Minhas férias na Chapada dos Veadeiros por Laura Capanema em 20 de setembro de 2012

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Laís Andrade Valgueiro
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1 Minhas férias na Chapada dos Veadeiros por Laura Capanema em 20 de setembro de 2012 Acabo de voltar de férias. E por mais que uma repórter da VT viaje o tempo todo para destinos de férias, férias são férias você me entende. E as minhas primeiras aqui na revista foram aproveitadas de maneiras diferentes, em lugares diferentes. A primeira parte foi o que eu chamo de ócio puro: dei-me ao luxo de não fazer nada, bem longe de casa. Eu não queria ter horário. Não queria ter internet. Queria ler pelo menos a metade dos livros acumulados na estante. Queria uma rede, uma varanda, um café da manhã com bolo de cenoura. Queria até ser picada por mosquitos, entrar na água (muito) gelada, olhar para o céu e ver estrelas (em São Paulo a gente não consegue ver nenhuma). O que eu fiz? Peguei o mapa do Brasil e comecei a procurar um lugar barato e fácil de chegar. Achei. E NÃO era uma praia. Antes de contar, dá uma olhadinha: Pulo ou não pulo? - Foto: Arquivo pessoal

E as minhas primeiras aqui na revista foram aproveitadas de maneiras diferentes, em lugares diferentes.

2 A vista do Jardim de Maytrea, na estrada entre Alto Paraíso e São Jorge - Foto: Arquivo pessoal A água multi-colorida do Vale da Lua: alterna entre verde e azul, de acordo com o seu humor - Foto: Arquivo pessoal

multi-colorida do Vale da Lua: alterna entre verde e

3 O pôr do sol duplo em São Jorge - Foto: Arquivo pessoal Catarata dos Couros, a número 1 - Foto: Arquivo pessoal A Chapada dos Veadeiros, patrimônio mundial pela Unesco desde 2001, a duas horas e meia de carro de Brasília (são 250 quilômetros), é mesmo um segredinho no meio de Goiás. Na verdade não é mais segredo pra ninguém: os brasilienses lotam as pousadas nos feriados, mas os atrativos são tão preservados que a impressão que dá é de que pouca gente vai lá. São rios cristalinos, enormes paredões de pedra, cachoeiras com

4 quedas gigantes, cidadezinhas místicas, sorvetes com frutos do cerrado, comida goiana da boa, pousadas fofíssimas e muitas histórias sobre a existência de óvnis e ETs. Interessou? Então anote estas dicas: 1. Vá de carro. Embora exista ônibus de hora em hora saindo da rodoviária de Brasília (pela Real Expresso, realexpresso.com.br), chegar lá de busão pode ser uma roubada. A maioria dos atrativos ficam distantes das cidades-base e os guias cobram ainda mais caro pra quem está a pé (cerca de R$ 150 por grupo, independente se você está sozinho ou com mais cinco pessoas). Quem não tem carro pode alugar um no aeroporto de Brasília (foi o que eu fiz!) por cerca de R$ 90 a diária. 2. São três cidadezinhas que recebem os turistas que vão explorar a região: Alto Paraíso de Goiás, famosa por sua aura mística (principalmente por estar na mesma latitude de Machu Picchu), São Jorge e Cavalcante. Fique em São Jorge, que é mais perto da entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, os preços são melhores, as pousadas são mais coloridas e o clima é de vilinha de festa junina. Vá comer uma pizza caseira (DELICIOSA!) no restaurante Lua de São Jorge (62/ ), um risoto de pequi ou um brigadeiro branco de colher no Santo Cerrado (o lugar é lindo e eles tem um blog, e comprar bijuterias e sabonetes de capim-limão no Ateliê Preguiça (61/ ). 3. O Rancho do Seu Waldomiro (vindo de Alto Paraíso, pegar a estrada para São Jorge e andar 18 km, fica logo antes de começar a estrada de terra, 62/ ) é uma dica gastronômica de beira de estrada. Ele serve um prato único: a matula goiana, um cremoso tutu de feijão-branco engrossado com farinha de mandioca e incrementado com pedaços de linguiça, carne de sol e carne de lata. Tudo isso vem servido numa folha de bananeira. Acompanham a refeição os causos do seu Waldomiro, que tem 70 anos e 22 (isso mesmo, 22 ) filhos. A receita da matula ele não conta pra ninguém. 4. Entre os 26 passeios mais conhecidos, elegi os meus dois favoritos: a Catarata dos Couros(acesso pelo km 148 da GO-118 para Brasília, 50km), que surpreende pela quantidade de quedas d água e o clima de ambiente selvagem. A água é geladíssima, mas a beleza do lugar me fez esquecer do mundo. Para quem tem coragem, há uma plataforma de 12 metros para pular no poço. E a Cachoeira do Segredo (acesso pelo estrada para Colinas do Sul, 13 km), com a trilha mais fantástica que já fiz na vida. Durante três horas de caminhada eu cruzei os rios Segredo e São Miguel 14 vezes e nadei numa minipraia de rio, com areia, peixinhos e água verde-clara. Tire férias (ou viaje para lá num feriado mesmo). Vá sem medo de ser feliz.

A maioria dos atrativos ficam distantes das cidades-base e os guias cobram ainda mais caro pra quem está a pé (cerca de R$ 150 por grupo, independente se você está sozinho ou com mais cinco pessoas).

5 e de cair na água gelada, deitar na rede, ser picada por mil mosquitos e ver estrelas cadentes até perder a conta.

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