ELETRÔNICA GERAL. Profª. Bárbara Taques

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ELETRÔNICA GERAL. Profª. Bárbara Taques"

Transcrição

1 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO COORDENAÇÃO DE ELETROELETRÔNICA CURSO TÉCNICO EM ELETROELETRÔNICA ELETRÔNICA GERAL Profª. Bárbara Taques 1

2 CAPÍTULO 1 ELEMENTOS ELETRÔNICOS FUNDAMENTAIS 1.1 ÁTOMO Em um átomo, quanto maior a distância do núcleo (raio de sua órbita), maior a energia cinética. Fig. 1 Camadas de valência do átomo Um elétron precisa estar a uma determinada distância do núcleo, com uma determinada velocidade, para que a força centrífuga Fc, equilibre-se com a força eletrostática Fe, tornando-se estável: Fig. 2 Equilíbrio atômico Para estas condições de estabilidade deve existir um número máximo de elétrons em cada camada. A órbita mais externa recebe o nome de banda de valência, onde os elétrons têm maior facilidade de sair do átomo. Isto porque tem uma energia maior e uma força de atração ao núcleo menor. A região mais afastada, onde os elétrons têm energia suficiente para moverem-se pelo corpo é chamada banda de condução. Isolante Condutor Semi-Condutor Fig. 3 - Distribuição das Bandas de Energia 2

3 1.2 SEMICONDUTORES Os semicondutores possuem ligações iônicas covalentes, isto é, os átomos compartilham pares de elétrons. A ausência de um elétron numa ligação é representada por uma lacuna, que em contraposição com a carga do elétron, pode ser chamada de carga positiva de igual magnitude. Os semicondutores mais usados são o silício e o germânio, que possuem 4 elétrons na sua camada de valência, sendo chamados tetravalentes. Fig. 4 Elétron que se libertou do átomo por ter recebido energia suficiente, tornando-se livre. SEMI-CONDUTOR PORTADORES INTRÍNSECOS (por cm3) GaAs 1,7 x 106 Si 1,5 x 1010 Ge 2,5 x SEMICONDUTORES TIPO N E TIPO P O silício e o germânio encontram-se na natureza no seu estado puro, recebendo a denominação de semicondutores intrínsecos. Existem também semicondutores extrínsecos, em que são acrescentadas substâncias com átomos com 5 ou 3 elétrons de valência. 3

4 Fig. 7 Estrutura atômica dos principais semicondutores Quando num cristal de silício é acrescentado uma quantidade de átomos pentavalentes como, por exemplo, o arsênio (As), o antimônio (Sb) e o Fósforo (P), acabam gerando elétrons livres, pois um dos cinco elétrons da impureza fica sem participar das ligações. Neste caso, como os elétrons livres são cargas elétricas negativas, este semicondutor é chamado Tipo N. Fig. 5 Estrutura atômica do semicondutor tipo N Em outra situação, é acrescentado ao átomo de silício uma impureza trivalente, como por exemplo, o alumínio (Al), o boro (B) e o gálio (Ga). Neste caso faltam elétrons para completar as ligações, formando assim, lacunas. Fig. 6 Estrutura atômica do semicondutor tipo P 4

5 Como as lacunas podem ser consideradas cargas elétricas positivas, este semicondutor é chamado Tipo P. A técnica de acrescentar impurezas ao semicondutor para aumentar tanto o número de elétrons livres quanto o número de lacunas, é chamado de dopagem e, por isso, a impureza é chamada de dopante. CAPÍTULO 2 DIODO SEMICONDUTOR 2.1 JUNÇÃO PN Portadores majoritários Elétrons Portadores majoritários Lacunas Fig. 8 Junção PN Fig. 8 Recombinação Elétron-Lacuna 5

6 Fig. 9 Barreira de potencial formada na camada de depleção Na camada de depleção cria-se uma diferença de potencial chamada barreira de potencial, cujo símbolo é Vɤ. Este valor em 25o é aproximadamente 0,7V para diodos de silício e 0,3V para diodos de germânio. SIMBOLOGIA O lado P do diodo chama-se ANODO (pois possui íons negativos) e o lado N chama-se CATODO (pois possui íons positivos). 2.2 POLARIZAÇÃO DA JUNÇÃO PN Quando é colocado uma fonte entre os terminais do diodo. POLARIZAÇÃO DIRETA Ocorre quando o potencial positivo da fonte encontra-se ligado no lado P e o potencial negativo no lado N. 6

7 Fig Polarização direta da junção PN Os elétrons do lado N são repelidos pelo terminal negativo da fonte, rompem o potencial de barreira, e do outro lado (P) recombinam-se de lacuna em lacuna, pois são atraídos pelo terminal positivo. Assim, forma uma corrente de polarização direta, de alta intensidade, Ip. POLARIZAÇÃO REVERSA Fig. 12 Polarização reversa da junção PN Neste caso ocorre um aumento da região de depleção, até que a diferença de potencial se iguale a tensão da fonte. 7

8 Existe somente uma corrente reversa, devido aos portadores minoritarios presente no material, mas que é muito pequena, sendo considerada desprezível, IR. CURVA CARACTERÍSTICA Fig. 13 Curva característica do diodo semicondutor VD Tensão aplicada ao diodo > Vγ IDM Corrente direta máxima IR Corrente de fuga VR Tensão de ruptura PDM Potência máxima PDM=VD xidm Exemplo: IDM 1A IR 10μA VR 50V PDM 1W 2.3 RETA DE CARGA A ligação de um diodo a uma fonte de alimentação deve ser feita sempre por um resistor limitado em série para protegê-lo contra a corrente máxima. 8

9 Fig. 14 Reta de carga para diodo semicondutor VD e ID: Valores de tensão e corrente aos quais o diodo está submetido no circuito. Diodo ideal: VD=Vγ ID=IS VC TENSÃO DE CORTE:Tensão no diodo quando ele está aberto; IS CORRENTE DE SATURAÇÃO: Corrente no diodo quando ele está em curto; Q PONTO QUIESCENTE: Corresponde as coordenadas do ponto onde a reta de carga intercepta a curva característica do diodo; PD POTÊNCIA DE DISSIPAÇÃO: PD=VD. ID 9

10 CAPÍTULO 3 DIODO RETIFICADOR 3.1 RETIFICADOR DE MEIA ONDA 10

11 TENSÃO MÉDIA NA CARGA: Para diodo ideal (modelo 1): Para diodo com Vγ (modelo 2): CORRENTE MÉDIA NA CARGA: Portanto, para não danificar o diodo, além da tensão de ruptura VR, ele deve suportar também a corrente média Im: IDM Im e VR V2p Exemplo: Para o circuito acima, considerando V2rsm=12V e RL=10Ω, determinar: a) a tensão e corrente média na carga b) a corrente média na carga c) a especificação do diodo a) Vm=5,2V b) Im=520mA c) IDM 520mA e VR 17V 11

12 3.2 RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA COM DERIVAÇÃO CENTRAL 12

13 CAPÍTULO 4 - CIRCUITOS LIMITADORES O circuito limitador é um circuito que tem como objetivo limitar a tensão de saída do circuito num valor pré-determinado. Este valor pode ser positivo, negativo ou ambos, em função das características do circuito. 4.1 LIMITADOR POSITIVO ENTRADA NEGATIVA: Considerando a equação da malha de entrada: E a malha de saída: Portanto obtém-se: +Vi - VD + VL = 0 VD = (Vi + VL) V0 - VD + VL = 0 V0 = VD - VL V0 = Vi ENTRADA POSITIVA (Vi < VL): Nesta situação o diodo está polarizado reversamente, portanto: E, V0 = Vi 13

