PARECER N.º 538/CITE/2015

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PARECER N.º 538/CITE/2015"

Transcrição

1 PARECER N.º 538/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à recusa de pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro Processo n.º 1703 FH/2015 I OBJETO 1.1. A CITE recebeu a da entidade empregadora, S.A., pedido de emissão de parecer prévio à recusa de prestação de trabalho em regime de horário flexível solicitado pela trabalhadora, com a categoria profissional de fiel de armazém na Loja do 1.2. O pedido apresentado pela trabalhadora e recebido na entidade empregadora a , foi feito nos termos que a seguir se transcrevem:, ( ), V. trabalhadora com a categoria profissional de fiel de armazém na Loja, vem pela presente expor o seguinte: Celebrei contrato de trabalho com V.ª Exas. em janeiro de 2005, tendo sido contratada para exercer as funções inerentes à categoria de vendedora-ajudante 3.ª com um período normal de trabalho de 40 horas semanais. Em outubro de 2013 outorgamos um aditamento ao referido contrato, passando a exercer as funções à categoria de fiel de armazém e com um período normal de trabalho de 25 horas semanais, passando a ter o seguinte horário de trabalho: Segunda 10.00H às 15H Terça FOLGA Quarta 10H às 15H Quinta 10H às 15H RUA VIRIATO, N.º 7, 1.º 2.º e 3.º LISBOA TELEFONE: geral@cite.pt 1

2 Sexta 10H às 15H Sábado 18H às 23H ou FOLGA Domingo 18H às 23H ou FOLGA (folga uma vez por mês) Sucede que o horário de Sábado e Domingo põe em risco o cumprimento das minhas obrigações parentais para com a minha filha, de 4 anos de idade, porquanto não tenho qualquer suporte familiar ou outro que me permita coloca-la à guarda de outrem durante o período da noite, designadamente entre as 18H e as 23H. ( ) Pelo exposto, venho junto de V. Exas requerer, com antecedência de 30 dias (cfr. art.º 57.º CT), a aplicação do regime previsto para trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades parentais, designadamente no que respeita à prestação do trabalho durante a manhã e tarde (cfr. art.º 55.º CT) ou, em alternativa, o regime de horário flexível de trabalhador com responsabilidades parentais (cfr. art.º 56.º CT), por forma a que o meu período normal de trabalho aos Sábados e Domingos seja prestado de modo compatível com as minhas obrigações parentais e necessidade de cumprimento de horários e rotinas que permitam um crescimento saudável à minha filha. Para tanto, indico desde já o horário da minha preferência: Segunda 10.00H às 15H Terça FOLGA Quarta 10H às 15H Quinta 10H às 15H Sexta 10H às 15H Sábado 10H às 15H Domingo FOLGA ( ) A intenção de recusa entregue em mão à trabalhadora a refere o que a seguir se transcreve: Exma. Senhora, Rua Viriato, n.º 7 1º, 2º e 3º Pisos, LISBOA TELEFONE: FAX: /62 geral@cite.pt 2

3 Serve a presente para informar V. Exa. que, em resposta ao seu pedido de regimen previsto para trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades parentais, foi decidido recusar o pedido pelos motivos seguintes: Su contrato atual com empresa é de tempo parcial com un período normal de trabalho de 25 horas semanais, segun aditamento de 1 de outubro de 2013, por tanto debemos recusar poderse acoger no regime do artigo 55 do Código de Trabalho por não corresponderse com condições legais requeridas, a saber petição de trabalho a tempo parcial com período normal de trabalho correspondente a metade do praticado a templo completo numa situação comparável. Em referência a sua petição em alternativa, de regime de horário flexível de trabalhador com responsabilidades parentais do artigo 56 do Código de Trabalho, vemos a recusar o pedido pelos motivos seguintes: 1) O estabelecimento/local de trabalho funciona das às horas, de 2ª feira a domingo; 2) O período de funcionamento é assegurado só por você com categoria e funções de armazenista e há 2 trabalhadores mais a tempo parcial com prestação em regime de turnos rotativos mas como assistente de vendas; 3) O horário que tem atualmente é praticamente de manhã exceto 1 dia semanais, sendo para a empresa um esforço para poder manter; 4) No dia 1 de outubro de 2013 quando foi-lhe dito que a vaga era para 25h semanais, nessa altura, o horário seria 5h diárias, 5 dias por semana, sendo que a folga fixa era terça-feira (não recebemos mercadorias na loja) e a outra, para já, seria o domingo. Durante a semana o horário seria das 10 às 15 e ao fim de semana das 18 às 23. Foilhe dito também que, a esta data, este horário era possível mas, com o passar do tempo e com as alterações na equipa, poderia ter que haver alterações no mesmo; você concordou com as condições apresentadas e no aditamento do contrato assinado concorda com livre definição do horário fica cargo da empresa. 5) Como se sabe, esta é uma loja de shopping, como tal, ao fim de semana a loja tem muito movimento havendo necessidade de um mínimo de 6 pessoas a trabalhar (domingo). Uma vez que os full-times que trabalham ao domingo tem obrigatoriamente folga à segunda, e para não prejudicar o horário nesse dia, há necessidade de 2 part-times trabalharem ao domingo. RUA VIRIATO, N.º 7, 1.º 2.º e 3.º LISBOA TELEFONE: geral@cite.pt 3

4 6) Em relação ao sábado, como é prática normal, os full-times não têm folga, daí que tem quatro pessoas no período da manhã, não justificando a presença da armazenista. Além disso, é no período da tarde/noite que há um acumular de tarefas que justificam essa mesma presença. 7) O horário de trabalho proposto não se trata de um horário flexível, mas sim de um horário de trabalho fixo das às horas na pretensão de poder isentar-se da prestação de trabalho por turnos, ficando assim isenta de fazer trabalho noturno e consequentemente desvirtuar a organização do tempo de trabalho; 8) A aceitação do horário proposto afetaria o regular e eficaz funcionamento dos serviços, especialmente no que respeita às relações com o público e originaria a necessidade de contratação de um trabalhador para turno da noite e ainda sendo a única armazenista na loja, o que se tornaria incomportável para a empresa que cumpre as suas obrigações sociais e legais, e pesar das dificuldades económicas existentes, motivadas pela crise económica. Assim, pelo exposto, e considerando as exigências imperiosas de funcionamento da empresa/estabelecimento, com o quadro de trabalho existente, verifica-se a impossibilidade de satisfazer o seu pedido. Mas vimos informar que a tem uma proposta: a) Trabalhar com turno das às horas, sendo as folgas semanais na Terça e Sábado. Não sendo possível dar-lhe este horário nas férias, pois tem de cobrir as férias das colegas; e nos saldos, sendo a altura de mais trabalho na loja A a trabalhadora através do seu mandatário apresentou a apreciação à intenção de recusa, nos seguintes termos:, ( ), V. trabalhadora com a categoria profissional de fiel de armazém na Loja, vem pela presente, nos termos do n.º 4 do art.º 57.º do CT, e face à recusa de horário flexível de trabalhador com responsabilidades parentais, apresentar a sua apreciação nos seguintes termos: I Da Tempestividade Rua Viriato, n.º 7 1º, 2º e 3º Pisos, LISBOA TELEFONE: FAX: /62 geral@cite.pt 4

