amêijoa no Tejo ameaça saúde pública

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1 Pág: 14 Área: 25,70 x 30,15 cm² ID: Apanha ilegal de toneladas de amêijoa no Tejo ameaça saúde pública Corte: 1 de 9 Centenas de pessoas retiram diariamente do estuário do Tejo cerca de 15 toneladas de amêijoa ilegal. Muita espalha-se pelo mercado nacional. Bivalves que podem estar contaminados com toxinas e metais pesados. Um estudo científico, autarcas e autoridades alertam para uma grave ameaça para a saúde pública que o consumo desta amêijoa pode significar. No estuário mistura-se um mundo de miséria e um negócio pirata que vale milhões de euros Luciano Alvarez Texto Enric Vives-Rubio Fotos Todos os dias, quando a maré baixa, centenas de pessoas entram Tejo adentro entre a Trafaria e Alcochete. Munidos de sachos, ancinhos, facas de mariscar ou mesmo enxadas, famílias inteiras, homens, mulheres e crianças, andam quilómetros para escavar o lodo. Buscam todo o género de bivalves, mas especialmente amêijoa-japonesa. Para muitos, esta actividade ilegal é o único sustento. Mas há também um circuito organizado de intermediários que compram a amêijoa a estes mariscadores a preços irrisórios para a levar para o mercado espanhol, onde a procura é grande, ou para a passar para o mercado nacional. Tudo de forma ilegal. Muitos destes bivalves que chegam ao prato dos portugueses não passam por qualquer análise, tratamento ou depuração e podem estar

2 Pág: 15 Área: 25,70 x 30,10 cm² Corte: 2 de 9 cadores, cerca de 1500 ilegais, que retiram do estuário a maioria dos 19 mil quilos de amêijoa-japonesa por dia (dez mil pelos aparelhos de arrasto) num negócio na sua larga parte pirata que, em 2014, terá envolvido uma verba estimada entre os 10 e os 23 milhões de euros. Se se tiver em conta que os 182 apanhadores legais licenciados em 2014 registaram em lota nesse ano um valor de cerca 1,6 toneladas por dia e as apreensões feitas pela GNR nos primeiros quatro meses deste ano (58 toneladas a nível nacional), percebe-se melhor a dimensão desta actividade completamente desregulada. Autarcas da região do estuário ouvidos pelo PÚBLICO falam de um problema gravíssimo, assustador, dramático e com graves consequências para a saúde pública e ambiente. Dizem-se de mãos atadas por não terem poderes para a resolução do caso e já apelaram (IPMA e Centro de Ciências do Mar, da Universidade do Algarve) e Paula Chaínho (MARE). O trabalho teve como objectivo a caracterização da pesca de amêijoa-japonesa e a caracterização do circuito comercial dos exemplares capturados no estuário do Tejo, providenciando o conhecimento científico essencial para apoiar uma proposta de regulamentação de pesca sustentável às entidades públicas. O quadro que este estudo traça é negro: começa logo por revelar que, embora não exista um regulamento específico para a pesca de R. philippinarum (nome científico para amêijoa-japonesa) em Portugal, a pesca deste bivalve no estuário do Tejo é enquadrada através da publicação da Portaria 1228/2010, de 6 de Dezembro, onde aparece elencada com a designação genérica de Ruditapes spp., na lista de espécies animais marinhas que podem ser objecto de apanha. Apesar deste en- c contaminados com toxinas e até metais pesados, levantando um grave problema de saúde pública. Existem também impactos ambientais negativos, causados especialmente pela captura com uma técnica de arrasto: ganchorras atreladas a barcos (aparelhos com uma espécie de lâminas que rasgam o fundo do rio), por mergulho, ou uso de berbigoeiros, uma arte que revolve o solo do Tejo de forma manual. Desde o dia 3 deste mês que a apanha de bivalves está proibida no estuário do Tejo devido à presença de fitoplâncton produtor de toxinas marinhas ou de níveis de toxinas ou de contaminação microbiológica acima dos valores regulamentares, informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Um estudo científico que reuniu departamentos de investigação de várias universidades, realizado entre Janeiro e Dezembro do ano passado, revela existirem mais de 1700 marisa diversos ministérios, mostrando estar totalmente disponíveis para colaborar. É um problema que toda a gente conhece, mas que poucos querem resolver, diz Luís Miguel Franco, presidente da Câmara de Alcochete. O PÚBLICO contactou o Ministério do Mar para saber que medidas tinha em curso para combater esta actividade ilegal. A resposta veio através de um comunicado. Os diferentes contornos do problema e a natureza inorgânica dos apanhadores, que agem a título individual, sem qualquer estrutura ou organização de enquadramento, exigem que a resposta a dar ao problema seja pensada de forma integrada, lê-se no texto. O comunicado acrescenta que o IP- MA continuará o seu programa de acompanhamento e