PALEOCLIMA E PALEOAMBIENTE DO CERRADO DURANTE O QUATERNÁRIO COM BASE EM ANÁLISES PALINOLÓGICAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PALEOCLIMA E PALEOAMBIENTE DO CERRADO DURANTE O QUATERNÁRIO COM BASE EM ANÁLISES PALINOLÓGICAS"

Transcrição

1 ISBN Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas PALEOCLIMA E PALEOAMBIENTE DO CERRADO DURANTE O QUATERNÁRIO COM BASE EM ANÁLISES PALINOLÓGICAS PALEOCLIMATE AND PALEOENVIRONMENTAL OF CERRADO DURING THE QUATERNARY BASED ON PALYNOLOGICAL ANALYSIS Karin Elise Bohns Meyer 1, Raquel Franco Cassino 2, Flávio Lima Lorente 3, Marco Raczka 4 & Maria Giovana Parizzi 1 1 Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Departamento de Geologia e Centro de Pesquisa Professor Manoel Teixeira da Costa, Avenida Antônio Carlos 6.627, Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil 2 Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Instituto Central de Ciências, Ala Central, Brasília DF, Brasil 3 Universidade de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Ciências, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Avenida Centenário, 303, São Dimas, Piracicaba, São Paulo, Brasil 4 Florida Institute of Technology, Department of Biological Science, 150 W. University Boulevard, Melbourne, Florida, USA s: bohnsmeyer@yahoo.com.br, raquelfcassino@yahoo.com.br, flimalorente@yahoo.com.br, mraczka2009@my.fit.edu, giece@uai.com.br RESUMO O capítulo revisa as evidências palinológicas de quinze localidades no cerrado do Brasil: Lagoa do Caçó (MA), Carajás (PA), Lagoa da Confusão (TO), Veredas de Águas Emendadas (DF) e Cromínia (GO), Veredas Laçador e Urbano, Lago do Pires, Lagoa de Serra Negra, Lagoa Santa, Lagoa dos Olhos d Água, Lagoa dos Mares, Lagoa Nova, Turfeiras de Salitre e Pau de Fruta no Estado de Minas Gerais. Durante o Pleistoceno tardio foram observadas duas regiões distintas no cerrado, uma com clima frio e outra com clima frio e úmido. No limite Pleistoceno-Holoceno o clima seco predominava no cerrado, com exceção da Vereda Laçador e Carajás que mostram o clima úmido já a partir de anos AP. A partir de anos AP a região noroeste do cerrado foi marcada pelo aumento de umidade até atingir os padrões atuais, enquanto que, a leste do cerrado este processo foi verificado apenas a partir dos anos AP. Palavras-chave: Cerrado, Palinologia, Paleoclima, Pleistoceno, Holoceno ABSTRACT The chapter reviews Late Quaternary palynological evidence from fifteen sites in the Brazil Cerrado: Lagoa do Caçó (MA), Carajás (PA), Lagoa da Confusão (TO), Veredas de Águas Emendadas (DF) e Cromínia (GO), Veredas Laçador e Urbano, Lago do Pires, Lagoa de Serra Negra, Lagoa Santa, Lagoa dos Olhos d Água, Lagoa dos Mares, Lagoa Nova, Turfeiras de Salitre e Pau de Fruta in the Minas Gerais State. During the Late Pleistocene were observed two distinct regions in the cerrado, one with cold climate and the other with cold and humid climate. In Pleistocene-Holocene boundary a dry climate prevailed, with the exception of Vereda Laçador and Carajás that shows already humid climate from 12,000 years BP. From 8,000 years BP, the northwestern region of cerrado was marked by an increase of moisture

2 398 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas until the modern patterns, while in the eastern region of cerrado this increase in humidity was noticed only from the 5,000 years BP. Keywords: Cerrado, Palynology, Palaeoclimate, Pleistocene, Holocene 1. INTRODUÇÃO Com abrangência em dez estados, o ecossistema do cerrado é a segunda maior formação vegetal do Brasil, é encontrado em praticamente todo o Planalto Central e se estende a oeste até o Paraguai e Bolívia. Há algumas regiões disjuntas que ocorrem nos domínios da Mata Atlântica e da Amazônia chamados encraves. Originalmente, sua expansão territorial correspondia a aproximadamente dois milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a quase 22% do território brasileiro, no entanto, estimativas apontam que a cobertura original deste ecossistema esteja reduzida em mais de 70%, principalmente pelas atividades antrópicas (Walter et al., 2008). O Cerrado é considerado uma savana sazonalmente úmida, embora muito mais rico em diversidade do que a maioria delas. A vegetação está adaptada à sazonalidade climática, com uma estação chuvosa e outra seca. Fatores edáficos como a toxicidade do alumínio e disponibilidade de água, além das queimadas, afetam de maneira significativa sua cobertura vegetal. A vegetação rústica do cerrado é composta por espécies ancestrais florestais e campestres, elementos florísticos de distintas origens, compartilhados especialmente com a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Chaco e os Lhanos da Venezuela e Colômbia. No que diz respeito à variabilidade, a vegetação do cerrado é composta por mais de 12 mil espécies de plantas superiores, cerca de espécies são endêmicas, a maioria delas associadas às formações campestres ou rupestres (Stehmann & Alméri, 2012). Em termos fisionômicos, a formação aberta, composta por árvores e arbustos distorcidos, com casca espessa, representa a fisionomia típica do cerrado, conhecida também como Cerrado sentido restrito. Onze tipologias são conhecidas para a formação e classificadas dentro de três subtipos principais: formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca, Cerradão); savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Limpo, e Campo Rupestre), sendo a riqueza da flora, em parte, decorrente desta diversidade de ambientes (Ribeiro & Walter, 2008). 2. EVOLUÇÃO DA VEGETAÇÃO DO CERRADO AO LONGO DO QUATERNÁRIO O clima e a vegetação estão fortemente interligados. A distribuição fitogeográfica nas diferentes partes da Terra mostra esta relação. As florestas tropicais ocorrem em locais com regime de chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano, já em climas com uma estação seca bem pronunciada, a vegetação, geralmente, é do tipo cerrado ou savana. Informações sobre clima e vegetação obtidas a partir de estudos dos grãos de pólen e esporos de diferentes locais, associadas aos métodos de datação, permitem reconhecer as mudanças globais que ocorreram no passado e seu impacto sobre os seres vivos (Salgado-Labouriau, 2001).

3 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi 399 O período Quaternário (~1.8 milhões de anos AP ao presente) foi marcado por mudanças climáticas acentuadas, tendo como característica principal a ocorrência de períodos glaciais intercalados com intervalos de tempo de condições climáticas mais quentes, também denominados de períodos interglaciais. As variações climáticas durante o Quaternário, principalmente durante o Último Máximo Glacial (UMG), entre ~26 e ~19 mil anos AP (Clark et al., 2009), influenciaram a evolução da fauna e flora mundial. Embora as grandes extensões de gelo tenham ficado confinadas em sua maioria no hemisfério norte, o UMG teve reflexos significativos nos ecossistemas brasileiros, tais como o Cerrado. De acordo com Salgado-Labouriau (1997), no ecossistema das savanas na América do Sul, onde está inserido o cerrado, foram observadas quatro fases de mudanças climáticas e da vegetação ao longo do Quaternário, com base em estudos palinológicos. No período compreendido entre até anos AP o clima foi mais úmido do que no presente permitindo o desenvolvimento de um mosaico de vegetação com savanas arbóreas densas e ocorrência de florestas esparsas. Uma diminuição progressiva na umidade se iniciou no período compreendido entre e anos AP e atingiu um máximo de aridez entre e anos AP, quando pântanos e lagos foram parcialmente ou totalmente ressecados, houve decréscimo dos elementos arbóreos e aumento das áreas com savana aberta e campos, como mostram os espectros polínicos de Carajás, Águas Emendadas, Cromínia e Lagoa dos Olhos D Água. As chuvas aumentaram no período compreendido entre e anos AP e possibilitaram a formação de uma vegetação de savana com mosaicos de florestas decíduas e semi-decíduas. Condições climáticas e vegetação, semelhantes àquelas verificadas nos dias de hoje foram evidentes a partir do período compreendido entre e anos AP, com forte impacto antrópico nos últimos 200 anos AP (Salgado-Labouriau, 1997). Após uma década e meia desde a publicação do trabalho de Salgado-Labouriau (1997) que mostrou um panorama sobre a evolução paleoclimática e paleoambiental das savanas sul-americanas, baseado no estudo de oito localidades, seis delas no âmbito do Cerrado do Brasil, foram divulgados novos dados para mais seis localidades, totalizando, até o presente momento, doze estudos palinológicos no bioma Cerrado. A partir disto, o principal objetivo deste trabalho foi o de fazer considerações acerca da evolução paleoclimática e paleoambiental do Cerrado baseadas nos resultados destes doze estudos palinológicos do bioma Cerrado e de mais três localidades adjacentes (Figura 1). A reconstituição paleoclimática e paleoambiental aqui apresentada está baseada nos estudos palinológicos das seguintes localidades: Carajás (Absy et al., 1991) Lagoa de Serra Negra (De Oliveira, 1992); Lagoa dos Olhos d Água (De Oliveira, 1992; Raczka, 2009; Raczka et al. 2012); Salitre (Ledru, 1993); Vereda Cromínia (Ferraz- Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996); Lago do Pires (Behling, 1995); Lagoa Santa (Parizzi et al., 1998); Vereda Águas Emendadas (Barberi et al., 2000); Lagoa da Confusão (Behling, 2002); Lagoa Nova (Behling, 2003); Lagoa do Caçó (Ledru et al., 2006); Turfeira Pau de Fruta (Horák, 2009); Vereda Urbano (Lorente et al., 2010); Lagoa dos Mares (Raczka, 2009; Raczka et al. 2012) e Vereda Laçador (Cassino & Meyer, 2013).