5 1 - Nos termos do n.º 3 do art.º 57.º do CT, o empregador tem o prazo de 20 dias para comunicar ao trabalhador, por escrito, a sua decisão. 2 - A trabalhadora apresentou o seu pedido de horário flexível de trabalhador com responsabilidades parentais em , data em que a empregadora, S.A., recebeu o dito pedido na sua sede (cfr. documentos que se juntam). 4 - Sucede que o empregador comunicou por escrito a referida decisão em (mediante entrega em mão) - ou seja, após decorrido o prazo legal para o efeito. 5 - O documento entregue em mão foi assinado pela trabalhadora, a qual lhe apôs a data pelo seu punho. 6 - Pelo que, aquando do envio do processo pelo empregador à CITE, solicita seja remetido outrossim o comprovativo de entrega da decisão de recusa à trabalhadora. 7 - Ora, nos termos do n.º 8 do art.º 57.º CT, considera-se que o empregador aceita o pedido do trabalhador nos seus precisos termos se não comunicar a intenção de recusa no prazo de 20 dias após a receção do pedido. 8 - Sendo assim, deverá considerar-se aceite o pedido da trabalhadora. II Dos Fundamentos 9 - Quanto aos fundamentos invocados para a recusa, os mesmos não deverão proceder A trabalhadora é mãe de uma menor de 4 anos de idade e não tem suporte familiar ou outro que lhe permita colocá-la à guarda de outrem no período da noite ao Sábado e, principalmente e de forma crítica, ao Domingo Daí que a trabalhadora tenha requerido regime de trabalho flexível por forma a que o período de trabalho aos fins de semana seja compatível com as suas obrigações parentais E daí que tenha proposto um horário preferencial, nos termos do qual passaria a trabalhar durante a tarde de Sábado [em que lhe ainda é possível assegurar a guarda da sua filha] com folga ao Domingo [em que lhe é de todo impossível fazê-lo] Tal horário não pretende a isenção da prestação de trabalho por turnos e desvirtua a organização do tempo de trabalho, como refere o empregador em 7) Pretende apenas a conciliação da sua atividade profissional com o seu papel de mãe É verdade que a trabalhadora é a única armazenista da loja. RUA VIRIATO, N.º 7, 1.º 2.º e 3.º LISBOA TELEFONE: geral@cite.pt 5

6 16 - E, como refere a empregadora em 4), folga à Terça urna vez que a loja não recebe mercadorias nesse dia Mas também não recebe aos Sábados e Domingos. I8 - Na verdade, a loja recebe mercadorias em dias fixos, a saber: Segunda, Quarta, Quinta e Sexta Pelo que a atividade de armazenista não é imprescindível aos Sábados e Domingos Ademais, sempre se diga que aos Sábados e Domingos a trabalhadora não exerce as funções atinentes à categoria de armazenista, exercendo de facto antes as funções de vendedora Funções de vendedora aliás essas que exerceu entre 2005 e outubro de 2013, altura em que deu o seu acordo à alteração da sua categoria profissional Por isso não se antevê como o facto de ser a única armazenista possa conflituar com a possibilidade de realização de horário durante do período da tarde ao Sábado e folga ao Domingo Mais. A trabalhadora, como alegado no pedido de horário flexível, tem o seguinte horário habitual aos Domingos: das 18h às 23h ou folga uma vez por semana Sendo que recentemente (já após o pedido de horário flexível) lhe foi dado um horário ao Domingo de 8 horas, das 14h às 23h (!) (tendo-lhe sido retirada 1 hora diária no horário de Segunda a Sexta) Ora, considerando que no seu horário habitual folga uma vez por mês ao Domingo, como pode o empregador afirmar como o faz em 5) que é imprescindível o seu trabalho nesse dia? 26 - Quanto aos Sábados, alega o empregador em 6) que em relação esse dia a presença de um armazenista é justificada apenas no período da tarde/noite Ocorre que o horário habitual aos Sábados é das l8h às 23h ou folga, sendo que recentemente tem folgado ao Sábado Pelo que não se vislumbra, também aqui, que, folgando a trabalhadora por vezes ao Sábado, o seu trabalho seja imprescindível nesses dias no período da tarde/noite Quanto ao Domingo, alega ainda o empregador que há necessidade de dois trabalhadores a tempo parcial. Rua Viriato, n.º 7 1º, 2º e 3º Pisos, LISBOA TELEFONE: FAX: /62 geral@cite.pt 6

7 30 - Todavia, após o pedido de horário flexível, foi contratado um terceiro Registe-se por fim que o empregador na sua resposta [designadamente de 5) a 8) - salvo melhor opinião, os únicos pontos relevantes) limita-se a tecer juízos conclusivos que retira de factos que não alega Assim: ( ) 33 - O empregador cinge-se assim a esgrimir conclusões que retira de factos nenhuns, pelo que não é indicado verdadeiro fundamento para a recusa, talqualmente o exige o n.º 4 do art.º 58.º do CT Por fim, anote-se que o horário proposto pelo empregador - sempre no turno da noite - agravaria ainda sobremaneira a conciliação da atividade profissional da trabalhadora com o seu papel de mãe Pelo que dificilmente tal se coaduna com uma manifestação de boa fé por parte do empregador, pelo contrário. Nestes termos e nos melhores de Direito, deve o pedido de horário flexível ser aceite. II ENQUADRAMENTO JURÍDICO 2.1. O artigo 68.º da Constituição da República Portuguesa estabelece que: 1. Os pais e as mães têm direito à proteção da sociedade e do Estado na realização da sua insubstituível ação em relação aos filhos, nomeadamente quanto à sua educação, com garantia de realização profissional e de participação na vida cívica do país. 2. A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes O disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 59.º da lei fundamental portuguesa estabelece como garantia de realização profissional das mães e pais trabalhadores que Todos os trabalhadores (...) têm direito (...) à organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da atividade profissional com a vida familiar. RUA VIRIATO, N.º 7, 1.º 2.º e 3.º LISBOA TELEFONE: geral@cite.pt 7

