 Anexo B 1 Regime Simplificado de Tributação Acto Isolado RENDIMENTOS DA CATEGORIA B REGIME SIMPLIFICADO / ATO ISOLADO Profissionais, Comerciais e Industriais Agrícolas, Silvícolas e Pecuários ANO DOS RENDIMENTOS IDENTIFICAÇÃO DO(S) SUJEITO(S) PASSIVO(S) Sujeito passivo A NIF 06 Sujeito passivo B NIF 07 A IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR DO RENDIMENTO NÚMERO FISCAL DE CONTRIBUINTE 08 CÓDIGO DA TABELA DE ATIVIDADES ART. 151.º DO CIRS 10 Este anexo respeita à atividade de herança indivisa? Se assinalou SIM, indique o NIPC e não preencha o campo 08 CÓDIGO CAE (RENDIMENTOS PROFISSIONAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS) 11 NIPC 09 CÓDIGO CAE (RENDIMENTOS AGRÍCOLAS, SILVÍCOLAS E PECUÁRIOS) 1 2 SIM NÃO 12 B POSSUI ESTABELECIMENTO ESTÁVEL? SIM 13 NÃO 14 B C 4 RENDIMENTOS BRUTOS (OBTIDOS EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS) A RENDIMENTOS PROFISSIONAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS RENDIMENTO ILÍQUIDO Vendas de mercadorias e produtos 401 Prestações de serviços de atividades hoteleiras, restauração e bebidas 402 Outras prestações de serviços e outros rendimentos (inclui Mais-Valias) 403 Propriedade intelectual (Rendimentos abrangidos pelo art. 58º do EBF - parte não isenta) 404 Rendimentos de actividades financeiras (Códigos CAE iniciados por 64, 65 ou 66) 405 Serviços prestados por sócios a sociedades de profissionais do Regime de Transparência Fiscal 420 Rendimentos prediais imputáveis a atividade geradora de rendimentos da Categoria B 421 Rendimentos de capitais imputáveis a atividade geradora de rendimentos da Categoria B 422 Microprodução de eletricidade 423 Subsídios à exploração 424 Outros subsídios 425 SOMA ENCARGOS VALOR Custo das existências vendidas ou consumidas (vide instruções) 406 Despesas gerais (Quadro 9 - vide instruções) 407 SOMA RENDIMENTOS AGRÍCOLAS, SILVÍCOLAS E PECUÁRIOS RENDIMENTO ILÍQUIDO Vendas de produtos 409 Prestações de serviços e outros rendimentos (inclui Mais-Valias) 410 Subsídios à exploração 411 Outros subsídios 426 SOMA ENCARGOS VALOR Custo das existências vendidas ou consumidas (vide instruções) 413 Despesas gerais (Quadro 9 - vide instruções) 414 SOMA OPÇÃO PELA APLICAÇÃO DAS REGRAS DA CATEGORIA A A totalidade dos rendimentos auferidos resulta de serviços prestados a uma única entidade? SIM 1 NÃO 2 Em caso afirmativo, opta pela tributação segundo as regras estabelecidas para a categoria A? SIM 3 NÃO 4 D ALIENAÇÃO DE DIREITOS REAIS SOBRE BENS IMÓVEIS Houve alienação de imóveis? 1 2 SIM NÃO Se assinalou campo 1 identifique os imóveis: 430 IDENTIFICAÇÃO MATRICIAL DOS PRÉDIOS ALIENADOS E RESPETIVOS VALORES Campo Q4 Freguesia (código) Tipo Artigo Fração / Secção Valor de Venda Valor Definitivo SIM SIM SIM Art.º 139.º CIRC NÃO NÃO NÃO 5 OPÇÃO PELA TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA DOS AGENTES DESPORTIVOS (ANO DE 2006 E ANOS ANTERIORES) RENDIMENTOS ILÍQUIDOS PROVENIENTES DA ATIVIDADE DESPORTIVA ACRÉSCIMOS AO RENDIMENTO - Art. 38.º, n.º 3, do CIRS Mais-Valias na alienação de parte social 601 Ganhos suspensos correspondentes à transmissão da totalidade do património, majorados em 15% por cada ano ou fração 602 SOMA 7 DEDUÇÕES À COLETA Rendimentos sujeitos a retenção Retenções na Fonte Pagamentos por Conta Crédito de Imposto (2001) IDENTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES QUE EFETUARAM AS RETENÇÕES E RESPETIVOS VALORES VALOR VALOR NIF 705 NIF 711 NIF 706 NIF 712 NIF 707 NIF 713 NIF 708 NIF 714 NIF 709 NIF 715 NIF 710 NIF VERIFICANDO-SE A SITUAÇÃO PREVISTA NO ART. 37.º DO CIRS, IDENTIFIQUE O AUTOR DA SUCESSÃO : 801 NÚMERO FISCAL DE CONTRIBUINTE PREJUÍZOS FISCAIS A DEDUZIR EM CASO DE SUCESSÃO POR MORTE ANO RENDIMENTOS PROFISSIONAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS RENDIMENTOS AGRÍCOLAS, SILVÍCOLAS E PECUÁRIOS Encargos com viaturas, motos e motociclos Despesas de valorização profissional Despesas de representação Contribuições obrigatórias para a segurança social Quotizações Sindicais Quotizações para ordens profissionais Deslocações, viagens e estadas Outras despesas indispensáveis à formação do rendimento DESPESAS GERAIS (vide instruções) SOMA RENDIMENTOS PROFISSIONAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS RENDIMENTOS AGRÍCOLAS, SILVÍCOLAS E PECUÁRIOS 10 TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA Despesas não documentadas - art. 73.º, n.º 1 do CIRS 1001 Importâncias pagas a não residentes - art. 73.º, n.º 6 do CIRS 1002 SOMA 11 TOTAL DAS VENDAS / PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS E OUTROS RENDIMENTOS Do Ano N Do Ano N-1 Do Ano N-2 Vendas Prestações de serviços e outros rendimentos SOMA CESSAÇÃO DA ATIVIDADE / NÃO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE Ano Mês Dia Cessou a atividade? SIM 1 NÃO 2 Em caso afirmativo, indique a data: 3 No ano a que respeita a declaração não exerceu atividade nem obteve rendimentos da Categoria B 4 Os dados recolhidos são processados automaticamente, destinando-se à prossecução das atribuições legalmente cometidas à administração fiscal. Os interessados poderão aceder à informação que lhes diga respeito através da Internet devendo, caso ainda não possuam, solicitar a respetiva senha e proceder à sua correção ou aditamento, nos termos das leis tributárias. MODELO EM VIGOR A PARTIR DE JANEIRO DE 2013

11 RESOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS IRC Entidades que não exerçam a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola Entrega da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22) Com o intuito de auxiliar no cumprimento das obrigações declarativas das entidades que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, na sequência da nova redação dada ao artigo 117º do Código do IRC (redação da Lei nº 20/2012,de 14 de maio) (1), elaboram- -se as presentes instruções. Incidência pessoal e base do imposto 1. As entidades que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola são sujeitos passivos de IRC ao abrigo da 2ª parte da alínea a) ou da alínea b) do nº 1 do artigo 2º do Código do IRC. 2. O IRC incide sobre o seu rendimento global, o qual corresponde, de acordo com a alínea b) do nº 1 do artigo 3º do Código do IRC, à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos rendimentos obtidos a título gratuito. 3. Encontram-se nesta situação, em princípio, as associações fundações, federações, confederações e outras entidades que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola. Isenções 4. Este tipo de entidades pode beneficiar da isenção prevista no artigo 10º do Código do IRC, caso seja uma pessoa coletiva de utilidade pública ou uma instituição particular de solidariedade social e reúna os demais requisitos aí previstos. Tratando-se de uma associação constituída para o exercício de uma atividade cultural, recreativa ou desportiva, poderá beneficiar de isenção relativamente aos rendimentos diretamente derivados destas atividades, desde que se verifiquem cumulativamente os requisitos previstos no nº 2 do artigo 11º do Código ao IRC. Caso os rendimentos brutos sujeitos a tributação não excedam o montante de 7500,00, poderão ainda beneficiar da isenção prevista no nº 1 do artigo 54º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) (2). Determinação da matéria coletável 5. Estabelece a alínea b) do nº 1 do artigo 15º do Código do IRC que a matéria coletável das entidades que não exerçam a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, obtém-se pela dedução do seu rendimento global, incluindo os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, Boletim do Contribuinte 303 determinados nos termos do artigo 53º do Código do IRC, dos seguintes montantes: a) Gastos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto e não isentos, nos termos do artigo 54º do Código do IRC, b) Benefícios fiscais eventualmente existentes que consistam em deduções naquele rendimento (v g. o benefício fiscal previsto no nº 2 do artigo 54º do EBF); 6. Consideram-se rendimentos não sujeitos a IRC, de acordo com o nº 3 do artigo 54º do Código do IRC, as quotas pagas pelos associados em conformidade com os estatutos, bem com os subsídios destinados a financiar a realização dos fins estatutários. Consideram-se rendimentos isentos, de acordo com o nº 4 do mesmo artigo, os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito destinados à direta e imediata realização dos fins estatutários. Obrigação do envio da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22) [alínea b) do nº 1 do artigo 117º e artigo 120º, ambos do Código do IRC) 7. De acordo com a nova redação dada ao artigo 117 do Código do IRC (redação da Lei nº 20/2012, de 14 de maio) todos os sujeitos passivos de IRC residentes em território português, com exceção das entidades isentas ao abrigo do artigo 9º do mesmo Código (Estado, Regiões Autónomas, autarquias locais e restantes entidades aí mencionadas) que não estejam sujeitas a uma qualquer tributação autónoma, estão obrigados ao envio da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22 e respetivos anexos) até ao último dia do mês de maio, independentemente de esse dia ser útil ou não útil, ou, no caso de entidades que adotem um período de tributação diferente do ano civil, até ao último dia do 5º mês seguinte à data do termo desse período, independentemente de esse dia ser útil ou não útil. Desta forma, as entidades que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, ainda que beneficiem de alguma isenção ou ainda que, no período de tributação, apenas tenham obtido rendimentos não sujeitos, estão obrigadas à apresentação da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22) (3) Preenchimento da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22) 8. Quanto ao preenchimento da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22), as entidades que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola devem: 8.1 Assinalar no quadro 03.3 tipo de sujeito passivo o campo 2 residente que não exerce, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola. 8.2 No quadro 03.4 regimes de tributação dos rendimentos, assinalar: O campo 1 - regime geral ou O campo 1 - regime geral e o campo 3 - isenção definitiva, no caso de usufruírem de alguma isenção identificada no quadro 031 do anexo D ou O campo 1 - regime geral e o campo 4 - isenção temporária no caso de usufruírem de alguma isenção identificada (Continua na pág. seguinte)

