Faculdade Internacional de Teologia Reformada HU 204 Casamento e Família Professor: Fernando de Almeida Aluno: João Matheus Beck TAREFA AULA 19

Transcrição

1 TAREFA AULA Com suas próprias palavras, descreva os propósitos para os quais Deus criou o sexo. Você já pensou alguma vez sobre por que ele considerou apropriado criá-lo? Deus criou o sexo para selar a união física e espiritual do casal, para que o homem sempre voltasse a sua esposa e a mulher sempre recorresse ao seu marido. Embora reconhecesse que Deus tenha criado o sexo como dom a ser desfrutado pelo casal, jamais havia considerado porque Deus considerou apropriado criar o sexo tal como ele foi criado. A união que o sexo traz ao casal ocorre através da sua complementação. Como bem lemos, é natural que o apetite sexual no homem seja maior do que o apetite sexual da mulher. Mas em vez de satisfazer este apetite sexual de forma errada, o homem deve seduzir, por assim dizer, a sua própria esposa. O homem deve fazer com que a sua esposa se sinta aceita e ligada a ele, que por fim ela se entregue a ele. Deste modo, o sexo faz o marido de aproximar da sua esposa em amor, e o amor do marido pela mulher prepara a mulher para se entregar a ele, de modo que ambos desfrutem do prazer físico e espiritual proporcionado pelo seu relacionamento. 2. Você acredita que Deus pode criar coisas prazerosas simplesmente porque ele se deleita no prazer que elas nos concedem? Que exemplos, além do sexo, você pensaria? Creio que sim, visto que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Deus revelado na Escritura não é avesso ao prazer; pelo contrário, sendo Deus um em essência e trino em número de pessoas, Deus eternamente gozou do prazer no seu relacionamento intratrinitariano, e abundando em graça e amor, criou o universo e a humanidade para que juntos, Criador e criação, fossem causa de mútuo prazer. Deus ordena que as pessoas sintam prazer nele e o próprio Deus se deleita em sua criação. Neste sentido, não é de se admirar que o sexo, o relacionamento humano mais íntimo planejado por Deus, é dos prazeres humanos o maior. Para além do sexo, o exemplo mais claro que prova que Deus ordenou o mundo de tal modo que

2 todas as coisas fossem prazerosas é a nutrição. A humanidade tem a necessidade de se alimentar para manter a sua saúde e o seu organismo em funcionamento. Todavia, Deus poderia ter planejado a nutrição como algo desprovido de qualquer sensação de prazer. Ele poderia ter nos dado o instinto de nos nutrirmos sem qualquer apelo ao cheiro, ao gosto, à temperatura, à textura, ao paladar. Poderíamos comer uma fruta sem experimentarmos a sua doçura e acidez, sem notarmos as nuanças do seu sabor. Poderíamos comer uma carne sem nos ater ao seu gosto peculiar, aos temperos usados, às inúmeras formas de preparo. No entanto, Deus concedeu a humanidade o paladar, que associado ao olfato, nos permite distinguir uma infinidade de combinações e nuanças de gostos e texturas. Por que Deus faria isso? Deus fez isso pois foi do seu agrado que a humanidade não apenas se alimentasse para a manutenção da sua saúde, mas para que a própria alimentação fosse uma fonte de prazer. Deste modo, Deus uniu o útil ao agradável: o útil é a nutrição fornecida pelos alimentos, e o agradável é o prazer que sentimos ao desfrutarmos daquele alimento específico, preparado de modo a ser agradável aos olhos e ao paladar. A nutrição, tal como Deus a criou, permitiu que os diversos povos e etnias, ao longo da história, desenvolvessem a sua própria culinária: temos a cozinha francesa, a italiana, a chinesa, a japonesa, a brasileira, e no caso específico do Brasil, um país de dimensões continentais, temos a cozinha nortista, a nordestina, a mineira, a sulista, e assim por diante. Tudo isso em decorrência da escolha divina de juntar a nutrição ao prazer. Outro exemplo é o trabalho: no trabalho, homem e mulher encontram prazer, visto que é no cumprimento de suas responsabilidades que a humanidade encontra parte da sua realização pessoal. Claro que a entrada do pecado na criação causou uma certa ruptura entre o trabalho e o prazer. Mas ainda assim, neste mundo caído, as pessoas mais felizes e satisfeitas são aquelas que se sentem úteis as suas famílias e a sociedade através do trabalho que realizam. Na verdade, todas as atividades humanas envolvem, de uma forma ou de outra, uma certa medida de prazer, e esta medida de prazer não foi acidental, mas foi planejada pelo próprio Deus. Claro que o pecado distorceu muita coisa, mas ainda assim, somos capazes de sentirmos prazer quando cumprimos as nossas responsabilidades para a glória de Deus.