14 ENTRADA POSITIVA (Vi > VL): Se Vi > VL, VD é positivo e portanto o diodo está polarizado diretamente: V0 = VL + Vγ EXEMPLO: Determinar a forma de onda na saída do circuito limitador positivo mostrado abaixo, considerando diodo de silício e sabendo-se que a tensão de entrada é senoidal com Vip = 5V. Para Vi positivo: Enquanto Vi < 3V V0 = Vi Quando Vi > 3V V0 = 3,7V 14

15 4.2 LIMITADOR NEGATIVO ENTRADA POSITIVA: Nesta situação o diodo ficará polarizado reversamente, com tensão dada por: -Vi + VD - VL = 0 VD = Vi + VL e V0 = VD - VL V0 = Vi + VL - VL V0 = Vi ENTRADA NEGATIVA (Vi < VL): O diodo continuará polarizado reversamente, e: Vi + VD - VL = 0 e V0 = VD - VL VD = -Vi +VL V0 = -Vi + VL - VL V0 = Vi ENTRADA NEGATIVA (Vi > VL): Nesta situação o diodo ficará polarizado diretamente. V0 = - (VL + Vγ) 15

16 EXEMPLO 2: Para o exemplo anterior, considere o circuito abaixo: 4.3 LIMITADOR DUPLO Associando-se o limitador positivo e negativo, pode-se obter o Limitador Duplo, como mostra o circuito abaixo: Neste caso, para uma entrada senoidal, o sinal de saída fica limitado positivamente em VL1, e negativamente em VL2. 16

17 17

18 EXERCÍCIOS: 1 Esboce a forma de onda de saída dos circuitos abaixo, considerando Vγ=0,7V. a) b) 2 Esboce a forma de onda de VL, VD e V0 do circuito abaixo, considerando Vγ=0,7V. 18

19 CAPÍTULO 4 DIODO ZENER O diodo Zener se difere do diodo normal na sua construção. Ele é construído com uma área de dissipação de potência suficiente para operar na tensão de ruptura, o que não acontece com o diodo normal. No diodo normal, quando polarizado reversamente, se atingir a tensão de ruptura, este pode ser danificado. A tensão de ruptura, neste caso, é chamada de tensão zener (VZ) e pode variar de 2V a 200V. SÍMBOLO CURVA CARACTERÍSTICA Com VZ dado pelo fabricante. Pela curva característica do diodo, é mostrado que a tensão VZ se mantém constante entre IZm (corrente zener mínima) e IZM (corrente zener máxima). Potência PZ = VZ IZ Vi =RS IZ + VZ 4.1 DIODO ZENER COMO REGULADOR DE TENSÃO A grande aplicação do diodo zener é como regulador de tensão, como mostra o exemplo abaixo: 19

20 Exemplo: determinar RS do regulador de tensão utilizado para que uma fonte de 12V possa ser ligada em um circuito que represente uma carga de 1kΩ. ESPECIFICAÇÃO DO DIODO VZ = 5,6 V IZM = 100 ma IZm: Caso não seja dado o valor de I Zm, considera-se como sendo 10% de I ZM, ou seja: IZm = 0,1. 100x10-3 I RL= IZm = 10mA V Z 5,6 = I RL=5,6 ma RL 1 k RSM = V i V Z V i V Z 12 5,6 = = I Sm I Zm + I RL (10+5,6 ) 10 3 RSM = 410Ω RSm= V i V Z V i V Z 12 5,6 = = I SM I ZM + I RL (100+5,6 ) 10 3 RSm = 61Ω Portanto RS deve ser 61Ω RS 410Ω Valor comercial: RS = 330Ω Potência: PRS = V 2RS ( 12 5,6 )2 = P RS=124 mw RS 330 Então, RS pode ser um resistor de ½ W ou ¼ W. TENSÃO DE ENTRADA COM RIPPLE O diodo zener pode ser colocado na saída de um circuito com tensão com ripple, para tornar esta tensão com valor constante, sem oscilação. Então: Vℑ VZ Vℑ VZ RSm= RSM = e I ZM + I RL I Zm + I RL 20

21 EXEMPLO: Calcular o valor de RSM e RSm para o funcionamento do circuito. ESPECIFICAÇÕES DO DIODO VZ = 15v IZM=250mA IZm=23mA ENTRADA SAÍDA I RL= 15 V 1 kω IRL = 15mA RSm= 28,5 15 ( ) 10 3 RSm = 63Ω RSM = 31,5 15 ( ) 10 3 RSM = 355Ω 21

22 4.2 DIODO ZENER COMO LIMITADOR LIMITADOR POSITIVO Para Vi > VZ Z segura tensão VZ D conduz V0 = VZ + VD Para 0 < Vi < VZ Z não conduz V0 = Vi Para Vi < 0 D não conduz V0=Vi LIMITADOR NEGATIVO Para Vi > 0 D não conduz V0=Vi Para 0 > Vi > VZ Z não conduz V0 = Vi Para Vi < VZ Z segura tensão VZ D conduz V0 = -(VZ + VD) 22

23 LIMITADOR DUPLO Quando Vi > VZ1 Z1 segura a tensão -VZ1 Z2 conduz V0 = Vγ + VZ1 Para VZ1> Vi > 0 Z1 não conduz V0 = Vi Para 0> Vi > VZ2 Z2 não conduz V0 = Vi Para Vi < VZ2 Z2 segura tensão -VZ2 Z1 conduz V0 = -(VD+VZ) 23

24 LIMITADOR DUPLO ASSIMÉTRICO Quando Vi > VZ Z segura a tensão VZ V0 = VZ Para VZ > Vi > 0 Z não conduz V0 = Vi Para Vi < 0 Z conduz V0 = Vγ 24

25 EXERCÍCIOS 1a) b) c) Para o circuito abaixo, determinar: VL, IL, IZ e IR se RL=180Ω. Repetir o item anterior, se RL=470Ω. Determinar o valor de RL que estabelece as condições de máxima potência para o diodo Zener. d) Determinar o valor mínimo de RL para garantir que o diodo Zener está no estado "ligado". VZ=10V PZM=400mW 2- a) Projetar o circuito da figura abaixo para manter VL em 12V para uma variação na carga (IL) de 0 a 200mA. Ou seja, determinar RS e VZ. b) Determinar PZM do diodo Zener do item anterior. 3- Para o circuito abaixo, determinar a faixa de Vi que manterá VL em 8V e não excederá a potência máxima nominal do diodo Zener. VZ=8V PZM=400mW 4- Para um circuito regulador de tensão, determinar os valores máximo e mínimo tensão de entrada do circuito abaixo para que o diodo Zener funcione corretamente. VZ=9,1V PZM=1,5W 25

26 CAPÍTULO 5 TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR 5.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRANSISTOR i E =ic +i B V CE =V BE +V CB V EC =V EB +V BC Um aumento na corrente de base i B provoca um número maior de recombinações aumentando a corrente de coletor ic. A corrente de base controla a corrente entre emissor e coletor Uma pequena variação ΔiB provoca uma grande variação ΔiC. Sendo assim o transistor possui efeito de amplificação, tendo: Ganho de Corrente = Δ ic Δ ib 26

27 5.2 CONFIGURAÇÕES BÁSICAS CONFIGURAÇÃO BASE COMUM CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM CONFIGURAÇÃO COLETOR COMUM Em geral os fabricantes fornecem as curvas características de entrada (relação entre corrente e tensão de entrada, para vários valores de tensão de saída), e 27