12 304 Boletim do Contribuinte RESOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS (Continuação da pág. anterior) no quadro 032 do anexo D; Nunca devem ser preenchidos em simultâneo os campos 3 e O quadro 7 - apuramento do lucro tributável não deve ser preenchido. 8.4 No quadro 09 - apuramento da matéria coletável: No campo 302 inscrever o valor do lucro tributável, caso tenham rendimentos enquadrados no regime geral, indicando esse valor no campo matéria coletável. Este montante é inscrito automaticamente no campo matéria coletável não isenta (a matéria coletável é determinada no anexo D da IES, cuja entrega é obrigatória). Os sujeitos passivos que obtiverem apenas rendimentos não sujeitos (quotas e subsídios destinados aos fins estatutários) devem também inscrever o campo 302 com o valor zero No campo 324 inscrever o valor do lucro tributável com isenção, caso tenham rendimentos enquadrados no regime de isenção (temporária ou definitiva) indicando esse mesmo valor no campo matéria coletável. Neste caso, deve ser inscrito o valor zero no campo No quadro 10 - cálculo do imposto, os campos respeitantes ao cálculo da coleta só devem ser preenchidos se existir matéria coletável (campo 346). Neste caso, a taxa que lhes é aplicável nos termos do nº 5 do artigo 87º do Código do IRC deve ser inscrita no campo 348, calculando o imposto no campo Existindo despesas / encargos / gastos sujeitos a tributações autónomas, por força do disposto no artigo 88º do Código do IRC, o seu valor deve ser indicado no campo 365 tributações autónomas Usufruindo de algum benefício fiscal, como seja o caso da obtenção de rendimentos isentos, deve ser preenchido o anexo D. Este anexo não deve ser preenchido se o sujeito passivo obtiver, apenas, rendimentos não sujeitos (Ver 1º parágrafo do ponto 6). (Of. Circulado nº /2013, de , da DSIRC, da AT) N.R. 1 - A Lei nº 20/2012, de 14.5, foi transcrita no Boletim do Contribuinte, 2012, pág Acaba de ser lançado pela Vida Económica o livro Estatuto dos Benefícios Fiscais, anotado e comentado, da autoria do Dr. Abílio de Sousa. Uma edição que reúne, pela primeira vez num único documento, todos os benefícios fiscais, incluindo aqueles que constam de diplomas avulsos, procedendo à sua análise e apresentando comentários e exemplos práticos que permitem uma mais fácil compreensão. A obra inclui também várias instruções administrativas emanadas pela Autoridade Tributária as quais completam a interpretação e funcionamento dos benefícios. Para mais informação consulte os nossos serviços ou saiba mais na nossa livraria on line vidaeconomica.pt 3 O s novos impressos da declaração modelo 22, encontram-se reproduzidos na pág 264 e seguintes do último número do Boletim do Contribuinte, juntamente com as instruções para preenchimento.. Ainda no âmbito da do preenchimento das declarações anuais de rendimentos Mod. 22 os interessados podem consultar a listagem das taxas de derrama relativas ao ano de 2012, nas págs. 255 a 260, também do último número. do Boletim do Contribuinte. 4 Por nota informativa da Autoridade Tributária, publicada no Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 193, foram publicados esclarecimentos e exemplos quanto ao preenchimento do Anexo C da declaração de rendimentos mod. 22. Imposto sobre veículos Procedimentos a aplicar na admissão temporária de veículos afetos a uso profissional (Art. 39º do CISV) Considerando que o regime de admissão temporária, previsto no art. 39º do Código do Imposto Sobre Veículos (CISV), estabelece determinados condicionalismos de acesso ao regime, os quais são comprovados mediante a apresentação da documentação mencionada na norma legal; Considerando que o regime de admissão temporária é autorizado através da emissão pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), de uma guia de circulação (DAV de admissão temporária), a qual deve ser exibida pelos interessados às autoridades de fiscalização, sempre que solicitada; Considerando que os veículos de empresas espanholas que circulam em trajetos diários entre Espanha e Portugal, no âmbito do uso profissional, têm vindo a ser alvo de fiscalização pelas polícias, sendo os seus condutores confrontados com a necessidade de apresentar a respetiva guia de circulação; Considerando que o controlo à circulação do veículo é realizado a maior parte das vezes aquando da entrada do mesmo no território nacional, o que inviabiliza a apresentação da guia de circulação, por impossibilidade dos interessados se deslocarem previamente à alfândega para requererem a emissão do documento exigido; A fim de evitar constrangimentos na circulação dos veículos, importa simplificar o atual procedimento relativo à emissão de guias de circulação sem, no entanto, descurar a necessidade de controlo dos veículos que circulam ao abrigo do art. 39º do CISV. Em face do exposto, divulga-se, em conformidade com o meu despacho de 21/02/2013, o seguinte procedimento: 1. Aos veículos abrangidos pelo uso profissional, consagrado no art. 39º do CISV, passam a ser aplicáveis, com as devidas adaptações, os procedimentos relativos aos trabalhadores transfronteiriços, constantes dos nºs 4 a 7 do art. 34º do CISV. 2. Nestes termos, o reconhecimento do regime de admissão temporária nas situações de uso profissional, ao abrigo do art. 39º do CISV, poderá passar a ser efetuado mediante declaração prévia do interessado em como preenche os requisitos do regime, a qual deve ser remetida à AT (alfândegas) através de via postal registada ou entregue diretamente nos serviços, contendo os elementos identificativos do requerente e do veículo, acompanhada dos seguintes documentos instrutórios previstos no referido normativo, a saber:

13 RESOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS a) Contrato de trabalho da pessoa que age por conta da empresa e respetiva autorização para a condução do veículo afeto ao uso profissional; b) Documento comprovativo do pagamento de todos os impostos periódicos sobre veículos devidos no Estado- -membro de matrícula; c) Documento comprovativo do cumprimento das disposições legais vigentes em matéria de transportes, designadamente as referentes ao acesso e exercício da atividade profissional desenvolvida; d) Documentos do veículo; 3. No prazo de oito dias úteis após a receção da declaração acima mencionada, a alfândega envia ao interessado para a morada indicada a guia de circulação prevista no art. 40º, nº 1, do CISV. 4. No período de tempo que medeia entre o envio da declaração prévia e a emissão da guia de circulação, o interessado pode circular munido da cópia da referida declaração com a prova de entrega ou registo de envio, a qual deverá ser exibida aos agentes da fiscalização no momento do controlo à circulação do veículo. 5. Sem prejuízo da responsabilidade contraordenacional, nas situações em que no momento da fiscalização o interessado não exiba a guia de circulação, nem a cópia da declaração mencionada no número anterior, será concedido o prazo de 10 dias úteis para que a mesma seja apresentada em qualquer alfândega do território nacional. Boletim do Contribuinte Nas situações devidamente comprovadas de veículos de empresa que fazem um tráfego diário de ida e volta entre Espanha e Portugal, utilizados pelos trabalhadores de empresas estabelecidas em Espanha, a guia de circulação deverá ser emitida com o prazo de validade de um ano. 7. A informação com a indicação das alfândegas existentes em território nacional e respetivos contactos encontra-se disponível no site da AT no link: pt/informação_aduaneira/veiculos/temporaria/faq_isv_11. htm. (Ofi cio Circulado nº 35016/2013, da Dir. de Serviços dos Impostos Especiais de Consumo e do Imposto sobre veículos, da AT) IVA Equiparação dos talões de portagens a faturas Para conhecimento dos Serviços e de outros interessados, comunica-se que, por despacho do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 28 de março de 2013 (Despacho n.º 138/20 13-XIX), foi determinado, ao abrigo do n.º 7 do artigo 40.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, a equiparação dos talões de portagem a faturas, para efeitos dos artigos 36.º e 40.º do citado Código. (Of. Circulado nº 30144/2013, de , da DSIVA, da AT) Conheça os Benefícios Fiscais! Edição atualizada 2013 Uma obra que reúne, pela primeira vez num único documento, todos os benefícios fiscais, incluíndo aqueles que constam de diplomas avulsos, procedendo à sua análise e apresentando comentários que permitem o seu estudo de uma forma mais profunda. Contém comentários, exemplos e casos práticos. Autor: Abílio Sousa Páginas: 176 P.V.P.: 20 Exclusivo para compras online Regulamento em livraria.vidaeconomica.pt encomendas@vidaeconomica.pt

14 306 Boletim do Contribuinte INFORMAÇÕES VINCULATIVAS IRC Processo Especial de Revitalização FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Código do IRC Artigo: alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º Assunto: Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) Processo de Insolvência - Processo Especial de Revitalização (PER) Processo: 4209/2012 da DSIRC, com Despacho do Substituto Legal do Diretor Geral, de Conteúdo: A questão que se coloca é a de saber se sociedades que se encontrem em Processo Especial de Revitalização (PER), conforme artigos 17.º A e seguintes, aditados ao Código da Insolvência e da Recuperação de Empresa (CIRE) pela Lei n.º 16/2012, de 20 de abril, podem fazer parte de um grupo de sociedades tributado pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS). 1. De acordo com a alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC, não podem fazer parte do grupo as sociedades contra quem, no início ou durante a aplicação do regime, tenha sido instaurado processo especial de recuperação ou de falência em que haja sido proferido despacho de prosseguimento da ação. 2. Esta norma de exclusão foi introduzida no então artigo 59.º (mais tarde, artigo 63.º, e só atualmente, artigo 69.º do Código do IRC) pela Lei n.º 30- G/2000, de 29 de Dezembro. 3. Vigorava, na altura, o Código dos Processos Especiais de Recuperação da Empresa e da Falência (CPEREF), aprovado pelo Dec.-Lei n.º 132/93, de 23 de abril, que veio a ser revogado pelo artigo 10.º do Dec.-Lei n.º 53/2004, de 18 de Março, o qual também aprovou O Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE). 4. Não obstante as grandes alterações ocorridas nos regimes das falências, insolvências e recuperação de empresas, a letra da alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC manteve-se inalterada desde a sua introdução. 5. Assim, há que interpretá-la de acordo com a terminologia e espírito do regime atual, mantendo, no entanto, o sentido que a motivou. 6. O PER é um processo previsto atualmente no CIRE que consubstancia uma tentativa de recuperação da empresa, ainda sem o peso da sentença declaratória da insolvência, mas cuja natureza não é de todo distinta da de outro plano que se destine a prover à recuperação da entidade em causa. 7. Em qualquer dos casos, a entidade encontra-se numa fase especial do seu percurso, na qual existem limites de várias ordens, tanto para a própria e seus administradores, como para os credores quanto ao exercício do seu direito de cobrar. 8. No grupo de sociedades tributado pelo RETGS pretende-se que haja uma homogeneidade na condição das sociedades que o formam. A sociedade dominante deve exercer a sua ação sobre as restantes sem que esteja limitada por qualquer situação dita anómala e aquelas devem estar no exercício da sua atividade normal. 9. A situação das entidades em Processo Especial de Revitalização (PER) não se adequa aos princípios inerentes ao Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS). 10. Justifica-se, assim, que o conteúdo da alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC seja, presentemente, entendido como uma norma que exclui do grupo de sociedades tributado pelo RETGS, as sociedades que, no início ou durante a aplicação do regime, tenham sido objeto de instauração de processos no âmbito do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (incluindo, portanto, o PER). 11. Contudo, a referida alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC não se limita a evocar a instauração dos processos; é, obviamente, necessário que haja sido proferido despacho de prosseguimento da acção. 12. No que concerne às insolvências, este despacho de prosseguimento da acção corresponde hoje à declaração de insolvência. 13. No que respeita ao PER, será a decisão do juiz de nomear administrador judicial provisório, nos termos da alínea a) do n.º 3 do artigo 17.º - C do CIRE, que lhe corresponde. 14. Assim, a alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC tem, agora, o seguinte sentido: não podem fazer parte do grupo de sociedades tributado pelo RETGS, as sociedades que, no início ou durante a aplicação do regime, tenham sido objeto de instauração de processos no âmbito do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas em que haja sido proferida sentença de declaração de insolvência ou, no caso do PER, despacho de nomeação de administrador judicial provisório. 15. O momento a partir do qual deve ser contado o prazo de comunicação a que se refere a subalínea ii) da alínea b) do n.º 7 do artigo 69.º do Código do IRC corresponde ao momento da notificação ou citação da sentença de declaração de insolvência (artigo 37.º do CIRE) ou, no caso do PER, da notificação ou citação do despacho de nomeação de administrador judicial (n.º 4 do artigo 17.º - C do CIRE). Imposto do Selo Contrato de mútuo destinado a financiar as obras de construção FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Código do Imposto do Selo Artigo: Verba 17.1 da TGIS; e artigo 7.º, n.º 1, al. l), do CIS Assunto: Aplicabilidade da isenção prevista na alínea l) do nº1 do artigo 7 do CIS a um contrato de mútuo destinado a financiar as obras de construção de um