monitorização da qualidade das águas e as autoridades fiscalizadoras mantêm a pressão no combate às ilegalidades, mas reconhece que estes dois factores não bastam. O ministério aponta para a necessidade de um plano de gestão integrado que o Governo irá desenvolver com as autarquias e outros parceiros locais para criar condições para a regulamentação da apanha no estuário do Tejo. O impacto de um estudo O estudo, intitulado Amêijoa-japonesa, uma nova realidade no rio Tejo, reestruturação da pesca e pressão social versus impacto ambiental, juntou os investigadores João Ramajal (do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, CRIA, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, MARE, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), David Piccard (também do CRIA), José Lino Costa (MARE e Instituto Português do Mar e da Atmosfera, IPMA), Frederico B. Carvalho (MARE), Miguel B. Gaspar

3 Pág: 16 Área: 25,70 x 30,58 cm² Corte: 3 de 9 16 PÚBLICO, DOM 15 MAI 2016 Apanha da amêijoa-japonesa no estuário do Tejo Este molusco bivalve vive enterrado a cerca de 4 cm da superfície em sedimentos arenosos e vasosos das zonas intertidais e subtidais Para onde vai a amêijoa? 90% das capturas são expedidas para Espanha, podendo representar 9000 toneladas por ano sem controlo Amêijoa-japonesa Ruditapes philippinarum Estimativa das quantidades e dos preços totais de apanha por técnica de pesca em 2015 Kg/maré Preço/kg /embarcação/dia Quantidades totais por ano*, em kg Valores por ano*, em euros Esforço mínimo** Máximo Esforço mínimo** Máximo Berbigoeiro apeado Berbigoeiro com vara Apneia Mergulho Berbigoeiro Berbigoeiro apeado com vara Apneia Mergulho Arrasto com ganchorra 1,92 2,00 2,38 2,54 2,54 1, Loures Parque das Nações Vila Franca de Xira Cala do Norte Estuário do Tejo Quantidade/esforço total anual de captura, kg/ano Mínimo Máximo Arrasto com ganchorra *Estimativa **Acções da apanha Técnicas de apanha Foram detectadas seis artes de apanha da amêijoa-japonesa, os apanhadores designados como apeados foram identificados nas zonas intertidais, todos as outras artes são realizadas em zonas subtidais, umas com pouca profundidade, outras com mais, como é o caso do mergulho Trafaria Ponte 25 Abril Almada LISBOA Baía do Seixal Barreiro Ponte Vasco da Gama Montijo Moita Alcochete Distribuição e rendimento médio da pesca de amêijoa-japonesa no estuário do rio Tejo em Maio de 2015, gramas/30 seg. arrasto Espécie não ocorreu na estação 1 e <99 g 100 e <1000 g 1000 e <2500 g 2500 e <5000 g 5000 g 1 2 Berbigoeiro apeado 3 Berbigoeiro com vara 5 Arrasto com ganchorra em embarcação Total de apanhadores por tipo de apanha Apanhadores por género, em % 0 a 3 metros profundidade 3 a 18 metros profundidade Berbigoeiro ap. Vara 12 Apneia 5 Ganchorra 105 Mergulho Berbigoeiro ap. Vara Apneia Ganchorra Mergulho Masculino Feminino Indiferenciado Apanhadores por faixa etária, em % >60 Indeterminado 4 Apneia Mergulho Berbigoeiro apeado Berbigoeiro com vara Apneia Arrasto com ganchorra Mergulho Área de apanha para as várias artes de pesca de amêijoa-japonesa Fonte: Estudo Amêijoa-Japonesa, uma nova realidade no rio Tejo. Restruturação da pesca e pressão social versus impacto ambiental Cátia Mendonça

4 Pág: 17 Área: 25,70 x 30,29 cm² Corte: 4 de 9 quadramento legal específico para o estuário do Tejo, todo o circuito comercial, desde a apanha, depuração, até ao consumidor final tem sido alvo de uma gestão deficitária, quer pela dimensão da actividade, em expansão, que envolve um número cada vez maior de pessoas, na sua maioria ilegais, quer aos meios limitados das autoridades públicas competentes na fiscalização, acrescenta. Com base em diversas metodologias aplicadas no terreno, os investigadores chegaram a uma estimativa de um total de 1724 apanhadores de amêijoa-japonesa no estuário do rio Tejo, sendo a grande maioria apanhadores apeados com apanha manual, com sacho, ancinho, faca de mariscar ou enxada (1111 apanhadores) e com berbigoeiro (431). As artes com menor representatividade são o mergulho em apneia e com berbigoeiro com vara, perfazendo cerca de 1% da média de apanhadores diários no estuário do rio Tejo. Os investigadores concluem ainda que a maioria dos apanhadores exerce a sua actividade durante todo o ano e em todos os tipos de maré (47%). No entanto, uma boa proporção efectua a apanha apenas quando a maré está baixa (42%), em particular os apanhadores que estão mais dependentes da área disponível que surge quando a maré baixa, como é o caso dos apeados e com berbigoeiro. Relativamente ao esforço semanal, a maioria dos inquiridos indicou que exerce esta actividade 6 dias por semana (33%), havendo também uma elevada proporção de apanhadores que o fazem todos os dias da semana (22%) e 5 dias por semana (21%). Os resultados do estudo apontam para um esforço de pesca (idas à apanha) anual maior para os apanhadores apeados ( unidades de esforço/ano). No entanto, o intervalo de rendimento (5-10 quilos/ dia) desses apanhadores é inferior ao das restantes artes, pelo que as capturas diárias são dominadas pelos apanhadores por arrasto com ganchorra, cujo rendimento diário varia entre os 300 e os 1200 kg. A disparidade destes e de outros valores apresentados no estudo ficam a dever-se ao facto de os apanhadores retirarem quantidades muito variáveis de amêijoa do rio, além das variações de apanha nos diversos meses do ano. Os investigadores estimaram um número aproximado de 35 intermediários (centros de depuração e expedição e compradores com locais de armazenamento) a distribuir 5 toneladas/semana/ cada para Espanha, perfazendo um total estimado em cerca de 9400 toneladas no ano de A lei em vigor estabelece um máximo de 80 quilos por dia por apanhador legal no estuário do Tejo. Em 2014, foram emitidas 182 licenças, o que pode perfazer um total de 14,7 toneladas por dia como limite máximo de capturas legais. Os registos das descargas em lota em 2014, cedidos pela Direcção-Geral dos Recursos Naturais aos investigadores, apontam para um valor aproximado de 1,6 toneladas por dia. Estes dados agregam os registos nas capitanias de Cascais, Lisboa e Setúbal e Sesimbra, tendo em conta que os apanhadores podem registar as suas capturas nas capitais imediatamente a montante e jusante daquela onde está registada a sua licença. Tendo em conta o intervalo de esforço anual estimado, que varia de 4000 a toneladas, grande parte das capturas não são registadas em lota e entram ilegalmente no circuito comercial nacional. Foram identificadas diferentes vias de canalização da amêijoa-japonesa até ao consumidor final, fora do circuito legal. Foi observada a venda directa efectuada por apanhadores a mercados, restaurantes e cafés. Não foi possível quantificar este volume devido ao elevado número transacções efectuadas a este nível, revela o estudo. 9 mil toneladas sem controlo Outra forma ilegal de comercialização identificada, acrescentam os investigadores, foi o transporte de amêijoa-japonesa por apanhadores em viaturas próprias e de lotes de amêijoa com rótulos falsos, sendo difícil obter informação junto dos intervenientes, sempre reticentes em revelar detalhes. Também a GNR já detectou a falsa rotulagem, tendo instaurado dois processos-crime a dois intermediários. Os autores do estudo apuraram ainda que a amêijoa-japonesa é vendida pelos mariscadores aos intermediários entre os 8 cêntimos e 4 euros por quilo e chega ao consumidor a preços que podem variar entre os 8 e os 12 euros/quilo. Autarcas e militares da GNR dizem que em alturas de maior procura, como no Verão ou fins-de-semana, o preço mais alto pode chegar aos 5 euros/quilo. Verificou-se que 90% das capturas de amêijoa-japonesa são expedidas para Espanha, podendo representar 9000 toneladas/ano, sem controlo por parte das autoridades, estando as mais-valias deste recurso a ser deslocalizadas para o país vizinho, salientam. Segundo o estudo, os impactos ambientais são diferenciados entre as diferentes artes de apanha de bivalves e devem-se maioritariamente ao revolvimento dos sedimentos em zonas estuarinas. A apanha realizada pelos apanhadores apeados aparenta ser a menos lesiva sobre o ecossistema (...) uma vez que a sua intervenção restringe-se as áreas intertidais e o tempo de trabalho é limitado ao período e amplitude das marés. Continua o estudo: A ganchorra rebocada por embarcação é mais lesiva para o ecossistema por intervencionar uma maior profundidade do sedimento, devido à maior dimensão dos dentes, à extensão da área da actuação e tempo médio de operação superior desta arte no Após apanhar a amêijoa no Samouco, a GNR regressou a Lisboa para a devolver ao rio no Poço do Bispo estuário. Esta arte de apanha tem ainda consequências ao nível bentónico [comunidade de organismos que vive no substrato de ambientes aquáticos], seja pela alteração da sua biologia, suspensão de nutrientes e consequente alterações na composição química e biologia na estabilidade do sedimento. Perigo para a saúde Em termos de recomendações, os investigadores dizem ser necessário um plano estratégico de apoio à gestão da apanha desta espécie no estuário do Tejo, evitando uma potencial exploração excessiva e consequentemente a sua exaustão, como verificados noutros ecossistemas e de uma urgente regularização de toda a cadeia-de-valor, visando adaptar o esforço de pesca ao estado de conservação dos bancos de amêijoajaponesa. O circuito comercial é deficiente e ineficiente face a grande expansão desta espécie no estuário do Tejo e requer a colaboração e participação de todos os