4 400 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas 2.1 O Bioma Cerrado durante o Pleistoceno Os estudos palinológicos visando às reconstituições paleoambientais no Cerrado brasileiro durante o final do Pleistoceno, mostram respostas diferentes da vegetação deste bioma frente às mudanças no clima nas localidades estudadas, como resultado das diferenças de latitude, longitude, altitude e condições específicas dos depósitos sedimentares. Para o final do Pleistoceno, os registros palinológicos mostram em linhas gerais que houve uma estação seca prolongada com condições climáticas mais frias do que as atuais nas localidades onde as altitudes variam de 700 a 1100 m, tais como Cromínia (GO), Lagoa dos Olhos d Água (MG), Carajás (PA), Águas Emendadas (DF) e Buritizeiro (MG), e condições climáticas mais úmidas e mais frias do que as atuais em Salitre e Lagoa de Serra Negra, no Estado de Minas Gerais (Absy et al., 1991; De Oliveira, 1992; Ledru, 1993; Ferraz-Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996; Barberi et al., 2000; Lorente et al., 2010). Nos registros palinológicos destas localidades, durante o intervalo de tempo entre anos AP (~ anos cal. AP) e anos AP (~ anos cal, AP), observou-se uma diminuição na diversidade de grãos de pólen, sendo registrada a presença da vegetação de Cerrado arbustivo ou campo, poucas matas com elementos de clima mais frio que o atual (e.g. Araucaria, Podocarpus, Hedyosmum e Cunoniaceae), alguns pântanos nas depressões e ausência de veredas (Salgado-Labouriau, 2001). A Figura 2 resume estas condições climáticas. Em Cromínia (GO), entre (~ anos cal AP) a anos AP (~ idade interpolada) ocorreu uma diminuição de grãos de pólen arbóreos, incluindo Mauritia, porque não houve umidade suficiente para o estabelecimento de uma vegetação arbórea. O predomínio de ervas, principalmente Poaceae e Cyperaceae, e a presença de algas indicaram que o pântano estava circundado por vegetação de campo. As condições climáticas durante este intervalo de tempo foram mais úmidas e frias do que as atuais, provavelmente semelhantes às encontradas atualmente nas montanhas do Brasil Central (Ferraz-Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996; Salgado-Labouriau et al., 1998). Barberi et al. (2000) registraram que entre anos AP (~ idade interpolada) e anos AP (~ anos cal. AP) a vegetação era mais densa do que a atual, com ausência de Mauritia e a presença de árvores de clima frio tais como Hedyosmum, Ilex, Symplocos e Cunoniaceae, sugerindo uma diminuição na temperatura, além da presença de pântano indicando alta umidade. A fase relativamente úmida e fria foi seguida por uma longa fase seca que começou há aproximadamente anos AP (~ idade interpolada). Entre (~ anos cal AP) e anos AP (~ anos cal AP) foi identificada uma estação seca mais prolongada nas localidades de Cromínia (GO), Lagoa dos Olhos d Água (MG), Carajás (PA) e Águas Emendadas (DF), e condições climáticas mais úmidas e mais frias em Salitre e Lagoa de Serra Negra, no estado de Minas Gerais (Ferraz-Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996; De Oliveira, 1992; Absy et al., 1991; Barberi et al., 2000; Ledru, 1993). Nestas localidades foram identificadas a distribuição de Cerrado arbustivo ou campo, poucas matas com árvores de clima mais frio, alguns pântanos nas depressões e ausência de veredas. (Salgado-Labouriau, 2001). O perfil sedimentar lacustre amostrado no topo do platô em Carajás, leste da Amazônia, mostrou que após anos AP (~ idade interpolada) uma fina camada argilo-arenosa rica em siderita foi depositada há aproximadamente anos AP (~ anos cal. AP), sugerindo que houve um hiato na sedimentação do corpo lacustre como reflexo de condições climáticas mais

5 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi 401 secas que as atuais. O registro polínico de Carajás mostrou baixa concentração de grãos de pólen, representados principalmente por ervas de campos como Poaceae, Asteraceae, Borreria (Rubiaceae) e Cuphea (Lytraceae), indicando que o topo do platô estava ocupado por uma vegetação esparsa sob influência de um clima seco ou semiárido (Absy et al., 1991). De Oliveira (1992) com base na análise palinológica de um perfil sedimentar obtido na Lagoa dos Olhos d Água (MG), sugeriu que entre (~ anos cal. AP) e anos AP (~ anos cal. AP) o clima era frio e semiúmido com uma estação seca de menor duração nesta localidade. A vegetação registrada durante este intervalo de tempo era constituída por elementos de Mata de Galeria, com a ocorrência de Podocarpus, e grandes quantidades de grãos de pólen de Caryocar, uma árvore que ocorre no Cerrado sentido restrito e no Cerradão. Após anos AP (~ anos cal AP), a umidade diminuiu e a temperatura aumentou, sendo encontradas partículas de carvão na sequência sedimentar, sugerindo que a vegetação sofreu a ação de queimadas naturais. Na Lagoa de Serra Negra (MG), entre (~ anos cal. AP) até cerca de anos AP (~ anos cal. AP), as condições climáticas eram mais úmidas e frias do que as atuais. O registro palinológico correspondente a este intervalo de tempo era constituído por grãos de pólen de elementos tropicais associados a elementos de vegetação de altas altitudes como Araucaria, Podocarpus, Ilex e Ericaceae. Após anos AP (~ anos cal AP) os grãos de pólen dos táxons de vegetação de altas altitudes não foram registrados na sequência sedimentar e os táxons de savana começaram a aumentar, sugerindo uma redução na precipitação pluviométrica e aumento da temperatura (De Oliveira, 1992). O registro polínico de Salitre (MG), estudado por Ledru (1993), mostrou que durante o intervalo de tempo entre (~ anos cal AP) e anos AP (~ anos cal. AP) os grãos de pólen de Araucaria e de outros elementos associados à Floresta Ombrófila Mista, tais como Ilex, Symplocos e Drymis, estiveram presentes no registro palinológico, sugerindo que houve uma diminuição na temperatura na região durante o final do Pleistoceno, com condições de inverno prolongado e seco. Este intervalo de tempo também foi marcado pela diminuição na concentração de elementos arbóreos, e pelo predomínio de elementos herbáceos, representados principalmente por Poaceae, Apiaceae, Mabea (Euphorbiaceae) e Ranunculus (Ranunculaceae). Na vereda de Cromínia (GO) no período compreendido entre (~ idade interpolada) e anos AP (~ idade interpolada) houve uma diminuição na concentração da maioria dos palinomorfos e o pequeno corpo lacustre anteriormente formado foi substituído por um pântano circundado por poáceas. A ausência de grãos de pólen de Mauritia, o predomínio de grãos de pólen de elementos herbáceos como Poaceae, Asteraceae e Cyperaceae, além da diminuição da maioria dos palinomorfos sugerem que no local havia uma vegetação com pouca diversidade de espécies, influenciada por condições climáticas mais secas que as atuais, semelhante e/ou comparável às descritas para regiões de clima semi-árido (Ferraz-Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996). Barberi et al. (2000) verificaram que no perfil sedimentar de uma vereda localizada no platô de Águas Emendadas (DF) houve um hiato na sedimentação entre (~ anos cal AP) e anos AP (~8.060 anos cal AP), sendo a camada orgânica substituída por uma fina camada de areia e silte. Durante este intervalo, a concentração de palinomorfos do registro palinológico alcançou os menores valores ao longo de todo o perfil, sugerindo que as condições climáticas eram mais secas que

6 402 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas as atuais ocasionando a desertificação do platô. A vegetação na região era menos densa sob a influência de um clima provavelmente semiárido. Na vereda da Fazenda Urbano, município de Buritizeiro (MG), Lorente et al. (2010) registraram que entre (~ anos cal AP) e anos AP (~ anos cal AP), a vegetação era caracterizada pelo predomínio arbustos e ervas, representados principalmente por Poaceae, Asteraceae, Rubiaceae e Drosera. A fitofisionomia associada a este intervalo foi comparável e/ou semelhante à de Campo Limpo, que se caracteriza como uma formação campestre predominantemente herbácea, com raros arbustos dispersos e ausência de árvores. Segundo os autores, os dados palinológicos sugeriram que as condições climáticas durante este intervalo de tempo eram mais secas que as atuais, condições estas semelhantes e/ou comparáveis ao clima semiárido. Os registros palinológicos de Lagoa Santa, obtidos na Lagoa Olhos D Água e Lagoa dos Mares (De Oliveira, 1992; Raczka 2009; Raczka et al. 2012), demonstram que durante o período de transição Pleistoceno/Holoceno a paisagem era composta por uma vegetação rica em elementos de floresta típica de cerrado, em associação com elementos de florestas de clima mais frio. Durante o UMG, a região de Lagoa Santa aponta a presença de táxons característicos de clima frio, como Podocarpus, Myrsine, Hedyosmum e Araucaria associados com altos níveis nas porcentagens de Cyperaceae e valores constantes nas porcentagens de algas, o que sugere um clima mais frio e úmido, e não frio e seco. As análises realizadas na região de Lagoa Santa (Raczka 2009; Raczka et al. 2012) apoiam a observação feita por (Cruz et al. 2006; 2007), que sugere a presença de um clima mais úmido ao final do Pleistoceno. Com base em dados provenientes de espeleotemas da Caverna Botuverá, (Cruz et al. 2007) mostra que durante o UMG o Brasil estava sob influência de um clima de monção. Os mecanismos climáticos de umidade durante o UMG seriam afetados pela mudanças de temperatura entre o continente e o mar, o que influenciaria os padrões de circulação atmosférica que controlam o sistema de monção no continente sul-americano (SASM) (Cruz et al. 2006; 2007). Durante o final do período Pleistoceno foi observado um gradual aumento na temperatura, o que possibilitou que novas espécies surgissem no registro palinológico das Lagoa Olhos d Água e Lagoa dos Mares (Raczka 2009; Raczka et al. 2012). Esta rara composição florística, em que elementos de cerrado coexistiram com táxons de florestas temperadas (Araucaria, Ericaceae, Hedyosmum, Myrsinaceae, Podocarpus, Protium e Sapindaceae), que agora estão restritos a altas elevações ou a baixas latitudes no Brasil, sugere a presença de um mosaico floresta/cerrado, sem análogos modernos (Raczka, 2009; Raczka et al. 2012). A análise de gases nobres em águas subterrâneas da região semiárida no estado do Piauí, Nordeste do Brasil, permitiu estimar que a temperatura média durante o UMG foi 5º C mais baixa do que a temperatura média atual (Stute et al., 1995), indicando que no final do Pleistoceno as condições climáticas eram mais frias do que as atuais, concordando em linhas gerais com a diminuição das temperaturas indicadas em estudos palinológicos realizados em Minas Gerais, tais como nas localidades de Salitre, Lagoa de Serra Negra e Lagoa dos Olhos d Água (Ledru, 1993; De Oliveira, 1992), e posteriormente registrados no Brasil Central, como em Cromínia e Águas Emendadas (Ferraz- Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996; Barberi et al., 2000).