8 2.3. Assim, e para concretização dos princípios constitucionais enunciados e sob a epígrafe Horário flexível de trabalhador com responsabilidades familiares, prevê o artigo 56.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, o direito do trabalhador, com filho menor de doze anos ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica, a trabalhar em regime de horário flexível, entendendo-se que este horário é aquele em que o trabalhador pode escolher, dentro de certos limites, as horas de início e termo do período normal de trabalho diário Para que o/a trabalhador/a possa exercer este direito, estabelece o n.º 1 do art.º 57.º do CT que o trabalhador que pretenda trabalhar a tempo parcial ou em regime de horário flexível deve solicitá-lo ao empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias, com os seguintes elementos: a) Indicação do prazo previsto, dentro do limite aplicável; b) Declaração da qual conste: que o menor vive com ele em comunhão de mesa e habitação Uma vez requerida esta pretensão, o empregador apenas tem a possibilidade de recusar o pedido com fundamento em exigências imperiosas do funcionamento da empresa ou na impossibilidade de substituir o/a trabalhador/a se este/a for indispensável dispondo, para o efeito, do prazo de vinte dias, contados a partir da receção do pedido do/a trabalhador/a, para lhe comunicar por escrito a sua decisão. Se o empregador não observar o prazo indicado para comunicar a intenção de recusa, considera-se aceite o pedido do/a trabalhador/a, nos termos da alínea a) do n.º 8 do artigo 57.º do Código do Trabalho Em caso de recusa, é obrigatório o pedido de parecer prévio à CITE, nos cinco dias subsequentes ao fim do prazo estabelecido para apreciação pelo/a trabalhador/a implicando a sua falta, de igual modo, a aceitação do pedido, nos termos da alínea c) do n.º 8 do artigo 57.º do Código do Trabalho. Rua Viriato, n.º 7 1º, 2º e 3º Pisos, LISBOA TELEFONE: FAX: /62 geral@cite.pt 8

9 Ainda assim, mesmo em presença do pedido de emissão de parecer prévio no prazo indicado na lei, caso a intenção de recusa da entidade empregadora não mereça parecer favorável desta Comissão, tais efeitos só poderão ser alcançados através de decisão judicial que reconheça a existência de motivo justificativo Convém esclarecer o conceito de horário de trabalho flexível à luz do preceito constante no n.º 2 do artigo 56.º do CT, em que se entende por horário flexível aquele em que o trabalhador pode escolher dentro de certos limites, as horas de início e termo do período normal de trabalho Nos termos do n.º 3 do citado artigo 56.º do mesmo diploma legal: O horário flexível, a elaborar pelo empregador, deve: a) Conter um ou dois períodos de presença obrigatória, com duração igual a metade do período normal de trabalho diário; b) Indicar os períodos para início e termo do trabalho normal diário, cada um com duração não inferior a um terço do período normal de trabalho diário, podendo esta duração ser reduzida na medida do necessário para que o horário se contenha dentro do período de funcionamento do estabelecimento; c) Estabelecer um período para intervalo de descanso não superior a duas horas Neste regime de trabalho, o/a trabalhador/a poderá efetuar até seis horas consecutivas de trabalho e até dez horas de trabalho em cada dia e deve cumprir o correspondente período normal de trabalho semanal, em média de cada período de quatro semanas Pretendeu, então, o legislador instituir o direito à conciliação da atividade profissional com a vida familiar conferindo ao/à trabalhador/a com filhos/as menores de 12 anos a possibilidade de solicitar ao seu empregador a prestação de trabalho em regime de horário flexível. Esta possibilidade traduz-se na escolha, pelo/a trabalhador/a, e dentro de certos limites, das horas para início e termo do período normal de trabalho diário, competindo ao empregador elaborar esse 1 Vide artigo 57.º, n.º 7 do Código do Trabalho. RUA VIRIATO, N.º 7, 1.º 2.º e 3.º LISBOA TELEFONE: geral@cite.pt 9

10 horário flexível observando, para tal, as regras indicadas no n.º 3 do artigo 56.º do CT. Tal implica, necessariamente, que o empregador estabeleça, dentro da amplitude determinada pelo/a trabalhador/a requerente, períodos para início e termo do trabalho diário, cada um com duração não inferior a um terço do período normal de trabalho diário, podendo esta duração ser reduzida na medida do necessário para que o horário se contenha dentro do período de funcionamento do estabelecimento/serviço Esclareça-se que sendo concedido aos/às pais/mães trabalhadores com filhos/as menores de 12 anos ou, independentemente da idade, com doença crónica ou deficiência um enquadramento legal de horários especiais, designadamente, através da possibilidade de solicitar horários que lhes permitam atender às responsabilidades familiares, ou através do direito a beneficiar do dever que impende sobre o empregador de lhes facilitar a conciliação da atividade profissional com a vida familiar, as entidades empregadoras deverão desenvolver métodos de organização dos tempos de trabalho que respeitem tais desígnios e que garantam o princípio da igualdade dos/as trabalhadores/as No contexto descrito a trabalhadora trabalha a tempo parcial e solicitou à entidade empregadora a , um horário de trabalho flexível indicando para o efeito os horários diários pretendidos É pois de considerar que o fundamento em exigências imperiosas do funcionamento da empresa ou na impossibilidade de substituir o/a trabalhador/a, se este/a for indispensável, deve ser interpretado no sentido de exigir ao empregador a clarificação e demonstração inequívocas de que a organização dos tempos de trabalho não permite a concessão do horário que facilite a conciliação da atividade profissional com a vida familiar do/a trabalhador/a com responsabilidades familiares, designadamente, tal como for requerido; como tal organização dos tempos de trabalho não é passível de ser alterada por razões incontestáveis Rua Viriato, n.º 7 1º, 2º e 3º Pisos, LISBOA TELEFONE: FAX: /62 geral@cite.pt 10

11 ligadas ao funcionamento da empresa ou em como existe impossibilidade de substituir o/a trabalhador/a se este/a for indispensável Ora, o pedido de trabalho em regime de horário flexível foi rececionado na entidade empregadora a , tendo a entidade empregadora até dia , inclusive, para notificar a trabalhadora. Contudo, a trabalhadora recebeu em mão a intenção de recusa a Ou seja, na data em que a trabalhadora foi notificada da intenção de recusa do pedido de horário flexível, já havia decorrido o prazo de 20 dias previsto no n.º 3 do artigo 57.º do Código do Trabalho Neste sentido, o Código do Trabalho, ao abrigo da al. a) do n.º 8 do artigo 57.º determina que o empregador aceita o pedido da trabalhadora nos seus precisos termos se não comunicar a intenção de recusa no prazo de 20 dias após a receção do pedido Nestes casos, o efeito jurídico determinado por lei torna extemporânea a análise da fundamentação constante da intenção de recusa, ainda assim diga-se que a entidade empregadora não apresenta razões que demonstrem exigências imperiosas do seu funcionamento, nem se verifica objetiva e inequivocamente que o horário requerido pela trabalhadora, ponha em causa esse funcionamento, uma vez que o não concretiza os períodos de tempo que, no seu entender, deixariam de ficar convenientemente assegurados, face aos meios humanos necessários e disponíveis e à aplicação do horário pretendido por aquela trabalhadora Ainda assim, refira-se que o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras com responsabilidades familiares não implica a desvalorização da atividade profissional que prestam nem a depreciação dos interesses dos empregadores. Pelo contrário, o direito à conciliação da atividade profissional com a vida familiar, consignado na alínea b) do n.º 1 do artigo 59.º da Constituição da República Portuguesa, é um direito especial que visa harmonizar ambas as RUA VIRIATO, N.º 7, 1.º 2.º e 3.º LISBOA TELEFONE: geral@cite.pt 11

