Anexos metodológicos e estatísticas

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1 Anexos metodológicos e estatísticas Leôncio Martins Rodrigues SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros RODRIGUES, LM. Destino do sindicalismo [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, Anexos metodológicos e estatísticas. pp ISBN: Available from SciELO Books < All the contents of this chapter, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons AttributionNon CommercialShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste capítulo, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição Uso Não Comercial Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de este capítulo, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons ReconocimentoNoComercialCompartirIgual 3.0 Unported.

2 ANEXOS METODOLÓGICOS E ESTATÍSTICAS Metodologia Anexo 1 Taxas de sindicalização e número de trabalhadores sindicalizados Os dados da OIT englobam filiados a todos os tipos de sindicatos, sejam eles interprofissionais, setoriais, de ofício ou profissão ou de empresa assim como as associações profissionais cujas atividades consistam em negociações coletivas, campanhas dirigidas a órgãos legislativos e autoridades governamentais, greves, petições, manifestações ou ações judiciais. Não estão compreendidos membros de associações: a) que dependem dos empregadores; b) que recusam a representação coletiva e preferem a individual; c) que não negociam; d) que são compostas principalmente por trabalhadores por conta própria. Também não estão incluídos membros de: e) conselhos de empresa, estabelecidos pela legislação ou criados voluntariamente pelos trabalhadores; f) sindicatos domesticados ou company unions, cuja sobrevivência ou orçamento depende do empregador; g) sociedades que se dedicam principalmente à educação; h) sindicatos de agricultores, de comerciantes ou de pessoas cuja atividade principal é de caráter autônomo. As taxas referentes a trabalhadores incluem trabalhadores do setor privado e público. Estão excluídos do número de sindicalizados os trabalhadores por conta própria, os desempregados e os aposentados. As taxas referentes à mão de obra não agrícola incluem todos os trabalhadores urbanos, do setor público ou privado: assalariados, autônomos e familiares não remunerados, incluindo desempregados da indústria e dos serviços A OIT esclarece que, quando se usa esse indicador, a vantagem é de dispor de dados para quase todos os países, inclusive para os não desenvolvidos. A desvantagem é que muitas categorias em que a sindicalização tende a ser baixa (por exemplo, trabalhadores por conta própria e os familiares não remunerados, em particular no ramo da construção e nos serviços comerciais, pessoais e domésticos) estão presentes na mão de obra não agrícola. Para os países desenvolvidos, esse 302

3 fato não altera significativamente os resultados porque a proporção da força de trabalho na agricultura é muito pequena (OIT, , Notas técnicas, pp ). País Ano Anexo 1.1 Taxas de sindicalização (1985 a 1995) Mão de obra não agrícola Trabalhadores Ano Mão de obra não agrícola Trabalhadores Alemanha ,6 28, ,7 35,0 ExRDA ,1 42, ,1 46,2 ExRFA ,5 29, ,5 35,3 Austrália ,6 35, ,6 50,0 Áustria ,6 41, ,7 51,0 Bélgica ,1 51, ,0 52,0 Canadá ,0 37, ,2 36,7 Dinamarca ,2 80, ,4 78,3 Espanha ,4 18, ,3 11,5 EUA ,7 14, ,0 18,0 Finlândia ,7 79, ,4 68,3 França ,1 9, ,6 14,5 Holanda ,8 25, ,3 28,7 Itália ,6 44, ,9 47,6 Japão ,6 24, ,6 28,8 Noruega ,7 57, ,7 55,7 Nova Zelândia ,2 24, ,1 54,1 Portugal ,8 25, ,6 51,4 Reino Unido ,2 32, ,0 45,5 Suécia ,2 91, ,3 83,8 Suíça ,0 22, ,4 28,8 Fonte: El Trabajo en el Mundo , OIT, Genebra. Anexo 1.2 Variação nas Taxas de Sindicalização (1985 a 1995) País Período Mão de obra não agrícola Trabalhadores Alemanha ,1 6,1 ExRDA ,1 3,8 ExRFA ,9 6,2 Austrália ,0 14,8 Áustria ,1 9,8 Canadá ,2 0,7 Dinamarca ,8 1,8 Espanha ,1 7,1 EUA ,3 3,8 Finlândia ,7 11,0 França ,5 5,4 Holanda ,6 3,2 Itália ,3 3,5 Japão ,0 4,8 Noruega ,0 2,0 N. Zelândia ,9 29,8 Portugal ,8 25, ,8 12,6 Suécia ,1 7,3 Suíça ,4 6,2 Fonte: El Trabalo en el Mundo , OIT, Genebra