7 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi Paleoclima do cerrado durante o Holoceno ( anos AP ao presente) Após o término da última grande glaciação pleistocênica, inicia-se um período de clima mais quente, o Holoceno, cujo início é, por convenção, fixado em anos AP. A característica principal, em termos paleoclimáticos, deste período geológico mais recente é o aquecimento de âmbito global ocorrido na transição com o período anterior (Fontana et al., 2012). Além desta mudança climática global que caracteriza o início do Holoceno, este período foi marcado por variações significativas na circulação atmosférica que impactaram de forma diferenciada a paisagem, a vegetação, e as populações das diversas regiões do globo. Assim como em outras regiões, estas variações climáticas ao longo do Holoceno afetaram a região do bioma Cerrado, embora não de forma homogênea, devido à expressiva distribuição latitudinal deste bioma. Variações na órbita terrestre ao longo do Holoceno influenciaram de forma significativa o clima global; durante a primeira metade do Holoceno (entre e anos AP), a órbita terrestre passava mais perto do Sol durante o inverno do Hemisfério Sul (verão do Hemisfério Norte) (Berge, 1992; Fontana et al., 2012); assim o Hemisfério Sul recebia menor quantidade de insolação durante o verão, e maior quantidade de insolação durante o inverno. Isso gerava um menor gradiente anual de temperaturas neste hemisfério. As principais respostas climáticas a este padrão de insolação vigente na primeira metade do Holoceno foram o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) em direção ao sul durante o verão (do Hemisfério Sul) e uma menor intensidade e migração para o norte da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Em síntese, esta configuração atmosférica teve como consequência uma maior precipitação na região Nordeste do Brasil e um clima mais seco no Centro e no Sudeste durante o Holoceno inicial e médio (Dias et al., 2009; Cruz et al., 2009). Os registros paleoclimáticos estudados no Bioma Cerrado mostram, no entanto, um quadro relativamente complexo, indicando que estes padrões globais influenciaram de forma diferenciada as diversas regiões e que outros processos regionais ou locais devem também ter sido importantes no Holoceno Registros palinológicos do Holoceno no Cerrado Os registros palinológicos estudados em regiões de ocorrência da vegetação do Cerrado que abrangem todo ou parte do Holoceno são (Figura 1): Carajás (Absy et al., 1991); Lagoa de Serra Negra (De Oliveira, 1992); Lagoa dos Olhos d Água (De Oliveira, 1992 e Raczka, 2009; Raczka et al., 2012); Turfeira de Salitre (Ledru, 1993); Lago do Pires (Behling, 1995); Vereda Cromínia (Ferraz- Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996); Lagoa Santa (Parizzi et al., 1998); Vereda Águas Emendadas (Barberi et al., 2000); Lagoa da Confusão (Behling, 2002); Lagoa Nova (Behling, 2003); Lagoa do Caçó (Ledru et al., 2006); Turfeira Pau de Fruta (Horák, 2009); Vereda Urbano (Lorente et al., 2010); Lagoa dos Mares (Raczka, 2009; Raczka et al., 2012) e Vereda Laçador (Cassino & Meyer, 2013). Como mostra a Figura 1, grande parte destes registros se concentra na região sudeste do bioma. O Lago do Pires e a Lagoa Nova se encontram propriamente no domínio da Mata Atlântica, mas foram incluídos por estarem próximos à região de transição com o Cerrado e por registrarem a ocorrência de uma vegetação savânica em algumas fases do Holoceno. Estes registros palinológicos fornecem indícios sobre as mudanças que ocorreram na vegetação do Cerrado ao longo do Holoceno e embora vários fatores possam influenciar a composição e a

8 404 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas estrutura da vegetação, as mudanças climáticas podem ser consideradas o principal fator responsável por modificações da vegetação em escalas regionais. Portanto, a comparação e a correlação dos dados obtidos em registros distribuídos regionalmente permitem revelar estas mudanças climáticas. Figura 1. Localização dos registros palinológicos estudados no Cerrado Transição Pleistoceno Holoceno (entre e anos AP) Os registros palinológicos do Cerrado que abrangem a transição Pleistoceno- Holoceno são escassos. Destes registros, três, a Lagoa da Confusão, a Vereda de Águas Emendadas e a Vereda Urbano, apresentam um hiato deposicional ou uma escassa preservação de grãos de pólen neste período. Estes hiatos não são, no entanto, exatamente sincrônicos. Na Lagoa da Confusão (TO), a extensão cronológica do hiato não foi definida, mas este provavelmente abrangeu a parte final do Pleistoceno e o início do Holoceno. Em Águas Emendadas (DF), entre ca e anos cal. AP não houve deposição de turfa e todo este período é representado por uma camada de argila silto-arenosa. Na Vereda Urbano (MG), até ca anos cal. AP, havia uma vegetação do tipo Campo Limpo e o período entre ca e anos cal. AP não está representado no testemunho. Assim, estes três registros mostram já no final do Pleistoceno uma tendência à presença de uma vegetação mais aberta e de um clima mais seco e uma amplificação desta tendência no início do Holoceno já que a interrupção na deposição de turfa é possivelmente o resultado de um ressecamento parcial ou total dos sítios deposicionais. Na Vereda de Cromínia (GO), uma fase de clima seco, marcada pela baixa concentração de palinomorfos, se iniciou em aproximadamente anos cal. AP e se estendeu até ca anos cal. AP, embora desde anos cal. AP, a presença de táxons arbóreos já havia sofrido declínio e a vegetação já era predominantemente herbácea. No extremo norte da região ocupada pelo Cerrado, na Lagoa do Caçó (MA), a transição Pleistoceno Holoceno ( a anos cal. AP) foi

9 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi 405 marcada por uma drástica diminuição dos táxons arbóreos e por um aumento de poáceas, juntamente com a presença de espécies pioneiras como Cecropia, indicando também, embora não haja um hiato no testemunho, a presença de um clima mais seco. Na Turfeira de Salitre (Ledru, 1993), na região oeste de Minas Gerais, até ca anos cal. AP, a vegetação era caracterizada pela presença de matas inundadas e matas de Araucária e o clima era úmido e mais frio que o atual. A partir de anos cal. AP, ocorreu um marcado aumento dos táxons herbáceos e uma diminuição ou desaparecimento de vários táxons arbóreos, indicando a ocorrência de uma fase de clima mais seco, e ainda frio, que durou aproximadamente mil anos. Na Lagoa dos Olhos d Água, na região central de Minas Gerais, as temperaturas ficaram mais altas e o clima mais seco a partir de anos cal. AP, e a transição Pleistoceno-Holoceno foi um período de clima quente e semi-úmido, sob o qual se desenvolveu um mosaico de cerrado e mata semi-decídua. Situado na mesma região, o registro da Lagoa dos Mares indica que na transição Pleistoceno-Holoceno a paisagem era composta por uma vegetação rica em elementos de floresta típica do Cerrado, em associação com elementos de florestas de clima mais frio. Já na Vereda Laçador, situada muito próximo à Vereda Urbano, embora até anos cal. AP existam evidências de um clima mais frio e talvez mais seco que o atual, a transição do Pleistoceno para o Holoceno propriamente dita foi um período de expansão da vereda, com presença expressiva do buriti e de outras árvores do Cerrado, não obstante a vegetação herbácea continuasse muito abundante. O registro da Vereda Laçador indica, portanto, a presença de um clima quente e semi-úmido, semelhante ao atual entre ca e anos cal. AP. Outro registro que indica uma tendência de aumento da umidade no início do Holoceno é o registro de Carajás: neste local, em aproximadamente anos cal. AP findava uma fase de clima seco e de predomínio da vegetação herbácea e iniciava-se um período de expansão da floresta em torno do platô. Resumidos na Figura 2, estes dados indicam na transição Pleistoceno Holoceno o predomínio de um clima seco no Cerrado, apenas o registro da Vereda Laçador, e o de Carajás a partir de anos cal. AP, indicam um clima relativamente úmido neste período. Nota-se também que em Salitre houve de fato um período relativamente mais seco em aproximadamente anos cal. AP, mas foi uma fase bastante curta Primeira metade do Holoceno ( a anos AP) Assim como a transição Pleistoceno-Holoceno, grande parte da primeira metade do Holoceno não está representada no registro de Águas Emendadas. Nesta vereda, a deposição de turfa voltou somente em ca anos cal. AP, e a partir de então, a presença de Mauritia flexuosa e de táxons arbóreos do Cerrado indica a volta da umidade e a instalação de um clima semelhante ao atual. Na Vereda de Cromínia, um aumento da umidade também foi registrado após ca anos cal. AP pela instalação da vegetação atual. Na Lagoa do Caçó (MA), embora tenha havido um aumento da umidade em relação à fase final do Pleistoceno, predominaram um clima relativamente seco e uma vegetação mais aberta entre e anos cal. AP; posteriormente, um aumento progressivo de táxons arbóreos do Cerrado indica a presença de um clima mais úmido. Estes três registros mostram, portanto, em linhas gerais, um início do Holoceno mais seco, seguido de uma tendência de aumento da umidade a partir de aproximadamente anos cal. AP. Na região da Lagoa da Confusão, a volta da deposição de turfa e a instalação de uma vegetação do tipo Campo Cerrado e de matas de galeria no entorno do lago também ocorreu no Holoceno inicial, mas não foi datada com precisão.