12 conveniências, competindo à entidade empregadora organizar o tempo de trabalho de modo a dar cumprimento ao previsto na lei sobre a proteção ao exercício da parentalidade. III CONCLUSÃO Face ao exposto e analisados os fundamentos alegados pela entidade empregadora: 3.1. A CITE emite parecer desfavorável à intenção de recusa da entidade empregadora, relativamente ao pedido de trabalho em regime de horário flexível, apresentado pela trabalhadora, quer pelas razões acima expendidas, quer pela preterição do prazo legalmente previstos no n.º 3 do artigo 57.º do Código do Trabalho O empregador deve proporcionar à trabalhadora condições de trabalho que favoreçam a conciliação da atividade profissional com a vida familiar e pessoal, e, na elaboração dos horários de trabalho, deve facilitar à trabalhadora essa mesma conciliação, nos termos, respetivamente, do n.º 3 do artigo 127.º, da alínea b) do n.º 2 do artigo 212.º e n.º 2 do artigo 221.º todos do Código do Trabalho em conformidade, com o correspondente princípio, consagrado na alínea b) do n.º 1 do artigo 59.º da Constituição da República Portuguesa. APROVADO POR UNANIMIDADE DOS MEMBROS PRESENTES NA REUNIÃO DA CITE DE 2 DE DEZEMBRO DE 2015, CONFORME CONSTA DA RESPETIVA ATA, NA QUAL SE VERIFICA A EXISTÊNCIA DE QUORUM CONFORME LISTA DE PRESENÇAS ANEXA À MESMA ATA. Rua Viriato, n.º 7 1º, 2º e 3º Pisos, LISBOA TELEFONE: FAX: /62 geral@cite.pt 12

PARECER N.º 13/CITE/2016

PARECER N.º 13/CITE/2016 PARECER N.º 13/CITE/2016 Assunto: Parecer prévio à recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei

Leia mais

PARECER N.º 255/CITE/2016

PARECER N.º 255/CITE/2016 PARECER N.º 255/CITE/2016 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 123/CITE/2012

PARECER N.º 123/CITE/2012 PARECER N.º 123/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

PARECER N.º 383/CITE/2015

PARECER N.º 383/CITE/2015 PARECER N.º 383/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

PARECER N.º 116/CITE/2013

PARECER N.º 116/CITE/2013 PARECER N.º 116/CITE/2013 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhador com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

PARECER N.º 37/CITE/2016

PARECER N.º 37/CITE/2016 PARECER N.º 37/CITE/2016 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 330/CITE/2014

PARECER N.º 330/CITE/2014 PARECER N.º 330/CITE/2014 Assunto: Parecer prévio à recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei

Leia mais

PARECER N.º 114/CITE/2016

PARECER N.º 114/CITE/2016 PARECER N.º 114/CITE/2016 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 79/CITE/2013

PARECER N.º 79/CITE/2013 PARECER N.º 79/CITE/2013 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

PARECER N.º 14/CITE/2011

PARECER N.º 14/CITE/2011 PARECER N.º 14/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio à recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do

Leia mais

PARECER N.º 6/CITE/2005

PARECER N.º 6/CITE/2005 PARECER N.º 6/CITE/2005 Assunto: Parecer prévio à prestação de trabalho a tempo parcial, nos termos dos n. os 2 e 6 do artigo 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 3 TP/2005 I OBJECTO 1.1.

Leia mais

PARECER N.º 374/CITE/2015

PARECER N.º 374/CITE/2015 PARECER N.º 374/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 94/CITE/2016

PARECER N.º 94/CITE/2016 PARECER N.º 94/CITE/2016 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 359/CITE/2015

PARECER N.º 359/CITE/2015 PARECER N.º 359/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

Leis do Trabalho. Tudo o que precisa de saber, 3.ª EDIÇÃO. Atualização online II

Leis do Trabalho. Tudo o que precisa de saber, 3.ª EDIÇÃO. Atualização online II Leis do Trabalho Tudo o que precisa de saber, 3.ª EDIÇÃO Atualização online II A entrada em vigor da Lei n. 120/2015, de 1 de setembro, obriga à reformulação das perguntas 34, 46, 110 e 112 e dos Anexos

Leia mais

PARECER N.º 224/CITE/2014

PARECER N.º 224/CITE/2014 PARECER N.º 224/CITE/2014 Assunto: Parecer prévio à recusa de pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei

Leia mais

PARECER N.º 31/CITE/2014. Assunto: Informação para gozo da Licença Parental Complementar na modalidade a tempo parcial Processo n.

PARECER N.º 31/CITE/2014. Assunto: Informação para gozo da Licença Parental Complementar na modalidade a tempo parcial Processo n. PARECER N.º 31/CITE/2014 Assunto: Informação para gozo da Licença Parental Complementar na modalidade a tempo parcial Processo n.º 76 DV/2014 I OBJETO 1.1. Em 23.01.2014, a CITE recebeu do mandatário da

Leia mais

Parecer N.º DAJ 55/17. Data 10 de março de José Manuel Lima. Emprego público LTFP Tempo parcial Remuneração. Temáticas abordadas.

