Ministério da Indústria e do Comércio

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1 Ministério da Indústria e do Comércio Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO Portaria nº 74 de 2 de abril de 988 O Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no alínea a do subitem 4. da Resolução do CONMETRO n º 0, de 27 de abril de 982; Considerando que os termômetros utilizados na determinação da temperatura do etanol (álcool etílico), devem atender às especificações estabelecidas pelo INMETRO; Considerando as recomendações previstas da Norma Brasileira registrada sob o nº 5 994/984 referente à padronização dos característicos dos termômetros de líquido em vidro, utilizados na determinação da temperatura do etanol e suas misturas com água, resolve Art. º Aprovar o Regulamento Técnico Metrológico que com esta baixa, estabelecendo as condições a que devem satisfazer os termômetros utilizados na determinação da temperatura do etanol e suas misturas com água. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Portaria MIC nº 9, de 3/7/966. Masao Ito Presidente do INMETRO

2 REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO A QUE SE REFERE A PORTARIA INMETRO Nº 74, DE 2 DE ABRIL DE Objetivo e Campo de Aplicação. O objetivo do presente Regulamento Técnico Metrológico é estabelecer as condições a que devem satisfazer os termômetros de líquido em vidro, utilizados na medição da temperatura do etanol (álcool etílico) e sua misturas com água..2 Os termômetros de líquido em vidro objeto do presente Regulamento Técnico Metrológico são de imersão total e têm escala interna. 2. Definições 2. Termômetro de líquido em vidro: Instrumento destinado a medir temperaturas, cujo funcionamento se baseia no estabelecimento do equilíbrio técnico entre ele e o sistema cuja temperatura se quer determinar. Consiste em um bulbo de vidro (sensor) ligado a um tubo capilar (indicador) contendo uma substância termométrica que se desloca dentro deste capilar e através da posição do menisco em relação a uma escala embutida na haste (escala interna) fornece a indicação da temperatura. 2.2 Termômetro de imersão total: Instrumento que indica a temperatura quando o bulbo e toda a coluna de líquido termométrico estão imersos no meio cuja temperatura se quer medir, isto é, a extremidade superior da coluna termométrica deve estar no plano da superfície do líquido. 2.3 Suporte da escala: Plaqueta graduada, (que pode ser feita de opalina ou plástico), fixada ao capilar por meio de grampos de metal ou saliências do próprio vidro. 2.4 Câmara de expansão: Câmara de forma hemisférica com capacidade suficiente para permitir um aquecimento do termômetro até 80ºC, que deve estar situada à distância mínima de 30mm acima da mais alta graduação da escala. 2.5 Graduação: Série de traços na haste do termômetro que determina os intervalos de temperatura. 2.6 Traços: Linhas retas perpendiculares ao capilar do termômetro, gravadas no suporte da escala. 2.7 Escala interna: Desenhada sobre plaqueta em plástico ou opalina, contendo traços e números e fixada na parte posterior do capilar. 3.Unidade de medida 3. É o grau Celsius, cujo símbolo é ºC 4. Classificação 4. Os termômetros designados neste Regulamento são classificados em dois tipos: a) E l L - termômetros de escala interna, longo; b)e I C - termômetros de escala interna, curto; onde: 0,2 ou 0,5 - significa graduação da escala em ºC; e, - 0/40 - significa os limites da escala nominal em ºC. 5. Construção 5. Forma: O termômetro deve ser reto, de seção transversal circular, de escala interna, conforme Anexo deste Regulamento. 5.2 Vidro: O termômetro deve ser construído em vidro especial, selecionado e processado, de modo a apresentar os seguintes característicos: 2

