C.G.C/CPF E.A. Fone/Fax (081)- CEP

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1 1. DADOS CADASTRAIS DO PROPONENTE Órgão/Entidade Proponente GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Endereço PRAÇA DA REPÚBLICA, S/N Nome do Responsável JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO RG/Órgão Expedidor Cargo GOVERNADOR Endereço Completo RUA ANTONIO PEDRO FIGUEREDO, N 171 C.G.C/CPF E.A /00-25 ESTADUAL Fone/Fax (081)- CEP CPF Função GOVERNADOR DE PERNAMBUCO CEP Fone/Fax 2. OUTROS PARTÍCIPES (INTERVENIENTE OU EXECUTOR ÓRGÃO/ENTIDADE: CNPJ: SECRETARIA DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS ENDEREÇO: Rua Benfica, 133-Madalena CIDADE: Recife U.F. PE CEP FONE: (81) E MAIL: / PÚBLICA/PRI VADA Pública CONTA CORRENTE: BANCO-NOME/CÓD. AGÊNCIA PRAÇA DE PAGTO. NOME DO RESPONSÁVEL: MARIA MIRTES CORDEIRO RODRIGUES CPF/MF CART.IDENT./ÓRGÃO EXP. CARGO: Secretária ENDEREÇO: Av. BERNARDO VIEIRA DE MELO, 2570 Apt 1302-Jaboatão dos Guararapes FUNÇÃO: CEP:

2 3.DESCRIÇÃO DO PROJETO TÍTULO DO PROJETO PERÍODO DE EXECUÇÃO APOIO TÉCNICO-OPERACIONAL ÀS MEDIDAS ALTERNATIVAS DE COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM PERNAMBUCO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO O projeto proposto visa: INÍCIO Outubro/06 TÉRMINO Fevereiro/07 Estruturação de uma Central de Apoio às Medidas e Penas Alternativas no Centro Integrado de Cidadania de Pernambuco CEAPA/CIC, diretamente ligada às Promotorias do Juizado Especial de Violência de Gênero e do Juizado Especial do Idoso para tratamento da Violência Doméstica, que permitam a adoção de medidas alternativas diferenciadas - de caráter educativo e socialmente útil - que incidam diretamente sobre a postura do agressor, através da constituição de uma política de atendimento profissional ao agressor e sua família com base no Convênio de Cooperação Técnica e Administrativa (em anexo), que integra o presente Projeto; Seleção e Capacitação da equipe de apoio técnico especializado para atuar na CEAPA/CIC para tratamento da Violência Doméstica em Pernambuco; Constituição de uma rede de serviços no atendimento às mulheres, aos homens e às crianças e adolescentes em situação de Violência Doméstica no Estado; Capacitação das Equipes de Apoio Técnico às Medidas e Penas Alternativas de sobre a temática da violência Doméstica do Estado; Realização de Seminário Nacional sobre Violência Doméstica com foco no balanço crítico dos 11 anos de funcionamento dos Juizados Especiais Criminais; e Sensibilização dos operadores do direito para o atendimento da demanda proveniente da Violência Doméstica, a fim de ampliar a compreensão destes profissionais acerca das especificidades desse tipo de violência; e JUSTIFICATIVA O autor da violência doméstica é punido com uma medida alternativa 1, como efeito restaurativo da ameaça e/ou da lesão corporal leve confirmada pela vítima. A violência doméstica é o resultado de agressões físicas ao companheiro ou companheira, decorrente de situações de desajuste familiar, conhecida como violência de gênero. O envolvimento de agressão contra idoso também caracteriza situação de violência doméstica. Em geral, a vítima de violência doméstica tem pouca auto-estima e se encontra atada na relação com quem a agride, seja por dependência emocional ou material. 1 Sanção penal para delitos de baixo potencial ofensivo, cuja punição é igual ou inferior a dois anos, característicos dos JEcrim s. Trata-se de medida alternativa por resultar de uma transação penal ou suspensão condicional do processo e não de uma pena propriamente dita. Pena alternativa é sanção penal para crimes de dois a quatro anos, em substituição à pena de prisão, conforme prevê a Lei 9.714/98. 2

