Comércio Justo Módulo 1. O que é Comércio Justo? Uma Introdução à Certificação de Comércio Justo - Agosto de 2006

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1 Comércio Justo Módulo 1 O que é Comércio Justo? Uma Introdução à Certificação de Comércio Justo - Agosto de 2006

2 Módulo 1 do Comércio Justo O que é Comércio Justo? - Uma Introdução à Certificação de Comércio Justo foi elaborada pela Organização Internacional para Certificação de Comércio Justo (FLO - Fairtrade Labelling Organizations International), Bonn, Alemanha. A FLO é a Organização mundial para Certificação e Elaboração de Critérios de Comércio Justo. Contato: Fairtrade Labelling Organizations International e.v. Bonner Talweg Bonn Alemanha Tel.: (+49) Fax: (+49) info@fairtrade.net Coordenação: Matthias Kuhlmann Departamento de Desenvolvimento de Contatos Unidade de Negócios do Produtor FLO e.v. A reprodução do texto é permitida desde que a fonte (a FLO e.v.) seja citada. Agosto de

3 Índice Página I. Lista de Abreviaturas 4 II. Objetivo do Documento 5 III. Informação ao Leitor A História do Comércio Justo Do Comércio Justo à Certificação de Comércio Justo 2. A Certificação de Comércio Justo e seus Diferentes Grupos Agentes 2.1 Os produtores As Iniciativas Nacionais de Certificação Os negociantes Outras Organizações e Redes de Comércio Justo Os parceiros da FLO Estrutura e Operações Internas da FLO- Internacional 3.1 Organização Internacional para Certificação de Comércio Justo (FLO e.v. - Fairtrade Labelling Organizations International e.v.) Órgãos e Comitês da FLO e.v. e Participação dos 31 Grupos Agentes Unidade de Critérios e os Critérios de Comércio Justo Unidade de Negócios do Produtor Unidade de Serviços Centrais e Finanças Fundo de Certificação do Produtor FLO Certificação de Desenvolvimento Sócio- Econômico Ltda. (FLO Cert. - FLO Certification of Social-Economic Development GmbH) Órgãos e Comitês da FLO Cert. e a Participação dos 48 Grupos Agentes Certificação de Produtores Certificação Comercial 56 Glossário 58 Bibliografia 65 Anexos

4 I. Lista de Abreviaturas AA AG CC CCJ CP DL e.v. EFTA FLO Cert. FLO GmbH Hg. IFAT ISO NEWS NI OIT RT RU SNV UC UE UNCTAD UNP www Assembléia de Associados Aktiengesellschaft (Sociedade Anônima) Certificação Comercial Certificação de Comércio Justo Certificação de Produtores Departamento de Ligações eingetragener Verein (associação registrada) Associação Européia de Comércio Justo (European Fairtrade Association) FLO Certificação de Desenvolvimento Sócio-Econômico Ltda. (FLO Certification of Social-Economic Development GmbH) Organizações para Certificação de Comércio Justo (Fairtrade Labelling Organizations) Gesellschaft mit beschränkter Haftung (Companhia Limitada) Herausgeber (Editor) Federação Internacional de Comércio Alternativo (International Federation of Alternative Trade) Organização Internacional para a Padronização (International Organization for Standardization) Rede Européia de Lojas Mundiais (Network of European World Shops) Iniciativa Nacional de Certificação Organização Internacional do Trabalho Relações de Troca Reino Unido Organização para o Desenvolvimento da Holanda Unidade de Critérios União Européia Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento Unidade de Negócios do Produtor Rede Mundial de Computadores 4