Parecer N.º DAJ 55/17. Data 10 de março de José Manuel Lima. Emprego público LTFP Tempo parcial Remuneração. Temáticas abordadas. Parecer N.º DAJ 55/17 Data 10 de março de 2017 Autor José Manuel Lima Temáticas abordadas Emprego público LTFP Tempo parcial Remuneração Notas 1 6 Tendo em atenção o exposto por email de 23 de fevereiro,

Leia mais

Concessão do estatuto de trabalhador-estudante

Concessão do estatuto de trabalhador-estudante Pela Lei, de 29 de Julho, que regulamenta a Lei Nº, de 27 de Agosto que aprovou o Código do Trabalho foi revogada a Lei Nº116/97, de 4 de Novembro (Estatuto do Trabalhador Estudante). Transcrevem-se, assim,

Leia mais

Assunto: Dispensa para amamentação /Pedido de informação Processo: 860 DV/2015

Assunto: Dispensa para amamentação /Pedido de informação Processo: 860 DV/2015 PARECER N.º 285/CITE/2015 Assunto: Dispensa para amamentação /Pedido de informação Processo: 860 DV/2015 I OBJETO 1.1. Em 28.4.2015, CITE recebeu da trabalhadora, enfermeira, um pedido de informação relativamente

Leia mais

Serviço de Apoio Jurídico

Serviço de Apoio Jurídico Serviço de Apoio Jurídico Legislação Útil SUBSECÇÃO IV Parentalidade Artigo 33.º Parentalidade 1 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes. 2 Os trabalhadores têm direito à protecção

Leia mais

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO Setembro/2013 ÍNDICE Pág. 1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO... 3 2. REGIMES DE TEMPO... 3 2.1. TRABALHO A TEMPO

Leia mais

PARECER N.º 6/CITE/2003

PARECER N.º 6/CITE/2003 PARECER N.º 6/CITE/2003 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 8 do artigo 18.º e n.º 2 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n.º 7/2003 I - OBJECTO 1.1. A CITE recebeu,

Leia mais

RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 238/CITE/2013

RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 238/CITE/2013 RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 238/CITE/2013 Assunto: Resposta à Reclamação do Parecer n.º 238/CITE/2013: Parecer prévio à recusa de pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível,

Leia mais

PARECER N.º 438/CITE/2015

PARECER N.º 438/CITE/2015 PARECER N.º 438/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora lactante, por extinção de posto de trabalho, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO Julho/2016 ÍNDICE Pág. 1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO... 3 2. REGIMES DE TEMPO... 3 2.1. TRABALHO A TEMPO COMPLETO...

Leia mais

PARECER N.º 747/CITE/2017

PARECER N.º 747/CITE/2017 PARECER N.º 747/CITE/2017 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado

Leia mais

PARECER N.º 15/CITE/2015

PARECER N.º 15/CITE/2015 PARECER N.º 15/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

NOTA JUSTIFICATIVA. A Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprovou a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas,

NOTA JUSTIFICATIVA. A Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprovou a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, Coimbra, janeiro 2017 NOTA JUSTIFICATIVA A Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprovou a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, abreviadamente designada por LTFP veio regular o vínculo de trabalho

Leia mais

ESTATUTO DO TRABALHADOR- CÓDIGO DO TRABALHO ESTUDANTE CAPÍTULO I SECÇÃO II. Preâmbulo. Subsecção VIII. Trabalhador-Estudante. Artº 17º.

ESTATUTO DO TRABALHADOR- CÓDIGO DO TRABALHO ESTUDANTE CAPÍTULO I SECÇÃO II. Preâmbulo. Subsecção VIII. Trabalhador-Estudante. Artº 17º. ESTATUTO DO TRABALHADOR- CÓDIGO DO TRABALHO ESTUDANTE (Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto) CAPÍTULO I SECÇÃO II Preâmbulo Subsecção VIII Trabalhador-Estudante Artº 17º Trabalhador-estudante O disposto nos

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 39/XIII

PROPOSTA DE LEI N.º 39/XIII PROPOSTA DE LEI N.º 39/XIII PROCEDE À 13.ª ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO TRABALHO E À 4.ª ALTERAÇÃO AO DECRETO-LEI N.º 91/2009, DE 9 DE ABRIL, NA SUA REDAÇÃO ATUAL, NO SENTIDO DO REFORÇO DO REGIME DE PROTEÇÃO

Leia mais

Do direito à compensação dos encargos resultantes das dispensas dos eleitos locais e das faltas dadas ao abrigo do Estatuto do Dirigente Associativo

Do direito à compensação dos encargos resultantes das dispensas dos eleitos locais e das faltas dadas ao abrigo do Estatuto do Dirigente Associativo ASSUNTO: Do direito à compensação dos encargos resultantes das dispensas dos eleitos locais e das faltas dadas ao abrigo do Estatuto do Dirigente Associativo Parecer n.º: INF_DSAJAL_LIR_5833/2019 Data:

Leia mais

1 - Devem ser gozados em continuidade o descanso semanal obrigatório e um período de onze horas correspondente ao descanso diário estabelecido no

1 - Devem ser gozados em continuidade o descanso semanal obrigatório e um período de onze horas correspondente ao descanso diário estabelecido no 1 - Devem ser gozados em continuidade o descanso semanal obrigatório e um período de onze horas correspondente ao descanso diário estabelecido no artigo 214.º 2 - O período de onze horas referido no número

Leia mais

Direito a férias (art.ºs 237º ss do Código de Trabalho)

Direito a férias (art.ºs 237º ss do Código de Trabalho) Direito a férias (art.ºs 237º ss do Código de Trabalho) Nos termos do Código de Trabalho ( CT ) em vigor, aprovado pela Lei nº 07/2009 de 12/02, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 23/2012, de

Leia mais

DIREITO À PARENTALIDADE

DIREITO À PARENTALIDADE DIREITO À PARENTALIDADE Código do Trabalho 1 PARENTALIDADE Artigo 33º PARENTALIDADE 1 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes. 2 Os trabalhadores têm direito à proteção da sociedade

Leia mais

A mãe e o pai trabalhadores têm direito, por nascimento de filho a uma licença parental inicial, nos seguintes termos:

A mãe e o pai trabalhadores têm direito, por nascimento de filho a uma licença parental inicial, nos seguintes termos: Sindicato dos Enfermeiros Portugueses SEP http://www.sep.org.pt Parentalidade 1. Quais são os meus direitos parentais? Proteção na parentalidade Maternidade, Paternidade e Adoção: artºs 33º a 65º do CT,

Leia mais

DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE

DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE Nos termos do artigo 33º e seguintes da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), aplicável à Administração Pública pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho

Leia mais

REGRAS PARA A CONCESSÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR- ESTUDANTE. Artigo 1.º (Valorização pessoal e profissional)

REGRAS PARA A CONCESSÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR- ESTUDANTE. Artigo 1.º (Valorização pessoal e profissional) REGRAS PARA A CONCESSÃO DO ESTATUTO DE TRABALHADOR- ESTUDANTE Artigo 1.º (Valorização pessoal e profissional) 1. A ERC compromete-se a criar as necessárias condições por forma a proporcionar iguais oportunidades

Leia mais

Parentalidade PARENTALIDADE. Posted on 23 Outubro, Page: 1

Parentalidade   PARENTALIDADE. Posted on 23 Outubro, Page: 1 PARENTALIDADE Posted on 23 Outubro, 2016 Page: 1 Direitos Parentais A Proteção na Parentalidade (Maternidade, Paternidade e Adoção) está regulada na Lei 7/2009 de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho- CT)

Leia mais

Direitos e Deveres da Parentalidade Representação Esquemática (Nos termos do artº 33º e seguintes da Lei nº 7/2009, de 12/02) Licença Parental Inicial