intervenientes para a regulamentação desta actividade económica face a uma nova realidade, recomendam no documento que foi entregue no final do ano passado à Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e serviços Marítimos tutelada pelo Ministério do Ambiente. Os problemas graves para a saúde pública, abundantemente referidos no estudo, é o que mais preocupa as diversas entidades ouvidas pelo PÚ- BLICO. Segundo explicou Paula Chaínho, bióloga do MARE, o estuário do Tejo está, em termos de salubridade, classificado como área de nível C. Esta classificação significa que para estes bivalves serem vendidos e consumidos teriam de ser colocados em depuração prolongada em meio natural, numa zona de nível A, onde os bivalves podem ser apanhados e consumidos. Acontece que em Portugal não está definida em termos de regulamentação nenhuma área de transposição para essa depuração prolongada, não podendo assim levar a cabo esse processo. A amêijoa-japonesa apreendida pela GNR é assim lançada ao estuário do Tejo, podendo acabar por voltar às mãos dos apanhadores ilegais. Paula Chaínho não tem dúvidas de que o consumo desta amêijoa só poderia ser feito após um processamento industrial, ou seja, cozida. Consumida sem tratamento, acrescenta, pode constituir um grave problema para a saúde pública, podendo causar doenças como intoxicação diarreica. A bióloga aconselha que os portugueses consumam apenas amêijoa devidamente ensacada e rotulada com a autorização ao consumo e lembra que a venda de amêijoa em tabuleiros ou outros recipientes e sem rótulos, como acontece em muitos restaurantes, é proibida.

5 Um negócio ilegal feito às claras por gente que não gosta de fotografias Pág: 18 Área: 25,70 x 31,00 cm² Corte: 5 de 9 A pacata praia da vila do Samouco transforma-se quando a maré começa a encher. A amêijoa é negociada com intermediários ou enfiada logo em carros. Quando a GNR aparece, o negócio atrasase um pouco, mas nunca pára Reportagem Luciano Alvarez São centenas de pessoas que diariamente se dedicam à apanha ilegal de amêijoa no estuário do Tejo. Assim que saem do rio quando a maré começa a encher, têm à sua espera receptadores igualmente ilegais que vão enchendo carrinhas depois de pesarem os bivalves em balanças comerciais pagando valores irrisórios por quilo (entre 8 cêntimos e 5 euros). Depois vendem-no em Espanha e Portugal pelo dobro do valor pago aos mariscadores (de 8 a 12 euros). Quando a GNR faz uma operação de combate, o que acontece quase todos os dias ao longo do estuário, a actividade não pára. Só que os sacos carregados desta espécie de amêijoa ficam à espera no estuário aguardando que a guarda se vá embora para depois serem trazidos para terra. Segundo a GNR, é raro o dia em que os militares não façam apreensões de amêijoa e de instrumentos de apanha e identifique mariscadores e intermediários ilegais, mas estes acabam sempre por voltar quando a maré baixa, faça chuva ou sol, porque o negócio, que para alguns garante apenas a subsistência, é para muitos uma mina de ouro. Nos primeiros quatro meses deste ano, a GNR já apreendeu 58 toneladas de amêijoa-japonesa um pouco por todo o país. Estimam que cerca de 90% seja retirada do estuário do Tejo. Dezenas de carros enchem quase por completo o parque de estacionamento e as ruas perto da praia do Samouco, concelho de Alcochete, no distrito de Setúbal. Além de meia dúzia de trabalhadores da junta de freguesia que fazem a limpeza do local, pouca gente se vê mais por ali. Os donos dos carros estão todos no rio. Daqui a pouco já começam a aparecer, diz António Almeirim, presidente da junta de Freguesia do Samouco, que se encontrou com os jornalistas do PÚBLICO junto à praia na sexta-feira da semana passada (dia 6). António Almeirim, 77 anos, conhece como poucos a zona, que é uma das mais frequentadas pelos mariscadores ilegais devido ao fácil acesso ao rio. Por ali nasceu e trabalhou uma vida na base área do Montijo. Foi eleito autarca pela primeira vez em 1976, cumpriu o mandato, depois afastou-se da junta por oito anos e voltou a ser eleito em Cumpre o seu terceiro e último mandato, sempre eleito pelas listas do PCP. Isto [os mariscadores ilegais] é um cancro, um cancro. Dão cabo de tudo, deixam lixo por todo o lado, não respeitam ninguém, afirma apontando para os montes de lixo que os funcionários da junta reuniram no areal e onde se destacam garrafas e latas de cerveja. Isto é um perigo. Já duas raparigas se cortaram aqui nos vidros e tiveram de ir para o hospital, conta. António Almeirim fala com orgulho do trabalho que a junta de freguesia tem feito na praia do Samouco ao longo Assim que a maré começa a subir, centenas de homens, mulheres e crianças saem do rio carregados de amêijoa Em baixo, António Almeirim, presidente da junta do