Lição 3 Jesus Cristo: a garantia da justificação! Texto bíblico: Romanos

Transcrição

1 Lição 3 Jesus Cristo: a garantia da justificação! Texto bíblico: Romanos O versículo 23 do texto básico desta lição afirma: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Esta é uma declaração de total insuficiência de toda pessoa humana diante de Deus. O profeta Isaías falou da parte de Deus:... mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2). Paulo confirma as palavras de Isaías dizendo que no que dependesse do homem, o relacionamento com Deus seria totalmente impossível. O pecado tornou-se umabarreira intransponível entre Deus e o homem. Na construção desta barreira ninguém ficava excluído: Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe (Sl 51.5). A natureza pecaminosa está em todos nós. Recebemos dos nossos pais, transmitimos aos nossos filhos, e assim, sucessivamente. Tudo o que estava reservado à humanidade era viver separado da glória de Deus. Não havia solução entre os homens, porque entre eles não se encontrava, nem um justo, nem um sequer (Rm 3.10). Porém o amor de Deus nos alcançou com o seu divino plano ao enviar Jesus ao mundo, para trilhar o caminho da manjedoura até o Calvário, onde entregaria a sua vida para resgate de todos os que nele cressem. A última expressão pronunciada por Jesus na cruz foi: tudo está consumado (Jo 19.30). Dentre os significados desta palavra, certamente Jesus também estava dizendo que tudo estava pronto para que uma pessoa pudesse ser declarada justificada. Jesus Cristo é a garantia. 1. O Testemunho da Lei e dos Profetas O autor da Carta aos Hebreus afirmou: Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas... (Hb 1.1). A revelação de Deus foi progressiva. O Espírito Santo de Deus, ao usar os instrumentos humanos que produziram o texto do Antigo Testamento, apontou para um alvo maior, que era anunciar a vinda de Jesus ao mundo, na plenitude

2 dos tempos. A vinda do Filho de Deus aconteceria no tempo de Deus, ou no momento que Ele havia designado. O autor de Hebreus começa anunciando que Deus sempre falou ao seu povo. O método desta fala não era único, mas de múltiplas maneiras. A Lei e os Profetas foram instrumentos para testemunhar a maneira como o próprio Deus conduzia o processo da sua revelação, que iria culminar com a vinda de Jesus Cristo, para concretizar o plano de salvação. A lei testemunha a necessidade da solução futura e definitiva que somente aconteceria com a vinda de Jesus. Por isso, quando Paulo escreve à igreja de Roma ele declara que a justiça de Deus, na sua efetivação, não depende da lei. Os profetas foram a boca de Deus. Todos foram homens especiais. Vidas moldadas integralmente pelo Espírito Santo de Deus. Cada um recebia uma mensagem diferente a transmitir, e precisavam fazer com fidelidade ao Senhor. Naquele tempo não havia ainda a revelação escrita. Tudo o que o povo podia receber de Deus, viria somente pela palavra do profeta. Eles eram a boca de Deus, porque o que diziam deveria ser fielmente aquilo que Deus desejava comunicar. Jamais um profeta poderia dizer aquilo que não significasse realmente a fala de Deus. Os profetas tinham o testemunho daqueles que os ouviam e Eliseu era um dos exemplos ao ser chamado de santo homem de Deus. Mas a fala do profeta e os seus efeitos deveriamalcançar um testemunho no futuro, porque a mensagem profética, no seu conjunto de interpretação da fala divina, apontaria a plenitude do exercício da justiça divina, concretizada na vinda de Jesus. A Lei e os profetas foram os caminhos de Deus para a concretização de sua divina justiça na plenitude dos tempos. 2. Justificação Gratuita pela Graça O carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas: que é necessário que eu faça para me salvar? Esta indagação representa o sentimento de muitas pessoas que imaginam poder fazer alguma coisa pela sua salvação, ou no mínimo oferecer uma pequena ajuda para que ela se concretize. Hoje existem diversos grupos religiosos que oferecem opções humanas na suposição de que elas