5 II. Objetivo do Documento Este documento foi criado para dar uma visão geral das informações para iniciantes no Comércio Justo. Este documento é direcionado em particular a Oficiais de Ligação, Gerentes ou pessoas com funções gerenciais em organizações de produtores e empresas interessadas no Comércio Justo, além de negociantes e outras partes envolvidas na FLO. O objetivo é apresentar para o leitor o movimento do Comércio Justo e seus diferentes agentes e grupos de interesse e, em especial, introduzir a estrutura interna e operações da Organização Internacional para Certificação de Comércio Justo como entidade. Como um documento introdutório tem limitações e não deve ser carregado de muitos detalhes, o leitor pode achar que algumas perguntas ficarão sem respostas. Considerando a dificuldade de se produzir de um guia introdutório efetivo para as necessidades de informação dos diferentes grupos de usuários, este documento indica ao leitor outros documentos e fontes que dão informações adicionais úteis. No futuro, planejam-se módulos adicionais, que elaborem mais alguns aspectos específicos importantes - como o uso do prêmio de Comércio Justo - e dêem informações sobre outros temas ligados ao Comércio Justo conforme a necessidade. Por fim, eu gostaria de agradecer todas as pessoas que contribuíram para este documento. Agradecimentos especiais vão também para os Serviços de Voluntários Online, (Sr Martim Silveira) das Nações Unidas pelo apoio dado. Matthias Kuhlmann Gerente do Departamento de Desenvolvimento de Contatos Unidade de Negócios do Produtor FLO e.v. 5

6 III. Informação ao Leitor O leitor encontrará vários termos em negrito no texto. Eles estão listados e explicados no Glossário. Fazem-se tantas referências especiais no texto quanto necessário. Elas conduzem o leitor a fontes adicionais de informação ou fazem referências cruzadas a outros capítulos com explicações mais detalhadas. O texto é acompanhado por gráficos que guiam o leitor pelos capítulos. 6

7 1. A História do Comércio Justo: Do Comércio Justo à Certificação de Comércio Justo O processo de globalização na segunda metade do século XX foi caracterizado por uma crescente exploração de pequenos proprietários e suas famílias na Ásia, África e América Latina. A competição feroz por commodities agrícolas, o principal mercado de exportação para muitos países em desenvolvimento, no mercado global levou a crescente pressão dos preços para os produtores. A resultante queda dos preços dos produtos agrícolas piorou tanto a situação da renda quanto as condições sociais dos fazendeiros e trabalhadores do setor agrícola. Com esta situação, várias iniciativas se desenvolveram gradativamente na sociedade civil entre o fim dos anos 1940 e a década de 1960, nos EUA e na Europa, com o objetivo de criar termos do negócio diferentes e mais justos entre consumidores nos países industrializados e produtores no Hemisfério Sul ou nos chamados países em desenvolvimento. A idéia delas era criar um ambiente de negócio que ajudasse a aliviar a pobreza, fosse menos exploratório e considerasse parceiras as partes envolvidas na negócio comercial. O que significa justo neste contexto? A expressão relações de troca mais justas se refere à criação de um ambiente comercial diferenciado. Este ambiente deve reforçar a idéia de que produtores e negociadores são parceiros comerciais. Além disso, deve também se basear em um conceito de comércio que tenha uma relação preço-desempenho adequada para as mercadorias e commodities produzidas pelos países em desenvolvimento. Em outras palavras, os preços pagos por produtos comercializados neste sistema de comércio alternativo deve refletir os custos da produção da mercadoria. Além disso, deve garantir um nível de renda que seja no mínimo suficiente para atender as necessidades básicas dos produtores e trabalhadores. Estas condições permitem uma vida digna para produtores e trabalhadores, como é determinado pela Declaração Internacional dos Direitos Humanos e as convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essas diferentes iniciativas criaram as bases para subseqüente criação das chamadas organizações de comércio alternativo, que foram iniciadas em vários países, como por exemplo: 1964: Reino Unido: Oxfam, uma organização de ajuda internacional que começou com uma pequena iniciativa no Reino Unido e 1942, criou a primeira Organização de Comércio Alternativo; 1967: Holanda: S.O.S Wereldhandel, atual Organização do Comércio Justo, foi criada; 1975: Alemanha Gepa foi criada. 7