Samouco Na página seguinte: em menos de uma hora, a GNR apreendeu cerca de 400 quilos de amêijoa- -japonesa dos anos, ainda frequentada pela população local no Verão. Aponta o parque infantil bem cuidado, os balneários públicos, o parque das merendas e o ginásio, um telheiro onde se encontram alguns aparelhos de exercício físico. Conta a história das palmeiras que há muitos anos plantou à borla no pequeno areal, dos chapéus-desol coloridos e na insistência em manter o local limpo. Na véspera, uma operação da GNR limpou os barcos clandestinos que há muitos anos se amontoavam junto ao areal. Foi uma luta longa, mas finalmente conseguiu limpar-se a praia, mas ainda há este cancro. Mas qual é a família que quer vir para aqui? Não respeitam ninguém, saem da água e despemse com toda a gente a ver, exibindo a nudez. Qual é o avô que vem com os netos para aqui? Olhe, ainda ontem à noite [quinta-feira, dia 5], houve tiros entre grupos de mariscadores a provocarem-se uns aos outros, revela. O autarca diz que o espectáculo é igual todos os

6 Pág: 19 ID: dias. Assim que maré começa a baixar, entram pelo rio. Todos os dias andam por lá 200, 300, 400 pessoas. Tiram-se centenas de quilos de amêijoa. Tudo ilegal, assegura. Naquela sexta-feira a maré atingiu o pico mínimo perto das 9h. Pelas 10h30, uma carrinha de caixa fechada estacionou à boca do areal. Três homens tiraram bidons altos do interior que encheram com água do rio. Estes vêm para o negócio. Não tarda nada, salta lá de dentro uma balança para pesar as amêijoas, diz o presidente da junta. Não tardou cinco minutos para que uma balança comercial fosse tirada da carrinha e colocada em terra. António Almeirim fala dos negócios paralelos que a apanha ilegal de amêijoa gera. Aponta para um homem que vende laranjas, para uma rulote de bifanas que por essa altura abria a venda e diz que há dias em que por ali se vende de tudo, desde cerveja a alfaces. Fala também do negócio dos barcos, que, por cinco euros, levam os mariscadores para os baixios mais distantes e depois os vão buscar. Isto [mariscar a amêijoa] é uma vida muito dura. Andar ali horas dobrado no lodo não é fácil. Para uns é o único sustento, mas para muitos é um grande negócio. Ui, ui, afirma o autarca. Se me dessem a escolher ganhar um euromilhões ou dinheiro que aqui passa, dizia logo que queria o dinheiro daqui, acrescenta Vasco Vespeiro, um funcionário da junta que acompanha a conversa enquanto vai reunindo o lixo acumulado na praia. Questionado por António Almeirim a como anda o preço da amêijoa-japonesa por estes dias, o funcionário diz que ronda os 3,8 euros o quilo, mas quando a fartura é muita e a procura menor pode ser vendida a um euro o quilo. Isto é tudo ilegal, mas feito às claras. À noite, os intermediários até holofotes trazem para fazer o negócio. Aqui acontece de tudo, aqui há uns meses até houve uma greve, conta António Almeirim, explicando que os romenos, que por ali andam em grande número como confirmámos, não foram para o rio e não deixaram ninguém ir para obrigar os intermediários a subir o preço. A greve durou um dia. No outro dia, os preços subiram um pouco e voltou tudo para o rio, revela. Pouco depois das 11h, os primeiros homens, mulheres e crianças começam a chegar a terra. São dezenas, que formam longas filas no estuário numa marcha lenta. Uns usam fatos de mergulho, outros roupa normal. Quase todos carregam grandes mochilas ou sacos cheios de amêijoa, ancinhos, facas e aparelhos de arrasto manuais, conhecidos como berbigoeiros. Uns seguem directamente com a carga para os carros, outros juntam-se perto da carrinha e da balança. A amêijoa é rapidamente pesada e trocada por dinheiro. A fila de gente junto à carrinha vai crescendo. As sacas carregadas de amêijoa também. Assim que o repórter fotográfico do PÚBLICO faz as primeiras fotografias, um dos homens da carrinha chega-se perto dos jornalistas. Amigo, não faça fotografias que esta gente não gosta de fotografias, diz. Ao argumento dos jornalistas de que ninguém será identificado nas fotografias e ao pedido de, pelo menos, fotografar só as sacas de amêijoas, o homem responde como um seco é melhor não. Sempre que para aqui vêm jornalistas e televisões, no dia seguinte aparece logo a GNR. Hoje [os militares] andam ali por Alcochete, amanhã se calhar estão aqui, diz o homem. Área: 16,50 x 30,34 cm² Corte: 6 de 9 Enquanto decorria a conversa, um dos mariscadores sai de junto da carrinha e dirige-se ao repórter fotográfico. Se tiras mais uma fotografia, parto a máquina toda, ameaça num português mal amanhado. Acabada a venda, os mariscadores, já mais longe do areal, juntam-se em grupos. Mudam de roupa e arrumam o material que ajuda na apanha da amêijoa. Muitos olhos dos mariscadores ilegais viram-se para os