3 podem atrair o favor de Deus. Milhares de pessoas são atraídas e enganadas por essas suposições que não possuem qualquer base bíblica. A justificação é um ato de Deus que declara justo, isto é, sem culpa dos seus pecados, a todos que creem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor pessoal. Não existe qualquer merecimento humano nesta concessão divina da justificação. Não há nada aceitável por Deus que possa cooperar para a justificação de qualquer pessoa. A justificação é totalmente gratuita. Deus nos alcança de maneira maravilhosa, tornando-nos alvo do seu imenso amor. A justificação é gratuita porque nada era possível ser feito que satisfizesse a justiça divina. A justificação é gratuita porque Deus decidiu presentear a todos os que creem. Paulo, quando escreveu à Igreja em Éfeso, assim pronunciou: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9). A justificação é de graça pela graça. Todos os salvos são abençoados pela graça de Deus. A graça é incompreensível para o entendimento humano. Os favores imerecidos que caracterizam a graça são os instrumentos divinos usados para justificar cada salvo, isto representa estar no abrigo da divina promessa:... dos teus pecados não me lembrarei mais (Hb 10.17). O esquecimento de Deus para os pecados do salvo é uma preciosa demonstração da maneira amorosa que Deus nos alcança pela sua graça. Essa convivência induz o salvo a não ter prazer no pecar e confiar nas promessas anunciadas por Deus através do apóstolo João:... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7b) e... se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo (1Jo 2.1b). 3. O preço pago por Jesus Cristo: o seu precioso sangue A justificação projetada por Deus tinha um alto preço a ser pago e este não podia ser pago por qualquer pessoa. Precisava ter a autoridade, revelada por Jesus, quando questionava os seus acusadores: Quem dentre vós me convence do pecado? (Jo 8.46),ou seja, quem me pode apontar um pecado? Em relação aos homens, a visão de Deus sobre eles era:... Não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10). Esta declaração combina com Romanos 3.23: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Nenhum ser humano

4 poderia pagar o preço pelo resgate dos pecados de toda a humanidade. No que dependesse de um ser humano, nem o derramamento do seu próprio sangue ou qualquer outro oferecimento seria aceitável pela justiça divina. Durante todo o ministério terreno de Jesus, Ele demonstrou plena consciência de sua missão. Jamais aceitou qualquer honraria humana, porque sempre ensinou: o meu Reino não é deste mundo... (Jo 18.36). Sua presença na terra não era para concorrer com qualquer outro poder exercido pelos soberanos da época. Por esta razão, diversas vezes se ausentou de situações que poderiam sugerir ao povo o desvio de sua verdadeira missão. Jesus sempre ensinou que o término da sua caminhada terrena seria na cruz do Calvário. Quando os discípulos, cheios de muita compaixão, tentaram persuadi-lo a não caminhar nesta direção, na verdade eles estavam sendo instrumentos do inimigo, que não desejava que Jesus vivesse a experiência da cruz, porque esta seria a derrota definitiva de Satanás. A dura repreensão de Jesus era porque Ele jamais desejava desviar-se do foco da sua missão que o levou a desposar-se de suas glórias, assumir a forma humana, e desta maneira poder passar pela realidade da crucificação na cruz. A justificação para cada pessoa que crê em Jesus se tornou possível, porque o preço foi pago para que Deus pudesse declarar o salvo justo ou justificado, ou sem culpa dos seus pecados, pois Jesus pagou o preço. Quando Jesus estava na cruz, entre a hora sexta e a hora nona, ou seja, do meio-dia a três horas da tarde houve trevas sobre toda a face da terra. Foi a reação da natureza àquele momento em que Cristo padecia pelos pecados de toda humanidade. Para pensar e agir: - Jesus, de forma consciente, entregou a sua vida pelos pecadores. - A carga dos pecados seria insuportável para qualquer pessoa, mas Cristo a tomou sobre si e levou ao Calvário. - O amor de Deus desejava declarar sem culpa dos pecados todo aquele que nele cresse. Jesus pagou o preço para que recebêssemos a justificação. - A salvação é de graça pela graça. Todos os salvos já experimentaram esta bênção. Precisamos compartilhar com os outros a graça salvadora em

5 Jesus Cristo. Temos sempre perto de nós uma pessoa sem Cristo e sem salvação, que pode ser alcançada através de nossa instrumentalidade. Leitura bíblica Diária Segunda-feira:Atos 15.11; Filipenses 3.9 Terça-feira:João 5.46; 1Pedro 1.10 Quarta-feira:Colossenses 3.11,25 Quinta-feira:Gálatas 3.22 Sexta-feira:Efésios 1.7; 2.8 Sábado:Mateus 20.28; Colossenses 1.14 Domingo:Colossenses 3.8,20