10 406 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas Figura 2. Representação esquemática das mudanças climáticas interpretadas a partir de registros palinológicos: Lagoa do Caçó (Ledru et al., 2006); Carajás (Absy et al. 1991); Lagoa da Confusão (Behling, 2002); Vereda Águas Emendadas (Barberi et al., 2000); Vereda Cromínia (Ferraz-Vicentini & Salgado-Labouriau, 1996); Vereda Laçador (Cassino & Meyer, 2013); Vereda Urbano (Lorente et al., 2010); Lago do Pires (Behling, 1995); Lagoa Nova (Behling, 2003); Turfeira Pau de Fruta (Horák, 2009); Lagoa de Serra Negra (De Oliveira, 1992); Turfeira de Salitre (Ledru, 1993); Lagoa Santa (Parizzi et al., 1998); Lagoa dos Olhos d Água (De Oliveira, 1992; Raczka, 2009; Raczka et al. 2012) e Lagoa dos Mares (Raczka, 2009; Raczka et al. 2012). Na penúltima coluna estão representados os eventos de aumento e de diminuição de umidade detectados por Stríkis et al. (2011) em espeleotemas da Lapa Grande e na última coluna estão representados os períodos de maior e menor ocupação humana em sítios arqueológicos do Brasil Central de acordo com Araújo et al. (2005). Um padrão diferente foi determinado nos outros registros do Cerrado. Na Vereda Laçador, entre ca e anos cal. AP, houve uma retração da vereda e o aumento de elementos herbáceos, associados a uma mudança na composição das matas de galeria onde táxons como Ilex, Podocarpus, Myrsine, Symplocos e Drimys brasiliense passaram a ter uma presença significativa, convivendo com táxons mais típicos do Cerrado. Posteriormente, entre e ca anos cal. AP ocorreu uma grande expansão da Vereda Laçador e o desenvolvimento de uma vegetação do tipo Cerrado stricto sensu em seu entorno, indicando um clima quente e úmido. Após anos cal. AP, a tendência foi de aumento da vegetação herbácea e de retração da vereda, mostrando o início de uma fase mais seca. A provável existência de um hiato nesta porção do perfil da Vereda Laçador sugere que houve um ressecamento da vereda no final da primeira metade do Holoceno.

11 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi 407 Em um registro localizado na região de transição do Cerrado com a Mata Atlântica, o Lago do Pires, onde a sedimentação se iniciou em aproximadamente anos cal. AP, uma situação semelhante à da Vereda Laçador foi encontrada. Inicialmente, até anos AP, uma vegetação do tipo Campo Cerrado existia no entorno do lago, as matas eram restritas e as gramíneas eram abundantes. Esta fase de clima mais seco que o atual foi interrompida, entre e anos cal. AP, por uma fase de grande umidade, em que as matas de galeria se expandiram sobre o campo, inicialmente com o aumento de Cecropia seguida de outros táxons típicos de matas. Posteriormente, entre e anos AP, é novamente o Campo Cerrado que se expande sobre as matas, em uma nova fase de clima mais seco que o atual. O registro da Lagoa Nova, situada ao lado do Lago do Pires, mostra o mesmo padrão: entre e anos cal. AP, a vegetação era mais aberta e o táxon arbóreo mais abundante era Curatella, uma árvore típica do Cerrado sentido restrito; na fase seguinte, que se estende até ca anos cal. AP, os táxons arbóreos são mais diversificados e abundantes, indicando o desenvolvimento das matas; finalmente, entre e anos cal. AP, há uma nova expansão da vegetação campestre. No registro da Turfeira de Salitre, após a breve fase seca que marcou a transição Pleistoceno-Holoceno, iniciou-se uma fase de clima frio e úmido que se estendeu até ca anos cal. AP, em que as matas eram abundantes e nelas predominavam os táxons Ilex, Podocarpus, Symplocos, Araucaria e Drymis. Em seguida, um período de temperaturas mais altas e clima relativamente mais seco, entre e anos cal. AP, permitiu o desenvolvimento de uma mata semi-decídua; a partir de ca anos cal. AP, uma nova queda na umidade gerou uma diminuição significativa do extrato arbóreo e o aumento de poáceas. A Turfeira Pau de Fruta, situada sobre a Serra do Espinhaço em Minas Gerais, iniciou a sua formação em ca anos cal. AP e, até ca anos cal. AP, conviviam no local árvores da floresta semi-decídua e árvores da floresta montana; o Campo Cerrado ocupava áreas limitadas. O clima neste período deve ter sido mais úmido e um pouco mais frio que o atual. Embora a floresta semi-decídua tenha permanecido no local, o registro da turfeira Pau de Fruta mostra, entre aproximadamente e anos cal. AP, a ocorrência de uma queda na umidade, de um aumento na extensão do Campo Cerrado e uma maior presença de incêndios. A Turfeira Pau de Fruta registra várias oscilações na umidade no decorrer do Holoceno: após anos cal. AP a umidade volta a aumentar, permitindo uma expansão do Campo Úmido, novamente interrompida por uma fase seca em ca anos cal. AP. Em Carajás, o início do Holoceno foi um período de expansão da floresta no entorno do platô, e esta expansão atingiu o seu auge entre e anos cal. AP. Após aproximadamente anos cal. AP, o clima se tornou mais seco, como demonstra a diminuição ou desaparecimento dos táxons de floresta tropical e o predomínio de gramíneas. Dois registros, o de Lagoa de Serra Negra e de Lagoa dos Olhos d Água, indicam uma primeira metade do Holoceno sem grandes mudanças climáticas, com o predomínio de um clima úmido ou semi-úmido e quente. Três registros, o de Lagoa de Serra Negra, Lagoa dos Olhos d Água e Lagoa dos Mares, indicam uma primeira metade do Holoceno sem grandes mudanças climáticas, com o predomínio de um clima úmido ou semi-úmido e quente. No registro da Lagoa dos Mares, a partir de anos AP, a vegetação foi caracterizada pela presença de uma floresta de transição, onde os elementos de clima

12 408 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas frio como Araucaria, Ericaceae, Myrsinaceae, e Podocarpus ainda estavam presentes, porém em menor porcentagem que na transição Pleistoceno-Holoceno. Comparando os registros palinológicos do Cerrado durante a primeira metade do Holoceno, os sítios de Águas Emendadas, Cromínia e Lagoa do Caçó se diferenciam dos demais; eles indicam uma primeira metade do Holoceno predominantemente seca até ca anos cal. AP. Em outros seis registros Vereda Laçador, Lago do Pires, Lagoa Nova, Turfeira de Salitre, Turfeira Pau de Fruta e Carajás, é interessante observar a presença marcada de uma fase úmida pelo menos a partir de anos cal. AP (em Salitre e em Carajás esta fase se iniciou bem mais cedo), e foi interrompida por uma diminuição da umidade em ou anos cal. AP (na Vereda Laçador o início da fase seca foi datado em anos cal. AP, mas esta é uma idade interpolada e pode ser mais antiga). O início desta fase mais seca coincide, no entanto, com o início de uma fase mais úmida nos registros situados mais ao norte, Cromínia, Águas Emendadas e Lagoa do Caçó (Figura 2) Segunda metade do Holoceno (6.000 anos AP ao presente) Nas veredas de Águas Emendadas e de Cromínia e na Lagoa do Caçó, o clima quente e semiúmido, semelhante ao atual, que se instalou em ca anos cal. AP permaneceu até o presente (no registro de Cromínia não estão representados os últimos anos). Em Águas Emendadas um período de clima mais úmido foi registrado em aproximadamente anos cal. AP por um pico de Mauritia flexuosa. Na Lagoa da Confusão, a partir de anos cal. AP, uma maior quantidade de árvores do Cerrado e das matas de galeria indica condições mais úmidas que as vigentes na primeira metade do Holoceno. Quanto aos registros que demonstraram uma fase seca no final da primeira metade do Holoceno, as tendências climáticas passaram a divergir. Na Vereda Laçador, a tendência de diminuição da umidade se estendeu pela segunda metade do Holoceno e se intensificou a partir de aproximadamente anos cal. AP. Na mesma região, o registro da Vereda Urbano apresenta apenas duas amostras datando da segunda metade do Holoceno que demonstram a presença da vereda e de uma vegetação do tipo Cerrado sentido restrito ralo. Já no Lago do Pires, a fase seca que se iniciou em anos cal. AP foi temporária, a partir de ca anos cal. AP a umidade voltou a aumentar, permitindo a formação de grandes matas de galeria e o desenvolvimento de uma vegetação do tipo Cerrado sentido restrito no lugar do Campo Cerrado. Embora entre e anos cal. AP tenha sido registrada a presença de um Cerrado mais aberto, provavelmente devido à frequência de incêndios, condições úmidas prevaleceram no registro do Lago do Pires durante a segunda metade do Holoceno, e entre anos cal. AP e o presente, condições ainda mais úmidas, permitiram o adensamento das matas. O registro de Lagoa Nova confirma as características do Lago do Pires: a partir de anos cal. AP, após a fase seca que marcou o fim da primeira metade do Holoceno, a presença de um Cerrado mais fechado e de matas de galerias maiores e mais densas indicam um aumento da precipitação anual e uma diminuição na duração da estação seca. Na turfeira de Salitre, a fase seca durou um pouco mais, até aproximadamente anos cal. AP, posteriormente, a floresta semi-decídua voltou a se desenvolver no local marcando um aumento da precipitação. O testemunho da Turfeira de Salitre não registra os últimos anos. Na Serra do Espinhaço, a Turfeira Pau de Fruta mostra novamente várias oscilações de umidade ao longo da segunda metade do Holoceno, após anos cal. AP, a turfeira tende a se transformar em um