jornalistas. É uma boa altura para deixar o local. O presidente da junta de freguesia do Samouco despede-se com mais um desabafo. Isto é uma tristeza, vão acabar por dar cabo disto tudo. A mim, um dia destes ainda me limpam o sebo. GNR: operações diárias, O PÚBLICO voltou à praia do Samouco na terça-feira desta semana, desta vez para acompanhar uma operação da Unidade de Controlo Costeiro do destacamento da GNR de Lisboa contra a apanha ilegal de bivalves, especialmente a captura de amêijoa-japonesa. Segundo o capitão Delgadinho, a unidade faz operações quase diárias no estuário do Tejo, quer pelo mar quer por terra, contra esta prática. No ano passado, foram apreendidas cerca de 25 toneladas de amêijoa ilegal no estuário do Tejo. Nos primeiros quatro meses deste ano, até 30 Abril, a GNR já contabiliza cerca de 18 toneladas. O capitão Delgadinho revela que e amêijoa-japonesa é vendida pelos apanhadores aos intermediários por valores que oscilam entre um e cinco euros, que muitas vezes a comercializam, seja em Espanha, seja no circuito nacional, por mais do dobro do preço. É sobre os intermediários que incidem muitas das acções da GNR, pois são eles que transportam as grandes quantidades e promovem este negócio ilegal. O 1.º sargento Gil Matos, da Unidade de Controlo Costeiro, sai de Lisboa pelas 13h acompanhado por um militar. No caminho para a margem, fala das muitas toneladas de amêijoa que apreendem e no perigo que pode causar para a saúde pública. Confessa mesmo que deixou de comer amêijoas desde que faz operações contra a apanha ilegal. E faz operações desde que a unidade foi criada, em Um dos problemas com que os militares se deparam é com a apanha ilegal mascarada de apanha lúdica. Cada cidadão pode apanhar até cinco quilos de amêijoa no estuário do Tejo sem qualquer licença se a c

7 Pág: 20 Área: 25,70 x 30,82 cm² Corte: 7 de 9 recolha for feita à mão, se usar um instrumento como uma faca de mariscar ou um ancinho, pode igualmente apanhar até cinco quilos, mas necessita de pagar uma licença para a pesca naquele dia. Acontece que muitos ilegais só trazem aos cinco quilos de cada vez para terra para puderem alegar pesca lúdica perante as autoridades. Gil Matos diz ter conhecimento de que os intermediários têm vigilantes junto às capitanias, ou junto aos locais de apanha, para avisarem que está pronto para comprar amêijoa nas margens do estuário. Se um intermediário for apanhado com 300 quilos de amêijoa ilegal, tendo pago quatro euros por quilo, ao preço que ela anda por estes dias, são 1200 euros que perde em minutos, afirma. Pelas 13h30, encontra-se com parte da equipa de 11 homens que vai coordenar na operação num parque de estacionamento junto ao Montijo. No local, fazem um compasso de espera de cerca de meia hora antes de partirem para a praia do Samouco, que já está a ser vigiada à distância. Pelas 14h, partem para a praia. Chegam com serenidade, sem alaridos e agem de forma rápida e coordenada. Mostram, todos eles, ter uma grande experiência e conhecimento do terreno e do comportamento dos mariscadores ilegais. Os 11 militares espalham-se pelo perímetro da praia de forma a controlar o terreno, rodeados por centenas de ilegais, num ambiente claramente hostil. Ao contrário da primeira vez que o PÚBLICO esteve na praia, não há nenhuma carrinha a fazer negócio. É notório que estavam avisados da proximidade da GNR. Os militares depressa descobrem uma pequena carrinha de transporte com vários sacos de amêijoa-japonesa. É uma viatura que está estacionada no mesmo lugar junto à praia há cerca de dois meses. Os militares chamam-lhe carrinhaarmazém. O marisco é colocado no seu interior, para mais tarde ser levantado e transportado para Espanha ou para o circuito nacional, provavelmente pela calada da noite. O seu proprietário é identificado e alvo de uma contra-ordenação que segue para a Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), a quem cabe aplicar a multa quando a apanha de bivalves está proibida no Tejo, como acontece neste momento, devido à presença de fitoplâncton produtor de toxinas marinhas, detectadas por análises realizadas pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera. Se a apanha não estivesse interdita e se se tratasse de um caso de apanha ilegal, a multa seria aplicada pela ASAE. As multas variam entre os 600 e os 3400 euros, dependendo acima de tudo da reincidência no crime. Ao contrário da sexta-feira da passada semana, as centenas de mulheres e homens que saem do rio para a praia do Samouco não carregam mochilas ou sacos cheios de amêijoa. Os mariscadores também não abandonam rapidamente a praia. Muitos ficam em terra, juntandose em grupos. Deixam os sacos no mar, para os irem buscar quando formos embora. Se a maré já estiver alta, vão buscar os sacos