3 3. Você já se sentiu frustrado ou irado com Deus pelo fato dele ter-lhe dado desejo sexual? Não posso afirmar que tenha me irado com Deus por conta do desejo sexual, mas certamente já me senti frustrado. Creio que esta aula serviu de ajuda para a compressão de algo que, embora seja claro na Escritura, ainda estava de certo modo invisível aos meus olhos. 4. Como um homem solteiro, que mensagem o desejo sexual está enviando a você? Qual é o propósito do desejo sexual em sua vida? De acordo com o texto lido nesta aula, que segundo penso, concorda com a abordagem bíblico acerca do assunto, o desejo sexual é, por assim dizer, o empurrão divino em direção ao casamento. Deste modo, em vez de buscar a satisfação sexual nas suas diversas variantes pecaminosas, o desejo sexual é um convite divino para a busca da satisfação sexual dentro dos limites dos laços matrimoniais. 5. De que maneiras a pornografia zomba da intenção de Deus para o sexo? A pornografia zomba da intenção divina para o sexo pois distorce a sexualidade humana: o prazer sexual não é algo descartável, obtido sem o compromisso de uma aliança feita na presença de Deus, para ser gozado com múltiplos parceiros ou na solidão de um quarto. O sexo foi intencionado para selar a unidade física e espiritual do casal. Logo, a pornografia se apropriou do belo dom divino legado a humanidade e, de certa forma, desumanizou este dom, tornando-o algo puramente animalesco, sem qualquer vínculo com o relacionamento essencial da sociedade, o relacionamento entre marido e mulher.

4 6. Você acredita que é um plano de Satanás para você que você tenha tanto sexo fora do casamento e tão pouco sexo dentro do casamento quanto possível? De que maneira isso seria uma vitória para ele? Certamente que sim. Toda a propaganda satânica vai neste sentido: o sexo dentro do casamento é visto como algo chato e careta, ao passo que o sexo fora dos limites do matrimônio é pintado com cores extravagantes e ousadas. Nos nossos dias, as pessoas cool são aquelas que fazem experimentações de toda a sorte em sua vida sexual. Distorcendo o relacionamento humano mais íntimo que há, Satanás consegue distorcer ainda mais a imagem de Deus no ser humano. Em vez de refletir a imagem de Deus no sexo heterossexual dentro do casamento, a humanidade está de destruindo a si mesma, por meio das suas perversões. Ao cooperar com a destruição da humanidade, Satanás se coloca na posição de antideus, de anticriador, de destruidor de tudo aquilo que é belo e bom neste mundo. Ao distorcer o significado do sexo, Satanás está completando a sua obra, começada lá no jardim do Éden. 7. Você acredita que Deus pode te dar o que você precisa para resistir completamente ao pecado sexual? Acredito que sim, pois acerca das tentações, a Escritura afirma que nenhuma tentação que nos sobrevém é acima das nossas forças. Deste modo, pois mais tentador e convidativo que seja o pecado sexual, a graça de Deus é sempre mais abundante sobre os seus filhos. Além disso, não devemos nos esquecer da oração do Senhor, segundo a qual devemos pedir a Deus que não nos conduza à tentação, mas que Ele nos livre do mal. Neste sentido, creio que aqueles que se dedicam a busca de Deus através dos meios de graça, tal como a leitura e estudo da Escritura e a oração, estarão, por assim dizer, se precavendo e se preparando para rechaçar toda e qualquer tentação, mesmo os convites para cedermos ao pecado sexual. Obviamente que é da responsabilidade dos crentes evitarem certos ambientes, visto que certos lugares somente existem para fomentar estes pecados. Logo, devo estar disposto a cortar da minha vida tudo aquilo que de certo modo pode me influenciar em direção ao pecado sexual. Uma das implicações da promessa que temos de Deus

5 acerca das tentações, segundo a qual nenhuma tentação que nos assalte é maior que as nossas forças, é que, todas as vezes em que caí em tentação, o meu pecado ocorreu não pela falha de Deus, mas por minha própria escolha. Deste modo, devo evitar circunstâncias e lugares nos quais já sei de antemão que serei incitado ao pecado; de outro modo, se já estou determinado a cair em pecado, estarei abusando da graça e da misericórdia sobre a minha a vida, o que certamente será cobrado de mim na eternidade, caso não haja o devido arrependimento e confissão. De todo o modo, a graça de Deus é abundante de tal modo a nos perdoar mesmo destes pecados, quando deles nos mostramos arrependidos.