PARLAMENTO EUROPEU GUIA DE REGRAS ARTHUR GANDRA SARAH GOIFMAN LORENA PRATES LUKAS SASAKI SAMUEL TEIXEIRA
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1 PARLAMENTO EUROPEU GUIA DE REGRAS ARTHUR GANDRA SARAH GOIFMAN LORENA PRATES LUKAS SASAKI SAMUEL TEIXEIRA BELO HORIZONTE MAIO DE 2016
2 GUIA DE REGRAS Parlamento Europeu TEMAS 12 DO PROCESSO LEGISLATIVO Artigo 1 : Comunicação da posição do Conselho e da Comissão 1. A comunicação da posição do Conselho e da Comissão tem lugar quando o Presidente a anunciar em sessão plenária. O Presidente fará a comunicação depois de ter recebido os documentos que contêm a posição propriamente dita. Artigo 2 : Conclusão da leitura legislativa 1. A posição do Conselho e, caso esteja disponível, a recomendação para segunda leitura apresentada pela comissão competente serão automaticamente incluídas no projeto de ordem do dia do período de sessões. 2. A segunda leitura será dada por concluída quando o Parlamento aprovar, rejeitar ou alterar a posição do Conselho. Artigo 3 : Alterações à posição do Conselho 1. Um grupo político ou uma maioria simples podem apresentar propostas de alteração à posição do Conselho, que serão objeto de apreciação em sessão plenária. 2. As alterações à posição do Conselho só poderão ser consideradas admissíveis se visarem: a) alterar total ou parcialmente a posição aprovada pelo Parlamento na sua primeira leitura; ou b) obter um compromisso entre o Conselho e o Parlamento; ou c) alterar partes do texto da posição do Conselho que não figuravam na proposta apresentada em primeira leitura ou cujo teor era diferente e que não constituam uma alteração substancial; ou d) ter em conta um facto ou uma nova situação jurídica ocorridos desde a primeira leitura. 3. Para a aprovação das alterações são necessários os votos favoráveis da maioria absoluta dos membros que compõem o Parlamento. Artigo 4 : Requisitos para a redação de atos legislativos 1. Os atos dividem-se em artigos, eventualmente agrupados em capítulos e secções.
3 2. É facultativa a presença de disposições preambulares. DOS ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES Artigo 5 : Composição da Conferência dos Líderes 1. A Conferência dos Líderes é composta pelo Presidente do Parlamento e pelos líderes dos grupos políticos. Os líderes dos grupos políticos podem fazer-se representar por um membro do seu grupo. 2. O Presidente do Parlamento poderá convidará um dos deputados não-inscritos a participar nas reuniões da Conferência dos Líderes, sem direito a voto. 3. A Conferência dos Líderes procurará chegar a consenso em relação às questões que lhe forem submetidas. Caso não seja possível alcançar esse consenso, proceder-se-á a votação, por aprovação de maioria absoluta. 4. Se por falta ou motivo que impossibilite a presença de algum dos membros, este deve ser substituído por outro membro do grupo político ao qual pertence. Artigo 6 : Funções do Presidente 1. O Presidente dirige, nos termos previstos no presente Regimento, as atividades do Parlamento e dos seus órgãos. O Presidente dispõe de todos os poderes para presidir aos trabalhos do Parlamento e para assegurar o seu correto desenrolar. 2. Cabe ao Presidente abrir, suspender e encerrar as sessões, decidir sobre a admissibilidade das alterações, sobre as perguntas ao Conselho e à Comissão e sobre a conformidade dos relatórios com o presente Regimento. Cabe também ao Presidente assegurar o respeito do Regimento, manter a ordem, conceder a palavra, dar por encerrados os debates, pôr os assuntos à votação e proclamar o resultado das votações. 3. Durante os debates, o Presidente só poderá usar da palavra para fazer o resumo da discussão e chamar os deputados à ordem; caso pretenda tomar parte no debate, o Presidente deve deixar o seu lugar, ao qual só poderá regressar quando o debate tiver terminado. DAS SESSÕES Artigo 7 : Projeto de ordem do dia 1. Antes de cada período de sessões, a Conferência dos Líderes elaborará um projeto de ordem do dia.
