Qualidade da água usada para o consumo em comunidades ribeirinha localizadas nos rios Purus, Solimões e Amazonas

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1 6th HYBAM Scientific 29-30/10/2015 Cusco Peru Qualidade da água usada para o consumo em comunidades ribeirinha localizadas nos rios Purus, Solimões e Amazonas Nilda G. P. Pantoja ; Luana M. Silva; Jéssica Ribeiro; André L. M. Santos; Tereza Cristina S. Oliveira Universidade Federal do Amazonas - UFAM Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais CPRM 1

2 DISPONIBILIDADE HÍDRICA Current UN Millennium development goals for drinking water.

3 DISPONIBILIDADE HÍDRICA Área de captação 6,15 milhões de km 2 ; Fluxo de material em suspensão de 600 a 800 bilhões de t.ano -1 (Filizola e Guyot, 2009). Rio Amazonas (Nilda G. P. Pantoja)

4 DISPONIBILIDADE HÍDRICA Ainda existem grandes dificuldades quanto ao acesso à água potável para as populações ribeirinhas Problemática: Vivemos na maior bacia hidrográfica do mundo, porém não temos acesso à água de boa qualidade para o consumo!

5 USO DA ÁGUA DO RIO EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS Geralmente, realizamos as coletas de água nos rios e olhamos as comunidades de longe...

6 USO DA ÁGUA DO RIO EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS Uso cotidiano da água

7 USO DA ÁGUA DO RIO EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS Uso da água para o consumo humano

8 OBJETIVOS DO ESTUDO Determinar indicadores de qualidade da água no rio, em diferentes fases hidrológicas, de onde é feita a captação de água para o consumo; Determinar indicadores de qualidade da água usada para beber nas residências das comunidades; Verificar a compatibilidade das águas estudadas com as normas vigentes no Brasil, para água superficial Resolução Conama 357/2005, e sobre a potabilidade a Portaria MS 2914/2011;

9 ÁREA DE ESTUDO C. Costa do Pesqueiro C. Menino Jesus C. S. José do Mato Grosso C. Iracema Projeto Dinâmica dos fluxos de sedimentos - CPRM

10 ÁREA DE ESTUDO Período de realização das coletas Junho/2014 cheia; Setembro/2014 vazante; Janeiro/ início de enchente; Março enchente Residências na época da cheia (Junho/2014). Residências na época da vazante (Setembro/2014).

11 ÁREA DE ESTUDO Município Siglas N Pontos Localização CRS 3 Coari CMS 3 Comunidade São José do Mato Grosso CRes 5 ARP 3 Anori AMP 3 Comunidade Menino Deus ARes 5 MRS 3 Manacapuru MMS 3 Comunidade Costa do Pesqueiro MRes 5 IRA 3 Iracema IMA 3 Comunidade de Iracema IRes 5 Total de 44 amostras por coleta = 24 amostras de água de rio 20 amostras de água de beber Total de 176 amostras nas 4 coletas para determinar 16 indicadores 11

12 ÁREA DE ESTUDO Distribuição dos pontos de coleta Costa do Pesqueiro -Manacapuru. PE= JUSANTE 12

13 ÁREA DE ESTUDO C. São José do Mato Grosso - Coari C. Menino Deus - Anori C. Costa do Pesqueiro - Manacapuru C. de Iracema - Itacoatiara 13

14 REGISTRO DO TRATAMENTO DA ÁGUA PARA O CONSUMO Capitação da água por bombeamento e diferentes formas de armazenamento

15 REGISTRO DO TRATAMENTO DA ÁGUA PARA O CONSUMO Decantação Adição de floculante (sulfato de alumínio (Al 2 (SO 4 ) 3 ) Como está a qualidade da água usada para beber? Potabilidade Não! Filtração Desinfecção

16 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Realização das coletas (a) (a) (b) (c) a) Coleta no rio; (b) Coleta da água na residência para análises físicas, químicas e microbiológicas; (c) Frascos de armazenamento para diferentes parâmetros.