15 INFORMAÇÕES VINCULATIVAS edifício em regime de propriedade horizontal em imóvel detido em regime de compropriedade no qual a mutuária instalará a sua habitação própria e permanente numa das fracções a construir. Processo: IVE n.º 4384 com despacho concordante da Subdiretora-Geral dos Impostos da Área do Património de Conteúdo: I DOS FACTOS: 1. A Requerente é proprietária de um prédio urbano cuja propriedade decorre da herança de seu pai, sendo que o imóvel é atualmente detido em compropriedade com a mãe e três irmãos. 2. A intenção de todos os comproprietários do imóvel é de realizar obras de reconstrução do mesmo, que passará a ser constituído por três frações autónomas, ocupando a Requerente a fração que irá corresponder ao segundo andar, onde pretende fixar a sua habitação própria e permanente, ficando as demais fracções a serem detidas pelos restantes herdeiros. 3. Para o efeito, já foi apresentado e aprovado o projeto de arquitectura relativo às obras de transformação do dito imóvel, projeto esse que já se encontra aprovado pela Câmara Municipal. 4. A Requerente pretende recorrer a crédito bancário para financiar as obras de adaptação necessárias à constituição da propriedade horizontal, usufruindo dos benefícios fiscais inerentes ao crédito à habitação. 5. Tais benefícios incluem a isenção de Imposto do Selo, nos termos da al. l) do n.º 1 do artigo 7.º do CIS, sobre os juros resultantes do empréstimo. 6. Em face do que antecede, vem requerer a emissão de informação vinculativa no que se refere à aplicabilidade do referido benefício, quando o empréstimo bancário contraído se destina a obras de construção de um edifício em propriedade horizontal, em terreno actualmente detido em regime de compropriedade com os demais herdeiros de seu pai, no qual a Requerente instalará a sua habitação própria e permanente numa das frações a construir. II ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO 7. O n.º 1 do artigo 1.º do Código do Imposto do Selo (CIS) aprovado pelo Decreto-Lei 150/99, de 11 de Setembro, estabelece que este imposto incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos, papéis e outros factos previstos na Tabela Geral. 8. De acordo com o disposto na verba 17.3 da Tabela Geral do Imposto do Selo, sob a epígrafe Operações Financeiras, é devido imposto nas Operações realizadas por ou com intermediação de instituições de crédito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas legalmente equiparadas e quaisquer outras instituições financeiras Boletim do Contribuinte Não obstante o disposto no ponto anterior, a alínea l) do n.º 1 do artigo 7.º do CIS prevê que são isentos do imposto os juros cobrados por empréstimos para aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria. 10. Da leitura do mencionado preceito, ressalta, desde logo, como requisito essencial para a aplicação da isenção, que o juro seja cobrado no âmbito de um empréstimo exclusivamente destinado à aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria do mutuário ou deste e do seu agregado familiar. 11. Esta norma consagra a isenção do imposto a que se refere a verba da TGIS aos juros relativos ao crédito à habitação -cujo regime legal consta do Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de Novembro, recentemente republicado pela Lei n.º 59/2012, de 9 de Novembro sempre que daquele resulte a aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria do mutuário ou deste e do respetivo agregado familiar. III. APRECIAÇÃO III.A Pressupostos de facto enunciados no pedido de informação 12.Ora, de acordo com a informação prestada, o empréstimo bancário a conceder nos termos do Regime Legal do Crédito à Habitação e que se destina a financiar as obras de construção de um imóvel destinado a habitação própria e permanente será contraído exclusivamente pela Requerente, não tendo sido identificados outros mutuários. 13. O imóvel sobre o qual será efetuada a referida construção é detido atualmente, em regime de compropriedade, pela Requerente e demais herdeiros de seu pai. 14. O referido imóvel encontra-se registado na matriz predial urbana, sendo aí descrito como um prédio em propriedade total sem andares nem divisões suscetíveis de utilização independente, constituído por uma casa de 3 pisos com quintal e afecto a habitação. 15. Este prédio será objeto de obras de demolição da moradia aí existente e construção de um edifício de habitação coletiva com três frações autónomas, constituído por cave, rés-do-chão e 3 andares. 16. A fração autónoma que irá corresponder ao segundo andar será ocupada pela Requerente, que aí fixará a sua habitação própria e permanente, ficando as restantes frações a ser detidas pelos restantes herdeiros. III.B. Aplicabilidade das isenções invocadas pela Requerente 17. Do que ficou acima exposto decorre que o edifício a construir, composto por três frações autónomas, não se destinará, em exclusivo, a habitação própria da Requerente ou da Requerente e respetivo agregado familiar. 18. Sucede que a alínea l) do n.º 1 do artigo 7.º do CIS prevê que são isentos do imposto os juros cobrados por empréstimos para aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria. 19. Ora, tal como foi anteriormente referido, esta norma impõe como condição sine qua non para a aplicação da isenção que o juro seja cobrado no (Continua na pág. seguinte)

16 308 Boletim do Contribuinte INFORMAÇÕES VINCULATIVAS (Continuação da pág. anterior) âmbito de um empréstimo exclusivamente destinado à aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria do mutuário ou deste e do seu agregado familiar. 20. Assim, para que os juros cobrados pelo empréstimo a contrair pela Requerente pudessem beneficiar da referida isenção, seria imperativo que o edifício a construir fosse exclusivamente destinado a residência da Requerente ou desta e do respetivo agregado familiar. 21. Sucede que, da exposição anteriormente efetuada dos pressupostos de facto da situação relativamente à qual versa a presente consulta, depreende-se que o mencionado imóvel terá outras afetações para além da que foi acima descrita. As recentes alterações introduzidas ao Regime do Arrendamento Urbano pelas Leis n.º 30/2012 e n.º 31/2012, ambas de 14 de Agosto, Decretos-Lei n.º 266-B/2012 e n.º 266-C/2012, ambos de 31 de Dezembro, Decreto-Lei n.º 1/2013, de 7.1 e Portaria n.º 9/2013, de 10.1, determinaram a organização da presente coletânea de legislação, que integra o Regime da Locação, o Regime do Arrendamento Urbano, as alterações ao Código de Processo Civil, ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, ao Estatuto dos Benefícios Fiscais e ao Código do Registo Predial, bem como os diplomas complementares ao Regime do Arrendamento Urbano. Autores: Manteigas Martins, Carlos Nabais, Carla Santos Freire e José M. Raimundo Páginas: 368 P.V.P.: 22 Compre já em encomendas@vidaeconomica.pt Assim sendo, os juros do empréstimo que, eventualmente, venha a ser contraído pela Requerente para financiamento da construção de edifício não destinado, em exclusivo, a sua habitação ou sua e do seu agregado familiar não poderão beneficiar da isenção a que se refere a alínea l) do n.º 1 do artigo 7.º do CIS, em virtude de não se encontrar preenchido o seu requisito essencial. 23. Importa, pois, sublinhar que não obstante o financiamento poder vir a ser concedido no âmbito do crédito à habitação cujo regime legal consta do Decreto-Lei n.º 349/98, de 11 de Novembro, recentemente republicado pela Lei nº 59/2012, de 9 de Novembro isso não significa que os juros dele resultantes beneficiem automaticamente da mencionada isenção. 24. Se é um facto que, para que os juros cobrados sejam passíveis de beneficiar daquela isenção, o crédito tem que se destinar obrigatoriamente a habitação, isso não implica, contudo, que, pelo simples facto de serem cobrados no âmbito de um crédito à habitação, nos termos do referido diploma, beneficiem obrigatoriamente da isenção prevista pela alínea l) do n.º 1 do artigo 7 do CIS. 25. Com efeito, se, por um lado, decorre dos artigos 1.º e 5.º da Lei n.º 59/2012, de 9 de Novembro, que o regime legal do crédito à habitação não impõe como condição essencial que o crédito concedido ao seu abrigo seja exclusivamente destinado ao financiamento de habitação própria do mutuário, por outro decorre da alínea l) do n.º 1 do artigo 7.º do CIS que apenas estarão isentos os juros cobrados no âmbito de um empréstimo exclusivamente destinado à aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria do mutuário ou deste e do seu agregado familiar, pelo que só em face da verificação desta condição é que poderá ser aplicável o referido benefício. IV. CONCLUSÕES 1. A alínea l) do n.º 1 do artigo 7.º do CIS prevê que são isentos de imposto os juros cobrados por empréstimos para aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria. 2. Este preceito impõe como condição essencial à aplicabilidade da isenção, que o juro seja cobrado no âmbito de um empréstimo exclusivamente destinado à aquisição, construção, reconstrução ou melhoramento de habitação própria do mutuário. 3. Contudo, na presente situação, o imóvel cuja construção se pretende financiar não se destina exclusivamente a habitação própria da mutuária ou desta e do respectivo agregado familiar. 4. Em face do que antecede, conclui-se que os juros cobrados no âmbito de empréstimo que, eventualmente, venha a ser concedido à Requerente para a construção de edifício não destinado, em exclusivo, a sua habitação ou sua e do seu agregado familiar -não poderão beneficiar da referida isenção, em virtude de não se encontrar preenchido o seu requisito essencial, pelo que, consequentemente, estarão sujeitos e não isentos do imposto do Selo a que se refere a da TGIS.

17 LEGISLAÇÃO Atividade de comércio a retalho não sedentária exercida por feirantes e vendedores ambulantes Novo regime jurídico Lei n.º 27/2013 de 12 de abril (in DR nº 72, I série, de ) A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objeto A presente lei estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a atividade de comércio a retalho não sedentária exercida por feirantes e vendedores ambulantes, bem como o regime aplicável às feiras e aos recintos onde as mesmas se realizam, de acordo com o regime constante do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa aos serviços no mercado interno. Artigo 2.º Âmbito Boletim do Contribuinte 309 alterado pelos Decretos-Leis n.os 156/2004, de 30 de junho, 9/2007, de 17 de janeiro, 114/2008, de 1 de julho, 48/2011, de 1 de abril, e 204/2012, de 29 de agosto; g) Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 20.º, a prestação de serviços de restauração e de bebidas com caráter não sedentário, regulada pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril. Artigo 3.º Definições Para efeitos da presente lei entende-se por: a) «Atividade de comércio a retalho não sedentária» a atividade de comércio a retalho exercida em feiras ou de modo ambulante; b) «Feira» o evento autorizado pela respetiva autarquia que congrega periódica ou ocasionalmente no mesmo recinto vários agentes de comércio a retalho que exercem a atividade de feirante e que não esteja abrangido pelo artigo 29.º do Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 156/2004, de 30 de junho, 9/2007, de 17 de janeiro, 114/2008, de 1 de julho, 48/2011, de 1 de abril, e 204/2012, de 29 de agosto; c) «Recinto» o espaço público ou privado, ao ar livre ou no interior, destinado à realização de feiras, que preenche os requisitos estipulados no artigo 19.º; d) «Feirante» a pessoa singular ou coletiva que exerce de forma habitual a atividade de comércio a retalho não sedentária em feiras; e) «Vendedor ambulante» a pessoa singular ou coletiva que exerce de forma habitual a atividade de comércio a retalho de forma itinerante, incluindo em instalações móveis ou amovíveis. CAPÍTULO II Acesso e exercício da atividade de comércio a retalho não sedentária 1 - A presente lei aplica-se ao comércio a retalho não sedentário exercido por feirantes, em recintos públicos ou privados onde se realizem feiras, e por vendedores ambulantes, nas zonas e locais públicos autorizados. 2 - Estão excluídos do âmbito de aplicação da presente lei: a) Os eventos de exposição e de amostra, ainda que nos mesmos se realizem vendas a título acessório; b) Os eventos exclusiva ou predominantemente destinados à participação de agentes económicos titulares de estabelecimentos, que procedam a vendas ocasionais e esporádicas fora dos seus estabelecimentos; c) As mostras de artesanato, predominantemente destinadas à participação de artesãos; d) Os mercados municipais regulados pelo Decreto-Lei n.º 340/82, de 25 de agosto; e) A distribuição domiciliária efetuada por conta de agentes económicos titulares de estabelecimentos, para fornecimento de géneros alimentícios, bebidas ou outros bens de consumo doméstico corrente; f) A venda ambulante de lotarias regulada pelo capítulo III do Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro, Artigo 4.º Exercício da atividade O exercício da atividade de comércio a retalho de forma não sedentária regulada pela presente lei só é permitido: a) Aos feirantes com espaço de venda atribuído em feiras previamente autorizadas nos termos da presente lei; b) Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 20.º, aos vendedores ambulantes, nas zonas e locais em que as respetivas autarquias autorizem o exercício da venda ambulante, nos termos da presente lei. Artigo 5.º Mera comunicação prévia e cartão de feirante e de vendedor ambulante 1 - Para o exercício da sua atividade, os feirantes e os vendedores ambulantes estabelecidos em território nacional efetuam uma mera comunicação prévia na Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE), através do preenchimento de formulário eletrónico no balcão único eletrónico dos serviços a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho. (Continua na pág. seguinte)

