ATA N.º 10/2014 REUNIÃO ORDINÁRIA DE 22 DE ABRIL DE 2014

Transcrição

1 1/ Aos vinte e dois dias do mês de abril de dois mil e catorze, nesta Vila de Coruche, Paços do Concelho e Sala das Sessões, reuniu a Câmara Municipal de Coruche, sob a Presidência do Senhor Francisco Silvestre de Oliveira e com a presença dos Vereadores Senhores Maria de Fátima Raimundo Galhardo, José Aníbal Ferreira Novais, Célia Maria Arsénio Barroso da Cruz Ramalho, José Marcelino e Liliana Sofia Neves Ferreira dos Santos Pinto Verificado o quórum, o Senhor Presidente declarou aberta a reunião às nove horas e trinta minutos PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA APROVAÇÃO DE ATAS DE REUNIÕES ANTERIORES:- O Senhor Presidente colocou à apreciação a ata da reunião de Não havendo da parte dos Senhores Vereadores qualquer correção à ata, colocou a mesma à votação A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a ata de O Senhor Presidente colocou à apreciação a ata da reunião de Não havendo da parte dos Senhores Vereadores qualquer correção à ata, colocou a mesma à votação A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a ata de VISTORIA TÉCNICA MIRANTE DA AGOLADA:- O Senhor Presidente apresentou o Relatório da vistoria efetuada à torre de vigilância da Herdade da Agolada de Cima, conforme solicitado pelo Senhor Vereador José Marcelino A Câmara tomou conhecimento MOÇÃO EVOCATIVA DO 25 DE ABRIL DE 1974:- O Senhor Presidente apresentou a Moção, que a seguir se transcreve: Se há um dia que representa, na nossa história coletiva, a força de um povo, esse dia é o 25 de Abril de Passam já 40 anos, mas a coragem de um grupo de militares e a vontade de mudança de um povo não estão ainda esquecidas. Nem poderiam estar! Nesse dia, Portugal abriu caminho para a Democracia, já anteriormente tentada noutros períodos da nossa história, mas nunca antes verdadeiramente concretizada Nesse dia, Portugal abriu caminho para a concretização do Serviço Nacional de Saúde Nesse dia, Portugal pôde começar a fazer do voto livre e universal uma afirmação de Liberdade Nesse dia, Portugal pôde começar a construção de uma sociedade em que o acesso à educação pública passou a ser um dos pilares fundamentais da Igualdade Nesse dia, Portugal pôde também iniciar a construção de um ideal de Estado Social, em que todos os cidadãos vissem assegurados um conjunto de garantias de bem-estar social, em no-

2 2/30 me da Fraternidade Muitas outras áreas poderiam ser referidas, mas o mais importante, à laia de resumo, é que podemos afirmar, sem qualquer sombra de dúvida, que a denominada Revolução dos Cravos é uma conquista de Portugal e dos Portugueses que nunca será demais assinalar e enaltecer Quarenta anos depois a responsabilidade social e política exige que não se coloque em causa muitas das conquistas de Abril, na Saúde, na Educação, no Apoio Social, mas também no Poder Local O Poder Local foi uma das maiores conquistas de Abril, e diariamente é cerceado ora por limitações à autonomia feita através da Lei dos Compromissos, da Lei das Finanças Locais, de um Orçamento do Estado que impõe cortes às transferências, ora pelas limitações de contratação de pessoal, ora pela Lei 75/2013, ora pela extinção de freguesias por percentagem sem ter em conta a realidade de cada concelho Um Poder Central que asfixia o Poder Local é um Poder Central que coloca em causa as conquistas de Abril e os valores de Abril, porque a proximidade, a resposta célere, o primeiro recurso a que os cidadãos recorrem, é as Autarquias, e é hoje a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia que constituem o verdadeiro Ministério da Solidariedade Social Celebrar Abril, é defender as Pessoas Porque um país só pode estar melhor, se as pessoas viverem melhor! Celebrar 40 anos de Abril é também enaltecer aqueles que de alguma forma contribuíram para a concretização do 25 de Abril de 1974: militares, civis, democratas, antifascistas, todos aqueles que entenderam que era chegada a altura de dizer basta!, a uma ditadura que corroía a dignidade, a determinação e o orgulho de Portugal e dos Portugueses O concelho de Coruche é feito por um povo de luta, um povo que contribuiu para a conquista da Liberdade, e por isso, este 25 de Abril na cerimónia solene, será também de homenagem, com atribuição de medalhas da Liberdade e evocação dos que tombaram no Ultramar A Câmara Municipal de Coruche, honra todos estes homens e mulheres que tornaram possível que hoje vivamos num clima de liberdade Viva o 25 de Abril! O Senhor Vereador José Marcelino concordou com o teor da moção Recordou as dificuldades sentidas pela população nos tempos que antecederam o 25 de Abril e as lutas das gentes do concelho de Coruche, principalmente do Couço Evidenciou a importância desta comemoração, considerando que as conquistas do 25 de Abril, aos níveis da saúde, do apoio social, da educação, da habitação e do trabalho, permitiram a evolução de Portugal e a consequente melhoria das condições de vida da população Considerou que as políticas do governo estão a conduzir ao retrocesso do país através da