28 características de saída (relação de corrente e tensão de saída, para vários valores de corrente de entrada). CONFIGURAÇÃO BASE COMUM Será tomado como referência o transistor NPN, por ser o mais utilizado, pois o transistor PNP assemelha-se a esse, somente invertendo-se todas as correntes e tensões. CURVA CARACTERÍSTICA DE ENTRADA CURVA CARACTERÍSTICA DE SAÍDA REGIÃO DE CORTE: As duas junções estão polarizadas reversamente, fazendo com que a corrente de coletor (saída) seja praticamente nula (I C=0). È como se o transistor estivesse DESCONECTADO do circuito CORTADO. REGIÃO DE SATURAÇÃO: As duas junções estão polarizadas diretamente, fazendo com que uma pequena variação de tensão VCB (saída), resulte numa enorme corrente de coletor (saída). É como se os seus terminais estivessem em CURTO CIRCUITO (VCB=0) REGIÃO ATIVA: Esta é a região central do gráfico de saída, onde as curvas são lineares. Portanto, é esta a região utilizada na AMPLIFICAÇÃO DE SINAIS. TRANSISTOR CORTADO TRANSISTOR SATURADO 28

29 Ganho de Corrente: α= Como, ie = ic+ib, Δ ic V =cte Δ i E CB α= ic ie α é sempre < 1. Geralmente α varia entre 0,9 e 0,998, pois a corrente IB é muito pequena. CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM CURVA CARACTERÍSTICA DE ENTRADA Observa-se que é possível controlar a corrente i B variando-se a tensão de entrada vbe. CURVA CARACTERÍSTICA DE SAÍDA Para esta configuração, a relação entre corrente de saída e corrente de entrada, é dada é dada por hfe ou β: I β= c IB 29

30 Sendo ic» ib, β é sempre» 1, ou seja, nesta configuração o transistor funciona como AMPLIFICADOR DE CORRENTE. Como a inclinação da curva varia, β também varia: 50<β<900. Assim como o diodo os transistores têm seus valores máximos e mínimos de alguns parâmetros, que devem ser respeitados, para evitar que danifiquem os mesmos: Tensão máxima de coletor VCEMÁX Corrente máxima de coletor ICMÁX Potência máxima de coletor: Para configuração ECe CC PCMÁX=VCEMÁX.ICMÁX Para configuração BC PCMÁX=VCBMÁX.ICMÁX Tensão de ruptura das junções Vbr (Breakdown Voltage) VbrCB0 Tensão de ruptura entre coletor e base, com emissor aberto; VbrCE0 Tensão de ruptura entre coletor e emissor, com base aberta; VbrCES Tensão de ruptura entre coletor e emissor, com base e emissor curtocircuitadas. CURVA DE SAÍDA DO TRANSISTOR 30

31 CAPÍTULO 6 CIRCUITOS DE POLARIZAÇÃO 6.1 PONTO QUIESCENTE Polarizar um transistor é fixá-lo num ponto de operação em corrente contínua, dentro de suas curvas características. Este ponto de operação é chamado de ponto quiescente (Q). A escolha do ponto quiescente é feita em função da aplicação que se deseja para o transistor, ou seja, ele pode estar localizado nas regiões de corte, saturação ou ativa da curva característica de saída. 6.2 RETA DE CARGA 6.3 CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO EM BASE COMUM A junção base-emissor deve estar polarizada diretamente e a base-coletor reversamente. As fontes VEE e VCC e os resistores RE e RC são utilizados para fixar o ponto quiescente. MALHA DE ENTRADA: R E. i E +V BE=V EE R E= MALHA DE SAÍDA: V EE V BE ie RC.i C +V CB =V CC RC = V CC V CB ic 31

32 DETERMINAÇÃO DA RETA DE CARGA PONTO DE SATURAÇÃO: RC = VCB =0, V CC 0 icsat CORTE I CSAT = PONTO DE CORTE: VCB assim: SAT IC = VCC RC.iC CORTE =0 CORTE V CC RC VCB CORTE =VCC Fixando o ponto quiescente (ICQ e VCBQ) através dos resistores RE e RC, qualquer variação de tensão ou corrente no transistor corresponderá a um deslocamento deste ponto sobre a reta de carga. EXEMPLO: Polarizar e traçar a reta de carga de um transistor β=150, sabendo-se que o mesmo deve operar no meio da região ativa, no ponto quiescente formado por: VCBQ=10V, ICQ=2mA e VBEQ=0,7V, DADOS DO CIRCUITO: VEE=5V e VCC=20V - Cálculo de RC: RC = - Cálculo de RE: α= V CC V CBQ = 3 I CQ 2 x 10 β β +1 R E= α=0,9934 I EQ= RC=5kΩ I CQ =2,013 ma V EE V BEQ 5 0,7 = 3 I EQ 2,013 x 10 RE=2136Ω - Para traçar a curva usar os valores de I CSAT = V CC =4 ma RC e VCC=20V CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO BC COM UMA FONTE DE ALIMENTAÇÃO VF=VEE+ VCC V CC R B 1 = V EE R B 2 32

33 EXERCÍCIOS: 1 Polarize o transistor (β=100) do circuito a seguir no ponto quiescente: VCBQ=15V, ICQ=100mA e VBEQ=0,65V 2 Determine ICQ e mostre em que região da curva característica de saída encontra-se o ponto quiescente do transistor (β=120) do circuito a seguir: 3 Como fazer para que o transistor do exercício anterior fique polarizado na região ativa? 33

34 6.4 CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO EM EMISSOR COMUM Da mesma forma que o circuito anterior, a junção base-emissor deve ser polarizada diretamente e base coletor reversamente. MALHA DE ENTRADA: RB.iB+VBE=VBB RB = MALHA DE SAÍDA: RC.iC+VCE=VCC RC = CIRCUITO CONSTANTE: DE V BB V BE ib V CC V CE ic POLARIZAÇÃO EC COM CORRENTE DE BASE Para garantir a polarização direta da junção base-emissor e reversa da junção base-coletor, RB > RC 34

35 MALHA DE ENTRADA: RB.iB+VBE=VCC RB = MALHA DE SAÍDA: V CC V BE ib RC.iC+VCE=VCC RC = V CC V CE ic PROBLEMA COM AUMENTO DE TEMPERATURA: Temp. β podendo até V V BE i B= CC dobrar o valor. β=ic/ib, como ib é praticamente constante : ic, VRC, RB VCE V CC V CE Como i C = ic, gerando realimentação positiva. RC ( ) SOLUÇÃO: CIRCUITO DE POLARIZAÇÃO EC COM REALIMENTAÇAÕ DE EMISSOR: ic ie VRC VRE VRB + VBE + VRE VCC =0 VRB = VCC VBE VRE Como VCC e VBE são constantes: VRE VRB IB ic= β.ib, como β e ib, o sistema fica estável! 35

36 MALHA DE ENTRADA: RB = V CC V BE R E.i E ib MALHA DE SAÍDA: RC = RB.IB+VBE+RE.iE=VCC RC.iC+VCE+RE.iE=VCC V CC V CE R E. i E ic Como existem 2 equações e 3 incógnitas: RB, RC e RE, pode-se: 1) Adotar RE compatível com as tensões e correntes do circuito; 2) Adotar VRE=VCC/10 EXEMPLO: Dado um transistor com β=250 e uma fonte de alimentação de 20V, determinar os resistores de polarização (valores comerciais) para o ponto quiescente: VCEQ=VCC/2, ICQ=100mA e VBEQ=0,7V V ℜ= RC = V CC =2 V 10 V CC V CEQ V ℜ = R C =80 Ω 3 I CQ PRC=RC.iC2 = 82(100x10-3)2 PRC=0,82W (1,5W) i BQ= 3 i CQ i BQ= i BQ=400 μa β 250 RB = V CC V BEQ V ℜ 20 0,7 2 = R B= Ω, comercial: RB=47kΩ 6 i BQ PRB=RB.iB2=47x10-3(400x-6)2=7,52mW (1/8W) Vℜ ie=ic+ib =100x x10-6 i EQ 2 R E= RE=19,92Ω, 100, R E= PRE=RE.iE2=22(100,4x10-3)=222mW ie=100,4ma Comercial: RE=22Ω (1/2) W 36