18 310 LEGISLAÇÃO (Continuação da pág. anterior) 2 - Com a regular submissão da mera comunicação prévia no balcão único eletrónico dos serviços é emitido um título de exercício de atividade, do qual consta a data da sua apresentação, o número de registo na DGAE, a identificação ou firma do feirante ou vendedor ambulante, a Classificação Portuguesa de Atividades Económicas (CAE), o endereço da sede ou domicílio fiscal do feirante ou vendedor ambulante e a identificação dos colaboradores da empresa afetos ao exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário. 3 - O feirante e o vendedor ambulante podem requerer, facultativamente, no balcão único eletrónico dos serviços, cartão de feirante e de vendedor ambulante em suporte duradouro, para si e ou para os seus colaboradores, mediante pagamento do respetivo custo, o qual tem, para todos os efeitos, o mesmo valor jurídico do título de exercício de atividade emitido nos termos do número anterior. 4 - O título de exercício de atividade ou o cartão identificam o seu portador e a atividade exercida perante as entidades fiscalizadoras, as autarquias e as entidades gestoras dos recintos onde se realizam as feiras em que participam. 5 - Sem prejuízo das competências reservadas às regiões autónomas, compete à DGAE, ou à entidade que esta expressamente vier a designar, emitir o cartão referido no n.º O título de exercício de atividade e o cartão de feirante e de vendedor ambulante, emitidos quer pela DGAE, quer pelas regiões autónomas, são válidos para todo o território nacional. Artigo 6.º Atualização de factos relativos às atividades de feirante e de vendedor ambulante 1 - São objeto de atualização obrigatória no registo de feirantes e de vendedores ambulantes, através de comunicação no balcão único eletrónico dos serviços e até 60 dias após a sua ocorrência, os seguintes factos: a) A alteração do endereço da sede ou domicílio fiscal do feirante ou do vendedor ambulante; b) A alteração do ramo de atividade, da natureza jurídica ou firma; c) As alterações derivadas da admissão e ou afastamento de colaboradores para o exercício da atividade em feiras e de modo ambulante; d) A cessação da atividade. 2 - As alterações referidas nas alíneas a) a c) do número anterior dão origem à emissão de novo título de exercício de atividade e, quando solicitado, de novo cartão. 3 - Sempre que a DGAE verifique que o feirante ou o vendedor ambulante cessou a atividade junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) há mais de 60 dias, notifica-o de que o registo vai ser cessado. 4 - A DGAE publica no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico dos serviços, para conhecimento das entidades fiscalizadoras e dos consumidores, uma listagem com os números de registo de feirantes e de vendedores ambulantes com atividade cessada nos termos do número anterior. Boletim do Contribuinte 5 - Os feirantes e vendedores ambulantes identificados na lista a que se refere o número anterior são eliminados da listagem ao fim de dois anos. Artigo 7.º Finalidades do registo de feirantes e de vendedores ambulantes 1 - A DGAE organiza e mantém atualizado o registo de feirantes e de vendedores ambulantes estabelecidos em território nacional, com base nas meras comunicações prévias efetuadas nos termos do artigo 5.º e nas comunicações previstas no n.º 1 do artigo anterior. 2 - O registo referido no número anterior tem como objetivos: a) Servir de base para a emissão dos títulos de exercício de atividade, dos cartões de feirante e de vendedor ambulante e do letreiro identificativo referido no artigo 9.º; b) Identificar e caracterizar o universo de agentes económicos que exercem a atividade de comércio não sedentário com vista à constituição de uma base de informação que permita a realização de estudos sobre o setor e o acompanhamento da sua evolução; c) Dar cumprimento ao controlo oficial em matéria de segurança alimentar, nos termos do artigo 6.º do Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril; d) Facilitar o controlo do cumprimento das obrigações tributárias e perante a segurança social através da interconexão de bases de dados e da troca de informações entre as autoridades competentes; e) Disponibilizar ao consumidor os elementos de contacto do feirante ou do vendedor ambulante, o seu número de identificação civil e o seu número de identificação fiscal ou o seu número de identificação de pessoa coletiva, quando solicitado, para o exercício dos seus direitos. Artigo 8.º Livre prestação de serviços 1 - O feirante ou o vendedor ambulante legalmente estabelecido noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu pode exercer essa atividade em território nacional de forma ocasional e esporádica, sem necessidade de qualquer mera comunicação prévia e de emissão dos documentos identificativos previstos no artigo 5.º da presente lei. 2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, os prestadores de outro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu ficam sujeitos às condições de exercício da atividade que lhes sejam aplicáveis, nomeadamente à atribuição de espaço de venda em feiras e aos seus regulamentos e à autorização de uso de espaços públicos para a venda ambulante, conforme os casos, bem como aos demais requisitos constantes dos artigos 9.º a 17.º e 22.º Artigo 9.º Letreiro identificativo de feirante e de vendedor ambulante 1 - Os feirantes e os vendedores ambulantes devem afixar nos locais de venda, de forma bem visível e facilmente legível pelo público, um letreiro no qual consta a identificação ou firma e o número de registo na DGAE ou, no caso previsto no artigo anterior, o número de registo no respetivo Estado membro de origem, caso exista.

19 2 - O letreiro identificativo serve para identificar o feirante e o vendedor ambulante perante os consumidores. 3 - O letreiro identificativo dos feirantes e vendedores ambulantes estabelecidos em território nacional é emitido e disponibilizado com o título de exercício de atividade. 4 - Caso o feirante ou vendedor ambulante pretenda obter o letreiro em suporte duradouro, pode solicitar a sua emissão no balcão único eletrónico dos serviços, mediante o pagamento do respetivo custo. 5 - Compete à DGAE ou à entidade que esta expressamente vier a designar emitir os letreiros identificativos referidos no número anterior. Artigo 10.º Documentos 1 - O feirante, o vendedor ambulante e os seus colaboradores devem ser portadores, nos locais de venda, dos seguintes documentos: a) Título de exercício de atividade, ou cartão, referidos nos n.os 2 e 3 do artigo 5.º, respetivamente, ou documento de identificação nos casos previstos no artigo 8.º; e b) Faturas comprovativas da aquisição de produtos para venda ao público, nos termos previstos no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado. 2 - Excetuam-se do disposto no número anterior as situações previstas nas alíneas a) e c) do n.º 3 do artigo 20.º Artigo 11.º Proibições 1 - É proibido aos vendedores ambulantes: a) Impedir ou dificultar o trânsito nos locais destinados à circulação de peões ou de veículos; b) Impedir ou dificultar o acesso aos meios de transporte e às paragens dos respetivos veículos; c) Impedir ou dificultar o acesso a monumentos e a edifícios ou instalações, públicos ou privados, bem como o acesso ou a exposição dos estabelecimentos comerciais. 2 - É proibido o comércio a retalho não sedentário dos seguintes produtos: a) Produtos fitofarmacêuticos abrangidos pela Lei n.º 26/2013, de 11 de abril; b) Medicamentos e especialidades farmacêuticas; c) Aditivos para alimentos para animais, pré-misturas preparadas com aditivos para alimentos para animais e alimentos compostos para animais que contenham aditivos a que se refere o n.º 1 do artigo 10.º do Regulamento (CE) n.º 183/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de janeiro; d) Armas e munições, pólvora e quaisquer outros materiais explosivos ou detonantes; e) Combustíveis líquidos, sólidos ou gasosos, com exceção do álcool desnaturado; f) Moedas e notas de banco, exceto quando o ramo de atividade do lugar de venda corresponda à venda desse produto estritamente direcionado ao colecionismo; g) Veículos automóveis e motociclos, em modo ambulante. 3 - É proibida a venda de bebidas alcoólicas junto de estabelecimentos escolares do ensino básico e secundário, sendo as áreas relativas à proibição delimitadas por cada município. Boletim do Contribuinte As autarquias podem proibir, nos seus regulamentos, o comércio não sedentário de outros produtos além dos referidos no n.º 2, sempre que devidamente fundamentado por razões de interesse público. Artigo 12.º Produção própria O comércio a retalho não sedentário de artigos de fabrico ou produção próprios, designadamente artesanato e produtos agropecuários, fica sujeito às disposições da presente lei, com exceção do preceituado na alínea b) do n.º 1 do artigo 10.º Artigo 13.º Comercialização de géneros alimentícios Os feirantes e os vendedores ambulantes que comercializem produtos alimentares estão obrigados, nos termos do Decreto- -Lei n.º 113/2006, de 12 de junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 223/2008, de 18 de novembro, ao cumprimento das disposições do Regulamento (CE) n.º 852/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril, relativo à higiene dos géneros alimentícios, sem prejuízo do cumprimento de outros requisitos impostos por legislação específica aplicável a determinadas categorias de produtos. Artigo 14.º Comercialização de animais 1 - No exercício do comércio não sedentário de animais das espécies bovina, ovina, caprina, suína e equídeos, aves, coelhos e outras espécies pecuárias, devem ser observadas as disposições constantes do Decreto-Lei n.º 142/2006, de 27 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 214/2008, de 10 de novembro, 316/2009, de 29 de outubro, 85/2012, de 5 de abril, e 260/2012, de 12 de dezembro. 2 - No exercício do comércio não sedentário de animais de companhia devem ser observadas as disposições constantes do Decreto-Lei n.º 276/2001, de 17 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 315/2003, de 17 de dezembro, e 265/2007, de 24 de julho, pela Lei n.º 49/2007, de 31 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.os 255/2009, de 24 de setembro, e 260/2012, de 12 de dezembro. Artigo 15.º Concorrência desleal É proibida a venda de produtos suscetíveis de violar direitos de propriedade industrial, bem como a prática de atos de concorrência desleal, nos termos da legislação em vigor. Artigo 16.º Práticas comerciais desleais e venda de bens com defeito 1 - São proibidas as práticas comerciais desleais, enganosas ou agressivas, nos termos da legislação em vigor. 2 - Os bens com defeito devem estar devidamente identificados e separados dos restantes bens de modo a serem facilmente reconhecidos pelos consumidores. Artigo 17.º Afixação de preços É obrigatória a afixação dos preços de venda ao consumidor nos termos do Decreto-Lei n.º 138/90, de 26 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 162/99, de 13 de maio, designadamente: (Continua na pág. seguinte)

20 312 LEGISLAÇÃO (Continuação da pág. anterior) a) O preço deve ser exibido em dígitos de modo visível, inequívoco, fácil e perfeitamente legível, através da utilização de letreiros, etiquetas ou listas; b) Os produtos pré-embalados devem conter o preço de venda e o preço por unidade de medida; c) Nos produtos vendidos a granel deve ser indicado o preço por unidade de medida; d) Nos produtos comercializados à peça deve ser indicado o preço de venda por peça; e) O preço de venda e o preço por unidade de medida devem referir-se ao preço total, devendo incluir todos os impostos, taxas ou outros encargos. CAPÍTULO III Feiras e outros recintos onde é exercida a atividade de comércio a retalho não sedentária Artigo 18.º Autorização para a realização das feiras 1 - Compete às autarquias decidir e determinar a periodicidade e os locais onde se realizam as feiras do município, bem como autorizar a realização das feiras em espaços públicos ou privados, depois de ouvidas as entidades representativas dos interesses em causa, nomeadamente as associações representativas dos feirantes e dos consumidores, as quais dispõem de um prazo de resposta de 15 dias. 2 - Os pedidos de autorização de feiras são requeridos por via eletrónica no balcão único eletrónico dos serviços, com uma antecedência mínima de 25 dias sobre a data da sua instalação ou realização, devendo conter, designadamente: a) A identificação completa do requerente; b) A indicação do local onde se pretende que a feira se realize; c) A indicação da periodicidade, horário e tipo de bens a comercializar; d) A indicação do código da CAE «Organização de feiras, congressos e outros eventos similares», quando o pedido seja efetuado por uma entidade gestora privada estabelecida em território nacional. 3 - A confirmação do código da CAE correspondente à atividade exercida a que se refere a alínea d) do número anterior é efetuada através da consulta à certidão permanente do registo comercial ou à base de dados da AT, consoante se trate de pessoa coletiva ou singular. 4 - A decisão da autarquia deve ser notificada ao requerente no prazo de cinco dias a contar da data da receção das observações das entidades consultadas ou do termo do prazo referido no n.º 1, considerando-se o pedido tacitamente deferido decorridos 25 dias contados da data da sua receção. 5 - Ocorrendo o deferimento tácito do pedido de autorização, o comprovativo eletrónico da entrega no balcão único eletrónico dos serviços, acompanhado do comprovativo do Boletim do Contribuinte pagamento das quantias eventualmente devidas nos termos dos regulamentos municipais, é, para todos os efeitos, título suficiente para a realização da feira. 6 - Até ao início de cada ano civil, as autarquias devem aprovar e publicar no seu sítio na Internet o seu plano anual de feiras e os locais, públicos ou privados, autorizados a acolher estes eventos, o qual deve ser atualizado trimestralmente quando se verifique o disposto no número seguinte. 7 - Sem prejuízo da obrigação de publicitação do plano anual de feiras constante do número anterior, as autarquias podem autorizar, no decurso de cada ano civil, eventos pontuais ou imprevistos, incluindo os organizados por prestadores estabelecidos noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu que aqui venham exercer a sua atividade. 8 - A informação prevista nos n.os 6 e 7 deve estar também acessível através do balcão único eletrónico dos serviços. Artigo 19.º Recintos 1 - As feiras podem realizar-se em recintos públicos ou privados, ao ar livre ou no interior, desde que: a) O recinto esteja devidamente delimitado, acautelando o livre acesso às residências e estabelecimentos envolventes; b) O recinto esteja organizado por setores, de acordo com a CAE para as atividades de feirante; c) Os lugares de venda se encontrem devidamente demarcados; d) As regras de funcionamento estejam afixadas; e) Existam infraestruturas de conforto, nomeadamente instalações sanitárias, rede pública ou privada de água, rede elétrica e pavimentação do espaço adequadas ao evento; f) Possuam, na proximidade, parques ou zonas de estacionamento adequados à sua dimensão. 2 - Os recintos com espaços de venda destinados à comercialização de géneros alimentícios ou de animais devem igualmente cumprir os requisitos impostos pela legislação específica aplicável a cada uma destas categorias de produtos, no que concerne às infraestruturas. 3 - Quando previstos lugares de venda destinados aos participantes a que se refere o n.º 3 do artigo seguinte, o espaço de venda que lhes é destinado deve ser separado dos demais. Artigo 20.º Regulamentos do comércio a retalho não sedentário 1 - As autarquias devem aprovar o regulamento do comércio a retalho não sedentário do qual constam as regras de funcionamento das feiras do município, com exceção das incluídas no artigo seguinte, e as condições para o exercício da venda ambulante, e publicá-lo no seu sítio na Internet e no balcão único eletrónico dos serviços. 2 - Entre as regras de funcionamento das feiras do concelho devem constar, nomeadamente: a) As condições de admissão dos feirantes e os critérios para a atribuição dos respetivos espaços de venda, nos termos do artigo 22.º;