3 3/30 extinção de direitos conquistados no 25 de Abril Sublinhou a necessidade de sensibilizar os concidadãos para que, os valores do 25 de Abril prevaleçam todos os dias, e não só nessa data A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a moção PERÍODO DA ORDEM DO DIA PRESTAÇÃO DE CONTAS REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2013 (DOCU- MENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E RELATÓRIO DE GESTÃO:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 268/2014, proveniente do Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social, que a seguir se transcreve: Propõe-se que a Câmara delibere: Aprovar a Prestação de Contas referente ao exercício de 2013 (Documentos de Prestação de Contas e Relatório de Gestão) O Senhor Presidente considerou que, do ponto de vista técnico, o documento de Prestação de Contas referente ao ano de 2013, apresenta uma excelente qualidade Procedeu à análise do Relatório de Gestão de 2013, salientando que a Taxa de Execução do PPI, no valor de 18,1% é, ao nível da evolução, mais baixa que nos anos anteriores. Este valor reflete as dificuldades e contingências exteriores, que condicionaram a execução prevista para 2013, nomeadamente: A baixa capacidade de trabalho dos empreiteiros, inclusivamente a verificação de algumas situações de insolvências, as quais condicionaram a realização das obras previstas; A grande morosidade na aprovação de novos projetos do QREN, e o esgotamento progressivo das suas verbas Recordou que ao nível do INALENTEJO, ao Município de Coruche apenas foi dada a possibilidade de apresentação de uma única candidatura para a construção da Ponte das Courelinhas Sublinhou que a boa situação financeira do Município de Coruche, permitiu, ao nível da execução orçamental, alcançar uma Taxa de Realização do Orçamento, no valor de 50%, e uma Taxa de Realização das Grandes Opções do Plano, no valor de 33,9% Relativamente à evolução da receita, em 2013 verificou-se o aumento da receita corrente, explicado, sobretudo, pelo facto de o valor do FEF, no mesmo montante do ano anterior, ter passado a ser transferido 80% em receita corrente, quando antes era 60% Ao nível da receita de capital, verificou-se uma quebra, devido à diminuição da receita do FEF e da receita das verbas comunitárias Relativamente à evolução da despesa, em 2013 verificou-se um ligeiro acréscimo da despesa corrente face a

4 4/ A despesa de capital registou um decréscimo, devido à falta de investimentos, situação esta, originada pela redução das comparticipações comunitárias No que concerne aos encargos com pessoal em 2013, registou-se uma subida da despesa, resultado do pagamento dos subsídios de Férias e de Natal que não se tinha verificado no ano de Acrescentou que a despesa com horas extraordinárias em 2013 diminuiu 83,6%, quando comparada com o ano de 2001, reflexo de um planeamento adequado de atividades pelo Município de Coruche A partir deste momento, o Senhor Vereador Isidro Rodrigo Silva Catarino, passou a participar nos trabalhos O Senhor Presidente concluiu que o Município registou no exercício económico de 2013, uma receita anual superior à despesa total anual, no valor de ,29. Este valor será acrescido ao saldo de gerência anterior, no valor de ,03, resultando um saldo de ,32 para a gerência seguinte O Senhor Vereador José Marcelino referiu que os valores, totais e parciais de algumas rubricas do PPI e das AMR, plasmados no Relatório de Gestão, são divergentes dos que estão referidos nos Documentos de Prestação de Contas Questionou qual o motivo desta diferença de valores e qual o documento que a Câmara está a aprovar referente a este assunto, se o Relatório de Gestão, se os documentos de Prestação de Contas de O Senhor Vereador Isidro Catarino concordou com o Senhor Vereador José Marcelino, uma vez que a análise não é congruente entre um e outro documento A Senhora Vereadora Liliana Pinto questionou qual o documento que se encontra correto, considerando que os dois apresentam valores diferentes O Senhor Presidente solicitou a presença do Chefe do Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social O Dr. José Domingos esclareceu que, tal como é referido na página n.º 18 do Relatório de Gestão, neste documento a análise à realização/ execução do PPI e das AMR, foi realizada na perspetiva da despesa faturada contabilizada em cada projeto ou ação e não na perspetiva da despesa paga Acrescentou que a informação relativa à execução com base na despesa paga, se encontra no ponto 7.4 dos documentos de Prestação de Contas, tendo os Senhores Eleitos, desta forma, acesso a ambas as informações Referiu que, contudo, a diferença do grau de execução do PPI e das EMR é muito reduzido entre uma e a outra perspetiva