8 Na década de 1970, no número total de organizações importadoras que compravam diretamente de organizações produtoras no "Hemisfério Sul estava crescendo. Estas organizações vendiam seus produtos por vários canais, incluindo grupos de solidariedade, lojas mundiais, catálogos postais e outros. O café latino-americano, por exemplo, é certamente uma commodity agrícola que está intimamente associada ao movimento de comércio alternativo na Europa. Além destas atividades da sociedade civil, os países em desenvolvimento reforçaram cada vez mais a necessidade de se alcançar relações comerciais mais justas com o Norte em nível internacional. Nesta década, o conceito de preços justos também se desenvolveu no contexto das reclamações dos países em desenvolvimento por uma política de regulamentação e de sustentação de preços no comércio mundial apoiada pela comunidade internacional. Por volta da conferência da UNCTAD (Conferência das Organização das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) em Nova Délhi, em 1968, nasceu o slogan comércio e não ajuda, enfatizando que relações comerciais mais justas entre os Hemisférios Sul e Norte seriam uma condição mais importante para o sucesso dos esforços desenvolvimentistas dos países do Sul do que estes receberem a clássica assistência para desenvolverem-se. No fim dos anos 1980 e na década de 1990, diferentes redes de agentes Fairtrade foram desenvolvidas, agrupando produtores, comerciantes e outros acionistas de maneiras diferentes. As principais redes são a Rede de Lojas Mundiais Européias (Network of European World Shops - NEWS), a Federação Internacional de Comércio Alternativo (International Federation of Alternative Trade - IFAT), a Associação Européia de Comércio Justo (European Fairtrade Association - EFTA) e as Organizações Internacionais de Certificação de Comércio Justo (Fairtrade Labelling Organizations International FLO). (Auto-descrições da NEWS, IFAT e EFTA são encontradas no Anexo). Até o meio dos anos 80, o comércio alternativo ocorria principalmente dentro do circuito comercial isolado de pessoas comprometidas com os ideais desta forma de filosofia alternativa e os produtos normalmente não estavam disponíveis nas lojas de varejo convencionais. Deste então, buscou-se maneiras de levar mais os produtos de comércio justo até o mercado principal sem perder de vista a filosofia original e os valores do movimento. Várias Iniciativas Nacionais de Certificação (INs) diferentes foram montadas por coalizões de ONGs voltadas para o desenvolvimento, grupos ambientalistas, igrejas e sindicatos, além de outras organizações da sociedade civil, para promover diferentes certificados em seus mercados, pelos quais os consumidores do mercado principal pudessem identificar os produtos do Comércio Justo nas prateleiras. O certificado Max Havelaar e o certificado Transfair provaram ser os de maior sucesso. 8

9 Exemplos dos primeiros selos de Comércio Justo: As organizações de certificação estavam desenvolvendo um conjunto de padrões de Comércio Justo para determinar as regras e requisitos a serem atingidos pelos parceiros comerciais. Além disso, elas estavam monitorando os produtores as transações comerciais entre vendedores e compradores de acordo com estes padrões. Fora isso, elas ofereciam aos importadores um registro de organizações produtoras monitoradas ou companhias cujos produtos podiam ser obtidos diretamente. Em 1997, as diferentes correntes de certificação decidiram juntar forças e organizar suas atividades sob uma única organização chamada Fairtrade Labelling International Organizations. Um resultado deste processo é que as várias iniciativas nacionais de certificação estão cada vez mais harmonizando os certificados usados em produtos de Comércio Justo. A transformação em um novo certificado, no entanto, requer estratégias de mercado específicas para garantir que o mercado e o consumidor aceitem a mudança. Até hoje, 17 dos 20 membros da FLO já introduziram a nova marca de certificação da FLO. O Selo de Certificação FLO: 9