21 b) As normas de funcionamento, incluindo normas para uma limpeza célere dos espaços de venda aquando do levantamento da feira; c) O horário de funcionamento. 3 - As regras de funcionamento das feiras do concelho podem excecionalmente prever lugares destinados a participantes ocasionais, nomeadamente: a) Pequenos agricultores que não estejam constituídos como agentes económicos, que pretendam participar na feira para vender produtos da sua própria produção, por razões de subsistência devidamente comprovadas pela junta de freguesia da área de residência; b) Vendedores ambulantes; c) Outros participantes ocasionais, nomeadamente artesãos. 4 - As regras de funcionamento das feiras do município podem prever lugares destinados a prestadores de serviços, nomeadamente de restauração e de bebidas em unidades móveis ou amovíveis. 5 - Entre as regras para o exercício da venda ambulante devem constar, nomeadamente: a) A indicação das zonas e locais autorizados à venda ambulante; b) Os horários autorizados; c) As condições de ocupação do espaço, colocação dos equipamentos e exposição dos produtos. 6 - As autarquias podem, em relação à venda ambulante, e tendo em atenção razões hígio-sanitárias, urbanísticas, de comodidade para o público e de meio ambiente: a) Proibir a venda ambulante em todo o município, em determinadas zonas ou a uma distância mínima dos estabelecimentos comerciais; b) Interditar ocasionalmente zonas autorizadas para o exercício do comércio ambulante; c) Fornecer meios para o exercício da atividade, ou exigir a sua utilização pelos vendedores; d) Delimitar locais ou zonas de acesso aos veículos ou reboques utilizados na venda ambulante; e) Estabelecer zonas e locais especialmente destinados ao comércio ambulante de certas categorias de produtos; f) Restringir o exercício da atividade em determinadas zonas e locais, ou para todo o município, a um número fixo de vendedores ambulantes, por razões relacionadas com a limitação do espaço autorizado, devendo: i) O procedimento de seleção para a atribuição de direitos de uso do espaço público ser imparcial, transparente e efetuado através de sorteio, por ato público, anunciado em edital, em sítio na Internet da câmara municipal, num dos jornais com maior circulação no município e ainda no balcão único eletrónico dos serviços, prevendo um período mínimo de 20 dias para aceitação de candidaturas, e sendo os selecionados anunciados em sítio na Internet da câmara municipal e no balcão único eletrónico dos serviços; ii) A duração das autorizações concedidas ser limitada a um prazo razoável, atenta a necessidade de amortizar o investimento e remunerar o capital investido, mas de forma a permitir o acesso à atividade de prestadores não estabelecidos em território nacional; Boletim do Contribuinte 313 iii) A atribuição de direitos do uso do espaço público permitir, em igualdade de condições, o acesso à atividade de prestadores não estabelecidos em território nacional, e ser isenta de renovação automática ou de qualquer outra vantagem em benefício do prestador cuja autorização tenha caducado ou de pessoas que com ele tenham vínculos especiais. 7 - Os regulamentos municipais devem ainda identificar de forma clara os direitos e obrigações dos feirantes e dos vendedores ambulantes e a listagem dos produtos proibidos ou cuja comercialização depende de condições específicas de venda. 8 - A aprovação dos regulamentos do comércio a retalho não sedentário deve ser precedida de audiência prévia das entidades representativas dos interesses em causa, nomeadamente de associações representativas dos feirantes, dos vendedores ambulantes e dos consumidores, as quais dispõem de um prazo de 15 dias, a contar da data da receção da comunicação, para se pronunciarem. Artigo 21.º Realização de feiras por entidades privadas 1 - Qualquer entidade privada, singular ou coletiva, designadamente as estruturas associativas representativas de feirantes, pode realizar feiras em recintos cuja propriedade é privada ou em locais de domínio público. 2 - A cedência de exploração de locais de domínio público a entidades privadas para a realização de feiras é efetuada nos termos do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55-A/2010, de 31 de dezembro, 64-B/2011, de 30 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, e do regime jurídico da contratação pública. 3 - A realização das feiras pelas entidades referidas no n.º 1 está sujeita à autorização das autarquias nos termos do artigo 18.º 4 - Os recintos a que se refere o n.º 1 devem preencher os requisitos previstos no artigo 19.º 5 - A entidade privada que pretenda realizar feiras deve elaborar proposta de regulamento, nos termos e condições estabelecidos nos n.os 2 a 4 e 7 do artigo 20.º, e submetê-lo à aprovação da respetiva câmara municipal através do balcão único eletrónico dos serviços, considerando-se o pedido tacitamente deferido em caso de ausência de resposta por parte da câmara no prazo de 10 dias, contado da data da sua receção. 6 - A atribuição do espaço de venda em recintos públicos deve respeitar o disposto no artigo seguinte. Artigo 22.º Atribuição do espaço de venda em feiras realizadas em recintos públicos 1 - A atribuição do espaço de venda em feiras realizadas em recintos públicos deve ser imparcial, transparente e efetuada através de sorteio, por ato público, o qual deve ser anunciado em edital, em sítio na Internet da câmara municipal ou da entidade gestora do recinto, num dos jornais com maior circulação no município e ainda no balcão único eletrónico dos serviços, prevendo um período mínimo de 20 dias para aceitação de candidaturas. 2 - O procedimento referido no número anterior é realizado com periodicidade regular, devendo ser aplicado a todos os lugares novos ou deixados vagos nos termos do n.º 4. (Continua na pág. seguinte)

22 314 (Continuação da pág. anterior) 3 - A atribuição do espaço de venda em feiras realizadas em recintos públicos deve permitir, em igualdade de condições, o acesso à atividade de prestadores não estabelecidos em território nacional e não pode ser objeto de renovação automática nem prever qualquer outra vantagem em benefício do prestador cuja autorização tenha caducado ou de pessoas que com ele tenham vínculos especiais. 4 - As atribuições dos espaços de venda são concedidas por tempo determinado nos termos do artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto, alterado pelas Leis n.os 55-A/2010, de 31 de dezembro, 64-B/2011, de 30 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, sendo a duração da atribuição determinada segundo critérios de razoabilidade, atenta a necessidade de amortizar o investimento e remunerar o capital investido, mas de forma a permitir o acesso à atividade de prestadores não estabelecidos em território nacional, e são anunciadas em sítio na Internet da câmara municipal ou da entidade gestora do recinto e no balcão único eletrónico dos serviços. 5 - Os espaços de venda podem ficar sujeitos ao pagamento de uma taxa a fixar pela câmara municipal em regulamento, ou de um preço, a fixar pela entidade gestora do recinto, consoante os casos. 6 - Às feiras ocasionais aplica-se, com as devidas adaptações, o disposto nos números anteriores. 7 - O montante da taxa ou preço a que se refere o n.º 5 é determinado em função do valor por metro quadrado ou linear e da existência dos seguintes fatores considerados fundamentais para o exercício da atividade: a) Tipo de estacionamento, coberto ou não coberto; b) Localização e acessibilidades; c) Infraestruturas de conforto, nomeadamente instalações sanitárias, rede pública ou privada de água, rede elétrica, rede de telecomunicações, pavimentação do espaço; d) Proximidade do serviço público de transportes, de parques ou zonas de estacionamento; e e) Duração da atribuição. 8 - As autarquias ou as entidades gestoras dos recintos podem prever, nos regulamentos a aprovar, condições de atribuição de espaço de venda a título ocasional para as situações previstas no n.º 3 do artigo 20.º Artigo 23.º Taxas 1 - Para o exercício da atividade de comércio a retalho não sedentária é proibida a cobrança de qualquer outra taxa ou preço para além dos referidos no n.º 5 do artigo anterior e no n.º 2 do artigo 31.º 2 - A liquidação do valor da taxa ou preço é efetuada automaticamente no balcão único eletrónico dos serviços e o pagamento dos mesmos é feito por meios eletrónicos, a partir do momento da apresentação do pedido de cartão de feirante e de vendedor ambulante, no caso previsto no n.º 4 do artigo 5.º, e de letreiro identificativo previsto no n.º 4 do artigo 9.º, ou após a comunicação do resultado do sorteio destinado à atribuição do espaço de venda em feira, no caso previsto no n.º 1 do artigo anterior. 3 - Nas situações de indisponibilidade do balcão único eletrónico dos serviços, a entidade competente dispõe de cinco dias após a comunicação ou o pedido para efetuar a liquidação da taxa ou preço, e de cinco dias após o pagamento para enviar a guia de recebimento ao interessado. 4 - A taxa a que se refere o n.º 5 do artigo anterior é fixada nos termos da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, alterada Boletim do Contribuinte pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, e 117/2009, de 29 de dezembro. CAPÍTULO IV Verificação da informação prestada e proteção de dados Artigo 24.º Verificação e atualização da informação 1 - A informação prestada nos formulários de mera comunicação prévia e na comunicação prevista no n.º 1 do artigo 6.º é confirmada pela DGAE, com base nos registos dos contribuintes, no registo comercial, bem como em registos da segurança social no que aos colaboradores diz respeito. 2 - A verificação da informação é efetuada automaticamente aquando da submissão dos pedidos no balcão único eletrónico dos serviços, através da interconexão das bases de dados dos organismos públicos competentes, detentores da informação. 3 - Com vista a assegurar o disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 6.º e no n.º 1 do artigo 7.º e verificar o cumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 6.º, a informação é verificada a qualquer momento, pela DGAE, através de interconexão das bases de dados dos organismos públicos competentes, detentores da informação. 4 - A informação de natureza cadastral relativa à declaração de início, alteração ou cessação de atividade é confirmada e atualizada através de ligação à base de dados de contribuinte da AT, nos termos a definir em protocolo assinado entre a DGAE, a AT e a Agência para a Modernização Administrativa (AMA). 5 - A informação do registo comercial é confirmada e atualizada através de ligação à base de dados do Instituto dos Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I. P.), por consulta à certidão permanente do registo comercial, mediante introdução do código indicado pelo requerente do pedido. 6 - A informação relativa à contratação e regularização da situação junto da segurança social dos colaboradores é confirmada e atualizada através de ligação à base de dados da segurança social, nos termos a definir em protocolo a celebrar entre a DGAE, o Instituto da Segurança Social, I. P. (ISS, I. P.), e a AMA. 7 - Os protocolos referidos nos n.os 4 e 6 devem concretizar a finalidade do tratamento da informação, as categorias dos titulares e dos dados a analisar e as condições da sua comunicação às entidades envolvidas, especificar as medidas de segurança adotadas, bem como os controlos a que devem ser sujeitos os utilizadores do sistema, as condições em que devem ser efetuadas auditorias periódicas aos terminais, e são submetidos a prévia apreciação da Comissão Nacional de Proteção de Dados. Artigo 25.º Dados pessoais 1 - A DGAE é a entidade responsável, nos termos e para os efeitos previstos na Lei da Proteção de Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98, de 26 de outubro, pelo tratamento e proteção dos dados pessoais recolhidos para os fins previstos no artigo 7.º da presente lei. 2 - Atua por conta da entidade responsável a entidade que a DGAE designar nos termos do n.º 5 do artigo 5.º e do n.º 5 do artigo 9.º 3 - São objeto de tratamento, para efeitos do registo de feirantes e de vendedores ambulantes, os dados pessoais constantes do respetivo formulário, os quais podem ser transmitidos às autoridades fiscalizadoras, quando solicitados.