5 5/ O Senhor Vereador Isidro Catarino considerou que o aumento da receita corrente, verificado em 2013 deve-se, não só à alteração da forma de cálculo do FEF, mas também ao aumento acentuadíssimo do IMI, que registou um acréscimo de 19% face ao ano anterior Recordou que a CDU propôs, há dois anos, a redução de 0,1% no IMI, a qual não foi aprovada, fundamentada no facto de esta decisão consubstanciar uma perda para o Município. No entanto, a receita foi muito superior à suposta perda, caso a proposta de redução fosse aprovada Destacou o aumento positivo da receita da Derrama, o qual reflete o desenvolvimento da atividade empresarial do concelho Referiu que o nível da taxa de execução do PPI de 2013 foi de 17,83%, nos documentos de Prestação de Contas, e de 18,1%, no Relatório de Gestão. Não obstante a diferença de valores apresentados, é de evidenciar a baixíssima taxa de execução do PPI de Acrescentou que a taxa de execução das AMR de 2013 foi de 70,5%, no Relatório de Gestão, e 70,26%, nos documentos de Prestação de Contas, o que revela um nível de execução baixo em relação ao que foi proposto Evidenciou que o ano de 2013 registou a mais baixa taxa de execução de sempre, não só na ótica da percentagem, mas também na do valor absoluto. Comparando com anos anteriores, o ano de 2013 apresentava a maior dotação orçamental, no entanto, ao nível da taxa de execução do PPI, foi o ano que apresentou o valor mais baixo Sublinhou que este valor da taxa de execução não deve ser justificado apenas com condicionantes externas mas também com a inércia e incapacidade de realizar obra por parte do Partido Socialista Mencionou algumas obras previstas para 2013 e que não foram concretizadas nomeadamente: arranjo urbanístico da Rua do Centro Social da Azervadinha; arranjo urbanístico do Largo da Lamarosa; ligação da E.M.580/ E.N.114 troço Valverde Santo Antonino; Parque dos Lagoíços; Rua do Bairro Hilário nos Carapuções; os Núcleos Museológicos da Casa Tradicional da Erra e sobre a resistência no Couço; Campo de Ténis, junto às Piscinas; Bike Parque do Montinho do Brito Salientou que ao nível da execução das AMR, a taxa de execução da Ação Social foi de apenas 22,9%, que corresponde ao valor de ,78, enquanto que a Cultura registou uma taxa de 58,11%, que corresponde ao valor de ,95. Verifica-se ainda a existência da rubrica Mercados e Feiras, destinada unicamente à realização da FICOR, com uma taxa de execução de 90%, que corresponde ao valor de , Considerando esta análise das AMR, ficam evidentes as prioridades deste executivo de maioria Socialista e o facto de que o apoio social não foi uma delas