13 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi 409 pequeno lago e as matas se desenvolvem, apontando um clima bastante úmido, com um pico em anos cal. AP. Uma queda da umidade e das temperaturas por volta de anos cal. AP é indicada pelo aumento de táxons herbáceos e pelo aparecimento de Drimys brasiliense. Posteriormente, a umidade volta a aumentar ocasionando uma ligeira expansão da vegetação arbórea. Em Carajás, a fase seca de clima muito seco que se iniciou em anos cal. AP durou até aproximadamente anos cal. AP, a partir de então, voltaram a aparecer os táxons da floresta tropical e se estabeleceu a vegetação que ocorre atualmente no local. Na Lagoa de Serra Negra, houve a partir de anos cal. AP uma tendência de diminuição da umidade com o estabelecimento de uma vegetação savânica com matas de galeria em torno do lago. Inicialmente, por volta de anos cal. AP, uma breve fase de clima mais frio foi registrada pela presença de Podocarpus e Drymis. Apenas a partir de anos cal. AP, um clima mais úmido, semelhante ao atual se instalou na região. Outro registro palinológico que abrange a segunda metade do Holoceno foi coletado na Lagoa Santa, uma lagoa situada em uma região cárstica no centro do estado de Minas Gerais. A lagoa começou a se formar por volta de anos cal. AP e até anos cal. AP o clima era ainda muito seco como demonstra a baixa preservação de grãos de pólen e o predomínio de poáceas. Entre e anos cal. AP, um lago mais profundo já estava formado, permitindo uma melhor preservação dos palinomorfos; a vegetação típica do Cerrado se desenvolveu, assim como uma mata de galeria ao redor do lago. Entre e anos cal. AP, um clima ainda mais úmido permitiu a expansão da cobertura arbórea; em aproximadamente anos cal. AP, um período um pouco menos úmido é marcado pelo aumento de herbáceas, mas em seguida a umidade volta a aumentar. Na Lagoa dos Olhos d Água, situada muito próxima à Lagoa Santa, o registro também indica um aumento da umidade a partir de aproximadamente anos cal. AP, embora este registro não tenha confirmado a presença de um clima semi-árido no período anterior. Outro registro da mesma região, o da Lagoa dos Mares, indica poucas variações da umidade ao longo da segunda metade do Holoceno, embora haja indícios de um clima mais sazonal (com uma estação seca mais pronunciada) entre aproximadamente e anos cal. AP. Em síntese, quatro registros, Águas Emendadas, Cromínia, Lagoa do Caçó e Lagoa da Confusão (todos situados na porção noroeste do Cerrado), mostraram a partir de ca ou anos cal. AP um aumento da umidade, e durante a segunda metade do Holoceno o predomínio de um clima relativamente úmido, semelhante ao atual para estas regiões. Cinco outros registros, Lago do Pires, Lagoa Nova, Lagoa Santa, Salitre e Carajás, indicaram o predomínio de condições relativamente mais secas até pelo menos ou anos cal. AP, e somente a partir de então, houve um aumento de umidade. Na região do Lago do Pires e da Lagoa Nova só muito recentemente um nível de umidade semelhante ao atual foi atingido. Os registros da Vereda Laçador e da Turfeira Pau de Fruta não se enquadram em nenhum destes dois grupos. Na Vereda Laçador, após ca anos cal. AP, não houve nenhuma fase marcada pela tendência de aumento da umidade, como foi registrado nos outros sítios. Pelo contrário, na segunda metade do Holoceno, houve neste local uma tendência de progressiva diminuição da precipitação e aumento da estação seca. A Turfeira Pau de Fruta, por sua vez, registra várias oscilações na umidade e na temperatura ao longo da segunda metade do Holoceno. Duas fases de clima mais frio que o atual determinadas neste perfil, em ca anos cal. AP e em ca anos cal. AP, não ocorreram nas demais localidades estudadas no Cerrado. Estas ocorrências

14 410 Paleontologia: Cenários de Vida Paleoclimas são possivelmente explicadas pela situação geográfica da Turfeira Pau de Fruta, situada sobre a Serra do Espinhaço, uma região de maior altitude que os demais sítios e provavelmente mais sensível a diminuições nas temperaturas. 2.3 O Clima no Cerrado durante o Holoceno Discussão e Comparação com Outros Dados Paleoclimáticos Os registros palinológicos estudados no Cerrado indicam que o Holoceno foi marcado por importantes variações climáticas, especialmente no que se refere à quantidade de precipitação e à duração da estação seca. Estes registros sugerem ainda que estas variações não foram homogêneas em todo o bioma e até mesmo seguiram tendências contrárias em alguns períodos. Cruz et al., 2009, a partir da análise isotópica do oxigênio em espeleotemas de uma caverna do Rio Grande do Norte e comparação com um modelo geral de circulação, sugerem que a primeira metade do Holoceno (até anos AP) foi predominantemente mais seca (em relação ao clima atual) nas regiões amazônica, central e sudeste do Brasil e predominantemente mais úmida na região nordeste. Em linhas gerais, muitos registros palinológicos do Cerrado indicam de fato um clima mais seco na primeira metade do Holoceno, em relação ao Holoceno tardio. No entanto, dentro deste padrão geral há muitas oscilações e alguns sítios discordantes. Por exemplo, na Vereda Laçador, a fase mais úmida do Holoceno ocorreu entre e anos cal. AP e na segunda metade do Holoceno não houve outras fases de grande umidade como ocorre em outros registros. Possivelmente isto é uma consequência da posição geográfica da Vereda Laçador, relativamente próxima à região de transição para o clima atualmente semi-árido do Nordeste. Além disto, embora os outros registros demonstrem de fato um clima relativamente mais úmido no Holoceno tardio, a primeira metade do Holoceno não foi inteiramente marcada por um clima seco. Pelo menos uma fase úmida foi registrada em várias das localidades estudadas, entre aproximadamente e anos cal. AP. Esta fase foi seguida por um período bastante seco, cujo pico ocorreu em torno de anos cal. AP. Dados arqueológicos de sítios do Brasil Central compilados por Araújo et al. (2005) corroboram estas mudanças climáticas determinadas pelos registros palinológicos. De acordo com estes autores, após uma fase de intensa ocupação de sítios em cavernas e ao ar livre pelas populações pré-históricas, houve, a partir de aproximadamente anos cal. AP, um período de forte diminuição da população ou de deserção dos sítios na região central do Brasil (Hiato Arcaico). Muitos dos sítios arqueológicos estudados nesta região permaneceram desocupados até o Holoceno tardio. Araújo et al. (2005) sugerem que as populações pré-históricas se instalaram na região do Brasil Central no início do Holoceno sob um clima úmido e que, posteriormente, o advento de condições mais secas ocasionou a redução ou o deslocamento destas populações. Esta fase de clima úmido entre e anos cal. AP não foi registrada nas veredas de Águas Emendadas e de Cromínia, o que parece indicar que em algumas regiões o clima permaneceu seco durante todo o Holoceno inicial. Por outro lado, na região de Lagoa Santa, os testemunhos das Lagoas dos Olhos d Água e Lagoa dos Mares não registraram um período mais seco coincidente com o Hiato Arcaico, como foi o caso das demais localidades citadas. Stríkis et al. (2011) analisaram a composição isotópica do oxigênio em espeleotemas da caverna Lapa Grande, situada na região norte de Minas Gerais, e determinaram a ocorrência de

15 Karin Elise Bohns Meyer, Raquel Franco Cassino, Flávio Lima Lorente, Marco Raczka & Maria Giovana Parizzi 411 vários eventos de aumento da precipitação durante o Holoceno (Figura 2). Estes eventos tiveram duração de aproximadamente 300 anos para aqueles datando do Holoceno inicial e médio e entre 50 e 100 anos para os eventos mais recentes. Os eventos de aumento da umidade centrados em e em anos AP. coincidem com o período úmido registrado nos sítios palinológicos situados no estado de Minas Gerais. Stríkis et al. (2011) destacam que o evento centrado em anos AP foi o evento mais forte, ou seja, em que foi registrado o maior aumento de precipitação. Após este evento, os autores detectaram a ocorrência de uma fase seca, centrada em anos AP, também com duração de aproximadamente 300 anos, que coincide por sua vez com o início do período seco registrado em vários dos sítios palinológicos de Minas Gerais. Outros eventos de aumento da umidade determinados por Stríkis et al. (2001) não foram detectados nos registros palinológicos, os eventos centrados em e anos cal AP., por exemplo, ocorreram quando a maior parte dos registros palinológicos indicam um clima relativamente seco. É necessário ressaltar que a escala temporal da análise de espeleotemas, como o trabalho de Stríkis et al. (2011), é muito mais refinada que aquela dos registros palinológicos. Eventos climáticos curtos podem não ter impacto suficiente na vegetação para que sejam detectáveis nestes registros. A vegetação do Cerrado é muito sensível a mudanças na quantidade de precipitação, na duração da estação seca e na frequência de incêndios. Dados paleoclimáticos de várias fontes indicam que estes fatores variaram significativamente durante o Holoceno, modificando a paisagem do Cerrado ao longo do tempo. As diferentes áreas deste vasto bioma foram impactadas de forma distinta por mudanças climáticas de âmbito global. As mudanças climáticas que ocorreram ao longo do Holoceno, além de modificar as características da vegetação, impactaram também as populações humanas que viveram nesta região. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os estudos palinológicos visando às reconstituições paleoambientais no Cerrado brasileiro durante o Quaternário tardio, mostram respostas diferentes da vegetação deste bioma frente às mudanças no clima nas localidades estudadas, como resultado das diferenças de latitude, longitude, altitude e condições específicas dos depósitos sedimentares. Para o final do Pleistoceno (~ a ~ anos cal. AP) houve uma estação seca prolongada com condições climáticas mais frias do que as atuais nas localidades de Cromínia, Lagoa dos Olhos d Água, Carajás, Águas Emendadas e Buritizeiro, e, condições climáticas mais úmidas e mais frias do que as atuais na Lagoa dos Mares, Salitre e Lagoa de Serra Negra. Em termos florísticos, no intervalo de tempo entre (~ cal. anos AP) e anos AP (~ cal. anos AP), observou-se uma diminuição na diversidade de grãos de pólen, sendo registrada a presença da vegetação de Cerrado arbustivo ou campo, poucas matas com elementos de clima mais frio que o atual (e.g. Araucaria, Podocarpus, Hedyosmum e Cunoniaceae), alguns pântanos nas depressões e ausência de veredas. Durante a transição do Pleistoceno para o Holoceno houve o predomínio de um clima seco no Cerrado. No entanto na Vereda Laçador, e, em Carajás a partir de anos cal. AP. foi registrado um clima relativamente úmido.