23 4 - O feirante e o vendedor ambulante, bem como os seus colaboradores, têm o direito de, a todo o tempo, verificar os seus dados na posse da DGAE e solicitar a sua retificação quando os mesmos estejam incompletos ou inexatos. Artigo 26.º Segurança da informação A DGAE adota as medidas técnicas e organizativas adequadas para proteger os dados contra a destruição, acidental ou ilícita, a perda acidental, a alteração, a difusão ou o acesso não autorizados, nos termos da Lei da Proteção de Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98, de 26 de outubro. Artigo 27.º Conservação dos dados 1 - Os dados constantes do registo previsto no artigo 7.º são conservados enquanto se mantiver a atividade dos feirantes e dos vendedores ambulantes, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 2 - Após a cessação da atividade de feirante ou de vendedor ambulante os dados são conservados durante 10 anos. CAPÍTULO V Fiscalização e regime sancionatório Artigo 28.º Competência para a fiscalização Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a competência para a fiscalização do cumprimento das obrigações previstas na presente lei pertence: a) À Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), no que respeita ao exercício da atividade económica; b) Às autarquias, no que respeita ao cumprimento do disposto nos artigos 20.º e 21.º Artigo 29.º Regime sancionatório 1 - Sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal nos termos da lei geral, constituem contraordenações: a) As infrações ao disposto no artigo 4.º, no n.º 1 do artigo 5.º, na alínea d) do n.º 1 de artigo 6.º, no artigo 10.º e nos n.os 3 a 6 do artigo 21.º, puníveis com coima de 500 a 3000 ou de 1750 a , consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva; b) As infrações ao disposto no n.º 1 do artigo 9.º e nos n.os 1, 2 e 3 do artigo 11.º, puníveis com coima de 250 a 3000 ou de 1250 a , consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva; c) As infrações ao disposto nas alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo 6.º, puníveis com coima de 250 a 500 ou de 1000 a 2500, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva; d) As infrações ao disposto no n.º 2 do artigo 16.º, puníveis com coima de 150 a 300, ou de 300 a 500, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva; e) A falsificação do título de exercício de atividade, do cartão ou do letreiro identificativo referidos nos artigos 5.º e 9.º, respetivamente, puníveis com coima de 1000 a 3000 ou de 2000 a 5000, consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva. Boletim do Contribuinte A negligência é punível, sendo os limites mínimos e máximos das coimas reduzidos para metade. 3 - A tentativa é punível com a coima aplicável à contraordenação consumada especialmente atenuada. 4 - A instrução dos processos de contraordenação compete em termos gerais à ASAE, competindo às autarquias nas situações previstas nos artigos 20.º e 21.º da presente lei. 5 - Cabe ao inspetor-geral da ASAE ou ao presidente da câmara municipal, em razão da matéria, a aplicação das respetivas coimas e sanções acessórias. 6 - O produto das coimas reverte, quando aplicadas pelo respetivo presidente, integralmente para a câmara municipal. 7 - O produto das coimas reverte, quando aplicadas pela ASAE, em: a) 60 % para o Estado; b) 10 % para a entidade que levanta o auto; c) 30 % para a ASAE. Artigo 30.º Sanções acessórias 1 - Em função da gravidade das infrações e da culpa do agente podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias: a) Perda dos bens pertencentes ao agente; b) Interdição do exercício da atividade por um período até dois anos; c) Suspensão de autorizações para a realização de feiras por um período até dois anos. 2 - Da aplicação das sanções acessórias pode dar-se publicidade a expensas do infrator num jornal de expansão local ou nacional. CAPÍTULO VI Disposições finais e transitórias Artigo 31.º Regulamentação 1 - As autarquias dispõem do prazo de 180 dias a contar da data da entrada em vigor da presente lei para aprovar os regulamentos do comércio a retalho não sedentário, nos termos do disposto na presente lei. 2 - A informação a constar no formulário eletrónico a que se refere o n.º 1 do artigo 5.º, os modelos do cartão de feirante e de vendedor ambulante e do letreiro identificativo previstos, respetivamente, nos artigos 5.º e 9.º, bem como o custo da emissão do cartão e do letreiro identificativo em suporte duradouro, são aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área da economia, no prazo de 30 dias após a publicação da presente lei. Artigo 32.º Aplicação às Regiões Autónomas Os atos e os procedimentos necessários à execução da presente lei nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira competem às entidades das respetivas administrações regionais com atribuições e competências nas matérias em causa. Artigo 33.º Cooperação administrativa As autoridades competentes nos termos da presente lei participam na cooperação administrativa, no âmbito dos procedimentos relativos a prestadores de serviços estabelecidos noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço (Continua na pág. seguinte)

24 316 (Continuação da pág. anterior) Económico Europeu, nos termos do capítulo VI do Decreto- -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente através do Sistema de Informação do Mercado Interno. Artigo 34.º Disposições transitórias 1 - Os cartões de feirante emitidos pela DGAE ao abrigo do Decreto-Lei n.º 42/2008, de 10 de março, que se encontrem válidos à data de entrada em vigor da presente lei permanecem válidos até à ocorrência de um dos factos previstos no n.º 1 do artigo 6.º 2 - Os vendedores ambulantes devem realizar a mera comunicação prévia prevista no n.º 1 do artigo 5.º até 30 dias antes da primeira caducidade que ocorrer nos cartões de que são atualmente portadores. 3 - Tendo em conta a necessidade de proceder à celebração dos protocolos referidos no artigo 24.º, bem como à adaptação dos sistemas informáticos para dar execução ao disposto na presente lei, enquanto os mesmos não estão em funcionamento ou não haja verificação automática da informação através do acesso às bases de dados da AT, do ISS, I. P., e do IRN, I. P.: a) As formalidades previstas nos artigos 5.º, 6.º, 9.º e 18.º são efetuadas através do preenchimento de formulários convencionais disponíveis no balcão único eletrónico dos serviços e no sítio na Internet da DGAE; b) A DGAE confirma a informação através da declaração de início, alteração ou cessação de atividade, de extrato de declaração de remunerações, ou documento equivalente que comprove a regularização da situação dos Boletim do Contribuinte colaboradores junto da segurança social, e da consulta à certidão permanente do registo comercial; c) O feirante ou vendedor ambulante pode iniciar de imediato a atividade com a regular submissão do formulário convencional referido na alínea a), sendo o número de registo na DGAE referido no n.º 2 do artigo 5.º, comunicado por esta ao interessado no prazo máximo de 10 dias úteis; d) Cabe à câmara municipal a confirmação do código da CAE referida no n.º 2 do artigo 18.º Artigo 35.º Norma revogatória São revogados: a) O Decreto-Lei n.º 122/79, de 8 de maio, alterado pelos Decretos-Leis n.os 282/85, de 22 de julho, 283/86, de 5 de setembro, 399/91, de 16 de outubro, 252/93, de 14 de julho, 9/2002, de 24 de janeiro, e 48/2011, de 1 de abril, e pela Portaria n.º 1059/81, de 15 de dezembro; b) O Decreto-Lei n.º 42/2008, de 10 de março; c) A Portaria n.º 1059/81, de 15 de dezembro; d) A Portaria n.º 378/2008, de 26 de maio. Artigo 36.º Entrada em vigor A presente lei entra em vigor 30 dias após a data da sua publicação. Branqueamento de capitais Controlo dos montantes de dinheiro líquido que entram ou saem da União Europeia através do território nacional Novo Formulário da declaração de dinheiro líquido da União Europeia Despacho n.º 3376/2013, de 4 de março (in DR nº 42, II série, de ) O Decreto-Lei n.º 61/2007, de 14 de março, tem por objeto o controlo dos montantes de dinheiro líquido que entram ou saem da União Europeia através do território nacional, dando execução ao disposto no Regulamento (CE) n.º 1889/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de outubro, bem como o controlo dos movimentos de dinheiro líquido com outros Estados-membros. Para o efeito, o referido diploma estabeleceu a obrigatoriedade de todas as pessoas singulares que entram ou saem do território nacional declararem às autoridades aduaneiras os montantes de dinheiro líquido que transportam superiores a O mesmo diploma determina que essa declaração deverá ser efetuada em modelo a aprovar por despacho do ministro responsável pela área das finanças. Os modelos do formulário de declaração relativa ao movimento de dinheiro líquido, em língua portuguesa e em língua inglesa, foram aprovados através do Despacho nº 13923/2007, de 2 de julho, do Senhor Ministro de Estado e das Finanças. Considerando que no âmbito dos trabalhos desenvolvidos pelas instâncias comunitárias foi proposto um novo modelo de formulário de declaração de dinheiro líquido, importa proceder à substituição do modelo atualmente em vigor. Nesse sentido, determino o seguinte: 1. É aprovado o modelo de declaração, em anexo ao presente despacho, para efeitos do disposto do nº 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei nº 61/2007, de 14 de março. 2. Para além da sua versão em suporte papel, o formulário é igualmente disponibilizado em suporte digital na página oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (www. portaldasfinancas.gov.pt), em cumprimento do estabelecido no Decreto-Lei nº 51/2002, de 2 de março. 3. Dada a natureza desta declaração o modelo é disponibilizado em língua portuguesa e em língua inglesa. 4. É revogado o Despacho nº 13923/2007 (2.ª série), de 2 de julho, do Senhor Ministro de Estado e das Finanças. 5. O modelo de declaração atualmente em uso, em suporte papel, poderá ser utilizado até ao esgotamento das existências. N.R. O modelo da declaração de dinheiro líquido e instruções de preenchimento são reproduzidas nas páginas seguintes.

25 Boletim do Contribuinte 317 FORMULÁRIO DE DECLARAÇÃO DE DINHEIRO LÍQUIDO PT Número de referência Leia as notas que figuram no verso antes de preencher o formulário Mod USE MAIÚSCULAS / ASSINALE O QUE FOR APLICÁVEL 1. Situação Entrada na UE/PT Saída da UE/PT 2. Elementos de identificação pessoal Masculino Feminino Local de emissão Apelido(s) Data de emissão D D M M A A A A Nome(s) próprio(s) Número de Identificação Fiscal Nacionalidade Endereço Data de nascimento D D M M A A A A (Rua / n.º) Naturalidade Localidade Doc. de identificação Passaporte BI Outro Código postal Número de Passaporte / BI País 3. É o proprietário? Sim (passe para a parte 4) Não, o proprietário é: Pessoa coletiva (preencha os dados relativos ao proprietário) Pessoa singular Denominação Social Número de Identificação Fiscal Apelido(s) Nome(s) próprio(s) Endereço (Rua / n.º) Localidade Código postal País 4. Informação sobre o dinheiro líquido/os instrumentos monetários Notas, moedas Montante Moeda Outros (especificar) 5. Origem e uso previsto do dinheiro líquido/dos instrumentos monetários Origem Uso previsto É o destinatário previsto? Sim (passe para a parte 6) Não, o destinatário previsto é: Pessoa coletiva (preencha os dados relativos ao destinatário previsto) Pessoa singular Denominação Social Número de Idenficação Fiscal Apelido(s) Nome(s) próprio(s) Endereço (Rua / n.º) Localidade Código postal País 6. Informação sobre o transporte Meio de transporte Aéreo Marítimo Rodoviário Ferroviário Outro Empresa de transporte Número de referência País de partida Data de partida D D M M A A Via (País de trânsito) Data de trânsito D D M M A A País de destino Data de chegada D D M M A A A A A A A A 7. Assinatura do declarante Assinatura e carimbo da autoridade competente Espaço reservado à autoridade competente Declaro que todos os dados acima indicados são corretos. Declaro ter conhecimento que quaisquer declarações falsas, inexatas ou incompletas são passíveis de sanções, detenção ou confisco do dinheiro líquido pela autoridade competente. Registo sim não Coima sim não Montante da coima Data: D D M M A A A A