3 de violência doméstica tem pouca auto-estima e se encontra atada na relação com quem a agride, seja por dependência emocional ou material. Dada a especificidade, a execução penal resultante da violência doméstica implica em um acompanhamento de alta complexidade, na medida em que exige a mediação de conflito junto à vítima e seu contexto familiar, ao mesmo tempo em que monitora o autor do fato ou o sujeito infrator em cumprimento da sanção penal. Para assegurar a eficácia no acompanhamento da execução dos casos de violência doméstica, faz-se necessário a estruturação de um suporte técnico-operacional especializado, de natureza psicossocial, e de uma rede de apoio que ofereça as vagas e os serviços necessários para assegurar a integração social do sujeito em conflito com a lei. Em Pernambuco, o Juizado Especial Criminal que trata, exclusivamente, de violência doméstica está passando por um processo de reestruturação. Com a criação do Centro Integrado de Cidadania, inaugurado em 03 de fevereiro de 2006, com a participação da Coordenação Geral de Reintegração Social do DEPEN. A CEAPA/CIC vem para suprir essa lacuna com a criação no CIC dos Juizados Especiais de Violência de Gênero e o Juizado Especial do Idoso, articulado com o Fórum Universitário da Universidade Católica de Pernambuco e o Núcleo Integrado pela segurança e Atenção à Mulher - NISAM. De uma forma geral, no caso brasileiro, a falta de uma estrutura compatível com a demanda gera a sensação de impunidade por parte da sociedade, inibe a vítima em prestar queixa contra o agressor e vulnerabiliza o processo de fiscalização do Poder Judiciário e do Ministério Público diante da sanção penal. No caso do Idoso, inclusive, o Ministério público de Pernambuco tem recebido várias denúncias anônimas que, por falta de estrutura para apoiar a sindicância, acaba sem a apuração do fato. A mídia tem, de forma recorrente, banalizado o caráter punitivo desse instituto penal, reduzindo as medidas alternativas à mera distribuição de cesta básica, abordando o tema da violência doméstica de forma tendenciosa. Em 2006, para romper com esse ciclo de violência e impunidade e imprimir uma nova fase político-institucional no Estado, o Poder Executivo criou a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, através da Lei , com a missão de promover e defender direitos, através da implementação de políticas públicas na área de prevenção criminal e inclusão social. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos SEJUDH - visa promover parcerias com órgãos da administração pública federal, estadual, municipal e entidades não-governamentais para a formulação de propostas e a implementação de ações relativas à proteção e defesa da justiça e dos direitos humanos, da cidadania, do idoso, da pessoa portadora de deficiência, da igualdade de gênero e de outros grupos sociais vulneráveis; além de incrementar ações na área de fomento a Conselhos que reúnam a população e os incentive a lutar por seus direitos com objetivo de apoiar instâncias colegiadas, onde governo e sociedade possam atuar de forma articulada na proposição e no desenvolvimento de políticas e ações voltadas para a promoção da justiça, dos direitos humanos e da cidadania. No âmbito da Secretaria Executiva de Justiça, à Gerência Estadual de Penas Alternativas caberá coordenar a execução do planejamento e monitoramento da política estadual de penas e medidas alternativas; estruturar núcleos de apoio à execução das penas e medidas alternativas para oferecer suporte técnico-operacional aos juizes, promotores e defensores públicos das comarcas e dos juizados especiais criminais representativos do estado; articular e implementar uma rede pública e social de apoio aos cumpridores das alternativas penais em parcerias com o Poder Público e a comunidade local; e desenvolver programas de integração social. 3

4 Tendo em vista que o contingenciamento de recursos na esfera do governo federal nos últimos dois anos e os recursos orçamentários do tesouro estadual destinados a essa nova Secretaria, no momento atual, não vislumbram investimentos condizentes com o nível de demanda reprimida na área da Justiça, faz-se necessário pleitear aportes financeiros junto ao Departamento Penitenciário Nacional, através de convênios de financiamento e cooperação técnica, que permitam a reversão desse quadro de violência, beneficiando a comunidade pernambucana em geral, sobretudo, aquelas que contemplam o Centro Integrado da Cidadania de Pernambuco, fruto de parceria do Estado de Pernambuco com o Ministério da Justiça. Através de projetos dessa natureza, Pernambuco poderá deixar, em médio prazo, de liderar a violência na região do Nordeste, bem como Recife ser considerada a capital 2 mais violenta do Brasil. 2 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA,

5 4. CRONOGRAMA DO PROJETO Meta 1 Etap a/ Fase Especificação Estruturação da CEAPA/CIC. Indicador Físico Duração Qtde Início Term. - Agosto06 Agosto/ Licitação/aquisição de material de consumo e permanente Agosto/ Seleção e contratação de pessoal Capacitação da equipe de apoio técnico especializada para atuar na CEAPA/CIC para tratamento da Violência Doméstica 2.2 Monitoramento da equipe de apoio técnico especializada 3 Constituição de uma rede de serviços no atendimento às mulheres, aos homens e ao idoso em situação de Violência Doméstica no Estado Entidades Parceiras 55 Out/ Articulação com a sociedade civil organizada e capacitação das entidades parceiras Relatório 3.2 Monitoramento da rede de serviço com visita à instituições parceiras Visita Oficinas de Capacitação sobre Violência Doméstica para as equipes técnicas das CEAPAs de Pernambuco Oficina Seminário Nacional sobre Violência Doméstica com foco no balanço crítico dos 11 anos dos JECRIMs Seminário 200 pessoas Relatório Final Relatório 1 5

6 5- PLANO DE APLICAÇÃO (R$ 1,00) Código Especificação Concedente Proponente TOTAL Material de Consumo Outros Serviços de Terceiros Despesa c/ pessoal /pessoa física Material Permanente TOTAL GERAL CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$ 1,00) Concedente: Meta Julho/06 Agosto/06 Out/ ,00 Proponente (Contrapartida): Meta Julho/06 Agosto/06 Out/ , , ,00 6

7 7. DECLARAÇÃO Na qualidade de representante legal do proponente, declaro, para fins de prova junto à Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, para os efeitos e sob as penas do art. 299 do Código Penal, que inexiste mora ou débito junto a qualquer órgão ou instituição da Administração Pública Federal direta ou indireta que impeça a transferência de recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da União, na forma deste Plano de Trabalho. Local e data Assinatura e carimbo 8. APROVAÇÃO PELO CONCEDENTE Aprovado: De acordo com as exigências contidas na Instrução Normativa n 1, de 15 de janeiro de 1997, da Secretaria de Tesouro Nacional. Brasília, / /2006 Maurício Kuehne Diretor do DEPEN 7