4 2. O projeto definitivo de ordem do dia será disponibilizado e lido para os deputados assim que aprovado. 3. Em caso de alteração da ordem do dia, é necessária nova reunião, sendo passível de convocação por qualquer Líder de Grupo Político. Artigo 8 : Quórum 1. Após vinte minutos, Parlamento pode deliberar, fixar a ordem do dia e aprovar a ata, qualquer que seja o número de deputados presentes. 2. Considera-se que existe quórum sempre que se encontre reunido na sala das sessões um terço dos membros que compõem o Parlamento. Superados vinte minutos do tempo de sessão, qualquer quórum será aceito para a abertura da mesma. 3. É facultado a um grupo político ou um mínimo de oito deputados apresentar ao Presidente pedido para que se limite procedimentos de votação à quórum específico. Artigo 9 : Intervenções de um minuto 1. Na primeira sessão de cada período de sessões, o Presidente concederá a palavra durante um período não superior a 30 minutos aos deputados que desejem chamar a atenção do Parlamento para questões políticas importantes. O tempo de uso da palavra de cada deputado não excederá um minuto. O Presidente poderá conceder um novo período similar durante o mesmo período de sessões. Artigo 10 : Intervenções sobre assuntos de natureza pessoal 1. Os deputados que peçam para fazer uma intervenção sobre assuntos de natureza pessoal serão ouvidos no final da discussão do ponto da ordem do dia em apreciação, ou aquando da aprovação da ata da sessão a que se refere o pedido de intervenção. Os deputados em causa não poderão referir-se à matéria de fundo do debate e deverão limitar-se, nas suas intervenções, a refutar observações que os afetem pessoalmente, feitas durante o debate, ou opiniões que lhes tenham sido atribuídas, ou a retificar as suas próprias declarações. 2. Salvo decisão em contrário do Parlamento, nenhuma intervenção sobre assuntos de natureza pessoal poderá exceder um minuto. Artigo 11 : Medidas imediatas
5 1. O Presidente deverá advertir todos os deputados que prejudiquem o bom andamento da sessão ou cujo comportamento não seja compatível com as disposições pertinentes. 2. Se se mantiver a perturbação, ou em caso de recidiva, a mesa diretora poderá retirar a palavra ao deputado e/ou ordenar que este seja expulso da sala até ao final da sessão. 3. Se não conseguir fazer-se ouvir, o Presidente abandonará a cadeira da presidência, o que implica a interrupção da sessão. Esta será reiniciada por convocação do Presidente. Artigo 12 : Perguntas com pedido de resposta oral com debate 1. Um grupo político ou um mínimo de oito deputados podem formular perguntas ao Conselho ou à Comissão e requerer que estas sejam inscritas na ordem do dia do Parlamento. As perguntas serão entregues por escrito ao Presidente, que as submeterá de imediato à Conferência dos Líderes. A Conferência dos Líderes decidirá se e por que ordem as perguntas serão inscritas na ordem do dia. Caducarão as perguntas não deliberadas na sessão. 2. Um dos autores da pergunta poderá usar da palavra durante dois minutos para a desenvolver. A resposta será dada por um membro da instituição interpelada. DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 13 : Recomendações do Conselho e das Comissões 1. As recomendações para segunda leitura apresentadas pelas comissões parlamentares são equivalentes à exposição de motivos em que a comissão justifica a sua posição em relação à posição do Conselho. Estes textos não são postos à votação. Artigo 14 : Dos poderes do Presidente e da Mesa Diretora Todas as funções e poderes do Presidente são expansivas à Mesa Diretora, podendo esta limitar ou suspendê-los. 1. A mesa é soberana sobre todos os atos dentro do comitê. 2. A mesa poderá revisar decisões do Presidente em casos que esta vá contra o bom andamento do comitê ou situações semelhantes. Artigo 15 : Requisição de Partícipes Externos O Parlamento pode requisitar a presença de qualquer autoridade, para discursar, por maioria absoluta. 1. Ao requisitar, deve o parlamentar justificar em termos objetivos em quais assuntos seria pertinente a presença.
6 2. É resguardado ao externo limitar, por sua vontade, a participação. 3. É vedada a presença de um partícipe externo, de modo contínuo, por mais de uma sessão. Artigo 16 : Das maiorias 1. As maiorias que se referem neste regimento são: a) Simples, quando a maioria conta com os votos do primeiro número inteiro maior que metade de votantes, excluídos os que se abstiveram. b) Absoluta, quando a maioria conta com os votos do primeiro número inteiro maior que a metade dos que assinaram a sessão, votantes ou não. c) Qualificada, quando maioria conta com os votos de três quintos dos que assinaram a sessão, votantes ou não. Artigo 17 : Das lacunas regimentais 1. Eventuais lacunas e ambiguidades nesse texto serão interpretadas e decididas pela mesa diretora.
Capítulo I Das Sessões
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