IMPACTOS DO NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO SOBRE OS AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL IVONE CASTELLAR IMPACTOS DO NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO SOBRE OS AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA CRICIÚMA, AGOSTO DE 2005.

2 IVONE CASTELLAR IMPACTOS DO NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO SOBRE OS AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Monografia apresentada à Universidade do Extremo Sul Catarinense Unesc, como trabalho de Conclusão do Curso MBA em Gestão Empresarial. Orientador: Professor Doutor Dorval Mallmann CRICIÚMA, AGOSTO DE 2005.

3 Dedicatória Dedico este trabalho à Conceição, minha mãe.

4 Agradecimentos À cidade de Criciúma, que me permitiu participar de seu desenvolvimento. À Unesc, pelo conhecimento adquirido. À Celesc, pela experiência profissional. À Sebastião Hülse (in memoriam), pela inestimável fonte de incentivo, de apoio e de sabedoria expressa com a sua notável bagagem profissional, transmitida de forma inspiradora, nos momentos em que o esforço necessitou de luzes.

5 Só a educação liberta (Epicteto) 4

6 5 RESUMO Na era das rápidas e das bruscas mudanças da sociedade moderna, o setor elétrico brasileiro também passou a ser exigido de maneira diferenciada, necessitando que a sua cadeia formada pela geração, pela transmissão, pela distribuição e pela comercialização fosse pensada de modo diverso. Tal modelo precisa responder aos desafios do mundo globalizado, sendo imperativa a melhoria de seus resultados, considerados insatisfatórios nos aspectos de legislação; modicidade tarifária, expansão de capacidade, segurança do suprimento, qualidade do fornecimento, universalização do acesso e remuneração justa. A sua implementação resultou em impactos que, neste trabalho, são abordados e avaliados em suas múltiplas dimensões, por meio de extensa revisão bibliográfica e pesquisa da evolução histórica. A presente leitura, portanto, traz uma reflexão do estágio atual das transformações e das expectativas ainda não atingidas e realinhamentos necessários até a consolidação do novo modelo. Palavras-chave: Setor Elétrico Brasileiro. Novo Modelo. Impactos. Energia Elétrica.

7 6 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES ABCE ABRADEE ABRAGE ACL ACR AES SUL AES TIETÊ AMFORP ANEEL APGE BANDEIRANTE BEN BOA VISTA BORBOREMA CAIUÁ CCEAR CCEE CDE CDSA CEAL CEB CEEE CELB CELESC CELG CELPA CELPE CELTINS CEMAR CEMAT Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica Ambiente de Contratação Livre Ambiente de Contratação Regulada Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. AES Tietê S.A. American Share Foreing Power Company Agência Nacional de Energia Elétrica Área de Planejamento e Gestão Empresarial Bandeirante Energia S.A. Balanço Energético Nacional Boa Vista Energia S.A. Companhia Energética da Borborema Caiuá Serviços de Eletricidade S.A. Contratos de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado Câmara de Comercialização de Energia Elétrica Conta de Desenvolvimento Energético Centrais Elétricas Cachoeira Dourada S.A. Cia. Energética de Alagoas Cia. Energética de Brasília Cia. Estadual de Energia Elétrica Cia. Energética da Borborema Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. Cia. Energética de Goiás Centrais Elétricas do Pará S.A. Cia. Energética de Pernambuco Cia. de Energia Elétrica do Estado do Tocantins Cia. Energética do Maranhão Centrais Elétricas Mato-Grossenses S.A.

8 7 CEMIG CENF CEPISA CERJ CERON CESP CESP TIETE CFLCL CFLO CHESF CHESP CJE CLFM CLFSC CMSE CNEE CNPE CNPJ COCEL COELBA COELCE COOPERALIANÇA COPEL COSERN CPEE CPFL CPL CSN CVA DEMEI DMEPC DUKE-GP EDF Companhia Energética de Minas Gerais Cia. de Eletricidade Nova Friburgo Cia. Energética do Piauí Cia. de Eletricidade do Rio de Janeiro Centrais Elétricas de Rondônia S.A. Companhia Energética de São Paulo Cia. de Geração Elétrica Tietê Cia. Força e Luz Cataguazes Leopoldina Cia. Força e Luz do Oeste Companhia Hidroelétrica do São Francisco Cia. Hidroelétrica São Patrício Cia. Jaguari de Energia Cia. Luz e Força Mococa Cia. Força e Luz Santa Cruz Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico Cia. Nacional de Energia Elétrica Conselho Nacional de Política Energética Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica Cia. Campo-larguense de Energia Cia. de Eletricidade do Estado da Bahia Cia. Energética do Ceará Cooperativa Aliança Companhia Paranaense de Energia Cia. Energética do Rio Grande do Norte Cia. Paulista de Energia Elétrica Cia. Paulista de Força e Luz Consumidor Potencialmente Livre Companhia Siderúrgica Nacional Conta de Compensação dos Valores da Parcela A Departamento Municipal de Energia de Ijuí Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas Duke Energy International Geração Paranapanema Eletricité de France

9 8 EEB EEVP EFLUL ELEKTRO ELETROACRE ELETROBRÁS ELETROCAR ELETRONORTE ELETROPAULO ELETROSUL ELFSM EMAE ENERCON ENERGIPE ENERSUL EPE ESCELSA FORCEL FURNAS GW HIDROPAN IGUAÇÚ JOÃO CESA LIGHT MAE MAESA MBA MME MUXFELDT MW MWh ONS PCH Empresa Elétrica Bragantina S.A. Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S.A. Empresa Força e Luz Urussanga Ltda. Eletricidade e Serviços S.A. Cia. de Eletricidade do Acre Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Centrais Elétricas de Carazinho Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. Eletrosul Centrais Elétricas S.A. Empresa Luz e Força Santa Maria S.A. Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. Encontro Nacional de Energia e Eletricidade Empresa Energética de Sergipe S.A. Empresa Energética de Mato Grosso do Sul Empresa de Pesquisa Energética Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. Força e Luz Coronel Vivida Ltda. Furnas Centrais Elétricas S.A. Giga Watt Hidroelétrica Panambi S.A. Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda. Empresa Força e Luz João Cesa Ltda. Serviços de Eletricidade S.A. Mercado Atacadista de Energia Elétrica Machadinho Energética S.A. Master Business Administration Ministério de Minas e Energia Muxfeldt, Marin & Cia. Ltda. Mega Watt Mega Watt hora Operador Nacional do Sistema Elétrico Pequena Central Hidrelétrica

10 9 PIB PLD PMSO PND PROINFA RGE SAELPA SIN SUL PAULISTA SULGIPE TEP TRACTEBEL UBP UFRJ UFSC UNESC URL VR W Wh Produto Interno Bruto Preço de Liquidação de Diferenças Custos Operacionais que envolvem Pessoal, Materiais,Serviços de terceiros e Outros Programa Nacional de Desestatização Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica Rio Grande Energia S.A. Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba Sistema Interligado Nacional Cia. Sul Paulista de Energia Cia. Sul Sergipana de Eletricidade Tonelada Equivalente de Petróleo Tractebel Energia S.A. Uso do Bem Público Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal de Santa Catarina Universidade do Extremo Sul Catarinense Uniform Resource Locator Valor Anual de Referência Watt Watt hora

11 10 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Privatizações do Setor Elétrico Brasileiro TABELA 2 Empresas Geradoras de Energia Elétrica Associadas da ABRAGE TABELA 3 Atendimento ao Mercado de Distribuição TABELA 4 Instalações Energéticas Capacidade Instalada de Geração Elétrica MW TABELA 5 Contratos de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica... 57

12 11 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 Brasil Consumo de Energia Elétrica GRÁFICO 2 Concessionárias com distribuição superior a MWh/ano... 49

13 12 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Usina Hidrelétrica Itaipu FIGURA 2 Usina Hidrelétrica Machadinho, localizada no Rio Pelotas, entre SC e RS FIGURA 3 Detalhe do Sistema de Transmissão da Eletrosul FIGURA 4 Rede de distribuição em manutenção na cidade de União da Vitória PR FIGURA 5 Agentes Institucionais do Setor Elétrico Brasileiro FIGURA 6 Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica FIGURA 7 Diagrama Fases do processo de viabilização de um novo empreendimento PricewaterhouseCoopers FIGURA 8 Diagrama Fases para viabilização da construção de uma usina geradora PricewaterhouseCoopers... 54

14 13 LISTA DE ANEXOS ANEXO 1 Cronologia da História da Energia Elétrica no Brasil ANEXO 2 Relação da Legislação do Setor Elétrico ANEXO 3 Legislação do Novo Modelo do Setor Elétrico ANEXO 4 Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica e Contratos de Concessão