37 EXERCÍCIOS: 1 Dado um transistor com β=200 e uma fonte de alimentação de 12V, para um circuito na configuração EC com corrente de base constante, determinar os resistores de polarização (valores comerciais) para o ponto quiescente: V CE=VCC/2, ICQ=15mA e VBEQ=0,7V. 2 Polarizar o transistor (β=150 e VCC=15V) do circuito a seguir no ponto quiescente: VCEQ=7V, ICQ=50mA e VBEQ=0,7V. 3 Polarize o transistor (β=180) do circuito a seguir no ponto quiescente VCEQ=VCC/2, icq=40ma e VBEQ=0,68V. 37

38 6.5 FONTE DE TENSÃO ESTABILIZADA CIRCUITO REGULADOR DE TENSÃO: Para o circuito Regulador de Tensão acima, uma mudança na carga, pode acarretar em um não funcionamento do diodo Zener, pois ocorre neste caso, um divisor de tensão entre os resistores RS e RL. I Z= V i V Z I RL RS Portanto, a corrente no diodo Zener depende da carga RL do circuito, pois: I RL= VZ RL CIRCUITO ESTABILIZADOR CONFIGURAÇÃO BC DE TENSÃO UTILIZANDO Neste circuito V0=VZ-VBE, portanto constante. Assim, qualquer variação na carga será compensada por I0. I Z= V i V Z IB RS Portanto o valor de RL não afeta a corrente IZ. - LIMITAÇÕES DE TENSÃO NA ENTRADA 38

39 Os valores de Vi devem ser determinados considerando os valores máximos e mínimos da corrente no diodo zener (Izm e IZM) e os valores máximos e mínimos de VCE (VCEM e VCESAT): Malha de entrada: Vi=RSIS+VZ=RS(IZ+IB)+VZ Vim=RS(IZm+IB)+VZ ViM=RS(IZM+IB)+VZ Malha de saída: Vi=VCE+V0 Vim=VCESAT+V0 ViM=VCEM+V0 VCEM=ViM-V0 - LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA CORRENTE DE SAÍDA Para um circuito sem carga (RL= ): RS = Portanto: RSm= V i m V Z I ZM IE=0, IC=0 e IB=0 V i V Z IZ RSM = V i M V Z I Zm Circuito com carga muito baixa: É limitada pela corrente máxima de coletor (ICM). Considerando I0 IC: I0M=ICM e PCM=(ViM-V0).I0M PCM=VCE.I0M Para fontes estabilizadas com valores negativos, usa-se o mesmo circuito, porém com transistor PNP e o diodo Zener invertido: 39

40 EXERCÍCIO: Para a construção de uma fonte estabilizada de 7,5V, a partir de um circuito retificador que fornece sua saída 20V ±20%. Este circuito será utilizado para alimentar cargas de no mínimo 20Ω. Verifique se o transistor é adequado. PARÂMETROS DO TRANSISTOR PARÂMETROS DO DIODO ZENER VBE=0,7V VCEM=80V ICM=2A VZ=8,2V PZM=6W 40

Notas de Aula: Eletrônica Analógica e Digital

Notas de Aula: Eletrônica Analógica e Digital Notas de Aula: Eletrônica Analógica e Digital - Materiais Semicondutores; - Diodo Semicondutor. Materiais Semicondutores Intrínsecos Existem vários tipos de materiais semicondutores. Os mais comuns e mais

Leia mais

Teoria dos Semicondutores e o Diodo Semicondutor. Prof. Jonathan Pereira

Teoria dos Semicondutores e o Diodo Semicondutor. Prof. Jonathan Pereira Teoria dos Semicondutores e o Diodo Semicondutor Prof. Jonathan Pereira Bandas de Energia Figura 1 - Modelo atômico de Niels Bohr 2 Bandas de Energia A quantidade de elétrons

Leia mais

Eletrônica Industrial Aula 02. Curso Técnico em Eletroeletrônica Prof. Daniel dos Santos Matos

Eletrônica Industrial Aula 02. Curso Técnico em Eletroeletrônica Prof. Daniel dos Santos Matos Eletrônica Industrial Aula 02 Curso Técnico em Eletroeletrônica Prof. Daniel dos Santos Matos E-mail: daniel.matos@ifsc.edu.br Eletrônica Industrial Programa da Aula: Introdução Bandas de Energia Definição

Leia mais

Estruturas Analógicas

Estruturas Analógicas Instituto Federal de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Curso Técnico em Eletrônica Prof. André Luís Dalcastagnê Estruturas Analógicas I Transistor Bipolar Instituto Federal de Santa Catarina

Leia mais

Física dos Semicondutores

Física dos Semicondutores Física dos Semicondutores Resistividade Condutor (fácil fluxo de cargas) Semicondutor Isolante (difícil fluxo de cargas) COBRE: r = 10-6 W.cm GERMÂNIO: r = 50 W.cm SILÍCIO: r = 50 x 10-3 W.cm MICA: r =

Leia mais

Lista VIII de Eletrônica Analógica I Revisão Geral

Lista VIII de Eletrônica Analógica I Revisão Geral Lista VIII de Eletrônica Analógica I Revisão Geral Prof. Gabriel Vinicios Silva Maganha (http://www.gvensino.com.br) Lista de Exercícios 8 de Eletrônica Analógica Dia 1 (Day One) Cronograma de Estudos:

Leia mais

Capítulo 3 Transistor Bipolar de Junção - TBJ. Prof. Eng. Leandro Aureliano da Silva

Capítulo 3 Transistor Bipolar de Junção - TBJ. Prof. Eng. Leandro Aureliano da Silva Capítulo 3 Transistor Bipolar de Junção - TBJ Prof. Eng. Leandro Aureliano da Silva Agenda Introdução Operação do Transistor Modos de Operação do Transistor Convenções Utilizadas para Tensões e Correntes

Leia mais

Eletrônica Geral. Diodos Junção PN. Prof. Daniel dos Santos Matos

Eletrônica Geral. Diodos Junção PN. Prof. Daniel dos Santos Matos Eletrônica Geral Diodos Junção PN Prof. Daniel dos Santos Matos 1 Introdução Os semicondutores são materiais utilizados na fabricação de dispositivos eletrônicos, como por exemplo diodos, transistores

Leia mais

Lista VIII de Eletrônica Analógica I Revisão Geral

Lista VIII de Eletrônica Analógica I Revisão Geral Lista VIII de Eletrônica Analógica I Revisão Geral Prof. Gabriel Vinicios Silva Maganha (http://www.gvensino.com.br) Lista de Exercícios 8 de Eletrônica Analógica Dia 1 (Day One) Cronograma de Estudos:

Leia mais

AULA 1 - JUNÇÃO PN (DIODO)

AULA 1 - JUNÇÃO PN (DIODO) AULA 1 - JUNÇÃO PN (DIODO) 1. INTRODUÇÃO Os diodos semicondutores são utilizados em quase todos os equipamentos eletrônicos encontrados em residências, escritórios e indústrias. Um dos principais usos

Leia mais

Diodos de Junção PN. Florianópolis, abril de 2013.

Diodos de Junção PN. Florianópolis, abril de 2013. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Eletrônica I Diodos de Junção PN Florianópolis, abril de 2013. Prof. Clóvis Antônio Petry. Bibliografia

Leia mais

Introdução Diodo dispositivo semicondutor de dois terminais com resposta V-I (tensão/corrente) não linear (dependente da polaridade!