17 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Diferentes formas de armazenamento da água usada para beber

18 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Indicadores de Qualidade Parâmetros Físicos Parâmetros Químicos Parâmetros Microbiológicos Temperatura, cor, CE, turbidez, STS ph, OD, cátions e ânions, e glifosato (Al 3+, Ca 2+, Fe Total, Si +, K +, Mg 2+, Cl -, SO 4 2- )

19 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Indicadores Microbiológicos Coliformes totais Coliformes fecais Enterococos Clostrídios Pseudomonas Heterotrófica Microrganismos causadores de doenças por veiculação hídrica: amebíase, giardíase, gastroenterite, febres tifoide e paratifoide, hepatite infecciosa e cólera 19

20 METODOLOGIAS ANALÍTICAS Parâmetros físicos e químicos Determinação dos ânions e glifosato Para a determinação dos íons metálicos (Al, Fe, Ca, Mg, Na, K, Si) ph e condutividade Métodos Cromatografia líquida - Cromatografo Iônico ICS 5000 DIONEX Espectrômetro de Emissão Ótica com Plasma Indutivamente Acoplado - ICP-OES 8000 PerkinElmmer. Potenciometria e condutometria Sonda multiparamétrica YSI Model FT Oxigênio Dissolvido Eletrométrico - Sonda multiparamétrica YSI Model FT Turbidez Sólidos totais suspensos Nefelométrico Gravimetria Cor Colorimetria Microbiologia Membrana filtrante - Contagem Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (SMWW) 22st, publicado pela APHA (2011)

21 RESULTADOS Existe diferença da qualidade da água entre os pontos ao centro do rio com os pontos da margem do rio?

22 RESULTADOS Tratamentos estatísticos Realizado Teste T (Action 2.9) para os parâmetros determinados nos três pontos a margem e os três ao centro do rio, verificou-se que não houve diferença significativa (α = 0,05) entre si. Informação Valor T 179,61301 Graus de Liberdade 5 P-valor 1,02E-10 Média Amostral 6, Desvio padrão amostral 0, Tamanho da amostra 6 Hipótese Alternativa: Diferente de 0 Intervalo de Confiança 95% Limite Inferior 6, Limite Superior 6, Exemplo: Teste T realizado para ph. 22

23 RESULTADOS Tratamentos estatísticos Teste Kruskal-Wallis (α = 0,05) Comparações Múltiplas Fatores Diferença Diferença Comparados Observada Crítica Diferença C.C - C.IE 16,58 10,77 Sim C.IE - C.V 12,25 10,77 Sim A.C - A.IE 12,00 10,77 Sim A.E - A.V 12,00 10,77 Sim A.IE - A.V 18,00 10,77 Sim M.C - M.IE 17,58 10,77 Sim I.C - I.IE 15,17 10,77 Sim I.IE - I.V 14,83 10,77 Sim Kruskal-Wallis qui-quadrado Graus de Liberdade P-valor 47, , Ares.IC - ARP.IC 54,3 118,6641 Não CRes.IC - MRS.IC 26,1 118,6641 Não MRes.IC - MRS.IC 68,8 118,6641 Não IRA.IC - IRes.IC 23,6 118,6641 Não Há diferença entre as fases hidrológicas? Há diferença entre entre as amostras do rio e das residências?