Direitos e Deveres da Parentalidade Representação Esquemática (Nos termos do artº 33º e seguintes da Lei nº 7/2009, de 12/02) Licença Parental Inicial e da Parentalidade Representação Esquemática (Nos termos do artº 33º e seguintes da Lei nº 7/2009, de 12/02) Licença Parental Inicial - A mãe ou o pai tem direito a 120 ou 150 dias de licença parental,

Leia mais

Regime de isenção de horário Faltas Subsídio de refeição Férias: meio-dia

Regime de isenção de horário Faltas Subsídio de refeição Férias: meio-dia Parecer n.º DAJ 179/18 Data 18 de junho de 2018 Autor José Manuel Lima Temáticas abordadas Regime de isenção de horário Faltas Subsídio de refeição Férias: meio-dia Notas 1 5 Tendo em atenção o exposto

Leia mais

PARECER N.º 83/CITE/2009. Assunto: Queixa apresentada nesta Comissão pela trabalhadora Dispensas para amamentação Processo n.

PARECER N.º 83/CITE/2009. Assunto: Queixa apresentada nesta Comissão pela trabalhadora Dispensas para amamentação Processo n. PARECER N.º 83/CITE/2009 Assunto: Queixa apresentada nesta Comissão pela trabalhadora Dispensas para amamentação Processo n.º 57 QX/2009 I OBJECTO 1.1. A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego

Leia mais

O art.º 120º da LTFP, sob a epígrafe Limites da duração do trabalho suplementar determina o seguinte:

O art.º 120º da LTFP, sob a epígrafe Limites da duração do trabalho suplementar determina o seguinte: ASSUNTO: Do acréscimo remuneratório devido por prestação de trabalho suplementar em dia de descanso semanal e da possibilidade da sua fixação por instrumento de regulamentação coletiva Parecer n.º: INF_DSAJAL_LIR_4174/2018

Leia mais

PARECER N.º 318/CITE/2013

PARECER N.º 318/CITE/2013 PARECER N.º 318/CITE/2013 Assunto: Parecer prévio à recusa de pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível, nos termos do n.º 5 do artigo 57.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei

Leia mais

Estatuto de trabalhador-estudante

Estatuto de trabalhador-estudante Diplomas consolidados Estatuto de trabalhador-estudante DGAJ-DF - 2013 Direção-Geral da Administração da Justiça Estatuto de Trabalhador-Estudante VERSÃO ATUALIZADA O regime do trabalhador-estudante aplica-se

Leia mais

PARECER JURÍDICO N.º 4 / CCDR-LVT / Validade Válido JURISTA MARTA ALMEIDA TEIXEIRA GESTÃO RECURSOS HUMANOS. A autarquia refere o seguinte:

PARECER JURÍDICO N.º 4 / CCDR-LVT / Validade Válido JURISTA MARTA ALMEIDA TEIXEIRA GESTÃO RECURSOS HUMANOS. A autarquia refere o seguinte: Validade Válido JURISTA MARTA ALMEIDA TEIXEIRA ASSUNTO GESTÃO RECURSOS HUMANOS A autarquia refere o seguinte: QUESTÃO Dispõe o artigo 28.º n.º 2 da Lei 66-B/2012, de 31 de Dezembro (Orçamento de Estado

Leia mais

PARECER N.º 196/CITE/2015

PARECER N.º 196/CITE/2015 PARECER N.º 196/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

REGULAMENTO DE ASSIDUIDADE DOS TRABALHADORES TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇO NO IST. CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1.

REGULAMENTO DE ASSIDUIDADE DOS TRABALHADORES TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇO NO IST. CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1. REGULAMENTO DE ASSIDUIDADE DOS TRABALHADORES TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇO NO IST Nos termos das competências que lhe são reconhecidas pelo disposto no n.º 5 do artigo 14º dos Estatutos

Leia mais

PARECER N.º 448/CITE/2014

PARECER N.º 448/CITE/2014 PARECER N.º 448/CITE/2014 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora lactante por facto imputável à trabalhadora, nos termos do n.º 1 e da alínea a) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

PARECER N.º 2/CITE/2010

PARECER N.º 2/CITE/2010 PARECER N.º 2/CITE/2010 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora grávida, nos termos do n.º 1 e da alínea a) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009,

Leia mais

PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII)

PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII) PARECER DO C.S.M.P. ( Proposta de Lei n.º 272/XII) I. INTRODUÇÃO Solicitou-nos a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República a elaboração de parecer

Leia mais

Assim sendo, o médico de família assinalou a incapacidade permanente no respetivo boletim de acompanhamento.

Assim sendo, o médico de família assinalou a incapacidade permanente no respetivo boletim de acompanhamento. ASSUNTO: Acidente em serviço.junta médica. Faltas Parecer n.º: INF_DSAJAL_LIR_6254/2017 Data: 20-07-2017 Pela Exa Senhora Vereadora dos Recursos Humanos, representada pela sua Interlocutora junto desta

Leia mais

Circular nº 15/2012. Assunto: Alterações ao Código do Trabalho. 24 de Julho de Caro Associado,

Circular nº 15/2012. Assunto: Alterações ao Código do Trabalho. 24 de Julho de Caro Associado, Circular nº 15/2012 24 de Julho de 2012 Assunto: Alterações ao Código do Trabalho Caro Associado, Foi publicada no Diário da República, no passado dia 25 de Junho, a Lei nº. 23/2012, de 25 de Junho, que

Leia mais

PARECER N.º 403/CITE/2015

PARECER N.º 403/CITE/2015 PARECER N.º 403/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

PARECER N.º 45/CITE/2011

PARECER N.º 45/CITE/2011 PARECER N.º 45/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

PARECER N.º 81/CITE/2012

PARECER N.º 81/CITE/2012 PARECER N.º 81/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

Deliberação 126/2014 (AUT-TV)

Deliberação 126/2014 (AUT-TV) Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social Deliberação 126/2014 (AUT-TV) Pedido de autorização para o exercício da atividade de televisão através de um serviço de programas temático

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º /IX/2017. Assunto: Institui e Regulamenta o Estatuto do Trabalhador-estudante. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

PROJETO DE LEI N.º /IX/2017. Assunto: Institui e Regulamenta o Estatuto do Trabalhador-estudante. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS PROJETO DE LEI N.º /IX/2017 DE DE Assunto: Institui e Regulamenta o Estatuto do Trabalhador-estudante. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Cabo Verde conheceu, designadamente nos últimos tempos, um aumento significativo

Leia mais

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica

Departamento Municipal Jurídico e de Contencioso Divisão Municipal de Estudos e Assessoria Jurídica Concordo. Remeta-se à DMGU, ao Sr. Arquitecto Aníbal Caldas. Sofia Lobo Chefe da Divisão de Contencioso e Apoio à Contratação Pela Chefe de Divisão de Estudos e Assessoria Jurídica, nos termos da Ordem

Leia mais

REGULAMENTO COMISSÃO DE ÉTICA DA FACULDADE DE DESPORTO. Definição e Competências. Artigo 1º. (Objeto)

REGULAMENTO COMISSÃO DE ÉTICA DA FACULDADE DE DESPORTO. Definição e Competências. Artigo 1º. (Objeto) 1 REGULAMENTO COMISSÃO DE ÉTICA DA FACULDADE DE DESPORTO I Definição e Competências Artigo 1º (Objeto) O presente regulamento estabelece regras de atuação da Comissão de Ética da Faculdade de Desporto.

