ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE JESUS

Transcrição

1 ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE

2 MÓDULO 3 A PRESENÇA AMOROSA DE EM NOSSAS VIDAS

3 O SIGNIFICADO DE SER DISCÍPULO DE 2ª. parte

4 10º. ENCONTRO A CONDIÇÃO PARA SER DISCÍPULO DE Objetivo refletir sobre a condição e o significado de ser um discípulo de Jesus.

5 Meditando sobre a presença de Jesus em nossas vidas: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir-se filho(a) de Deus, tendo como guia e modelo, Jesus. Como você sente essa realidade? Você a sente de modo a se entregar plenamente a Deus, às Leis Divinas e aos ensinamentos de Jesus? Deixe fluir os seus pensamentos e sentimentos, evitando qualquer mascaramento, num processo de autoengano. Seja verdadeiro(a) com você, analisando-se com autenticidade.

6 EU, ESPÍRITO IMORTAL DEUS ENTREGA E AÇÃO As virtudes que nos possibilitam a entrega a Jesus, nosso guia e modelo, o caminho da verdade e da vida, que nos conduz a Deus. LEIS DIVINAS

7 João Capítulo 13 versículos 3 ao 17 e 34 Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus. Levantou-se então da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e amarrou-a na cintura. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.

8 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.

9 Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos. Depois que lhes lavou os pés, vestiu o manto, põs-se de novo à mesa e perguntoulhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.

10 Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o mensageiro maior do que aquele que o enviou. Se compreenderdes isto e o particardes, sereis felizes. Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

11 Exegese realizada pelo Espírito Honório médium Afro Stefanini II Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.

12 A estranheza do discípulo é esteriótipo para um padrão de comportamento egoico muito comum e vigente nos dias atuais. Costumam aqueles que vivem mais pelo ego do que pela Essência, classificar os outros e a si mesmo pelas coisas que realizam. A sabedoria profunda, porém, recomenda que jamais deveremos confundir o fazer com o ser. Pedro era discípulo e sem se dar conta demonstrou 3 sentimentos egóicos em uma única pergunta.

13 O primeiro sentimento foi de preconceito, pois julgou a atitude do Mestre antes de buscar aprender com ela. O segundo foi de desconfiança, pois um aprendiz sincero não duvida da sabedoria do seu Mestre, ainda que não entenda de pronto como se processa a lição. O terceiro é a menosvalia, porque considerou em si mesmo que os pés tinham menor importância do que qualquer parte do corpo, rechaçando a humildade do Mestre por causa dos seus sentimentos egoicos.

14 Jesus responde ao discípulo incipiente que enquanto as nuvens do ego estivessem envolvendo-o não seria possível ele compreender o Seu gesto. Pedro ainda não tinha se permitido se sentir como aprendiz. Ele aceitava a presença do Mestre mas não aceitava ser o aprendiz do Mestre. Mais tarde quando os desafios amadureceram o Espírito frágil, ele compreendeu a lição gloriosa de Jesus.

15 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Os pés simbolizam os impulsos instintivos e o Mestre simboliza a grande conquista existencial que é a angelitude. Não há como dissociar no processo de evolução o instinto da humanização e, consequentemente, da angelização. Para se humanizar é preciso sublimar os instintos, que, por sua vez, contribui com o processo de angelização.

16 Eis porque o anjo de hoje começou ontem a sua evolução pela superação dos instintos. Quando Jesus diz a Pedro que se Ele não lhe lavar os pés não tem parte com Ele, encontramos a profunda lição de que não nos é possível a angelização sem o trabalho de purificação das necessidades primárias por meio da disciplina e autodomínio.

17 Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Neste versículo, encontramos referências sobre as mãos que é simboliza a condição humana e a cabeça que retrata o estado angelical. Pedro não compreendendo o significado cósmico de tudo quanto Jesus estava elucidando, toma o símbolo como expressão ao pé da letra e não sabe aproveitar o ensino no momento.

18 Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos. Ao se reportar sobre os que se banharam, necessitando apenas lavar somente os pés, Jesus retrata todos aqueles que já iniciaram o processo da autotransformação consciente e voluntária.

19 Simboliza o Mestre o processo inciático por meio do batismo, comum à época, no qual aqueles que se iniciavam nos caminhos da autoiluminação eram simbolicamente banhados pela água da purificação, como fazia João batista no Jordão. Aquele que se banhou, necessitando lavar somente os pés tem outra lição e esclarecimento significativo, retratando ao mesmo tempo a sublimação dos instintos e a purificação do propósito existencial que dará o sustento na jornada do aprendiz rumo à plenitude.