10 Definição de Comércio Justo Em 2001, a FLO e as outras redes de Comércio Justo (IFAT, NEWS e EFTA) criaram uma plataforma de cooperação intitulada FINE (sigla para as iniciais das organizações participantes) e definiram em conjunto sua definição de Comércio Justo: O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada em diálogo, transparência e respeito, que busca maior igualdade no comércio internacional. Ele contribui para o desenvolvimento sustentável ao oferecer melhores condições comerciais e assegurar os direitos de produtores e trabalhadores marginalizados especialmente no Hemisfério Sul. As organizações do Comércio Justo (apoiadas pelos consumidores) estão ativamente engajadas no apoio aos produtores, no aumento da consciência social e nas campanhas por mudanças nas regras e na prática do comércio internacional convencional. (FINE, 2001) Seguindo-se à criação da FLO, o mercado para produtos com certificação Comércio Justo cresceu de forma constante e o crescimento se acelerou significativamente desde 2001, com taxas de crescimento entre 20 e mais de 40% ao ano. Durante 2004, as vendas em varejo de mercadorias com certificação Comércio Justo cresceram estimados US$ 1 bilhão, o que em troca levou a uma renda extra de US$ 100 milhões para os produtores ligados ao Comércio Justo. A crescente entrada de produtos com certificação Comércio Justo em mercados principais maiores gerou desafios adicionais para a certificação Comércio Justo. Já que manter um sistema de certificação confiável e aceito era visto como o objetivo central dos sistema da FLO, a Diretoria da FLO tomou a decisão estratégica de reorganizar as operações de certificação de maneira a alcançar padrões de organizações de certificação aceitos internacionalmente. Num primeiro passo, em 2002, a FLO separou os trabalhos de certificação e inspeção de serviços de apoio e criou a unidade de certificação. No fim de 2003, a FLO completou esta reorganização fundando uma empresa-irmã chamada FLO Certification of Social-Economic Development GmbH (FLO Certificação de Desenvolvimento Sócio-Econômico Ltda.) ou FLO Cert. Limited (FLO Certificação Ltda.). A FLO Cert. é de propriedade da FLO-Internacional e opera alinhada com o International Standard for Certification Organizations (ISO 65) ou Padrão Internacional para Organizações de Certificação. 10

11 Além disso, a função da FLO-Internacional e.v. como fornecedor de serviços a seus membros e diferentes acionistas ligados ao Comércio Justo foi fortalecida ainda mais com a redistribuição de mais recursos à organização. Atualmente, a FLO International tem 20 organizações nacionais de certificação como membros que operam em 21 países. A FLO e seus membros empregam por volta de 250 funcionários nos escritórios centrais e contrataram aproximadamente 60 inspetores e trabalhadores de campo. Além das iniciativas de certificação, outros grupos acionistas como redes de produtores e comerciantes, por exemplo, são representados na estrutura de controle da FLO. Mais de 550 companhias e organizações produtoras e mais de 500 comerciantes de países do Hemisfério Sul participam da Certificação Comércio Justo. As principais tarefas da FLO são a definição de padrões de Comércio Justo, a facilitação do comércio e o apoio ao produtor, além da certificação comercial e de produtores. No fim de 2003, a FLO definiu um Plano Estratégico de cinco anos, que detalhava como a organização gostaria de se desenvolver nos cinco anos seguintes. Para mais detalhes, consulte o Resumo do Plano estratégico no Anexo A. 11

12 2. A Certificação de Comércio Justo e seus Diferentes Grupos Agentes O sistema de Certificação de Comércio Justo consiste de vários grupos de interesse (grupos agentes), que assumem diferentes funções e papéis comerciais. Nos próximos parágrafos, algumas características principais deste grupos agentes serão apresentadas. Os grupos agentes mais importantes do Comércio Justo são: os produtores, os negociantes, as Iniciativas Nacionais de Certificação (também como representantes indiretas dos consumidores), as redes de Comércio Justo, os parceiros da FLO. O sistema de Certificação de Comércio Justo em poucas palavras: A Certificação de Comércio Justo e seus diferentes grupos agentes Parceiros da FLO Outras redes e organizações de Comércio Justo Iniciativas Nacionais (INs) FLO Internacional FLO e.v. & FLO Cert Produtores Negociantes 12

13 2.1 Os produtores Parceiros da FLO Outras redes e organizações de Comércio Justo Iniciativas Nacionais (INs) FLO Internacional FLO e.v. & FLO Cert Produtores Negociantes Os produtores representam o grupo de interesse para quem o sistema do Comércio Justo foi criado. O objetivo do Comércio Justo é promover um sistema comercial mais justo para pessoas injustiçadas pelas relações de troca entre países produtores e consumidores. Neste sentido, os produtores são seu principal grupo beneficiário. Atualmente, aproximadamente 550 organizações e empresas de pequenos produtores são certificadas, representando em torno de 1 milhão de produtores e trabalhadores assalariados. Incluindo os dependentes deles, estima-se que 5 milhões de pessoas se beneficiam do Comércio Justo. Um certificado ou selo da FLO em um produto de Comércio Justo garante que o produtor aproveite os principais benefícios do Comércio Justo: O preço mínimo do Comércio Justo O prêmio de Comércio Justo Acesso a um pré-financiamento de até 60% por parte dos compradores 13