6 6/ Relativamente às horas extraordinárias considerou uma desonestidade intelectual a utilização de 2001 para comparar toda a gestão Socialista, usando exclusivamente o item das horas extraordinárias, porquanto trata-se de diferentes realidades e modus operandi A Senhora Vereadora Célia Ramalho salientou que os documentos de Prestação de Contas estão elaborados de forma clara e proporcionam uma análise acessível da informação Referiu que ao nível do pessoal se verificou uma redução continuada do número de trabalhadores, imposta pelo governo, e a diminuição de componentes salariais variáveis, como é o caso das horas extraordinárias ou das ajudas de custo. Salientou que, ainda assim, o Município continua a assegurar o serviço público à população Sublinhou que a baixa taxa de execução do PPI de 2013 deve-se, sobretudo, a um conjunto de condicionantes exteriores nomeadamente, a crise da economia mundial e as políticas do governo castradoras da autonomia financeira da gestão autárquica Quanto à execução das obras previstas, verificou-se que apesar de o Município ter os projetos concluídos e disponibilidade financeira, a mesma foi influenciada por fatores externos designadamente: O esgotamento das verbas atribuídas no âmbito do QREN; Atrasos na abertura de novos concursos para fundos comunitários; O acesso exclusivo a uma única candidatura a fundos provenientes do INALENTEJO; Dificuldades de execução dos empreiteiros Acrescentou que o Município de Coruche cumpriu e esgotou todas as cotas das candidaturas aprovadas e ainda foi possível a candidatar-se à bolsa de mérito, tendo em conta a sua boa situação financeira Em relação à taxa de execução das AMR de 2013, no valor de 70,5%, verificou-se uma evolução favorável, em relação ao ano anterior Destacou a excecional capacidade de endividamento líquido do Município de Coruche, que ascende ao valor de , Congratulou-se com o posicionamento do Município no ranking do anuário dos Municípios Portugueses Felicitou a equipa técnica que participou na elaboração do documento de Prestação de Contas, principalmente o Dr. José Domingos, pelo excelente desempenho e zelo, demonstrado na realização deste relatório Concluiu que apesar da crise económica e social atual, a saudável situação financeira do Município é reflexo de uma gestão estratégica coerente, prudente e rigorosa, que permite a adaptação às circunstâncias dessa crise e às consecutivas alterações legislativas, por forma a assegurar a prossecução do interesse público

7 7/ A Senhora Vereadora Liliana Pinto referiu que a utilização de critérios diferentes para elaboração do Relatório de Gestão e dos documentos de Prestação de Contas é uma opção da Câmara Salientou que o ano económico de 2013 registou a mais baixa taxa de execução do PPI, no valor de 18,1%, desde Relativamente à taxa de execução registada ao nível da Ação Social, no valor de 22,9%, considerou que esta reflete, com efeito, que o fator crise só é utilizado para fundamentar decisões, em algumas situações Defendeu que os depósitos bancários, no valor de ,60, deveriam ser utilizados na realização de investimento Evidenciou que se registou em 2013, um aumento ao nível das receitas provenientes do IMI, no valor de 19,3%, e da Derrama, no valor de 29,2%. Recordou que apesar da crise, o Município continua a aumentar os impostos municipais Acrescentou que do ponto de vista da evolução da receita corrente, ainda que considerando a crise atual, registou-se uma subida de 22,5% face ao ano anterior, e o aumento das receitas do Orçamento de Estado Mencionou que o Relatório de Gestão destaca, ao nível das transferências de capital, as transferências para as Juntas de Freguesia e apoio a instituições de cariz social, as quais representaram 91% do total Na realidade, a comparticipação do Município para a construção do Lar da Lamarosa, foi de apenas 10% do valor da construção, e para a construção do Centro de Atividades Ocupacionais e Residência Autónoma do C.R.I.C., foi de menos de 10% do valor da construção Para as outras associações o valor despendido é manifestamente reduzido Criticou a gestão do executivo, considerando injustificado o facto de o Município ter capital disponível, no valor de ,60, e não realizar investimento em prol da população A Senhora Vereadora Fátima Galhardo recordou que no ano de 2013, o Município de Coruche aprovou a redução do valor da Taxa de Participação Variável no IRS, de 5% para 3% Salientou que ao nível da Ação Social, a redução da participação deste imposto possibilitou, ainda que de forma indireta, apoiar as famílias Recordou também a aprovação da redução da Taxa da Derrama, salientando que, ainda assim, em 2013, verificou-se um aumento da receita, no valor de 29,2%, resultado do investimento realizado ao nível da criação de condições para a fixação de empresas em Coruche Sublinhou que a baixa taxa de execução verificada ao nível da Ação Social, em 2013, é consequência de várias obrigações legislativas, que conduziram ao estrangulamento do poder autárquico e impossibilitaram a execução do Município, nomeadamente:

8 8/ As imposições da Lei dos Compromissos que impediram a atividade do Município; A obrigatoriedade de realização de novos regulamentos para o apoio social, decorrente da Lei 75/ Evidenciou que a execução do PPI foi bastante condicionada pela diminuição da receita de comparticipação comunitária de projetos, e pelo facto de não terem sido definidas novas candidaturas pelo governo Relativamente ao capital em depósitos bancários, esclareceu que o Município só está autorizado a apresentar candidaturas aos programas comunitários, se possuir capital disponível Concluiu que as opções políticas do governo estão a condicionar gravemente a atividade das autarquias e consequentemente a prossecução do interesse público O Senhor Vereador José Novais salientou que a baixa taxa de execução do PPI de 2013, não se deve apenas a opções do executivo, mas principalmente, a opções do governo, sobretudo, a quebra de receita de verbas comunitárias e o atraso das obras em curso, consequência das dificuldades impostas aos empreiteiros Sublinhou que, apesar das contingências, a Câmara realizou um importante investimento ao nível da execução de obras. Enumerou os valores de adjudicação de algumas empreitadas, de- signadamente: Empreitada de regeneração urbana da Vila de Coruche - Avenida do Sorraia: ,89 ; Empreitada de ligação da E.M.580/ E.N troço Valverde/Santo Antonino: ,86 ; Empreitada de construção da rede de drenagem pluvial e repavimentação das Ruas da Escola, António Teles, Paúl e Limoeiro: ,32 ; Empreitada de construção da Ponte das Courelinhas: ,81 ; Empreitada de repavimentação da Estrada de Mata Lobos Biscainho: ,26 ; Empreitada de repavimentação da Estrada da Amieira: ,56 ; Empreitada de qualificação em espaço rural da Rua do Centro Social Azervadinha: ,37 ; Empreitada de infraestruturação da Rua Isidro Fino Henriques - troço E.N. 251 Lagoíços: , Referiu que o procedimento de execução da empreitada pública, é atualmente, um processo muito moroso e complexo, que se reflete na execução do PPI. Exemplificou que, no caso da empreitada de execução da Sala de Jardim de Infância de Santana do Mato, o processo foi iniciado em 2013 e ainda não foi possível iniciar as obras O Senhor Vereador José Marcelino considerou incorreta, a forma como se encontram

9 9/30 elaborados o Relatório de Gestão e os documentos de Prestação de Contas Defendeu que o capital em depósito bancário, e a considerável capacidade de endividamento do Município de Coruche, não significam, necessariamente, uma boa gestão Salientou que a política ofensiva do governo está a impor um garrote, à gestão constitucionalmente adquirida, do poder autárquico, retirando-lhe a capacidade de gerir os seus recursos financeiros, pondo em causa a prestação do serviço público de proximidade à população Manifestou desacordo quanto ao facto de a Senhora Vereadora Fátima Galhardo considerar a redução do valor da Taxa de Participação Variável no IRS, um benefício social para as famílias, uma vez que, quem beneficia realmente, são os que mais rendimentos têm, sendo que, os mais necessitados não beneficiam nada Considerou que a análise macroeconómica do mundo, apresentada no Relatório de Gestão, é uma descrição exagerada e não refere as fontes de origem da informação Defendeu que o Relatório de Gestão deve ser a síntese do resultado do Orçamento do Município de Coruche, referente ao ano anterior, e não a descrição da situação económica mundial Afirmou que a baixa execução do Município não deve ser justificada apenas com a situação de crise mundial e com a diminuição dos fundos comunitários Verificou a existência de um conjunto de rubricas previstas no Orçamento, cuja execução foi de zero porcento, o que apenas poderá ter uma de duas justificações: o Orçamento está errado, ou a gestão é péssima Considerou que a fraca taxa de execução do ano de 2013 é da responsabilidade da Câmara, tendo em conta, a não execução de um extenso número de obras da sua competência Solicitou que a forma de elaboração do Relatório de Gestão e dos documentos de Prestação de Contas, seja idêntica, de forma a não resultar esta divergência entre os valores de ambos O Senhor Presidente reiterou que a baixa taxa de execução do PPI do ano de 2013, não resulta, aqui, da vontade da Câmara mas, sobretudo, das dificuldades decorrentes da realidade macroeconómica mundial, as quais, de acordo com dados do Banco de Portugal, se refletiram no país, nas autarquias, nas empresas e nas pessoas Salientou, ao nível da Ação Social, o demorado e burocrático procedimento de alteração aos regulamentos de apoio social, como seja, o Regulamento de Apoio a Estrados Sociais Desfavorecidos e o Regulamento de Apoio ao Conforto Habitacional, impediu a execução de alguns apoios Considerou tratar-se de uma situação, tal como outras, que decorreu do facto de o governo continuar a produzir legislação limitativa da autonomia do poder local Acrescentou que não admite a utilização de critérios politizados, pelo Senhor Vereador