45 mm EVIDÊNCIAS PALINOLÓGICAS DAS VARIAÇÕES PRETÉRITAS DA VEGETAÇÃO E DO CLIMA NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL, MINAS GERAIS, BRASIL

45 mm EVIDÊNCIAS PALINOLÓGICAS DAS VARIAÇÕES PRETÉRITAS DA VEGETAÇÃO E DO CLIMA NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL, MINAS GERAIS, BRASIL EVIDÊNCIAS PALINOLÓGICAS DAS VARIAÇÕES PRETÉRITAS DA VEGETAÇÃO E DO CLIMA NA SERRA DO ESPINHAÇO MERIDIONAL, MINAS GERAIS, BRASIL Ingrid Horák 1 ; Cynthia Fernandes Pinto da Luz 2 ; Pablo Vidal-Torrado

Leia mais

O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL

O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL [...] Não tinha inverno e verão em Brasília, tinha o tempo da seca e tempo das chuvas. Uma vez choveu onze dias sem parar, e as pessoas andavam quase cegas debaixo do aguaceiro,

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais

ECA_2ª etapa. 2. Observe os gráficos a seguir: Página 1 de 6

ECA_2ª etapa. 2. Observe os gráficos a seguir: Página 1 de 6 1. Analise os dois climogramas que seguem e, pelas informações que eles apresentam e pelos seus conhecimentos sobre o tema, identifique a classificação climática e a cidade onde ocorrem. a) 1) Equatorial

Leia mais

Geografia. Os Biomas Brasileiros. Professor Thomás Teixeira.

Geografia. Os Biomas Brasileiros. Professor Thomás Teixeira. Geografia Os Biomas Brasileiros Professor Thomás Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia PRINCIPAIS BIOMAS DO BRASIL Amazônia Extensão aproximada: 4.196.943 quilômetros quadrados. A Amazônia

Leia mais

Floresta Amazônica É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fe

Floresta Amazônica É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fe Biomas do Brasil Floresta Amazônica É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fechada). O solo desta floresta não

Leia mais

CLIMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS

CLIMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS CLIMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS Anglo Atibaia 1º ano Aulas 42 46 Professor Marcelo Gameiro CLIMAS DO MUNDO Climas do mundo Baixa latitude Média latitude Alta latitude ZONA INTERTROPICAL ZONA TEMPERADA ZONA

Leia mais

FORMAÇÕES VEGETACIONAIS AULA 7

FORMAÇÕES VEGETACIONAIS AULA 7 FORMAÇÕES VEGETACIONAIS AULA 7 Climas quentes Clima Equatorial Quente e úmido; Médias térmicas entre 24 a 28 C; Baixa amplitude térmica; Elevado índice pluviométrico, acima de 2.000 mm; Ex: Amazônia, Floresta

Leia mais

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS Profº Gustavo Silva de Souza Os Biomas Brasileiros O Brasil possui grande diversidade climática e por isso apresenta várias formações vegetais. Tem desde densas

Leia mais

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ESTUDO PALINOLÓGICO DA VEREDA DO JUQUINHA/CUBA, PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO CABRAL,

Leia mais

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Prof ª Gustavo Silva de Souza O bioma pode ser definido, segundo o IBGE, como um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de

Leia mais

Revisão de Geografia. 1ª prova do 4º Bimestre PROFESSOR DANILO. d) Polar e marítima CONTEÚDO AS MASSAS DE AR. a) Conceito. c) Massas de ar no Brasil

Revisão de Geografia. 1ª prova do 4º Bimestre PROFESSOR DANILO. d) Polar e marítima CONTEÚDO AS MASSAS DE AR. a) Conceito. c) Massas de ar no Brasil Revisão de Geografia 1ª prova do 4º Bimestre PROFESSOR DANILO a) Conceito CONTEÚDO AS MASSAS DE AR Massas de ar são porções da atmosfera que se deslocam e carregam consigo as características dos lugares

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Chuvas em todo o Estado do Maranhão em fevereiro de 2016 foram determinantes

Leia mais

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS ECO GEOGRAFIA Prof. Felipe Tahan BIOMAS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza relevo, clima, vegetação que se inter-relacionam

Leia mais

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia BIOMAS Professora Débora Lia Ciências/Biologia BIOMAS - Aquáticos Mares e oceanos Talássicos São as regiões com a maior variedade de vida do planeta, nem as florestas tropicais igualam-se às regiões litorâneas;

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As chuvas de novembro de 2016 se concentraram no centro-sul do Maranhão,

Leia mais

BIOMAS. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

BIOMAS. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade). BIOMAS Um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Caracterizado por um tipo principal de vegetação (Num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma

Leia mais

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia.

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia. Climatologia É uma parte da que estuda o tempo e o clima cientificamente, utilizando principalmente técnicas estatísticas na obtenção de padrões. É uma ciência de grande importância para os seres humanos,

Leia mais

Geografia. Climas Do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Climas Do Brasil. Professor Luciano Teixeira. Geografia Climas Do Brasil Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia CLIMAS DO BRASIL Tempo x Clima Tempo meteorológico estado momentâneo da atmosfera. Clima sucessão habitual

Leia mais

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia Biomas do Brasil Ciências Humanas e suas Tecnologias Professor Alexson Costa Geografia Biomas Biomas: conjunto de diversos ecossistemas. Ecossistemas: conjunto de vida biológico. Biomassa: é quantidade

Leia mais

ENSINO FUNDAMENTAL II

ENSINO FUNDAMENTAL II ENSINO FUNDAMENTAL II GEOGRAFIA PROFESSOR(A): RICARDO TEIXEIRA ALUNO(A): Nº SÉRIE: 7º ANO TURMA: TURNO: TARDE / /2019 A NATUREZA DO BRASIL 1- O clima tropical típico ou continental apresenta duas estações

Leia mais

Atividade do 3º trimestre - Disciplina: Geografia MARATONA DE EXERCÍCIOS REVISÃO DE N1 GABARITO

Atividade do 3º trimestre - Disciplina: Geografia MARATONA DE EXERCÍCIOS REVISÃO DE N1 GABARITO Centro Educacional Sesc Cidadania Ensino Fundamental Anos Finais Goiânia, 05/11/2018. 6º ano Turma: nº Nome do (a) Aluno (a): Professor(a): Diego Oliveira Atividade do 3º trimestre - Disciplina: Geografia

Leia mais

Formação Vegetal PROFESSORA NOELINDA NASCIMENTO

Formação Vegetal PROFESSORA NOELINDA NASCIMENTO Formação Vegetal PROFESSORA NOELINDA NASCIMENTO É uma comunidade de plantas e animais, com formas de vidas e condições ambientais semelhantes, cada bioma é representado por um tipo de vegetação. Um bioma

Leia mais

Gelo e Mudanças. Aluna: Luciane Sato

Gelo e Mudanças. Aluna: Luciane Sato Gelo e Mudanças Aluna: Luciane Sato Introdução A atual distribuição das plantas e animais foi muito afetada por eventos que ocorreram na história da Terra Especialmente devido aos eventos que ocorreram

Leia mais

. 01Questão: (UFRJ-RJ) O texto a seguir se refere aos grandes conjuntos climatobotânicos.

. 01Questão: (UFRJ-RJ) O texto a seguir se refere aos grandes conjuntos climatobotânicos. IV - REVISA CAESP HUMANAS 6ºANO 3ºBIMESTRE Nome: N o Turma: Prof.(ª): ELIELTON FUCKS Data: / /. 01Questão: (UFRJ-RJ) O texto a seguir se refere aos grandes conjuntos climatobotânicos. A vegetação é reflexo

Leia mais

AREA DE ESTUDllO. Fig. i- hreo de estudio. I c

AREA DE ESTUDllO. Fig. i- hreo de estudio. I c t A Lagoa de Cima é o local de aporte de aguas e sedimentos que circulam na microbacia do rio Imbé, uma das contribuintes à planicie deltaica do rio Paraiba do Sul (Argento. 1987). no municipio de Campos,

Leia mais

Geo. Monitor: Bruna Cianni

Geo. Monitor: Bruna Cianni Geo. Professor: Claudio Hansen Monitor: Bruna Cianni Climogramas e climas do Brasil 03/05 out RESUMO Como é feita a representação climática? O climograma são formas de representar graficamente os padrões

Leia mais

É importante que você conheça os principais biomas brasileiros e compreenda as características.

É importante que você conheça os principais biomas brasileiros e compreenda as características. Plantas e Ambiente Profª Carla Aquino Como sabemos, a Ecologia é um dos temas mais cobrados no Enem. Os biomas brasileiros estão entre os assuntos com mais chances de aparecer na prova, uma vez que o Brasil

Leia mais

Biomas brasileiros: Florestas

Biomas brasileiros: Florestas Biomas brasileiros: Florestas Prof Jéssica Macedo Ciências 2019 Os biomas florestados do Brasil Os biomas brasileiros que apresentam grandes áreas com predominância de algum tipo de floresta são: a Floresta

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O mês de janeiro de 2017 foi marcado, logo na primeira semana, por alguns

Leia mais

Geografia de Goiás. Prof. Brenner Paixão. 2º maior bioma do território brasileiro. Presente em uma área central do Brasil.

Geografia de Goiás. Prof. Brenner Paixão. 2º maior bioma do território brasileiro. Presente em uma área central do Brasil. Geografia de Goiás Prof. Brenner Paixão 2º maior bioma do território brasileiro. Presente em uma área central do Brasil. GO, DF, TO, MT, MS, MG, PA, BA, SP, MA, PI, AM. Obs. O cerrado é considerado um

Leia mais

ESPAÇOS CLIMÁTICOS E VEGETAÇÕES DA AMÉRICA

ESPAÇOS CLIMÁTICOS E VEGETAÇÕES DA AMÉRICA ESPAÇOS CLIMÁTICOS E VEGETAÇÕES DA AMÉRICA 8º ANO Geografia Prof. Esp. Franciane Borges Créditos: Zonas térmicas Altitude Amplitude térmica: é a diferença entre a temperatura máxima e a mínima, em determinado

Leia mais

Escola Estadual Senador Filinto Müller. Tipos De Clima

Escola Estadual Senador Filinto Müller. Tipos De Clima Escola Estadual Senador Filinto Müller Tipos De Clima Trabalho De Geografia Tipos De Clima Nome: João Vitor, Wuanderson N:09, 23. Equatorial Clima quente e úmido durante o ano todo, em regiões localizadas

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Climatologicamente, o mês de dezembro marca o período de transição entre

Leia mais

Localização : em áreas de baixas latitudes, ao longo da linha equatorial.