Leia mais

Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas. Lei 35/2014_ _ agosto 2017

Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas. Lei 35/2014_  _ agosto 2017 Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas Lei 35/2014_ www.pgdlisboa.pt _ agosto 2017 CAPÍTULO V Tempos de não trabalho SECÇÃO I Disposição Artigo 122.º Disposições gerais 1 - É aplicável aos trabalhadores

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES, APRESENTADAS NO ÂMBITO DO CONCURSO ABERTO ATRAVÉS

PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES, APRESENTADAS NO ÂMBITO DO CONCURSO ABERTO ATRAVÉS PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES, APRESENTADAS NO ÂMBITO DO CONCURSO ABERTO ATRAVÉS DO AVISO N.º 10946-A/2015, PUBLICADO NO DIÁRIO DA REPÚBLICA, 2.ª SÉRIE, N.º 188, 1º SUPLEMENTO, DE 25 DE SETEMBRO. Pergunta

Leia mais

Recrutamento de um(a) jurista para o lugar de Diretor(a) do Gabinete de. Assuntos Jurídicos da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes

Recrutamento de um(a) jurista para o lugar de Diretor(a) do Gabinete de. Assuntos Jurídicos da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes Recrutamento de um(a) jurista para o lugar de Diretor(a) do Gabinete de Assuntos Jurídicos da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes Ref.ª DirGAJ/AMT-2018 Regulamento do Concurso 1 - A Autoridade da

Leia mais

DESPACHO N. GR.03/05/2011

DESPACHO N. GR.03/05/2011 DESPACHO N. GR.03/05/2011 Regulamento Estatuto de Trabalhador-Estudante da Universidade do Porto No uso da competência que me é consagrada na alínea o) do n 1 do artigo 400 dos Estatutos da Universidade

Leia mais

Informação aos Associados nº 13.V3

Informação aos Associados nº 13.V3 Data 15 de setembro de 2006 atualizada em 22 de outubro de 2012 Assunto: Horário de Trabalho Tema: Laboral 1. Definição de Horário de Trabalho O horário de trabalho é o período de tempo durante o qual

Leia mais

C Â M A R A M U N I C I P A L D E P O N T E D A B A R C A

C Â M A R A M U N I C I P A L D E P O N T E D A B A R C A C Â M A R A M U N I C I P A L D E P O N T E D A B A R C A Projeto do Regulamento de Funcionamento, Atendimento e Horário de Trabalho da Câmara Municipal de Ponte da Barca Preâmbulo A elaboração do presente

Leia mais

Projeto de Regulamento Interno de Duração e Organização do Tempo de Trabalho no Instituto Politécnico de Lisboa

Projeto de Regulamento Interno de Duração e Organização do Tempo de Trabalho no Instituto Politécnico de Lisboa Projeto de Regulamento Interno de Duração e Organização do Tempo de Trabalho no Instituto Politécnico de Lisboa Nos termos do disposto no nº 2 do artigo 75º da Lei nº 35/2014, de 20 de junho, que aprova

Leia mais

COMUNICAÇÃO DE PERÍODOS DE FUNCIONAMENTO DE FARMÁCIA

COMUNICAÇÃO DE PERÍODOS DE FUNCIONAMENTO DE FARMÁCIA COMUNICAÇÃO DE PERÍODOS DE FUNCIONAMENTO DE FARMÁCIA 1. Requisitos Legais a) O período de funcionamento semanal e o horário padrão a que está sujeito o período de funcionamento diário das farmácias de

Leia mais

CONVOCATÓRIA Assembleia Geral

CONVOCATÓRIA Assembleia Geral CONVOCATÓRIA Assembleia Geral Convocam-se os Senhores Acionistas desta Sociedade para se reunirem em Assembleia Geral, no dia 3 de Abril de 2014, pelas 10.30 horas, a realizar na Rua Cidade de Goa, n.º

Leia mais

Partido Popular CDS-PP Grupo Parlamentar

Partido Popular CDS-PP Grupo Parlamentar Partido Popular CDS-PP Grupo Parlamentar PROPOSTA DE LEI Nº 247/X PROPOSTA DE ADITAMENTO Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados, do Grupo Parlamentar

Leia mais

DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Código do Trabalho ª Edição. Atualização nº 2

DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Código do Trabalho ª Edição. Atualização nº 2 DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO [1] Código do Trabalho 2015 8ª Edição Atualização nº 2 1 [1] DECRETO-LEI Nº 131/95, DE 6 DE JUNHO CÓDIGO DO TRABALHO UNIVERSITÁRIO Atualização nº 2 ORGANIZAÇÃO BDJUR

Leia mais

GUIA PRÁTICO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA

GUIA PRÁTICO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA GUIA PRÁTICO SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Pág. 1/10 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Serviço de Verificação de Incapacidade Temporária

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TERMO DE RESPONSABILIDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TERMO DE RESPONSABILIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TERMO DE RESPONSABILIDADE Termo de Responsabilidade que entre si celebram a... (Escola/Faculdade da UFMG)... e o(a)... (Órgão/Unidade da UFMG)...,

Leia mais

ORDEM DOS ENGENHEIROS REGULAMENTO DE ISENÇÃO DE QUOTAS

ORDEM DOS ENGENHEIROS REGULAMENTO DE ISENÇÃO DE QUOTAS ORDEM DOS ENGENHEIROS REGULAMENTO DE ISENÇÃO DE QUOTAS Preâmbulo O Estatuto da Ordem dos Engenheiros (EOE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/92, de 30 de junho, alterado e republicado pela Lei n.º 123/2015,

Leia mais

Processo de arbitragem n.º 490/2014. Sentença

Processo de arbitragem n.º 490/2014. Sentença Processo de arbitragem n.º 490/2014 Demandante: A Demandada: B Árbitro único: Jorge Morais Carvalho Sentença I Processo 1. O processo correu os seus termos em conformidade com o Regulamento do Centro Nacional

Leia mais

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA DO TRABALHO MÉDICO. Capítulo I. Objeto, âmbito e definições. Artigo 1.