14 A FLO estabeleceu preços mínimos de Comércio Justo para a maioria dos produtos. Estes preços definem o nível de preços mínimo que o comprador de produtos do Comércio Justo tem que pagar. O preço mínimo do Comércio Justo é estabelecido com base em um processo de consulta aos grupos agentes e garante que os produtores recebam um valor que equivale ao custo da produção sustentável de uma mercadoria. No entanto, toda vez que o preço do produto no mercado (por exemplo, no mercado regional ou de ações) é mais alto que o preço mínimo do Comércio Justo, o preço mais alto se aplica. O prêmio de Comércio Justo é um pagamento adicional que os compradores fazem ao produtor, somado ao preço do Comércio Justo. Organizações de pequenos produtores usam o prêmio de Comércio Justo para o desenvolvimento sócioeconômico delas, normalmente de forma coletiva. Quando as empresas são certificadas pela FLO, este prêmio tem que ser usado no interesse dos trabalhadores. Uma empresa certificada pela FLO cria um comitê em separado (a Comitê Misto), que é responsável pela administração do prêmio. A Comitê Misto é formado por representantes eleitos tanto pelos trabalhadores quanto pela gerência. Ele é estabelecido como um órgão legal e age como depositári e administrador dos fundos do prêmio. Para ajudar no trabalho da Comitê Misto, a FLO criou materiais de orientação. O Pré-financiamento é outro benefício de que muitos produtores podem usufruir ao participar do Comércio Justo. A idéia fundamental é dar apoio ao gerenciamento financeiro das organizações produtoras e permitir liquidez suficiente. Como resultado, a direção da cooperativa, por exemplo, é capaz de pagar seus associados no ato quando estes entregam seus produtos nos centros de coleta. Desta maneira, é mais fácil para os associados se manterem, além de a organização produtora poder oferecer um serviço melhor aos mesmos. Por exemplo, a organização produtora (vendedora do produto) pode requisitar que o comprador dê uma entrada de até 60% do valor de contrato. Uma vez que um produtor recebe o status de certificado pela FLO, o certificado (ou selo) garante que o ele e suas condições de trabalho satisfazem suficientemente os critérios da FLO. Mais especificamente, o status de certificado pela FLO garante condições sociais, ambientais e de emprego mínimas no processo de produção. No entanto, o Comércio Justo não é um sistema para todos os produtores. Ele tem uma área de abrangência limitada, restringida pelos requisitos do critérios de Comércio Justo. Além disso, a certificação pela FLO é concedida a um número determinado de países atualmente, mais de 120, como definido na Política de Escopo Geográfico da Certificação de Produtores para o Comércio Justo, que será explicada posteriormente. Nos critérios de Comércio Justo, a FLO definiu certas características para determinar o segmento de produtores que ela visa. 14

15 O Foco do Comércio Justo: Pequenos produtores e trabalhadores assalariados desfavorecidos Os Critérios Gerais de Comércio Justo apontam que o Comércio Justo visa pequenos produtores e trabalhadores assalariados ( empregados em empresas socialmente responsáveis) organizados e que estão em situação desfavorecida. Mais especificamente, este critérios detalham que: O Comércio Justo é uma iniciativa para pequenos produtores e trabalhadores assalariados do Hemisfério Sul que foram reprimidos em seu desenvolvimento econômico e/ou social pelas condições comerciais (= desfavorecidos ). Se o acesso justo ao mercado, sob melhores condições comerciais, pode ajudá-los a superar estas restrições ao desenvolvimento, eles podem se juntar ao Comércio Justo. Além disso, os próprios critérios de Comércio Justo estabelecem vários requisitos mínimos adicionais que devem ser satisfeitos antes que a certificação pela FLO seja obtida. Estes requisitos afirmam que, com poucas exceções, pequenos produtores têm que formar uma organização antes de poder pedir a certificação. Eles também precisam ter capacidade de exportar - o que significa que a qualidade do produto deve estar de acordo com padrões de exportação/importação. Deve-se também provar que um comprador demonstrou interesse em comprar produtos desta organização. Outro requisito é a existência de uma estrutura decisória democrática. Este requisitos podem variar, dependendo se eles se referem a pequenos proprietários ou produtores (como fazendeiros que usam trabalho contratado). Os Critérios Gerais também acrescentam que alguns requisitos ambientais devem ser satisfeitos. Por fim, produtores e outros parceiros comerciais da cadeia do comércio que visem entrar no sistema da FLO têm obrigações bem específicas de relatar suas operações comerciais com produtos de Comércio Justo. Para mais detalhes sobre o Sistema de Critérios de Comércio Justo, veja os capítulos Unidade de Critérios e Critérios de Comércio Justo, Certificação de Produtores e Certificação Comercial. Representação dos Produtores na FLO Os produtores certificados pela FLO não são apenas beneficiários do sistema do Comércio Justo. Eles (assim como outros grupos agentes, como os negociantes) mantêm representantes na direção da FLO. Atualmente, quatro representantes dos produtores participam do Conselho da FLO, órgão que discute e define as políticas e estratégias da organização. Os representantes dos produtores também participam ativamente em outros órgãos e comitês da FLO. 15