15 14 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Desenvolvimento do Setor Elétrico Construção do Novo Modelo Sistema Interligado Nacional Distribuição de Energia Elétrica Expansão do Mercado de Energia Elétrica O NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Legislação do Setor Elétrico Princípios Básicos do Novo Modelo Planejamento Energético Agentes Institucionais Comercialização de Energia Elétrica Regras de Comercialização Comercialização no Ambiente ACR Comercialização no Ambiente ACL Mercado de Curto Prazo Outorga de Concessão Disposições Finais e Transitórias IMPACTOS DO NOVO MODELO NOS AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Concessionárias e Contratos de Concessão Impactos Institucionais Impactos Societários e Empresariais Impactos Comerciais e Tarifários CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS... 68

16 15 1. INTRODUÇÃO Na era das rápidas e bruscas mudanças da sociedade globalizada moderna, o poder público brasileiro passou a delinear um novo modelo do setor elétrico. As novas regras estabelecidas para o mercado de energia elétrica vêm repercutindo diretamente sobre os envolvidos, sejam distribuidores, geradores, transmissores e comercializadores de energia elétrica. Esta monografia tem o objetivo de identificar os múltiplos impactos decorrentes desse novo aparato regulatório nos agentes de distribuição de energia elétrica - concessionários, permissionários e autorizados. Para que seja possível atingir essa meta, será realizada uma análise sobre o desenvolvimento do setor elétrico, ora privado, ora estatizado, e no momento, com nítida abertura a investimentos privados e com objetivos claros de competição. O trabalho apresenta a evolução histórica do setor elétrico brasileiro e sua estruturação física que compreende: o conjunto de usinas para produção de energia elétrica geração; o conjunto de subestações e linhas de transmissão que realizam o transporte de energia das usinas geradoras até as subestações distribuidoras transmissão; e o conjunto de subestações, alimentadores e redes distribuidoras que entregam energia ao consumidor final distribuição; além do segmento da comercialização que até então era um negócio acoplado à distribuição. Naturalmente, que as transformações propostas para a indústria de energia elétrica não se realizariam sem que uma nova regulamentação fosse estudada e aprovada pelos órgãos governamentais. Será apresentado, portanto, a legislação vigente além dos princípios básicos do novo arcabouço do setor elétrico que devem permitir atender, principalmente, às finalidades de: modicidade tarifária, expansão da capacidade do setor, segurança de suprimento, estabilidade do marco regulatório, remuneração justa e universalização do acesso à energia elétrica. As reformas implementadas pelo novo modelo do setor elétrico atingiram, sobremaneira, os agentes institucionais que tiveram suas funções e atribuições ampliadas em alguns casos, reduzidas em outros e até suprimidas; além disso, novos órgãos foram criados. Todas essas mudanças ocorreram com o objetivo de possibilitar que a estrutura de governança ofereça maior estabilidade ao capital utilizado pelos investidores do setor, possibilitando o aumento da oferta de energia elétrica.

17 16 No novo cenário, os agentes de distribuição estão obrigados à desverticalização de suas atividades, implicando na separação e na restrição das atividades relativas à concessão de serviço público de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Além disso, foi reduzida a flexibilidade para os agentes de distribuição contratarem energia elétrica acarretando, como conseqüência, sua exposição aos riscos do mercado. Embora a desverticalização, segundo Michael E. Porter, em sua obra Estratégia Competitiva, possibilite que os agentes modifiquem suas estratégias de decisão de preços, uma vez que passam a gozar de benefícios como ganho de eficiência, redução de pessoal na função de controle, informações mais rápidas e precisas, refletindo em contenção de custos por meio da realização de economias, existem impactos sofridos pela mudança de estrutura que se não forem resolvidos por uma ágil estrutura gerencial, no caso, agente institucional, podem acarretar danos à organização. Dessa forma, por ora, os impactos do novo modelo do setor elétrico brasileiro sobre os agentes de distribuição de energia elétrica podem ser de ordem tecnológica, de ordem institucional, de ordem societária, de ordem comercial, de ordem tarifária, de ordem tributária, e também, de ordem empresarial.

18 17 2. SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO 2.1. Desenvolvimento do Setor Elétrico A prestação de serviço público de energia elétrica, conforme estabelece a Constituição brasileira 1, é uma incumbência do poder público, diretamente ou sob concessão ou permissão. Ao longo de seu desenvolvimento o setor elétrico brasileiro teve períodos em que o Estado atuou diretamente, e períodos com nítida abertura a investimentos privados, mantendo, de uma ou de outra forma, a expansão da oferta de energia elétrica para atender a demanda requerida pelo desenvolvimento do país. Os empreendimentos pioneiros para utilização da energia elétrica no Brasil deramse a partir de empresas privadas, geralmente de pequeno porte e com atuação localizada. Os sistemas elétricos dessas empresas eram isolados, sem interligação entre si, abastecendo exclusivamente a região de atuação dessas pequenas empresas e limitando-se, em muitos casos, à sua cidade sede. Exemplos são a Empresa Força e Luz de Criciúma, que atuou na cidade de Criciúma, SC, tendo sido encampada pela Celesc Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A., e a Empresa Força e Luz de Urussanga Ltda., ainda hoje atuando como distribuidora de energia na cidade de Urussanga, SC. A Empresa Força e Luz de Urussanga Ltda. obtiveram autorização para funcionar como empresa de energia elétrica em 5 de setembro de 1945, através do Decreto Lei N do Presidente da República Getúlio Vargas. Essa fase pioneira de desenvolvimento da indústria de energia elétrica no Brasil ocorreu com a presença de capital privado nacional nas pequenas empresas e também com a participação de duas grandes empresas internacionais: a americana AMFORP - American Share Foreing Power Company e a canadense Light and Power Co. A partir da década de 50 intensificou-se a presença do Estado no setor elétrico brasileiro. Em nível do governo federal foram constituídas e passaram a atuar as empresas 1 BRASIL. Constituição. Brasília: Senado Federal. Disponível em:< O Artigo 21 da Constituição estabelece as competências da União, aí incluídas as relativas à exploração, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, dos serviços e instalações de energia elétrica; O Artigo 175 atribui responsabilidade ao poder público, na forma da Lei, pela prestação de serviços públicos, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão. 2 EFLUL - Empresa Força e Luz de Urussanga Ltda. Histórico. URL: <

19 18 geradoras e, em nível estadual foram constituídas as empresas estaduais concessionárias de distribuição de energia elétrica, algumas delas atuando também nos segmentos de geração e transmissão. Este modelo, idealizado ainda na década de 40 e decorrente da ordem mundial estabelecida após a 2ª Guerra Mundial, se caracterizava por ser um modelo estatal e verticalizado. Fortemente regulado pelo governo federal, o modelo manteve-se até o início dos anos 90. Durante esse período foram construídas grandes usinas hidrelétricas, deu-se início a interligação dos sistemas elétricos regionais, centralizou-se o planejamento e o comando do setor elétrico no governo federal, e as concessionárias públicas estaduais encamparam as pequenas empresas privadas. As dificuldades crescentes de obtenção de crédito no mercado internacional reduziram fortemente a expansão da capacidade de geração de energia elétrica no País. Os investidores internacionais impuseram novas condições para a concessão de financiamentos, principalmente a de que os novos projetos deveriam ser essencialmente privados, cumprindo ao Estado um papel de planejamento e de regulação. A cronologia da história da energia elétrica no Brasil (Anexo 1) organizada pelo Centro da Memória da Eletricidade no Brasil relaciona o período de 1975 a 1986 como um período em que o setor elétrico brasileiro teve importante presença do Estado. Exemplos marcantes da ação direta do Estado nesse período foram: a nacionalização da Light Serviços de Eletricidade S.A. em 1979; a entrada em operação, em 1984, da Usina Hidrelétrica Itaipu (Figura 1), maior hidrelétrica do mundo atualmente em operação com MW de capacidade instalada; e, no ano seguinte a entrada em operação da Usina Termonuclear Angra I, primeira usina nuclear do Brasil. 3 ELETROBRAS. Centro da Memória da Eletricidade no Brasil.URL: < O Centro da Memória da Eletricidade no Brasil foi instituído em 1986 por iniciativa da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS, com o objetivo de preservar a história da implantação e do desenvolvimento da indústria da eletricidade no país.

20 19 FIGURA 1 Usina Hidrelétrica Itaipu Fonte: Itaipu Binacional 2.2. Construção do Novo Modelo Na década de 90 um novo modelo setorial começou a ser implantado no setor, com uma orientação liberal e com o objetivo de reduzir a participação do estado, estabelecendo condições para a participação de empreendedores privados. Já a partir de 1988 intensificaram-se as ações voltadas à participação de capital privado nas empresas de energia elétrica. Em 1990 a Lei nº de 12 de abril de 1990 criou o PND - Programa Nacional de Desestatização e, em 1995 as empresas controladas pela Eletrobrás foram incluídas neste programa, tendo sido realizado o leilão de privatização da Escelsa Espírito Santo Centrais Elétricas S.A., inaugurando uma nova fase no setor elétrico brasileiro em consonância com a política de privatização do Governo Federal. As alterações, na política setorial, ocorridas na época tinham como premissas: estabelecer competição na geração e na comercialização de energia elétrica; desverticalizar as 4 Revogada pela Lei Nº 9.491, de 9 de setembro de 1997, que alterou procedimentos relativos ao Programa Nacional de Desestatização.

21 20 empresas concessionárias; e vender empresas estatais. As privatizações ocorridas em empresas do setor elétrico brasileiro foram predominantemente de empresas de distribuição de energia elétrica (Tabela 1). No ano de 2001 o Brasil passou por séria crise de energia elétrica causada por condições hidrológicas extremamente desfavoráveis e pela falta de investimentos em novas instalações de geração e em novas linhas de transmissão. A partir da crise de oferta ocorrida em 2001 o governo federal deu início à estruturação de um novo modelo para o setor, objetivando: Garantir segurança no suprimento; Promover a modicidade tarifária; Atingir estabilidade para o novo marco regulatório. As Leis do novo modelo do setor elétrico brasileiro foram aprovadas pelo Congresso Nacional em março de A definição da legislação ocorreu a partir de dezembro de 2003 com a edição das Medidas Provisórias Nº 144 e Nº 145 convertidas, respectivamente, nas Leis Nº e Nº , de 15 de março de Decretos posteriores trataram da regulamentação das Leis e da reformulação e criação de agentes institucionais BRASIL. Decretos: Nº 5.081, de 14 de maio de 2004; Nº 5.163, de 30 de julho de 2004; Nº 5.175, de 09 de agosto de 2004; Nº 5.184, de 16 de agosto de 2004; Nº 5.177, de 12 de agosto de Brasília. Senado Federal. Legislação Federal Brasileira. Disponível em: <

22 21 EMPRESA PRIVATIZADA ANO TABELA 1 PRIVATIZAÇÕES DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO REGIÃO DE CONCESSÃO ENERGIA DISTRIBUIDA (MWh/ano) NÚMERO DE CLIENTES ESCELSA 1995 ES LIGHT 1996 RJ CERJ 1996 RJ COELBA 1997 BA AES SUL 1997 RS (CO) RGE 1997 RS (N e NE) CPFL 1997 SP ENERSUL 1997 MS CEMAT 1997 MT ENERGIPE 1997 SE COSERN 1997 RN CDSA 1997 GO * - COELCE 1998 CE ELETROPAULO 1998 SP CELPA 1998 PA ELEKTRO 1998 SP / MS TRACTEBEL 1998 PR, SC, RS, MS ** - BANDEIRANTE 1998 SP CESP TIETE 1999 SP - BORBOREMA 1999 PB CELPE 2000 PE CEMAR 2000 MA ( * ) Empresa geradora, com 658 MW de potência instalada. ( ** ) Empresa geradora, com MW de potência instalada. Fontes: ABRADEE Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. URL: < ABCE Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica. URL: < A nova legislação do setor elétrico brasileiro será tratada com maiores detalhes na Seção 3. O setor elétrico brasileiro chega ao ano de 2005 sob novo marco regulatório, com privatizações de empresas do setor, e com novas inter-relações envolvendo as empresas públicas e privadas atuando nos segmentos de geração, transmissão, distribuição, e comercialização de energia elétrica.

23 22 No segmento de geração, segundo a ABRAGE - Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica, suas onze grandes empresas geradoras associadas, públicas e privadas, tem uma capacidade instalada de geração de ,66 MW, o que representa cerca de setenta por cento da capacidade instalada de geração no país. A Tabela 2 relaciona as empresas geradoras associadas da ABRAGE e sua TABELA 2 EMPRESAS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA ASSOCIADAS DA ABRAGE EMPRESA CAPACIDADE INSTALADA HIDRÁULICA MW capacidade instalada de geração hidráulica e térmica. CAPACIDADE INSTALADA TÉRMICA MW CAPACIDADE INSTALADA TOTAL MW AES TIETÊ 2.651,35 0, ,35 CDSA 658,00 0,00 658,00 CEMIG 5.932,00 133, ,00 CESP 7.456,30 0, ,30 DUKE-GP 2.307,00 0, ,00 CHESF ,30 492, ,27 COPEL 4.526,74 20, ,74 ELETRONORTE 5.660,00 899, ,00 EMAE 922,00 472, ,00 FURNAS 8.660,00 630, ,00 TRACTEBEL ENERGIA 5.779, , ,00 TOTAL EMPRESAS ABRAGE , , ,66 Fonte: ABRAGE Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica. URL: < No segmento de distribuição de energia elétrica a ABRADEE - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica informa que suas cinqüenta e uma concessionárias associadas, estatais e privadas, realizaram no ano de 2003 a distribuição de GWh de energia elétrica. Comparativamente ao consumo total de energia elétrica no país no ano de 2003, o atendimento pelas concessionárias associadas da ABRADEE representa cerca de noventa por cento da energia elétrica consumida no país (Tabela 3).

24 23 TABELA 3 ATENDIMENTO AO MERCADO DE DISTRIBUIÇÃO 2003 NÚMERO DE CONSUMIDORES DEZ/2003 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA GWh/ANO 2003 NUMERO DE MUNICÍPIOS ASSOCIADAS ABRADEE TOTAL BRASIL Fonte: ABRADEE - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. URL: < Sistema Interligado Nacional O sistema de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema de grande porte, de fonte hídrica e térmica, com predominância de geração hidrelétrica. O Sistema Interligado Nacional - SIN é formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Segundo o ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico, apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do país encontra-se fora do SIN, ou seja, em pequenos sistemas isolados. Sistema de Geração: Compreende o conjunto de usinas para produção de energia elétrica (Figura 2). Em 31/12/2003 a capacidade instalada de geração de energia elétrica no país era de MW, conforme o Balanço Energético Nacional de 2004 publicado pelo Ministério de Minas e Energia (Tabela 4). Deste total de potência instalada, MW correspondiam a usinas hidrelétricas, MW a usinas termelétricas, e MW a instalações nucleares. Segundo o ONS o Sistema Interligado Nacional contava com 566 usinas em 2002, número que subiu para 603 usinas no final de ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico. Sistema Interligado Nacional. URL: <

25 24 FIGURA 2 Usina Hidrelétrica Machadinho, localizada no Rio Pelotas, entre SC e RS. Fonte: MAESA Machadinho Energética S.A. URL: < Segundo dados atuais da ANEEL, atualizados até 10/05/2005 e disponíveis no website daquela Agência, a capacidade instalada de geração do país já é de ,24 MW, em empreendimentos em operação. Ainda conforme o website da ANEEL, está prevista para os próximos anos uma adição de ,4 MW na capacidade de geração do País, proveniente de 79 empreendimentos atualmente em construção e mais 516 outorgados. O perfil da matriz energética, com predominância da geração hidrelétrica, terá alguma diversificação através do PROINFA - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. O Programa, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia - MME, 7 ANEEL Agencia Nacional de Energia Elétrica. Banco de Informações de Geração. Capacidade de Geração Brasil. URL: <

26 25 objetiva a contratação de MW de energia no Sistema Interligado Nacional - SIN, produzidos por fontes eólicas, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, sendo MW de cada fonte. Sistema de Transmissão: Compreende o conjunto de subestações e linhas de transmissão (Figura 3) que realizam o transporte da energia elétrica das usinas geradoras às subestações distribuidoras. O sistema de transmissão nas tensões de 230 kv a 750 kv (segundo o ONS, dados de dezembro de 2003), conta com um total de km de linhas de transmissão e MVA de capacidade de transformação instalados em 316 subestações. FIGURA 3 Detalhe do Sistema de Transmissão da Eletrosul Fonte: Eletrosul S.A. ELETROBRÁS. PROINFA - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. URL: < A geração de MW a partir de fontes alternativas renováveis dobrará a participação na matriz de energia elétrica brasileira das fontes eólica, biomassa e PCH, que atualmente respondem por cerca de 3% do total produzido. O Brasil tem cerca de 41% da matriz energética baseada em energia renovável (a média mundial é de 14%), segundo dados do Balanço Energético Nacional - edição A entrada de novas fontes renováveis evitará a emissão de 2,5 milhões de toneladas de gás carbônico/ano, ampliando as possibilidades de negócios de Certificação de Redução de Emissão de Carbono, nos termos do Protocolo de Kyoto. 9 ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico. Sistema Interligado Nacional. Resumo da Operação do SIN em URL: <

27 Distribuição de Energia Elétrica O sistema de distribuição de energia elétrica (Figura 4) é o segmento responsável pela entrega da energia elétrica ao consumidor final. É também através do sistema de distribuição que têm ingresso os recursos no setor provenientes da venda de energia ao consumidor. Segundo o website da ANEEL, o mercado de distribuição de energia elétrica é atendido por 64 concessionárias, estatais ou privadas. FIGURA 4 Rede de distribuição em manutenção na cidade de União da Vitória PR. Fonte: Informativo WAW. URL: < 10 ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica. Informações do Setor Elétrico. URL: <

28 27 As concessionárias estatais estão sob controle dos governos federal, estaduais e municipais, e nas concessionárias privadas verifica-se a presença, em seus grupos de controle, de empresas nacionais, norte-americanas, espanholas e portuguesas. São atendidos cerca de 47,2 milhões de unidades consumidoras, das quais 85% são consumidores residenciais. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica ABRADEE, que reúne os principais concessionários de distribuição de energia elétrica, conta com 51 concessionárias associadas Expansão do Mercado de Energia Elétrica Até 2001 o mercado consumidor brasileiro apresentava um crescimento médio de 4,5% ao ano. O racionamento ocorrido em 2001 provocou uma mudança de hábitos de consumo na população e uma redução do ritmo da atividade econômica. Conforme o BEN - Balanço Energético Nacional 2004, publicado pelo Ministério de Minas e Energia, a capacidade instalada total de geração de energia elétrica no Brasil somava MW em 31/12/2003, compreendendo instalações de geração hidrelétrica, termoelétrica, e nuclear. A Tabela 4 relaciona a capacidade instalada em cada uma das regiões do país conforme o referido Balanço Energético. TABELA 4 INSTALAÇÕES ENERGÉTICAS - 31/12/2003 REGIÃO CAPACIDADE INSTALADA DE GERAÇÃO ELÉTRICA MW HIDRELÉTRICA TERMELÉTRICA NUCLEAR TOTAL SP APE TOTAL SP APE TOTAL SP APE TOTAL BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO OESTE Notas: SP - Serviço Público (inclui Produtores Independentes) APE - Autoprodutor (não inclui usinas hidrelétricas em consórcio com concessionárias de Serviço Público, como: Igarapava, Canoas I e II, Funil, Porto Estrela, Machadinho e outras). Fonte: MME Balanço Energético Nacional URL: <

29 28 O Gráfico 1 apresenta a variação do consumo de energia elétrica no Brasil no período , conforme dados extraídos do BEN Balanço Energético Nacional GRÁFICO 1: BRASIL CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA MIL TEP Observa-se a variação crescente do consumo, a queda ocorrida no ano de 2001 como conseqüência do racionamento, e a retomada de crescimento a partir de Conforme análise da ANEEL 11, em seu website, o mercado de energia elétrica deverá ultrapassar a casa dos 100 mil MW em O planejamento governamental de médio prazo prevê a necessidade de investimentos da ordem de R$ 6 a 7 bilhões/ano para expansão da matriz energética brasileira, em atendimento à demanda. Os investimentos futuros em energia deverão incluir centrais termelétricas a gás natural, assim como deverão ser ampliadas as importações de energia de países da América do Sul, o que significa maiores investimentos em linhas de transmissão. Novas oportunidades de negócios no mercado de energia elétrica nacional estão ligadas à oferta de novos empreendimentos de geração para exploração pela iniciativa privada e à construção de linhas de transmissão, bem como à privatização de ativos de sistemas de distribuição e de geração. 11 ANEEL Agencia Nacional de Energia Elétrica. Informações do Setor Elétrico. URL: <

30 29 O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade grandes extensões de linhas de transmissão e um parque produtor de geração predominantemente hidráulica. O mercado consumidor concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, mais industrializadas. Ao longo das últimas duas décadas, o consumo de energia elétrica apresentou índices de expansão bem superior ao Produto Interno Bruto - PIB, fruto do crescimento populacional concentrado nas zonas urbanas, do esforço de aumento da oferta de energia e da modernização da economia.

31 30 3. O NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO 3.1. Legislação do Setor Elétrico 12 O Anexo 2 deste trabalho contém a relação das Leis e Decretos que constituem a legislação básica do Setor Elétrico Brasileiro. O Anexo 3 contem cópias das Leis e dos Decretos do Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro, a seguir relacionados: Lei Nº de 15 de março de 2004, que autoriza a criação da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, e dá outras providências. Lei Nº de 15 de março de 2004, que dispõe sobre a comercialização de energia elétrica, altera legislação anterior, e dá outras providências. A estas Leis seguiram os seguintes Decretos: Decreto Nº 5.081, de 14 de maio de 2004, regulamentando os Arts. 13 e 14 da Lei de 27 de maio de 1998, e o Art. 23 da Lei de 15 de março de 2004, que tratam do Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS. Decreto Nº 5.163, de 30 de julho de 2004, regulamentando a comercialização de energia elétrica, o processo de outorga de concessões e as autorizações de geração de energia elétrica. Decreto Nº 5.175, de 09 de agosto de 2004 que constitui o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE, sob a coordenação direta do Ministério de Minas e Energia - MME, com a função precípua de acompanhar e avaliar a continuidade e a segurança do suprimento de energia elétrica, em todo o território nacional, de que trata o art. 14 da Lei de 15 de março de Decreto Nº 5.184, de 16 de agosto de 2004, que cria a Empresa de Pesquisa Energética - EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia MME. 12 A legislação de setor elétrico brasileiro está disponível no website da ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica. URL: <

32 31 Decreto Nº 5.177, de 12 de agosto de 2004, que autoriza a criação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, sob a regulação e fiscalização da ANEEL Princípios Básicos do Novo Modelo A Exposição de Motivos efetuada pela Ministra de Minas e Energia, Dilma Vana Rousseff, encaminhando a proposta de alteração do marco institucional e regulatório do Setor Elétrico Brasileiro, enumerou os princípios básicos para adequação do setor elétrico. Salientou a Ministra em sua exposição: Os princípios básicos para um arranjo institucional adequado ao Setor Elétrico devem permitir atender às seguintes finalidades: Modicidade tarifária para os consumidores; Continuidade e qualidade na prestação do serviço; Justa remuneração aos investidores, de modo a incentivá-los a expandir o serviço; Universalização do acesso aos serviços de energia elétrica e do seu uso. Continua a exposição da Ministra: Além disso, em sua implantação, devem ser observados os seguintes pressupostos: respeitar os contratos existentes; minimizar os custos de transação durante o período de implantação; evitar pressões tarifárias adicionais para o consumidor e criar ambiente propício à retomada de investimentos. Com isso, assegura-se a normalidade do processo e garante-se a desejada segurança jurídica. Os três primeiros princípios básicos enumerados pela Ministra são diretamente tratados na nova legislação. O quarto princípio, o da universalização do acesso e o do uso dos serviços de energia elétrica, é objeto de programa específico coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, denominado Programa Luz Para Todos MME Ministério de Minas e Energia. Exposição de Motivos ao Presidente da República para edição de Medida Provisória que altera os marcos institucional e regulatório do Setor Elétrico Brasileiro. EM Nº 00095/MME. Brasília, 11 de dezembro de ELETROBRAS. Programa Luz para Todos. URL: < O Programa Luz para Todos do Governo Federal tem o objetivo de levar energia elétrica para mais de 12 milhões de pessoas até Coordenado pelo Ministério de Minas e Energia com participação da Eletrobrás e das empresas controladas, tem um orçamento de R$ 7 bilhões.

33 32 A Lei Nº , de 15 de março de 2004, dispõe sobre a comercialização de energia elétrica e altera legislação anterior, e o Decreto Nº 5.163, de 30 de julho de 2004 regulamentou as regras de comercialização de energia elétrica e o processo de outorga de concessões e de autorizações do novo modelo do setor elétrico. As modificações introduzidas pela Lei Nº , de 2004, trouxeram novas perspectivas ao setor, permitindo que sejam retomados os investimentos na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A nova legislação do Setor Elétrico Brasileiro estabelece as condições mediante as quais sejam respeitados os princípios básicos que lhe deu origem. Assim, para assegurar a modicidade tarifária 15 para os consumidores, o principal instrumento é o leilão para contratação de energia pelas distribuidoras, com o critério de menor tarifa. Para garantir continuidade e qualidade, ou seja, a segurança de suprimento, a nova legislação estabelece os seguintes requisitos: Todos os agentes de consumo devem contratar 100% de sua carga; Cada contrato de venda de energia deve ter um lastro físico de geração, de forma que não existam contratos sem a correspondente capacidade física de suprimento. E para a adequada expansão do sistema elétrico, a construção de novos empreendimentos será viabilizada por meio das seguintes medidas: Leilões específicos para contratação de novos empreendimentos de geração de energia; Celebração de contratos bilaterais de longo prazo entre as distribuidoras e os vencedores dos leilões, com garantia de repasse dos custos de aquisição da energia às tarifas dos consumidores finais; Licença ambiental prévia de empreendimentos hidrelétricos candidatos. Este conjunto de medidas reduz substancialmente os riscos do investidor, possibilitando o financiamento do projeto a taxas mais atrativas, com benefícios para o consumidor. 15 Fixação de tarifa justa, e que possibilite a prestação dos serviços dentro de padrões aceitáveis e acessíveis aos usuários.

34 Planejamento Energético A Lei Nº , de 15 de março de 2004, regulamentada pelo Decreto Nº 5.184, de 16 de agosto de 2004 autoriza a criação da Empresa de Pesquisa Energética EPE. A Empresa de Pesquisa Energética EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, irá realizar estudos e pesquisas para subsidiar a formulação, o planejamento e a implementação de ações do governo federal no âmbito da política energética nacional. Com isso retorna para mais próximo dos órgãos governamentais a formulação da política energética e o planejamento da expansão do setor. Segundo o Art. 6º de seu Estatuto Social, compete à EPE : Realizar estudos e projeções da matriz energética brasileira; Elaborar e publicar o balanço energético nacional; Identificar e quantificar os potenciais de recursos energéticos; Dar suporte e participar das articulações relativas ao aproveitamento energético de rios compartilhados com países limítrofes; Realizar estudos para a determinação dos aproveitamentos ótimos dos potenciais hidráulicos; Obter a licença prévia ambiental e a declaração de disponibilidade hídrica necessárias às licitações envolvendo empreendimentos de geração hidrelétrica e de transmissão de energia elétrica selecionados; Elaborar estudos necessários para o desenvolvimento dos planos de expansão da geração e transmissão de energia elétrica de curto, médio e longo prazos; Promover estudos para dar suporte ao gerenciamento da relação reserva e produção de hidrocarbonetos no Brasil, visando à auto-suficiência sustentável; Promover estudos de mercado visando definir cenários de demanda e oferta de petróleo, seus derivados e produtos petroquímicos; Desenvolver estudos de impacto social, viabilidade técnico-econômica e sócioambiental para os empreendimentos de energia elétrica e de fontes renováveis; Efetuar o acompanhamento da execução de projetos e estudos de viabilidade realizados por agentes interessados e devidamente autorizados; 16 BRASIL. Senado Federal. Legislação Federal Brasileira. Decreto Nº 5.184, de 16 de agosto de 2004, Anexo III: Estatuto Social. URL: <

35 34 Elaborar estudos relativos ao plano diretor para o desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil; Desenvolver estudos para avaliar e incrementar a utilização de energia proveniente de fontes renováveis; Dar suporte e participar nas articulações visando à integração energética com outros países; Promover estudos e produzir informações para subsidiar planos e programas de desenvolvimento energético ambientalmente sustentável, inclusive de eficiência energética; Promover planos de metas voltadas para a utilização racional e conservação de energia podendo estabelecer parcerias de cooperação para este fim; Promover estudos voltados a programas de apoio para a modernização e capacitação da indústria nacional, visando maximizar a participação desta no esforço de fornecimento dos bens e equipamentos necessários para a expansão do setor energético; e; Desenvolver estudos para incrementar a utilização de carvão mineral nacional Agentes Institucionais As funções e atribuições dos agentes institucionais do setor elétrico brasileiro foram reduzidas em alguns casos e ampliadas em outros, a partir do novo marco regulatório. Ocorreram alguns casos em que as funções de alguns órgãos foram totalmente suprimidas e novos órgãos foram criados, como a EPE Empresa de Pesquisa Energética e a CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A estabilidade do novo marco regulatório advém da definição das funções e das atribuições dos agentes institucionais. O novo modelo esclarece o papel estratégico do Ministério de Minas e Energia, enquanto órgão mandatário da União; reforça as funções de regulação, fiscalização e mediação da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL; e organiza as funções de planejamento da expansão, de operação e de comercialização. Os Agentes atuantes do Setor Elétrico Brasileiro - privados ou estatais constituído por: concessionários de serviços públicos de distribuição de energia elétrica; permissionários, a exemplo das cooperativas de eletrificação rural; concessionários de

36 35 geração; produtores independentes e autoprodutores; comercializadores; e, por fim, os consumidores livres e os cativos; passam a conviver em um novo ambiente e com um novo arranjo institucional (Figura 5). Os Agentes Institucionais, a partir do novo modelo, tem as seguintes funções: CNPE Conselho Nacional de Política Energética Entidade que define a política energética nacional, cuja responsabilidade é garantir estruturalmente o suprimento; MME Ministério de Minas e Energia Órgão do Governo Federal responsável pela política energética do País. Cabe ao MME planejar, administrar, supervisionar e controlar a execução da política setorial com vistas ao desenvolvimento energético nacional; EPE Empresa de Pesquisa Energética Realização de estudos e pesquisas para subsidiar a formulação da política energética nacional; ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica Órgão regulador com o objetivo de regular e fiscalizar a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no Brasil. Cabe a ANEEL expedir contratos de concessão e autorizações para a exploração do Setor, bem como fiscalizar o serviço prestado, garantindo a qualidade do mesmo e o cumprimento dos direitos do consumidor; ONS Operador Nacional do Sistema Mantém as mesmas funções anteriores à reforma, de controlar a operação das instalações de produção de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional, garantindo a continuidade, qualidade e economicidade do suprimento de energia elétrica; CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica Órgão responsável por administrar a comercialização e a contratação de energia elétrica entre as empresas participantes do mercado, substituindo o MAE Mercado Atacadista de Energia Elétrica; CMSE Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Coordenado diretamente pelo MME, com a função de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento de energia elétrica em todo o território nacional.

37 36 CNPE Definição da política setorial EPE Estudos para formulação da política setorial MME Supervisão e controle da política setorial ANEEL Regulação e fiscalização ONS Operação da produção de energia elétrica Indústria de Energia Elétrica CCEE Comercialização de energia elétrica CMSE Monitoramento FIGURA 5 Agentes Institucionais do Setor Elétrico Brasileiro Fonte: Elaboração própria 3.5. Comercialização de Energia Elétrica Até 1998 os contratos de compra e venda de energia elétrica entre supridoras regionais e empresas distribuidoras, eram contratos de longo prazo. A partir de 1998 foi instituído o Mercado Atacadista de Energia Elétrica MAE, ambiente auto-regulado e apoiado em um contrato de adesão Acordo de Mercado - para ser o ambiente onde se processariam a contabilização e a liquidação centralizada no mercado de curto prazo. A compra e venda de energia elétrica dar-se-iam através de uma operadora - ASMAE - Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia Elétrica. A

38 37 ASMAE seria uma administradora de serviços do mercado atacadista, sendo uma sociedade civil de direito privado. O MAE da forma como estava constituído, não estava desempenhando as atribuições esperadas, comprometendo assim a expansão da oferta de energia elétrica. A Lei n , de 24 de abril de 2002, autorizou a criação do MAE - Mercado Atacadista de Energia Elétrica como pessoa jurídica de direito privado, submetido à regulamentação por parte da ANEEL, em substituição à antiga estrutura da ASMAE. O MAE foi constituído para processar as atividades comerciais de compra e venda de energia elétrica por meio de contratos bilaterais e de um mercado de curto prazo restrito aos sistemas interligados Sul/Sudeste/Centro Oeste e Norte/Nordeste. Em 2002 as compras de energia elétrica pelas distribuidoras deixaram de ser livres e passaram a ser feitas por meio de leilões públicos. A partir do Novo Modelo do Setor Elétrico, a comercialização de energia elétrica permanece sendo feita por meio de leilões, mediante contratação regulada através de um novo organismo, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. A criação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, a coloca como sucessora do Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE, alterando as competências e as relações entre os agentes existentes. A estrutura e a forma de funcionamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE ficou estabelecida através da Resolução Normativa N , de 26 de outubro de 2004 da ANEEL, que instituiu a Convenção de Comercialização de Energia Elétrica. Esta Convenção estabelece as condições de comercialização de energia elétrica e as bases de organização, funcionamento e atribuições da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE. As regras de comercialização de energia elétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações do novo modelo do setor elétrico, foram detalhadas através do Decreto Nº 5.163, de 30 de julho de Em notícia divulgada quando da assinatura deste Decreto, a Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia apresentou uma explanação detalhada sobre as novas medidas contidas no citado Decreto. 17 ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica. Legislação. Resoluções Normativas. URL: < 18 MME Ministério de Minas e Energia. Assessoria de Comunicação Social. Notícias. Governo federal regulamenta novo modelo do setor elétrico. Brasília, 30 de julho de URL: <

39 38 Tendo como referência a notícia divulgada pelo MME sobre cada um dos capítulos do Decreto Nº 5.163, apresentamos a seguir comentários e explanações sobre as diferentes questões tratadas no Decreto, acrescentando explicações, fazendo ilustrações ou destacando temas de maior relevância com o objetivo de facilitar o entendimento Regras de Comercialização O Capítulo 1 do Decreto Nº apresenta definições essenciais, destacando-se: Ambiente de Contratação Regulada ACR: no qual se realizam as operações de compra e venda de energia envolvendo as distribuidoras; Ambiente de Contratação Livre ACL: no qual as operações de compra e venda são livremente negociadas; Consumidor Livre: aquele atendido em qualquer tensão, que tenha exercido a opção de contratar energia elétrica, conforme as condições previstas nos Art. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de ; Consumidor Potencialmente Livre: aquele atendido em qualquer tensão, que por seu porte tem direito de optar por outro fornecedor de energia elétrica, mas que compra energia de suas distribuidoras; Agentes Vendedores: titulares de concessão, permissão ou autorização do Poder Concedente para gerar, importar ou comercializar energia elétrica; Agentes de Distribuição: titulares de concessão, permissão ou autorização de serviços e instalações de distribuição para fornecer energia elétrica a consumidor final exclusivamente de forma regulada. Além destas definições, o Capítulo 1 do Decreto Nº estabelece os princípios básicos para a segurança do suprimento: todo agente de consumo está obrigado a contratar 100% de sua carga; e cada contrato de venda de energia deve ter um lastro físico de geração, de forma que não existam contratos sem a correspondente capacidade de suprimento. BRASIL. Lei Nº 9.074, de 7 de julho de Brasília. Senado Federal. Legislação Federal Brasileira. Disponível em: < Art. 15. Respeitados os contratos de fornecimento vigentes, a prorrogação das atuais e as novas concessões serão feitas sem exclusividade de fornecimento de energia elétrica a consumidores com carga igual ou maior que KW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 KV, que podem optar por contratar seu fornecimento, no todo ou em parte, com produtor independente de energia elétrica. Art. 16. É de livre escolha dos novos consumidores, cuja carga seja igual ou maior que KW, atendidos em qualquer tensão, o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica.

40 39 A obrigação de contratar será verificada mensalmente e eventuais penalidades serão remetidas à Convenção de Comercialização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 20. O lastro físico de geração constará do respectivo contrato de concessão ou ato de autorização, e serão definidos pelo Ministério de Minas e Energia MME, levando em conta critérios gerais de garantia de suprimento a serem propostos pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE 21. O capítulo estabelece ainda o tratamento a ser dado quando o empreendimento de geração que serve de lastro para um contrato não é concluído a tempo, ou quando sofre indisponibilidade prolongada. Nestes casos, o responsável pelo empreendimento terá a obrigação de recompor o lastro físico de seus contratos de venda de energia, sem prejuízo de penalidades estabelecidas pela ANEEL Comercialização no Ambiente ACR A comercialização de energia elétrica no ambiente controlado é tratada no Capítulo 2 do Decreto Nº Disposições Gerais Para cumprir a obrigação de atendimento a 100% de sua carga, os distribuidores devem utilizar as seguintes formas de contratação: Leilões de compra de energia, a saber: o Leilões de energia proveniente de novos empreendimentos de geração; o Leilões de compra de energia proveniente de empreendimentos existentes; o Leilões de ajuste (nos quais também é adquirida energia proveniente de empreendimentos existentes). Aquisição de energia de geração distribuída. 20 A CCEE foi criada pelo Decreto Nº 5.177, de 12 de agosto de 2004, e tem por finalidade viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, nos termos do art. 4o da Lei Nº , de 15 de março de O CNPE foi criado pela Lei Nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e estruturado pelo Decreto Nº 3.520, de 21 de junho de 2000, sendo órgão de assessoramento do Presidente da República para a formulação de políticas e diretrizes de energia.

41 40 Além disto, no cumprimento dessa obrigação, serão também considerados os contratos decorrentes de: Energia contratada na primeira etapa do PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica; Aquisições anteriores à Lei No (ou seja, firmados antes de 16 de março de 2004); Energia proveniente de Itaipu Binacional; Compra de energia do supridor atual com tarifas reguladas (somente para distribuidoras de pequeno porte, com mercado inferior a 500 GWh/ano). O Decreto define o que é energia proveniente de novos empreendimentos e estabelece que o MME apresentará a lista de empreendimentos de geração aptos a participar dos leilões de novos empreendimentos, a partir de estudos da Empresa de Pesquisa Energética - EPE e de ofertas de investidores. O Decreto também define como usinas de geração distribuída as que estiverem conectadas diretamente às redes de distribuição das empresas compradoras. No caso de hidrelétricas, a capacidade está limitada a 30 MW; no caso de térmicas, não há limite de capacidade, mas sim o critério de um índice mínimo de 75% de eficiência energética, excetuando-se as usinas a biomassa e a resíduos de processo. Os empreendimentos de geração distribuída também terão lastro físico de geração, que poderá ser reduzido em caso de indisponibilidade. A contratação de geração distribuída deverá ser precedida de chamada pública e estará limitada, no total, a 10% da carga do distribuidor. Declaração de Necessidades Todo agente distribuidor, vendedor, autoprodutor ou consumidor livre tem a obrigação de declarar, em cada ano, sua previsão de mercado ou carga, para cada um dos cinco anos subseqüentes. Esta declaração será utilizada no planejamento da expansão do sistema. Cada agente de distribuição deve declarar, até sessenta dias antes de cada leilão de energia proveniente de empreendimentos existentes ou de energia proveniente de novos empreendimentos, os montantes de energia que deverá contratar nos leilões. Além disso, deve especificar a parcela de contratação dedicada ao atendimento a consumidores potencialmente livres. Esta especificação servirá para balizar possíveis reduções nos contratos.

42 41 Leilões para Compra de Energia Elétrica Opções para compra de energia elétrica no ACR, quais sejam leilões de: Energia proveniente de novos empreendimentos, realizados cinco anos antes do início da entrega da energia - chamados de leilões A-5 ; Energia proveniente de novos empreendimentos, realizados três anos antes do início da entrega - leilões A-3 ; Energia de empreendimentos existentes, realizados no ano anterior ao de início da entrega da energia - leilões A-1 ; e Ajustes, também de energia proveniente de empreendimentos existentes, com início de entrega em até quatro meses. Adicionalmente, é estabelecido o seguinte: Os editais dos leilões serão elaborados pela ANEEL observando diretrizes do MME, notadamente: o a utilização do critério de menor tarifa no julgamento; o o valor do pagamento anual pelo Uso do Bem Público - UBP, no caso de novas concessões; o uma fórmula que permite a participação nos leilões, em igualdade de condições, de investidores que pretendam utilizar parte da energia do empreendimento hidrelétrico leiloado para uso próprio ou para comercialização no ACL e outra parte destinada ao suprimento do consumidor cativo do ACR. A fórmula objetiva incentivar o investidor a destinar mais energia ao mercado regulado, o ACR, proporcionando um ganho a ser utilizado em benefício da modicidade tarifária; A definição do tratamento a ser dado, nos leilões de energia proveniente de novos empreendimentos, às usinas que obtiveram suas concessões com base em máximo pagamento de UBP, com o objetivo de compensar uma eventual desvantagem dessas usinas numa licitação por menor tarifa; O detalhamento das condições de participação de empreendimentos que entraram em operação a partir de 2000 nos leilões de energia proveniente de novos empreendimentos; O limite máximo para a quantidade de energia adquirida pelas distribuidoras nos leilões de energia proveniente de empreendimentos existentes. Este limite

43 42 (105% da reposição dos contratos da distribuidora que estejam vencendo) evita que as distribuidoras adquiram no futuro energia proveniente de empreendimentos existente no lugar de energia proveniente de novos empreendimentos que seria necessária para atender à expansão do sistema, o que poderia comprometer a segurança do suprimento; As regras para os leilões de energia proveniente de empreendimentos existentes durante o período de transição. O objetivo é permitir que a energia descontratada devido ao atual excesso de oferta em relação à demanda tenha desde já a oportunidade de ser contratada pelas distribuidoras, proporcionando maior tranqüilidade aos geradores e contribuindo para o funcionamento normal do modelo desde seu início de implantação; O limite máximo para o total de energia contratada pela distribuidora em leilões de ajuste (1% da carga da distribuidora), para impedir que o distribuidor opte por não contratar energia proveniente de novos empreendimentos que poderia levar ao desabastecimento. Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica Os vencedores de cada leilão de energia do ACR deverão firmar contratos bilaterais com todas as distribuidoras denominados Contratos de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado, CCEAR, em proporção às respectivas declarações de necessidade. A única exceção é o leilão de ajuste, onde os contratos são específicos entre agente vendedor e agente de distribuição. São especificadas as durações mínima e máxima para os CCEAR provenientes dos leilões A-5 ou A-3 (15 a 30 anos) e A-1 (5 a 15 anos) e estabelecida existência de cláusula arbitral. Detalham-se as duas modalidades de CCEAR: por quantidade de energia, nos quais o agente vendedor assume os riscos hidrológicos e por disponibilidade de energia, nos quais os agentes compradores assumem os riscos hidrológicos (e com isto podem adquirir energia por um preço mais reduzido). 22 Leilões tipo A-5, A-3, e A-1, são definidos na Seção 3 do Decreto 5.163, referindo-se à energia proveniente de: A-5 - novos empreendimentos, realizados cinco anos antes do início da entrega da energia; A-3 - novos empreendimentos, realizados três anos antes do início da entrega da energia; A-1 - empreendimentos existentes, realizados no ano anterior ao de início da entrega da energia.

44 43 Para os CCEAR decorrentes de leilões de energia proveniente de empreendimentos existentes, o Decreto estabelece três possibilidades de redução das quantidades contratadas: Compensação pela saída de consumidores potencialmente livres - os distribuidores, após utilizarem o mecanismo de compensação de sobras e déficits (mecanismo que fará parte da Convenção de Comercialização), poderão reduzir seus contratos no montante equivalente ao saldo não compensado devido à saída do consumidor livre; Redução, a critério da distribuidora, de até 4% do montante contratado para adaptar-se aos desvios do mercado face às projeções de demanda; Adaptação às regras estipuladas nos contratos de geração pactuados até 11 de dezembro de Nos três casos as reduções serão aplicadas uniformemente entre todos os CCEAR da distribuidora decorrentes de leilões de energia proveniente de empreendimentos existentes. Repasse às Tarifas dos Consumidores Finais Definição das condições de repasse dos custos de aquisição de energia às tarifas dos consumidores finais e do mecanismo para indução de eficiência na contratação das distribuidoras. Considerando que os contratos resultam de leilões, poderia parecer, à primeira vista, que todos os custos de aquisição de energia deveriam ser automaticamente repassados às tarifas dos consumidores finais. Entretanto, como a quantidade de energia que cada distribuidora adquire em cada leilão é uma decisão da própria distribuidora, os mecanismos de repasse passam a ser indutores à contratação eficiente. O primeiro mecanismo é o repasse de um valor único para compensar os custos de aquisição da energia proveniente de novos empreendimentos das distribuidoras. Este valor único, denominado Valor Anual de Referência - VR, é uma média ponderada dos custos de aquisição de energia em A-5 e A-3, calculado para o conjunto de todas as distribuidoras. Como conseqüência, a distribuidora que tiver um custo individual de contratação de energia proveniente de novos empreendimentos inferior a esta média do mercado terá um ganho. O VR é um estímulo para contratação eficiente em A-5, cujo custo de aquisição é inferior ao da energia contratada em A-3. O VR é aplicado nos três primeiros anos de

45 44 vigência dos contratos de energia proveniente de novos empreendimentos. A partir do 4º ano, os custos individuais de aquisição serão repassados integralmente. O VR também é usado como limite máximo para repasse dos custos de aquisição de energia proveniente de empreendimentos existentes nos leilões de ajuste e para a contratação de geração distribuída. Ainda com o objetivo de induzir a contratação eficiente, existem as seguintes limitações ao repasse: A distribuidora pode repassar os montantes contratados até 103% de sua carga. Este limite aumenta a segurança do sistema, pois reconhece a impossibilidade de uma previsão perfeita da demanda e estabelece o limite aceitável para erros nesta projeção, assegurando que os contratos sejam no mínimo iguais à carga; Quando a contratação em A-3 exceder 2% da demanda, o direito de repasse está limitado ao menor dentre os custos de contratação relativos a A-5 e A- 3 ; Se uma distribuidora contratar energia proveniente de novos empreendimentos em excesso para, posteriormente, ajustar-se descontratando energia proveniente de empreendimentos existente, provocará uma ineficiência no uso de recursos do país. Com o objetivo de inibir esta prática, caso a aquisição de energia proveniente de empreendimento existente seja menor que o limite inferior de contratação, o repasse do custo de aquisição de energia proveniente de novos empreendimentos correspondente a esse valor não contratado será limitado por um redutor. No período de transição, de 2005 a 2008, a contratação de energia proveniente de empreendimentos existentes nos leilões A-1 não deverá exceder a 1% da demanda, porque todos os leilões deverão ocorrer em O que exceder a este limite terá o repasse do custo de aquisição reduzido. Este mecanismo tem por objetivo incentivar as distribuidoras a contratar o máximo de suas necessidades no leilão de energia proveniente de empreendimentos existentes durante a transição, a ser realizado em Com o objetivo de manter a neutralidade dos repasses dos custos de aquisição de energia das distribuidoras, componentes da Parcela A da tarifa, a ANEEL poderá adotar, levando em conta os doze meses subseqüentes, metodologia de

46 45 cálculo para o reajuste tarifário, considerando o preço médio ponderado dos contratos de compra. Tendo em vista a mudança na metodologia de reajuste e ainda com o objetivo de manter a neutralidade dos repasses de custos componentes da Parcela A, as variáveis, resultantes dos custos de aquisição de energia elétrica não consideradas no reajuste tarifário anterior, serão contempladas nos mecanismos de compensação, a chamada CVA Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (Medida Provisória de 04/09/2001). Ademais, a ANEEL poderá, a partir de Janeiro de 2006, contemplar no reajuste ou revisão tarifária, a previsão dos custos com Encargos de Serviço de Sistema, outro componente da Parcela A, para os doze meses subseqüentes, ficando para a conta de compensação ou CVA apenas as eventuais diferenças com relação ao valor previsto e o valor efetivamente realizado Comercialização no Ambiente ACL No Capítulo 3 do Decreto Nº são apresentadas as regras gerais para o tratamento das relações entre os Consumidores Potencialmente Livres - CPL e as distribuidoras. Dentre as questões tratadas está a declaração do CPL que optar por comprar energia de outro fornecedor. O exercício desta opção deverá ser informado à distribuidora até quinze dias antes das declarações de suas necessidades de energia para o leilão A-1. A aquisição de energia de outro fornecedor poderá ser iniciada somente a partir de janeiro do ano subseqüente ao da declaração. O CPL poderá contratar junto a outro fornecedor uma parte ou a totalidade de sua carga. Os contratos que tenham prazos de denúncia diferentes terão suas condições respeitadas. É ainda estabelecido que se um consumidor livre optar por voltar a adquirir energia da distribuidora local deverá formalizar esta decisão com cinco anos de antecedência do início do fornecimento. A distribuidora poderá atendê-lo em prazo inferior, a seu exclusivo critério. No capítulo também são tratadas as especificidades da comercialização de energia no ACL para os agentes vendedores sob controle federal, estadual e municipal. Estes agentes deverão sempre observar os princípios da transparência, publicidade e igualdade de acesso a todos os interessados.

47 Mercado de Curto Prazo O objetivo do Mercado de Curto Prazo é a contabilização e a liquidação de diferenças entre os montantes de energia contratados e os efetivamente consumidos ou produzidos pelos agentes. Esta atividade será realizada mensalmente, tendo como base o Preço de Liquidação de Diferenças PLD que será publicado antecipadamente pela CCEE. O cálculo do PLD levará em conta a otimização do uso dos recursos eletro-energéticos para atendimento das cargas do sistema e deverá observar limites máximos e mínimos estabelecidos pela ANEEL Outorga de Concessão O Capítulo 5 do Decreto Nº especifica que os vencedores das licitações de usinas hidrelétricas receberão as respectivas concessões para os aproveitamentos e poderão optar entre o regime de serviço público e o de uso de bem público (produção independente e autoprodução). Os empreendimentos termelétricos somente serão autorizados se tiverem o suprimento de combustível assegurado Disposições Finais e Transitórias As principais disposições tratadas no Capítulo 6 do Decreto Nº são as seguintes: O Ministério de Minas e Energia deverá estabelecer metodologia para o cálculo das tarifas dos sistemas de transmissão, visando a sua estabilidade, e para o cálculo dos fatores de perdas aplicáveis à geração e ao consumo de energia elétrica. A ANEEL deverá disciplinar o cumprimento da obrigação de separação das atividades de distribuição daquelas de geração e transmissão. Até dezembro de 2005 os consumidores livres deverão regularizar suas redes particulares perante a ANEEL.

48 47 A partir de 2006, as distribuidoras deverão incorporar a seu patrimônio as redes particulares em suas áreas de concessão que não disponham de autorização. As distribuidoras poderão suspender o atendimento a usuários inadimplentes em mais de uma fatura mensal em um período de doze meses, à exceção dos de baixa renda. Se o usuário inadimplente for consumidor potencialmente livre e não for prestador de serviço público essencial, a distribuidora poderá exigir que o usuário inadimplente, para utilizar-se do serviço de distribuição, apresente contrato de compra de energia junto a outros vendedores. As parcelas de energia elétrica destinadas ao consumo próprio de autoprodutores e produtores independentes terão isenção de pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético CDE. Até a próxima data de reajuste ou revisão tarifária, as distribuidoras deverão assinar contratos distintos de conexão, de uso da rede de transmissão/distribuição e de compra de energia elétrica com os consumidores potencialmente livres.

49 48 4. IMPACTOS DO NOVO MODELO NOS AGENTES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Na Seção 2, item 2.4, deste trabalho, na qual falamos sobre a distribuição de energia elétrica no Brasil, relatamos que a ANEEL tem sessenta e quatro concessionárias registradas, estatais ou privadas, que atendem ao mercado de distribuição de energia elétrica. No mesmo item, também relatamos que a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica ABRADEE conta com cinqüenta e uma associadas dentre as concessionárias de distribuição. Sobre os impactos neste conjunto de empresas de distribuição de energia elétrica, causado pelo novo modelo do setor elétrico brasileiro, é que passaremos a discorrer Concessionárias e Contratos de Concessão As empresas concessionárias, prestadoras de serviços de distribuição de energia elétrica, têm suas atividades subordinadas aos contratos de concessão firmados com a Agência Nacional de Energia Elétrica. Estes contratos estabelecem, entre outras, as condições relativas à tarifa, regularidade, continuidade, segurança, atualidade e qualidade dos serviços e do atendimento prestado aos consumidores, e também definem penalidades em casos de irregularidades constatadas. Como o setor elétrico brasileiro vem passando por sucessivas transformações, os contratos de concessão da agência reguladora com os concessionários de distribuição apresentam alguns aspectos diferenciados entre si conforme tenha sido a época de sua assinatura. Existem contratos cujo objeto é o reagrupamento de concessões anteriores e prorrogação do prazo de concessão. Os novos contratos de concessão relativos à distribuição de energia, segundo explica a ANEEL 23, tem como prioridade o atendimento do mercado, com inclusão de populações de baixa renda e de áreas de menor densidade populacional, além 23 ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica. Contratos de Concessão. URL: <

50 49 de preverem medidas de combate ao desperdício de energia e de ações relacionadas às pesquisas voltadas para o setor elétrico. O Anexo 4 relaciona as concessionárias e respectivos contratos de concessão firmados com a ANEEL entre os anos de 1997 e São cinqüenta e seis concessionárias e cinqüenta e nove contratos de concessão de distribuição. Além destes contratos de concessão com concessionárias de distribuição de energia elétrica, a ANEEL tem sete outros contratos registrados, que incluem concessão de distribuição juntamente com concessão de geração e transmissão. Dentre as concessionárias de distribuição de energia elétrica apenas doze empresas distribuem, cada uma, mais do que MWh/ano, conforme ilustrado no Gráfico 2 a seguir. Energia Distribuida MWh/ano CEMIG ELETROPAULO CPFL COPEL CELESC BANDEIRANTE PIRATININGA COELCE CELPE CELG RGE CEEE Concessionárias com distribuição superior a MWh/ano GRAFICO 2 A Figura 6 ilustra as áreas de atuação das Concessionárias de Distribuição em cada um dos Estados. 24 O número de Contratos de Distribuição é superior ao número de Concessionárias porque a CEMIG Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A. têm relacionados quatro Contratos com a ANEEL.

51 50 CELPA CELTINS BOA VISTA CEMAR CEAM MANAUS ENERGIA RR AP CEPISA COELCE ELETROACRE OSERN CERON CEMAT CEB CELG CHESP AC AM RO MT MS PA TO DF GO SP MA PI BA MG CE ES RN PB PE AL SE BORBOREMA SAELPA CELPE CEAL ENERGIPE SULGIPE COELBA CATAGUAZES CEMIG DME ENERSUL FORCEL / COCEL / COPEL CELESC / URUSSANGA / IGUAÇU / ALIANÇA / JOÃO CESA AES SUL / CEEE / ELETROCAR / PANAMBI / RGE / NOVA PALMA / MUXFELDT / DEMEI RS PR SC RJ FIGURA 6 Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica Fonte: Elaboração própria ESCELSA SANTA MARIA CENF CERJ LIGHT BANDEIRANTE / BRAGANTINA / CAIUA / CPFL / CPEE / ELEKTRO / ELETROPAULO / NACIONAL / PARANAPANEMA / PIRATININGA / CLFSC / ELFSM / CLFM / SUL PAULISTA / CJE

52 Impactos Institucionais O Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro alterou ou acrescentou funções aos agentes envolvidos, de modo que a indústria de energia elétrica está submetida a novas exigências decorrentes deste cenário. Conforme salientamos na Seção 3, item 3.4 deste trabalho, onde tratamos das alterações introduzidas no cenário institucional pelos instrumentos do novo marco regulatório, as funções e atribuições dos agentes do Setor Elétrico Brasileiro foram reduzidas em alguns casos e ampliadas em outros, ocorrendo a supressão de algumas funções e a criação de novos órgãos, como a EPE Empresa de Pesquisa Energética e a CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Também destacamos que a estabilidade do novo marco regulatório advém da definição das funções e das atribuições dos agentes institucionais. E que o novo modelo esclarece o papel estratégico do Ministério de Minas e Energia, enquanto órgão mandatário da União; reforça as funções de regulação, fiscalização e mediação da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL; e organiza as funções de planejamento da expansão, de operação e de comercialização. Implantado o novo modelo, o sucesso da gestão governamental no setor elétrico dar-se-á através de: políticas públicas realistas e corajosas; planejamento competente para suprimento energético das necessidades do País; regulação responsável e isenta das atividades do setor. Através das políticas públicas o Governo sinaliza à sociedade as prioridades e diretrizes para o desenvolvimento da indústria de energia elétrica; Através do planejamento são definidas as metas a serem alcançadas em consonância com as políticas vigentes; E a regulação constitui-se no elo de ligação entre a legislação setorial e os mecanismos de mercado. A formulação de políticas públicas, o planejamento da expansão e a regulação do setor demandam tempo de maturação e de adaptação dos agentes à nova realidade.

53 52 As incertezas próprias dos processos de mudança manifestaram-se nos primeiros momentos do novo modelo. A revista Brasil Energia 25, publicava, em 30 de março de 2005, matéria onde advertia: A bomba-relógio que vai detonar um novo apagão energético já está engatilhada e pode explodir em Se a construção de novas fontes geradoras de energia não for iniciada com urgência, será muito difícil evitar outro racionamento no abastecimento de eletricidade antes do fim desta década. A mesma matéria traz questionamento do professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Adriano Pires, segundo o qual: os investidores privados, que poderiam suprir o que falta, estão reticentes em colocar mais dinheiro por causa da incerteza regulatória. [...] com instabilidade regulatória como é que alguém pode investir em infraestrutura se só amortizará o capital em 20 ou 30 anos. Embora tal afirmação tenha um sentido alarmista, trata-se de uma avaliação realista em relação ao futuro. Algumas opiniões chegam até mesmo a afirmar que mais importante do que um marco regulatório bem estruturado é sua capacidade e seu histórico de perenidade. No aspecto da perenidade, o processo de reestruturação da indústria de eletricidade no Brasil deixa muito a desejar, uma vez que desde 1990 tem passado por diversas e profundas mudanças. Além dos fatores regulatórios, os fatores políticos que envolvem as decisões para uma transformação tão radical no setor elétrico, preocupam o capital privado mesmo em se tratando das condições naturais e da remuneração que são bastante favoráveis para investimentos no setor. Outro ponto importante a ser considerado, segundo a empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers 26, se relaciona à complexidade da atual estrutura dos órgãos de gestão envolvidos na regência do setor, assim como às distintas fases do processo de viabilização de um novo empreendimento. Podemos visualizar essa complexidade através do diagrama apresentado pela empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers, na Figura Revista Brasil Energia. Matéria O desafio da ministra. Edição de 30/03/2005 p PricewaterhouseCoopers.Estudo do Novo Modelo do Setor Elétrico. Seminário julho/2004

54 53 FIGURA 7 Diagrama: Fases do processo de viabilização de um novo empreendimento PricewaterhouseCoopers Se houver agilidade em todas as fases apresentadas no diagrama anterior, é importante observar que para que se dê o início da construção de uma usina geradora a empresa de consultoria PricewaterhouseCoopers apresenta a seguir um outro diagrama simplificado com a transposição de diversas etapas, como mostra a Figura 8:

55 54 FIGURA 8 Diagrama: Fases para viabilização da construção de nova usina - PricewaterhouseCoopers Além da necessidade de vencer cada uma das etapas anteriores é importante lembrar que existem os riscos das obstruções ambientais que hoje escapam das decisões únicas dos órgãos da administração pública federal, os riscos de alterações oportunistas, além de projetos de má qualidade, falências, concordatas, impedimentos em desapropriações, etc. O governo federal deverá empreender a máxima atenção para aumentar as margens de segurança para um investimento de tal monta. Será decisivo, portanto, para os agentes distribuidores de energia elétrica que os investimentos em geração sejam correspondentes às expectativas e necessidades do setor.

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