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA DO TRABALHO MÉDICO. Capítulo I. Objeto, âmbito e definições. Artigo 1. PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA DO TRABALHO MÉDICO Capítulo I Objeto, âmbito e definições Artigo 1.º Objeto O presente Regulamento, em desenvolvimento do previsto

Leia mais

Portaria nº 420/2012, de 21 de dezembro

Portaria nº 420/2012, de 21 de dezembro Portaria nº 420/2012, de 21 de dezembro O Fundo de Resolução, que tem por objeto principal a prestação de apoio financeiro à aplicação de medidas de resolução adotadas pelo Banco de Portugal, foi criado

Leia mais

SUBSECÇÃO IV Parentalidade

SUBSECÇÃO IV Parentalidade SUBSECÇÃO IV Parentalidade Artigo 33.º Parentalidade 1 A maternidade e a paternidade constituem valores sociais eminentes. 2 Os trabalhadores têm direito à protecção da sociedade e do Estado na realização

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Subcomissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho. Capítulo I INTRODUÇÃO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Subcomissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho. Capítulo I INTRODUÇÃO RELATÓRIO E PARECER SOBRE A PROPOSTA DE LEI N.º 39/XIII/2.ª (ALRAM), QUE PROCEDE À 13.ª ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO TRABALHO E À 4.ª ALTERAÇÃO AO DECRETO-LEI N.º 91/2009, DE 9 DE ABRIL, NA SUA REDAÇÃO ATUAL,

Leia mais

SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES

SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES SINDICATO DOS TRABALHADORES EM FUNÇÕES PÚBLICAS E SOCIAIS DO SUL E REGIÕES AUTONOMAS Exma. Senhora Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Psiquiátrico

Leia mais

PARECER N.º 65/CITE/2014

PARECER N.º 65/CITE/2014 PARECER N.º 65/CITE/2014 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora grávida por extinção de posto de trabalho, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS CÓDIGO DE TRABALHO

LEI GERAL DO TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS CÓDIGO DE TRABALHO DE TRABALHO I. Enquadramento Geral A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas entrou em vigor no dia 1 de agosto de 2014. A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (adiante designada por LTFP) aprovada

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUDITORIA JURÍDICA TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CIRCULO DE LISBOA

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUDITORIA JURÍDICA TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CIRCULO DE LISBOA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA AUDITORIA JURÍDICA TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CIRCULO DE LISBOA PROC. 0092/03 1ª Sec. - 3ª Sub. Acção de reconhecimento de direito Ex.mo Senhor Dr. Juiz de Direito: Contestando acção

Leia mais

Reditus Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Reditus Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Reditus Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Sociedade anónima com o capital aberto ao investimento público Sede: Av. 5 de Outubro, n.º 125, Loja 2, em Lisboa Capital Social de 14.638.691,00

Leia mais

Decreto-Lei Nº 230/2000 de 23 de Setembro

Decreto-Lei Nº 230/2000 de 23 de Setembro Decreto-Lei Nº 230/2000 de 23 de Setembro As alterações da Lei Nº 4/1984, de 5 de Abril, sobre a protecção da maternidade e da paternidade, através da Lei Nº 142/1999, de 31 de Agosto, tornam necessário

Leia mais

REGULAMENTO ELEITORAL

REGULAMENTO ELEITORAL REGULAMENTO ELEITORAL Capítulo I Do Processo Eleitoral Artigo 1º A eleição dos Órgãos Sociais do Lar Santa Isabel, adiante designado pela sigla LSI, ocorre em Assembleia Geral Ordinária a realizar durante

Leia mais

CONVOCATÓRIA Assembleia Geral

CONVOCATÓRIA Assembleia Geral CONVOCATÓRIA Assembleia Geral Convocam-se os Senhores Acionistas desta Sociedade para se reunirem em Assembleia Geral, no dia 13 de abril de 2016, pelas 10.30 horas, a realizar na Rua Cidade de Goa, n.º

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná REGULAMENTO DA FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DA UTFPR CAPÍTULO I DA APRESENTAÇÃO

Leia mais

Participação de menor em atividade de natureza cultural, artística ou publicitária NOTAS

Participação de menor em atividade de natureza cultural, artística ou publicitária NOTAS Participação de menor em atividade de natureza cultural, artística ou publicitária NOTAS 1 Enquadramento legal: Artigos 66º a 83º do CT e Lei n.º 105/2009 de 14 de Setembro Contratos de trabalho com especificidades:

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho. Capítulo I INTRODUÇÃO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho. Capítulo I INTRODUÇÃO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho RELATÓRIO E PARECER SOBRE O PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 39/XI (PS) ALARGAMENTO DOS BENEFICIÁRIOS

Leia mais

RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 58/CITE/2013

RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 58/CITE/2013 RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 58/CITE/2013 Assunto: Resposta à reclamação do parecer n.º 58 /CITE/2013, solicitado, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

Pelo Exº Senhor Vereador dos Recursos Humanos de Câmara Municipal foi solicitado parecer acerca da seguinte situação:

Pelo Exº Senhor Vereador dos Recursos Humanos de Câmara Municipal foi solicitado parecer acerca da seguinte situação: ASSUNTO: Subsídio de turno. Trabalhador. Ausência. Substituto. Parecer n.º: INF_DSAJAL_LIR_5692/2017 Data: 30.06.2017 Pelo Exº Senhor Vereador dos Recursos Humanos de Câmara Municipal foi solicitado parecer

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO NACIONAL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO DO CONSELHO NACIONAL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS REGULAMENTO DO CONSELHO NACIONAL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1 (Objecto) O presente Regulamento estabelece as regras de funcionamento e organização do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados

Leia mais

Regulamento de Provas de Admissão para Maiores de 23 Anos

Regulamento de Provas de Admissão para Maiores de 23 Anos Regulamento de Provas de Admissão para Maiores de 23 Anos Regulamento Regulamento das Provas Especialmente Adequadas Destinadas a Avaliar a Capacidade para a Frequência do Ensino Superior dos Maiores de

Leia mais

TRlBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE LISBOA NORTE

TRlBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE LISBOA NORTE TRlBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE LISBOA NORTE REGULAMENTO DO CONSELHO CONSULTIVO DO [Lei n.? 6212013, de 26 de agosto] Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1 Âmbito O presente Regulamento tem por objeto

Leia mais

CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1.º Âmbito

CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1.º Âmbito PROPOSTA DE REGULAMENTO DE ASSIDUIDADE DOS TRABALHADORES QUE PRESTAM SERVIÇO NOS SERVIÇOS CENTRAIS E NOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1.º Âmbito

Leia mais

PARECER N.º 214/CITE/2015

PARECER N.º 214/CITE/2015 PARECER N.º 214/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais