SINDICATO DOS PROFESSORES DA MADEIRA

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1 PARECER DO SOBRE A PROPOSTA DE ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE EMANADA DA SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E RECURSOS HUMANOS 1 - INTRODUÇÃO O projeto de Decreto Legislativo Regional que integra o novo Estatuto de Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário (ECD) apresentado ao Sindicato dos Professores da Madeira representa um claro e gravíssimo retrocesso em relação àquele que foi aprovado pelo Decreto Legislativo Regional nº 6/2008, de 25 de Fevereiro, alterado pelo decreto legislativo regional nº 17/2010/M, de 18 de Agosto. Com efeito, a proposta em apreciação aponta para a criação de uma situação no que concerne à progressão na carreira, potencialmente, mais gravosa já que o acesso a determinados escalões passa a depender, não do mérito revelado e distinguido em sede de avaliação de desempenho, mas de uma contingentação por vagas sujeitas a decisão política e financeira e concretizada por ato administrativo cujos critérios se desconhecem. Por outro lado, são reduzidas, substancialmente, bonificações que o Decreto Legislativo Regional nº 6/2008, de 15 de Fevereiro, alterado pelo decreto legislativo regional nº 17/2010/M, de 18 de Agosto, havia considerado como um direito dos docentes que investem na sua auto-formação. Exemplos do que acabámos de afirmar podem ser encontrados nos seguintes itens: Introdução de vagas nos 5º e 7º escalões; Obrigatoriedade de aulas assistidas para transição aos 3º e 5º escalões; Redução das bonificações por aquisição de outras habilitações. Dizer, finalmente, que independentemente, da estrutura de carreira que vier a ser aprovada, o SPM insiste na defesa de que a transição da atual para a futura estrutura e respectiva integração deverá respeitar o tempo de serviço prestado, na sua totalidade, o que inclui a consideração dos 28 meses de serviço que não foram contabilizados entre 29 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de Do que atrás ficou dito, e à laia de síntese, o Sindicato dos Professores, reafirmando os princípios que sempre defendeu em matéria de ECD, e em termos negociais, apresenta um conjunto de propostas: Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de

2 2 - APRECIAÇÃO NA ESPECIALIADE Cap. VI Recrutamento e Seleção Artº 25 Requisitos gerais e específicos Artº 34 Período probatório PROPOSTAS SPM, Alínea a) Deixou de ser requisito geral específico de admissão ao concurso o possuir habilitações profissionais legalmente exigidas para a docência ao nível de ensino e grupo de recrutamento a que se candidatam. De acordo com a anterior redação da alínea a) do ponto 1 do artigo 25º do DLR nº 17/2010/M? O Sindicato dos Professores da Madeira reafirma o seu desacordo com a filosofia subjacente ao período probatório por haver uma semelhança e duplicação entre o período probatório e o período de estágio. Uma vez que a presente proposta de ECD RAM continua a prever a existência deste período, não se entende a revogação dos pontos 3 e 4 deste artigo. Cap VII Carreira docente Subcapítulo I Princípios gerais Artº 38 Conteúdo funcional PONTO 5 Artº 39 Ingresso PONTO 3, alínea c) Ponto 3 Ponto 7 : Os docentes dos dois últimos escalões da carreira Acrescentar: Os docentes integrados na carreira : em termos a definir por portaria do membro do governo responsável pela área da educação. : em exercício efectivo de funções em estabelecimentos de ensino não superior o ponto todo Alterar: Para os efeito previstos neste artigo, o docente pode requerer a realização duma avaliação extraordinária intercalar cumprido metade do tempo de duração previsto para o escalão em que obteve menção qualitativa inferior a Bom Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de

3 Ponto 8 Ponto 9, alínea a) Ponto 9, alínea b) o ponto todo Acrescentar: A progressão ao 2.º, 3.º,4.º,5.º,6.º,7.º,8.º.9.º e 10º escalões Sub-capítulo II Condições de progressão e regime de avaliação de desempenho Secção I Contagem de tempo de serviço Artº 42 Exercício de funções não docentes Artº 42 Exercício de funções não docentes : desde que não excedam dois anos do módulo de tempo de serviço que for necessário para os referidos efeitos e renumerar os outros Secção II Avaliação de desempenho Numa seção tão importante do ECD estranha-se que, ainda que o Sistema de Avaliação do Desempenho Docente seja definido por decreto regulamentar, no seu enquadramento geral não estejam salvaguardadas as dimensões da avaliação de desempenho, a sua periodicidade e os atores do processo de avaliação, bem como as etapas decorrentes do processo, os itens, o sistema de classificação e os efeitos da avaliação. No ECD também tem de estar prevista a reclamação e o recurso dos efeitos do processo de avaliação, assim como as garantias subjacentes a todo esse processo avaliativo. Nestes termos propomos que os pontos atrás referidos se mantenham no ECD. Secção III Aquisição de outras habilitações e capacitações Artº 53º Aquisição de outras habilitações Alterar: ( ) confere direito à redução de dois anos ( ) Alterar: ( ) confere direito à redução de 4 anos ( ) Neste artigo terá de ser incluída uma norma que preveja o reposicionamento no escalão correspondente ao grau de licenciatura dos docentes que o adquiriram. Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de