Introdução Diodo dispositivo semicondutor de dois terminais com resposta V-I (tensão/corrente) não linear (dependente da polaridade! Agenda Diodo Introdução Materiais semicondutores, estrutura atômica, bandas de energia Dopagem Materiais extrínsecos Junção PN Polarização de diodos Curva característica Modelo ideal e modelos aproximados

Leia mais

REVISÃO TRANSISTORES BIPOLARES. Prof. LOBATO

REVISÃO TRANSISTORES BIPOLARES. Prof. LOBATO REVISÃO TRANSISTORES BIPOLARES Prof. LOBATO Evolução O transistor é um dispositivo semicondutor que tem como função principal amplificar um sinal elétrico, principalmente pequenos sinais, tais como: Sinal

Leia mais

Aulas Revisão/Aplicações Diodos e Transistores 2

Aulas Revisão/Aplicações Diodos e Transistores 2 Aulas 24-25 Revisão/Aplicações Diodos e Transistores 2 Revisão - Junção PN Ao acoplar semicondutores extrínsecos do tipo P e do tipo N, criamos a junção PN, atribuída aos diodos. Imediatamente a esta "união"

Leia mais

Análise de TJB para pequenos sinais Prof. Getulio Teruo Tateoki

Análise de TJB para pequenos sinais Prof. Getulio Teruo Tateoki Prof. Getulio Teruo Tateoki Constituição: -Um transístor bipolar (com polaridade NPN ou PNP) é constituído por duas junções PN (junção base-emissor e junção base-colector) de material semicondutor (silício

Leia mais

IFSC INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA JOINVILLE - SC ELETRÔNICA GERAL I DIODOS E TRANSISTORES

IFSC INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA JOINVILLE - SC ELETRÔNICA GERAL I DIODOS E TRANSISTORES IFSC INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA JOINVILLE - SC ELETRÔNICA GERAL I DIODOS E TRANSISTORES Nivaldo T. Schiefler Jr. Versão 1.0 Este material foi elaborado para ser usado como material de apoio, pois

Leia mais

Eletrônica Aula 04 - transistor CIN-UPPE

Eletrônica Aula 04 - transistor CIN-UPPE Eletrônica Aula 04 - transistor CIN-UPPE Transistor O transistor é um dispositivo semicondutor que tem como função principal amplificar um sinal elétrico, principalmente pequenos sinais, tais como: Sinal

Leia mais

Semicondutores. Classificação de Materiais. Definida em relação à condutividade elétrica. Materiais condutores. Materiais isolantes

Semicondutores. Classificação de Materiais. Definida em relação à condutividade elétrica. Materiais condutores. Materiais isolantes Semicondutores Classificação de Materiais Definida em relação à condutividade elétrica Materiais condutores Facilita o fluxo de carga elétrica Materiais isolantes Dificulta o fluxo de carga elétrica Semicondutores

Leia mais

Diodo de Junção 1 Cap. 3 Sedra/Smith Cap. 1 Boylestad

Diodo de Junção 1 Cap. 3 Sedra/Smith Cap. 1 Boylestad Diodo de Junção 1 Cap. 3 Sedra/Smith Cap. 1 Boylestad JUNÇÃO SEMICONDUTORA PN Notas de Aula SEL 313 Circuitos Eletrônicos 1 1 o. Sem/2016 Prof. Manoel Fundamentos e Revisão de Conceitos sobre Semicondutores

Leia mais

TESTE ELETRÔNICA Prof: Sergio de Oliveira Trindade. Aluno:...

TESTE ELETRÔNICA Prof: Sergio de Oliveira Trindade. Aluno:... TESTE ELETRÔNICA Prof: Sergio de Oliveira Trindade Data:... Aluno:... 1 - O que é barreira de potencial e qual o seu valor para os diodos de silício e germânio? 2 - O que acontece com os portadores majoritários

Leia mais

Eletrônica Básica - ELE 0316 / ELE0937

Eletrônica Básica - ELE 0316 / ELE0937 2.1 - Breve Histórico Diodo à válvula inventado em 1904 por J. A. Fleming; De 1904 a 1947: uso predominante de válvulas; 1906: Lee de Forest acrescenta terceiro elemento, a grade de controle: triodo; Rádios

Leia mais

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS Uma introdução objetiva dedicada a estudantes interessados em tecnologias de aproveitamento de fontes renováveis de energia. Prof. M. Sc. Rafael Urbaneja 6. DIODO 6.1. FUNÇÃO BÁSICA O diodo é um componente

Leia mais

Transistores Bipolares Parte I. Prof. Jonathan Pereira

Transistores Bipolares Parte I. Prof. Jonathan Pereira Transistores Bipolares Parte I Prof. Jonathan Pereira Programa da aula Introdução/Evolução Transistor Bipolar Características construtivas Funcionamento como amplificador

Leia mais

Diodo de junção PN. Diodos 2

Diodo de junção PN. Diodos 2 DIODOS a Diodos 1 Diodo de junção PN A união de um cristal tipo p e um cristal tipo n, obtémse uma junção pn, que é um dispositivo de estado sólido simples: o diodo semicondutor de junção. Devido a repulsão

Leia mais

Eletrônica Básica - ELE 0316 / ELE0937

Eletrônica Básica - ELE 0316 / ELE0937 2.1 - Breve Histórico Diodo à válvula inventado em 1904 por J. A. Fleming; De 1904 a 1947: uso predominante de válvulas; 1906: Lee de Forest acrescenta terceiro elemento, a grade de controle: triodo; Rádios

Leia mais

Física dos Semicondutores

Física dos Semicondutores Física dos Semicondutores Resistividade Condutor (fácil fluxo de cargas) Semicondutor Isolante (difícil fluxo de cargas) COBRE: r = 10-6 W.cm GERMÂNIO: r = 50 W.cm SILÍCIO: r = 50 x 10-3 W.cm MICA: r =

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes Aula 2 FORMAÇÃO DO DIODO SEMICONDUTOR Curitiba, 8 março de 2017.

Leia mais

Lista de Exercícios 1 Eletrônica Analógica

Lista de Exercícios 1 Eletrônica Analógica Lista de Exercícios 1 Eletrônica Analógica Prof. Gabriel Vinicios Silva Maganha www.gvensino.com.br 1) Quantos elétrons de valência tem um átomo de silício? a) 0 b) 1 c) 2 d) 4 e) 8 2) Marque qual ou quais

Leia mais

ELETRÔNICA II CAPÍTULO 2

ELETRÔNICA II CAPÍTULO 2 ELETRÔNCA CAPÍTULO CRCUTOS DE POLARZAÇÃO DO TRANSSTOR O objetivo deste capítulo é fazer uma (breve) revisão sobre conceitos envolvendo a reta de carga (c.c.) do transistor e algumas das polarizações nas

Leia mais

Estruturas Analógicas Capítulo V

Estruturas Analógicas Capítulo V Instituto Federal de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Curso Técnico em Eletrônica Prof. André Luís Dalcastagnê Estruturas Analógicas Capítulo V Amplificador de Potência Amplificador

Leia mais

- Eletrônica Analógica 1 - Capítulo 1: Diodos

- Eletrônica Analógica 1 - Capítulo 1: Diodos - Eletrônica Analógica 1 - Capítulo 1: Diodos Sumário Parte 1: teoria de diodos Parte 2: Circuitos com diodos - O diodo ideal - Física dos semicondutores - Resistência e modelos equivalentes - Capacitância

Leia mais

Plano de Aula. 1 Diodos. 2 Transistores Bipolares de Junção - TBJ. 3 Transistores de Efeito de campo - FETs. 4 Resposta em Frequência

Plano de Aula. 1 Diodos. 2 Transistores Bipolares de Junção - TBJ. 3 Transistores de Efeito de campo - FETs. 4 Resposta em Frequência Plano de Aula 1 Diodos 2 Transistores Bipolares de Junção - TBJ 3 Transistores de Efeito de campo - FETs 4 Resposta em Frequência 5 Projeto - Fonte automática de tensão regulável Prof. Dr. Baldo Luque

Leia mais

5. Componentes electrónicos

5. Componentes electrónicos Sumário: Constituição atómica da matéria Semicondutores Díodos Transístores LEI FÍSICA 1 Constituição da matéria: A matéria pode ser encontrada no estado sólido, líquido ou gasoso. Toda a matéria é constituída