10 10/30 Isidro Catarino, quanto à forma de análise das horas extraordinárias Reiterou que a redução da despesa com horas extraordinárias deve-se ao planeamento estratégico e adequado das atividades Discordou ainda da análise efetuada pelo Senhor Vereador referente à execução ao nível da Ação Social Sublinhou que a Câmara tinha as ações previstas, disponibilidade financeira, projetos concluídos, no entanto, as consecutivas alterações legislativas, condicionaram a execução limitando toda a capacidade de gestão dos recursos Recordou que as propostas de execução do Orçamento são aprovadas por todas as forças políticas que têm assento no órgão Esclareceu que a diminuição da receita da comparticipação comunitária de projetos, resultante do progressivo esgotamento das verbas do Quadro Comunitário, condicionou bastante a execução de algumas obras, à qual acresce ainda, o facto dos atrasos decorrentes das dificuldades de execução das empresas Reiterou que o Município necessita ter disponibilidade financeira para realizar a apresentação de candidaturas a verbas comunitárias, no entanto, em 2013, apenas foi dada a possibilidade de apresentar uma única candidatura ao INALENTEJO Defendeu que o Município de Coruche foi claramente condicionado pelas políticas do governo, relativamente à execução do ano de Ainda assim é evidente a capacidade de adaptação às diversas contingências impostas, a qual possibilitou a prossecução do interesse público A Câmara deliberou, por maioria, com os votos a favor do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores Fátima Galhardo, José Novais e Célia Ramalho e as abstenções dos Senhores Vereadores José Marcelino, Isidro Catarino e Liliana Pinto: Aprovar a proposta de deliberação n.º 268/2014, ficando a Prestação de Contas referente ao exercício de 2013 (Documentos de Prestação de Contas e Relatório de Gestão), a fazer parte integrante da presente ata, como anexo; Submeter o assunto à Assembleia Municipal O Senhor Vereador José Marcelino apresentou a seguinte declaração de voto: A abstenção dos Senhores Vereadores da CDU na votação da Prestação de Contas referente ao exercício de 2013, consubstancia-se no facto de não concordarmos com o Relatório de Gestão, e com a necessidade de o votar, em conjunto com os Documentos de Prestação de Contas, porquanto apresentam valores diferentes Consideramos que a utilização de diferentes critérios na elaboração dos Documentos de

11 11/30 Prestação de Contas e do Relatório de Gestão, é um procedimento incorrecto APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO DE 2013:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 269/2014, proveniente do Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social, que a seguir se transcreve: Considerando: A proposta do Relatório de Gestão cujo teor se dá aqui por integralmente transcrito para todos os efeitos legais Propõe-se que a Câmara delibere: Que o resultado líquido do exercício no total de ,06 seja aplicado da seguinte forma: Reservas legais: , Manutenção em resultados transitados: , A Câmara deliberou, por unanimidade: Aprovar a proposta de deliberação n.º 269/ Submeter o assunto à Assembleia Municipal I REVISÃO ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO E AO ORÇAMENTO DE 2014 POR INCORPORAÇÃO DO SALDO DA GERÊNCIA ANTERIOR:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 270/2014, proveniente do Departamento de Administração, Finanças e Desenvolvimento Estratégico e Social, que a seguir se transcreve: Submete-se a I Revisão ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano para apreciação e deliberação de Câmara e a sua submissão à Assembleia Municipal, solicitando-se que tal como o deliberado em , ao abrigo do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 127/2012, este órgão delibere conceder autorização prévia para a assunção dos compromissos plurianuais relativos aos contratos cuja despesa esteja aí prevista, até ao seu limite máximo A Câmara deliberou, por maioria, com os votos a favor do Senhor Presidente e dos Senhores Vereadores Fátima Galhardo, José Novais e Célia Ramalho e as abstenções dos Senhores Vereadores José Marcelino, Isidro Catarino e Liliana Pinto, aprovar a proposta de deliberação n.º 270/ PROJETO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE OBRAS E TRABALHOS NO ESPAÇO PÚBLICO:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 271/2014, proveniente da Divisão de Património, Ordenamento de Território de Desenvolvimento Urbano, que a seguir se transcreve: Considerando que:

12 12/ A instalação de infraestruturas de utilidades públicas em espaços do domínio público e privado municipal tem conhecido um considerável incremento nos últimos anos, motivado em especial pelo aumento da acessibilidade às redes de comunicações eletrónicas. Este incremento leva a que seja cada vez mais frequente a realização de trabalhos no espaço público, com vista, não só à instalação dessas redes, como às operações relacionadas com a sua manutenção e reparação O legislador procurou acompanhar esta evolução com a aprovação da Lei n.º 5/2004, de 10 de fevereiro (Lei das Comunicações Eletrónicas), do Decreto-Lei n.º 11/2003, de 18 de janeiro (regime de instalação e suporte de infraestruturas das estações de rádio-comunicações), e do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de maio (regime da construção de infraestruturas aptas ao alojamento de redes de comunicações eletrónicas Compete ao Município no quadro das atribuições que lhe estão cometidas por lei, disciplinar a utilização dos domínios públicos e privados municipais, em especial do solo e subsolo, com vista à instalação de infraestruturas e estabelecer um procedimento de autorização da realização de trabalhos no espaço público que se aplica a todas as intervenções para as quais esteja especialmente prevista outra forma de controlo prévio Pretende-se com o presente regulamento, não só corresponder ao tratamento legislativo de que têm sido objeto as comunicações eletrónicas, como também dar resposta aos problemas semelhantes que surgem na instalação de todo o tipo de infraestrutras técnicas Foram auscultadas em sede de audiência prévia as seguintes entidades interessadas: PT, ZON, Optimus, Oni Communications, EDP Distribuição, Tagusgás, Águas do Ribatejo, Anacon, ERSE e ERSAR O projeto de Regulamento Municipal de Obras e Trabalhos no Espaço Público do Município de Coruche, foi aprovado em reunião de Câmara de 12 de fevereiro de 2014; O projeto de Regulamento foi publicado na II Série do Diário da República em e colocado em discussão pública pelo período de 30 dias Decorrido o prazo de discussão pública não foram apresentadas quaisquer sugestões Propõe-se que a Câmara delibere: a) Aprovar o projeto de Regulamento Municipal de Obras e Trabalhos no Espaço Público b) Remeter o regulamento para aprovação da Assembleia Municipal, nos termos do artigo 25.º, g) da Lei n.º 75/ A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de deliberação n.º 271/ DESAFETAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO

13 13/30 MUNICÍPIO DA ESCOLA PRIMÁRIA DA VAREJOLA - COMODATO COM A ASSO- CIAÇÃO DE REFORMADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS DA FREGUESIA DO COU- ÇO:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 272/2014, proveniente da Divisão Administrativa e de Desenvolvimento Social, que a seguir se transcreve: Considerando: Que o edifício da Escola Primária da Varejola deixou de se destinar ao fim a que estava adstrito e que lhe conferia a dominialidade pública; Que a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Freguesia do Couço pretende vir a adaptar uma sala da Escola a Núcleo da Sede da Associação, a qual está a funcionar na Rua Almirante Reis. n.º 46, na vila do Couço, com o principal objetivo de dinamizar a comunidade local e o núcleo habitacional da Varejola Propõe-se que a Câmara delibere: Remeter o presente processo para a Assembleia Municipal para que este órgão emita ato administrativo que venha a desafetar do domínio público o edifício da Escola Primária da Varejola, porquanto a citada escola perdeu a utilidade pública a que estava adstrita, dada que já não é utilizada como equipamento escolar do Município Aprovar o contrato de comodato que fica como anexo à presente ata e que aqui se dá por integralmente transcrito para todos os efeitos legais, condicionando o mesmo à desafetação do domínio público do edifício escolar a efetuar pela Assembleia Municipal, nos termos do disposto no artigo 25.º, n.º 1, q) da Lei 75/ A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de deliberação n.º 272/ RECLASSIFICAÇÃO DA CASA DE CORUCHE EM CORUCHE, NOS TER- MOS DO REGIME JÚRIDICO DOS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS - PLANTIS, CONSULTORIA E GESTÃO DE ESPAÇOS, LDA.:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 273/2014, proveniente da Divisão de Património, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, que a seguir se transcreve: Considerando: Que, foi solicitado pela Plantis, Lda a reclassificação do alvará de utilização de Hospedagem Turismo de Habitação para empreendimento turístico na modalidade de Turismo de Habitação; Que, ao abrigo do artigo n.º 22 do RJET, é responsabilidade da Câmara Municipal fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação dos empreendimentos de turismo de habitação; Que, os elementos inscritos no alvará de utilização n.º 8/2007 são os seguintes: Comércio: área de pavimentos - 197,36 m 2 ;