3 a) as tensões tanto no vidro do bulbo quanto no capilar, devem ser reduzidas a um nível suficiente, capaz de minimizar a possibilidade de quebra devido a choques térmicos ou mecânicos; b)o vidro do bulbo deve ser estabilizado através de tratamento térmico adequado a fim de que se cumpra o requisito apresentado no subitem 0. (erro máximo tolerado) deste Regulamento; c) a legibilidade das leituras não deve ser prejudicada pela devitrificação ou embaciamento; e, d) a imagem do menisco deve ser tão pouco distorcida quanto possível, devido a defeitos ou impurezas do vidro. 5.3 Corpo do termômetro: De vidro transparente, de seção reta circular, com capilar incolor. Admite-se também capilar em cor contrastante A indicação do ponto 0ºC da escala, deve ser marcada de forma indelével, no corpo do termômetro. 5.4 Capilar: O tubo capilar deve possuir a parede interna lisa e estar paralelo ao eixo do termômetro A área da seção reta do capilar não deve apresentar variações no seu diâmetro interno, superiores a 0% do seu valor médio O diâmetro interno do capilar deve ser suficientemente largo para assegurar que o salto do menisco não exceda a /5 do intervalo entre dois traços de graduação consecutivos. 5.5 Acabamento do topo do termômetro: O acabamento do topo, pode ser em forma de esfera de vidro unida ao invólucro por um estreitamento (ver Anexo deste Regulamento) ou com a anexação de um terminal metálico ou plástico, desde que este possua um meio que possibilite mantê-lo suspenso. 5.6 Substância de enchimento: O líquido termométrico deve ser o mercúrio, livre de qualquer impureza que venha a interferir no funcionamento do termômetro O espaço acima da coluna de mercúrio deve ser preenchido com gás inerte (nitrogênio). 5.7 Dimensões 3

4 5.7. Tabela Dimensões dos Termômetros. Dimensões (mm) Termômetro EIL/0,2 EIC/0,5 Comprimento total máximo Distância mínima entre o topo do bulbo e o limite inferior da escala nominal Comprimento mínimo da escala nominal Distância mínima entre o limite superior da escala nominal e o topo do termômetro Comprimento mínimo do bulbo 5 5 Distância máxima entre a extremidade inferior do capilar e o topo do bulbo (funil do bulbo) 5 5 Diâmetro do invólucro 8 ± 0,5 8 ± 0,5 Diâmetro externo do bulbo 6 ± 0,5 6 ± 0,5 Distância mínima entre a câmara de expansão e a mais alta graduação da escala Escala: A escala deve ser numerada com algarismos tipográficos alinhados verticalmente, sendo o algarismo da unidade colocado do lado direito do capilar, e o algarismo de dezena no lado esquerdo, conforme Anexo 2 deste Regulamento Subdivisão da escala a) 0,2 para o termômetro EIL; e, b) 0,5 para o termômetro EIC Graduação da escala a) traços longos, médios e curtos para o termômetro EIL 0,2/-0/40, conforme Anexo 2 deste Regulamento; b) traços longos, médios e curtos para o termômetro EIC 0,5/-0/40, conforme Anexo 2 deste Regulamento; c) os traços longos da escala devem ter no mínimo 0,8 vezes a largura da lâmina suporte da escala e os traços médios e curtos devem ter aproximadamente 0,7 e 0,4 vezes o comprimento dos traços longos, respectivamente; d) os traços de graduação devem ser perpendiculares ao eixo do termômetro e apresentar o mesmo comprimento em ambos os lados do capilar, quando o termômetro for visto de frente, na vertical; e) o espacejamento dos traços de graduação não deve apresentar irregularidades; f) Os traços de graduação devem ser nítidos, permanentes e de espessura não superior a /5 da distância entre dois traços de graduação consecutiva; g) os traços de graduação correspondentes ao limites da escala nominal devem ser longos; h) o prolongamento da escala nominal deve comportar duas subdivisões em cada uma das suas extremidades Numeração da escala: Deve ser colocada imediatamente acima do traço de graduação a 4