Leia mais

1. TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR

1. TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR 1. TRANSSTOR DE JUNÇÃO POLAR Criado em 1947 (ell Telephone). Mais leve, menor, sem perdas por aquecimento, mais robusto e eficiente que a válvula. 6.1 Construção - Dispositivo semicondutor formado por

Leia mais

CAPÍTULO 5 TRANSISTORES BIPOLARES

CAPÍTULO 5 TRANSISTORES BIPOLARES CAPÍTULO 5 TRANSSTORES BPOLARES O transistor é um dispositivo semicondutor de três terminais, formado por três camadas consistindo de duas camadas de material tipo "n", de negativo, e uma de tipo "p",

Leia mais

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte I

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte I AULA 06 Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte I Prof. Rodrigo Reina Muñoz rodrigo.munoz@ufabc.edu.br T1 2018 Conteúdo Transistores Bipolares Operação do Transistor Correntes no Transistor Curvas

Leia mais

1 ELETRÔNICA BÁSICA - LISTA DE EXERCÍCIOS. Coordenadoria de Eletrotécnica Eletrônica Básica Lista de Exercícios Transistor

1 ELETRÔNICA BÁSICA - LISTA DE EXERCÍCIOS. Coordenadoria de Eletrotécnica Eletrônica Básica Lista de Exercícios Transistor 1. Quais são as relações entre as dopagens e as dimensões no emissor, base e coletor de um transistor bipolar? 2. Para o funcionamento de um transistor, como devem estar polarizadas suas junções? 3. Quais

Leia mais

Capítulo 2 Transistores Bipolares

Capítulo 2 Transistores Bipolares Capítulo 2 Transistores Bipolares Breve Histórico De 1904 a 1947: uso predominante de válvulas; Diodo à válvula inventado em 1904 por J. A. Fleming; 1906: Lee de Forest acrescenta terceiro elemento, a

Leia mais

Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS

Faculdade de Talentos Humanos - FACTHUS 1 Capítulo 2 Parte 4 DIODO ZN 2.1 Zener O diodo zener é um dispositivo semicondutor que tem quase as meas características que o diodo normal. A diferença está na forma como ele se comporta quando está

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ARNULPHO MATTOS

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ARNULPHO MATTOS ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO e CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA NOME DOS ALUNOS: 1º 2º 3º 4º 5º 6º ELETRÔNICA ANALÓGICA - DIODOS SEMICONDUTORES 1. Associe as informações das colunas I, II, III e IV referentes

Leia mais

ELETRÔNICA ANALÓGICA. Professor: Rosimar Vieira Primo

ELETRÔNICA ANALÓGICA. Professor: Rosimar Vieira Primo ELETRÔNICA ANALÓGICA Professor: Rosimar Vieira Primo Eletrônica Analógica DIODOS SEMICONDUTORES DE JUNÇÃO PN Professor: Rosimar Vieira Primo Diodos 2 Diodo de junção PN A união de um cristal tipo p e um

Leia mais

Aula. Semicondutores. Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica Geral

Aula. Semicondutores. Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica Geral Aula Semicondutores Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica Geral 1 Plano de aula Conceituar: Condutores, isolantes e semicondutores Cristais semicondutores Semicondutores tipos P e N Junção

Leia mais

Transistor BJT FABRÍCIO RONALDO - DORIVAL

Transistor BJT FABRÍCIO RONALDO - DORIVAL Transistor BJT FABRÍCIO RONALDO - DORIVAL Construção Transistor Bipolar de Junção (BJT) Construção análoga à do diodo. No diodo, junta-se semicondutores do tipo P e N, com mesmo nível de dopagem. Temos

Leia mais

Aula 23. Transistor de Junção Bipolar I

Aula 23. Transistor de Junção Bipolar I Aula 23 Transistor de Junção Bipolar I Transistores Transistor é um dispositivo semicondutor de 3 regiões semicondutoras, duas do tipo P e uma do tipo N ou duas do tipo N e uma do tipo P. O termo transistor

Leia mais

Eletrônica e Eletrotécnica Automotiva

Eletrônica e Eletrotécnica Automotiva Eletrônica e Eletrotécnica Automotiva Aulas 8 e 9: Transístores 18/05/2016 1 Sumário Por dentro das portas lógicas A história do transistor A revolução eletrônica Por dentro do transistor Polarização Regiões

Leia mais

Aula 8. Transistor BJT. Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica

Aula 8. Transistor BJT. Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica Aula 8 Transistor BJT Prof. Alexandre Akira Kida, Msc., Eng. Eletrônica 1 Programa de Aula Introdução/Histórico do transistor Transistor bipolar de junção (BJT): Estrutura física Simbologia Circuito elétrico

Leia mais

INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA

INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA Prof. Dr. Hugo Valadares Siqueira Especialização em Automação e Controle de Processos Industriais SEMICONDUTORES DIODOS * TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS SEMICONDUTORES ELEMENTOS

Leia mais

ELETRICIDADE E ELETRÔNICA EMBARCADA

ELETRICIDADE E ELETRÔNICA EMBARCADA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE ECUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS FLORIANÓPOLIS ELETRICIDADE E ELETRÔNICA EMBARCADA E-mail: vinicius.borba@ifsc.edu.br

Leia mais

Aula 22. Semicondutores Diodos e Diodo Zenner

Aula 22. Semicondutores Diodos e Diodo Zenner Aula 22 Semicondutores Diodos e Diodo Zenner Junção PN Ao acoplar semicondutores extrínsecos do tipo P e do tipo N, criamos a junção PN, atribuída aos diodos. Imediatamente a esta "união" é formada uma

Leia mais

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II Aula 05 Transistores BJT: Polarização Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino 2016 BJT POLARIZAÇÃO CC Transistor saturado: chave fechada (curto)

Leia mais

APOSTILA DE ELETRÔNICA BÁSICA

APOSTILA DE ELETRÔNICA BÁSICA www.cliqueapostilas.com.br APOSTILA DE ELETRÔNICA BÁSICA ÍNDICE 1 1.0 MATERIAIS SEMICONDUTORES 3 1.1 MATERIAIS INTRÍNSECOS E MATERIAIS EXTRÍNSECOS 4 1.2 MATERIAL EXTRÍNSECO TIPO P 4 1.3 MATERIAL EXTRÍNSECO

Leia mais

CAPÍTULO 6 TRANSISTOR DE JUNÇÃO

CAPÍTULO 6 TRANSISTOR DE JUNÇÃO CAPÍTULO 6 TRANSISTOR DE JUNÇÃO INTRODUÇÃO Com a compreensão da constituição e comportamento dos elementos semicondutores, os cientistas a partir de 1948, conseguiram construir um dispositivo que podia

Leia mais

Capítulo 1 - Materiais Semicondutores

Capítulo 1 - Materiais Semicondutores Capítulo 1 - Materiais Semicondutores Professor: Eng. Leandro Aureliano da Silva Propriedades dos Átomos 1 O átomo é eletricamente neutro, pois o número de elétrons de suas órbitas é igual ao número de

Leia mais

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte II

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte II AULA 08 Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte Prof. Rodrigo Reina Muñoz Rodrigo.munoz@ufabc.edu.br T1 2018 Conteúdo Aplicações do Transistor Polarização Ponto de Operação Análise por Reta de Carga

Leia mais

Semicondutores de Silício. Equipe: Adriano Ruseler Diego Bolsan

Semicondutores de Silício. Equipe: Adriano Ruseler Diego Bolsan Semicondutores de Silício Equipe: Adriano Ruseler Diego Bolsan Semicondutores SEMICONDUTORES - Materiais que apresentam uma resistividade Intermediária, isto é, uma resistividade maior que a dos condutores