16 Eles são escolhidos pelo seu próprio eleitorado, ou seja, pelos parceiros certificados na América Latina/Caribe, África e Ásia. Nestes três continentes, os parceiros produtores criaram redes que se reúnem regularmente para discutir questões que dizem respeito a eles como grupos de interesse do Comércio Justo (grupos agentes). As redes regionais são: A Coordenação Latino-americana e do Caribe de Pequenos Produtores de Comércio Justo (CLAC - Coordinadora Latinoamericana y del Caribe de Pequenos Productores de Comercio Justo); A Rede Africana de Comércio Justo (AFN - African Fairtrade Network); e a Rede de Produtores Asiáticos (NAP - Network of Asian Producers). Para mais detalhes, veja o capítulo Órgãos e Comitês da FLO e.v. e Participação dos Grupo Agentes e Órgãos e Comitês da FLO Cert. e Participação dos Grupo Agentes Escopo Geográfico do Comércio Justo Atualmente, a certificação de produtores de Comércio Justo está limitada aos países em desenvolvimento. O principal foco deste sistema ainda são os países do Hemisfério Sul. No entanto, para o Comércio Justo, o termo Hemisfério Sul se refere aos países listados na Política de Escopo Geográfico do Comércio Justo. Esta política se baseia em sete indicadores de desenvolvimento humano amplamente conhecidos e aceitos, usados por organizações internacionais como as Nações Unidas. Atualmente, 129 países fazem parte da lista. A FLO certificou produtores em mais de 50 deles. Para mais detalhes, veja o documento Política de Escopo Geográfico da Certificação de Produtores para o Comércio Justo, no Anexo B. 16

17 Produtos do Comércio Justo No momento, a Certificação de Comércio Justo (CCJ) ainda se foca principalmente em produtos agrícolas do segmento alimentício, como café, chá, banana, frutas, uvas viníferas, arroz, sementes e óleos de vários tipos de nozes. No entanto, outros produtos não-alimentícios como flores, algodão e bolas para a prática esportiva estão sendo integrados à lista. A FLO publica informações sobre as tendências de mercado para as diferentes linhas de produtos de Comércio Justo em seu relatório anual. Em 2004, estima-se que o valor de varejo de produtos de Comércio Justo atingiu US$ 1 bilhão. Uma visão geral do portfólio de produtos encontra-se no capítulo sobre critérios no site da FLO ( Os portfólios de produtos dos membros da FLO encontram-se nos sites de cada um deles. O site da FLO tem links para estas páginas. Além disso, a Unidade de Negócios do Produtor da FLO reúne e atualiza dados sobre os produtos, que fornecem informações mais detalhadas. 17