quando ela voltar a baixar, explica o sargento Gil Matos. Uma pouca-vergonha Muitos não se chegam à praia, esperam nas pequenas ilhotas que a maré baixa criou, até que a GNR parta, para depois trazerem os sacos carregados. Se o rio não estivesse já a subir e pudéssemos entrar, apanharíamos dezenas de sacas, acrescenta o sargento. Ainda assim, apanham três sacos já próximos de terra. Cerca de meia hora depois de chegarem à praia, os militares descobrem uma nova carrinha igualmente carregada com vários sacos de amêijoa-japonesa, utensílios para a apanha e uma balança comercial. Foi abandonada pelo proprietário devido à presença da GNR. Um telefonema para Lisboa basta para identificar o proprietário, mas isso não significa que seja ele que conduzia a viatura. A GNR mostrase esperançada em encontrar o condutor na praia, mas acaba por não conseguir. O material é apreendido e o proprietário receberá uma contra-ordenação. Enquanto a operação decorre, uma mulher dirige-se aos militares. Ó senhor guarda, não pode chamar uma televisão para vir filmar esta pouca-vergonha? O militar responde que isso não é da sua competência. Informada da presença dos jornalistas do PÚBLICO, manifesta-se interessada em fazer uma reclamação. Diz chamar-se Cláudia Santos, identifica-se como mariscadora ilegal e reclama por licenças que os autorizem a mariscar. À volta dos jornalistas e da GNR juntam-se agora várias dezenas de pessoas. Cláudia continua o protesto: Isto é uma pouca-vergonha. Anda aqui tudo ilegal, quando devia ter licenças para apanhar a amêijoa. Vamos unir-nos e pressionar o Governo para nos dar licenças. Isto tem de passar a ser legal. Questionada sobre o facto de a apanha estar por estes dias totalmente interditada, a mariscadora tem uma resposta A japonesa está no Tejo há duas décadas A pesca de bivalves no estuário do Tejo tem sido uma actividade relevante ao longo de toda a história de ocupação humana, sendo as ostras, berbigão, amêijoa-boa, lambujinha e amêijoa-macha as espécies mais capturadas. Segundo os investigadores do estudo a que o PÚBLICO teve acesso, a exploração destas espécies tem sido particularmente afectada pelos níveis de contaminação microbiológica e por metais pesados verificados neste estuário, que impõem restrições à sua comercialização [Despacho n.º 14515/2010 de 17 de Setembro] e pela depleção dos stocks de algumas espécies. A amêijoa-boa e a amêijoamacha são exemplos do decréscimo acentuado das populações de bivalves deste estuário. No primeiro caso, foi observado um decréscimo significativo nos últimos dez anos, que coincidiu com a colonização extensiva do habitat ocupado pela amêijoajaponesa, uma espécie não nativa, acrescentam os investigadores. Essa depleção levou à interdição da captura da amêijoa-boa (Portaria n.º 85/201de 25 de Fevereiro), sendo simultaneamente autorizada a captura da amêijoa-japonesa. A partir de 2010 verificou-se um decréscimo tão significativo das populações de amêijoa-macha que levou à paragem da quase totalidade das embarcações dedicadas a esta pescaria. Não se sabe exactamente como a amêijoa-japonesa foi introduzida em Portugal, mas a sua ocorrência nos sistemas portugueses é conhecida há mais de duas décadas, refere o estudo. É provável que a espécie, endémica do Japão, tenha sido importada até águas europeias no contexto de ensaios de aquicultura, inicialmente em França em 1972, e subsequentemente em Itália, Espanha e Irlanda. Os investigadores dizem ainda que em Portugal, apesar de as abundâncias

8 Pág: 21 ID: desta espécie serem ainda geralmente baixas nos sistemas colonizados, no estuário do Tejo, onde ocorre há cerca de 12 anos, verificouse uma explosão demográfica nos últimos anos, não existindo ainda produção aquícola da espécie e um circuito comercial com muitas práticas ilegais. A bióloga Paula Chaínho admite que para quem não é especialista é fácil confundir a amêijoa-japonesa com outros tipos de amêijoa consumida pelos portugueses. As principais diferenças estão na concha, sendo a da japonesa mais rugosa, e na composição dos sifões com que se alimentam. curta: Temos de comer todos os dias. Já sobre os problemas que isso pode causar para a saúde pública, Cláudia ignora a questão e passa a palavra a um colega. César Nascimento repete as palavras de Cláudia e pede a construção de uma depuradora na margem Sul. Isto [a amêijoa japonesa] vai toda para Espanha. Eles é que lucram com isto, e muita da amêijoa volta depois para ser vendida em Portugal. César é o mesmo homem que na sexta-feira negociava a amêijoa ilegalmente numa carrinha junto à praia do Samouco e que, de forma ameaçadora, aconselhou os jornalistas a não tirarem fotografias no local. Antes de a conversa acabar, César ainda pede ao redactor para se identificar, anotando o