Leia mais

INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA

INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA Aula_29-Materiais-semicondutores-e-junções-P-N -1-27. 29 Curso Técnico em Eletrotécnica Materiais semicondutores e junções

Leia mais

1-MATERIAIS SEMICONDUTORES

1-MATERIAIS SEMICONDUTORES 1-MATERIAIS SEMICONDUTORES Os semicondutores tem condutividade entre os condutores e isolantes Cristais singulares: Germânio (Ge) Silício (Si) Cristais Compostos: Arseneto de gálio(gaas) Sulfeto de cádmio(cds)

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Engenharias Eletrônica 1 ET74C Profª Elisabete N Moraes

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Eletrotécnica Engenharias Eletrônica 1 ET74C Profª Elisabete N Moraes EXERCÍCIOS--2ª VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1. Para a polarização do emissor, a tensão no emissor é 0,7V abaixo da: a)tensão na base b)tensão no emissor c)tensão no coletor d)tensão na referência 2. Com

Leia mais

DIODOS SEMICONDUTORES

DIODOS SEMICONDUTORES DIODOS SEMICONDUTORES Alexandre S. Lujan Semikron Semicondutores Ltda. Carapicuíba - SP 1 Sumário: Semicondutores Junção P-N Tipos de diodos semicondutores Fabricação de diodos de potência Sumário 2 Materiais

Leia mais

Diodo zener e LED. Nesta seção... Conceito de diodo zener. Comportamento. Características. Diodo zener como regulador de tensão

Diodo zener e LED. Nesta seção... Conceito de diodo zener. Comportamento. Características. Diodo zener como regulador de tensão Diodo zener e LED Nesta seção... Conceito de diodo zener Comportamento Características Diodo zener como regulador de tensão Conceito de LED (Light emitter diode diodo emissor de luz) Simbologia e características

Leia mais

O díodo ideal Noções sobre o funcionamento do díodo semicondutor. Modelo de pequenos sinais

O díodo ideal Noções sobre o funcionamento do díodo semicondutor. Modelo de pequenos sinais Díodos O díodo ideal Noções sobre o funcionamento do díodo semicondutor Equações aos terminais Modelo de pequenos sinais 2 Um díodo é um componente que só permite a passagem de corrente num sentido. (Simbolicamente

Leia mais

Dispositivos Semicondutores. Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n

Dispositivos Semicondutores. Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n Dispositivos Semicondutores Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n Junção p-n Junções p-n tipo-p tipo-n tensão reversa tensão direta zona isolante zona de recombinação buracos elétrons buracos

Leia mais

Transistor de Junção Bipolar (TJB)

Transistor de Junção Bipolar (TJB) Transistor de Junção Bipolar (TJB) 25-abr-11 1 DEFINIÇÃO : O termo TRANSISTOR vem da expressão em inglês TRANSfer resistor (resistor de transferência), como era conhecido pelos seus inventores. É um componente

Leia mais

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse:

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse: A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse: www.pagina10.com.br ELETRÔNICA, princípios e aplicações 2 Capítulo 8 Amplificador de Sinais Sumário do capítulo: 8.1

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MATEMÁTICA

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MATEMÁTICA IFPB Concurso Público para o provimento de cargos técnico-administrativos Edital Nº 143/011 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MATEMÁTICA 6. Considere a função f : IN * IN, que associa a cada número natural positivo

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Professor: Renato Medeiros ENG Eletrônica Geral.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Professor: Renato Medeiros ENG Eletrônica Geral. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Professor: Renato Medeiros ENG 1550 Eletrônica Geral Cap 01 Goiânia 2019 Classificação dos materiais Condutores: Material capaz

Leia mais

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 02. Revisão: transistores BJT. Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 02. Revisão: transistores BJT. Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II Aula 02 Revisão: transistores BJT Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino https://giovanatangerino.wordpress.com giovanatangerino@ifsp.edu.br giovanatt@gmail.com

Leia mais

Materiais Semicondutores

Materiais Semicondutores Materiais Semicondutores 1 + V - V R.I A I R.L A L Resistividade (W.cm) Material Classificação Resistividade ( ) Cobre Condutor 10-6 [W.cm] Mica Isolante 10 12 [W.cm] Silício (S i ) Semicondutor 50.10

Leia mais

Materiais Semicondutores. Materiais Elétricos - FACTHUS 1

Materiais Semicondutores. Materiais Elétricos - FACTHUS 1 Materiais Elétricos - FACTHUS 1 Propriedades dos Átomos 1 O átomo é eletricamente neutro, pois o número de elétrons de suas órbitas é igual ao número de prótons presentes em seu núcleo; 2 A última órbita

Leia mais

REGULADOR A DIODO ZENER

REGULADOR A DIODO ZENER NAESTA00-3SA FUNDAMENTOS DE ELETRÔNICA LABORATÓRIO Prof. Rodrigo Reina Muñoz REGULADOR A DIODO ZENER. OBJETIVOS Após completar estas atividades de laboratório, você deverá ser capaz de observar o funcionamento

Leia mais

Aula 7 Transistores. Patentes

Aula 7 Transistores. Patentes Aula 7 Transistores 1 Patentes 2 1 Definição Transistor TRANSfer resstor Dispositivo semicondutor que pode controlar corrente a partir de corrente ou a partir de tensão ndiretamente pode ser utilizado

Leia mais

ELETRÔNICA Aluno turma ELETRÔNICA ANALÓGICA AULA 03

ELETRÔNICA Aluno turma ELETRÔNICA ANALÓGICA AULA 03 Aluno turma ELETRÔNICA ANALÓGICA AULA 03 1. Curva característica do Diodo O comportamento dos componentes eletrônicos é expresso através de uma curva característica que permite determinar a condição de

Leia mais

Introdução 5. Configurações do transistor 6. Curvas características 7. Parâmetros das curvas características 8

Introdução 5. Configurações do transistor 6. Curvas características 7. Parâmetros das curvas características 8 Sumário Introdução 5 Configurações do transistor 6 Curvas características 7 Parâmetros das curvas características 8 Curvas características na configuração emissor comum 9 Curvas características de saída

Leia mais

2. Semicondutores 2.1 Introdução à física de semicondutores

2. Semicondutores 2.1 Introdução à física de semicondutores 2. Semicondutores 2.1 Introdução à física de semicondutores Semicondutores: Grupo de materiais que apresentam características elétricas intermediárias entre metais e isolantes. Atualmente os semicondutores

Leia mais

Introdução a Diodos Semicondutores

Introdução a Diodos Semicondutores AULA 03 Introdução a Diodos Semicondutores Rodrigo Reina Muñoz rodrigo.munoz@ufabc.edu.br T1 2018 Conteúdo o O Diodo não Polarizado o O Diodo não Polarizado Camada de Depleção o Polarização Direta o Polarização

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E INFORMÁTICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA SÉRIE DE EXERCÍCIO #1 (1) DIODOS EM SÉRIE No circuito da figura a seguir

Leia mais

Transistor. Este dispositivo de controle de corrente recebeu o nome de transistor.

Transistor. Este dispositivo de controle de corrente recebeu o nome de transistor. Transistor Em 1947, John Bardeen e Walter Brattain, sob a supervisão de William Shockley no AT&T Bell Labs, demonstraram que uma corrente fluindo no sentido de polaridade direta sobre uma junção semicondutora

Leia mais

TRANSISTORES. Regrinha simples - Quanto mais ou menos corrente colocar na base, mais ou menos corrente vai passar entre emissor-coletor.

TRANSISTORES. Regrinha simples - Quanto mais ou menos corrente colocar na base, mais ou menos corrente vai passar entre emissor-coletor. TRANSISTOR Numa torneira, a quantidade de água que sai é controlada abrindo ou fechando o registro. Sendo assim com registro fechado, não passa corrente de água, e com registro aberto, passa o máximo possível

Leia mais

INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA Eletricidade INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA O uso de motores elétricos e circuitos de corrente alternada revolucionou a sociedade moderna. Hoje, seu uso é tão disseminado que é difícil imaginar a vida sem eletricidade.