26 318 Boletim do Contribuinte INFORMAÇÕES GERAIS: A obrigação de declarar somas de dinheiro líquido à entrada ou saída da União Europeia (UE) faz parte da estratégia da UE para prevenir o branqueamento de capitais e combater o financiamento do terrorismo. Sempre que os movimentos de dinheiro líquido se processem com os Estados membros da União Europeia, deve o montante transportado ser declarado, quando tal seja solicitado pelas autoridades aduaneiras, conforme o estabelecido no artigo 3.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 61/2007, de 14 de março. Este formulário deve ser preenchido por qualquer pessoa que entre ou saia da União Europeia com uma soma de dinheiro líquido igual ou superior a euros (ou montante equivalente noutras moedas) [Regulamento (CE) n.º 1889/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, artigo 3.º, n.º1]. Sempre que os movimentos de dinheiro líquido se processem com os Estados membros da União Europeia, deve o formulário ser preenchido, quando tal seja solicitado pelas autoridades aduaneiras (Decreto-Lei n.º 61/2007, artigo 3.º, n.º 2). Em conformidade com o artigo 2.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 1889/2005 é obrigatório declarar: a) Meios de pagamento ao portador, incluindo instrumentos monetários ao portador, como cheques de viagem, títulos negociáveis (nomeadamente, cheques, livranças, ordens de pagamento), quer ao portador, quer endossados sem restrições, passados a um beneficiário fictício, ou sob qualquer outra forma que permita a transferência do direito ao pagamento mediante simples entrega e instrumentos incompletos (incluindo cheques, livranças e ordens de pagamento) assinados, mas com omissão do nome do beneficiário; b) Dinheiro (notas e moedas que estejam em circulação como meio de troca); c) É ainda considerado como dinheiro líquido, para efeitos do Decreto-Lei n.º 61/2007, o ouro amoedado, o ouro em barra ou noutras formas não trabalhadas. Na eventualidade de informações falsas, inexatas ou incompletas, considera-se que o signatário não cumpriu a obrigação supramencionada, ficando, assim, sujeito a sanções ou à detenção ou confisco do dinheiro líquido pelas autoridades competentes ao abrigo do artigo 28.º, n.º 2, e artigo 108.º, n.º 6 do Regime Geral das Infrações Tributárias aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, e do artigo 3.º, n.º 1, e artigo 9.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1889/2005. As informações e os dados pessoais são registados e tratados pelas autoridades competentes [Regulamento (CE) n.º 1889/2005, artigo 5.º, n.º 1] e postos à disposição das autoridades referidas no artigo 22.º, da Diretiva 2005/60/CE. Os dados serão tratados em conformidade com as regras aplicáveis de proteção de dados consagradas na Lei n.º 67/98, de 26 de outubro. NOTAS EXPLICATIVAS Todos os campos a branco devem ser preenchidos pelo declarante com letra maiúscula e tinta escura (uma letra/número por casa, sempre que solicitado); os campos a cinzento estão reservados às autoridades competentes. 1. Entrada na UE / PT e Saída da UE / PT Assinalar a casa «Entrada na UE/PT» ao entrar na União Europeia/Portugal quando a viagem tiver tido início fora da União Europeia/Portugal Assinalar a casa «Saída da UE/PT» ao sair da União Europeia/Portugal quando o destino final da viagem se situar fora da União Europeia/Portugal. A declaração de entrada e saída deve ser preenchida mesmo se o declarante estiver apenas em trânsito. Poderá exigir-se ao declarante que preencha novas declarações noutros pontos de passagem das fronteiras nacionais no decurso da sua viagem. 2. Elementos de identificação pessoal do declarante Indicar os dados tal como constam do passaporte/bilhete de identidade (as autoridades competentes podem fazer uma cópia do passaporte/bilhete de identidade e/ou dos documentos de viagem). Número de identificação pessoal: inserir o número de identificação fiscal, o número de segurança social ou número equivalente de identificação pessoal e intransmissível. 3. Elementos de identificação pessoal do proprietário Se não for o proprietário, o declarante deve indicar os elementos de identificação do proprietário, que pode ser uma pessoa coletiva ou singular. Assinalar a casa adequada e preencher a informação. Indicar, quando conhecido, o número de identificação para efeitos de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), na casa Número de Identificação Fiscal, quando se trate de uma pessoa coletiva. No caso de pessoa singular, indicar o Número de Identificação Fiscal, quando conhecido. Se houver mais do que um proprietário, indicar os elementos de identificação dos outros proprietários em documentos apensos. Para o efeito, pode utilizar-se uma cópia do formulário de declaração. Todas as informações constituem uma única declaração. Todas as páginas apensas devem ser assinadas. 4. Informação sobre o dinheiro líquido / os instrumentos monetários Indicar o montante exato por moeda e tipo de instrumento. Esta informação deve ser indicada da seguinte forma: por exemplo EUROS ou DÓLARES US ou ,18 LIBRAS ESTERLINAS ou cheques de viagem no valor de EUROS. Por norma, todos os instrumentos financeiros que podem ser transferidos fisicamente de uma pessoa para outra anonimamente são abrangidos pela definição de dinheiro líquido. A definição de dinheiro líquido consta do ponto «informações gerais» no início desta página. 5. Origem e uso previsto do dinheiro líquido / dos instrumentos monetários Origem: indicar se o dinheiro líquido declarado provém de uma herança, poupança, venda de propriedade, etc. Explicar brevemente o uso previsto: por exemplo, aquisição de propriedade, investimento, etc. O destinatário previsto pode ser uma pessoa singular ou coletiva (por exemplo, uma empresa). Assinalar a casa adequada e preencher a informação. Indicar, quando conhecido, o número de identificação para efeitos de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), na casa Número de Identificação Fiscal, quando se trate de uma pessoa coletiva. No caso de pessoa singular, indicar o Número de Identificação Fiscal, quando conhecido. Se houver mais do que um destinatário previsto, indicar os elementos de identificação dos outros destinatários em documentos apensos. Para o efeito, pode utilizar-se uma cópia do formulário de declaração. Todas as informações constituem uma única declaração. Todas as páginas apensas devem ser assinadas. 6. Informação sobre o transporte Assinalar «Aéreo»/ aquando da entrada/saída por via aérea. Indicar o número de voo ou o número de registo da aeronave na casa «Número de referência». Assinalar «Marítimo»/ aquando da entrada/saída por via marítima. Indicar os dados relativos à companhia marítima na casa «Número de referência». Assinalar «Rodoviário»/ aquando da entrada/saída em qualquer tipo de veículo rodoviário a motor (carro, autocarro, camião, motociclo, etc.). Indicar o número de registo oficial e o código de país do veículo na casa «Número de referência». Assinalar «Ferroviário»/ aquando da entrada/saída por caminho de ferro. Indicar o tipo de comboio e o respetivo número na casa «Número de referência». Assinalar «Outro» se não tiver sido utilizado nenhum dos outros meios de transporte (por exemplo, a pé, de bicicleta). 7. Assinatura do declarante A declaração deve ser assinada e datada pelo declarante. A pedido do declarante, ser-lhe-á entregue uma cópia autenticada da declaração.

27 Boletim do Contribuinte 319 TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL RELATÓRIO ÚNICO Prazo de entrega foi novamente alargado O Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia e do Emprego decidiu alargar novamente o prazo de entrega do Relatório Único, referente ao ano de 2012, até ao próximo dia 24 de abril. Segundo comunicado divulgado pelo GEE, tal prorrogação ficou a dever-se a constrangimento nas comunicações motivado por avaria no Ponto de Distribuição da Portugal Telecom. Nos termos da mesma informação, tal adiamento do prazo permite às empresas evitar os últimos dias do período de recolha e, consequentemente, prevenir constrangimentos originados pela sobrecarga do sistema informático ou no contato com o GEE para esclarecimento de dúvidas. Refira-se que o prazo legal de envio do relatório anual da atividade social da empresa encontra-se fixado por portaria entre 16 de março e 15 de abril, tendo sido inicialmente prorrogado para 18 de abril. O Relatório Único deve ser entregue através de um formulário eletrónico, disponibilizado em ru/login.seam Neste endereço eletrónico encontram- -se disponíveis para download as novas versões das aplicações de entrega do Relatório Único para o ano de 2012, nomeadamente a aplicação para preenchimento v e a aplicação para validação e envio v Para efetuar o download da aplicação e aceder aos anexos do Relatório Único: - em primeiro lugar deve validar-se a estrutura empresarial. Se esta não apresentar erros acede-se a Downloads e executa-se a aplicação de preenchimento para o ano de referência que se pretende. - de seguida terá de selecionar-se Entidade>> obter dados e introduzir as credenciais. Os anexos encontram-se assim disponíveis para preenchimento. - por último preenche-se os anexos pela ordem pretendida. Gravar sempre a informação através de Ficheiro -> Guardar. AJUDAS DE CUSTO, SUBSÍDIOS DE VIAGEM E DE REFEIÇÃO EM VIGOR Os montantes de ajudas de custo e subsídios de transporte atualmente em vigor, à exceção das ajudas de custo no estrangeiro, são os mesmos que resultaram da redução dos respectivos valores para 2011, efetuada pelo Dec- -Lei nº 137/2010, de (Boletim do Contribuinte, 2011, pág. 25), à Portaria nº 1553-D/2008, de (Boletim do Contribuinte, 2009, pág. 52), que tinha estabelecido tais valores para 2009 e Quanto às ajudas de custo a abonar pelas deslocações ao estrangeiro, importa (Valores em euros) AJUDAS DE CUSTO EM PORTUGAL 2013 Membros do Governo 69,19 (2) com remunerações base superiores ao valor do nível remuneratório 18 (1) 50,20 com remunerações base que se situem entre os valores dos níveis remuneratórios 18 e 9 (1) 43,39 outros 39,83 AJUDAS DE CUSTO NO ESTRANGEIRO Membros do Governo 100,24 Trabalhadores que exercem funções públicas: com remunerações base superiores ao valor do nível remuneratório 18 (1) 89,35 com remunerações base que se situem entre os valores dos níveis remuneratórios 18 e 9 (1) 85,50 outros 72,72 SUBSÍDIOS DE VIAGEM - Transporte em automóvel próprio 0,36/km - Transportes públicos 0,11/km - Transporte em automóvel de aluguer: Um trabalhador Dois trabalhadores (cada um) Três ou mais trabalhadores (cada um) SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO ter presente que o art. 42º da Lei nº 66- B/2012, de (Lei do OE para 2013) reduziu tais montantes em 35% e 40%. Relativamente ao subsídio de refeição, importa destacar que a Lei do OE para 2013 alterou o Código do IRS no sentido de reduzir o limite para efeitos de tributação. Assim, quando pago em dinheiro o limite para não sujeição a imposto foi reduzido para A 4,27 e não A 5,12 quando se tinha em consideração os 20% sobre o montante atribuído aos trabalhadores da Administração Pública. 0,34/km 0,14/km 0,11/km Subsídio de refeição 4,27 (Limites para efeitos de IRS: 4,27 euros ou 4,27 euros + 60% = 6,83 euros) (3) (1) Aos níveis remuneratórios 18 e 9 correspondem os valores 1355,96 e 892, 53 euros. (2) Valor a considerar para efeitos de não tributação em sede de IRS, nos termos do art. 2º, nº 3, al. d), do Código do IRS. (3) Valor a considerar para efeitos de não tributação em sede de IRS, nos termos do art. 2º, nº 3, al. b), nº 2), do Código do IRS. De acordo com a alteração introduzida ao Código do IRS pela Lei nº 66-B/2012, de (OE 2013), o subsídio de refeição passa a ser tributado em IRS na parte em que exceder o montante de subsídio atribuído aos trabalhadores da Administração Pública, se pago em dinheiro, ou na parte em que ultrapassar em 60% o mesmo montante, sempre que o respetivo subsídio seja atribuído através de vales de refeição. Tais limites servem igualmente de referência para efeitos de pagamento de contribuições à Segurança Social, conforme determina o Código Contributivo.

28 320 Boletim do Contribuinte TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL APOIOS AO EMPREGO Nova medida Estímulo 2013 Com o objetivo de auxiliar no combate ao desemprego, entrou em vigor no dia 13 de abril a medida Estímulo 2013, aprovada pela Portaria nº 106/2013, de 14.3 (Bol. do Contribuinte, 2013, pág. 209), que procedeu à reformulação da anterior medida do Governo Estímulo 2012, constante da Portaria nº 45/2012, de 13.2 (Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 134). A nova medida, de âmbito mais alargado, mantém a atribuição de um apoio financeiro aos empregadores que celebrem contratos de trabalho com desempregados inscritos em centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional e estabelece a obrigação de os mesmos lhes proporcionarem formação, prevendo, igualmente, a atribuição de um prémio de conversão no caso de os empregadores efetuarem a conversão dos contratos de trabalho a termo certo em contratos de trabalho sem termo, relativamente a trabalhadores apoiados, quer ao abrigo da nova medida, quer ao abrigo da ainda vigente medida Estímulo O Estímulo 2013 alarga o conjunto de categorias de desempregados potencialmente abrangidos pela mesma, bem como, no caso de celebração de contrato de trabalho sem termo, aumenta a duração máxima do período de concessão do apoio financeiro de 6 para 18 meses e o valor mensal máximo do mesmo. Por último, são introduzidas alterações ao nível de procedimento administrativo que pretendem agilizar e tornar mais eficiente o mesmo procedimento. Requisitos de atribuição do apoio Constituem requisitos de atribuição do apoio financeiro: a celebração de contrato de trabalho, a tempo completo ou a tempo parcial (a medida anterior só prevê a tempo completo), com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional. O contrato de trabalho deve ser celebrado com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional (o contrato de trabalho pode ser celebrado sem termo ou a termo certo, por prazo igual ou superior a seis meses): - há pelo menos 6 meses consecutivos; - há pelo menos 3 meses consecutivos, desde que não tenha concluído o ensino básico ou que tenha 45 anos ou mais ou que seja responsável por família monoparental ou cujo cônjuge se encontre igualmente em situação de desemprego; - que não tenha estado inscrito na segurança social como trabalhador de determinada entidade ou como trabalhador independente nos 12 meses que precedem a data da candidatura, nem tenha estado a estudar durante esse mesmo período. a criação líquida de emprego, que se verifica quando: - o empregador atingir por via do apoio um número total de trabalhadores superior à média mais baixa dos trabalhadores registados nos 4, 6 ou 12 meses que precedem a data da apresentação da candidatura; - o empregador registar, a partir da contratação e com periodicidade trimestral, um número total de trabalhadores igual ou superior ao número de trabalhadores atingido por meio do apoio. Esta obrigação deve ser mantida pelo menos durante o período de duração do apoio financeiro. Prémio de conversão Segundo a Portaria nº 106/2013, o empregador tem direito a um prémio de conversão em caso de conversão de contrato de trabalho a termo certo, anteriormente abrangido pela medida Estímulo 2012 ou pela nova medida, em contrato de trabalho sem termo, por acordo celebrado entre empregador e trabalhador. Limite de trabalhadores O empregador não pode contratar, ao abrigo do Estímulo 2013, mais de 25 trabalhadores através de contrato de trabalho a termo certo, em cada ano civil, não existindo limite ao número de contratações nas situações de celebração de contrato de trabalho sem termo. Na medida Estímulo 2012 o limite encontra- -se fixado em 20 trabalhadores, quer no caso de celebração de contratos a termo certo, quer por tempo indeterminado. Apoio financeiro O empregador que celebre contrato de trabalho tem direito a um apoio financeiro durante o período máximo de 6 meses, no caso de celebração de contrato de trabalho a termo certo, ou de 18 meses, tratando-se de celebração de contrato de trabalho inicialmente sem termo. Refira-se que o regime anterior apenas prevê a concessão do apoio financeiro durante o período máximo de 6 meses, independentemente da natureza do contrato. O apoio financeiro corresponde a 50% da retribuição mensal do trabalhador. Porém, o incentivo financeiro corresponderá a 60% da retribuição mensal do trabalhador no caso de celebração de contrato de trabalho com desempregado inscrito em centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional, que se encontre numa das seguintes situações: - inscrito como desempregado no centro de emprego ou centro de emprego e formação profissional há pelo menos 12 meses consecutivos; - beneficiário do rendimento social de inserção (RSI); - pessoa com deficiência ou incapacidade; - idade igual ou inferior a 25 anos; - idade igual ou superior a 50 anos (constitui novidade); - trabalhadora com um nível de habilitações inferior ao 3º ciclo do ensino básico; - trabalhador que seja do sexo menos representado em setores de atividade que tradicionalmente empregam uma maioria de pessoas do mesmo sexo (situação não contemplada no regime anterior).

29 Boletim do Contribuinte 321 TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL COMBATE À EXCLUSÃO SOCIAL E AO DESEMPREGO Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social A Portaria nº 135-C/2013, de 28.3, aprovou o Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social (Programa CLDS+) que tem por finalidade promover a inclusão social dos cidadãos através de ações que permitam contribuir para o aumento da empregabilidade, para o combate das situações críticas de pobreza, especialmente a infantil, da exclusão social em territórios vulneráveis, envelhecidos ou fortemente atingidos por calamidades, tendo igualmente especial atenção na concretização de medidas que promovam a inclusão ativa das pessoas com deficiência e incapacidade. Nos termos da referida portaria, são agora reforçados os mecanismos do Programa CLDS, criado em 2007 pela Portaria nº 396/2007, de 2.4, no apoio e promoção da empregabilidade. Visa-se fortalecer a relação das Entidades Coordenadoras Locais da Parceria (ECLP) com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no que respeita às medidas de desenvolvimento da ação de intervenção no emprego, formação e qualificação, permitindo o reforço do combate às situações críticas de pobreza que sejam geradas pelo desemprego. O Programa CLDS+ aplica-se a todo o território nacional continental e é financiado por fundos estruturais em conformidade com a legislação nacional e comunitária aplicável, designadamente o Fundo Social Europeu (FSE) e por verbas provenientes dos resultados da exploração dos jogos sociais. De acordo com o Regulamento do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social+, as ações a desenvolver pelos CLDS+ integram os seguintes eixos de intervenção: - eixo 1: Emprego, formação e qualificação; - eixo 2: Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil; - eixo 3: Capacitação da comunidade e das instituições. Segundo o Governo, com este novo programa prevê-se a criação de cerca de 400 postos de trabalho, através da celebração de 80 novos Contratos de Desenvolvimento Social onde serão aplicados cerca de 20 milhões de euros. Com o Protocolo assinado entre o Instituto da Segurança Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional os procedimentos e etapas de candidaturas serão simplificados, assegurando uma maior eficácia e nível de execução do Programa CLDS+. DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO ENTRE HOMENS E MULHERES Recomendações ao Governo A Assembleia da República recomendou recentemente ao Governo que, em matéria de combate às práticas discriminatórias entre homens e mulheres no meio laboral, promova a adoção, pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), de algumas medidas tendentes a eliminar esta realidade nas relações de trabalho. Assim, nos termos da Resolução da Assembleia da República nº 41/2013, de 3.4, a ACT deverá, no âmbito da sua atividade, proceder à: - efetiva publicitação das decisões condenatórias, em registo público disponibilizado na página eletrónica da ACT ( de um extrato com a caraterização da contraordenação, a norma violada, a identificação do infrator, o setor de atividade, o lugar da prática da infração e a sanção aplicada; - disponibilização, naquele endereço eletrónico, de informação estatística atualizada e de qualidade, com desagregação dos dados em função do género. Discriminação salarial Por seu lado, no sentido de combater a discriminação salarial entre homens e mulheres, foi igualmente publicada no Diário da República a Resolução da Assembleia da República nº 48/2013, de 4.4, que recomendou ao Executivo, no âmbito da defesa e valorização efetiva dos direitos das mulheres no mundo do trabalho, que proceda à elaboração de um relatório sobre a situação laboral das mulheres entre 2009 e o 1º trimestre de 2013, tendo em consideração os seguintes indicadores: - o nível salarial em Portugal de mulheres e homens, por sector de atividade e categorias profissionais; - a diferença salarial entre mulheres e homens, tendo em consideração as faixas etárias e sectores de atividade; - as discriminações salariais diretas e indiretas, tendo em conta as faixas etárias e sectores de atividade. Nos termos da Resolução da Assembleia da República nº 48/2013, de 4.4, o Executivo deverá elaborar um relatório anual a apresentar à Assembleia da República sobre: - o nível salarial auferido pelas mulheres na administração pública central e local, no sector empresarial do Estado e no sector privado; - as disparidades salariais entre mulheres e homens, tendo em conta todas as faixas etárias e diversos setores de atividade; - as discriminações salariais diretas e indiretas, considerando todas as faixas etárias e diferentes sectores de atividade. Por último, a Assembleia da República sugere a elaboração de um relatório, observados os dados entre 2009 e o 1º trimestre de 2013 sobre a composição dos cargos de chefia da Administração Pública nas empresas do sector privado, desagregados entre homens e mulheres e respetiva correspondência com as habilitações literárias e os níveis salariais praticados.

30 322 Boletim do Contribuinte TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL EFEITOS DA DECISÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Tabela salarial única e convergência da legislação laboral entre público e privado Em carta enviada à troika o primeiro- -ministro afirmou que a aplicação de uma tabela salarial única e a convergência da legislação laboral e dos sistemas de pensões do setor público e privado são soluções a considerar para compensar a inconstitucionalidade das normas do Orçamento do Estado. O chefe do Governo referia-se às medidas a antecipar de 2014 para este ano com o objetivo de reduzir a despesa pública em cerca de 600 milhões de euros, que segundo indicou serão centradas nas áreas da segurança social, saúde, educação e empresas públicas. Por seu lado, o despacho do ministro das Finanças que proibe a contratação de novas despesas no setor público deu origem à decisão em reunião de Conselho de Ministros de poupanças adicionais em cada ministério, no montante global de cerca de 600 milhões de euros. Reação dos parceiros sociais Para o secretário-geral da UGT, a proposta de criação de uma única tabela salarial, para público e privado, tem um objetivo de tentar acabar com as carreiras de regime especial, com dois alvos bem identificados: médicos e professores. Segundo este dirigente sindical parece-nos profundamente negativo e lembramos até que o Governo recentemente celebrou um contrato com os sindicatos dos médicos, relativamente à revisão da carreira. Quanto à convergência do regime de pensões, o mesmo sublinhou também que o setor público já foi fortemente penalizado com o fim do período de transição para a idade da reforma. Do lado das empresas, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, defendeu que a proposta do primeiro-ministro para a convergência entre setor público e setor privado deve ser compreendida e vista à luz do plano de emergência em que nos encontramos. Segundo o mesmo presidente, reduzir- -se no lado da despesa é, por exemplo, mexer no quadro do funcionalismo público, quer em termos de efetivos, quer em termos de eficácia, e com convergências com o setor privado. Reposição do subsídio de férias Na mesma reunião, o Governo aprovou uma proposta de lei que regula, para o ano de 2013, a forma como se vai processar o pagamento do subsídio de férias que foi reposto aos trabalhadores da Administração Pública e aos aposentados, reformados e demais pensionistas. Assim, os duodécimos pagos desde o início do ano passam a reportar-se ao subsídio de férias ou equivalente, e o pagamento do subsídio de Natal terá lugar no mês de novembro. Ou seja, o Executivo anunciou a reposição para novembro do subsídio que estava suspenso para os funcionários públicos e pensionistas (subsídio de férias), e mudou a nomenclatura esclarecendo que os duodécimos do subsídio de Natal que desde janeiro são integrados no salário mensal dos trabalhadores e nas pensões passam agora a ser relativos ao subsídio de férias. Só no momento do recebimento do subsídio de Natal se irá proceder ao acerto resultante das alterações nas tabelas de retenção na fonte em sede de IRS, tornadas necessárias pela modificação da capacidade contributiva. Devolução de contribuições A Segurança Social vai devolver a todos os beneficiários de subsídio de desemprego e de doença as contribuições de 6% e de 5%, respetivamente, efetuadas desde janeiro por força da norma da Lei do Orçamento do Estado declarada inconstitucional. Segundo o Governo, o Tribunal Constitucional até aceita que estes subsídios estejam sujeitos a uma contribuição, mas inviabilizou a medida por não estarem salvaguardados os valores mínimos das prestações. Assim, as contribuições de 6% e de 5% vão manter-se, mas será introduzida uma cláusula de salvaguarda que assegura o pagamento de um valor mínimo aos beneficiários abaixo do qual não haverá contribuições, que provavelmente corresponderá ao valor do indexante dos apoios sociais (419,22 euros). Refira-se que a norma chumbado pelo Tribunal Constitucional será reformulada no âmbito do Orçamento Retificativo, cuja proposta será apresentada em Maio na Assembleia da República. Outras medidas a implementar Ainda para compensar os efeitos nas contas públicas da declaração de inconstitucionalidade de algumas normas da Lei do Orçamento do Estado, como medida de redução da despesa o Governo poderá decidir-se pelo aumento da idade da reforma dos 65 para os 67 anos, a aplicar ainda este ano. Segundo especialistas, a poupança rondará os mil milhões de euros em dois anos. A alegada intenção de o Governo avançar no imediato com um alargamento da idade legal de reforma dos 65 para os 67 anos de idade pode travar um acréscimo anual de despesa com pensões de velhice de cerca de 500 milhões por ano. A divulgação da notícia pelos órgãos de comunicação social provocou reações imediatas de desaprovação. A UGT ameaçou romper o diálogo social com o Governo caso sejam anunciadas alterações no sistema de reformas por velhice sem a prévia negociação com os parceiros sociais (associações sindicais e patronais). Outra das medidas de corte na despesa poderá traduzir-se no pagamento pelos pensionistas (reformados e aposentados) de constribuições à Segurança Social. Tal como os trabalhadores e empresas, os pensionistas poderão vir também a descontar mensalmente para a Segurança Social. Trata-se da eventual imposição de uma espécie de taxa social única a descontar mensalmente sobre o valor da pensão de velhice para a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações. Pretende-se que os reformados e aposentados passem a dar um contributo para o pagamento das suas pensões, visando o reforço da sustentabilidade financeira do sistema e a repartição dos custos demográficos e financeiros entre gerações.

31 Boletim do Contribuinte 323 Lisboa 9 Maio 09h30/18h00 COMO ANALISAR AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DA SUA EMPRESA Formador: Dr. Agostinho Costa Preços (+IVA): Público Geral:.. G 140 Assinantes VE:. G 110 Participação sem custos para empresas com resultados negativos e desempregados. No âmbito da sua política de responsabilidade social, nas ações de formação a Vida Económica criou uma quota de inscrições gratuitas para os assinantes empresas com resultados negativos ou individuais em situação de desemprego. Para beneficiar desta oferta até ao limite dos lugares disponíveis, deverá enviar uma cópia da última Declaração mod. 22, ou uma cópia do comprovativo da situação de desemprego, emitida pelo IEFP. Organização: INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica Patricia Flores Tel.: Fax: patriciaflores@vidaeconomica.pt ENQUADRAMENTO: preciso uma análise criteriosa. O mesmo se aplica à descoberta de como está o desempenho económico e financeiro de uma empresa. Neste caso, a ação a ser realizada é a análise do balanço e da demonstração de resultados. O desempenho económico e financeiro da empresa estarão refletidos nos principais indicadores de gestão. informação simples destes dois importantes documentos (o Balanço e a Demonstração de Resultados) e a interpretação dos principais indicadores económicos e financeiros da sua organização. principais causas dos problemas da empresa e a melhor forma de ultrapassá-las, envolvendo toda a equipa numa ação bastante mais eficaz. DESTINATÁRIOS: OBJETIVOS: balanço, da demonstração de resultados e da interpretação dos principais indicadores de gestão do seu balanço e da demonstração de resultados PROGRAMA:

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