14 14/ Habitação: área de pavimentos - 211,67 m 2 ; Turismo: área de pavimentos - 555,12,m 2 ; Piscina: área - 63,22 m 2 ; Unidades de alojamento: 5 quartos duplos; Capacidade máxima: 10 pessoas; Nome do empreendimento: Casa de Coruche Que, ao abrigo do n.º 1 do artigo 38.º do RJET, a classificação dos empreendimentos turísticos deve ser revista de cinco em cinco anos; Propõe-se que a Câmara Municipal delibere: Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação do empreendimento turístico na modalidade de turismo de habitação, pelo prazo de 5 anos A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de deliberação n.º 273/ PROCESSO DIVERSOS N.º 26/ ALTERAÇÃO DE TOPÓNIMO/RUA DE ANGOLA PARA RUA ÁLVARO CUNHAL, NO COUÇO:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 274/2014, proveniente da Divisão de Património, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, que a seguir se transcreve: Considerando o parecer da Comissão Municipal de Toponímia relativo à alteração de Topónimo no Couço, Rua de Angola, para Rua Álvaro Cunhal, face à proposta da Junta de Freguesia do Couço Propõe-se que a Câmara Municipal delibere: Aprovar a proposta da Comissão Municipal de Toponímia exarada na ata n.º 6 da Comissão Municipal de Toponímia, atribuindo ao arruamento o nome de Rua Álvaro Cunhal Mais delibere que na placa toponímica: Rua Álvaro Cunhal , Secretário Geral do PCP, Antiga Rua de Angola A Senhora Vereadora Liliana Pinto considerou que esta situação pode motivar a abertura de um precedente para outras alterações Referiu que este reconhecimento deve ser feito no Couço, no entanto entendeu, que a menção feita ao Secretário Geral do PCP é excessiva, uma vez que temos muitas outras personalidades que fazem parte da nossa história Defendeu que este topónimo devia ser atribuído a um novo arruamento O Senhor Presidente esclareceu tratar-se de uma situação específica que cumpre todas as formalidades previstas no Regulamento e perfeitamente justificada em termos históricos Acrescentou que, de acordo com a Senhora Presidente da Junta de Freguesia do Couço, não existem arruamentos novos e os constrangimentos desta alteração são mínimos, dado que

15 15/30 apenas residem no local três munícipes. Mencionou que a placa toponímica faz referência ao antigo topónimo do arruamento O Senhor Vereador José Marcelino considerou que neste caso concreto, e tendo em conta que a história não tem que ser estática, esta alteração é perfeitamente justificada pelo significado histórico que este topónimo tem para as pessoas do Couço A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta de deliberação n.º 274/ CONCESSÃO DA LOJA N.º 2 DO MERCADO MUNICIPAL DE CORUCHE:- Foi presente a Informação Interna do Júri do Concurso, com o registo n.º 1306 de , dando conhecimento que, na sequência da deliberação de , foram notificados em os concorrentes à hasta pública para concessão da loja n.º 2 do Mercado Municipal de Coruche, no sentido de esclarecerem de forma mais específica qual a atividade e a forma como a pretendem desenvolver naquele espaço Das notificações efetuadas responderam os seguintes concorrentes: OBVIOPARALELO Comércio e Serviços, Lda Margarida Vicente Ferreira Pires Fatela Maria Margarida Coruche Ribeiro da Cunha Paiva Brandão Arquiminio Manuel Casinhas Macharéu Não responderam os concorrentes: Petcor Unipessoal, Lda. e Maria Clara Lourenço Santos Pedroso O Senhor Presidente propôs: Anular o presente procedimento de concessão Comunicar esta decisão aos concorrentes da hasta pública Abrir novo procedimento para concessão da loja 2 do Mercado Municipal, constando do respetivo Edital a definição do ramo de atividade a desenvolver A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta do Senhor Presidente REVERSÃO DO LOTE N.º 31 DA ZONA INDUSTRIAL DO COUÇO - VENTOS DA PLANÍCIE, LDA.:- Foi presente a proposta de deliberação n.º 275/2014, proveniente do Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento Económico, que a seguir se transcreve: Considerando: Que a Câmara Municipal de Coruche, na sua reunião de 29 de janeiro de 2014, deliberou por unanimidade exercer o direito de reversão sobre o lote n.º 31, conforme previsto no artigo 9.º das Normas de Venda de Lotes da Zona Industrial do Couço, pelo não cumprimento do estabelecido no artigo 8.º das referidas Normas Que a empresa Ventos da Planície, Lda., nos termos do disposto nos artigos 100.º e 101.º