18 2.2. Iniciativas Nacionais de Certificação Parceiros da FLO Outras redes e organizações de Comércio Justo Iniciativas Nacionais (INs) FLO Internacional FLO e.v. & FLO Cert Produtores Negociantes Várias Iniciativas Nacionais de Certificação (INs) fundaram a FLO em 1997 para oferecer um serviço de custo reduzido para as diferentes correntes de sistemas de certificação (como Max Havelaar e Transfair). Antes, as diferentes iniciativas de Certificação de Comércio Justo coexistentes realizavam seu próprio monitoramento de produtores. O novo sistema convergiu cada vez mais para um sistema único de certificação. Na Cadeia de Fornecimento do Comércio Justo, as INs desempenham um papel especial. É importante destacar, no entanto, que as INs não se envolvem nas transações comerciais propriamente ditas e não têm posse legal de um produto de Comércio Justo. Como organizações certificadoras, as INs têm várias outras funções básicas. 18

19 Por terem normalmente sido fundadas por organizações da sociedade civil, as INs também representam de forma indireta os consumidores éticos de seus próprios países. Estas organizações também fazem lobby pelo Comércio Justo e têm por missão trabalhar para ampliar o mercado para produtos de Comércio Justo, em favor dos produtores. Isto inclui ações para a criação de consciência social e a informação do consumidor. Função igualmente importante das INs é supervisionar o uso do selo de Comércio Justo nos mercados nacionais. Para tal, elas assinam contratos de licenciamento com os fornecedores (donos de uma marca ou um distribuidor nacional) de produtos certificados de Comércio Justo. Estes contratos de licenciamento definem as condições de uso do selo de certificação. Isto inclui a taxa a ser paga pelo uso dele, além de regras detalhadas para o processo de embalagem. Todos os licenciados são auditados independentemente. As INs também se envolvem na criação de consciência social e debates de políticas sobre o Comércio Justo em seus países ou em organizações regionais como a União Européia (UE). O objetivo é sensibilizar a opinião publica e fazer lobby pela causa do Comércio Justo. Nesta instância ou seja, em Bruxelas a Certificação de Comércio Justo chega até a ser representada pelo Escritório Jurídico do Comércio Justo (Fairtrade Advocacy Office). As INs trabalham em conjunto com a FLO para o desenvolvimento global do mercado de Comércio Justo. Além de as INs coordenarem muitas de suas atividades de Comércio Justo, elas também têm autonomia para tomar decisões em relação ao desenvolvimento de seus mercados nacionais. As diferentes capacidades e políticas de cada INs resultam nos portfólios variados de produtos disponíveis em seus mercados nacionais. Em outras palavras, nem todos os produtos com o Certificado de Comércio Justo estão disponíveis em todos os países ao mesmo tempo. Enquanto a história das INs tem raízes nos países industrializados do Norte como a Holanda, a Alemanha, a Suíça e o Reino Unido, além de Estados Unidos e Canadá -, nos últimos anos, iniciativas com base no Hemisfério Sul também manifestaram interesse em se associarem à FLO e promoverem mercados de Comércio Justo em seus países. Em 2004, a Comercio Justo México se tornou o primeiro associado da FLO com sede em um país em desenvolvimento, lançando o café certificado como primeiro produto no mercado mexicano. Além disso, grupos agentes sul-africanos criaram suas próprias palcos de ação e outros vêm considerando a criação de mercados de Comércio Justo no Hemisfério Sul. As atuais 20 INs foram estabelecidas como organizações sem fins lucrativos. Informações atualizadas sobre os atuais membros da FLO encontram-se no site da FLO ( 19

20 2.3 Os negociantes Parceiros da FLO Outras redes e organizações de Comércio Justo Iniciativas Nacionais (INs) FLO Internacional FLO e.v. & FLO Cert Produtores Negociantes O terceiro grupo agente do sistema da FLO são os negociantes. Atualmente, a FLO tem mais de 500 negociantes registrados. A FLO define como negociantes os participantes da cadeia comercial que detêm a posse legal de um produto de Comércio Justo. Isto os diferencia das outras partes, como os agentes e outros provedores de serviço. Os negociantes necessitam de um registro para ter a permissão de comercializar produtos certificados pela FLO. O processo de registro na FLO garante que as operações de Comércio Justo dos mesmos seja auditada. No entanto, a auditoria comercial da FLO e o trabalho de certificação comercial são restritos a operações de Comércio Justo. Nenhuma operação não relacionada ao Comércio Justo está sujeita a ser examinada. Nota: A FLO não certifica negociantes com base em seus Critérios, mas certifica o comércio de acordo com seus Requisitos. 20

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