24 RESULTADOS STS C. S. J. Mato grosso Coari C. Menino Deus Anori mg L Rio Residências mg L Rio Residências Cheia Vazante Início da Enchente Enchente 50 0 Cheia Vazante Início da Enchente Enchente 350 C. Costa do Pesqueiro Manacapuru C. Iracema Itacoatiara mg L Rio Residências mg L Rio Residências 0 Cheia Vazante Início da Enchente Enchente 20 0 Cheia Vazante Início da Enchente Enchente

25 RESULTADOS Turbidez CONAMA 357/05 VMP 100 NTU MS Port. 2914/11 VMP 5 NTU 250 C. S. J. Mato Grosso - Coari (a) C, Menino Deus - Anori (b) NTU Rio Residências NTU Rio Residências Cheia Vazante Início da Enchente Enchente 50 0 Cheia Vazante Início Enchente Enchente C. Costa do Pesqueiro - Manacapuru (c) Iracema - Itacoatiara (d) NTU Rio Residências NTU Rio Residências 0 Cheia Vazante Início da Enchente Enchente 0 Cheia Vazante Início da Enchente Enchente

26 RESULTADOS Cor CONAMA 357/05 VMP 75 mg Pt L -1 MS Port. 2914/11 VMP 15 mg Pt L -1 Santos e Ribeiro, (1984) registraram 19,00 mg Pt L -1 no Purus mg Pt L C. S. J. Mato grosso (a) Coari Rio Residências mg Pt L C. Menino Deus Anori (b) Rio Residências 10 0 Cheia Vazante Início Enchente Enchente Cheia Vazante Início Enchente Enchente mg Pt L Cheia Vazante Início Enchente Enchente C. Costa do Pesqueiro (c) Manacapuru Rio Residências mg Pt L Cheia Vazante Início Enchente Enchente C. Iracema Itacoatiara Rio (d) Residências

27 Descarga líquidas (Q) e descargas sólidas (a) Q x QSTS (b) Q x QHCO 3- (c) Q x QCa 2+ HCO 3- > Ca +2 > Si + > NO 3- > SO 4-2 > Na - > Cl - > Mg 2+ > K + >

28 RESULTADOS 7,0 OD - rio CONAMA 357/05 VMP 5,00 mg L -1 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 2,29 5,52 1,34 4,56 1,24 5,35 2,13 5,79 1,0 0,0 CRS.C CRS.V CRS.IE CRS.E ARP.C ARP.V ARP.IE ARP.E MRS.C MRS.V MRS.IE MRS.E IRA.C IRA.V IRA.IE IRA.E OD (mg L -1 ) COARI ANORI MANACAPURU ITACOATIARA

29 RESULTADOS OD rio Influência natural ou antropogênica? CONAMA 357/05 VMP 5,00 mg L -1 (PIATAM jun/2013: 4 lagos = 0,95 a 1,85 mg/l) 5 pontos no Rio Solimões = 3,56 a 6,02 mg/l

30 RESULTADOS Resultados da análise bacteriológicas nas amostras de água das residências da comunidade Costa do Pesqueiro no município de Manacapuru/AM, nos períodos de início de enchente - IE (Janeiro/2015) e enchente - E (Março/2015). MS Port. 2914/11 VMP AUSENTE MRes1 MRes2 MRes3 MRes4 MRes5 jan/15 mar/15 jan/15 mar/15 jan/15 mar/15 jan/15 mar/15 jan/15 mar/15 Coliformes totais/100 ml Coliformes fecais/100 ml Enterococos/100 ml < 1 1 < 1 Pseudomonas aeruginosa/100 ml Clostrídios perfringens/100 ml N o UFC/mL

31 RESULTADOS Correlação de Spearman (p 0.05) Início da enchente - C. Costa do Pesqueiro - Manacapuru Matriz de Correlação: Spearman (p-valor 0.05; 95% de significância) - Temp. ph C.E. OD HCO 3 CorTurbide STS Cl NO 3 SO 4 Al 3+ Ca 2+ Fe Total K + Mg 2+ Na + Si + C.T C.F. Enteroc. Pseud. Clost.Heter. Temp. 1 0,70-0,70 0,35 0,30 0,70 0,70 0,60-0,50 0,50 0,60 0,30 0,70 0,20 0,30-0,10 0,50 0,31-0,71 0,50 0,20 0,31 0,56 ph 1-1,00 0,62 0,71-0,20 0,30 0,30 0,10 0,10 0,30 0,10 0,20 0,20 0,00 0,20-0,10 0,40 0,21-0,71 0,30 0,30 0,72 0,21 C.E. 1-0,62-0,71 0,20-0,30-0,30-0,10-0,10-0,30-0,10-0,20-0,20 0,00-0,20 0,10-0,40-0,21 0,71-0,30-0,30-0,72-0,21 OD 1 0,73-0,82-0,21-0,21-0,21 0,05 0,15-0,21-0,56 0,05-0,41-0,56-0,15-0,05 0,16-0,54 0,15 0,05 0,16-0,03 - HCO 3 1-0,71-0,35-0,35 0,35 0,00 0,71 0,35-0,35 0,35-0,71-0,35-0,71-0,35 0,73-0,25 0,71 0,71 0,36 0,54 Cor 1 0,70 0,70 0,10-0,10-0,30 0,10 0,80 0,00 0,80 0,80 0,50 0,60-0,41 0,00-0,30-0,30 0,10-0,10 urbidez 1 1,00 0,10-0,40-0,20 0,10 0,50 0,30 0,80 0,50 0,60 0,90-0,41-0,71-0,20-0,50 0,10-0,05 STS 1 0,10-0,40-0,20 0,10 0,50 0,30 0,80 0,50 0,60 0,90-0,41-0,71-0,20-0,50 0,10-0,05 Cl - 1-0,70 0,90 1,00-0,10 0,90-0,40-0,10-0,70-0,30 0,82 0,00 0,90 0,60-0,21 0,97 NO ,50-0,70 0,40-0,90 0,10 0,40 0,20 0,00-0,36 0,35-0,50 0,10 0,67-0,62 SO ,90-0,30 0,80-0,70-0,30-0,90-0,50 0,97 0,00 1,00 0,80-0,05 0,97 Al ,10 0,90-0,40-0,10-0,70-0,30 0,82 0,00 0,90 0,60-0,21 0,97 Ca ,30 0,70 1,00 0,40 0,60-0,36 0,00-0,30 0,00 0,67-0,21 Fe Total 1-0,30-0,30-0,50-0,10 0,67-0,35 0,80 0,30-0,36 0,87 [Al 3+ ] em residências 0,43 a 5,63 mg.l -1 K + 1 0,70 0,90 0,90-0,82-0,35-0,70-0,70 0,21-0,56 Mg 2+ MS Port. 2914/11 VMP 0,2 mg.l ,40 0,60-0,36 0,00-0,30 0,00 0,67-0,21 Na + 1 0,80-0,97-0,35-0,90-0,90 0,05-0,82 Si + 1-0,67-0,71-0,50-0,60 0,36-0,41 C.T 1 0,18 0,97 0,87-0,05 0,92 C.F. [Fe] em residências 0,31 a 0,49 mg.l ,00 0,35-0,18 0,00 Enteroc. 1 0,80-0,05 0,97 Pseud. MS Port. 2914/11 VMP 0,3 mg.l ,36 0,72 Clost. 1-0,13 Heter. 1

32 RESULTADOS Correlação de Spearman (p 0.05) em todas as coletas (p-valor 0.05; 95% de significância)

33 RESULTADOS PCA Análise de Componentes Principais 33

34 Pespectivas/Desafios Avançar com a realização de oficinas e produção de cartilhas para orientação sobre tratamento da água para consumo humano em comunidades ribeirinhas

35 Perspectivas/Desafios Herbicida - Glifosato Em todos os pontos avaliados os valores ficaram abaixo do limite de detecção do método que é de 0,01 mg L -1 Trabalhar com outro método de análise para investigar o uso do glifosato nas comunidade ribeirinhas

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37 AGRADECIMENTOS 37

38 6th Scientific OBRIGADA! Tereza Cristina S. Oliveira 30 de outubro de Cusco, Peru 38