Localização : em áreas de baixas latitudes, ao longo da linha equatorial. Curso Completo Professor João Felipe Geografia Tipos de Clima No Brasil e no Mundo CLIMA EQUATORIAL Localização : em áreas de baixas latitudes, ao longo da linha equatorial. 1 Apresentam baixas pressões

Leia mais

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO DE VERÃO. Características do Verão

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO DE VERÃO. Características do Verão Instituto Nacional de Meteorologia INMET Coordenação-Geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa Serviço de Pesquisa Aplicada SEPEA Endereço: Eixo Monumental via S1 Sudoeste Fone: + 55 (61)

Leia mais

Distribuição Espaço-temporal das Queimadas no Bioma Cerrado no Período de 1992 a 2007*

Distribuição Espaço-temporal das Queimadas no Bioma Cerrado no Período de 1992 a 2007* 98 Introdução Distribuição Espaço-temporal das Queimadas no Bioma Cerrado no Período de 1992 a 2007* 1 1 ; 1 ; 1 1 No Brasil o Bioma Cerrado encontra-se localizado predominantemente no Planalto Central,

Leia mais

BIO GEOGRAFIA Dominios Morfoclimáticos

BIO GEOGRAFIA Dominios Morfoclimáticos BIO GEOGRAFIA Dominios Morfoclimáticos Domínio Morfoclimático É uma unidade do espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, a fitofisionomia, o solo e a altitude específicos (biomas). Alguns,

Leia mais

1 - Quais são os tipos de cerrado encontrados no Brasil? Explique suas diferenças

1 - Quais são os tipos de cerrado encontrados no Brasil? Explique suas diferenças 1 - Quais são os tipos de cerrado encontrados no Brasil? Explique suas diferenças 2 Explique como o ecossistema do cerrado pode resistir às queimadas e rapidamente se recuperar 3 Qual é a principal diferença

Leia mais

Climatologia -> um dos ramos da geografia

Climatologia -> um dos ramos da geografia Climatologia -> um dos ramos da geografia física que estuda o clima e o tempo e as relações entre fenômenos da atmosfera e outros elementos geográficos Destacar a diferença entre tempo e clima - tempo

Leia mais

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira. Geografia Aspectos Físicos e Geográficos - CE Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS - CE Clima: O clima do Ceará é predominantemente semiárido,

Leia mais

Ecossistemas Brasileiros

Ecossistemas Brasileiros Campos Sulinos Ecossistemas Brasileiros Estepe (IBGE, 1991) Mosaico campoflorestal Campos Sulinos Estepe (Campos Gerais e Campanha Gaúcha): Vegetação gramíneo-lenhosa com dupla estacionalidade (Frente

Leia mais

Unidade: S. Bernardo - Ensino Fundamental. AT. Geografia 2º Trimestre Gabarito. Prof. Sueli Onofre

Unidade: S. Bernardo - Ensino Fundamental. AT. Geografia 2º Trimestre Gabarito. Prof. Sueli Onofre Unidade: S. Bernardo - Ensino Fundamental AT. Geografia 2º Trimestre Gabarito Prof. Sueli Onofre 1. É a camada da atmosfera mais próxima da superfície terrestre, com uma altitude que varia entre 12 e 20

Leia mais

AULA CLIMA MUNDO. Prof. Diogo Máximo

AULA CLIMA MUNDO. Prof. Diogo Máximo AULA CLIMA MUNDO Prof. Diogo Máximo O clima de um lugar ou região é a sucessão habitual dos estados de tempo, ao longo do ano, sobre esse mesmo lugar ou região, ou seja, uma síntese anual do tempo. O estado

Leia mais

BIOLOGIA» UNIDADE 10» CAPÍTULO 1. Biomas

BIOLOGIA» UNIDADE 10» CAPÍTULO 1. Biomas Bioma: área do espaço geográfico, distribuída em várias partes do mundo, que apresenta uniformidade da fitofisionomia vegetal e de seus organismos associados; Principais determinantes do padrão de cada

Leia mais

A NATUREZA DO BRASIL: CLIMA E VEGETAÇÃO

A NATUREZA DO BRASIL: CLIMA E VEGETAÇÃO A NATUREZA DO BRASIL: CLIMA E VEGETAÇÃO A NATUREZA DO BRASIL (...) Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso (...) Hino Nacional Brasileiro A NATUREZA DO BRASIL: O CLIMA Os climas

Leia mais

Biomas Terrestres. Prof. Bosco Ribeiro

Biomas Terrestres. Prof. Bosco Ribeiro Biomas Terrestres Prof. Bosco Ribeiro Introdução São regiões de grande extensão onde se desenvolveu, predominantemente, um determinado tipo de vida, as quais são, em grande parte, distribuídas pela superfície

Leia mais

COLÉGIO LUCIANO FEIJÃO ENSINO FUNDAMENTAL ATIVIDADE DE FÉRIAS Ciências Humanas

COLÉGIO LUCIANO FEIJÃO ENSINO FUNDAMENTAL ATIVIDADE DE FÉRIAS Ciências Humanas COLÉGIO LUCIANO FEIJÃO ENSINO FUNDAMENTAL ATIVIDADE DE FÉRIAS Ciências Humanas Aluno(a): Série(Ano): Turma: Turno: Data: / / Professor(a): 1- Observe a figura abaixo. EXERCÍCIO ONLINE 6º ANO GEOGRAFIA

Leia mais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Degradação de Biomas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Degradação de Biomas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Degradação de Biomas Prof. Me. Cássio Resende de Morais Floresta Amazônica Ocupa 1/3 da América do Sul; Maior floresta

Leia mais

Geografia Física. Turmas: T/R Chicão. Aula 3 Biomas e Domínios Morfoclimáticos

Geografia Física. Turmas: T/R Chicão. Aula 3 Biomas e Domínios Morfoclimáticos Geografia Física Turmas: T/R Chicão Aula 3 Biomas e Domínios Morfoclimáticos Geografia Física Turmas TR 1 Sem Cartografia, escala, fuso horário, geologia e relevo 02/08 Dinâmica climática 16/08 Dinâmica

Leia mais

Lista de exercícios Aluno (a): Turma: 6ª série:

Lista de exercícios Aluno (a): Turma: 6ª série: Lista de exercícios Aluno (a): Turma: 6ª série: Professor: Yuri Disciplina: Geografia Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: É fundamental a apresentação de uma

Leia mais

OS FATORES DO CLIMA. Equador, portanto quanto maior a latitude, menores são as médias anuais de temperatura.

OS FATORES DO CLIMA. Equador, portanto quanto maior a latitude, menores são as médias anuais de temperatura. Os climas do Brasil OS FATORES DO CLIMA LATITUDE quanto mais nos distanciamos do Equador, portanto quanto maior a latitude, menores são as médias anuais de temperatura. BRASIL 93% zona Intertropical e

Leia mais

PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL

PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL NOVEMBRO/DEZEMBRO-2017/JANEIRO-2018 Cooperativa de Energia Elétrica e Desenvolvimento Rural OUTUBRO/2017 Perspectivas para La Niña de fraca intensidade e curta duração As

Leia mais

Fatores climáticos altitude. Inversão de proporcionalidade em relação à temperatura

Fatores climáticos altitude. Inversão de proporcionalidade em relação à temperatura Clima Fatores climáticos altitude Inversão de proporcionalidade em relação à temperatura Maior altitude menor temperatura 23 0 C 30 0 C Altitude Brasil Relevo de pequena variação altimétrica Pequena influência

Leia mais

Análise fitolítica e palinologia: vegetação e clima na costa norte do Espírito Santo, Brasil

Análise fitolítica e palinologia: vegetação e clima na costa norte do Espírito Santo, Brasil Análise fitolítica e palinologia: vegetação e clima na costa norte do Espírito Santo, Brasil Antonio Alvaro Buso Junior (1),MárciaReginaCalegari (2),LuizCarlosRuiz Pessenda (1), Flávio Lima Lorente (1),

Leia mais

Geografia. Climas do Brasil. Professor Thomás Teixeira.

Geografia. Climas do Brasil. Professor Thomás Teixeira. Geografia Climas do Brasil Professor Thomás Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia CLIMATOLOGIA BRASILEIRA O clima é formado pelo conjunto de todos os fenômenos climáticos. Já o tempo é o estado

Leia mais

2. MATERIAL E MÉTODOS

2. MATERIAL E MÉTODOS REGISTRO PALINOLÓGICO DO PLEISTOCENO TARDIO E HOLOCENO DO TALUDE CONTINENTAL DA BACIA DE CAMPOS, RJ, BRASIL LATE PLEISTOCENE - HOLOCENE POLLEN RECORD FROM THE CONTINENTAL SLOPE (OFFSHORE) OF CAMPOS BASIN,

Leia mais

Nº: VALOR DA AT: 2.0

Nº: VALOR DA AT: 2.0 Unidade: S. Bernardo - Ensino Fundamental ATIVIDADE DE GEOGRAFIA - 2 ªUL PROFESSORA: Sueli Onofre Data: - 6º ANOS NOME: Nº: Ano: VALOR DA AT: 2.0 NOTA: 1. É a camada da atmosfera mais próxima da superfície

Leia mais

AMÉRICA LATINA: ASPECTOS NATURAIS

AMÉRICA LATINA: ASPECTOS NATURAIS AMÉRICA LATINA: ASPECTOS NATURAIS BLOCO 10 AMÉRICA: LOCALIZAÇÃO AMÉRICA: REGIONALIZAÇÃO Regionalização Física Critério: distribuição das terras no sentido Norte-Sul. Dois grandes conjuntos: América do

Leia mais

PROVA DE GEOGRAFIA MÓDULO I DO PISM (triênio )

PROVA DE GEOGRAFIA MÓDULO I DO PISM (triênio ) QUESTÕES OBJETIVAS 01. Observe os mapas: PROVA DE GEOGRAFIA MÓDULO I DO PISM (triênio 2006-2008) Fonte: MORAES, Paulo Roberto. Geogafia Geral e do Brasil. 3. ed. São Paulo: HARBRA, 2005. Essas representações

Leia mais

Definição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado

Definição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado Definição Compreende-se como sendo uma Unidade Territorial com características naturais bem marcantes e que o individualizam. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado como sinônimo para identificar

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS P1-4º BIMESTRE 6º ANO FUNDAMENTAL II Aluno (a): Turno: Turma: Unidade Data: / /2016 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Compreender o conceito de bioma. Reconhecer fatores bióticos

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As massas de ar quente e seco começam a ganhar força no mês de julho

Leia mais

Geografia. Clima. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Clima. Professor Luciano Teixeira. Geografia Clima Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia CLIMA O Estado está inserido na zona intertropical. Duas tipologias climáticas dominam o Estado de Pernambuco, cada qual

Leia mais

Terminologia Vegetal Aciculifoliadas folhas em forma de agulha; Latifoliadas folhas largas e grandes; Perenes nunca perdem as folhas por completo; Caducas (decíduas) perdem as folhas antes de secas ou

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A Zona de Convergência Intertropical continuou atuando ao norte de sua

Leia mais

5.2 ANÁLISE DA EXPANSÃO DA REDE E A VERIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA TOPOGRÁFICA NA CONFIGURAÇÃO DAS CHUVAS.