4 Anexo 1.3 Número de Sindicalizados (em milhares) País Ano Total de Total de Variação Ano sindicalizados sindicalizados % Alemanha ,7 20,3 ExRDA ,8 ExRFA ,8 Austrália ,6 Áustria ,3 Canadá ,7 Dinamarca ,5 Espanha ,3 Estados Unidos ,7 Finlândia ,4 França ,2 Holanda ,3 Itália ,8 Japão ,1 Noruega ,0 Nova Zelândia ,7 Portugal , ,2 Suécia ,8 Suíça ,2 Fonte: El Trabajo em el Mundo , OIT, Genebra. Metodologia Anexo 2 Conflitos Trabalhistas Os critérios adotados pelos vários países para medir a ocorrência de lockouts e greves variam. A OIT organiza os dados segundo as metodologias nacionais, como já indicamos. Não caberia reproduzir aqui mais detalhadamente os critérios utilizados por cada país. Assinalamos alguns exemplos para conhecimento dos leitores das diferenças existentes do que corresponde, em alguns dos principais países, a uma paralisação (requisitos mínimos para a paralisação ser incluída na estatística): 1.Alemanha. Não está incluída a administração pública. Estão incluídas as interrupções de trabalho que duraram menos de um dia se o número de jornadas não trabalhadas for superior a cem. A partir de 1993, as estatísticas abrangem toda a República Federal Alemã. 2.Áustria. Sem restrição de número. Jornada de trabalho de oito horas. 3.Bélgica. Sem restrição de número, mas o setor público está proibido de fazer greve. 4.Canadá. Greves de pelo menos meio jornada de paralisação e que acarretem a perda de mais de dez jornadas de trabalho. 5.Dinamarca. Só estão incluídas as paralisações que duraram mais de cem jornadas não trabalhadas. 6.Espanha. Antes de 1990: somente greves, excluído o País Basco; 1980 e 1985: excluídos o País Basco e a Catalunha; antes de 1986: se nenhuma restrição estiver indicada, os dados relativos à Catalunha e ao País Basco figuram nos totais. No Quadro 5.3 (no corpo do texto, Cap. 5), os dados indicam média dos trabalhadores em greve cada mês. Lockouts excluídos. 7.Finlândia. Só paralisações de mais de uma hora de duração. 8.França. Pelo menos uma jornada não trabalhada. Setor público e agrícola estão excluídos. 9.Holanda. Nenhuma restrição em tamanho. Tomase como base jornada de trabalho de sete horas

5 10.Itália. Nenhuma restrição em tamanho da paralisação. 11.Noruega. Pelo menos um dia de duração. 12.Portugal. Somente greves. Antes de 1985: nenhuma restrição quanto ao número de trabalhadores envolvidos. Estão excluídas as greves gerais de nível nacional e do setor público Greves políticas excluídas. Incluídas greves de dez ou mais trabalhadores ou as que tiveram menos de um dia de duração, se o número de jornadas não trabalhadas for superior a cem. 14.Suécia. Só paralisações que duraram pelo menos oito horas. 15.Suíça. Pelo menos um dia de duração. 16.Estados Unidos. Não estão incluídas as interrupções de trabalho por locais com menos de mil trabalhadores envolvidos. Informações elaboradas a partir das publicações: OIT; Elt irabajo en el Mundo 1997/ 1998, Genebra, e Labour Market Trends, April 1996, construída a partir da ILO Sources and Methods. Labour Statitlic, vol. 17, Greves e Lockouls. Anexo 2.1 Número de Conflitos País Áustria Bélgica Canadá Dinamarca c Espanha EUA Finlândia França a França b Grécia Holanda Irlanda Itália Noruega Portugal Suécia Suíça a Inclui greves localizadas (a ordem de greve é interna a um estabelecimento); média mensal de trabalhadores envolvidos em greve em curso em cada mês. As paralisações na agricultura e administração pública não estão registradas. b Greves generalizadas (a ordem de greve se estende a várias empresas); agricultura e administração pública não incluídas. c. Para este ano todas as greves e lockouts, sem nenhum limite de tamanho. Para 1996: OIT, Anuário de Estatística del nabajo, Fonte: ILO, Anexo 2.2 Número de Conflitos (1986 e 1995) País Áustria Bélgica Canadá Dinamarca Espanha EUA Finlândia França França Grécia Holanda Irlanda Itália Noruega Portugal Suíça Suécia Para a França, as mesmas observações do Anexo 2.1. Fonte: ILO,