5 que se refere. 5.9 Porta-termômetro 5.9. Os termômetros utilizados na determinação da temperatura do etanol e de suas misturas com água, quando armazenados em tanques ou transportados em veículotanque rodoviário, à pressão normal, devem ser utilizados com porta-termômetro para recolhimento da amostra O porta-termômetro deve possuir suporte em madeira dura ou metal, e cuba em metal, com capacidade mínima de 00 ml O metal utilizado na construção do porta-termômetro não pode produzir centelha por fricção A fixação do termômetro no suporte deve ser feita, no mínimo em dois pontos, sem danificar sua haste e sem prejudicar a leitura da escala Quando da verificação inicial de termômetro acompanhado de porta-termômetro este deve ser também objeto de exame, e o conjunto receber certificado da verificação. 6. Inscrições Obrigatórias O termômetro deve ter as seguintes inscrições de forma clara e sem ambigüidade: a) identificação do fabricante; b) indicação do país de origem; c) tipo de imersão; d) número de série do instrumento; e, e) identificação do tipo do termômetro. 7. Aprovação de Modelo 7. De acordo com o capítulo III, item 8, alínea a da Resolução CONMETRO nº 0, de 27 de abril de 982, os instrumentos a que se refere este Regulamento devem ser submetidos à aprovação de modelo pelo INMETRO. 7.2 Solicitação de aprovação: O fabricante ou representante legal do mesmo deve apresentar requerimento acompanhado de memorial descritivo e documento de acordo com as instruções fornecidas pelo INMETRO Protótipo: Devem ser apresentados cinco protótipos, dos quais dois ficarão retidos no INMETRO, um no órgão executor da verificação inicial e os demais devolvidos ao fabricante. 7.3 Apreciação técnica do modelo 7.3. Análise da documentação: Exame do memorial descritivo, para comprovação da documentação Inspeção visual: Exame preliminar feito através de lente, com a finalidade de detectar fissuras, fraturas, oxidação no mercúrio, separação do líquido termométrico na coluna, ou qualquer outro defeito que possa invalidar a aprovação do termômetro, bem como, para verificar as inscrições obrigatórias e detalhes da escala. Nota:É importante que a inspeção visual seja feita antes dos ensaios constantes dos subitens e deste Regulamento Ensaio dimensional: Verificação da conformidade dos protótipos com os valores apresentados na tabela constante do subitem 5.7 deste Regulamento Ensaio de temperatura: Verificação das temperaturas -0, 0, 0, 20, 30, e 40ºC, com os protótipos, em posição vertical, sob pressão atmosférica normal e imerso corretamente em banho termostático, em comparação com dois padrões de escalas iguais entre si e maior que a do protótipo, admitindo-se como tolerância uma menor divisão da escala, 5

6 para mais ou para menos. 7.4 Decisão de aprovação: O termômetro será objeto de aprovação de modelo quando atender as exigências estabelecidas no subitem 7.3. e satisfazer aos ensaios especificados nos subitens 7.3.2, e deste Regulamento. 7.5 Modificação de modelo: Nenhuma modificação poderá ser efetuada, sem prévia autorização do INMETRO, em termômetro cujo modelo foi aprovado Os resultados de análise das modificações pretendidas, a critério do INMETRO, poderão determinar novo processo de aprovação de modelo. 7.6 Conformidade ao modelo aprovado: Os termômetros devem ser fabricados em conformidade com o modelo aprovado O exame de conformidade ao modelo aprovado consistirá na repetição dos ensaios previstos na apreciação técnica do modelo, constantes dos subitens 7.3.2, e deste Regulamento O exame de conformidade ao modelo aprovado será realizado a cada 5 (cinco) anos. 8. Verificação Inicial 8. A verificação inicial será efetuada em todos os instrumentos fabricados, antes de serem comercializados e deverá ser executada nas dependências do fabricante ou de Órgãos da Rede Nacional de Metrologia Legal. 8.2 Os termômetros apresentados para verificação inicial devem estar de acordo com o modelo aprovado Caso os característicos constatados no modelo aprovado não se reproduzam em um termômetro fabricado, de igual modelo, ele deverá, necessariamente, ser submetido aos ensaios previstos na apreciação técnica do modelo. 8.3 Ensaios: Devem ser efetuados de acordo com o estabelecido nos subitens 7.3.2, e deste Regulamento, referente à apreciação técnica do modelo, sendo o ensaio dimensional procedido segundo o plano de amostragem constante da tabela a seguir, com níveis de inspeção e de qualidade aceitável, selecionados da NBR 6426/977. Tabela 2 - Plano de amostragem para ensaio dimensional Tamanho do lote (N) 2 a a 50 5 a a 5000 Código A B C D Tamanho da amostra (n) Nota: As amostras devem ser sempre tomadas aleatoriamente Aceita (Ac) Rejeita (Re) 8.4 Aprovação em verificação inicial: O termômetro somente será aprovado se os resultados obtidos nos ensaios satisfizerem os requisitos do subitem 8.2 deste Regulamento. 9. Verificação Eventual 9. A verificação eventual será nas dependências de Órgãos da Rede Nacional de Metrologia Legal mediante solicitação do usuário e consistirá na execução dos ensaios previstos nos subitens e deste Regulamento. 9.2 Aprovação em verificação eventual: O termômetro somente será aprovado se os resultados obtidos nos ensaios satisfizerem os requisitos do subitem 9. deste 6