nome no telemóvel. A GNR conhece bem Cláudia Santos e César Nascimento, já que por várias vezes os identificou e lhes apreendeu amêijoa-japonesa colhida ilegalmente. A operação termina de forma tranquila pouco antes das 16h. No porta-bagagem do carro seguem cerca de 400 quilos de amêijoajaponesa apreendida, que, após o regresso a Lisboa, é novamente lançada ao rio, como manda a lei. A descarga é feita num local isolado no Cais da Pedra, no Poço do Bispo. Se a deitássemos ao rio do outro lado, assim que partíssemos mandavam-se todos ao Tejo para a recuperarem, diz o sargento Gil Matos. O militar e os homens da Unidade de Controlo Costeiro vão voltar muitas vezes ao estuário do Tejo nos próximos tempos, com uma certeza: em cada operação vão apreender muitas centenas de quilos de amêijoa capturada de forma ilegal. Gil Matos diz que a sua unidade nada mais faz do que cumprir a sua missão, mas não deixa de afirmar que o que mais o preocupa é o grave problema para a saúde pública que o consumo desta amêijoa pode causar. Autarcas alarmados Como Gil Matos, também é esta a principal preocupação dos autarcas da região. Carlos Humberto Carvalho, presidente da Câmara do Barreiro, diz que este é um problema que se estende a todas as câmaras do arco ribeirinho, mas que devia preocupar todos os portugueses, uma vez que a amêijoa se espalha por todo o país. Este autarca eleito pela CDU diz que as câmaras não têm nenhuma competência para intervir e revela que já lançaram muitos alertas e diversas entidades e ministérios, mas que acaba tudo no que chama de difícil gestão de contradições e nada é feito. Não posso fazer mais do que desabafar. Todos nós temos grandes preocupações pelas pessoas, pelos conflitos sociais, pelos problemas ambientais e de saúde pública, mas nada podemos fazer a não ser lançar alertas. Só que, depois, cada cabeça, sua sentença. Nós estamos de mãos atadas a assistir a esta desgraça, afirma. É um gravíssimo problema aos mais variados níveis. É uma ameaça para o ambiente, para a saúde pública e uma economia paralela que ninguém controla. É assustador e dramático, acrescenta por sua vez Luís Miguel Franco, presidente da Câmara de Alcochete. O autarca, também eleito pela CDU, lembra que todos os presidentes de câmara da região já se disponibilizaram para ajudar a resolver o problema, mas que não obtêm resposta das entidades governamentais. Área: 25,70 x 31,00 cm² Corte: 8 de 9 Além do problema para a saúde pública, Franco fala de praias onde é deixado diariamente todo o tipo de lixo, latas, garrafas, fraldas, estas últimas usadas pelos mariscadores para se manterem mais tempo no mar. É também um caso de uma grande indignidade humana. Como soluções apontam uma regulamentação deste tipo de actividade, mais fiscalização aos ilegais e a construção de uma unidade de processamento industrial ou uma depuradora na região. Luís Miguel Franco diz que tem também de haver respeito pelas pessoas que vivem desta actividade ilegal e que para muitos é o único sustento, passando pela criação de um enquadramento profissional e por garantias da realização do trabalho com segurança e dignidade. Armando Silva, veterinário municipal do Barreiro, é muitas vezes chamado pelas autoridades para certificar apreensões feitas na região pelas autoridades. Diz ter conhecimento pessoal de várias pessoas que ficaram gravemente doentes devido ao consumo de amêijoa-japonesa. São contaminadas com toxinas que causam gastroenterites graves e, em alguns casos, com materiais pesados, que podem causar cancro, afirma. Diz ainda que, da Trafaria a Alcochete, a situação é muito grave, por mais que a polícia actue é impossível controlar centenas e centenas de apanhadores que fazem uma captura brutal. Armando Silva também refere que muita dessa amêijoa é vendida para Espanha, num circuito que ASAE e a polícia conhecem bem. Fala de grupos organizados, que chegam na baixa-mar para fazer grandes apanhas para vender aos intermediários. Muita desta amêijoa entra num mercado de candonga, com vendas às escondidas nas ruas ou para vendas em alguns restaurantes. Esses restaurantes misturam esta amêijoa com a amêijoa legal, ensacada, depurada e com selo de garantia, afirma. Não como amêijoas em nenhum restaurante da margem Sul. Só como as compradas ensacadas, com o selo legal, em lojas que eu sei que são de confiança ou em grandes superfícies, remata.

9 Pág: 1 Área: 25,70 x 24,64 cm² Corte: 9 de 9 PATRÍCIA DE MELO MOREIRA/AFP/GETTY IMAGES Amêijoa apanhada no Tejo é grave ameaça à saúde pública Todos os dias são recolhidas ilegalmente toneladas de amêijoa no estuário do Tejo. Um negócio pirata que vale milhões e para o qual alertam autarcas, autoridades e um estudo científico Págs. 14 a 21

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