5.2 ANÁLISE DA EXPANSÃO DA REDE E A VERIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA TOPOGRÁFICA NA CONFIGURAÇÃO DAS CHUVAS. 58 5.2 ANÁLISE DA EXPANSÃO DA REDE E A VERIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA TOPOGRÁFICA NA CONFIGURAÇÃO DAS CHUVAS. Este tópico analisa a distribuição espaço-temporal das chuvas mensais sobre a superfície belorizontina

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O destaque do mês de junho de 2016 foi o episódio de chuva e ventos

Leia mais

Figura 1 Altimetria média de Minas Gerais. (Autor: Carlos Wagner G A Coelho)

Figura 1 Altimetria média de Minas Gerais. (Autor: Carlos Wagner G A Coelho) 16 3. REGIÃO DE ESTUDO Primeiramente, se faz necessário tecer alguns comentários sobre o Estado de Minas Gerais que apresenta particularidades relacionadas ao meio ambiente que contribuíram para o entendimento

Leia mais

ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA

ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA Definição de DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS: Pode ser compreendido como uma região que apresenta elementos naturais específicos que interagem resultando em uma determinada

Leia mais

CERRADO CLIMA INTRODUÇÃO LOCALIZAÇÃO CLIMA. Mínimas absolutas atingem valores próximos ou abaixo de zero, podendo ocorrer geadas;

CERRADO CLIMA INTRODUÇÃO LOCALIZAÇÃO CLIMA. Mínimas absolutas atingem valores próximos ou abaixo de zero, podendo ocorrer geadas; CERRADO INTRODUÇÃO Cerrado. Cerrados. Diversos. Mosaico. Flora, fauna, água, minérios, gentes indígenas, quilombolas, caboclas, ribeirinhas, geraizeiras, agricultores familiares, fazendeiros, gentes das

Leia mais

Biomas terrestres. Gabriela Ferreira 6º ano

Biomas terrestres. Gabriela Ferreira 6º ano Biomas terrestres Gabriela Ferreira 6º ano Tundra Tundra é um tipo de vegetação rasteira típica de regiões polares que ficam cobertas por gelo durante grande parte do ano. Na época do verão, este gelo

Leia mais

Biomas no mundo. O conceito de bioma! Os tipos de Bioma

Biomas no mundo. O conceito de bioma! Os tipos de Bioma Biomas no mundo O conceito de bioma! Condições físicas e geográficas, tais como clima, topografia e solo são fatores determinantes no processo de seleção natural que leva a diferenciação das espécies.

Leia mais

Terminologia Vegetal

Terminologia Vegetal Efeitos da latitude e da altitude sobre os biomas. Terminologia Vegetal Aciculifoliadas folhas em forma de ; Coriáceas folhas, e normalmente ; Decíduas antes de secas ou invernos rigorosos; Latifoliadas

Leia mais

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Complexos Regionais Amazônia: Baixa densidade demográfica e grande cobertura vegetal. 2 3 Complexos Regionais Nordeste: Mais baixos níveis de desenvolvimento

Leia mais

Geografia. Prof. Franco.

Geografia. Prof. Franco. Geografia Prof. Franco Email: ffrancogeo@bol.com.br BIOMAS Bioma Tundra Taiga (Florestas Boreais) Florestas Temperadas Precipitação e umidade umidade e chuva moderadas umidade e chuva moderadas chuva

Leia mais

Duas dessas massas de ar são formadas nas proximidades do Equador:

Duas dessas massas de ar são formadas nas proximidades do Equador: GEOGRAFIA DO BRASIL Massas de ar Além da importância dos fatores climáticos estáticos (latitude e altitude), deve-se destacar também a atuação dos fatores dinâmicos sobre os climas encontrados no território

Leia mais

Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina:

Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina: Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina: O que são os fatores climáticos? Os fatores climáticos são responsáveis pela formação dos climas. Portanto, são eles que fazem o clima

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Em setembro de 2016 os números de queimadas se destacaram principalmente

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A Zona de Convergência Intertropical atuou ao norte de sua posição climatológica

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO A ocorrência de chuvas no sul do Estado diminui o número de focos de

Leia mais

GEOLOGIA GERAL E TIPOS DE VEGETAÇÕES MUNDIAIS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

GEOLOGIA GERAL E TIPOS DE VEGETAÇÕES MUNDIAIS. Prof ª Gustavo Silva de Souza GEOLOGIA GERAL E TIPOS DE VEGETAÇÕES MUNDIAIS Prof ª Gustavo Silva de Souza O que é a Geologia? A palavra geologia vem do grego e significa: ESTUDO DA TERRA. Geólogo é como chamamos quem estuda a geologia.

Leia mais

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo Aula Bioma e Vegetação Prof. Diogo Mapa Mundo Vegetação Classificação dos Vegetais Existem várias formas de classificação: 1º Porte: - Herbácea (correspondem áreas campestres). - Arbóreas (áreas de florestas).

Leia mais

1. Considere os climogramas e o mapa a seguir.

1. Considere os climogramas e o mapa a seguir. 1. Considere os climogramas e o mapa a seguir. Os climogramas I e II apresentam respectivamente os climas nas seguintes áreas: a) equatorial (A); tropical de altitude (D). b) tropical (A); semi-árido (E).

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DAS QUEIMADAS NO BIOMA CERRADO NO PERÍODO DE 1992 A

DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DAS QUEIMADAS NO BIOMA CERRADO NO PERÍODO DE 1992 A DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DAS QUEIMADAS NO BIOMA CERRADO NO PERÍODO DE 1992 A 2007. Gustavo Bayma Siqueira da Silva 1, Gabriel Pereira 1, Bruno Rodrigues do Prado 1, Antônio Roberto Formaggio¹, Yosio

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Condição de neutralidade do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico e Chuvas

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 17 CLIMOGRAMAS

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 17 CLIMOGRAMAS GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 17 CLIMOGRAMAS mm de chuva ºC 2 2 15 15 1 1 5 5 J F M A M J J A S O N D mm 35 3 2 15 1 3 ºC 4 3 2 1-1 -2 J F M A M J J A S O N D mm 35 3 2 15 1 3 ºC 4 3 2 1-1 -2 J F M A M J

Leia mais

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos. AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos. Relevo de Santa Catarina Clima de Santa Catarina Fatores de influência do Clima Latitude; Altitude; Continentalidade

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Chuvas foram predominantes em todo o Estado do Maranhão devido ao período

Leia mais

1. (FACERES) 2. (FATEC) 3. (UNIMES)

1. (FACERES) 2. (FATEC) 3. (UNIMES) 1. (FACERES) Característico das regiões localizadas em médias latitudes, como Buenos Aires, nas quais já começam a se delinear as quatro estações do ano. Tem chuvas abundantes e bem distribuídas, verões

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARÇO DE 2015 Março de 2015 não foi regular. O mês começou apresentando episódios significativos

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO Condições do tempo no Estado do Maranhão em Fevereiro de 2011 O mês

Leia mais

RELEVO - Picos. Pico da Neblina 2994 metros Pico 31 de março 2972,66 metros

RELEVO - Picos. Pico da Neblina 2994 metros Pico 31 de março 2972,66 metros RELEVO - Picos Pico da Neblina 2994 metros Pico 31 de março 2972,66 metros Localiza-se na Serra do Imeri, na fronteira com a Venezuela. Situa-se a apenas 687 metros de distância um do outro. Os dois picos

Leia mais

Conjunto de ecossistemas caracterizados por tipos fisionômicos vegetais comuns.

Conjunto de ecossistemas caracterizados por tipos fisionômicos vegetais comuns. OS BIOMAS BIOMAS Conjunto de ecossistemas caracterizados por tipos fisionômicos vegetais comuns. ECOSSISTEMA Comunidade de organismos (biocenose) junto com o ambiente físico e químico (biótopo) no qual

Leia mais

PROFª. MÔNICA GUIMARÃES GEOGRAFIA - 8º ANO

PROFª. MÔNICA GUIMARÃES GEOGRAFIA - 8º ANO PROFª. MÔNICA GUIMARÃES GEOGRAFIA - 8º ANO CARACTERÍSTICAS NATURAIS E CULTURAIS CARACTERÍSTICAS NATURAIS DO CONTINENTE AFRICANO A ÁFRICA APRESENTA ASPECTOS FÍSICOS DIVERSOS: RIOS CAUDALOSOS; EXTENSOS

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL PROF. MSC. JOÃO PAULO NARDIN TAVARES

CLIMAS DO BRASIL PROF. MSC. JOÃO PAULO NARDIN TAVARES CLIMAS DO BRASIL PROF. MSC. JOÃO PAULO NARDIN TAVARES Introdução O Brasil é um país de dimensões continentais, e a tropicalidade é uma de suas principais características, como já vimos. Ainda que se estenda

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO As chuvas ficaram abaixo da média histórica em quase todo o Estado do

Leia mais

Definição Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO Agosto marca o início do período seco no centro-norte do Maranhão. Nessa

Leia mais