6 Anexo 2.3 Greves por Milhão de Empregados ( a ) Itália Holanda Noruega Suécia 82,1 103,0 175,0 162,0 251,0 150,0 92,6 67,2 18,3 15,4 17,2 5,8 7,3 6,4 2,7 6,7 25,2 14,2 8,9 4,4 7,9 11,2 9,8 6,6 9,7 4,4 5,3 4,3 19,3 24,6 29,5 27,4 Todos 73,1 105,0 104,0 94,0 118,0 94,7 53,3 36,6 Mineiros excluídos 23,1 28,1 52,5 79,2 112,0 84,3 42,4 27, ,9 a 4,7 4,7 16,5 18,6 16, Áustria Dinamarca 7,3 17,7 18,8 13,0 41,0 Finlândia 31,5 29,5 27,0 41,3 445,0 França 117,0 114,0 107,0 64,7 175,0 Alemanha Irlanda 83,5 56,1 69,0 102,0 152,0 95,3 69,2 115,0 81,5 836,0 728,0 373,0 145,0 172,0 115,0 84,7 64,7 142,0 127,0 74,3 44,7 Fonte: Estatísticas da OIT, apud Edwards & Hyman (1994).

7 Anexo 2.4 Grevistas por Mil Empregados ( a ) Itália Holanda Noruega Suécia Todos Mineiros excluídos 154,0 81,8 148,0 198,0 278,0 591,0 452,0 3,4 3,7 6,0 2,4 7,4 4,6 5,7 3,2 11,8 5,1 0,5 4,2 4,0 8,3 3,5 O,5 O,6 2,1 6,1 4,2 42,0 25,0 30,5 61,8 48,0 64,6 67,4 51,2 17,7 20,4 55,6 46,1 58,7 66,1 45, ,0 2,8 19,4 15,3 32,0 28, ,0 a 5,3 15,0 8,4 8,7 8, Áustria 29,9 25,3 6,9 Dinamarca 1,6 9,8 18,4 8,8 46,7 Finlândia 16,7 57,4 19,4 19,4 178,0 França 85,7 78,6 111,0 126,0 106,0 Alemanha 4,8 7,2 3,4 2,8 9,0 Irlanda 11,6 7,4 16,0 40,0 32,4 0,6 3,0 3,1 14,3 34,2 22,1 56,5 14,1 166,0 173,0 96,3 67,3 71,7 20,9 12,3 10,2 6,2 7,2 3,2 7,9 35,4 27,1 48,0 12,5 Fonte: Estatísticas da OIT, apud Edwards & Hyman (1994).

8 Anexo 2.5 Médias de Dias Perdidos por Mil Empregados ( a ) Itália Holanda Noruega Suécia 300,0 303,0 625,0 812,0 1049,0 1140,0 633,0 183,0 18,0 20,8 29,0 5,0 47,7 24,8 17,8 8,5 48,6 170,0 106,0 7,6 53,4 28,7 54,8 113,0 82,6 15,7 4,9 19,7 55,8 26,8 255,0 112,0 Todos 81,7 190,0 131,0 155,0 578,0 474,0 414,0 161,0 Mineiros excluídos 64,1 171,0 117,0 145,0 441,0 477,0 244,0 123, ,0 a 23,8 35,0 87,8 48,5 48, Áustria 24,0 35,1 80,7 22,7 14,2 Dinamarca 3,8 122,0 227,0 31,7 360,0 Finlândia 500,0 784,0 154,0 83,1 597,0 França 501,0 130,0 150,0 127,0 169,0 Alemanha 60,9 34,1 18,6 5,5 47,8 Irlanda 227,0 111,0 255,0 540,0 428,0 1,3 1,6 2,1 9,8 72,2 96,6 204,0 31,4 385,0 400,0 282,0 280,0 177,0 75,3 34,9 27,3 43,4 43,6 1,8 8,8 678,0 348,0 219,0 136,0 Fonte: Estatísticas da OIT, apud Edwards & Hyman (1994).