7 Regulamento. 0. Erro Máximo Tolerado 0. O erro máximo permitido no ensaio de temperatura é de uma menor divisão da escala, para mais ou para menos.. Verificação Periódica dos Padrões. Os termômetros de contato, bem como os padrões que regulam a temperatura do banho, devem ser aferidos em intervalos de tempo nunca superiores a 3 (três anos). 2. Disposições Gerais 2. Os fabricantes e os importadores de termômetros de líquido em vidro, utilizados na determinação da temperatura do etanol e suas misturas com água, devem solicitar ao INMETRO a aprovação dos modelos de seus instrumentos. 2.2 A exigência para solicitação de aprovação dos modelos e apresentação dos protótipos entrará em vigor 3 (três) meses a partir da publicação deste Regulamento do Diário Oficial da União. 2.3 Os termômetros em uso, que não satisfizerem a todos os itens deste Regulamento, poderão ser utilizados na determinação da temperatura do etanol e de suas misturas com água, desde que preencham às condições estabelecidas nos subitens e deste Regulamento. 2.4 Os fabricantes de termômetros devem colocar à disposição dos Órgãos da Rede Nacional de Metrologia Legal, os meios adequados necessários à realização da verificação inicial. 2.5 Os termômetros de líquido em vidro, para determinação da temperatura do etanol e suas misturas com água, importados, devem obedecer a todas as exigências contidas no presente Regulamento. 2.6 Para efeito do presente Regulamento, o importador assemelha-se ao fabricante. 2.7 Os termômetros para determinação da temperatura do etanol e suas misturas com água, fabricados exclusivamente para exportação, estão isentos da aprovação de modelo e da verificação inicial, salvo por solicitação dos interessados. 2.8 Aquele que, no exercício das atividades indicadas no item 8 da regulamentação metrológica, aprovada pela Resolução nº 0/982 do CONMETRO, utilizar-se dos instrumentos referidos no item deste Regulamento, ainda que como simples comodatário, arrendatário, usuário ou a qualquer título que seja, sob a ótica jurídica metrológica, for responsável pela transgressão aos preceitos constantes no Regulamento aprovado pela presente Portaria, está sujeito às sanções previstas no artigo 9º da lei nº 5966, de de dezembro de Disposição Transitória 3. Os termômetros já fabricados, que não satisfizerem a todos os itens deste Regulamento, continuarão a ser submetidos à verificação inicial por um prazo de até 6 (seis) meses a partir da publicação deste Regulamento no Diário Oficial da União. 3.. Os termômetros referidos no subitem 3. serão submetidos apenas aos ensaios previstos nos subitens e Desenhos Ilustrativos dos Termômetros Utilizados na Medição da Temperatura do Etanol e suas Misturas com Água. 4. Forma e Dimensões dos Termômetros. 4.2 Graduação das Escalas. 7

8 FORMA E DIMENSÕES DOS TERMÔMETROS FIGURA Escala : - Cotas em : mm 8

9 GRADUAÇÃO DAS ESCALAS FIGURA 2 Onde: a 0,4 c : b 0,7 c : c 0,8 d : d = largura do suporte da escala 9