20 Depois que lhes lavou os pés, vestiu o manto, põs-se de novo à mesa e perguntoulhes: Sabeis o que vos fiz? Para a profunda sublimação e purificação dos instintos, o Ser Esssencial, o Mestre Crístico, que somos nós em essência, realiza o processo de humildar-se, limpando com carinho e zelo todas as impurezas que jazem no âmago da condição humana. O Ser Essencial vai aos pés do ego, porque o ego não tem condições de ir aos pés do Ser Essencial.

21 Esta é uma atitude virtuosa e somente quem produz a virtude é capaz de realizar. O ego não produz virtudes, ele aprende a conviver com o nascimento delas no íntimo do ser humano. Depois que aprendemos o processo profundo de nos humildar é que vamos tomando os caminhos da maestria, ou seja, vamos colocando o manto da maturidade espiritual e chegamos à mesa que simboliza o equilíbrio existencial.

22 Quando Jesus coloca novamente o manto e volta para a mesa, é o Mestre buscando saber qual o impacto da lição, buscando saber quais dos discípulos tem parte com ele na compreensão da lição ministrada.

23 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Quando o Ser Essencial vai até os próprios sentimentos e comportamentos do ego, purificando as matrizes instintivas que geram os conflitos-aflições dentro do ser, o segundo dever é de caridade, buscando exercitar a energia desse amor para com as demais criaturas cumprindo a Lei de Justiça, Amor e Caridade.

24 É nisso que consiste o pedido de Jesus na simbologia de lavar os pés uns dos outros, ou seja, contribuir com o progresso espiritual das demais criaturas, irmãs em Humanidade.

25 Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o mensageiro maior do que aquele que o enviou. Aqui nesta passagem, Jesus aprofunda o ensinamento colocando a virtude da exemplificação como proposta de vida para todos os que de fato estão no processo da autoiluminação.

26 O fato do Mestre explanar que o convite é para que façamos o mesmo que Ele havia feito, demonstra a aplicabilidade dos Seus ensinos, elaborados para a nossa condição humana e planejados para nos conduzir para a nossa angelitude. Quando Jesus reporta sobre o servo não ser maior que o seu Senhor, nem o mensageiro maior do que aquele que o enviou, estamos recebendo o ensinamento de que o ego não é maior que o Ser Essencial.

27 O Senhor de nossa intimidade é o Ser Essencial que somos. Por não buscar acioná-lo ou desenvolvê-lo o ego se posta como senhor, mas nesta simbologia ele é retratado como o servo, ou seja, aquele que é feito para servir ao Senhor que será sempre o Ser Essencial, o amor em nós. O Ser Essencial por sua vez não existe para ser servido, mas para servir no cumprimento das Leis Divinas na própria consciência.

28 Se compreenderdes isto e o particardes, sereis felizes. João 13: 34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

29 A partir das reflexões realizadas nos versículos estudados, quais as virtudes podemos somar às que já refletimos? EU, ESPÍRITO IMORTAL DEUS ENTREGA E AÇÃO LEIS DIVINAS

30 Avaliação reflexiva: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir o conteúdo estudado neste encontro: O que você entendeu do conteúdo que se aplique à sua vida? O conteúdo estudado mudou a forma como você sente a presença de Jesus em sua vida? Caso positivo, que mudança foi essa?

31 Neste encontro aprofundamos a reflexão sobre a importância e o significado de Jesus em nossas vidas, como Mestre Cósmico, e as virtudes da doação amorosa e do espírito de serviço para modelá-lo. Busque sentir a possibilidade de desenvolver essas virtudes. Como você a sente? Como é realizar esses esforços para você?

32 Você compreendeu a necessidade de fazer esforços para modelar Jesus, tornando-o o seu caminho para a Verdade e para a Vida, construindo o Reino de Deus dentro de si mesmo(a)? Como você sente a sua vida aplicando conteúdo estudado? Ele pode melhorar a sua vida em sua busca de autotransformação e nas suas atividades na prática do Bem?

33 Sinta-se, agora, um Espírito imortal que traz em si mesmo a determinação divina de evoluir até à perfeição relativa, pelo conhecimento pleno e cumprimento das Leis Divinas, pela prática das virtudes e pela busca da unidade com Deus. Mergulhe profundamente nessa verdade espiritual. Sinta-a, veja-se desenvolvendo todas as virtudes essenciais da Vida ao longo do tempo, desenvolvendo o poder real em si mesmo, sentindo a presença amorosa de Jesus em sua vida.