4 Capítulo VIII Remunerações e outras prestações pecuniárias Art.º 59 Gratificação de especialização Capítulo IX - Mobilidade Subcapítulo I Princípios gerais O princípio da valorização anteriormente atribuída aos docentes que possuíam habilitação especializada para a atribuição da gratificação não justifica a retirada da mesma. Pelo que o SPM recusa que se sobreponham objetivos economicistas sobre o primado da valorização profissional. Art.º 63 Requisição, alínea a) O SPM interroga é o alcance da requisição para o 2 e 3º ciclo e secundário da rede pública? Capitulo X Condições de trabalho Subcapítulo II Duração de trabalho Artº 73º - Componente letiva Artº 73º - Componente letiva Artº 75º - Redução da componente letiva Artº 75º - Redução da componente letiva Alterar: (...) vinte e duas horas semanais. Alterar: (...) vinte horas semanais. Alterar: A componente lectiva de trabalho semanal a que estão obrigados os docentes da educação pré-escolar, dos ensinos básico e secundário e da educação especial é reduzida de acordo com a tabela seguinte: Idade Tempo de serviço Redução Independentemente do tempo de serviço 8 os pontos 2, 3 5 e 7 Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de

5 Capítulo X - Condições de Trabalho Subcapítulo II Duração de trabalho Artº 78º - Componente não lectiva - Novo A componente não letiva organiza-se nos termos seguintes: a) Ensino secundário e educação especial, 2º e 3º ciclos do ensino básico: 11h de trabalho individual e 4 horas para trabalho a nível do estabelecimento de educação e ensino. b) Pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico 9h de trabalho individual e 4 horas para trabalho a nível do estabelecimento de educação e ensino. Artº 78º - Componente não lectiva Ponto 3 Artº 78º - Componente não lectiva Ponto 4 Artº 80º Serviço docente noturno : Alineas f), g), h), i), j) Alterar: (...) noturno a partir das 19h00. Subcapítulo III Férias, faltas e licenças Alterar: Secção II Interrupção da atividade docente Artº 87º - Interrupção da atividade letiva Alterar: Interrupção da atividade docente Secção V - Dispensas Artº 98º - Dispensas para formação Ponto 5 Alterar: (...) oito dias úteis. Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de

6 Capitulo XIII Disposições Finais Artº 3º Alteração ao anexo II do Estatuto Artº 4º - Transição de carreira docente alínea b) Novo Os docentes que, à data de entrada em vigor do presente decreto legislativo regional, estejam posicionados no índice 235, há mais de dois anos, para efeitos de progressão da carreira, transitam para a nova estrutura da carreira reposicionados no índice 245, desde que: i) Avaliados nos anos civis de 2008/2009 com a menção qualitativa no mínimo de Bom ii) Tenham obtido na última avaliação do desempenho efectuada nos termos do decreto regulamentar nº 11/98, de 15 de Maio, classificação igual ou superior a Satisfaz Artº 4º - Transição de carreira docente Ponto 5 Artº 6º Normas transitórias de progressão na carreira alínea a) Artº 6º Normas transitórias de progressão na carreira alínea b) Artº 6º Normas transitórias de progressão na carreira alínea c) Artº 7º Garantia durante o período - Novo Alterar: Alínea c) Anterior b) / Alínea d) Anterior c) Alterar: prestados no índice avaliados com a menção qualitativa mínima de Bom a actual redacção e substituir por: A partir do ano de 2013 aplicam-se as regras gerais de progressão Os docentes deverão ser integrados no escalão da nova carreira a que corresponda todo o tempo de serviço prestado em funções docentes ou equiparadas. Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de

7 Artº 7º Garantia durante o período (antigo) e ponto 2 Artº 8º Fim do período de transição : ( ) ressalvado o disposto no artigo 10.º. Artº 10º - Normas de contenção orçamental O SPM não aceita e considera até inadmissível que esteja expressa no articulado do ECD uma norma que condiciona toda a sua aplicabilidade às imposições previstas no Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, acordado para a RAM que, no limite, poderá significar a não vigência de grande parte do seu articulado. A Direção do SPM Parecer sobre a proposta de ECD emanada da SRERH 21 de Março de