Leia mais

Diodos FABRÍCIO RONALDO-DORIVAL

Diodos FABRÍCIO RONALDO-DORIVAL FABRÍCIO RONALDO-DORIVAL Estruturalmente temos: Material p íons receptores + lacunas livres Material n íons doadores + elétrons livres Material p Material n - + - + - + - + - + - + - + - + + - + - + -

Leia mais

Retificadores (ENG ) Lista de Exercícios de Dispositivos Eletrônicos

Retificadores (ENG ) Lista de Exercícios de Dispositivos Eletrônicos Retificadores (ENG - 20301) Lista de Exercícios de Dispositivos Eletrônicos 01) Descreva com suas palavras o significado da palavra ideal aplicada a um dispositivo ou sistema. 02) Qual é a principal diferença

Leia mais

Material Semicondutor

Material Semicondutor Material Semicondutor Possuem propriedades elétrica especiais - Os mecanismo de circulação das cargas não podem ser explicado como nos condutores/isoladores - Não é um bom condutor de corrente elétrica

Leia mais

Capítulo 2 Aplicações do Diodo

Capítulo 2 Aplicações do Diodo Capítulo 2 Aplicações do Diodo Prof. Eng. Leandro Aureliano da Silva Agenda Resistor Limitador de Corrente Análise por Reta de Carga Aproximações para o Diodo Configurações Série de Diodos com Entradas

Leia mais

Aula 9 Dispositivos semicondutores Diodos e aplicações

Aula 9 Dispositivos semicondutores Diodos e aplicações ELETRICIDADE Aula 9 Dispositivos semicondutores Diodos e aplicações Prof. Marcio Kimpara Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 2 Material semicondutor Alguns materiais apresentam propriedades de condução

Leia mais

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II Aula 01 Revisão: Diodos Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino 2016 DIODOS 2 DIODOS DIODO SEMICONDUTOR O diodo é um dispositivo de dois terminais

Leia mais

Dispositivos Semicondutores. Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n

Dispositivos Semicondutores. Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n Dispositivos Semicondutores Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n Junção p-n Junções p-n tipo-p tipo-n tensão reversa tensão direta zona isolante zona de recombinação buracos elétrons buracos

Leia mais

Universidade Federal de São João del-rei. Material Teórico de Suporte para as Práticas

Universidade Federal de São João del-rei. Material Teórico de Suporte para as Práticas Universidade Federal de São João del-rei Material Teórico de Suporte para as Práticas 1 Amplificador Operacional Um Amplificador Operacional, ou Amp Op, é um amplificador diferencial de ganho muito alto,

Leia mais

Transistores Bipolares de Junção (BJT) TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica

Transistores Bipolares de Junção (BJT) TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica Transistores Bipolares de Junção (BJT) TE214 Fundamentos da Eletrônica Engenharia Elétrica O nome transistor vem da frase transferring an electrical signal across a resistor Plano de Aula Contextualização

Leia mais

Capítulo 1 Diodos Teoria Básica dos Semicondutores O átomo e sua constituição Níveis de energia

Capítulo 1 Diodos Teoria Básica dos Semicondutores O átomo e sua constituição Níveis de energia Capítulo 1 Diodos 1.1- Teoria Básica dos Semicondutores 1.1.1 O átomo e sua constituição átomos: partícula elementar da matéria, que, se subdividida, faz o elemento perder suas características. Cada elemento

Leia mais

MII 2.1 MANUTENÇÃO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS ANALÓGICOS TEORIA DOS SEMICONDUTORES

MII 2.1 MANUTENÇÃO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS ANALÓGICOS TEORIA DOS SEMICONDUTORES MII 2.1 MANUTENÇÃO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS ANALÓGICOS TEORIA DOS SEMICONDUTORES Objetivo da teoria dos semicondutores Antigamente, os circuitos eletrônicos utilizavam válvulas (tubos de vácuo, vacuum

Leia mais

Teoria dos dispositivos Semicondutores

Teoria dos dispositivos Semicondutores Teoria dos dispositivos Semicondutores Capítulo 6 Dispositivo semicondutores Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco Professor: Gustavo Oliveira Cavalcanti Editado por: Arysson Silva

Leia mais

V L V L V θ V L = V E + I L + θ +... V E I L θ

V L V L V θ V L = V E + I L + θ +... V E I L θ DISCIPLINA CIRCUITOS ELETRÔNICOS Circuitos Eletrônicos Módulo um: Estudo dos reguladores de tensões. Objetivo: Este módulo de ensino o aluno de aprender o conceito de regulador. É mostrado que para ter

Leia mais

Definição: Dimensionar os resistores de polarização de modo que o transistor opere na região linear.

Definição: Dimensionar os resistores de polarização de modo que o transistor opere na região linear. POLARIZAÇÃO DC DE TRANSISTORES BIPOLARES Definição: Dimensionar os resistores de polarização de modo que o transistor opere na região linear. O Passo Para o inicio do projeto é necessário em primeiro lugar,

Leia mais

Aula 15 O Diodo e a junção pn na condição de polarização reversa e a capacitância de junção (depleção) Prof. Seabra PSI/EPUSP 378

Aula 15 O Diodo e a junção pn na condição de polarização reversa e a capacitância de junção (depleção) Prof. Seabra PSI/EPUSP 378 ula 5 O iodo e a junção pn na condição de polarização reversa e a capacitância de junção (depleção) PSI/EPUSP 378 378 PSI/EPUSP Eletrônica I PSI332 Programação para a Segunda Prova ª 7/4 Circuito retificador

Leia mais

Polarização universal

Polarização universal Polarização universal Polarizar um circuito significa fixar o ponto de operação em corrente continua (ponto quiescente) na região onde desejamos que o amplificador opere. A fixação do ponto quiescente

Leia mais

Eletrônica Básica - ELE Capítulo 1 Diodos Teoria Básica dos Semicondutores

Eletrônica Básica - ELE Capítulo 1 Diodos Teoria Básica dos Semicondutores Eletrônica Básica - ELE 0937 Teoria Básica dos Semicondutores 1 Eletrônica Básica - ELE 0937 Teoria Básica dos Semicondutores 1.1.1 O átomo e sua constituição átomos: partícula elementar da matéria, que,

Leia mais

Aula 3 MODELO ELÉTRICO DO DIODO SEMICONDUTOR

Aula 3 MODELO ELÉTRICO DO DIODO SEMICONDUTOR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes Aula 3 MODELO ELÉTRICO DO DIODO SEMICONDUTOR Em 17 Agosto de 2016

Leia mais

ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AUTOR: ENG. ANTONIO CARLOS LEMOS JÚNIOR acjunior@facthus.edu.br UBERABA MG 2º SEMESTRE 2009 MULTIPLICADOR DE TENSÃO Um multiplicador de tensão é formado pôr dois ou

Leia mais

ELETRONICA ANALÓGICA By W. L. Miranda. Fontes de alimentação CA/CC.

ELETRONICA ANALÓGICA By W. L. Miranda. Fontes de alimentação CA/CC. ELETRONICA ANALÓGICA By W. L. Miranda Fontes de alimentação CA/CC. 1 - Considerações de projeto: a) 1º Caso: Isolamento entre rede domiciliar CA e a carga. Neste caso, a fase, o neutro ou o aterramento

Leia mais

Dispositivos e Circuitos Eletrônicos AULA 04

Dispositivos e Circuitos Eletrônicos AULA 04 Universidade de Brasília Faculdade de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Dispositivos e Circuitos Eletrônicos AULA 04 Prof. Marcelino Andrade Dispositivos e Circuitos Eletrônicos Semicondutores

Leia mais